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1 
 
Artigo de Revisão Integrativa 
 
Hipodermóclise em pacientes oncológicos sob cuidados paliativos: uma 
revisão integrativa 
 
Alexia Lopes Da Silva1 
Camila Lima Teixeira Castelo1 
Heloisa Marques Egídio Da Silva1 
Tatiana Cristina Sola Parreira1 
Ana Carolina Botto Paulino2 
 
Resumo 
O objetivo deste estudo foi conhecer as evidências científicas disponíveis na 
literatura acerca da utilização da hipodermóclise como via de acesso para os 
pacientes oncológicos que estão sob cuidados paliativos. Adotou-se a Metodologia 
de Revisão Integrativa, tendo como questão norteadora: Quais as evidências 
científicas disponíveis na literatura acerca da utilização da hipodermóclise como via 
de acesso para os pacientes oncológicos que estão sob cuidados paliativos? Os 
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) adotados para os cruzamentos foram: 
câncer; cuidados paliativos; hipodermóclise. Para a busca dos estudos, a base de 
dados escolhida foi a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A busca dos artigos 
ocorreu no dia 05 de abril de 2019. Os critérios de inclusão dos estudos foram: texto 
disponível na íntegra, limites: humanos; país/região: Brasil; idioma: português; tipo 
de documento: artigo; sem ano de publicação. O critério de exclusão adotado foi a 
duplicidade, como resultado do estudo obteve-se três artigos. A análise apontou que 
os principais benefícios do uso da hipodermóclise em pacientes oncológicos sob 
cuidados paliativos foram: baixo custo do tratamento, alta hospitalar precoce, 
comodidade para o paciente e família, baixa incidência de infecção e menor risco 
biológico aos profissionais de saúde. Conclui-se que a hipodermóclise é uma via 
eficaz e vantajosa para o paciente, porém, pouco utilizada devido às falhas de 
divulgação, pouco conhecimento da técnica e capacitação dos profissionais de 
enfermagem. 
 
 
Palavras Chave: Câncer; Cuidados Paliativos; Hipodermóclise. 
 
 
 
 
 
 
1 Graduandos do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Franca - UNIFRAN 
2 Orientadora – Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Franca - 
UNIFRAN 
2 
 
Introdução 
O câncer é uma doença de etiologia multifatorial degenerativa, tendo como 
características principais o crescimento exacerbado e descontrolado de células que 
impossibilitam o funcionamento normal do organismo, geralmente provocado por 
alterações genéticas, fatores ambientais e estilos de vida (1). 
As doenças oncológicas são consideradas agravantes da saúde pública com 
grande desenvolvimento, cada vez mais presente na vida das pessoas, ocorrendo 
em todo mundo, com mais de dez milhões de novos casos e seis milhões de mortes 
por ano, acometendo 597.070 novos casos no Brasil entre 2016 e 2017. Diante 
disso, os cuidados paliativos têm um direcionamento aos pacientes com doenças 
oncológicas avançadas em que a probabilidade de cura se torna limitada e o risco 
de morte é evidente (1,2,3). 
Na década de sessenta, a enfermeira e médica inglesa Cicely Saunders 
iniciou as primeiras ações para proporcionar os cuidados paliativos que incluíam 
desenvolver a assistência, pesquisa e o ensino, mediante a realização do cuidado 
integral a pacientes com doenças terminais, tornando-se a principal precursora dos 
cuidados paliativos (4,5). 
Os cuidados paliativos são caracterizados por um conjunto de ações 
metódicas, que exigem conhecimento no processo do cuidar, a fim de proporcionar 
ao ser humano qualidade e dignidade na ocorrência de uma doença incurável, 
avançada ou crônica. Nesse caso, deve-se priorizar a qualidade de vida, prevenção 
à dor e sofrimento do paciente, além de cuidados ativos, integrais e totais, bem 
como o amparo à família (6). 
Pacientes com doença oncológica em estágio avançado que estão sob 
cuidados paliativos apresentam acesso venoso prejudicado em razão das suas 
condições clínicas como: caquexia, desidratação e terapia com agentes 
esclerosantes, carecendo de vias alternativas para suporte clínico. Nesse contexto, 
a hipodermóclise é uma via alternativa aos pacientes que necessitam de suporte 
clínico para reposição de fluidos, eletrólitos e medicamentos a serem administrados 
no espaço subcutâneo, tanto no ambiente hospitalar quanto em atendimento 
domiciliar (7,8). 
 No entanto, é uma opção de escolha quando a administração de medicações 
por via oral encontra-se prejudicada, pela existência de desconforto gastrointestinal, 
3 
 
inexistência de acesso venoso ou à fragilidade vascular. Devido à fácil utilização, 
boa eficácia, pouca agressividade, com o mínimo de efeitos secundários, a 
hipodermóclise torna-se uma das principais alternativas para os cuidados com os 
pacientes oncológicos em paliativismo (9). 
Desta forma, torna-se fundamental que o enfermeiro possua conhecimento 
técnico-científico específico relacionado à hipodermóclise, tendo em vista sua 
técnica, indicações, contraindicações e complicações. O profissional deve ter uma 
postura de dimensão orientadora, interativa e cooperativa, a fim de efetivar uma 
assistência adequada ao paciente (10). 
 
Objetivo 
O objetivo deste estudo foi conhecer as evidências científicas disponíveis na 
literatura acerca da utilização da hipodermóclise como via de acesso para os 
pacientes oncológicos que estão sob cuidados paliativos. 
 
Metodologia 
Para o alcance do objetivo proposto, o método adotado foi a Revisão 
Integrativa (RI). A RI é um método de pesquisa sistematizado, com análise e síntese 
das informações, contribuindo para o estudo do tema investigado, auxiliando nas 
decisões e na melhoria da prática clínica (11). 
O método permite a relação de dados da literatura empírica e teórica que 
podem ser direcionados à definição de conceitos, identificação de lacunas nas áreas 
de estudos, revisão de teorias e análise do estudo. A combinação de pesquisas com 
diferentes métodos na revisão integrativa amplia as possibilidades de análise da 
literatura (12). 
A questão norteadora para a condução desta RI foi: Quais as evidências 
científicas disponíveis na literatura acerca da utilização da hipodermóclise como via 
de acesso para os pacientes oncológicos que estão sob cuidados paliativos? 
Para a busca dos estudos e para a pesquisa foi utilizada a base de dados a 
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) 
adotados para os cruzamentos foram: câncer; cuidados paliativos; hipodermóclise, 
conforme quadro 1. 
A busca aconteceu no dia 05 de abril de 2019 e o cruzamento ocorreu 
4 
 
conforme apresentado no quadro 2. Cumpre salientar que durante o cruzamento, a 
ordem dos descritores foi alterada em diversas combinações, no entanto, o resultado 
foi o mesmo. 
Os critérios adotados para inclusão dos estudos foram artigos disponíveis em 
língua portuguesa, com textos disponibilizados na íntegra e sem limite de data de 
publicação. O critério de exclusão adotado foi a duplicidade. 
 
Quadro 1 – Base de dados e descritores utilizados X descritores: 
Base de Dados DeCS 
BVS Câncer; Cuidados Paliativos; Hipodermóclise. 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
A estratégia adotada para o cruzamento dos descritores está apontada no 
quadro 2 abaixo: 
 
Quadro 2 - Estratégia utilizada para os cruzamentos dos descritores: 
Cuidados paliativos AND Hipodermóclise AND Câncer 
Hipodermóclise AND Câncer AND Cuidados paliativos 
Cuidados paliativos AND Câncer AND Hipodermóclise 
Hipodermóclise AND Cuidados paliativos AND Câncer 
Câncer AND Cuidados paliativos AND Hipodermóclise 
Câncer AND Hipodermóclise AND Cuidados paliativos 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
 
Após a busca efetuada, procedeu-se à leitura dos títulos e dos resumos dos 
artigos para, posteriormente, redigir a síntese do quadro dos estudos selecionados, 
conforme apresentado na Figura 1. 
 
Figura 1 – Fluxograma da busca dos estudos selecionados 
 
5 
 
 
Foram excluídosos estudos que não atendiam aos objetivos propostos. A 
busca dos referenciais deu-se no dia 05 de abril de 2019, às 17h20. 
 
Desenvolvimento 
Dos 3 artigos incluídos na (RI), verificou-se que todos foram publicados no 
idioma português, sendo o país de origem o Brasil. No que diz respeito aos objetivos 
propostos dos 3 estudos, um (33,33%) objetivou analisar o uso da hipodermóclise 
em pacientes com câncer em cuidados paliativos, apontando segurança da via 
subcutânea; um segundo (33,33%) teve como objetivo avaliar as medidas 
conhecidas pelo enfermeiro e sua equipe, com a descrição da experiência da 
utilização da hipodermóclise em pacientes sob cuidados paliativos, visando o 
tratamento da dor e os benefícios da técnica em questão, em um hospital de 
referência em oncologia no país; um terceiro (33,33%) objetivou avaliar as 
vantagens e desvantagens do uso da hipodermóclise como via terapêutica e de 
hidratação. 
No Quadro 3, apresenta-se a síntese dos estudos incluídos nesta (RI). 
 
Quadro 3 – Síntese dos artigos selecionados para a (RI). 
Artigo Autores Ano Título Objetivo Resultado/Cuidado Conclusão 
13 Justino 
ET, 
Tuoto 
FS, 
Kalinke 
LP, 
Mantov
a-ni MF 
201
3 
Hipodermó
clise em 
pacientes 
oncológico
s sob 
cuidados 
paliativos 
 
 
 
Descrever a 
experiência da 
utilização 
da hipodermóclise 
em pacientes sob 
cuidados 
paliativos visando 
o tratamento da 
dor, em um 
hospital de 
referência em 
oncologia do 
Paraná. 
O resultado desta 
pesquisa mostrou que 
o aumento da utilização 
da hipodermóclise 
entre os pacientes 
veem sendo mais 
comumente 
desenvolvida no 
ambulatório desta 
especialidade. 
Sendo que a principal 
indicação foi o estágio 
avançado da doença 
(56,25%) e o fármaco 
mais utilizado foi a 
morfina (93,75%), a 
hipodermóclise foi 
utilizada em 31,25% 
dos pacientes como via 
de hidratação. A 
utilização 
desta via alternativa 
para administração de 
fluidos em cuidados 
paliativos no hospital 
em questão é baixa. 
A hipodermóclise é 
uma técnica segura, 
confiável, de fácil 
manipulação e com o 
mínimo de 
desconforto para o 
paciente, porém, 
pouco utilizada na 
instituição abordada 
para estudo, pela 
falta de protocolo, 
limitações da técnica 
em relação à 
quantidade e tipos de 
fluidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Continua 
6 
 
 
 
 Continuação 
14 Pontalti 
G, 
Riboldi 
CO, 
Santos 
L, 
Longar
ay VK, 
Guzzo 
DA, 
Echer 
IC. 
201
8 
Hipodermó
clise em 
pacientes 
com 
câncer em 
cuidados 
paliativos. 
 
Analisar o uso da 
hipodermóclise 
em pacientes com 
câncer em 
cuidados 
paliativos. 
O Estudo aponta para 
a segurança da via 
subcutânea no controle 
dos sinais e sintomas 
dos pacientes, sendo 
via preferencial nas 
configurações de 
cuidados paliativos e 
de fim de vida. 
A hipodermóclise 
mostrou-se uma 
terapêutica 
medicamentosa 
eficaz, segura e 
menos invasiva na 
prática clínica 
paliativista. 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zironde 
ES, 
Marzen
ini NL, 
Soler 
VM. 
 
201
4 
Hipodermó
clise: 
redescober
ta da via 
subcutâne
a no 
tratamento 
de 
indivíduos 
vulneráveis 
Identificar as 
vantagens e 
desvantagens do 
uso da 
hipodermóclise 
como via 
terapêutica e de 
hidratação. 
O estudo aponta que a 
hipodermóclise é 
considerada uma 
técnica segura, que 
pode propicia a infusão 
de fármacos, soros, 
analgésicos e 
antibióticos. Possuindo 
como vantagens, o 
custo baixo, 
simplicidade, rápido 
manuseio, 
possibilidade de alta 
hospitalar precoce, 
risco mínimo de 
desconforto ou 
complicações locais e 
sistêmicas e também 
são apontados dados 
em relação as 
desvantagens, como 
limitações nas 
situações em que se 
deseja uma velocidade 
de infusão rápida ou 
reposição com alto 
volume de fluidos e 
necessidade de ajuste 
rápido de doses. 
Portanto, não é 
recomendada sua 
utilização em 
casos de reversão de 
choque hipovolêmico e 
desidratação 
severa. 
A técnica de infusão 
de fluidos por via 
hipodermóclise ainda 
que possua como 
desvantagens as 
limitações na 
velocidade e 
quantidade de fluidos 
a ser administrada, a 
técnica é segura, 
possui viabilidade, 
eficácia, baixo risco 
de infecção e rápido 
manuseio, 
proporcionando 
conforto ao 
paciente, otimizando 
a assistência da 
equipe de 
enfermagem e os 
cuidados aos 
pacientes mais 
vulneráveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concluído. 
 
 
Resultados 
Por meio dos resultados deste estudo, evidenciou-se que os artigos incluídos 
na RI são de autoria de enfermeiros e há participação de um farmacêutico no artigo 
14. Os três artigos estão direcionados aos benefícios e a eficácia da hipodermóclise, 
apontam para a baixa adesão da técnica durante o tratamento de pacientes 
oncológicos que estão sob cuidados paliativos. Os estudos 13 e 14 foram 
7 
 
desenvolvidos em hospitais e ambulatórios no Brasil, nas regiões Norte e Sul, são 
objetos de estudo descritivo, quantitativo no artigo 13 e transversal no artigo 14, 
enquanto o artigo 15, trata-se de uma pesquisa da prática baseada em evidências, 
onde buscou-se analisar pesquisas de forma sistematizada. 
 Gomes e Othero ressaltam que os cuidados paliativos não deveriam ser 
apenas uma alternativa de tratamento, mas também ter como proposta o 
empoderamento do paciente em sua terapêutica, proporcionando o alívio da dor e 
sofrimento, independentemente de seu estado físico e mental, por meio de ações de 
bem-estar, educação em saúde e conforto ao paciente. Diante disso, Justino et al 
evidenciam a hipodermóclise como uma alternativa tecnológica para a área dos 
cuidados paliativos que possibilita a infusão de fluidos e medicamentos por via 
subcutânea e proporciona diversos benefícios aos pacientes que a utilizam (5,13). 
O uso da hipodermóclise, no tratamento paliativo, mostra-se essencial para 
constatar a satisfação dos pacientes. De acordo com D’Aquino e Souza, o 
procedimento se dispõe como melhor alternativa de via para administração de 
fluidos, quando as vias orais e/ou intravenosas estão prejudicadas, cujas condições 
dos pacientes não são emergenciais. Justino et al em concordância com Pontalti G. 
et al, retratam os benefícios da hipodermóclise aos pacientes, durante a terapêutica 
paliativa, englobam a punção e administração de medicamentos simplificada, 
diminuição dos efeitos sistêmicos adversos, redução da sobrecarga cardíaca, baixo 
risco de infecção, baixo custo, possibilidade de alta hospitalar precoce com 
possibilidade de ser mantida por vários dias, destacando-se amplo avanço nos 
cuidados paliativos oncológicos, em função dos benefícios retratados (7,13,14). 
Desta forma, Zironde et al elucidam a hipodermóclise como uma alternativa 
vantajosa em relação às demais vias de acesso, tanto para o paciente quanto para a 
equipe de enfermagem, uma vez que a técnica viabiliza boa tolerância e fácil 
execução em pacientes agitados, menor risco biológico aos profissionais e fáceis 
desenvolvimentos da perspicácia sob o processo da terapêutica. Entretanto, a 
hipodermóclise apresenta algumas desvantagens, como limitações nas situações 
em que se deseja uma velocidade de infusão rápida, reposição com alto volume de 
fluidos, necessidade de ajuste rápido de doses ou casos emergenciais, embora 
existam desvantagens no uso dessa via, as vantagens se sobrepõem no tratamento 
(15). 
8 
 
Segundo Justino et al, a técnica pode ser realizada com diversas 
possibilidades de sítios de inserção, sendo eles, a região subclávia, a parte posterior 
do braço e o abdome. Entretanto, Pontalti et al mostram a possibilidade de infusão 
fluídica nas regiões escapulares e laterais da coxa, podendo ser mantido até 96 
horas ou mais, caso não haja sinais infecciosos. Veras et al relatam que os rodízios 
dos locais de punção devem ser realizados mantendo uma distância de cinco 
centímetros do último sítio puncionado para conservar boa integridade do tecido 
epitelial do paciente. Pontalti et al alegam que durante o processo terapêutico de 
hidratação, a utilização de soluçõescomo soro fisiológico, glicose hipertônica, 
soluções isotônicas, hidrossolúveis e os medicamentos com pH mais próximos a 
neutralidade são considerados de melhor escolha para a efetivação da técnica, por 
apresentarem menor risco de acumulação e serem menos irritantes (8,13,14). 
De acordo com Adriani et al o volume dos fluidos a serem infundidos podem 
ser de até 2.000 ml em 24 horas e cabe ao enfermeiro avaliar e observar 
constantemente o local da punção, com o intuito de prevenir complicações, a fim de 
garantir o processo terapêutico adequado. Takaki e Klein enfatizam que, mesmo a 
hipodermóclise sendo atualmente uma alternativa benéfica no tratamento paliativo, 
há uma resistência na sua utilização, pela falta de informações, estudos e 
conhecimentos (9,10). 
Portanto, o cuidado com a técnica deve ser especializado, qualificado, 
planejado e todos os profissionais envolvidos no cuidado devem ser capacitados e 
atualizados perante à técnica. O enfermeiro responsável na capacitação de sua 
equipe deve proporcionar estratégias para promover o conhecimento sobre a 
hipodermóclise, a fim de visar uma assistência de qualidade e humanizada, 
oferecendo mais conforto e tranquilidade ao paciente (16). 
 
Considerações Finais 
Diante dos referenciais levantados por esta RI, conclui-se que a técnica de 
hipodermóclise mostrou-se vantajosa, eficaz e com diversos benefícios em relação 
às demais vias para pacientes oncológicos que estão sob cuidados paliativos, 
devido ao seu baixo risco de infecção, comodidade para o paciente, menores efeitos 
adversos sistêmicos, entre outros citados na RI. 
Entretanto, a técnica tem pouca utilização, devido às falhas de divulgação, 
9 
 
pouco conhecimento e capacitação dos profissionais de enfermagem. Diante disso, 
observamos a necessidade do enfermeiro se apropriar dos processos da 
hipodermóclise para que sua equipe seja devidamente treinada, garantindo assim, a 
utilização correta da técnica, proporcionando bem-estar e segurança ao paciente. 
 
Fontes Consultadas 
 
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sociodemográfico dos pacientes em cuidados paliativos em um hospital de 
referência em oncologia do estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de 
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debate de diretrizes nesta área. Cadernos de saúde pública. 2006;22(1):2055-2066. 
 
 
(3) Pontalti G, Oliveira Riboldi C, Gioda RS, Echer IC, Franzoi MA, Wegner W. 
Benefícios da hipodermóclise na clínica paliativa de pacientes com câncer: relato de 
caso. Revista Brasileira de Cancerologia. 2016;62(3):247-252. 
 
 
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revisão integrativa da literatura científica. Aletheia. 2011;1(35-36):179-189. 
 
 
(5) Gomes ALZ, Othero MB. Cuidados paliativos. Estudos 
avançados. 2016;30(88):155-166. 
 
 
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Edições Loyola; 2004. p.10-20. 
 
 
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(8) Veras GL, Faustino AM, Reis PED, Simino GPR, Vasques CI. Evidências clínicas 
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literatura. Revista Eletrônica Gestão e Saúde. 2014;1(esp):2877-2893. 
 
 
(9) Adriani PA, Siqueira AC, Barbosa AF, Carmo JS, Pontes NS, Rocha VPS. A 
aplicação da hipodermóclise em pacientes durante os cuidados paliativos. Revista 
UNIÍTALO em pesquisa. 2016;6(2):1-25. 
 
10 
 
 
(10) Takaki CYI, Klein GFS. Hipodermóclise: o conhecimento do enfermeiro em 
unidade de internação. ConScientiae Saúde. 2010;9(3):486-496. 
 
 
(11) Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como 
fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6. 
 
 
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Hipodermóclise em pacientes com câncer em cuidados paliativos. Revista de 
Enfermagem da UFSM. 2018;8(2):276-287. 
 
 
(15) Zironde ES, Marzenini NL, Soler VM. Hipodermóclise: redescoberta da via 
subcutânea no tratamento de indivíduos vulneráveis. CuidArte, Enferm. 
2014;8(1):55-61. 
 
 
(16) Gomes NS, Silva AMB, Zago LB, de Lima ÉC, Barichello E. Conhecimentos e 
práticas da enfermagem na administração de fluidos por via subcutânea. Revista 
Brasileira de Enfermagem. 2017;70(5):1155-1164.

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