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VANESSA MORAIS 1 Noções básicas de eletrocardiograma ELETROCARDIOGRAMA Consiste na representação gráfica da atividade elétrica do coração a partir das diferenças dos potenciais elétricos deflagrados. → IMPORTÂNCIA: Altamente sensível para muitas cardiopatias estruturais, simples, acessível, não invasivo e de fácil execução. → Padrão: 25mm/s 10mm = 1mv (prova) CICLO CARDÍACO: → contração atrial, sístole ventricular, repolarização atrial e repolarização ventricular. SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO: Nó sinoatrial, é mais rápido, localiza-se no átrio direito e é o responsável pela frequência cardíaca, o tempo entre a contração do átrio direito e esquerdo formam a onda P. No nó AV existe uma pausa para controlar a frequência cardíaca, para que ocorra o enchimento ventricular, até chagar no feixe de His, se espalhar pelo ramo esquerdo, ramo direito e chegue às fibras de Purkinje. TRAÇADO ECOCARDIOGRÁFICO: ONDA P (contração atrial) – 0,10s - 2,5 quadradinhos de duração e amplitude. → Duração maior que 2,5mm – sugestivo de sobrecarga átrio esquerdo - larga → Amplitude maior que 2,5mm – sugestivo de sobrecarga de átrio direito – apiculada → No eletro normal é positiva em DI, DII e aVF, e negativa em aVR INTERVALO PR (fase de enchimento ventricular) – visualização de bloqueio atrioventricular PR – de 0,12 a no máximo 0,20s (3-5 quadradinhos) → Acima de 4 quadradinhos – bloqueio atrioventricular (1º grau, 2º grau ou 3º grau) → PR curto, menor que 0,12 pode indicar pré-excitação ventricular (pacientes que tendem a taquicardia) → Atraso da condução elétrica devido ao trígono fibroso → PR longo, maior que 0,20 – bloqueios AV. COMPLETO QRS – sístole ventricular e ejeção. Revela bloqueios de ramo → Duração máxima de 0,12 segundos (3 quadradinhos) → Se a morfologia tender a ramo direito ou esquerdo, sugere distúrbio de condução do ramo. PONTO J – final da onda s e início do seguimento ST SEGUIMENTO ST: Representa o intervalo entre a despolarização e a repolarização. Deve-se comparar PR e ST para saber se há supra ou infra de algum seguimento. INTERVALO QT – deve estar corrigido pela frequência cardíaca - deve ser observado sempre que se pensa em prescrever medicações que podem causar arritmias, pois revela a duração da atividade elétrica do ventrículo. Se a onda T estiver no meio entre um R e outro, calcular o QT. ONDA T – repolarização ventricular - Em condições normais é assimétrica, de início lento e término rápido, e positiva em quase todas as derivações. Onda t apiculada (hipercalemia) ONDA U – é geralmente visível após a onda T e antes da onda P em bradicardias, e representa um potencial tardio. Pode ser normal ou significar hipocalemia. INTERVALO RR - intervalo do ritmo – regularidade VANESSA MORAIS 2 DERIVAÇÕES: CAPTAM AS DIFERENÇAS DE POTENCIAL O ECG Possui 12 derivações: 6 no plano frontal D1, D2, D3, AVL, AVR, AVF 6 no plano horizontal V1, v2, v3, v4, v5 e v6 POSICIONAMENTO DO ELETRODO: DERIVAÇÕES PRECORDIAIS V1 – 4º EICD, na linha paraesternal direita V2 – 4º EICE, na linha paraesternal esquerda V3 – 5º EICE, entre V2 e V4 V4 – 5º EICE, na linha hemiclavicular esquerda V5 – 5º EICE, na linha axilar anterior V6 – 5º EICE, na linha axilar média DERIVAÇÕES FRONTAIS (PERIFÉRICAS) DI – Membro superior D e membro superior E DII – Membro superior D e membro inferior E DII – Membro superior E e membro inferior E AVR – Membro superior D AVL – Membro superior E AVF – Membro inferior E RITMO O ritmo fisiológico cardíaco (sinusal) tem origem no átrio direito alto. Portanto, para ser considerado sinusal, o ritmo deve seguir os seguintes critérios: P QRS – Toda onda P gera um QRS? QRS P – Todo intervalo QRS é precedido por uma onda P? QRS T – Todo intervalo QRS gera uma onda T? T QRS – Toda onda T é precedida por um intervalo QRS? A onda P tem eixo entre 0 e 90° ? – A onda p é positiva em DI, DII e AVF? FREQUÊNCIA CARDÍACA ⇒ Normal entre 50 e 100 bpm ⇒ Considerando RR regular: Pega 1500 e divide pelos quadradinhos pequenas existentes de um R até o próximo R, OU Pega 300 e divide pelas linhas fortes até o próximo R OU A cada traçado forte conta 300, 150, 100, 75, 60, 50 ... DI DII DIII AVR AVL AVF VANESSA MORAIS 3 Em caso de arritmias, usa-se o DII longo. Conta-se então o número de R em 3 segundos (15 quadradinhos) e multiplica-o por 20 ou em 6 segundos (30 quadradinhos) e multiplica-o por 10. EIXO ELÉTRICO Entre -30 e 90°, normal Entre -30° e -90° desvio à esquerda Entre 90° e 180° desvio à direita -90° e -180° desvio extremo do eixo, troca de eletrodo, Dextrocardia... Em D1 e AVF o eixo é positivo? Se sim, o eixo é normal. Avaliar as derivações adjacentes: AVL e D3 e ver pra qual lado o eixo está mais puxando CORRESPONDÊNCIA DAS PAREDES • DII, DII, AVD – INFERIOR • V1-V4 – ANTERIOR E SEPTO INTERVENTRICULAR • DI, AVL, V5 E V6 – PAREDE LATERAL • V3r, V4r – VENTRÍCULO DIREITO • V7-V8 - POSTERIOR VANESSA MORAIS 4 EXTRA SÍSTOLE: • Despolarização célula a célula. • Consecutivas, bigeminismo, trigeminismo • Extra sístole sustentada: mais de 30s de duração e que gera sintoma no paciente ARRITMIA SINUSAL: ⇒ Bradicardia, taquicardia, mas com ritmo sinusal FIBRILAÇÃO ATRIAL ⇒ Na FA não tem onda p pois as células do átrio estão despolarizando ao mesmo tempo, não gerando a progressão elétrica para formá-la, apenas qrs e onda t e tem ritmo irregular. FLUTTER ATRIAL: No flutter atrial há várias ondas “p”, sistema de reentrada nodal. A frequencia das ondas f (serrilhadas) para o qrs é de geralmente 3:1, mas com ritmo regular. FLUTTER DE CONDUÇÃO VARIÁVEL: ⇒ Ondas f serrilhadas e ritmo irregular. “Fibrila flutter”. SOBRECARGA ATRIAL DIREITA: ⇒ Onda p apiculada (maior que 2,5 quadradinhos de altura) SOBRECARGA ATRIAL ESQUERDA: ⇒ Onda p alargada (córcova de camelo) mais de 2,5 quadradinhos de largura. VANESSA MORAIS 5 PROVA: WOLF-PARKINSON-WHITE: ⇒ PRÉ EXCITAÇÃO, PR < 120MS, Via anômala que faz com que o átrio despolarize o ventrículo antes do atraso de condução, a onda p está colada no QRS, muito pré-excitada. ⇒ ONDA DELTA (onda triangular, qrs lento). ⇒ Tratamento: ablação. BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES BAV 1º GRAU: Toda onda p antecede um QRS, mas o intervalo pr > 0,20s BAV 2º GRAU: TIPO MOBITZ 1 – • Avisa que vai bloquear. O intervalo PR aumenta progressivamente até não ter mais QRS. TIPO MOBITZ 2 – • Bloqueia do nada, não há aumento anterior do intervalo PR, do nada o QRS é bloqueado. BAV DE 3 GRAU • Também conhecido como dissociação atrioventricular ou bloqueio ventricular total • o átrio tem uma frequência e o ventrículo tem outro, as ondas p são isoladas do QRS a onda p pode cair em qualquer lugar do eletro, inclusive em cima do QRS. BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO: ⇒ Contração célula a célula, alargamento do QRS, onda t positiva em v1, seta pra baixo BLOQUEIO DE RAMO DIREITO: ⇒ Alargamento do QRS (<120) e onda t negativa em v1, seta pra cima (orelhinha de coelho) TRAÇADO COM MARCAPASSO: ⇒ QRS com formato de espícula e padrão de bloqueio de ramo esquerdo VANESSA MORAIS 6 SOBRECARGA VENTRICULAR ESQUERDA: ⇒ v1 muito negativo e v5 ou v6 muito positivo. ⇒ Índice de sokolovski TAQUICARDIA VENTRICULAR: ⇒ mais que 100bpm e de origem ventricular, sem onda p Torção das pontas: taquicardia ventricular polimórfica FIBRILAÇÃO VENTRICULAR AESP ASSISTOLIA HIPERCALEMIA – POTÁSSIO ALTO: onda t apiculada HIPOCALCEMIA – CÁLCIO BAIXO: onda t achatada BLOQUEIO DIVISIONAL ANTERO SUPERIOR ESQUERDO + BLOQUEIO DIREITO: ⇒ PADRÃO DA DOENÇA DE CHAGAS DERRAME PERICÁRDICO VANESSAMORAIS 7 EMBOLIA PULMONAR INFARTO COM SUPRA SEGUIMENTO ST SITUS INVERSUS TOTALIS
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