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Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL TRATO GASTROINTESTINAL O trato gastrointestinal é constituído por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus, sendo que todos esses órgãos serão associados a glândulas e outros acessórios – como glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar – que criam as condições adequadas para que os processos digestórios ocorram. Fonte: Google fotos. Cada parte do TGI está adaptada às suas funções específicas, o estômago, por exemplo, apresenta uma maior camada protetora a fim de armazenar o alimento. Tem como principais funções a motilidade, secreção, digestão e absorção. Essas funções são moduladas por estímulos externos e internos que são integrados por meio do sistema nervoso central e sistema nervoso entérico, tendo como efetores o músculo liso ou células secretoras que agem promovendo uma resposta no sistema digestório. FARMACOLOGIA GASTRICA O intestino é formado por mucosa, submucosa , capa musculares ( muscular circular, muscular longitudinal, muscular oblíqua), capa serosa e o mesentério ( funciona como uma ˜Mola''). ANATOMIA DO ESTÔMAGO Corpo: possui células secretoras de muco de pepsinogênio e ácido clorídrico. Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL Antro: possui células produtoras de muco de pepsinogênio e gastrina. SECREÇÃO DO ÁCIDO GÁSTRICO O estômago secreta cerca de 2,5 litros de suco gástrico por dia. Os principais componentes exócrinos são pró-enzimas, como a pró-renina e o pepsinogênio, elaborados pelas células principais ou pépticas; e o ácido clorídrico (HCl) e fator intrínseco, secretados pelas células parietais ou oxínticas. A mucosa gástrica é composta por diferentes tipos de células. A célula parietal possui a bomba de prótons, sendo uma proteína que secretam ácido clorídrico para mucosa gástrica. para que ocorra a secreção, é importante que ocorra alguns estímulos por meio da gastrina, histamina e acetilcolina. A gastrina é produzida por meio da célula G, no antro. Essa produção ocorre por meio de estímulos de peptídeos ou aminoácidos, que é lançada na corrente sanguínea e induz a secreção do ácido clorídrico ao se ligar aos receptores. Por outro lado, a histamina é produzida por células entero comaflin que produz histamina por meio de estímulos da gastrina e se liga aos receptores histamínicos H2. A acetilcolina também pode estimular, Ach vem do nervo vago ao visualizá/cheirar/ e ou alimento na boca, provocando a liberação desses neurotransmissores que se ligam a receptores muscarínicos promovendo e induzindo a liberação de ácido clorídrico. Obs: A gastrina pode estimular a produção de ácido clorídrico tanto de forma direta estimulando a produção por meio da ligação de receptores, ou de maneira indireta, estimulando a produção de histamina. Três estímulos: ● Gastrina ● Histamina ● Acetilcolina Mecanismo de inibição da célula parietal: Age na célula parietal por meio de prostaglandina PGE2 e Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL receptor ep3, inibindo a bomba de prótons. Ela também age na célula parietal a produzir muco rico em bicarbonato, para que neutralize o H + na superfície da mucosa. Obs: Inibindo a bomba de prótons eu inibe a produção do ácido. Por esse motivo, os inibidores de bomba são mais efetivos. CAMADA PROTETORA DO MUCO As células da mucosa gástrica, por meio das prostaglandinas( As prostaglandinas são produzidas por ação da COX-1) , produz um muco, esse muco é rico em bicarbonato que neutraliza o H +, funcionando assim como uma camada protetora. obs: Quando utilizamos de antiinflamatório não esteroidal, que inibe a ciclogênese II que é produtora de PGE2, inibimos a proteção da mucosa gástrica. FATORES PROTETORES DA MUCOSA A saúde da mucosa gástrica depende: ● Fatores protetores: muco, bicarbonato, prostaglandinas e fluxos sanguíneos. ● Fatores agressores: Bactéria H.pylori, antiinflamatórios não esteroidais, substâncias ácidas/cíclicas, fumo.. ESOFAGO: Junção gastroesofágica evita o refluxo. ESTÔMAGO: Produção de muco estimulada pelas prostaglandinas. DUODENO: Produção de bicarbonato. Fatores que elevam a produção ácida: H.pylori, antiinflamatórios não-esteroidais, estresse, álcool, tabagismo Qual o mecanismo pelo qual os AINES elevam a produção de ácido gástrico? Diversos prostanóides, especialmente a prostaciclina e a PGE2, são fundamentais para proteger a mucosa gástrica dos efeitos corrosivos do ácido estomacal, bem como para manter a condição naturalmente saudável da mucosa gástrica. Essas prostaglandinas são produzidas por ação da COX-1. As consequências do bloqueio da COX-1 no trato gastrointestinal são a inibição da proteção de sua mucosa e o aumento da secreção ácida, podendo levar à erosão, ulceração, perfuração e hemorragia. Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL Quando inibe a COX , inibindo indiretamente o mecanismo de proteção gástrica mediado por prostaglandinas.Na ausência das prostaglandinas, as células parietais aumentam sua produção de HCl, há redução da secreção de muco, resultando em um meio cada vez mais ácido. ÚLCERA PÉPTICA As úlceras piticas pode ser dividida em nos seguintes tipos: ● Úlcera esofágica: É encontrada na região final do esôfago, ocorre principalmente pela abertura do esfínter cardia, na esofagia de refluxo ( O esofago não possui camada protetora). ● Úlcera gástrica: É um ferimento na mucosa do estômago, ocorre principalmente quando há uma diminuição dos fatores protetores ou aumento dos fatores agressores. ● Úlcera duodenal: Ocorre principalmente na parte inicial do duodeno, visto que não a uma camada protetora, bem como a liberação do bicarbonato só ocorre, no terço médio e final do duodeno Fonte: Google fotos. Causas: ● H. pylori ( promove uma diminuição da camada protetora) ● Antiinflamatórios não esteróides ( Diminuem a produção das prostaglandinas) ● Estresse severo ( Grande quantidade de produção de Acetilcolina, consequentemente aumento da produção de HCL) . ● Bebida Alcoólica ● Tabagismo ● Síndrome de zollinger ellison ( tumor produtor de gastrina) REFLUXO GASTROESOFÁGICO Ocorre quando a produção exagerada de ácido clorídrico, quando o estômago está extremamente cheio, flacidez/relaxamento do esfíncter ou aumento do tônus do piloro. Dessa forma o peristaltismo não segue o seu sentido fisiológico, ocorrendo o Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL refluxo do alimento juntamente do ácido para o esôfago. Fonte: Google fotos. Sintomas: 1. Queimação dolorosa no peito (pirose) ● Aumenta quando a pessoa está deitada ou após a alimentação. ● Alívio com uso de antiácido ● Mais frequente ou pior à noite. 2. Eructação 3. Regurgitação do ácido estomacal 4. Náusea e vômito ( sangue) 5. Alterações da voz 6. Dor de garganta Tratamento conforme a gravidade Fonte: Google imagem. QUAIS OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM REFLUXO GASTROESOFÁGICO? ● Elevação de 15 cm da cabeceira da cama; ● Moderar a ingestão dos seguintes alimentos na dependência da correlação com sintomas: cítricos, café, bebidas alcoólicas e ou gasosas, menta, hortelã, tomate, chocolate; ● Cuidados especiais com medicamentos potencialmente “de risco” (que podem piorar o quadro clínico): anticolinérgicos, teofilina, bloqueadores dos canais de cálcio, alendronato; ● Evitar deitar-se nas duas horas posteriores às refeições; ● Evitar refeições copiosas; Suspensão do fumo; ● Redução do peso corporal em obesos. Além destas recomendações, deve-se individualizar a dieta do paciente, levando em consideração as queixas particulares com relação a cada alimento. Tais medidas melhoram a relação da equipe com o paciente e aumentam a adesão ao tratamento FÁRMACOS PARA DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL Os fármacos para controlar os distúrbios gástricos, podem ser divididosem dois grupos: ● Redutores da acidez: Antiácidos, antagonista dos receptores H2 das estatinas e os inibidores das bombas de prótons. ● Protetores da mucosa gástrica: Sucralfato, compostos de bismuto e análogos das prostaglandinas. ANTIÁCIDOS Consiste em bases fracas que reagem com ácido clorídrico ( reação de neutralização ) formando sal e água diminuindo a acidez do estômago. São usados para tratar as dispepsias e para promover o alívio sintomático das úlceras pépticas, são menos eficazes nas úlceras gástricas do que nas úlceras duodenais. Representantes: Bicarbonato de sódio, bicarbonato de cálcio, hidroxido de aluminio e hidroxido de magnesio. ● Hidróxido de magnésio ( Efeito laxativo): Pô insolúvel que forma cloreto de magnésio no estômago, não produz alcalose sistêmica, visto que o íon magnésio é pouco absorvido no intestino. ● Hidroxido de Aluminio ( Efeito constipante): Forma cloreto de alumínio no estômago, eleva o PH do estômago para cerca de 4 e adsorve a pepsina e tem excreção fecal e renal. ● Bicarbonato: Atua rapidamente, eleva o PH do suco gástrico para cerca de 7,4, sua absorção ocorre no intestino e seu uso deve ser restrito, visto que pode provocar uma alcalose. Não deve ser usado em longo prazo e nem em pacientes com dieta de restrição sódica. São indicados: ● Dispepsia, alívio sintomático na úlcera péptica e para refluxos esofágicos. Obs: São fármacos sintomáticos, não sendo fármacos para tratamento. ● Contra indicações: Bicarbonato, visto que ao ser usado por um longo tempo pode provocar alcalose metabólica, além da produção de CO2 que irá estimular as células G a produzir gastrina que irá provocar a produção de mais H +. ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 Estes fármacos agem bloqueando os receptores H2, bloqueando assim a ação estimulatórias das estatinas na célula parietal (diminuindo a atividade da bomba de prótons). Ademais, esses medicamentos são altamente seletivos e conseguem inibir cerca de 60 a 70% da secreção do ácido, temos como Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL principais antagonistas os: cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina. São usados nas dispepsias não ulcerosas ( quando o estômago está produzindo em abundância o ácido clorídrico) e quando ocorre sangramento relacionado a estresse. Efeitos adversos: Pode ocorrer diarréia, cefaléia, sonolência, dor muscular, constipação e redução da contagem de plaquetas. INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS São pró-fármacos e são ativados apenas em ambientes ácidos, para que sua ativação não ocorra antes, eles são administrados nas formas de comprimidos revestidos e/ou cápsulas ácidas resistentes. Mecanismo de Ação: O mecanismo de ação dos inibidores da bomba de prótons acontece por meio da inibição da enzima H+/K+-ATPase, fazendo com que ocorra o bloqueio da secreção ácida do estômago, impedindo a troca de H+ e K+, já que a produção ácida ocorre por meio dessa troca. Assim, aumentam o pH do suco gástrico, sendo assim se diferenciam no tratamento de doenças gástricas justamente por inibir o último passo da produção de ácido clorídrico. Ademais, para que ocorra a inibição da enzima H+/K+-ATPase, esse fármaco funde-se com o receptor da enzima por meio de uma ligação covalente com os resíduos de cisteína, fazendo com que a bomba de prótons não se regenere, assim a produção de ácido será garantida somente após a síntese de uma nova enzima. Por cerca de 24 a 48 horas essa inibição irreversível atua com ação localizada. ● Independentemente de qual estímulo chegará na célula parietal, a bomba de prótons será inibida. ● São fármacos mais eficientes do que os outros, bem como seu efeito é mais duradoura, uma vez que a ligação dos inibidores da bomba juntamente com o transportador de prótons é uma ligação irreversível. ● São fármacos que apresentam rápida absorção, ao serem administrados com alimentos eles apresentam uma redução de sua biodisponibilidade ( São administrados pela manhã em jejum), apresentam metabolismo de primeira passagem e sua eliminação è renal. Ex: Omeprazol, esomeprazol e lansoprazol. Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL Fonte: Google fotos. Efeitos Adversos: Náuseas, vômitos, dores abdominais, flatulências e diarreia. Ademais, podem produzir um aumento das gastrinas. Interações medicamentosas: A redução da acidez gástrica pode modificar a absorção de fármacos como cetoconazol, itraconazol, digoxina e atazanavir. O metabolismo da varfarina, da fenitoína e do diazepam podem ser inibidos pelo uso do omeprazol. O metabolismo do diazepam também pode ser diminuído pelo esomeprazol. A depuração da teofilina pode ser intensificada pelo uso do lansoprazol. Já o rabeprazol e o pantoprazol não demonstram interações medicamentosas significativas. Fonte: Sanar flix. PORQUE OS IBP devem ser administrados antes da refeição? Uma das principais características físico-químicas dos IBP é a de serem bases fracas que são bastante instáveis em meio ácido, ou seja, facilmente protonáveis, o que levaria a sua inativação e perca da eficácia terapêutica. Logo, uma estratégia eficaz para limitar esse problema é o seu desenvolvimento com revestimento entérico gastrorresistente, o que garante sua proteção em meio ácido e melhor estabilidade durante seu trajeto pelo trato gastrointestinal, sobretudo no estômago, até chegar em seu local de absorção. Far����lo��� do t�a�� Gas����n�e�t���� Nadielson Abas, Enfermagem-UNCISAL Em média, o pH estomacal em jejum é de 1.4 a 2.1, mas esse valor é alterado no estado pós-prandial e pode chegar a valores mais alcalinos. Num estudo desenvolvido nos Estados Unidos, foi mostrado que em valores de pH 5.0-5.5 o revestimento entérico da maioria dos produtos contendo omeprazol começam a se desintegrar e este deve ser o caso dos demais medicamentos da classe. As variações são responsáveis por promover a desintegração do revestimento deixando o princípio ativo suscetível ao meio ácido estomacal, iniciando uma reação química que ativará o fármaco antes de sua absorção. Quais são as principais interações medicamentosas associadas ao uso de IBP? PROTETORES DA MUCOSA GÁSTRICA Sucralfato: É composto de sacarose que se polimeriza e se adere às úlceras produzidas pelas lesões gástricas, não sendo absorvido e agem apenas no local. Bismuto: Agem produzindo polímeros e se ligando nas úlceras gástricas. ● Estimulam a produção local de prostaglandinas ● Inibem a hidrólise da mucosa. O Cytotec é um remédio que contém misoprostol na sua composição, uma substância que foi originalmente criada para o tratamento de úlceras de estômago, pois age bloqueando a produção de ácido gástrico e induzindo a produção de muco, protegendo a parede do estômago. No entanto, também ficou provado que é capaz de provocar contração uterina e amolecimento do colo do útero, o que pode ter efeitos muito sérios sobre a gravidez e provocar aborto. Por esse motivo, atualmente o misoprostol só está aprovado pela ANVISA para uso em hospitais qualificados e com o devido acompanhamento de profissionais de saúde, para induzir o aborto ou estimular o trabalho de parto. O Cytotec não deve ser usado em momento algum sem recomendação médica, pois pode ter efeitos graves para a saúde, especialmente em grávidas. O uso sem orientação médica pode causar aborto ou malformações no feto, que pode nascer com deficiências graves.
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