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Trabalho de Conclusão de Curso em Segurança Pública - TCC

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1 
 
 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 CURSO SUPERIOR TECNOLÓGICO EM SEGURANÇA PÚBLICA – CSTSP 
AUTOR: THIAGO HENRIQUE DA SILVA AQUINO 
O USO DIFERENCIADO DA FORÇA EM ABORDAGEM POLICIAL 
Artigo a ser apresentado a Banca do Exame do 
Curso Superior de Tecnólogo em Segurança 
Pública da Universidade Estácio de Sá – CSTSP/UNESA, 
como requisito para aprovação na disciplina de TCC em 
Segurança Pública. 
 
Orientadora: Alessandra Favero Del Vecchio 
 
 Campo Grande, MS 
. MARÇO DE 2023
 
 
O USO DIFERENCIADO DA FORÇA EM ABORDAGEM POLICIAL 
DE VARIIS VIS IN VIGILUM APPROPINGQUO USUS 
AUTOR: THIAGO HENRIQUE DA SILVA AQUINO 
Prof.ª. Alessandra Favero Del Vecchio 
2 
 
 
 RESUMO 
O presente artigo tem como objetivo, debater de maneira conceitual sobre o uso diferenciado 
da força em abordagens pessoais polícias. Apesar de todo cidadão ter o direito de ir e vir sem ser 
incomodado, este benefício não tem garantia absoluta. Mas, por outro lado, o responsável pela 
aplicação da lei em prol da coletividade e de acordo com a legislação vigente, poderá realizar busca 
pessoal em qualquer do povo que se encontre em fundada suspeita. E utilizando-se do poder de 
polícia e observando aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e 
conveniência. Devera a autoridade policial utilizar o uso diferenciado da forca nas intervenções 
durante sua atuação. O uso da força policial diferenciada é uma forma relativamente recente, 
utilizada por policiais para lidar com manifestantes violadores de leis. Essa forma de abordagem 
depende, na maioria das vezes, de um mandado judicial para que as forças policiais usem a força. 
Essa abordagem visa evitar um confronto de maneiras com os participantes do protesto, 
preferencialmente através do uso da força para capturar e filmar os atos 
 
Palavras-chave: uso da força; abordagens policiais; segurança pública.
 
 
ABSTRACT 
Praecipuum propositum huius articuli est ad rationem discutiendam de usu 
 differentia a vi in accessibus personalibus a vigilibus exercendis. Potuit colligi non obstante 
omnis enim civis ius eundi et inoffensum proficiscendi habet, hoc beneficium non absolutam 
cautionem. 
 Sed, ex altera parte, auctor competit pro communitate et secundum normam iuris 
 legislatio in vigore, inquisitionem personalem exercere potest in quolibet eorum qui inveniuntur 
 suspectum. Et utens magistratus potestatem, et legalia principia observans; 
 necessitas, proportionalitas, modus, commodum. Si magistratus auctoritate uti 
 diversus usus virium in interventibus in peractis. In casu resistendi 
 aggressiones ob accessum, mediis necessariis utentes formasque constituentes 
 aditu continere, ut ea dominetur. 
 Justificatio pro eligendo argumento super ejus contemporaneitatem oberrat, quomodo 
exspectatio conferendi ad academicos ambitus cursus disciplinarum ad praefectos vigilum in Brasilia. 
O* Investigatio methodi susceptae sequitur naturam qualitatem cum investigationibus bibliographicis. 
 
 
 Keywords: vim adhibere; aditus vigilum; securitas publica.
 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
É verdade que todo cidadão tem o direito de ir e vir sem ser molestado, (disposto no Art.5, 
inc. XV da Constituição Federal de 88, no qual menciona ser livre a locomoção no território nacional 
em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nós termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
3 
 
com seus bens.), todavia, não garante ao cidadão plena imunidade a ponto de não poder ser 
abordado ou revistado pela autoridade policial quando necessário. 
Por outro lado, o responsável pela aplicação da lei em prol da coletividade e de acordo com 
a legislação vigente poderá realizar busca pessoal em qualquer do povo que se encontre em 
fundada suspeita. A 'fundada suspeita’, prevista no art.244 do CPP. Não pode apoiar-se em 
parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que justifiquem a necessidade da 
revista, por causa do constrangimento que causa no cidadão. Se por exemplo, dois indivíduos em 
uma motocicleta utilizando casacos em um local com alto índices de crimes cometidos com armas 
de fogo, por elementos com essas características, diante disso esses dois estão em fundada 
suspeita e poderão ser abordados. 
Também o 'poder de polícia’, deve ser observado como um conjunto de ações limitadoras dos 
direitos individuais que autoriza a intervenção do estado, executada por intermédio de seus agentes, 
em interesse da coletividade. São atos administrativo, discricionário, auto executor coercitivo. Isso 
Significa que a abordagem é realizada de oficio. Conforme disposto no Art.78 do Código Tributário 
Nacional-Lei 5172/66. 
Muito se tem discutido, acerca do uso diferenciado da forca nas intervenções policiais durante 
sua atuação. No caso de haver resistência e agressões em desfavor da abordagem de várias formas 
e graus de intensidades, o aplicador da lei utilizara os meios necessários estabelecendo formas de 
conter o abordado, afim de dominá-lo. Para lidar com essas situações foram definidos os níveis de 
uso da forca. 
 
A PORTARIA INTERMINISTERIAL N° 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010(A), 
Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Forca pelos Agentes de Segurança Pública. Além disso, define 
os níveis de forca e a relação de causa e efeito, para avaliação de risco e tomada da decisão 
adequada para fazer cessar a agressão de acordo com a reação do abordado. Como por exemplo, 
as resistências passivas, resistências ativas com agressões físicas e letais, entre outras promovidas 
pelo infrator. No qual poderão ser utilizados pelo policial, desde a presença policial e a verbalização, 
o controle de contato físico e o uso dos EMPO (Equipamento de Menor Potencial ofensivo), até o 
uso letal da arma de fogo. Isso tudo com o objetivo de cessar uma injusta agressão sofrida pelo 
agente de segurança.
 
 
Em consequência disso, para não haver excessos no uso da forca por parte dos agentes de 
segurança pública, a portaria 4.226/10 é taxativa em seu anexo 1,2. Ao dizer que deverá ser 
obedecido aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e 
conveniência. A inobservância desses princípios poderá causar processos judiciais e penas por 
excessos cometidos e responsabilização aos envolvidos em alguma intervenção equivocada. O 
parágrafo único do artigo 23 do Código Penal Brasileiro é muito claro ao dizer que "O agente, em 
qualquer hipótese responderá pelo excesso doloso ou culposo”, ou seja, responderá pelo crime, 
mesmo nos casos de estado de necessidade, legitima defesa ou em estrito cumprimento de dever 
legal ou no exercício regular de direito. 
Segundo as doutrinas reproduzida pela SENASP (secretaria nacional de segurança pública) 
no curso de polícia comunitária CONSEG (Conselhos Comunitários de Segurança), ao analisar que 
antigamente a maioria dos problemas de segurança pública eram resolvidos na força, legado 
deixado por uma sociedade patriarcal e autoritária, agravado pela falta de estrutura das forças 
policiais. “todo o uso diferenciado da forca era resolvido na base do Revólver". 
 No entanto, com as mudanças nos costumes da sociedade observou-se a necessidade de 
um novo modelo de policiamento e técnicas e táticas de aproximação, polícia e população, afim de 
unifica-los na luta e prevenção contra a criminalidade. No qual conforme disposto na constituição 
federal de 1988 no Art.144.A segurança pública, dever do Estado direito e responsabilidade de todos 
é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas.
 
 
4 
 
 
2.DESENVOLVIMENTO 
 
 
2.1. Direito de ir e vir dos cidadãos. 
 
Conforme Jean Ri vero "A liberdade de locomoção é o poder de autodeterminação, no qual o 
homem escolhe seus comportamentos pessoais”. Esse direito surgiu com a Magna Carta de 1215, 
produzida pelos nobres inglesescontra o rei João Sem Terra, com o intuito de acabar com as 
arbitrariedades dos reis absolutistas. que em seu artigo 39 proclamava: “Nenhum homem livre será 
preso, aprisionado ou privado de uma propriedade, ou tornado fora-da-lei, ou exilado, ou de maneira 
alguma destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por 
julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra.”. Desde então, esse modelo vem sendo 
adotado pelos Estados Democráticos de Direito. 
Com passar dos tempos na Declaração Universal dos Diretos Humanos, adotada e 
proclamada pela resolução 217 A(III)da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro 
de 1948.E foi acrescentado em seu artigo 13 a seguinte legenda, “toda pessoa tem direito à liberdade 
de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado”. Diante disso nasce então para os 
países membros da ONU (Organização da Nações Unida). o direito de ir e vir em seus territórios. 
Todavia, apesar do brasil ser membro da ONU e ter aderido à DUDH em 1948, só foi acrescentado 
no texto constitucional o direito de ir e vir, em 1988 quando o Brasil promulga a Constituição Cidadã, 
que vigora atualmente. 
E dessa forma agregou diversas liberdades, como a liberdade de locomoção, de pensamento, 
de opinião, de religião, de consciência e artística. Quanto à primeira delas encontra-se acolhida no 
art. 5, XV da CF de 88, no qual diz "É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, 
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. 
Convêm lembrar que, quando o direito de liberdade for violado ou ameaçado o cidadão poderá 
dispor do Habeas Corpus, instrumento jurídico utilizado para proteger o direito de ir e vir.
 
 
2.2. Restrições ao Direito à Liberdade de Locomoção. 
 
No entanto, apesar de fundamental, o direito de ir e vir não é um direito absoluto e pode ser 
suprimido em determinadas situações, observadas nos princípios da lei. São delimitações previstas 
na legislação brasileira para que se restrinja a ação do Estado em determinadas circunstancias. Por 
exemplo na busca pessoal, utilizada para fins preventivos ou repressivos, que visa a procura de 
produtos de crimes, objetos ilícitos ou lícitas que possam ser utilizados para pratica deprimes que 
estejam de posse de um abordado em posição suspeita. Será realizado no corpo, nas vestimentas 
e pertences dele, observando todos os aspectos legais necessários, a busca poderá ser realizada 
independente de mandado judicial, desde que haja fundada suspeita, (ART 244 DO CODIGO DE 
PROCESSO PENAL BRASILEIRO). 
Alguns aspectos deverão ser analisados através da atitude do cidadão e o ambiente onde ele 
está localizado. Como por exemplo: 
 
-Ser flagrado cometendo o delito; 
-Mesmas características físicas e de vestimentas usada por autor de infrações; 
-Comportamento suspeito (tensão, nervosismo, aceleração dos passos, mudanças bruscas de 
direção); 
-Envoltórios observáveis na cintura ou em outras partes do corpo; 
-Individuo parado em local ermo ou de grande incidência de criminalidade; 
-Pessoa portando objeto duvidoso; 
-Elemento que tenta se evadir de um bloqueio policial, entre outros. 
 
5 
 
 
2.3. Aspectos legais 
 
 
 
Os agentes de segurança devem estar preparados tática e tecnicamente para realização de 
busca em pessoas, para que não haja arbitrariedades ou discriminações. A simples ação de abordar 
e efetuar a busca pessoal está condicionada a existência de indícios que configurem a 'fundada 
suspeita', requisito fundamental e indispensável para a realização do procedimento. O código de 
processo penal prever que:art.244-A busca pessoal independerá de mandado judicial, no caso de 
prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja de posse de arma proibida ou de 
objetos que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada em busca domiciliar. 
E também o artigo 292 do CPP dispõe que caberá ao abordado cumprir as ordens emanadas pelo 
policial, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no artigo 330 do código penal 
(CP). 
Outro aspecto legal que deve ser utilizando pelo aplicador da lei é o poder de policial que é 
inerente ao seu cargo, conforme disposto no artigo 78 do código tributário brasileiro, é uma faculdade 
que dispõe a administração pública para o controle dos direitos e das liberdades das pessoas, 
pautando-se nos ideais do bem comum.
 
 
2.4. Atributos do poder de policia 
 
 
Discricionariedade: 
 Compete ao policial decidir e julgar quanto a atividade policiada, segundo critérios de 
convivência, oportunidade e justiça, inclusive qual atitude de polícia a ser imposta, tudo nos limites 
da lei. 
 
 
Auto executoriedade: 
 
 é a atuação policial sem precisar de previa aprovação ou autorização do poder judiciário para 
ser realizado. 
 
 
Coercibilidade: 
 
 é a atuação de polícia inevitável, exigindo-se o emprego da forca para realiza-lo. Entretanto 
não pode ser confundido pelo arbítrio, caracterizado pela violência e pelo excesso. 
 
 
2.5. Modelos de atuação do poder de polícia 
 
- Ordem policial: principio pelo qual o estado determina restrições as pessoas, para que não 
se pratique tudo aquilo que possa prejudicar o bem comum o deixar de fazer algo que poderia evitar 
prejuízo público. 
 
- Consentimento de polícia: fiscalização feita pelo estado, conciliando o interesse particular 
com o interesse público. É uma licença que vincula um direito ou autorização revogável a qualquer 
momento dependendo das circunstancias adotadas. 
 
6 
 
- Fiscalização de polícia: é a averiguação de oficio ou determinada, do cumprimento das 
ordens e concessão de polícia. Tem dupla finalidade, a preservação e a repressão das infrações. 
Quando a fiscalização de polícia é exercida em matéria de ordem pública, recebe o nome de 
policiamento. 
 
- Sanção policial: é a intervenção punitiva do estado para reprimir a infração. Tratando-se de 
ofensa à ordem pública o interesse da coletividade se sobressai sobre o privado. 
 
 É importante lembrar que as buscas pessoais são realizadas em prol de um bem 
comum e interesse da coletividade, ainda que possa causar eventuais constrangimentos de caráter 
individual. É importante que a restrição dos direitos individuais se de o mínimo possível, ou seja, no 
limite do que possa ser considerado necessário e razoável, para que não possa ser interpretada 
como excesso e abuso de autoridade.
 
 
2.6 Ocasiões que o policial deverá utilizar o uso diferenciado da força 
 
 
Quando em uma abordagem um elemento resistir a busca mediante agressão física ou grave 
ameace ele estará incorrendo no crime de resistência, previsto no artigo 329 do CP. Neste caso o 
policial usara à forca adequada para vencer a resistência ou se defender conforme previsão legal. 
 
Rover (2000) lembra que: “os Estados não negam a sua responsabilidade na proteção do 
direito à vida, Liberdade e segurança pessoal quando autorizam aos seus encarregados de 
aplicação da lei a utilização da força e arma de fogo quando necessário". O trabalho do agente de 
segurança pública é complicado, tendo em vista que é legal a utilização da forca em abordagens 
para conter resistências ocupará própria defesa do policial. Porém, isso só será possível se estiver 
esgotada todas as possibilidades de negociação, persuasão e mediação de conflitos. 
 
Conforme FARIA (1999) Os órgãos de segurança pública existem para servir a 
sociedade e para proteger os seus direitos mais fundamentais". 
Já Cerqueira (1994, p.1) acrescenta essa ideia ao relatar que: “O sistema de 
justiça criminal, no qual se inclui a polícia, atua fundamentalmente para garantir 
os direitos humanos, em sentido estrito, e, portanto, a lógica de uso da forca 
para conter a violência perfeitamente compreensível". 
 
 
 
2.7. Legislação Internacional 
 
O Código de Conduta para os Encarregados pela aplicação da Lei-CCEAL é o código 
adotado por intermédio da resolução 34/169 da AssembleiaGeral das Nações Unidas, em 17 
de dezembro de 1979.É um instrumento internacional, com o objetivo de orientar os Estados 
membros quanto a conduta dos agentes de segurança pública. 
 
ARTIGO 3. Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem empregar a 
forca quando tal se afigure estritamente necessário e na medida exigida para o cumprimento 
do seu dever". 
 
7 
 
O código objetiva sensibilizar os integrantes das organizações responsáveis pela 
aplicação da lei, para a enorme responsabilidade que os Estados os confiam na utilização da 
forca. 
 
Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou 
degradante-ONU. Adotada pelo Resolução 39/46, da Assembleia Geral das Nações Unidas, 
em 10/12/1984-ratificada pelo Brasil em 28/09/1989.Os Estados reconhecem em comum 
acordo os direitos que assistem da dignidade à pessoa humana de acordo com os princípios 
escolhidos na Carta das Nações Unidas levando em consideração a proteção de todas as 
pessoas contra a tortura e outros tratamentos degradantes, cruéis e desumanos, que 
estabelecem na presente convenção a luta contra tais intervenções em todo o mundo
 
 
Os Princípios Básicos sobre o Uso da Forca e Armas de Fogo-PBUFAF É o segundo 
instrumento internacional mais importante sobre o uso da forca e arma de fogo. Esses princípios 
foram adotados no oitavo congresso das Nações Unidas sobre a "Prevenção do Crime e o 
Tratamento dos Infratores”, realizado em Havana, Cuba, de 27 de agosto a 7 de setembro de 
1990. 
Os princípios dos PBUFAF concordam com a importância e complexidade do trabalho 
dos agentes de segurança pública, além de destacar um papel inerente a proteção da vida, 
liberdade e segurança de todas as pessoas. Orienta para à importante da preservação da 
ordem pública e paz social, em como da relevância das qualificações e treinamentos das 
condutas dos encarregados da aplicação da lei. 
 
2.8. Legislação Nacional 
 
 
A Constituição da República Federativa de 1988, no art.144, estabelece que a 
"Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”, por intermédio 
de vários órgãos dos Órgãos de Segurança. 
 
Pode ser observado no Código Penal as justificativas ou causas de exclusão da 
antijuridicidade elencada no artigo 23, ou seja, estado de necessidade, legitima defesa, estrito 
cumprimento do dever legal e exercício regular de direito. 
 
O Código de Processo Penal contém em seu conteúdo dois artigos que permitem o 
emprego de forca pelos agentes de segurança pública no seu estrito cumprimento do dever 
legal, são eles:Art.284."Não será permitido o emprego de forca, salvo a indispensável no caso 
de resistência ou tentativa de fuga do preso "art. 293.'"Se o executor do mandado verificar, com 
segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a 
entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor 
convocara duas testemunhas e, sendo dia, entrara à forca na casa, arrombando as portas, se 
preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fara 
guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável logo que amanheça, arrombara as 
portas e efetuará a prisão". 
 
8 
 
A Portaria Interministerial n° 4.226, de 31 de dezembro de 2010, estabelece as 
diretrizes sobre uso da forca pelos agentes de segurança pública. 
O uso legitimo da força não se confunde com truculência, conforme Balestrini: "A 
fronteira entre a força e a violência é delimitada, no campo formal, pela lei, no campo racional 
pela necessidade técnica e, no campo moral, pelo antagonismo que deve reger a metodologia 
de agentes de segurança pública e criminosos”. (Balestrini, Direitos Humanos: coisa de Policia).
 
Conforme ROVER 2000, p.274.“A segurança pública não é uma profissão em 
que se possa realizar medidas padronizadas para problemas padronizados que 
ocorrem em intervalos constantes. “isso quer dizer que para cada reação de um 
abordado haverá uma ação diferente do policial, porém esta ação não segue 
um padrão sistemático, (como uma receita de bolo), no qual poderá ser 
totalmente modificado em fração de segundos conforme a necessidade e a 
reação do abordado. 
 
Esse modelo foi baseado em REMSBERG, sabendo que um "modelo de uso da forca" é 
um recurso visual, destinado a auxiliar na conceituação, planejamento, treinamento e 
comunicação dos critérios sobre o uso da forca pelos policiais
 
 
2.9. Princípios básicos sobre o uso da força 
 
 
 
Os Princípios sobre o Uso da Forca e Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis 
pela Aplicação da Lei, adotados por consenso em 7 de setembro de 1990 por ocasião do Oitavo 
Congresso das Nações Unidas sobre a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinquentes, 
entre outras recomendações, no item 2 do Preambulo salientamos. 
Em resposta a essas recomendações, o Brasil editou, em dezembro de 2010, a 
PORTARIA INTERMINISTERIAL N° 4.226, que Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Forca 
pelos Agentes de Segurança Pública, no qual deve ser norteado pela preservação da vida, da 
integridade física e da dignidade de todas as pessoas envolvidas em uma intervenção e, ainda, 
pelos princípios essências
 
 
 
PRINCIPIO DA LEGALIDADE: 
 
9 
 
 
É a utilização de forca para a execução de um objetivo legal e nos limites da lei. Este 
princípio deve ser entendido sob os aspectos do Resultado, tendo que ser justificada a 
motivação para todas as intervenções policiais. Deste modo, a lei protege o resultado da ação 
agente de segurança pública. (Interpretação dos Princípios 5 do PBUFAF).
 
 
Exemplo 
 
O princípio da legalidade não está presente se o agente de segurança pública usa de 
forca física e violência para extrair a confissão de uma pessoa. A tortura vedada em qualquer 
situação e protegida pelos direitos humanos e na Convenção contra a tortura e outros 
tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou degradante-ONU. Por outro lado, considera-se 
que os meios e métodos utilizados pelo agente de segurança pública devem ser legais, ou seja, 
em conformidade com as normas nacionais e internacionais. Conforme artigo 1° do CEAL, os 
policiais não cumprem o princípio da legalidade se durante o serviço, usarem armas e munições 
não autorizadas pela Instituição, tais como armas sem registro ou com numeração raspada, 
dentre outras. 
 
 
 
 
PRINCIPIO DA NECESSIDADE: 
 
 
É o uso de forca em um nível mais auto conforme Interpretação do princípio 4 do 
PBUFAF, informa que determinado nível de força só pode ser empregado quando outros níveis 
de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos. Como 
por Exemplo, se um agente de segurança pública utilizando da forca potencialmente letal 
(disparo de arma de fogo), para defender a sua vida ou de um terceiro que se encontra em 
perigo iminente de morte, provocado por um infrator, ele estará fundamentado pelo estado de 
necessidade, isso sempre em que outros meios não tenham sido suficientes para impedir a 
agressão. 
 
 
PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE: 
 
 
É o nível de forca utilizado pelo agente de segurança pública, no qual deve ser 
conciliável, com a gravidade da ameaça representada pela ação do infrator, e com o objetivo 
legal pretendido. Essa Gravidade para ser ponderada, deverão ser considerados, entre outros 
aspectos, a potencialidade, a periculosidade e a forma de agir do agressor, e também a 
hostilidade do ambiente e os meios disponíveis ao agente de segurança pública no momento 
da ocorrência.
 
10 
 
 
De acordo com a evolução da ameaça o agente de segurança pública readequara o nível 
de forca a ser utilizado, tornando o proporcional as ações do infrator, o que confere uma 
característica dinâmica a este princípio. Exemplo: uma ação não é considerada proporcional 
quando um agente de segurança pública, efetua um disparoletal na cabeça de um suspeito 
que estará reagindo passivamente a abordagem, apenas com gestos e ameaças contra o 
policial. Neste caso, a verbalizado e/ou controle de contato corresponderão ao nível de força 
indicada proporcionalmente. Objetivo Legal consiste em identificar se o resultado da ação 
policial está pautado na lei. Visa à proteção da vida, integridade física e patrimônio das pessoas; 
além da manutenção da ordem pública e a restauração da paz social. (Interpretação do 
princípio 5 "a" dos PBUFAF). 
 
 
 
PRINCIPIO DA MODERAÇÃO 
 
É o emprego de forca pelos agentes de segurança pública que deverá ser medido, com 
o objetivo de reduzir possíveis efeitos negativos decorrentes de uma abordagem policial. O 
nível de forca utilizado pelo agente de segurança pública na intervenção deverá ter a 
intensidade e a duração suficientes para conter a agressão. Este princípio visa evitar excesso 
no uso de forca. Considera-se imoderada a ação do agente de segurança pública que após 
cessada ou reduzida a agressão, continua empregando o mesmo nível de forca. Exemplo: O 
agente de segurança pública que continua apertando o pescoço do agressor, mesmo quando 
ele já estiver caído ao solo imobilizado ou algemado, sem qualquer outro tipo de reação, ou 
persistir no uso do bastão, das /agente químico. (Interpretação do princípio 5"a" dos PBUFAF). 
 
 
 
PRINCIPIO CONVENIÊNCIA 
 
O princípio da conveniência diz respeito à oportunidade e à aceitação de uma ação do 
agente de segurança pública em um determinado contexto, ainda que estejam presentes os 
demais princípios. As consequências do uso de forca serão avaliadas de maneira dinâmica, 
pois se estas forem consideradas mais graves do que a ameaça sofrida pelas pessoas, será 
recomendável aos agentes de segurança pública reverem o nível de forca utilizado. É adequado 
reavaliar os procedimentos táticos empregados, inclusive considerar a possibilidade de abster-
se do uso de forca.
 
 
A forca não será empregada quando houver possibilidade de ocasionar danos de maior 
relevância em relação aos objetivos legais pretendidos. Exemplo: Não é adequado ao agente 
de segurança pública repelir os disparos de um agressor em uma área com grande 
movimentação de público devido à possibilidade de se vitimar outras pessoas, mesmo que 
estejam sendo observados os princípios da legalidade, necessidade e proporcionalidade 
naquela ação. (interpretação da portaria 4.226/10 anexo 2. princípio da conveniência). 
 
11 
 
 
2.10. Novo modelo de polícia 
 
O processo de construção da segurança pública passa pela reunião dos esforços de 
toda a comunidade. Desde os cidadãos e as cidades, associações comunitárias, organizações 
não-governamentais, passando por pesquisadores, estudiosos, profissionais erga-os 
municipais, estaduais, distritais e federais, parceiros essenciais nesta empreitada. As 
instituições de segurança estatais concentram parte importante das iniciativas públicas, 
contudo estão distantes de representarem a solução de todos os problemas. Pensar a polícia 
como panaceia em segurança é conduzir equivocadamente as discussões, resultando em 
soluções paliativas. Entretanto, tratar de inovações organizacionais para as agencias policiais 
é uma vertente necessária da construção da segurança. Neste sentido, insere-se a presente 
publicação, que busca contribuir com o processo de formação e aperfeiçoamento dos 
operadores de segurança pública por meio da filosofia de Polícia Comunitária. (interpretação 
da aula 4, Curso Polícia Comunitária, produzido pela senasp). 
 
 
 
2.11.A Emergência de Novos Modelos Do livro Policiamento Comunitário e o Controle 
sobre a Policia 
 
 
 
As atuais reformas na área policial estão fundadas na premissa de que a eficácia de uma 
política de prevenção do crime e produção de segurança está relacionada a existência de uma 
relação sólida e positiva entre a polícia e a sociedade. Formulas tradicionais como sofisticação 
tecnológica, agressividade nas ruas e rapidez no atendimento de chamadas do 190 se revelam 
limitadas na inibição do crime, quando não contribuem para acirrar os níveis de tensão e 
descrença entre policiais e cidadão
 
Mais além, da enorme desproporção entre os recursos humanos e materiais disponíveis 
e o volume de problemas, forcou a polícia a buscar formulas alternativas capazes de maximizar 
o seu potencial de intervenção. Isto significa o reconhecimento de que a gestão da segurança 
não é responsabilidade exclusiva da polícia, mas da sociedade como um todo. Trabalha-se 
hoje no sentido de se identificar à natureza dessas tarefas e de se realizar as mudanças 
operacionais e organizacionais para que a polícia as desempenhe de maneira eficaz. Essas 
ideias se inserem nos conceitos de "policiamento comunitário" e "policiamento orientado ao 
problema". 
O policiamento comunitário (principal abordagem neste documento) expressa uma 
filosofia operacional orientada à divisão de responsabilidades entre a polícia e cidadãos no 
planejamento e na implementação das políticas públicas de segurança. O conceito revela a 
consciência de que a construção de uma relação sólida e construtiva com a sociedade 
pressupõe um empenho da polícia em adequar as suas estratégias e prioridades as 
expectativas e necessidades locais. 
Se não houver uma disposição da polícia de pelo menos tolerar a influência do público 
sobre suas operações, o policiamento comunitário será percebido como "relações públicas" e 
12 
 
a distância entre a polícia e o público será cada vez maior. (interpretação da aula 2, Curso 
Polícia Comunitária-conseg, produzido pela senasp). 
 
 
 
 
 
2.12.A Importância da Policia 
 
 
 
De acordo com a doutrina de polícia comunitária, A importância da polícia pode ser 
resumida na celebre afirmativa de Honore de Balzac: “os governos passam, as sociedades 
morrem, a polícia é eterna”. Na verdade, não há sociedade nem Estado dissociados de polícia, 
pois pelas suas próprias origens, ela emana da organização social, sendo essencial à sua 
manutenção. Desde que o homem concebeu a ideia de Governo ou de um poder que 
suplantasse a dos indivíduos, para promover o bem-estar e a segurança dos grupos sociais, a 
atividade de polícia surgiu como decorrência natural. 0 Desembargador Antônio de Paula 3, 
entende que a Polícia pode ser definida como a organização destinada a prevenir e reprimir 
delitos, garantindo assim a ordem pública, a liberdade e a segurança individual. Afirma ser a 
Polícia a manifestação mais perfeita do poder público inerente ao Estado, cujo fim é assegurar 
a própria estabilidade e proteger a ordem social. 
 
 
2.13. O impacto do uso diferenciado da força sobre as comunidades mais vulneráveis e 
marginalizadas 
 
 
O impacto do uso diferenciado da força sobre as comunidades mais vulneráveis e 
marginalizadas pode ser devastador, tanto do ponto de vista físico quanto psicológico e social. 
A aplicação da força de forma excessiva, desproporcional ou discriminatória por parte das 
forças policiais pode levar a graves violações de direitos humanos, como ferimentos, mortes, 
detenções arbitrárias, tortura e outros tipos de abuso. 
 
Esses impactos são sentidos de forma desproporcional pelas comunidades mais 
vulneráveis e marginalizadas, como as populações negras, indígenas, quilombolas, LGBTQI+, 
pessoas em situação de rua, entre outras. Essas comunidades frequentemente são alvo de 
preconceito, estereótipos e estigmatização por parte da sociedade em geral, e muitas vezes 
enfrentam condições socioeconômicas desfavoráveis, falta de acesso a serviços públicos 
básicos e altos índices de violência. 
 
Além disso, o uso diferenciado da força pode agravar ainda mais a desconfiança e o 
medo que essas comunidades têm em relação à polícia, reforçando a sensação de que a força 
policial não está lá para protegê-las, mas sim para controlá-las. Isso pode levar a uma maior 
resistência e hostilidade em relação à polícia, criando um ciclo de violência e desconfiança quedificulta ainda mais a relação entre as forças de segurança e as comunidades mais vulneráveis. 
 
13 
 
Por fim, o impacto do uso diferenciado da força sobre as comunidades mais vulneráveis 
e marginalizadas pode gerar traumas e consequências psicológicas de longo prazo, como 
ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e outras condições relacionadas 
à exposição à violência e ao abuso de poder. Essas consequências podem afetar a vida das 
pessoas e de suas famílias por anos e até mesmo décadas. 
 
 
 
 2.14. O papel da fiscalização e do controle externo sobre o uso da força pela polícia 
 
 
O papel da fiscalização e do controle externo sobre o uso da força pela polícia é 
fundamental para garantir que a ação policial seja conduzida de maneira legal, proporcional e 
responsável, sem violações de direitos humanos ou abusos de poder. 
 
Essa fiscalização e controle podem ser realizados por diferentes órgãos e instâncias, 
como o Ministério Público, as corregedorias das polícias, as comissões parlamentares de 
segurança pública, as organizações de direitos humanos e outras entidades da sociedade civil. 
 
 Algumas das principais funções desempenhadas por esses órgãos e instâncias incluem: 
 
• Investigar denúncias de abuso policial e outras violações de direitos humanos cometidas por 
agentes de segurança pública; 
 
• Monitorar as políticas e práticas de segurança pública, identificando eventuais problemas e 
propondo soluções; 
 
• Fornecer orientações e treinamentos para os agentes de segurança, com o objetivo de reduzir 
o risco de violações de direitos humanos; 
 
• Realizar inspeções e vistorias nas unidades policiais, verificando as condições de trabalho e a 
observância das normas legais e éticas; 
 
• Acompanhar as investigações criminais envolvendo agentes de segurança, garantindo que 
sejam conduzidas de forma imparcial e rigorosa; 
 
• Promover a transparência e a prestação de contas das atividades policiais, divulgando 
informações sobre o uso da força e outros aspectos relevantes da atuação policial. 
 
14 
 
Em resumo, o papel da fiscalização e do controle externo sobre o uso da força pela 
polícia é essencial para garantir que a ação policial seja conduzida dentro dos limites legais e 
éticos, com respeito aos direitos humanos e à dignidade das pessoas. 
 
 
2.15. Para evitar o uso excessivo ou desnecessário da força em situações de abordagem 
policial 
 
 
O uso excessivo ou desnecessário da força em situações de abordagem policial, é 
necessário adotar uma série de medidas e estratégias, envolvendo desde o treinamento e 
capacitação dos agentes de segurança até a implementação de políticas públicas mais amplas. 
Algumas sugestões incluem: 
 
✓ Investir em treinamento e capacitação dos agentes de segurança, com ênfase na abordagem 
não violenta e na resolução pacífica de conflitos. 
 
✓ Desenvolver protocolos claros e bem definidos para o uso da força, estabelecendo critérios 
objetivos para a sua aplicação e orientando os agentes sobre as circunstâncias em que o uso 
da força é justificado. 
 
✓ Implementar mecanismos de supervisão e controle interno sobre o uso da força pela polícia, 
com o objetivo de garantir a sua observância dos critérios estabelecidos e identificar eventuais 
desvios. 
 
✓ Promover a transparência e a prestação de contas das atividades policiais, divulgando 
informações sobre o uso da força e outras práticas relevantes. 
 
✓ Investir em tecnologias e equipamentos de segurança, como câmeras corporais e sistemas de 
monitoramento, que possam ajudar a documentar e controlar o uso da força. 
 
✓ Fomentar o diálogo e a participação da comunidade nas políticas de segurança pública, 
garantindo que as suas demandas e preocupação
 
3. CONSIDERAÇOĒS FINAIS 
 
 
 
O objetivo do presente artigo é de conscientizar os cidadãos sobrem pouco do trabalho 
da polícia, e que em uma abordagem a restrição temporária de um direito constitucional, como 
15 
 
o de locomoção, se dá em prol de uma coletividade, com o intuito de prevenir que crimes a 
contenção futuramente e acabem com a tranquilidade e a ordem pública da sociedade. 
 
E também alertar a os agentes de segurança pública para a importância de se qualificar 
e está bem instruído sobre as condutas certas a serem tomadas em determinadas ocorrências, 
sempre pautar-se nas doutrinas e princípios norteadores das legislações, para que em suas 
ações não existam arbitrariedades, truculência ou excessos, e com isso possa cumprir seu 
principal papel diante da população que é a preservação e a manutenção da ordem pública. 
 
Diante disso as autoridades responsáveis pela segurança pública e seus órgãos de 
segurança, devem investir mais em marketing institucional, com o objetivo de conscientizar e 
instruir a população, sobre os direitos e deveres que a legislação Brasileira garante, mas 
também sobre modos de comportamento a serem tomados quando diante de ações legais 
policiais a serviço do cidadão.Com por exemplo, propagandas educativas, panfletagens em 
residências, palestras em escolas e empresas, programas de televisão, entre outros. 
 
E dessa forma quebrar a barreira que existe entre a sociedade e polícia, unindo-os com 
o objetivo de lutar contra a criminalidade, até mesmo uma simples denúncia feita pela 
população ou uma atitude solidaria do policial, contribuirá para a harmonia e um trabalho em 
equipe, no qual só quem ganha é a sociedade e quem perde são os bandidos. Conforme 
disposto na constituição federal de 1988 no Art. 144.A segurança pública, dever do Estado, 
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da 
incolumidade das pessoas.
 
 
 
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
• Art.5, inc. XV da Constituição Federal de 1988. 
 
 
 
• "A 'fundada suspeita’, prevista no art.244 do CPP 
 
 
 
• . Art.78 do Código Tributário Nacional-Lei 5172/1966. 
 
16 
 
• . PORTARIA INTERMINISTERIAL N° 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010(A), que 
Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Forca pelos Agentes de Segurança Pública. 
 
 
• portaria 4.226/2010 anexol,2. princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, 
moderação e conveniência. 
 
 
• parágrafo único do artigo 23 do Código Penal Brasileiro (712\1940) 
 
 
• ·produzido pela senasp, Curso Polícia Comunitária-conseg.pr 
www.conseg.pr.gov.br/arquivos2/File/material./PoliciaComunitaria_completo.pdf. (0802 2008) 
 
 
 
• caput do artigo 144 da constituição federal de 1988 
 
 
• Liberdade de Locomoção (art. 5°, XV) -Jus Brasil 
 
 
 
• https://beacarrdoso.jusbrasil.com.br/artigos/419590479/.. 
 
• Disponível em:http:https://beacarrdoso.jusbrasil.com.br/artigos/419590479/iberdade-de-
locomocao-art-5-xv 
 
 
 
• https://www.migalhas.com.br/Quentes/17.MI221792,91041- 
 
 
• Magna+Carta+completa+800+anos 
 
 
 
• https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR Transplatinos/por.pdf 
 
 
• Código Penal, DECRETO-LEI N°2.8848, (7/12/1940) 
 
 
 
• . Código de Processo Penal, DECRETO-LEI N° 3.689 DE 1941 
 
 
https://beacarrdoso.jusbrasil.com.br/artigos/419590479/
https://www.migalhas.com.br/Quentes/17.MI221792,91041-
https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR%20Translations/por.pdf
17 
 
• Princípios Básicos sobre o Uso da Forca e da Arma de Fogo-PBUFAF, 
pfdc.pgr.mpf.mp.br/...e.../principios_basicos_arma_fogo_funcionarios_1990.pdf 
 
 
• Código de Conduta para os Encarregados pela Aplicação da Lei, 
http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/ajus/prev18.htm 
 
 
 
• Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, desumanas ou 
degradante,http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0040.htm 
 
 
• Material Didático Curso EAD/SENASP-Uso Diferenciado da Forca, 
https://www.justica.gov.br/Acesso/auditorias/arquivos_auditoria/secretaria-nacional-de-
seguranca-publica_senasp/relat-auditoria-2015-senasp.pdf 
 
 
 
• (Balestreri, Direitos Humanos: coisade Policia) 
(http://www.dhnet.org.br/educar/balestreri/php/dh4.html) 
 
 
• (Uso Diferenciado da Força Policial) 
https://www.passeidireto.com/arquivo/79131072/uso-diferenciado-da-forca 
 
 
• O Desembargador Antonio de Paula 3,Teorias Sobre Policia Comunitário-pt.scribd.com 
 
 
 
• .ROVER 2000,p.274. 
 
 
• .FARIA(1999) 
 
 
 
• .CERQUEIRA(1994,p.1) 
 
 
http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/ajus/prev18.htm
https://www.justica.gov.br/Acesso/auditorias/arquivos_auditoria/secretaria-nacional-de-seguranca-publica_senasp/relat-auditoria-2015-senasp.pdf
https://www.justica.gov.br/Acesso/auditorias/arquivos_auditoria/secretaria-nacional-de-seguranca-publica_senasp/relat-auditoria-2015-senasp.pdf
http://www.dhnet.org.br/educar/balestreri/php/dh4.html
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