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Saúde Bucal na Estratégia de Saúde da Família no Brasil

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Saúde Bucal na Estratégia de Saúde da Família no BrasilSaúde Bucal na Estratégia de Saúde da Família no Brasil
Histórico da Estratégia de Saúde da Família
1991: 1ª Etapa da implantação: Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)
1994: Formação primeiras equipes Programa Saúde da Família (PSF)= (ESF)
Em 1994, entre as primeiras cidades a contarem
com as equipes, estava Blumenau
2000: Marco oficial da Inclusão da ESB na ESF ao criar incentivo financeiro para reorganização das ações (Portaria 1444 de 28/12/2000)
2001: Regulamentação das funções dos integrantes da ESB; das responsabilidades institucionais e elenco dos procedimentos na Atenção Básica
(Portaria 267 de 06/03/2001)
Organização da Atenção Primária
Os centros de saúde primário que prestam ações e serviços de Atenção Básica podem ser dois
Unidades Básicas de Saúde (UBS): estabelecimentos de saúde formados pela Equipe de Atenção Básica (eAB).
Unidades de Saúde da Família (USF): estabelecimentos de saúde formados por pelo menos uma Equipe de Saúde da Família (ESF).
Geralmente a unidade básica atende um bairro inteiro, já a USF tem um médico generalista, um médico do Programa Saúde da Família e mais uma equipe
multidisciplinar que atende até 3,5 mil habitantes em uma área definida
Conceito de Estratégia da Saúde da Família
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em
risco, como falta de atividade física, má alimentação, uso de tabaco, dentre outros. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se
fortalece como a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS
Equipe de saúde da família (obrigatórios)
1 médico, 1 enfermeiro, 1 técnico de enfermagem, alguns agentes
comunitários de saúde
Profissionais que podem fazer parte (não obrigatório)
Agentes de Saúde Ambiental e Combate às Endemiass - ESB
(dentista e técnico)
Cada profissional da equipe deve trabalhar no mínimo 40h semanais, 5 dias por semana e 12 meses no ano. Cada profissional só pode fazer parte de uma
única equipe
Existe também outra forma de organização da equipe: a Equipe de Atenção Básica. Esta equipe também deve ser composta por médico e enfermeiro,
especialista em Medicina da Família e Comunidade e saúde da família, respectivamente. E ainda, por auxiliares e/ou técnicos de enfermagem. Aqui, o ACS não
faz parte da equipe principal, mas ele pode vir a fazer parte. Assim como, os agentes de combate às endemias, os dentistas, auxiliares e/ou técnicos de
saúde bucal. É possível que os componentes da Equipe de Atenção Básica obedeçam às características e necessidades do município, bem como é possível
que sua configuração passe a ser igual a da Equipe de Saúde da Família.
Portaria 1444/GM/MS, de 2000: 1 ESB para 2 ESF – atenção de até 6900 habitantes.
Portaria 673/GM/MS, de 2003: implantação de tantas ESB quanto forem necessárias, desde que não ultrapasse o nº de ESF.
Portaria 648/GM/MS, de 28 de março de 2006: ESB com trabalho integrado a 1 ou 2 ESF.
PORTARIA Nº 1.301, DE 28 DE JUNHO DE 2013: Define os recursos financeiros destinados à aquisição de equipamentos odontológicos para
os Municípios que implantaram Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família.
Em 2017 houve a aprovação de crédito suplementar que permitiu que municípios recebessem recurso Fundo a Fundo para aquisição de equipamentos
odontológicos e Unidades Odontológicas Móveis visando qualificar a Atenção Básica em Saúde Bucal. Contemplando 1.878 municípios.
Portaria Nº 2.539, DE 26 DE SETEMBRO DE 2019- Definiu o quantitativo de 45.796 equipes de Saúde de Família (eSF) e de 28.980 Saúde
Bucal (eSB) compostas por profissionais com carga horária individual de 40 horas semanais por município aptas a serem financiadas pelo
Governo Federal
Blumenau: 116 Equipes de Saúde da Família, distribuídas em 58 estruturas físicas de Saúde da Família, possibilitando 100% de cobertura
do território da cidade pela atenção básica.
Blumenau tem 34 unidades (ESF) com atendimento em saúde bucal
Situação das ESB – Blumenau (2019)
Assistência odontológica é realizada atualmente em 34 unidades de Estratégia
Saúde da Família (ESF);
Mais de 16 mil atendimentos e procedimentos odontológicos mensais;
Mais de 200 profissionais que diariamente realizam consultas agendadas e também atendimentos de intercorrências de urgência e emergência bucais
As marcações odontológicas podem ser realizadas diretamente nas unidades, por meio de agendas semanais ou quinzenais, conforme o fluxo do ESF,
ou ainda pelo aplicativo Pronto Mobile
Situação das SB – Blumenau (2019)
Também são realizados serviços especializados, como endodontia, periodontia, atendimento a pacientes com necessidades especiais, cirurgias e
odontopediatria. São realizados por mês, em média, 2,7 mil consultas iniciais; 4,4 mil restaurações; 2,8 mil profilaxias, além de outros
procedimentos.
Os sete ambulatórios gerais (AGs) também realizam atendimentos odontológicos, sendo que em dois deles estão localizados Centros de
Especialidades Odontológicas (CEO). Os CEOs recebem pacientes encaminhados da atenção básica, que necessitam realizar tratamentos mais
complexos e especializados
Estratégia Saúde da Família - Objetivos
Visa a reorganização da atenção básica de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, estratégia de expansão, qualificação e consolidação da
Atenção Básica, ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-
efetividade.
o conteúdo estratégico permite:
O rompimento no comportamento passivo dentro da UBS
Extensão das ações para e com a comunidade
Responsabilização sobre um território
Co-responsabilidade entre serviços de saúde, profissionais e população (compromisso)
Retorno a tendência do “médico da família”
A estratégia Saúde da Família conclama:
Construção de uma nova maneira de olhar a saúde, humanizada e solidária.
Humanização num sentido ampliado: resolutividade, eqüidade, acesso, autonomização, solidariedade, cidadania.
Mudanças em vários níveis: político, institucional, organizativo e pessoal.
Processo – não está concluído.
“A Saúde Bucal, parte integrante e inseparável da saúde geral do indivíduo, está diretamente relacionada às condições de alimentação, moradia, trabalho,
renda, meio ambiente, transporte, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso aos serviços de saúde e à informação.”
Rompendo com o modelo curativo-mutilador;
Construindo um novo paradigma para a prática de promoção de saúde, caracterizado na consolidação dos princípios do SUS.
A ESB na ESF busca consolidar um novo modelo de atendimento em saúde:
Universalidade
Equidade
Integralidade da atenção
Trabalho em equipe e interdisciplinar
Foco de atuação centrado no território-família-comunidade
Saúde Bucal na ESF- Princípios
Humanização da atenção
Responsabilização
Vínculo
As bases para reorientação das ações de saúde bucal são:
Articulação de referência e contrarreferência dos serviços de maior complexidade do sistema de saúde;
Definição da família como núcleo central de abordagem;
Humanização do atendimento;
Abordagem multiprofissional e interdisciplinar;
Estímulo à articulação intersetorial, à participação e ao controle social;
Educação permanente dos profissionais;
Acompanhamento e avaliação permanente das ações realizadas.
Conformação de uma equipe de trabalho que se relacione com usuários e que participe da gestão dos serviços para dar resposta às demandas da
população e ampliar o acesso às ações e serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, por meio de medidas de caráter coletivo e
mediante o estabelecimento de vínculo territorial.
Qualificação das ESB:
Modalidade I: 1 CD e 1 ASB
Modalidade II: 1CD, 1ASB, 1TSB
Modalidade III: unidade odontológica móvel
Cada equipe ESF deve cobrir até 4.000 habitantes, sendo 3.000 no caso de uma região
considerada em estado mais vulnerável. (Aproximadamente 3450 pessoas ou 1000 famílias).
Implementação R$ 3.500,00.
Portarianº 2.371/GM/MS de 07/10/2009
A continuidade da atenção à saúde bucal das populações atendidas pela UOM (unidade odontológica móvel) se dará referenciando aos CEO e/ou aos
Laboratórios Regionais de Próteses de acordo com a necessidade.
Ações das Equipes de ESB NA ESF
Ações de recuperação;
Prevenção e controle de câncer bucal;
Incremento da resolução da urgência;
Inclusão de procedimentos mais complexos na Atenção Básica;
Inclusão da reabilitação protética na Atenção Básica;
Participar da territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, e atualização contínua dessas informações;
Realizar o cuidado em saúde da população;
Realizar ações de atenção integral conforme a necessidade de saúde da população;
Garantir a integralidade da atenção por meio da realização de ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e curativas;
Realizar busca ativa e notificação de doenças, agravos e situações de importância local;
Realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações, proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o
estabelecimento do vínculo;
Responsabilizar-se pela população, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros serviços do
sistema de saúde;
Participar das atividades de planejamento e avaliação das ações da equipe;
Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social;
Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais com a equipe;
Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas nacionais de informação na Atenção Básica;
Participar das atividades de educação permanente;
Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais.
Organização da Atenção à Saúde Bucal por meio dos ciclos de vida do indivíduo
Bebê: 0 a 24 meses
Criança: 2 a 9 anos
Adolescente: 10 a 19 anos
Adulto: 20 a 59 anos
Idoso: acima de 60 anos
Atenção à gestante
Atenção à saúde bucal de pessoas com necessidades especiais
Atividades clínicas: 28 horas
Atividades coletivas: 8 horas
Visita domiciliar: de acordo com a necessidade local
Reunião da USF: 4 horas
Número de atendimentos por turno: 10 a 12
Planejamento das atividades na USF
Competências do cirurgião-dentista
Realizar diagnóstico
Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais
Realizar a atenção integral em saúde bucal individual e coletiva, a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com
planejamento local, com resolubilidade
Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do
usuário e o segmento do tratamento
Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais
Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e
integrar ações de saúde de forma multidisciplinar
Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do TSB, ASB e ESF
Realizar supervisão técnica do TSB e ASB
Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.
Lei Nº. 11.889 ( 24 de Dezembro de 2008)
Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde bucal – TSB e de Auxiliar em Saúde Bucal – ASB. 
O TSB e o ASB estão obrigados a se registrar no CFO e a se inscrever no CRO em cuja jurisdição exerçam suas atividades
Competências do Técnico em Saúde Bucal
Realizar a atenção integral em saúde bucal individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo programação e
de acordo com suas competências técnicas e legais
Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos
Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e
integrar ações de saúde de forma multidisciplinar
Realizar a atenção integral em saúde bucal individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo programação e
de acordo com suas competências técnicas e legais
Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos
Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e
integrar ações de saúde de forma multidisciplinar
Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal
Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF
Competências do Auxiliar em Saúde Bucal
Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de
atenção à saúde
Proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados
Preparar e organizar instrumental e materiais necessários
Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o TSB nos procedimentos clínicos
Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos
Organizar a agenda clínica
Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e
integrar ações de saúde de forma multidisciplinar
Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. 
Equipamentos Odontológicos
Aparelho fotopolimerizador;
Cadeira Odontológica;
Compressor;
Processo de Trabalho em Equipe
Equipo odontológico;
Estufa ou autoclave;
Mocho;
Refletor;
Unidade auxiliar.
Abordagem Individual
Abordagem Coletiva
Ações de Vigilância sobre Risco e de Necessidades em Saúde Bucal
Ações de Promoção à Saúde
Ações Educativas e Preventivas
Equipe multiprofissional : Conflitos, resistências e disputas.
 Campo de atuação: território-família-comunidade
Interdisciplinaridade: núcleo de atuação profissional específica
com abordagem dos problemas em uma nova dimensão
Educação Permanente
Requisitos para Implantação ESB na ESF
Possuir equipes de saúde da família;
Projeto com informações sobre: área geográfica; população; descrição estrutura da unidade; definição de ações; fluxo usuários; avaliação do
trabalho; seleção de profissionais;
Aprovação projeto no Conselho Municipal de Saúde;
Análise pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) do Estado;
Qualificação pelo MS.
Cadastrar profissionais no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB); 
Alimentar mensalmente o SIAB/SUS.
Para a implantação efetiva da ESB e para que ela passe a receber os incentivos financeiros, devem ser seguidos os seguintes passos:
A ESB na ESF deve intervir em todas as possibilidades de enfrentar os problemas da sociedade, desenvolver ações intersetoriais e participar das
atividades políticas de defesa da vida e da cidadania

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