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aula 9

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*AULA 2
DIREITO CIVIL I
SEMANA 9 AULA 17
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DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
SEMANA 9 AULA 17
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 DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Negócio jurídico (conceito e classificação).
Noções sobre os planos de existência, validade e eficácia do negócio jurídico.
Da representação. 
Elementos acidentais (condição, termo, encargo ou modo): conceitos, espécies e efeitos jurídicos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
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NOSSOS OBJETIVOS
Conceituar e classificar os negócios jurídicos
Fornecer noções substanciais a respeito dos planos de existência, validade e eficácia do negócio jurídico.
Estabelecer a conceituação do instituto da representação.
Enumerar e distinguir os elementos essenciais e acidentais dos negócios jurídicos.
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Negócio Jurídico - conceito
Segundo Caio Mário de Silva Pereira - são declarações de vontade destinadas à produção de efeitos jurídicos queridos pelo agente. Continua: “O fundamento e os efeitos do negócio jurídico assentam, então, na vontade, não uma vontade qualquer, mas aquela que atua em conformidade com os preceitos ditados pela ordem legal”.
Pode ser entendido como toda ação humana, de autonomia privada, com o qual o particular regula por si os próprios interesses. Nele há uma composição de interesses. 
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Principais classificações dos Negócios Jurídicos
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ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO NEGOCIO JURIDICO:
Plano da Existência: elementos mínimos, surgem apenas substantivos sem adjetivos. Não havendo algum desses elementos, o negócio jurídico é inexistente.
Plano da Validade: os elemento acima ganham adjetivos, constam expressamente na redação do art.104. Não havendo algum desses elementos haverá nulidade absoluta ou relativa do negócio jurídico.
Plano da Eficácia: efeitos gerados pelo negócio jurídico.
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“Escada Ponteana”
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(CC, art . 104): 
“A validade do negócio jurídico requer:
I – agente capaz; 
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III – forma prescrita ou não defesa em lei”.
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Agente capaz
 Para que o negócio jurídico ganhe plena eficácia produzindo todos os seus efeitos, exige a lei que ele seja praticado por agente capaz. Por agente capaz há que se entender a pessoa capaz ou emancipada para os atos da vida civil. .
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MANIFESTAÇÃO DE VONTADE 
É o pressuposto do Negócio jurídico, uma condição sem a qual inexiste o Negócio jurídico, está acima de qualquer elemento. Quando não existir pelo menos aparência de declaração de vontade, não podemos sequer falar de negócio jurídico. A vontade, sua declaração, além de condição de validade, constitui elemento do próprio conceito e, portanto, da própria existência do negócio jurídico.
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FORMA DE EXTERIORIZAÇÃO 
- Declaração expressa: um comportamento ativo, facilmente reconhecido no negócio jurídico.
- Declaração tácita: Decorre de um comportamento do agente, que expressa a vontade por determinada atitude, ou seja, sem uma ação direta, mas que pode ser percebida em um comportamento indireto.
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Reserva mental
Ocorre quando o sujeito emite uma declaração que não coincide com a vontade real, ela subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. Se o destinatário não tem conhecimento da reserva mental, vale a vontade declarada.
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Silêncio
 Em regra não se aplica o provérbio. Normalmente, o silêncio nada significa, por constituir total ausência de manifestação da vontade.
Importa anuência (consentimento de aprovação) quando as circunstancias ou os usos o autorizarem e não for necessária a declaração expressa de vontade. 
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Provérbio: “Quem cala consente”
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INTERPRETAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 
Dispõe o art. 112 do CC: “Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem”. 
Estabelece, pois, uma regra de interpretação destacando o elemento intenção sobre a literalidade da linguagem. Cabe ao intérprete investigar qual foi a real intenção dos contratantes na elaboração da cláusula contratual duvidosa ou obscura. 
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“Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”, diz o art. 113 do CC.
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Trata da ampliação da incidência da boa-fé objetiva, de modo que , se antes ela era aplicada apenas nas relações consumeristas, onde o consumidor usualmente figura em desvantagem, agora ela integra também as relações contratuais paritárias, em que não há pólo desvantajoso. Nesse sentido, ao aplicador da lei, cabe parcimônia hermenêutica, já que, em não havendo a priori desequilíbrio, deve o mesmo privilegiar o “sentido mais conforme à lealdade e à honestidade entre as partes” 
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Hermenêutica: analisa a declaração, procurando o verdadeiro sentido, como quer o Código Civil. Examina o sentido gramatical das palavras, os elementos econômicos e sociais (nível intelectual e educacional) e seu estado de espírito no momento da declaração.
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A boa-fé comanda, conforme afirma a lei, que os contratos sejam interpretados tendo em vista a relação entre as partes, impondo que o processo hermenêutico atenda ao sentido indicado pela lealdade e a cooperação. Veda-se com esta disposição toda interpretação que permita a existência de comportamentos maliciosos de uma parte em relação à outra. 
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- Boa fé objetiva: cria dentro do negócio jurídico obrigações que as partes sequer cogitaram. Diz respeito à lealdade, à função social do contrato e cria um dever social de garantia. Assim o juiz deve repelir a intenção dos declarantes de vontade, em qualquer negócio jurídico, que se desvie da boa-fé objetiva. Essa boa fé é a que dará a segurança ao julgador e ao sistema.
- Boa fé subjetiva: é aquela intimamente refletida e pensada pelo declarante no negócio jurídico que pode e deve ser investigada pela hermenêutica.
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 Objeto lícito: A licitude 
A licitude está inserida no conceito. 
É necessário que o alcance visado pelo ato não seja ofensivo à ordem jurídica. 
A sua liceidade é condição essencial à eficácia do negócio jurídico, que sempre tem por finalidade produzir efeitos jurídicos através da manifestação de vontade. 
Esta tem que ser sempre voltada para fins legítimos, possíveis, determinados ou determináveis. Quando o efeito não for legítimo ou possível, apesar de existir a vontade, caracteriza-se um ato ilegítimo, ilícito. 
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Objetos lícitos, possíveis e determinados ou determináveis: 
 • A determinação diz respeito à sua identificação específica, quando o bem for determinado; ou identificação pelo gênero, quando o bem for determinável.
 • Fisicamente impossíveis: é inidôneo (na praticável, não há possibilidades) como, p.ex, venda de lotes na lua.
 • Juridicamente impossíveis: atos contra as leis, a moral e aos bons costumes, p.ex, vender toda a água do rio Amazonas.
 • Deve ser levado em conta também que pode ser impossível para uns, pode não ser para todos. Levemos em conta, também, que a impossibilidade para o presente não significa sempre impossibilidade para o futuro.
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Forma prescrita ou não defesa em lei 
Todo negócio jurídico tem uma forma. A vontade, manifestada pelas pessoas, pode ser verbal, por escrito, ou através de gestos. Em numerosos casos a lei exige das partes uma forma especial. 
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A regra geral é a forma livre.
“A validade da declaração de vontade – diz o art. 107 do CC - não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir”.
 Isto significa que todas as exceções devem ser respeitadas, ou seja, se a lei impuser forma especial, esta deverá ser atendida. 
Por exemplo, a compra de uma casa à vista, deve ser através da escritura pública. Se realizada por instrumento particular, não tem validade, porque a lei impõe uma forma (CC, artigo 108). 
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• Atos formais ou solenes: aqueles que a lei exige que o ato se realiza por certo forma, como o casamento ou compra e venda de imóveis, testamentos.
• Atos não formais ou solenes: não precisam de forma determinada, o ato pode ser provado por quaisquer dos meios admitidos em Direito (liberdade da forma).
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Plano da Eficácia
Elemento naturais no negócio jurídico: têm a sua origem nos efeitos comuns do negócio celebrado, nasce como consequência comum da norma jurídica. Ex. Proclamas do casamento, Pagamento do aluguel na locação.
Elementos acidentais: são inseridos para modificar as consequências naturais, são dispensáveis.
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Elementos acidentais
Condição – evento futuro e incerto (art.121)
Na maioria das vezes aparecem as condições se (dou-lhe um carro se você tirar 10 na prova de Direito Civil I) ou enquanto (dou-lhe uma mesada enquanto você estudar)
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Termo – evento futuro e certo (art.132)
Na maioria das vezes aparece na expressão quando (dou-lhe um carro quando você tirar 10 na prova de Direito Civil I)
Diferença entre Termo e Prazo: o prazo é justamente o lapso temporal que se tem entre o termo inicial e o termo final.
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Encargo ou modo – traz um ônus relacionado com uma liberalidade (art.136)
Na maioria das vezes aparece na expressão para que ou com o fim de (dou-lhe um terreno para que você construa um asilo)
Caberá revogação quando houver cláusula suspensiva.

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