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MATEUS MENDES D I R E I T O - U N O E S C Art. 803. É nula a execução se: I – o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível; II – o executado não for regularmente citado; III – for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo. Parágrafo único. A nulidade que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução. Comentários: Nulidade da execução. A falta de qualquer dos atributos da obrigação (certeza, liquidez, exigibilidade) gera a nulidade da execução. Do mesmo modo, a ausência de citação válida impede o prosseguimento da demanda executiva, porquanto o processo não pode se desenvolver sem contraditório. Não verificada a condição ou termo da obrigação contida no título executivo, haverá inexigibilidade. Nessa hipótese, o executado nem sequer será inadimplente, razão pela qual a execução será nula. Nos termos do parágrafo único do art. 803, a nulidade será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução. O dispositivo é novo na legislação processual, mas ratifica prática já adotada pelos tribunais. Por se tratar de matérias de ordem pública, não sujeitas, portanto, à preclusão, as situações inseridas no art. 803 podem ser conhecidas a qualquer tempo, independentemente do manejo de embargos à execução. Tal dispositivo, em verdade, positiva um instituto muito utilizado na prática forense, mas que, até então, tinha respaldo apenas doutrinário e jurisprudencial. Trata- se da exceção ou objeção de pré-executividade, cabível para fins de discussão de matérias cognoscíveis de ofício (pressupostos processuais e vícios objetivos do título, por exemplo) e que não demandem dilação probatória.
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