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Cirurgia Torácica

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Brenna G Bonfante 
 
1 
Cirurgia Torácica 
 
A cirurgia torácica abrange as patologias cirúrgicas que se encontram dentro da 
cavidade do tórax, incluindo pulmões, parede torácica, mediastino, traqueia, pleura e 
esôfago. 
- O termo tórax designa a área entre o pescoço e o abdome, fechado por costelas, 
esterno e vertebras radialmente, estreito torácico superiormente e o diafragma 
inferiormente. 
- Tem a função de sustentação e proteção dos órgãos torácicos internos, fornece a 
força inspiratória negativa que inicia a ventilação e a força expiratória positiva 
necessária para a vocalização e cria um suporte para pescoço, MMSS, estruturas 
torácicas e abdome. 
 
Anatomia 
- Pleura parietal reveste a parede torácica, mediastino, diafragma e pericárdio. A 
pleura visceral reveste o pulmão e separa os lobos. 
- O espaço pleural é um espaço potencial que pode comprimir o coração ou pulmões 
com um líquido, tumor ou infecção. Os espaços pleurais direito e esquerdo são 
separados entre si pelo mediastino 
- músculos primários: diafragma e músculos intercostais, os intercostais incluem o 
externo, interno e transverso (mais interno). Os intercostais auxiliam a respiração e 
protegem as estruturas torácicas. 
 
- Os espaços intercostais são associados numericamente a costela superior e contém 
os feixes intercostais (veia, artéria e nervo) que se estendem ao longo da borda 
inferior de cada costela. 
- Os músculos extrínsecos do tórax, o grande dorsal, o serrátil anterior, os peitorais 
maior e menor e os músculos cervicais (ECM, escaleno) inserem-se no arcabouço 
ósseo e protegem a própria parede torácica, e podem auxiliar nos esforços de 
ventilação em pacientes com DPOC. 
 
Procedimentos Realizados 
- Broncoscopia (fibrobroncoscopia) - Tratamento cirúrgico de tumores 
- Ressecções pulmonares - Trauma de tórax 
- Toracocentese - Drenagem de tórax 
- Tratamento da hiperidrose 
- Correção de defeitos da parede do tórax 
- Cirurgia da traqueia (traqueostomia, estenose, tumores) 
 
Broncoscopia / Fibrobroncoscopia 
- Pode ser rígida ou flexível 
- Rígida: metálica, menos usada 
- Flexível: diagnóstico e tratamento. Para diagnóstico pode ser coletado escovado 
broncoalveolar, lavado broncoalveolar e biópsia transbrônquica (p.ex. tumores 
próximos ao hilo pulmonar). 
- Tumor periférico de pulmão: biópsia transcutânea // Tumor de hilo: broncoscópico 
 
Indicações 
- Diagnóstico: visualização direta das vias respiratórias até os brônquios 
subsegmentares; coleta de secreções e células respiratórias por irrigação, escovamento 
e lavagem das vias respiratórias periféricas e dos alvéolos; biopsia de estruturas 
endobrônquicas, parenquimatosas e mediastinais 
 
Brenna G Bonfante 
 
2 
- Terapêutico: aspiração das secreções retidas; colocação de stent endobrônquico; 
remoção de corpo estranho; uso de dilatação com balão para aliviar as estenoses 
das vias respiratórias. 
- Rígida: somente quando há necessidade de orifício e canais mais amplos como na 
investigação da hemorragia pulmonar ativa e intensa; visualizar e remover corpos 
estranhos aspirados em crianças; visualizar lesões endobronquicas obstrutivas para 
possível redução de volume com laser ou implante de stent. 
Contraindicações 
Absolutas 
- IRA com hipercapnia - Obstrução traqueal de alto grau 
- Incapacidade de oxigenar adequadamente durante o procedimento 
- Arritmias intratáveis que colocam a vida em risco 
Relativas 
- IAM recente - Paciente que não coopera 
- Coagulopatia incorrigível 
Cuidado em: urêmicos, obstrução de VCS, HP por sangramento e pneumotórax. 
Procedimento 
- Somente por pneumologista ou cirurgião, sob monitoramento, tipicamente em setor 
de broncoscopia, CC ou UTI. 
- Paciente em jejum por pelo menos 6 horas, ter acesso IV, monitoramento 
intermitente da PA, oximetria de pulso contínua e monitoramento cardíaco. Usar 
suplementação de O2. 
- Pode ser sedado com benzodiazepínicos ou opioides de curta duração para diminuir 
ansiedade, tosse e desconforto. Porém pode ser usado anestesia geral (propofol). 
- A faringe e as cordas vocais são anestesiadas com lidocaína, em nebulização ou 
aerossol (1 ou 2%). 
- Lavagem brônquica: injeta-se soro fisiológico pelo broncoscópio e o soro é aspirado 
das vias respiratórias 
- Escovamento brônquico: insere-se uma escova que é utilizada para raspar lesões 
suspeitas com o intuito de obter amostras de células 
- Lavagem broncoalveolar: infunde-se 50 a 200 ml de soro estéril na arvore 
broncoalveolar distal e a seguir a aspiração de líquido recupera células, proteínas e 
microorganismos localizados no nível alveolar. Áreas locais de edema pulmonar criada 
pela lavagem podem desencadear hipoxemia transitória. 
- Biópsia transbrônquica: inserem-se fórceps pelo broncoscopio e vias respiratórias 
para realizar biopsia em um ou mais locais do parênquima pulmonar. Sem orientação 
radiográfica, mas algumas evidências apoiam o uso da orientação fluoroscópica 
aumenta a capacidade diagnostica e diminui a incidência de pneumotórax. 
- Aspiração transbrônquica por agulha: insere-se uma agulha retrátil pelo 
broncoscopio que pode ser usada para coletar amostras de linfonodos ou massas 
mediastinais. 
Complicações 
- Arritmias 
- Hipoxemia em pacientes com troca gasosa comprometida 
- Edema laríngeo leve ou lesão com rouquidão 
 
Tratamento de tumores 
- Mediastino, pleura, pulmões, traqueia, costela, musculares, sarcomas 
- Biópsia para diagnóstico através de procedimento cirúrgico, principalmente em 
pacientes suspeitas de linfoma que podem fazer massas em regiões cervicotorácicas. 
• Ressecções pulmonares 
• Trauma de tórax 
• Toracocentese 
- Realiza uma punção com agulha no intercosto e aspira líquido pleural. 
• Drenagem de tórax 
• Cirurgias de traqueia 
- Traqueostomia 
- Traqueoplastias (corrigem estenose, retira tumor) 
• Hiperidrose 
- Excesso de sudorese em membros superiores, região dorsolombar e membros 
inferiores 
• Correção de defeitos da parede torácica 
- São congênitos como o pectus escavatus (peito em quilha), pectus carinatus (peito 
de pombo) e muitas outras assimetrias torácicas 
- Síndrome de Poulan (nasce sem arcabouço ósseo e mama de um lado) 
 
Patologias tratadas 
- Pneumotórax - Derrame pleural 
- Nódulo pulmonar - Bolhas pulmonares 
- Neoplasias torácicas - Estenose de traqueia 
- Derrame pericárdico - Pectus escavatum e carinatus 
- Hernia e/ou paralisia diafragmática - Miastenia gravis 
- Hiperhidrose localizada - Doenças pulmonares avançadas 
- Hipertensão pulmonar tromboembólica crônica 
• Pneumotórax 
• Derrame pleural 
• Nódulo pulmonar 
• Bolhas pulmonares 
 
Brenna G Bonfante 
 
3 
- Existem bolhas pleurais e pulmonares 
• Neoplasias torácicas 
• Estenose de traqueia 
- O balonete e o tubo lesionam as cordas vocais quando permanecem por períodos 
prolongados. 
- Traqueostomia costuma ser indicada para proteger a via aérea. 
• Derrame pericárdico 
• Hérnia ou paralisia diafragmática 
• Pectus escavatus e carinatus 
• Hipertensão pulmonar tromboembólica crônica 
- Endarterectomia da artéria pulmonar. Retira trombos que se organizaram e 
calcificaram e fazem a HP ser refratária ao tratamento clínico. 
• Miastenia gravis 
- Doença neurológica que gera fraqueza muscular progressiva e o paciente perde o 
controle palpebral fazendo ptose bilateral, dificuldade de deglutição, mastigação e 
respiratória. É uma doença relacionada ao timo e pode ter miastenia com timoma 
(tumor de timo) e daí a necessidade cirúrgica. 
• Hiperhidrose localizada 
• Doenças pulmonares avançadas (transplante pulmonar) 
- Exemplo: fibrose pulmonar 
- Biópsia pulmonar por vídeo, aberta, fechada, endoscópica. Conforme necessidade 
- DPOC com bolhas (enfisema bolhoso): precisa fazer a abordagem cirúrgica para 
tirar as bolhas maiores para o pulmão conseguir expandir. 
- Negus (??) são válvulas colocadas porbroncoscopia nas bolhas, que desviam o ar 
das bolhas para o pulmão que está viável. 
 
Pré-Operatório 
- Realizar avaliação pulmonar funcional criteriosa independente das comorbidades 
do paciente, idade, tabagista ou não. 
- Fazer espirometria antes da abordagem cirúrgica, podendo ser beira leito. Porque 
durante a cirurgia pode ser pedido para o anestesista ambuzar o paciente para 
verificarmos se a aerostasia está bem-feita. 
- Os pulmões vão sofrer alterações de volume e capacidade, de padrão ventilatório, 
de defesa e da hematose. 
- Durante a operação pulmonar, a máquina de respiração está ventilando, então o 
pulmão tem volume (expira//inspira), tem procedimento que é possível fazer dessa 
forma, mas tem procedimentos que é inviável porque fica sem espaço para suturar 
os vasos, por exemplo. Então, para possibilitar a qualidade cirúrgica, muitas vezes 
pede que seja feito uma intubação de duplo lúmen, que é uma sonda diferente 
chamada Sonda de Carlis, o tubo fica cravado na carina traqueal e tem 2 balonetes 
no tubo, com 2 respiros e 2 cuffs que permitem só ventilar um lado do pulmão ou 
ambos. 
- Prova do borracheiro ver 
 
Vias de acesso 
- Toracotomia póstero lateral - Toracotomia anterior 
- Toracotomia axilar - Esternotomia mediana 
- Videotoracostomia 
Toracotomia póstero lateral / Standart 
- Da linha axilar anterior, curva-se abaixo da escápula e segue entre a coluna e a 
borda medial da escápula. 
- Mais usada 
- Não optamos por esternotomia se vamos operar apenas um lado do pulmão. A via 
que nos dá maior acesso e visão da cavidade pleural é a toracotomia póstero lateral. 
- Paciente deitado, faz pré anestesia, é entubado, testa a Carlis, posiciona o paciente 
de lado e o braço sobe 
- Feita com o paciente em decúbito lateral e fixado por coxins e esparadrapos nos 
dois lados. 
- Uma das cirurgias mais dolorosas que tem devido à grande secção muscular. 
Lombotomia (acesso para rim) são incisões extremamente dolorosas. 
- Abre músculo grande dorsal, serrátil, intercostal externo, médio e interno. 
- Incisão levemente curva porque se for reta do espaço de ampliação muito pequena. 
- Colocar afastador autostático (finoqueto), que entra fechado e tem válvula que vai 
abrindo até ter o espaço necessário. Entra no bordo inferior da costela superior para 
evitar lesionar artérias e veias. Escolhe o espaço que vai entrar dependendo do lobo 
que vai acessar. 
- Se tiver ponta de costela, pode seccionar inteira, ressecar um pedaço e pode 
desarticular a costela da coluna. 
Indicações agudas de toracotomia no trauma torácico 
- Deterioração aguda e instabilidade hemodinâmica 
- Drenagem acima de 1.500 ml de sangue pelo dreno torácico 
- Drenagem continuada acima de 200 ml/hora de sangue pelo dreno 
- Tamponamento cardíaco (tríade de Beck) 
- Injúria vascular torácica documentada 
- Injúria de esôfago documentada 
- Injúria traqueobrônquica documentada (brônquio vai borbulhar ou fazer enfisema 
subcutâneo universal) 
- Toracotomia traumática 
 
Brenna G Bonfante 
 
4 
- Fuga aérea maciça (cartilagem não fecha espontaneamente, se nutrem por 
embebição tecidual. Dependendo da sutura pode causar isquemia, se não faz pode 
gerar fistula bronco aérea). 
 
 
 
 
 
Toracotomia anterior 
Toracotomia axilar 
- Corte feito na axila que permite acesso ao ápice do pulmão. Não consegue acessar 
a base. 
Esternotomia mediana 
- Acesso usado em cirurgia cardíaca e para pulmão é usada em transplantes 
pulmonares bilateral, ou em conjunto com o transplante cardíaco, ou para abordar 
ao timo. 
- Mais relacionada com o timo 
 
Videotoracostomia 
- Mais moderno 
- Paciente em decúbito lateral 
- Entra com acesso superior, inferior, anterior, posterior, lateral 
 
Toracotomia de reanimação 
- É indicada em parada cardíaca na sala de emergência ou durante transporte em 
vítimas com trauma penetrante de tórax, pescoço ou extremidades ou trauma torácico 
fechado quando o dreno foi inefetivo. Medida extrema raramente indicada. 
 
 
Ressecções pulmonares 
- Segmentectomia - Lobectomia 
- Pneumonectomia 
É a retirada de um segmento, lobo ou de todo o pulmão. 
- O pulmão direito tem 3 lobos, pode ser feito bilobectomia. O pulmão esquerdo tem 
apenas dois lobos. 
- Precisa de estudo prévio de função pulmonar para avaliar se o paciente consegue 
viver com só um pulmão. 
- Respeita os limites anatômicos. 
- A rafia de brônquio tem que ser com fio inabsorvível 
Colocar divisão pulmonar 
 
Brenna G Bonfante 
 
5 
 
Câncer de Pulmão 
- Uma das maiores morbimortalidade 
- O pulmão não é inervado então não gera dor, o que é inervado é a pleura que é 
extremamente sensível. 
- Dor torácica, rouquidão pode ser a primeira manifestação por que pode comprimir 
a saída do nervo laríngeo recorrente, disfagia, derrame pleural 
- Síndrome de Pancoust que é tumor localizado no lobo superior que comprimi 
estruturas e gera ptose palpebral, rouquidão, dor local 
- Síndrome da veia cava superior quando o tumor comprime a VCS e fica com 
edema que sobe da caixa torácica para a face e começa a fazer hipervascularização 
com aranhas vasculares. 
Causas 
- Tabaco - Radiação 
- Asbesto - Carvão 
- Fumaças tóxicas - Genética 
Quadro Clínico 
- Depende do crescimento regional do tumor 
- Extensão direta: dor torácica, rouquidão, disfagia, derrame pleural, síndrome de 
Pancoast, síndrome da veia cava superior. 
Carcinoma broncogênico / Carcinoma de pequenas células / Oat cell / 
Avenocelular 
- Mais agressivo 
- Oat cell = aspecto de aveia. 
- Se divide em carcinoma de pequenas células e de células não pequenas 
- Carcinoma de células não pequenas. Podem ser: adenocarcinoma, carcinoma de 
células escamosas e de grandes células anaplásico. 
- A imuno-histoquímica é o exame fundamental para os oncologistas começarem a 
quimioterapia. Faz uma biópsia, vê que tem um carcinoma, se não tem indicação 
cirúrgica. O tratamento dependendo do tipo histológico deve ser QT ou QT+RT. 
Encaminha para o oncologista com a imuno. 
- A imuno-histoquímica pega o tecido e testa vários marcadores. 
Tratamento 
- Cirúrgico - Quimioterapia 
- Radioterapia - Imunoterapia 
- O tratamento depende do estadiamento TNM 
T= tumor N= nódulo M= metástase 
- CA de pulmão tem estadiamento: 1, 2, 3 A, 3B e 4. 
 
Complicações pós-operatórias 
- Dor - Pneumonia 
- Traqueobronquite - Insuficiência respiratória 
- Atelectasia - Arritmias 
- Broncoespasmo - TEP 
- Edema agudo de pulmão - IAM 
- Fístulas 
- Dor: usar potente analgesia pois o paciente pode evoluir pra insuficiência 
respiratória devido a hiperventilação causada pela dor. Antes de fechar o tórax faz 
o bloqueio dos intercostais em 4 pontos com xilocaína antes de fechar músculos, isso 
fornece uma analgesia de 6 a 8 horas. O cateter de peridural é uma boa opção pois 
a analgesia é feita direta ali e dura mais tempo. 
- Pneumonia: comuns devido a hipoventilação 
- Traqueobronquite: por conta da intubação e do manuseio de via aérea 
- Insuficiência respiratória: pode ocorrer no PO imediato, médio e tardio 
- Atelectasia: área do pulmão que murcha e não expande. 
- Arritmias 
- Broncoespasmo: comum, as vezes já na hora da extubação. 
- TEP: é uma complicação que pode ocorrer em qualquer cirurgia, ainda mais de 
grande porte como o tórax e ainda mais se o paciente tiver câncer, uma vez que as 
células cancerígenas são altamente trombogênicas 
- Edema agudo de pulmão: se hiperhidrata o paciente ou mantém em broncoespasmo 
e entra em EAP 
- Infarto 
 
Brenna G Bonfante 
 
6 
- Fístula: risco de fístulas aérea. Fístula pulmonar e traqueal é sempre vazamento 
de ar. 
Derrame pleural 
- Nem sempre está associado a uma doença pulmonar 
- É o líquido na cavidade pleural 
- Na tomografia é possível avaliar a densidade e o laudo sai com a sugestão do que 
pode ser. Empiema quando é mais denso. 
Etiologia- Processos infecciosos - TB pleural 
- ICC - Neoplasia 
- TEP 
- A ICC geralmente faz derrame pleural bilateral, predominando volume maior no 
lado direito 
- Neoplasias como de mama, de ovários, síndrome de Meyks (???) que é a neoplasia 
de ovário com derrame pleural 
- Pancreatite pode fazer derrame pleural 
Fisiopatologia do derrame pleural 
- Aumento da pressão hidrostática: começa a reter mais líquido na pleura 
- Diminuição da pressão oncótica: o líquido tem menos proteína e acumula mais 
- Diminuição da pressão do espaço pleural: é virtual, se acumula e passa a existir 
- Aumento da permeabilidade na microcirculação 
- Bloqueio da drenagem linfática 
- Passagem de líquido a partir do peritônio: caso da pancreatite e ascites muito 
volumosas 
Tratamento 
Clínico ou cirúrgico 
- Clínico: casos leves, como a pneumonia que evolui pra DP de pequeno volume. 
- Toracocentese diagnóstica e terapêutica: tira líquido através de agulha e seringa 
para aliviar a respiração e pode mandar para análise que irá direcionar à etiologia. 
Pode também usar a agulha de Cope para fazer biópsia 
- Drenagem pleural: por exemplo se já fez toracocentese de alívio 
- Pleuroscopia: aparelho de vídeo que entra na cavidade pleural e permite biopsiar, 
tirar septações e jogar substância na pleura e fazer pleurodese. 
- Pleurodese: é uma sínfise da pleura. Joga determinada substância que faz a pleura 
visceral grudar na pleura parietal e não permitir mais o espaço virtual de acúmulo 
de líquido. Pode ser usado bleomicina, mas o mais efetivo e aceito é o talco (comum, 
esterilizado na autoclave) usado sob asperção. 
 
Análise do líquido pleural 
É o mínimo que deve ser pedido do líquido, é uma análise bioquímica 
- pH 
- Proteínas 
- Glicose 
- ADA (adenosina deaminase) é um marcador de tuberculose pleural no líquido 
pleural, se vier em índice alto é diagnóstico de tuberculose. É patognômico. 
- Citologia diferencial e oncótica: tem mais leucócito (pensar em infecção bacteriana) 
ou mais linfócito (pensar em infecção viral)? Pesquisa de células neoplásicas no líquido 
pleural. 
- Microbiologia 
- Cultura 
Biópsia de pleura – Agulha de Cope 
- A agulha deve ser inserida sobre a borda superior do arco costal para evitar 
danos ao feixe neuromuscular intercostal (localizado na borda inferior). 
- Agulha de metal que corta e tira fragmentos da pleura, tem grande risco de furar 
o pulmão. É uma especialidade da cirurgia torácica. 
- Pode ser feito com anestesia local se o paciente está bem. 
 
Drenagem pleura ou de tórax ou toracostomia com drenagem fechada 
- Paciente que evoluiu o derrame e precisa da drenagem 
 
Indicações 
- Pneumotórax 
- Hemotórax 
- Derrame pleural (de repetição) 
- Sintomático recidivante (derrame pleurático sintomático) 
- Realização de pleurodese: pode ser feito por pleuroscopia, mas se o paciente tem 
câncer, por exemplo, não suporta uma anestesia geral. Então pode fazer drenagem 
torácica e jogar o talco pelo dreno. 
Dreno de tórax 
- Proporciona um conduto para a drenagem de ar, sangue e outros líquidos do 
espaço interpleural ou mediastinal e o reestabelecimento de pressão negativa no 
espaço interpleural. 
- O dreno não deve entrar no pulmão, deve ficar na pleura. 
- Sempre em um sistema fechado, com água e um respiro. Por que a pressão intra-
abdominal é positiva, já no tórax a pressão é negativa (o pulmão murcha). Esse 
sistema de dreno com smiff, suspiro e selo d’água é para compensar a pressão 
negativa intratorácica. 
- Se deixar o dreno aberto, vai vazar e entrar ar e o pulmão vai colapsar. 
- O dreno de tórax possui números, no adulto possui o 28, 30, 32, 34, 36, 38. O 
38 é mais calibroso que o 28. 
 
Brenna G Bonfante 
 
7 
- O tamanho do dreno deve ser escolhido de acordo com a patologia. Se vai drenar 
só ar pode escolher dreno com calibre menor. Se é empiema/pus, deve ser escolhido 
um calibre maior. 
- O dreno deve ser siliconizado para não gerar dor no paciente. Não pode ser muito 
duro. 
- O dreno de tórax precisa ter orifícios, esses orifícios tem que estar dentro da caixa 
torácica, se ficarem na pele fica vazando ar. 
Aspectos da drenagem 
- Borbulhante 
- Oscilante 
- Sero-hemático ou sero sanguinolento 
- Hemático ou sanguinolento 
- Sero-leitoso ou leitoso (quilotórax) 
- Turvo (infecção/empiema) 
Técnica 
1. Eleger o espaço intercostal na linha axilar média ou anterior 
2. Antissepsia 
3. Anestesia 
4. Incisão da pele (1 a 1,5 cm) 
5. Dissecar intercosto (divulsionar) 
6. Perfuração da pleura 
7. Inserção e posicionamento do dreno 
8. Fixação e costura 
9. Conectar no sistema de suspiro (pressão negativa) 
- Dreno sempre para baixo 
 
 
- Sistema de sucção é usado 2 drenos, para quando quer que drene mais rápido ou 
quer compensar fístula aérea, aí coloca sistema de balanço. 
 
 
Traqueostomia 
- Objetiva entrar junto à traqueia e não para o lado, pois pode atingir os grandes 
vasos sanguíneos, mesmo assim sangra por atingir pequenos vasos. 
- O esterno é formado pelo manúbrio, corpo e processo xifoide. 
- É importante posicionar o paciente, com hiperextensão cervical (fundamental), 
- Decúbito lateral, hiperextensão cervical, coxins para boa visualização. Fúrcula 
esternal é o ápice do manúbrio, 2 dedos acima é o local ideal pois tem menos 
elementos anatômicos. 
- O objetivo é entrar entre o 2º e 3º anel traqueal. 
- A traqueia tem proteção pré-traqueal, abre pele, subcutâneo, gordura, musculo 
platisma. 
- O platisma reveste o pescoço como uma aponeurose, após seccionar ele deve ser 
seccionado o músculo esternohioideo, esternotireoideo, para aí chegar na traqueia. 
- A traqueostomia percutânea é feita em pacientes eletivos. O paciente intubado na 
UTI, broncoscopista entra com o broncoscopio, olha o ponto, ilumina e fala pro 
cirurgião entrar. É um kit que vem pronto e vai direto na traqueia, mas só pode ser 
feita com o broncoscopista auxiliando. 
Indicações 
- Comprometimento de vias aéreas superiores por tumores, cirurgias (p.ex. bócio de 
tireoide que faz hematoma que comprime a traqueia, não adianta muito intubar), 
trauma faciais e infecções 
- Prevenção de lesões laríngeas e de via aérea superior por intubação traqueal 
prolongada 
Aberta ou percutânea? 
- Incisão vertical ou transversal: Escolha conforme a habilidade. Transversal é mais 
anatômica, preserva mais estruturas, tem resultado posterior melhor e evita a 
retração do pescoço. 
- Temporária ou definitiva 
- Emergência ou eletiva: eletiva da UTI, emergência na obstrução aguda 
- Cânulas plásticas ou metálicas: na execução da traqueo é sempre usado a plástica. 
A metálica é uma progressão para quando o paciente está acordado, bem, respirando, 
por que não é possível ventilar, acoplar ventilador, ambu na metálica. É o caminho 
da retirada da traqueostomia ou em pacientes com doença neurológica que não 
consegue engolir saliva, respirar desde que não tenha necessidade de respirador. 
Complicações 
- Hemorragia: pela riqueza de vasos. Problema no transoperatório e pós, pode 
sangrar ao redor ou pela traqueostomia. 
- Enfisema subcutâneo: se dissecar demais, em cima da traqueia tem a fáscia pré-
traqueal e se desce demais pode lesionar a pleura. Ou colocou a cânula e não insuflou 
 
Brenna G Bonfante 
 
8 
o balonete e o ar sai para fora e para o subcutâneo. Ou a cânula é pequena numa 
traqueia grande 
- Perfuração posterior traqueal e anterior do esôfago: brevilineos, paciente no 
respirador, mas que não está completamente sedado, traqueia desviada, bócio de 
tireoide. 
- Paralisia da corda vocal: raro, mais comum no tubo. 
- Pneumotórax (PNT): pode ocorrer por dissecar a pleura ou durante a troca de 
tubo colocar pressão positiva demais e arrebenta o pulmão 
- Infecção: por ser uma via aérea exposta, sem defesa 
- Expulsão da cânula: paciente tossir 
- Obstrução: catarro, secreção, rolha ou coágulo de sangue 
- Fístula:aérea, traqueoesofagica, secretória 
- Estenose: evitar tirar anel traqueal. Quanto mais tecido tira, maior o risco de 
estenosar. 
Traqueostomia percutânea – Técnica 
- Passando um guia flexível através de um cateter, a primeira marca do guia deve 
permanecer na altura da pele. 
- A seguir, passar um dilatador curto e, posteriormente passar suporte de dilatadores 
- Sempre verificar se o fio guia está na traqueia

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