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Reino Animalia

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Reino Animalia
Características gerais
→ Domínio Eukarya.
→ Animais são seres eucariotos, multicelulares e heterótrofos.
→ São considerados eficientes máquinas de comer, diferindo das plantas e dos fungos pelo modo de nutrição. A maioria dos animais alimentam-se por ingestão (comendo outros organismos vivos ou matéria orgânica não-viva) e usam enzimas para digerir os alimentos dentro dos seus corpos (exceto aranhas e estrelas-do-mar). 
→ A capacidade de locomoção é uma das principais características dos animais. 
Reprodução
→ A maioria dos animais apresentam reprodução sexuada, o estágio diploide é geralmente o dominante no ciclo de vida. 
Animais dioicos: indivíduos que produzem um único tipo de gameta.
Animais monoicos ou hermafroditas: um único indivíduo produz dois tipos de gametas.
· Fecundação cruzada: animais monoicos trocam espermatozoides e fecundam-se simultaneamente.
· Autofecundação: raro entre animais (redução da variabilidade genética).
Desenvolvimento embrionário
→ O desenvolvimento dos animais começa com a clivagem, ou seja, divisões do zigoto em inúmeras células:
Camadas germinativas (folhetos embrionários): dará origem aos tecidos dos animais. 
Animais diblásticos: apresentam duas camadas germinativas (ectoderme e endoderme). Ex.:Cnidários.
Animais triblásticos: apresentam 3 camadas germinativas (ectoderme, mesoderme e endoderme). Demais animais (exceto poríferos, espécies de animais mais antigos que não formam tecidos verdadeiro).
Blastóporo: dará origem a boca ou ao ânus.
Protostomados: animais em que o blastóporo origina a boca. Ex.: maior parte dos animais invertebrados.
Deuterostomados: animais em que o blastóporo origina o ânus. Ex.: Equinodermos e cordados.
→ Na maior parte dos triblásticos, ocorre a formação de cavidades corporais (celoma) preenchidos por fluídos na mesoderme. Essas características permitiram o estabelecimento de padrões de locomoção mais complexos e o desenvolvimento de órgãos (protegem os órgãos suspensos, auxiliando a prevenir lesões internas), além de atuar como um esqueleto hidrostático. 
Simetria
→ Em geral a simetria do animal se ajusta ao seu modo de vida. Muitos animais radiais são sésseis e sua simetria ajuda o animal a perceber o ambiente igualmente por todos os lados. Animais com simetria bilateral concentram na extremidade do corpo órgão sensoriais e os tecidos nervosos centrais (cefalização), facilitando o direcionamento da locomoção nesses animais. 
Origem e filogenia
→ Na atual classificação em domínios, os animais são considerados monofiléticos e bastante próximos dos coanoflagelados (eucariotos unicelulares e flagelados – Protozoários). 
Sinapomorfias dos principais clados 
→ Os invertebrados não formam um grupo monofilético. A ausência de vértebras é uma plesiomorfia, ou seja, uma característica presente no ancestral do grupo. 
Anelídeos
Nematódeos
Poríferos
Cnidários
Hemicordados
Equinodermos
Cordados
Platelmintos
Moluscos
Artrópode 
Simetria bilateral
Triblastia
Ecdise
Tecidos verdadeiros
Deuterostomia 
Protista ancestral 
Filo porífera
→ Poríferos, também conhecidos como esponjas, são organismos que apresentam poros na superfície do seu corpo. 
→ São aquáticos, predominantemente marinhos, coloniais e sésseis (fixos ao substrato). 
→ São animais ablásticos, assimétricos e sem tecidos verdadeiros (parazoa), com um sistema de canais que permite que a água do ambiente circule em seu corpo. São organismos filtradores, removem partículas do alimento suspensas na água.
→ Costumam ser classificados em 3 grandes grupos: classe calcárea (espículas calcárias), classe hexactinellida (espículas silicosas com 6 pontas e desmonpigiae (espículas silicosas + fibras).
Estrutura corporal 
Porócito: células que formam poros, por onde a água entra no organismo. 
Átrio ou Espongiocela: cavidade central do corpo da esponja.
Ósculo: abertura por onde sai a água.
Coanócitos: células flageladas responsáveis por estabelecer o fluxo de água pelo corpo das esponjas e pela captura de partículas de alimento (digestão intracelular).
Pinacócitos: camada externa de células, função de revestimento.
Amebócitos: são células totipotentes, capazes de se tornarem células de outros tipos, conferindo ao corpo da esponja maior flexibilidade; distribuem nutrientes.
Espículas: esqueleto de sustentação da esponja.
Reprodução
→ Podem se reproduzir de forma assexuada (brotamento e regeneração) e sexuada. A maioria é hermafrodita. 
Fecundação interna: gametas ♂ (masculinos) são soltos na água e fecundam os gametas ♀ (femininos) presentes no interior do átrio.
Fecundação externa: ambos gametas são soltos na água.
→ Algumas esponjas são capazes de gerar gêmulas em condições adversas (esponjas de água doce). Em condições ambientais favoráveis, as gêmulas liberam amebócitos que possibilitam a formação de uma esponja adulta.
Filo Cnidaria
→ Os cnidários se diversificaram em animais sésseis ou móveis (vágeis), incluindo hidras, corais, anêmonas-do-mar, caravelas e águas-vivas.
→ São aquáticos, predominantemente marinhos e podem viver em colônias ou de forma solitária. 
→ Se caracterizam pela presença de tentáculos. 
→ São animais diblásticos (duas camadas germinativas), com simetria radial e tecidos verdadeiros (eumetazoa).
→ São classificados em 4 grupos: hidrozoários (hidras), antozoários (corais e anêmonas-do-mar), cifozoários (águas-vivas) e cubozoários (águas-vivas com formatos de tubo). 
Estrutura corporal
→ Possuem tubo digestivo incompleto (uma única abertura que funciona com boca e ânus). A digestão é extra e intracelular (inicia na cavidade digestiva e termina a gastroderme).
→ Possuem esqueleto hidrostático (a cavidade digestiva é preenchida por água) o que confere capacidade de sustentação e movimentação, além de trocas gasosas.
→ Capturam suas presas e se defendem de predadores utilizando tentáculos revestidos por cnidócitos (células especializadas na liberação de toxinas).
→ Apresentam rede nervosa difusa, com células nervosas distribuídas por todo o corpo (não possuem cefalização). 
Pólipo: adere ao substrato pela extremidade aboral do corpo.
Medusa: apresenta a extremidade oral do corpo voltada para baixo.
Reprodução
→ Podem se reproduzir de forma assexuada (brotamento) e sexuada. Seu ciclo de vida pode apresentar duas gerações distintas:
Pólipo: geralmente séssil, vive fixo ao substrato. Na extremidade superior do corpo ficam os tentáculos que circundam a boca. Pode se reproduzir de forma assexuada, por brotamento e podem formar colônias.
Medusas: forma corporal similar a um guarda-chuva. São livre-natantes, deslocando-se na água com a boca e os tentáculos voltados para baixo. Podem ser monoicas ou dioicas e reproduzem-se de forma sexuada.
Filo Platyhelmintes
→ Os platelmintos são vermes achatados, com simetria bilateral. 
→ São animais protostomados (blastóporo dá origem a boca antes), triblásticos (apresentam ectoderme, mesoderme e endoderme) e acelomados (não possuem cavidades corporais). 
→ Vivem em habitats marinhos, de água doce e terrestres úmidos. Há espécies de vida livre, como as planárias e espécies parasitas (invadem outro ser vivo podendo lhe causar danos), como os trematódeos e as solitárias.
→ Algumas espécies são microscópicas, enquanto outras, como as solitárias, podem alcançar 20m de comprimento. 
Estrutura corporal
→ A forma achatada do corpo aumenta sua área de superfície, aproximando as células ao ambiente externo. Devido essa proximidade as trocas gasosas e a eliminação de resíduos nitrogenados ocorrem por difusão via superfície corporal. 
→ Possuem tubo digestório incompleto (sem ânus). Restos não digeridos são eliminados pela boca. A digestão é extra e intracelular (inicia na cavidade digestiva e termina no interior das células intestinais).
→ As estruturas sensoriais estão concentradas na região anterior ao corpo – cabeça. 
→ Seu sistema nervoso é do tipo ganglionar.
→ Os Platelmintos podem ser divididos em 3 grandes grupos: turbelários, cestódeos e trematódeos. 
Turbelários
→ Incluem as planárias e os platelmintos de águadoce. Podem viver tanto em ambientes aquáticos quanto em ambientes terrestres e úmidos.
→ Possuem órgão quimiorreceptores (aurículas) e dois ocelos por onde captam estímulos luminosos. 
→ A reprodução pode ser do tipo assexuada (fragmentação) ou sexuada (fecundação cruzada). São animais monoicos (hermafroditas) com desenvolvimento direto (não existe estágio larval).
Cestódeos
→ Incluem as tênias (solitárias), platelmintos exclusivamente parasitas. 
→ Não possuem sistema digestório, absorvendo nutrientes do hospedeiro por meio de difusão. 
→ A região anterior da cabeça é conhecida como escólex, com ganchos e ventosas que permitem a fixação ao hospedeiro. 
→ O corpo das tênias é segmentado e cada segmento é chamado de proglótide. Os cestódeos são hermafroditas e a fecundação ocorre por autofecundação (esse processo ocorre nas proglótides produtoras de gametas masculinos e femininos). 
TENÍASE
Trematódeos
→ Incluem espécies de vida livre e espécies parasitas, como os esquistossomos.
→ Apresentam órgão sensoriais pouco desenvolvidos.
→ Apresentam um ciclo de vida complexo, com alternância de reprodução assexuada e sexuada. Muitas espécies requerem um hospedeiro intermediário, no qual a larva se desenvolve antes de infectar o hospedeiro definitivo (geralmente vertebrado).ESQUISTOSSOMOSE
Filo Nematoda
→ Os nematódeos são vermes cilíndricos, com extremidade afiladas e simetria bilateral. 
→ São animais protostomados, triblásticos e pseudocelomados (as cavidades corporais não são revestidas pela mesoderme).
→ Esses animais vivem em habitats aquáticos, no solo, em tecidos úmidos de plantas e no interior de outros animais. Há espécies de vida livre (detritívoras e predadoras) e espécies parasitas, como a lombriga.
→ O tamanho desses organismos varia de menos de 1mm a 1m de comprimento. 
→ Os nematódeos apresentam a superfície corporal revestida por cutícula (exoesqueleto que confere proteção contra a desidratação). Essa cutícula é trocada periodicamente, por um processo chamado ecdise ou muda, permitindo o crescimento do animal. 
→ O sistema digestório é completo (presença de boca e ânus). A digestão é extracelular, ocorrendo ao longo do trado digestório. 
→ As trocas gasosas são realizadas por difusão e esses animais apresentam estruturas excretoras. Apresentam sistema nervoso desenvolvido, com nervos irradiando pelo corpo a partir de um anel nervoso presente na região anterior. 
→ São animais dioicos e a fecundação é interna.
→ Ancilostomose e ascaridíase são doenças causadas por nematódeos.
ANCILOSTOMOSE (amarelão)
ASCARIDÍASE (lombriga)
Filo Mollusca
→ Inclui alguns dos invertebrados mais conhecidos, como caracóis, mariscos, lesmas, lulas e polvos, constituindo o segundo filo mais diverso do reino animal. 
→ O tamanho das espécies varia de animais microscópicos a lulas gigantes (14m).
→ A maioria vive no mar, seja em águas rasas ou no fundo do mar. Há alguns representantes de água doce e outras espécies terrestres. 
Estrutura corporal
→ Todos os moluscos têm corpo mole.
→ A maioria secreta uma concha protetora feita de carbonato de cálcio (CaCO3).
→ São animais protostômios, triblásticos, celomados (o celoma restringe-se ao redor do coração das gônadas, intestino e rins) e bilateralmente simétricos.
→ O corpo pode ser dividido em 3 partes: cabeça, massa visceral e pé. 
→ A massa visceral é revestida pelo manto, uma estrutura (dobra da epiderme) que em alguns moluscos pode secretar carbonato de cálcio responsável pela formação da concha. 
→ Os moluscos podem ser herbívoros, predadores ou filtradores. 
Rádula: língua muscular. Estrutura quitinosa semelhante a uma língua áspera utilizada para raspar alimentos. 
Manto estendido além da massa visceral = cavidade do manto (câmara revestida por água que abriga as brânquias, o ânus e os poros excretores. 
→ Possuem sistema digestório completo (boca e ânus) e respiração por brânquias (aquáticos), cutânea (lesmas) ou por pulmões (terrestres). 
Diversidade 
→ O plano corporal dos moluscos evoluiu em vários modos em oito clados principais. Destes clados iremos destacar as classes: bivalvia, gastropoda e cephalopoda. 
Bivalves 
→ Espécies aquáticas, incluem os mariscos, ostras, mexilhões e vieiras. 
→ Apresentam uma concha dividida em duas metades articuladas (valvas), com músculos que as mantém unidas para proteger o corpo mole do animal. 
→ São animais filtradores, obtendo alimentos da água por meio de um sifão (não possuem rádula).
→ São animais dioicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto. 
Gastrópodes 
→ Representam ¾ de todos os moluscos. A maioria é marinha, mas há espécies de água doce e terrestres. São representados pelos caramujos, caracóis e lesmas. 
→ Locomovem-se lentamente por meio do pé. Devido a vulnerabilidade, a maior parte deles se protegem produzindo uma concha espiralada. Essa concha apesenta várias funções, incluindo proteção das partes moles do corpo e desidratação.
→ Se alimentam por meio da rádula (herbívoros e detritívoros). Predadores modificam a rádula para perfurar ou partir presas em pedaços. 
→ São monoicos (hermafroditas), a fecundação é interna e cruzada, com desenvolvimento direto.
Cefalópodes
→ Animais predadores, marinhos e ativos. Usam tentáculos para agarrar presas, os quais mordem com mandíbulas semelhantes a um bico e imobilizam suas presas com venenos presentes na saliva. 
→ Os pés são modificados em tentáculos. A concha, quando presente, é interna ou reduzida.
→ Se diferem dos demais moluscos por apresentar um sistema circulatório fechado (hemolinfa circula por meio dos vasos).
→ São dioicos, com fecundação interna e desenvolvimento direto. 
Filo Arthropoda 
→ É o filo mais diverso entre o reino animal.
→ Os artrópodes são encontrados em quase todos os ambientes da Terra. 
→ A diversidade e o tamanho das espécies variam. Há espécies com menos de 1mm e espécies com 3m de diâmetro. 
→ Abelhas, moscas, baratas, formigas, camarões, siris, aranhas, escorpiões e carrapatos são alguns exemplos de artrópodes. 
→ São animais protostômios, triblásticos, celomados e bilateralmente simétricos. 
→ Apresentam metameria, ou seja, o corpo formado por metâmeros ou segmentos. 
→ Esses segmentos podem estar fusionados em tagmas, formando regiões como cabeça, tórax e abdômen.
→ O corpo dos artrópodes é coberto por cutícula. As novidades evolutivas desse grupo são: exoesqueleto rígido de quitina e os apêndices articulados (patas, antenas e palpos etc.). 
Estrutura corporal 
Exoesqueleto: esqueleto externo, é uma armadura que protege o corpo do animal contra desidratação e predadores, além de proporcionar pontos de fixação para os músculos que movem os apêndices. Sua desvantagem é impedir o crescimento dos artrópodes. 
→ O animal só cresce se houver a troca do exoesqueleto. Essa troca ocorre esporadicamente e o animal possui a capacidade de produzir um exoesqueleto maior após a troca (ecdise ou muda). Esse processo é energeticamente caro, deixando o artrópode vulnerável até que seu novo esqueleto macio se torne duro.
→ A ecdise pode ser considerada uma sinapormofia. Os nematódeos e artrópodes fazem ecdise – ecdysozoa. 
Diversidade
→ Evidências morfológicas e moleculares sugerem que os artrópodes atuais consistem em 3 linhagens que divergiram cedo na evolução: quelicerados (aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros), miriápodes (centípedes e milípedes) e pancrustáceos (insetos e crustáceos). 
Quelicerados 
→ O clado Chelicerata (quelicerados) é assim denominado devido a presença de apêndices conhecidos com quelíceras, utilizados na alimentação.
→ Esse grupo inclui os aracnídeos (aranhas, escorpiões, ácaros e carrapatos...).
→ Geralmente apresentam 2 tagmas: cefalotórax (cabeça + tórax fundidos) e abdome. Em algumas espécies, como nos ácaros e carrapatos, esses tagmas podem estar fundidos. 
→ Não possuem antenas e apresentam ocelos (olhos simples com uma única lente).
→ Apresentam 6 pares de apêndices: quelíceras (1 par), pedipalpos (1 par) e pernas (4 pares).
→ Há espécies parasitas (carrapatos) e espécies predadoras(aranhas e escorpiões).
→ A digestão ocorre por meio de enzimas secretadas externamente. O alimento se dissolve e então é sugado pelos aracnídeos predadores. 
→ As trocas gasosas ocorrem por meio de um pulmão foliáceo.
→ São animais dioicos, com fecundação interna e desenvolvimento direto (sem a presença de larvas). Alguns escorpiões podem ser gerados por partenogênese (reprodução assexuada em que o embrião se desenvolve a partir de um óvulo não fecundado). 
Miriápodes
→ O clado Myriapoda inclui todos os milípedes ou centípedes terrestres, como os piolhos-de-cobra, as lacraias ou centopeias. 
→ Esses animais apresentam 2 tagmas: cabeça e tronco. Geralmente possui corpo longo, tronco segmentado e muitas pernas. 
→ Na cabeça são encontrados um par de antenas além dos apêndices bucais, como as mandíbulas.
→ Todos são dioicos e apresentam desenvolvimento direto. 
→ Os miriápodes podem ser divididos em dois grupos: diplópodes e quilópodes.
Diplópodes: miriápodes detritívoros que se alimentam de restos de plantas e de matéria orgânica. Podem ter de 11 – 100 segmentos, com dois pares de perna saindo de cada segmento. Quando perturbados, os piolhos-de-cobra se enrolam e podem liberar uma substância capaz de repelir seus predadores.
Quilópodes: miriápodes caçadores e predadores. São animais rápidos que podem apresentar de 15 – 20 segmentos com um par de pernas saindo de cada segmento. Apresentam um apêndice venenoso no primeiro segmento do tronco. No último segmento pode ser encontrado um longo apêndice sensorial.
Crustáceos 
→ Esse clado inclui os caranguejos, camarões, cracas, tatuzinhos-de-jardim, lagostas, entre outros. Formam um grupo artificial.
→ A maior parte das espécies são marinhas, no entanto, há espécies que vivem em água doce e também no ambiente terrestre. Outras espécies são sésseis, como as cracas. 
→ Geralmente apresentam o corpo dividido em 2 tagmas: cefalotórax e abdome.
→ Apresentam dois pares de antenas. 
→ Podem apresentar um número diverso de apêndices locomotores partindo do tórax e do abdome. 
→ Seu exoesqueleto é mais rígido que os demais artrópodes, devido a presença de carbonato de cálcio. 
→ A maioria é dioica, mas há também espécies hermafroditas. A fecundação geralmente é externa e o desenvolvimento é indireto. 
Insetos
→ Apresentam o maior número de espécies do filo Arthropoda (1 milhão). Esse clado inclui besouros, borboletas, baratas, abelhas, moscas, libélulas, gafanhotos, percevejos, traças, pulgas e muitos outros. 
→ São encontrados geralmente em ambientes terrestre, algumas espécies são de água doce e outras conseguem voar (aladas). 
→ Os insetos podem interagir ecologicamente com outros grupos, como as Angiospermas (polinização). Nessa relação os insetos se beneficiam do néctar, enquanto as plantas se beneficiam do transporte do pólen.
→ Apresentam o corpo composto por 3 tagmas: cabeça, tórax e abdome. 
→ Na cabeça encontra-se um par de antenas, um par de olhos compostos (olhos com mais de uma lente) e os apêndices bucais. 
→ No tórax estão presentes três pares de pernas e em muitas espécies são encontrados dois pares de asas. As asas geralmente são membranosas, mas em alguns grupos o primeiro par pode ser mais rígido, como nos besouros. 
→ A diversidade alimentar é grande entre os insetos. Há espécies carnívoras, detritívoras, herbívoras e nectarívoras. 
→ O aparelho bucal dos vários grupos de insetos está intimamente associado ao seu modo de alimentação, podendo ser dos seguintes tipos:
· Mastigador: também chamado de triturador, permite o inseto cortar e manipular pedaços de alimentos. 
· Lambedor: composto de estruturas que absorvem o alimento líquido, direcionando-o para o esôfago. 
· Sugador: composto de um tubo o qual o inseto suga líquidos. 
· Picador: formado por um estojo que aloja as demais peças bucais, modificadas em estiletes que cortam e sugam o tecido do hospedeiro. 
→ A maioria dos insetos é dioica com fecundação interna. 
→ O desenvolvimento pode ser direto ou indireto e a metamorfose pode ser completa ou incompleta. 
→ O desenvolvimento indireto permite que as larvas dos insetos holometábolos ocupem nichos ecológicos diferentes, diminuindo a competição intraespecífica por recursos. 
→ Muitos insetos atuam como vetores de doenças, a exemplo de diversas espécies de mosquitos. 
→ Há insetos que podem causar impactos econômicos, causando prejuízos a agricultura. 
Filo Anelídeos 
→ São vermes de corpo cilíndrico e segmentado, cujos segmentos são vistos externamente na forma de anéis. 
→ Podem ser encontrados em praticamente todos os locais em que há disponibilidade de água, sendo particularmente abundantes nos mares.
→ São representados por minhocas, sanguessugas e poliquetos, entre outros.
→ São animais com simetria bilateral, triblásticos, celomados e protostomados. 
Estrutura corporal
→ Cada segmento ou metâmero de seu corpo funciona como uma unidade completa, capaz de satisfazer suas próprias necessidades estruturais e fisiológicas. Os segmentos são separados um dos outros por septos, que compartimentalizam o celoma. 
→ Possuem sistema digestório completo, órgão excretores e sistema nervoso com gânglios cerebrais e cordões nervosos ventrais. 
→ Sua respiração geralmente é cutânea (trocas gasosas através da pele). 
→ Seu sistema circulatório é fechado, o sangue é bombeado por vasos pulsáteis que funcionam como corações. 
Diversidade
→ São classificados em três grupos: poliquetos, oligoquetos e hirundíneos. 
Poliquetos
→ Grupo artificial predominantemente marinho. 
Parápodes: protuberâncias laterais denominadas com várias cerdas rígidas e quitinosas, que atuam em diferentes funções, como trocas gasosas, proteção, locomoção e ancoragem no substrato. 
→ Os poliquetos de vida livre (com capacidade de locomoção) são carnívoros e costumam usar seus parapódes para se deslocar sobre o substrato à procura de alimento. Os poliquetos sésseis (vivem em tocas no sedimento) são geralmente filtradores, alimentando-se de partículas suspensas na água. Há espécies de poliquetos parasitas. 
→ Podem realizar trocas gasosas por difusão simples, através da parede corporal, ou por brânquias externas, presentes em algumas espécies.
→ São animais dioicos com fecundação externa e desenvolvimento indireto.
Oligoquetos
→ São encontrados em ambientes terrestres ou de água doce, havendo poucas espécies marinhas. 
→ A maioria das espécies vive no solo úmido, em galerias escavas por elas mesmas. 
→ As minhocas são animais detritívoros que não possuem parápodes, olhos ou tentáculos; algumas espécies tem ocelos. 
→ Seu corpo é revestido de um muco, o que contribui para a respiração cutânea e reduz o atrito com o solo. 
→ Possuem poucas cerdas dispostas pelo corpo, que ajudam na locomoção. 
→ Os oligoquetos variam bastante em tamanho: há espécies com apenas I milímetro de comprimento e outras com até 3 metros. 
Clitelo: estrutura caracterizada por um conjunto de segmentos corporais modificados para a reprodução sexuada. Em algumas espécies, tal estrutura só é visível na época reprodutiva.
→ São hermafroditas e realizam fecundação cruzada. Possuem desenvolvimento direto. 
Hirundineos 
→ Grupo monofilético que reúne as sanguessugas, anelídeos cujo clitelo é pouco evidente.
→ Possuem corpo achatado dorsiventralmente e não apresentam cerdas nem parápodes.
→ A característica mais marcante desses animais é a presença de ventosas nas extremidades corporais, utilizadas para a movimentação. 
→ A maioria dos hirundíneos vive em ambientes de água doce, mas há espécies marinhas e outras completamente terrestres. 
→ Muitos hirudíneos são ectoparasitas de outros animais, sugando o sangue de seus hospedeiros. Uma substância liberada pelo hirudíneo no local do corte impede que o sangue coagule e interrompa seu fluxo. 
→ Já foram e ainda são utilizadas na medicina, principalmente para eliminar partes de sangue coagulado, impedindo a coagulação em tecidos danificados e reduzindo a pressão sanguínea. 
→ Os hirudíneos são hermafroditas e seu desenvolvimento é direto.
→ Sua cópula, como ados Oligoquetos, ocorre com a formação de um casulo para proteção dos ovos fecundados. 
Filo Equinodermos
→ Os equinodermos são animais exclusivamente marinhos e de hábitos bentônicos (vivem sobre o substrato).
→ São representantes desse filo as estrelas-do-mar, os ouriços-do-mar, as bolachas-da-praia e os pepinos-do-mar. 
Estrutura corporal 
→ São animais triblásticos, celomados e deuterostomados (blastóporo dá origem ao ânus, a boca é formada posteriormente), o que torna provável serem aparentados aos hemicordados e cordados, grupo este que inclui os vertebrados.
→ A simetria é geralmente radial ou pentarradial (com cinco eixos de simetria), que é considerada uma característica secundária entre os deuterostomados. Na fase larval, contudo, os equinodermos apresentam simetria bilateral. 
→ Apresentam um endoesqueleto de calcário, esqueleto interno que pode apresentar espinhos e é revestido pela epiderme. 
Sistema ambulacrário (hidrovascular): rede interna de canais pela qual circula a água do mar. Esse sistema se conecta ao exterior por meio de uma placa calcária perfurada, o madreporito ou placa madrepórica, e é responsável pelo transporte de nutrientes, excretas e gases nos equinodermos. Outra função desempenhada pelo mesmo é o auxílio à locomoção, que ocorre pela movimentação dos pés ambulacrais, projeções do sistema ambulacrário. A variação de pressão da água no interior dos canais do sistema ambulacrário é o que determina a retração ou expansão dos pés ambulacrais, permitindo seu movimento. Essa variação de pressão é gerada pelas ampolas, que se contraem para expulsar a água acumulada nelas através dos pés ambulacrais.
Placa madrepórica
→ O sistema digestório dos equinodermos é formado apenas por boca, intestino e ânus; o estômago, com glândulas digestivas, está presente apenas nos animais carnívoros, como as estrelas-do-mar.
→ O sistema nervoso desses animais é composto por um anel nervoso, que circula boca, e nervos que percorrem o restante do corpo. Alguns equinodermos, como as estrelas-do-mar, possuem ainda estruturas em forma de pinça revestindo a superfície do corpo, chamadas pedicelárias, que respondem a estímulos externos de modo independente do sistema nervoso. 
→ São dioicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.
→ Apresentam grande capacidade de regeneração: quando uma estrela-do-mar perde um ou mais braços, por exemplo, ela é capaz de regenerá-los, desde que a região central de seu corpo tenha permanecido intacta.
 Diversidade
→ Com 7 mil espécies conhecidas, os equinodermos são um dos grupos menos diversos dentre os estudados até o momento. 
→ São classificados em cinco grupos: crinoides (lírios-do-mar), asteroides (estrelas-do-mar), ofiuroides (serpentes-do-mar), equinoides (ouriços-do-mar e bolachas-da-praia) e holoturoides (pepinos-do-mar). 
Crinoides 
→ Os lírios-do-mar são animais filtradores que têm o corpo em forma de taça ou cálice. 
→ A face oral, onde se encontra a boca, é voltada para cima, em contraste com as dos demais equinodermos, nos quais a boca está voltada para baixo. 
→ Eles possuem de cinco a mais de 200 braços e são geralmente sésseis. 
Asteroides 
→ As estrelas-do-mar apresentam cinco ou mais braços (sempre múltiplos de cinco) que partem do disco central. 
→ A boca localiza-se na face voltada para o substrato (face oral) e o ânus no lado oposto (face aboral). 
→ Esses animais, predadores de moluscos bivalves, são capazes de fazer uma pequena abertura na concha do bivalve e secretar enzimas que digerem os tecidos da presa (digestão extracorpórea).
Ofiuroides 
→ As serpentes-do-mar formam o grupo mais diverso entre os equinodermos e provavelmente o mais abundante. 
→ Seus representantes apresentam cinco braços delgados e articulados, que partem de um disco central bem definido. 
→ São animais móveis de hábitos noturnos e que se alimentam de microrganismos do plâncton ou de detritos. 
→ Não apresentam ânus.
Equinoides 
→ Os equinoides apresentam corpo em forma de globo (ouriços-do-mar) ou em forma de disco (bolachas-da-praia). 
→ Não apresentam braços e são dotados de uma carapaça rígida e de espinhos móveis. 
→ Apresentam um complexo aparelho mastigador dentro da boca, com cinco dentes calcários protráteis, chamado lanterna de Aristóteles, que usam para raspar algas ou detritos do substrato. 
Holoturoides 
→ Os pepinos-do-mar são os únicos equinodermos que apresentam simetria bilateral quando adultos. 
→ A boca localiza-se em uma das extremidades (região anterior) e o ânus na extremidade oposta (região posterior). 
→ Diferentemente dos demais equinodermos, os espinhos são reduzidos. 
→ De forma geral, são animais que vivem no fundo dos oceanos e se alimentam de microrganismos planctônicos. 
→ Quando se sentem ameaçados, os pepinos-do-mar liberam suas vísceras pelo ânus, o que ajuda a despistar possíveis predadores.
Filo Chordata 
Cordados: linhagem de deuterostomados que inclui todos os vertebrados. 
Estrutura corporal
→ Apresentam simetria bilateral, são triblásticos, celomados e segmentados (características presentes em outros invertebrados). 
Sinapomorfias do grupo:
· Notocorda: estrutura esquelética presente em todos os embriões cordados. É um bastão longitudinal endurecido e flexível, o qual serve como haste de sustentação proporcionando suporte ao corpo.
· Tubo nervoso dorsal: situado acima da notocorda, dá origem à medula espinal e ao encéfalo dos vertebrados.
· Cauda pós-anal: estrutura que se estende após o ânus, auxiliando na locomoção de muitos cordados, como os peixes.
· Fendas faríngeas: orifícios na faringe que atuam como fendas branquiais nos cordados aquáticos e que se fecham durante o desenvolvimento embrionário dos cordados. 
→ A notocorda se diferencia na mesoderme, folheto germinativo que também dá origem aos tecidos musculares nos animais triblásticos. 
Ectoderme → tubo nervoso dorsal 
Mesoderme → notocorda
Diversidade
→ Acredita-se que os cordados se diferenciaram em três linhagens: vertebrados, urocordados e cefalocordados.
Cefalocordados 
→ Linhagem basal, representada pelos anfioxos. São pequenos animais marinhos que vivem enterrados quando adultos em sedimentos oceânicos. Possuem 30 espécies descritas.
→ São dioicos, têm fecundação externa e desenvolvimento indireto (fase larval).
→ Possuem projeções ciliadas (cirros) que formam um capuz na região oral, utilizado na captura de alimentos por filtração. 
→ Apresentam na forma larval e na forma adulta todas as sinapormofias presentes nos cordados (notocorda, tubo nervoso dorsal, cauda pós-anal e fendas faringianas).
Urocordados
→ Linhagem mais aparentada aos vertebrados. São animais marinhos, geralmente sésseis quando adultos. Possuem 2800 espécies descritas.
→ Apresentam corpo coberto por uma túnica, razão pela qual também são conhecidos como tunicados. A túnica é constituída de proteínas e açúcares complexos. 
→ Possuem dois sifões que permitem a circulação de água. Esses animais filtram partículas alimentares da água por meio de uma faringe perfurada, semelhante a um cesto. Neste local o alimento fica preso no muco e posteriormente é encaminhado ao estômago, por meio de cílios. 
→ São monoicos, mas não realizam autofecundação. A fecundação é externa e o desenvolvimento indireto (presença de ovo e larva livre-natante). 
Larva de tunicado.
Vertebrados
→ São representados por 65000 espécies descritas. É o grupo mais diverso entre os cordados. 
Sinapomorfias: 
→ Apresentam crânio, estrutura que protege o encéfalo, órgão do sistema nervoso responsável pela coordenação dos movimentos, interpretação dos sinais, controle dos demais sistemas do corpo e também por outras habilidades como aprendizagem, linguagem e memória. 
→ Apresentam coluna vertebral, um conjunto de ossos que substitui a notocorda original e protege a medula espinal, parte do sistema nervoso derivada do tubo nervoso dorsal embrionário. As vértebras também atuam na sustentação dos vertebrados. 
→ O surgimento de nadadeiras pares (nadadeiras peitorais e pélvicas) ampliaram a capacidade de movimentodesses animais, facilitando a captura de alimentos e a fuga dos predadores. 
→ Outra novidade evolutiva que surgiu promovendo a diversidade das espécies foi o surgimento das maxilas (ossos que sustentam os dentes). As maxilas definem o grupo dos gnatostomados. 
→ Acredita-se que esses ossos tenham sua origem nos primeiros arcos branquiais, diversificando-se posteriormente nas diferentes linhagens de gnatostomados.
→ Ágnatos ou ciclóstomos não possuem maxilas. Exemplos: feiticeiras e lampreias. 
→ Os Gnatostomados podem ser classificados em dois grupos: condrictes (animais com esqueleto cartilaginoso) e osteíctes (animais com esqueleto ósseo). 
→ Entre os peixes ósseos são encontrados os actinopterígeos (animais com nadadeiras raiadas) e os sarcopterígeos (animais com nadadeira carnosa - lobosas).
→ Acredita-se que os tetrápodes tenham evoluído de uma linhagem já extinta de peixes sarcopterígeos, os quais conseguiram conquistar o ambiente terrestre.
Peixes
→ São animais aquáticos e não formam um grupo monofilético. 
Plesiomorfias (já presentes no ancestral):
· Respiração branquial. 
· Excreção de amônia (resíduo metabólico extremamente tóxico que necessita de grande quantidade de água para ser excretado).
→ Apresentam linha lateral, sistema sensorial mecanorreceptores que consiste em longos sulcos que se estendem da cabeça a cauda do animal. 
→ A linha lateral é responsável por detectar vibrações e variações de pressão e profundidade. 
Diversidade
Ágnatos (ciclostomados)
→ Compreendem os peixes sem maxilas e sem nadadeira pares, como as feiticeiras e as lampreias. 
→ Formam um grupo monofilético com mais de 100 espécies conhecidas.
→ Apresentam boca circular, corpo alongado e esqueleto cartilaginoso com vértebras rudimentares. 
→ A notocorda persiste na fase adulta e as fendas faringianas atuam como fendas branquiais. 
Feiticeiras
→ Exclusivamente marinhas, vivendo sobre o assoalho de mares profundos. Os olhos são rudimentares e a boca é circundada por seis tentáculos. 
→ Apresentam duas placas córneas, semelhantes a dentes.
→ Se alimentam de vermes, peixes doentes ou mortos. Apresentam glândulas que secretam muco, usado na proteção contra predadores.
Lampreias
→ Peixes marinho que visitam os rios nas épocas reprodutivas para depositar seus ovos. 
→ São parasitas de outros peixes e/ou mamíferos aquáticos, como golfinhos e baleias.
→ Apresentam olhos grandes e bem desenvolvidos, enquanto a boca apresenta espinhos córneos e cônicos.
Gnatostomados 
Condrictes
→ Compreendem os peixes com maxilas e esqueleto cartilaginoso, como os tubarões, as raias e as quimeras. 
→ Formam um grupo monofilético com mais de 1000 espécies conhecidas. 
→ Possuem um corpo aerodinâmico (nadam bem, mas não manobram bem). 
→ Apresentam boca ventral. 
Escamas placoides: estruturas minúsculas que reveste o corpo desses animais (similar aos dentes). Vestígios de ossos podem ser encontrados nas escamas, nas bases dos dentes e em uma fina camada de suas vértebras.
→ Barbatanas dorsais funcionam como estabilizadores e as peitorais (na frente) e pélvicas (atrás) são importantes para manobrar.
→ Apesar de apresentarem capacidade de flutuar pelo armazenamento de uma grande quantidade de óleo em fígado, o tubarão ainda é considerado mais denso que a água e se parar de nadar ele afundará. 
→ Devido a isso, ele apresenta natação contínua, assegurando que a água flui para dentro da boca permitindo que ocorra trocas gasosas 
→ Quando descansam, eles utilizam os músculos de suas mandíbulas e faringes para bombear água sobre as brânquias.
→ Algumas espécies se alimentam de partículas em suspensão (plâncton) e a maioria dos tubarões são predadores. 
→ Os tubarões têm várias fileiras de dentes que se mudam gradualmente para a frente da boca enquanto os dentes velhos são perdidos.
→ A eficiência da caça é ampliada pelas ampolas de Lorenzini, órgãos sensoriais (eletrorreceptor) localizados próximos aos olhos e a boca. Isso permite ao animal perceber pequenas alterações no potencial elétrico ao seu redor, produzidas pelas contrações musculares de suas presas. 
→ Apresentam olfato bem desenvolvido (células quimiorreceptoras localizadas nas suas narinas que detectam o odor de suas presas).
→ São hipotônicos em relação ao mar.
→ Apresentam excelente mecanismo para osmorregulação, impedindo a perda de água para o mar (hipertônico). Esse mecanismo envolve a retenção de compostos nitrogenados, como a ureia, que é excretada por meio de uma cloaca.
→ São dioicos com fecundação interna. Os machos possuem um órgão copulador pélvico chamado de clásper (barbatana modificada que ajuda a segurar a fêmea durante a cópula).
Pode ser ovíparas, ovovivíparas (maioria) ou vivíparas.
· Ovíparas: liberam ovos no meio.
· Ovovíparas: retêm os ovos no corpo da fêmea (maioria).
· Vivíparas: não produzem ovos.
→ As raias estão adaptadas à vida bentônica, deslocando-se sobre o substrato. 
→ Algumas espécies apresentam um espinho dorsal grande, serrilhado e venenoso e outras emitem pequenas descargas elétricas (ataque e defesa).
→ Quimeras não apresentam escamas, mas apresentam uma membrana cartilaginosa que recobre as fendas branquiais. São animais pouco conhecidos.
Actinopterígeos
→ Compreendem os peixes com maxilas, esqueletos ósseos e nadadeiras raiadas (presença de raios ósseos que sustentam suas nadadeiras).
→ Incluem a maior parte dos peixes conhecidos, com mais de 27000 espécies descritas (sardinhas, salmões...)
→ As principais características se referem as brânquias revestidas por opérculo, uma membrana óssea. 
→ Presença de bexiga natatória: bolsa interna cheia de ar que contribui para flutuabilidade.
→ Se um peixe nada para maiores profundidades ou em direção à superfície em que a pressão da água difere, ele equilibra o gás entre o seu sangue e a bexiga natatória, mantendo seu volume do gás na bexiga constante. 
→ Apresentam boca frontal.
→ Apresentam também escamas ósseas achatadas que diferem das escamas placoides dos tubarões.
→ Glândulas na pele secretam muco viscoso, uma adaptação que reduz o atrito durante a natação.
→ Liberam suas excretas pelo ânus e na forma de amônia.
→ A maioria das espécies são ovípara e apresentam fecundação externa. 
→ Apresentam uma grande diversidade de adaptações reprodutivas, como a construção de ninhos e a produção de ovos adesivos colocados sobre rochas. 
→ A maioria dos peixes marinhos apresentam desenvolvimento indireto (produção de alevinos), já os de água doce geralmente apresentam desenvolvimento direto.
Sarcopterígeos
→ Compreendem os peixes com maxilas e nadadeiras carnosas ou lobadas (ossos em forma de bastão envolvidos por uma espessa camada muscular em suas nadadeiras peitorais e pélvicas).
→ A maioria das espécies desse grupo são extintas havendo apenas 2 espécies viventes de celacantos e 6 peixes pulmonados.
Tetrápodes
→ Gnastomados com 4 membros locomotores
→ Possivelmente exploravam um ambiente aquático instável, com águas rasas, pobres em oxigênio e nutrientes. 
→ Esses animais teriam sido capazes de se arrastar de um corpo d’água para outro em busca de alimento. Além da capacidade de locomover seu corpo em ambiente terrestre, esses peixes já deviam apresentar pulmões capazes de completar sua respiração branquial.
Anfíbios
→ Representados por aproximadamente 6.500 espécies. 
→ O termo anfíbio significa “ambos os tipos de vida”, se referindo aos estágios de vida na água e no ambiente terrestre. 
→ São tetrápodes com tegumento úmido e permeável, sem escamas. 
→ A reprodução apresenta uma grande dependência de água, pois a maior parte dos anfíbios apresentam fecundação externa. 
→ No ciclo de vida dos anfíbios, como os sapos, há uma fase larval (aquática) e outra adulta (terrestres úmidos) – metamorfose. 
→ Algumas espécies de salamandras não apresentam metamorfose, como as espécies do gênero Batrachoseps.
→ Nos girinos a excreção ocorre por meio de amônia, enquanto nos anfíbios adultos é por meio de ureia (exige menor quantidade de água para ser eliminada).
→ A maioria das espécies vivem em ambientesúmidos, como pântanos e florestas pluviais. Mesmo aqueles adaptados a ambientes mais secos, acabam passando a maior parte do tempo em tocas ou sob folhas úmidas, em que a umidade é alta.
→ Apresentam respiração cutânea (pele úmida), complementando as trocas gasosas realizadas pelos pulmões.
→ Apresentam glândulas de muco e de venenos na pele. Alguns anfíbios venenosos apresentam cores aposemáticas (amarelo, vermelho, laranja, azul...), usado para afastar predadores. 
→ São classificados em três grupos supostamente monofilético: urodelos (salamandras), anuros (sapos, pererecas e rãs) e ápodes (cecílias=cobra-cega).
Amniotas
→ Tetrápodes que apresentam ovo amniótico adaptado ao ambiente terrestre. 
→ São representados pelos répteis (incluindo as aves) e pelos mamíferos. 
→ O ovo amniótico da maioria dos répteis (incluindo aves) e de alguns mamíferos (equidnas e ornitorrincos) têm casca, responsável por retardar a desidratação, a maioria dos mamíferos dispensaram a casca no curso da sua evolução.
Répteis
→ Representados por aproximadamente 8.700 espécies. 
→ Não formam um grupo monofilético. Muitos répteis já foram extintos, como a maioria dos dinossauros que dominaram a Terra no período Jurássico e desapareceram no Cretáceo (65 mi de anos). As aves são o único grupo de dinossauros viventes. 
→ Com exceção dos testudíneos, que são répteis anapsídos (crânio sem fenestra temporal, ou seja, aberturas que abrigam músculos do crânio, pescoço ou mandíbula), os demais répteis são dinapsídos (apresentam crânio com duas fenestras temporais).
→ Apresentam escamas contendo queratina (proteína encontrada nas unhas dos seres humanos). 
→ As escamas ajudam a proteger a pele do animal evitando a dessecação e a abrasão (desgaste).
→ Sua fertilização é interna e a maioria das espécies depositam seus ovos com casca sobre o solo. 
→ Apresentam metabolismo ineficiente para o controle corporal – ectotérmicos. Utilizam adaptações comportamentais para regular sua temperatura corporal. 
*Aves são endotérmicas, capazes de manter a temperatura corporal por meio da atividade metabólica. 
→ As principais linhagens existentes são representadas pelo testudíneos (tartarugas), crocodilianos (crocodilos e jacarés), lepidossauros (tuataras, lagartos, serpentes e anfisbenas) e pelas aves. 
Aves
→ Representados por aproximadamente 100.000 espécies descritas. 
→ São facilmente reconhecidos pela presença de penas, asas, bicos e sua capacidade de voo.
Adaptações que facilitam o voo:
· Ausência de bexiga urinária;
· Gônadas extremamente pequenas, exceto na fase reprodutiva;
· Ausência de dentes, reduzindo o peso da cabeça;
· Presença de penas, ou seja, anexos epidérmicos de queratina que servem como isolamento térmico, voo e atração sexual. 
· Substância oleosa produzida pela glândula uropigiana, situada próximo a base da cauda. Essa substância mantém as penas impermeabilizadas. 
→ Benefícios do voo: amplifica a capacidade para a necrofagia e a caça, proporciona a fuga imediata e possibilita a migração, a fim de explorar diferentes recursos alimentares e áreas de acasalamento sazonal (temporário).
→ As asas correspondem aos membros anteriores dos demais tetrápodes. 
Ossos pneumáticos: ossos ocos que reduzem o peso da ave.
→ Quanto a reprodução, aves realizam rituais de acasalamento, que envolve vocalização e até danças dos machos para atrair fêmeas. 
→ Muitas espécies apresentam dimorfismo sexual (diferenças morfológicas entre macho e fêmeas).
→ A fecundação é interna e as espécies geralmente apresentam cuidado parental. 
→ Devido ao compartilhamento de diversas características anatômicas com répteis saurísquios e ornitísquios, as aves são consideradas dinossauros. Segundo estudos, as aves teriam evoluído de algum dinossauro bípede que usava suas asas primitiva para realizar pequenos saltos. 
→ A diversidade das aves pode ser organizada em dois grupos: não passeriforme e passeriformes. 
→ Nem toda ave é um pássaro, mas todo pássaro é uma ave. Todos os vertebrados providos de penas são aves, inclusive os pássaros. Estes, porém, pertencem a um grupo zoológico bem caracterizado, constituindo a ordem Passeriformes.
→ Os passeriformes, têm bico desprovido de membrana na base, capacidade de cantar, tarsos isentos de penas, pés com três dedos dirigidos para a frente e um para trás (pés anisodáctilos) e unha do dedo posterior mais forte que a dos anteriores, dos quais os dois interiores são ligados entre si na base.
→ Os passeriformes ainda podem ser classificados de acordo com a morfologia da siringe (órgão vocal das aves) em suboscines e oscines.
Mamíferos
→ Representados por aproximadamente 5.500 espécies, incluindo os humanos.
→ Tetrápodes amniotas, que têm pelos e produzem leite (substância nutritiva secretada pelas glândulas mamárias das fêmeas).
→ Os mamíferos são endotérmicos. A pelagem (anexos epidérmicos de queratina) e uma camada de gordura sob a pele auxiliam o corpo a reter calor. 
→ Os pelos também podem proteger o animal contra predadores e serem usados até mesmo como atração sexual.
→ Apresentam uma dentição especializada diferente dos répteis que apresentam uma dentição uniforme. Isso possibilitou uma grande diversidade de dietas.
→ Os mamíferos trocam de dentição apenas uma vez e possuem a capacidade de realizar a mastigação, processo que contribui para a digestão dos alimentos.
→ As maxilas evoluíram de forma diferente nos mamíferos: dois ossos que faziam parte da mandíbula de seus ancestrais diminuíram de tamanho, se deslocaram para o ouvido médio e se transformaram-se em bigorna e martelo.
→ Os mamíferos também apresentam glândulas sebáceas (que produzem uma secreção oleosa lubrificante) e glândulas sudoríferas, que secretam suor - termorregulação (regulação da temperatura corporal).
→ Os mamíferos apresentam também diafragma, um músculo que separa a cavidade torácica da abdominal que auxilia nos movimentos de inspiração e expiração.
→ Excretas são eliminados na forma de ureia, diferentemente das aves e dos répteis que excretam ácido úrico. 
→ Outra diferença se refere as aberturas dos tratos digestórios e urogenital: aves e répteis apresentam cloaca, orifício comum a esses sistemas, enquanto a maioria dos mamíferos apresenta ânus separado da abertura genital. Nas fêmeas, a uretra é separada da vagina.
→ A fecundação é interna e a maioria das espécies são vivíparas, exibindo cuidado parental.
→ São classificados em três grupos supostamente monofiléticos: monotremados (equidna e ornitorrinco), marsupiais (gambá, cuíca, canguru e coala) e os eutérios (demais mamíferos conhecidos).

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