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MANUAL DO PROFESSOR 5Ensino Fundamental - Anos Inic iais Component e: Arte ARTE SOLANGE UTUA RI PASCOAL FERRA RI CARLOS KATER BRUNO FISCHER Ensino Fundam ental - A nos Iniciais ARTE 5 9 7 8 6 5 5 7 4 2 4 8 4 1 ISBN 978-65-5742-484-1 C om ponente: A rte 013 0 P 23 01 02 000 06 0 CÓ DI GO D A CO LE ÇÃ O PN LD 2 02 3 • O BJ ET O 1 M at er ia l d e di vu lg aç ão Ve rs ão su bm et id a à av al ia çã o D1-PNLD-Capa-A CONQUISTA-ARTE_LP-vol5-DIVULGA.indd All PagesD1-PNLD-Capa-A CONQUISTA-ARTE_LP-vol5-DIVULGA.indd All Pages 26/04/22 00:2326/04/22 00:23 1a edição, São Paulo, 2021 Ensino Fun damental - Anos Inicia is Component e: Arte 5ARTE MANUAL DO PROFESSOR SOLANGE DOS SANTOS UTUARI FERRARI Educadora, escritora e artista visual. Doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura (Mackenzie-SP), mestre em Artes Visuais (Unesp-SP) e licenciada em Educação Artística (UMC-SP), com especialização em Antropologia (FESPSP) e em Arte-Educação (USP-SP). É ilustradora, autora de livros didáticos e de propostas para a formação de educadores. Também atua na assessoria de projetos educativos e culturais e em atualização e implantação de currículos em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação para Jovens e Adultos. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. PASCOAL FERNANDO FERRARI Educador, escritor, ator e diretor teatral. Mestre em Ensino de Ciências (Unicsul-SP), licenciado em Pedagogia (Unicastelo-SP) e em Psicologia (UBC-SP), com especialização em Sociologia (FESPSP). É autor de diversos livros de Arte, com foco na linguagem teatral. Também é assessor em propostas curriculares, pesquisador e docente universitário na área de teatro. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. CARLOS ELIAS KATER Educador, musicólogo e compositor. Doutor em História da Música e Musicologia pela Universidade de Paris IV (Sorbonne) e professor titular pela Escola de Música da UFMG. Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem). É membro permanente do Conselho Assessor da Cátedra Livre de Pensamento Pedagógico Musical Latino-Americano (Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires), conferencista, consultor e autor de publicações sobre Musicologia e Educação Musical Contemporânea. Sua produção já recebeu indicação ao Prêmio Jabuti. BRUNO FISCHER DIMARCH Educador, escritor, dançarino e artista multimídia. Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e licenciado em Educação Artística (Famosp-SP). Foi professor em escolas públicas e privadas e em universidades. Atuou como técnico e assessor em Secretarias de Educação e como coordenador de ensino a distância na Fundação Bienal de São Paulo. Foi consultor pedagógico na TV Cultura de São Paulo e educador em ações de formação continuada de professores. Sua produção já foi indicada ao Prêmio Jabuti. D1_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 1D1_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 1 12/08/21 21:4112/08/21 21:41 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 5o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Fabio Eugenio Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Andréia Viera, Bruna Assis Brasil, Bruna Ishihara, Claudia Marianno, Claudio Chiyo, Edson Faria, Enagio Coelho, PriWi, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 5º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-483-4 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-484-1 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-493-3 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-494-0 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72365 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D1_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 2D1_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 2 12/08/21 21:4212/08/21 21:42 A arte em toda a sua história mostra a capacidade humana de inventar e misturar dife- rentes linguagens e de buscar novas formas de expressão e de investigação do mundo. A produção da arte está sempre conectada a seu tempo e a contextos socioculturais. Partimos da premissa de que faz parte do desenvolvimento dos estudantes, como cidadãos e seres de cultura, conhecer arte e desenvolver competências e habilidades estéticas e artísticas. Neste Manual do Professor, procuramos expor aos professores as proposições peda- gógicas e os fundamentos para a caminhada de ensinar e aprender Arte. Este material, destinado aos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), constitui, em conjunto com o Livro do Estudante, um instrumento organizado para o ensino das linguagens artísticas, criando possibilidades interessantes de investigação em vários campos concei- tuais da Arte e da Cultura. O Livro do Estudante apresenta rico material visual e textual como oportunidade para fruição, leitura e construção de hipóteses interpretativas por meio de textos verbais e vi- suais. Trazemos diversas propostas que contemplam o fazer artístico – fruição e leitura de imagens, estudos e pesquisas, contextualizações e percepções sensoriais – com o objetivo de tornar os estudantes protagonistas de sua aprendizagem. Para auxiliar o trabalho do professor, respeitando o momento de alfabetização e o processo de conquista da leitura e da escrita em que os estudantes estão mergulhados, a coleção propõe momentos de lei- tura e interpretação de textos poéticos selecionados da literatura ou criados pelos auto- res. Além disso, traz ideias e proposições para a avalição formativa com foco no processo de aprender e se expressar pela arte. Como uma bússola, em meio às inúmeras escolhas e aos recortes de conteúdo na apren- dizagem de Arte, esta coleção indica caminhos possíveis e o professor, mediador do pro- cesso de ensino e aprendizagem, decidirá como os seguirá em sua viagem pedagógica estésica. Essa orientação também aponta para mais escolhas de caminhos quando sugere diferentespublicações, impressas ou digitais, para consulta e pesquisa, ampliando os co- nhecimentos sobre Arte e Cultura. Tendo em foco o respeito pela autonomia e pela autoria do trabalho pedagógico do educador no processo de ensino e aprendizagem de Arte, convidamos você a trilhar per- cursos criativos, poéticos, estésicos e educativos que se propõem lúdicos, sensíveis e signi- ficativos a quem por eles cruzar. Estudante, professor ou familiar, todos seguimos juntos na aventura de sermos aprendizes de Arte. Assim, fazemos um convite a você, professor: vamos caminhar pelo universo da Arte? Os autores APRESENTAÇÃO D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 3D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 3 10/08/21 09:4510/08/21 09:45 1. ORIENTAÇÕES GERAIS DE ARTE ......................................V 1.1. Convite para trilhar os percursos no ensino de Arte .................. V 1.2. Experiências e proposições .......................................................... VII 1.3. Escolhas e caminhos para um currículo de Arte ....................... XII 1.4. Abordagens conceituais e metodológicas para o ensino de Arte .........................................................................XXI 1.5. Faça seu próprio caminho! .......................................................XXIII 1.6. Avaliação, registros e sonhos pedagógicos .......................... XXIV 2. EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 5o ANO ....................................................XXVI 3. MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM ................ XXVIII 4. TEXTOS COMPLEMENTARES ....................................... XXXII 5. REFERÊNCIAS COMENTADAS ........................................... XL 6. CONHEÇA SEU MANUAL ..................................................XLVI 7. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O 5o ANO ..................1 Você já viu? ............................................................................................6 Unidade 1 • Imagens em movimento ....................................................8 Unidade 2 • Arte agora ........................................................................54 O que aprendi neste ano ....................................................................110 SUMÁRIO PA RT E IN TR O D U TÓ RI A D1_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 4D1_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 4 12/08/21 21:4212/08/21 21:42 M on ke y Bu si ne ss Im ag es /S hu tt er st oc k. co m V ORIENTAÇÕES GERAIS DE ARTE 1 1.1. CONVITE PARA TRILHAR OS PERCURSOS NO ENSINO DE ARTE Poucos fenômenos são tão difíceis de definir quanto a arte. Uma das razões dessa dificuldade provém do fato de que a arte é uma produção histórica. Isso significa que não existe uma defi- nição universal que dê conta de todas as variações da criação artística no tempo e no espaço. (SANTAELLA, 2012, p. 26) A arte está sempre em transformação. Não existe uma definição fechada ou universal para o que é ou para o que serve, mas podemos criar ideias moventes sobre ela. Nesse sentido, podemos dizer que arte é linguagem, conhecimen- to e percepção de um mundo culturalmente vivido. É pensar, sentir, pronunciar as coisas. A arte pode ser explicada pela Ciência e pela História e sentida pela existência humana. Ela nos ensina a viver com intensidade as múltiplas formas de manifestação de sensações e sentimentos, a encontrar prazer na vida e a compreender a existência humana em sua plenitude. Assim, ensinar Arte é abrir caminhos para aprender a interpretar o mundo. À medida que ensinamos, também aprendemos a interpretar o mundo por meio da arte. Na construção de interpretações, educador, estudantes e familiares descobrem possibilidades de expressão e podem experimentá-las. Outras ideias sobre a arte também são válidas, como dizer que se trata de uma atividade humana ligada a mani- festações estésicas e estéticas realizadas com base naquilo que percebemos, sentimos e pensamos e que os artistas, produtores de arte, criam com a intencionalidade de despertar nos apreciadores/espectadores o interesse pelo trabalho artístico. Entretanto, muitos, assim como Santaella (2012, p. 26), concordam que há múltiplos significados para o sen- tido da arte. Ao perguntar qual é o sentido do ensino de Arte na escola, podemos refletir que a arte é uma atividade e um produto cultural essencial para o ser humano, por isso sua presença na escola é tão importante. Sem ela, o desen- volvimento de muitas competências e habilidades jamais seria alcançado. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 5D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 5 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 VI Outra questão também pode estar presente em nossas reflexões: como os estudantes criam suas expressões criativas e poéticas no encontro com a arte, por meio da fruição, do fazer artístico, das contextualizações, dos es- tudos e das pesquisas? Ao pensar sobre o ensino de Arte, devemos considerar que a interpretação de mundo das crianças de hoje é bem diferente daquela de quando éramos crianças. Quais eram nossos sonhos e desejos? O que gostávamos de aprender? Como aprendíamos? Que imagens, sons, gestos e movimentos percebíamos? Mesmo considerando as diferenças entre tempos e contextos, essa volta ao passado, em exercício de memória, deixa-nos mais sensíveis para compreender a criança, especialmente seus desejos e seus direitos. Ao ensinar Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é preciso compreender o universo infantil e valorizar a curiosidade e o desejo de saber que as crianças possuem. É necessário estimular o processo de criação, produção e expressão artística delas e propor encontros significativos com a arte, de modo a deixar sempre um “gostinho de quero mais”. A curiosida- de e o sentimento de aventura pelo saber abrem possibilidades de expressão. Assim, são importantes os desafios que estimulam os estudantes a investigar muitas linguagens e a construir, por meio da arte, novos discursos que representem sua visão e sua percepção de mundo. Que escolhas fazer? Que caminhos seguir? Assim como um poeta que, entre as muitas palavras existentes, escolhe apenas algumas para criar seus versos e suas rimas, o professor de Arte tem à sua frente um vasto acervo de produções artísticas e manifestações culturais que podem fazer parte de um percurso de ensino e aprendizagem. Neste ponto, é importante esclarecer que o componente curricular Arte está em mudança constante, por se tratar de uma área que se transforma a cada dia. Por isso, existem muitas escolhas e caminhos a seguir. O professor de Arte pode eleger quais produções, temas e proposições pedagógicas são mais pertinentes diante da história, da formação, do repertório e da intenção pedagógica que traz consigo, levando em consideração também o que é importante para os estudantes. Ao fazer essas escolhas, é interessante que o educador tenha a preocupação de ser um propositor e criar processos de ensino e aprendizagem emancipadores e significativos para os estudantes. Nesta coleção, baseamos as escolhas e os caminhos elencando produções artísticas e culturais que possam ser ins- tigantes para o estudo das linguagens artísticas (artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas) e situações de aprendizagem que possam desenvolver competências e habilidades diante das dimensões e dos objetos de conheci- mento e diante dos direitos de aprendizagem das crianças garantidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que nos apresenta diretrizes norteadoras. A coleção também se fundamenta na Política Nacional de Alfabetização (PNA). São escolhas e caminhos cuja premissa é que a experiência com a Arte seja, tanto para os estudantes quanto para o educador e os familiares, uma aventura repleta de experimentações, com ênfase na curiosidade, na alegria e nas descobertas: uma arte-aventura! Embora o ensino de Arte seja flexível e movente na coleção, a cada ano, unidade, capítulo e tema são propostos estudosque dão ritmo de progressão e conquistas do conhecimento em Arte e desenvolvimento de competências e ha- bilidades. No 1o ano, a preocupação é enfatizar a alfabetização nas diferentes linguagens, com foco no conhecimento e no uso de elementos constitutivos de linguagem. No 2o ano, o foco é a materialidade, explorando o conhecimento de como a arte é feita e sustentada por diferentes materiais e recursos. No 3o ano, a ênfase é no processo de criação de artistas e dos próprios estudantes, explorando ideias de trabalho colaborativo e poéticas pessoais. Já no 4o ano as propostas exploram estudos sobre o patrimônio cultural brasileiro e nossas matrizes culturais. No 5o ano, são abordadas as linguagens artísticas, ampliando os estudos sobre a arte contemporânea e suas tecnologias. Ao longo da coleção, buscamos sempre respeitar uma estrutura de pensamento pedagógico que busca crescer por caminhos nutridos pela inteligência, por encontros significativos com a arte, pela afetividade e pela ludicidade que o processo do trabalho com crianças exige. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 6D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 6 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Pr os to ck -s tu di o/ Sh ut te rs to ck .c om VII 1.2. EXPERIÊNCIAS E PROPOSIÇÕES É experiência aquilo que “nos passa”, ou que nos toca, ou que nos acontece, e ao nos passar nos forma e nos transforma. Somente o sujeito da experiência está, portanto, aberto à sua própria transformação. (BONDÍA, 2002, p. 25-26) A filosofia explica a palavra experiência como percepções e saberes que construímos por meio dos sentidos, muitas vezes vividos com sensações de travessia e perigo. Se prestarmos mais atenção, percebemos que todos os dias muitas coisas nos acontecem, mas nem todas nos tocam. Quando algo nos toca, nos afeta, isso pode representar uma expe- riência significativa. O educador contemporâneo, o professor-propositor, pode se constituir pela formação/ação/reflexão, sem ordem definida entre estas, e também por uma experiência vivida. Nesse sentido, experiência é aquela condição especial que “’nos passa’, ou que nos toca, ou que nos acontece”, como expressa Jorge Larrosa Bondía (2002, p. 25-26). Entender arte como conhecimento e linguagem que dialogam com outros saberes e sistemas de linguagem, materialidades, sentimentos, ambientes, tempos, lugares, pessoas, poéticas, entre outros, é um fator importante na concepção con- temporânea de arte-educação. A ideia de “proposição pedagógica” para o ensino de Arte está ligada ao desafio de buscar uma poética pessoal de aprender e ensinar Arte. Trata-se de uma postura pedagógica em que o professor, mesmo tendo como referência um material didático, também reflete e toma decisões que resultam em escolhas autônomas e pensadas para compartilhar com aprendizes de Arte, sempre tendo em vista as necessidades e a realidade dos estudantes. Professores, profissionais que são autores dos seus projetos pedagógicos, uma vez que criam situações de aprendizagem, realizam mediações culturais e curadorias educativas (seleção de imagens, músicas e cenas de espetáculos, por exemplo), de modo a ex- pandir o repertório cultural e o vocabulário dos estudantes; preparam ambiências criadoras (espaços de criação) para o fazer artístico; ampliam saberes por meio de pesquisas e contextualizações; proporcionam momentos de nutrição estética na apreciação da arte; buscam embasamento teórico nos fundamentos da Arte e da Educação, entre outras ações educativas e de busca de formação constante. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 7D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 7 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 VIII COMO NASCE A IDEIA DE PROFESSOR-PROPOSITOR? A arte propositiva nasce da iniciativa de artistas como Lygia Clark (1920-1988), que dizia que a arte deveria se mover do lugar de contemplação para o de participação; deveria convidar o apreciador a superar o lugar passivo e expandi-lo em atitude ativa, participando ou vivenciando o processo de criação com o artista. Segundo Clark (apud DUNN, 2008, p. 143), para que a arte de nosso tempo tivesse maior sentido, era preciso ser um “artista-propositor”, um “molde”. Assim, o apreciador em sua experiência e sua existência poderia ser “o sopro” que preencheria o “interior desse molde”. Do universo da “arte” para o ensino e a aprendizagem da “arte”, a ideia de artista-propositor expande-se para a de “professor-propositor”, de acordo com pesquisas e publicações das educadoras Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque (2007), ao tratar do professor-pesquisador, “escavador de sentidos”, e da proposição pedagógica no ensino de Arte. Mas o que isso significa? A ideia de “professor-propositor” implica oportunidade para expressar e ativar repertórios culturais; para reconhecer e respeitar lugares de fala (RIBEIRO, 2017), valorizando também a escuta; e para construir espaços para, com liberdade, escolher caminhos nos quais os estudantes possam estar presentes de forma ativa, como protagonistas de seu processo de construção de saberes, de leitura de mundo e de subjetividade. Um professor-pro- positor é pesquisador porque tem sede de saberes; é sensível porque tem desejo por viver e oportunizar ao outro mais experiências estéticas. Ser professor-propositor é escolher e trilhar caminhos, é construir sentidos na vida pedagógica e na atuação no ensino de Arte. Ao propor encontros entre a arte e os estudantes, não é um “explicador” (RANCIÈRE, 2002), mas sabe perguntar, provocar pensamentos, conversações, construção de hipóteses interpretativas e argumen- tos, diante do encontro, da experiência. Com base nessas ideias, convidamos o professor que atua no ensino de Arte a pensar para além do ato de “dar uma aula”. Fazemos o convite para que reflita conosco sobre a criação de percursos criativos, poéticos, estésicos e educati- vos, em que o estado de dúvida e o prazer pela experiência sejam ventos para pensamentos moventes. ⊲ O PROFESSOR CRIADOR DE SITUAÇÕES E AMBIÊNCIAS Ainda sobre o professor-propositor, gostaríamos de trazer a provocação para pensar a dimensão criadora e estésica da vida pedagógica. A BNCC (BRASIL, 2018, p. 194) apresenta a “criação” como o “fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem”. Trata-se de uma dimensão de conhecimento em que se pode “apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, nego- ciações e inquietações”. Já a palavra estesia é citada como uma dimensão do conhecimento que está no campo da “experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais”. O texto ainda realça que essa dimensão “articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo”. Outras dimensões de conhecimento são citadas na BNCC (BRASIL, 2018, p. 194-195) como essenciais para o processo de ensino e aprendizagem em Arte, como a crítica, a expressão, a fruição e a reflexão. Trazemos a reflexão de que, para viver um percurso “criativo, poético, estésico e educativo”, é preciso prever várias situações de aprendizagem, e estas devem ser vividas em um tempo e em um espaço. As ambiências criadora e educadora podem ser ocupadas com vivências em diferentes situações de aprendizagem. A expressão situação de aprendizagem nasce da reflexão de vários autores, como José Carlos Libâneo (2008), e re- fere-se às situações didáticas, momentos educativos, como pontos fundamentais para uma aprendizagem com sentido para os estudantes. Não se trata apenas de realizar uma “atividade” de modo mecânico, mas de vivenciar experiências, como participar de rodas de conversa e de momentos de nutrição estética (SÃO PAULO, 2008), em ambiências criado- ras e educadoras; de viver a “ação criadora” e realizar investigações sensoriais, visitas culturais, pesquisas ampliadas, entre outras situações que o professorpode criar e desenvolver junto aos estudantes, ampliando as possibilidades ao convidar e envolver os familiares nelas. A expressão metodologias ativas tem base na inovação (analógica e digital), na convivência e no planejamento, pilares que funcionam como norteadores na elaboração das proposições pedagógicas em que os professores podem se basear para criar os percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos, as situações de aprendizagem, bem como as ambiências criadoras e educadoras que primam por uma “escola expandida” (LOPES; HARDAGH; VIEIRA, 2017), que consiste em planejar e criar tempo, espaço e materialidades para que vivências com a arte possam acontecer. Ao proporcionar ambiências criadoras e educadoras, o professor pode ter como foco a situação de aprendizagem de D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 8D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 8 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 IX “ação criadora”, por exemplo, discutindo com os estudantes tanto os próprios processos de escolha de materialidades, os processos criativos e as poéticas pessoais, como os de colegas e artistas. O professor pode criar, por exemplo, um ateliê móvel ou fixo com a participação dos estudantes e dos familiares. Um espaço pode ser criado na escola ou em casa, quando da existência de sistemas híbridos de ensino (a distância e presencial). Em outras situações de aprendiza- gem, como a nutrição estética, o professor, em conjunto com a gestão da escola, os estudantes e os familiares, pode criar ambiências para apreciar imagens, ouvir músicas, fazer contação de histórias ou assistir a vídeos (que apresentem várias linguagens, como espetáculos de dança, teatro e performances), filmes e documentários, entre outras, que possam ampliar o repertório cultural e o vocabulário dos estudantes. Também podemos considerar ambiência criadora e educadora os locais frequentados nas visitas culturais, como museus, galerias, ateliês de artistas, bibliotecas, festas culturais, cinema, teatro, locais com arte pública, manifestações culturais regionais e festas populares, que podem acontecer presencial ou virtualmente. Ao citar o meio virtual, este se apresenta como potência para fazer visitas a museus e ambientes on-line que ex- pressem as linguagens artísticas e para conhecer e usar ferramentas digitais em pesquisas ampliadas que possam ser criadoras e educadoras. No entanto, tudo precisa ser estudado, escolhido, planejado e organizado para que o tempo e o espaço vividos na ambiência criativa e educadora sejam potentes e transformadores. As situações de aprendizagem e as ambiências criadoras e educadoras podem desencadear momentos para o desen- volvimento de competências e habilidades e a ampliação de repertórios e poéticas pessoais em Arte. Esperamos que o professor as expanda e complemente com o que existe e acontece na vida contemporânea, pois seu papel é também o de um propositor e dinamizador cultural. Ao longo das orientações para o professor que trazemos nesta coleção, propomos dicas de como criar situações de aprendizagem e ambiências criadoras educadoras na escola e na orientação da família. A MEDIAÇÃO E A DINAMIZAÇÃO CULTURAL O seu olhar lá fora O seu olhar no céu O seu olhar demora O seu olhar no meu O seu olhar, seu olhar melhora Melhora o meu (ANTUNES; TATIT, 1995) Entre os campos de ação potentes para o arte-educador estão a mediação e a dinamização cultural, que propõem estudos e diálogos entre os universos da arte, do mediador e do fruidor, sendo expansivas à família. A dinamização cultural também se amplia para além dos muros da escola e traz proposições aos estudantes para que alcem voos e se relacionem com seu meio fora da escola. Assim, mediação e dinamização cultural incentivam também o educador a ter a preocupação de como apresentar as produções artísticas para os estudantes e a investigar como a arte afeta as pessoas, estimulando-o a ser um mediador, dinamizador entre a arte e o público (estudantes e familiares). A mediação cultural não é um lugar para explicações ou “verdades” sobre as produções artísticas, mas um espaço de conversação, oportunidade para provocar construção de hipóteses interpretativas e trocas de ideias. Ações mediadoras no encontro com arte podem expandir modos de fruição, apreciação e leitura de imagens em que “um olhar” pode provocar e ampliar o “olhar do outro”. Essas ações também podem acontecer na fruição de várias linguagens da arte, como na escuta sensível e atenta de sons e músicas, na audiência de filmes, vídeos ou espetáculos de dança, teatro, performances e outras linguagens. São oportunidades para criar momentos de mediação e dinamização cultural na apreciação artística, seja no espaço escolar, na sugestão de momentos de nutrição estética em família ou ainda na vivência em instituições artísticas culturais por meio de visitas culturais (presencias e virtuais). Quando pensamos na literacia familiar, o professor de Arte tem muito a contribuir, indicando produções artísticas e culturais, orientando ações mediadoras para atividades em família – como ouvir músicas e cantar, ler textos literários, poemas –, disponibilizados, por exemplo, pelo Ministério da Educação no programa Conta pra mim (BRASIL, 2019b) e em um dos materiais que o compõem, o Canta pra mim (BRASIL, 2019a). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 9D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 9 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 X O professor pode, ainda, criar modos lúdicos para contar histórias e brincar com os estudantes em jogos teatrais, movi- mentos dançados, brincadeiras cantadas, jogos de mãos e outros jogos lúdicos tradicionais da cultura infantil. Também é possível orientar os familiares quanto a imagens, músicas, vídeos e filmes interessantes para serem apreciados juntos e gerar conversas com as crianças em momentos de nutrição estética em família, em casa, com base no que está acon- tecendo na sala de aula, em cada tempo e projeto didático de Arte vivido pela turma. Essas ações são importantes para que os estudantes vivenciem experiências com a arte tanto na escola como fora dela, conversando com os colegas sobre o que estão aprendendo em Arte. O professor-propositor, mediador e dinamizador, também pode orientar os familiares a acessar produtos e produções artísticas e culturais on-line, como shows musicais, vídeos sobre arte em geral, espetáculos de dança e de teatro, contação de histórias e visitas a museus virtuais. Nesta coleção, damos várias sugestões ao longo das orientações para o professor. Ao apresentar a obra de um artista ou de um grupo de artistas para os estudantes, na escola ou em momentos com- partilhados com os familiares, podemos ter várias intenções pedagógicas: mostrar a diversidade de produções artísticas criadas ao longo da História da Arte; comparar duas ou mais linguagens (produções artísticas); apresentar como diferen- tes artistas, em épocas distintas, fazem suas escolhas nas linguagens em que atuam e esclarecer o papel dos elementos constitutivos de cada linguagem, as materialidades e os temas usados como parte do processo de criação de cada artista. Assim como o professor-propositor criador, a presença do professor mediador e dinamizador é muito importante no processo de ensino e aprendizagem de Arte. Dentro de um percurso criativo, poético, estésico e educativo, podemos estabelecer situações de aprendizagem significativas no encontro com a arte, mas é preciso pensar e preparar esses en- contros, ir além do comum e proporcionar experiências provocativas para os estudantes. O professor mediador e dina- mizador pode provocar conversas com eles sobre o que estão aprendendo e a importância de escutar o outro, valorizar o lugar de fala de cada núcleo familiar, sempre orientando e ampliando possibilidades, para que experiências estéticas e significativas aconteçam. Proposições que vão muito além de explicações sobre as obras de arte, pois transformam-se em diálogos, em espaço livrepara a imaginação, a interpretação e a conversação. CURADORIA EDUCATIVA: VISÕES DE MUNDO E ESCOLHAS DE CAMINHOS Aliado ao trabalho do professor-propositor mediador, também trazemos a importância do professor-curador. O termo curador tem ligação com os termos curar, cuidar. No contexto de criação de situações de aprendizagem em Arte, remete-nos à função de escolher imagens em artes visuais e em outras linguagens que possam ampliar sabe- res sobre determinado tema ou conceito. Vamos analisar mais um pouco o papel de um curador? Nos espaços museo- lógicos, o curador é aquele que cria a concepção da exposição e gerencia a organização, buscando qualidade estética e formas de apresentar as obras, estabelecendo relações entre as criações ali expostas e possíveis recepções, fruições e interpretações do público. Hoje, o curador também pode acompanhar o trabalho do setor educativo, contribuindo em projetos colaborativos de curadoria educativa. No universo do ensino de Arte, o curador educativo é aquele que escolhe um conjunto de imagens com uma in- tenção pedagógica. Nesses momentos de mediação cultural, podemos apresentar vídeos de espetáculos de dança, de teatro; áudios de músicas e imagens que mostrem a produção de artistas de diferentes linguagens e contextos culturais (grupos étnicos, comunidades indígenas, africanas e afrodescendentes ou, ainda, manifestações populares, patrimônios culturais materiais e imateriais, entre outras possibilidades). Para esta coleção de Arte, fizemos uma sele- ção cuidadosa de imagens, poemas, músicas e cenas de espetáculos de dança, de teatro e de linguagens integradas, registros de manifestações regionais e de patrimônios culturais, um acervo que pode ser ampliado de acordo com o projeto da escola ou o contexto cultural local. Essas são algumas pistas para a construção de projetos em proposições pedagógicas e mediação cultural. No entanto, cada educador tem sua história, seu repertório cultural, sua trajetória profissional e seus caminhos para trilhar em suas descobertas como professor-propositor, criador, mediador, dinami- zador e curador. As imagens apresentadas no decorrer desta coleção têm como principal proposta a situação de aprendizagem de nutrição estética, que são momentos de leitura e apreciação de imagens. Para compreender melhor essa situação de aprendizagem, vamos refletir sobre nossas experiências. A cada momento podemos apreciar uma música, uma ima- gem, um gesto ou um movimento, mas, quando o professor sistematiza em uma proposição pedagógica o encontro D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 10D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 10 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Li de rin a/ Sh ut te rs to ck .c om XI com a arte, seja com qual linguagem for (música, artes visuais, teatro, dança ou em linguagens integradas), ele oportu- niza conhecer arte “alimentando-se” de arte, amplia repertórios culturais e oportunidades de encontros significativos com a arte. Essa situação de aprendizagem não está restrita ao ensino de Arte; professores de diferentes áreas de conhecimento podem fazer uso da nutrição estética com momentos de fruição, apreciação e interpretação de obras artísticas. Esses encontros também alimentam a percepção de arte que pode estar interligada a outros saberes e temas quando ampliamos visões e atitudes pedagógicas interdisciplinares e transdisciplinares. Em meio a tantas produções artísticas, o que escolher trazer para os momentos de nutrição estética? Podemos olhar para alguns aspectos fundamentais no momento de fazer escolhas em nossas curadorias, como observar o contexto dos estudantes; identificar quais são suas necessidades; valorizar a cultura local e familiar e selecionar o que do global é pertinente apresentar a eles. Também é importante mostrar produções que valorizam nossas matrizes culturais e as urgências socioculturais, garantidas em leis, e outras que devem ser debatidas no contexto escolar. Para garantir uma educação democrática, justa e igual para todos, assim como o acesso à escola e a permanência nela, temas como as culturas afro-brasileiras e indígenas e a formação étnica e cultural tornaram-se objetos de debate no campo das políticas educacionais no Brasil. A Lei no 10.639/03 e a Lei no 11.645/08 – que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei no 9.394/96), tornando obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena – foram criadas com o propósito de formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e étnica da sociedade brasileira. Essas leis determinam que os conteúdos de história das culturas afro-brasileiras e indígenas sejam trabalhados no contexto de todo o currículo escolar, em especial no âmbito do componente curricular Arte (por meio de diferentes linguagens e situações de aprendizagem), Literatura e História do Brasil, como parte do processo de reconhecimento, respeito e apoio à conquista e à garantia de direitos para essas populações, bem como da valorização de suas diversas expressões artísticas e socioculturais. Percebe-se, assim, como o tema diversidade cultural torna-se cada vez mais presente no campo educacional e desa- fia políticos, gestores escolares e professores a organizar o conhecimento por meio de um currículo que contemple a história e as culturas africanas e indígenas, superando a hegemônica influência da matriz cultural europeia. Assim, temas que são tratados na sociedade podem ser trazidos para os momentos de nutrição estética por meio de produções artísticas selecionadas, tendo como base uma análise cuidadosa do professor e permitindo aos estudantes o direito de “ser criança”, podendo vivenciar a cultura infantil. Nesta coleção, tivemos o cuidado de selecionar textos visuais (imagens) e textos verbais com base nessas preocupações, que podem ser ampliadas pelo professor, porque, segundo Martins, Picosque e Guerra (2010, p. 12), a “arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber”. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 11D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 11 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 XII 1.3. ESCOLHAS E CAMINHOS PARA UM CURRÍCULO DE ARTE Sabemos que o Brasil é um grande país, diverso em sua cultura e arte. Então, qual é o sentido de termos um currí- culo em Arte? Mesmo em nossa diversidade, é importante que possamos construir uma identidade como nação justa e democrática e que direitos, princípios educacionais, competências e habilidades sejam garantidos a todos os educandos em diversos níveis escolares. É preciso, ainda, observar as manifestações artísticas e culturais regionais. Além disso, preocupamo-nos com a construção de um currículo em Arte que colabore com políticas de alfabetiza- ção. Em 2019, foi instituído pelo governo federal a Política Nacional de Alfabetização (PNA – Decreto no 9.765, de 11 de abril de 2019), o que trouxe uma série de desafios e novas abordagens que contribuíram para o aprofundamento da alfabetização no Brasil. Entre os novos conceitos trazidos pela PNA estão a literacia e a numeracia. A literacia divide-se em três etapas que se sobrepõem ao longo do desenvolvimento dos estudantes nos nove anos do Ensino Fundamental: a literacia básica, a literacia intermediária e a literacia disciplinar. A primeira etapa está ligada à alfabetização e também a todos os processos de leitura relacionados a ela. Existe um esforço de instrumentalizar os estudantes para que possam ler e desenvolver hábitos de leitura que fortaleçam sua capacidade leitora. Nesse contexto, está presente a literacia familiar, que é um conjunto de práticas que envolvem o mundo para além da sala de aula, com as famílias, nas comunidades, enfim, na sociedade. A segunda etapa, a literacia intermediária, é o aprofundamento da primeira, pois os estudantes podemdesenvolver habilidades e estratégias gerais e variadas para abordar textos de diversos gêneros. Há uma preocupação com a cons- trução do vocabulário, o que exige conhecimento do significado e da ortografia de palavras de uso comum; a leitura oral fluente é também bastante importante. Já a literacia disciplinar, que representa a terceira etapa, está relacionada aos anos finais do Ensino Fundamental. Ela está inserida no contexto de cada uma das áreas de conhecimento: Mate- mática, Arte, Geografia etc. Como essa etapa foge ao escopo dos anos iniciais, acredita-se que seja parte do trabalho do material didático da primeira etapa do Ensino Fundamental construir as bases para o desenvolvimento dessa literacia de terceira ordem, mais especializada. Nas duas primeiras etapas, não há uma clara especialização dos componentes curriculares de cada área de conhecimento. Depreende-se disso que o foco do trabalho de alfabetização está a cargo do componente Língua Portuguesa. No entanto, as outras áreas de conhecimento, sobretudo aquelas ligadas à área de Linguagens, como Arte, podem contribuir oferecendo leituras de textos não verbais por ações de mediação e dinamização cultural, e criar momentos para a nutrição estética com a fruição e a leitura de imagens fixas (desenho, pintura, gravura, fotografia, entre outras) e em movimento (cinema, animação, vídeos, videodança, videoinstalação, entre outras), no contexto das obras artísticas e de outras imagens e símbolos visuais presentes no cotidiano da criança. Distin- guir símbolos e letras é essencial para a alfabetização de primeira hora. Nesse sentido, propor aos estudantes e aos familiares momentos de nutrição estética com linguagens sonoras e corporais, oportunidades de fruição e leitura pela mediação e pela dinamização cultural, que podem acontecer na escola ou com a família, explorando a escuta sensível de sonoridades (por exemplo, a percepção de parâmetros do som, paisagem sonora, fontes sonoras) e músicas, assim como a percepção de movimentos cotidianos e dançados, gestos e expressões corporais e fisio- nômicas, fruição de espetáculos de música, teatro, dança, performance, artes circenses, entre outras linguagens, presencial e virtualmente, é uma atitude que ajuda a criança a perceber os elementos constitutivos e a elaboração de hipóteses interpretativas sobre diferentes linguagens verbais e não verbais e que auxiliam na percepção e no estabelecimento das relações de sentido entre imagens, sons, gestos e movimentos, e símbolos e palavras em gêneros textuais do cotidiano. Ainda sobre a participação da arte no processo de alfabetização, compreendemos a literatura como produção criati- va, poética, estésica e estética, portanto trazemos diversos momentos de fruição, apreciação e interpretação de textos poéticos criados por grandes autores da literatura brasileira e pelos autores desta coleção, com o cuidado de realizar uma curadoria educativa e respeitar o tempo e o direito dos estudantes de “ser criança”, vivendo de modo lúdico sua infância. Também propomos práticas de literacia familiar ao sugerir modos para fazer contação de histórias, jogos teatrais, leitura de letras de canção, momentos de escuta e canto de música, leitura de poemas e produção criativa de D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 12D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 12 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 XIII desenhos e textos, respeitando, ainda, os vários momentos em que as crianças se encontram mergulhadas em seus processos de alfabetização. São ações que podem favorecer ambiências criadoras e educadoras propícias ao processo de alfabetização. Para Maria Regina Maluf (apud BRASIL, 2019c, p. 19), “Quando as crianças aprendem a ler e a escre- ver, elas adquirem um meio eficaz para conhecer e agir sobre o mundo à sua volta, possibilitando abertura de novos caminhos para equidade social”. O QUE DIZ A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) Esse é o documento que orienta a base curricular de todas as escolas das redes de ensino (públicas e privadas), em todos os níveis de escolarização do país. Suas diretrizes devem ser contempladas nas propostas pedagógicas, nos livros e nos materiais didáticos. Os campos de experiência e os componentes curriculares descrevem direitos de aprendizagem e desenvolvimento, conhecimentos, competências e habilidades específicas de cada área e ei- xos temáticos, a fim de que o currículo de cada região do Brasil, considerando sua diversidade, seja construído. O objetivo é que os estudantes possam desenvolver competências específicas de cada área, em seus respectivos componentes curriculares, além de aprender e desenvolver habilidades em cada etapa da Educação Básica, respei- tando o tempo e a cultura de cada idade, por exemplo: o direito de ser criança e de aprender de modo lúdico e dentro do tempo e do movimento do desenvolvimento infantil; o respeito às ideias, às necessidades e às escolhas de cada estudante, tendo como foco uma educação inclusiva; o respeito ao protagonismo da criança e do jovem no processo de ensino e aprendizagem; entre outros aspectos que garantam uma educação de qualidade e um aprendizado significativo. Já na Educação Infantil, a BNCC (BRASIL, 2018, p. 41) defende a importância de o estudante “conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar”. Segundo esse documento, isso possibilitará que crianças ainda pequenas tenham diversificadas experiências com as muitas linguagens artísticas, conhecendo e criando hipóteses interpretativas de obras artísticas e de como cada linguagem pode ser criada, e conhecendo e usando elementos de linguagem e materialidades para se expressar. Ao discorrer sobre a Educação Infantil, a BNCC enfatiza a importância de viver a arte e outros saberes nos di- versos campos de experiências, como: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Assim, é importante, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que se analise, por meio de momentos de avaliação diagnóstica, o modo como os estudantes passaram por essas experiências na Educação Infantil e como elas podem ressoar no ritmo de aprendizado e desenvolvimento de competências e habilidades apresentadas. O professor também pode, em processo de avaliação formativa, usar os mais variados meios, instrumentos e práti- cas para observar e analisar como os estudantes se expressam e se desenvolvem pelo contato com as linguagens artísticas. Pode criar, por exemplo, situações de aprendizagem que explorem esses campos de experiências em momentos de fruição de imagens, escuta musical, exercícios e jogos teatrais e corporais, rodas de conversa e ação criadora em várias linguagens. Ou seja, é importante observar como os estudantes se expressam na oralidade, na conquista da escrita e em expressões gráficas (desenhos), sonoras, musicais e corporais. Ao conhecer melhor o desenvolvimento dos estudantes, suas conquistas e dificuldades, o professor pode analisar como desenvolvem competências e habilidades ao passar de um nível de ensino ao outro, estudando e avaliando quais ações pedagógicas são necessárias nos processos de ensino e aprendizagem para garantir condições favoráveis ao de- senvolvimento de autonomia dos estudantes e, assim, seguirem em seus estudos. Voltando ao que a BNCC (BRASIL, 2018, p. 193 e p. 203) expressa sobre ser um documento que “dê base” à cons- trução de um currículo em Arte para o Ensino Fundamental, preocupamo-nos em garantir que os estudantes passem por diversificadas experiências, vivenciadas em seis dimensões de conhecimentos (criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão) e em cinco unidades temáticas (compreendidas como linguagens artísticas: artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas), e que explorem os objetos de conhecimentostratados em cada linguagem, a fim de desenvolver as competências gerais e as específicas de Arte, bem como as 26 habilidades previstas para o ensino de Arte nos anos iniciais. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 13D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 13 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Kh ak im ul lin A le ks an dr /S hu tt er st oc k. co m XIV A PRESENÇA DAS LINGUAGENS DA ARTE Howard Gardner (1995) escreveu que as inteligências são múltiplas e expressam competências e habilidades a serem exploradas em várias linguagens. São aptidões intelectuais autônomas que devem ser desenvolvidas desde a infância. Nesta coleção, trazemos diversidade nas linguagens artísticas, que podem se manifestar nas formas visual, musical e corporal e em uma simbiose de linguagens, tornando-se linguagens híbridas ou, como citado na BNCC, artes integra- das (BRASIL, 2018, p. 197). Como os estudantes encontram as linguagens artísticas? Será por meio de uma ilustração de livro ou revista, por uma música que toca no rádio, pelo celular, pela televisão ou por outro meio? Será em uma cena de dança na rua, em uma página na internet ou em imagens de filmes ou desenhos animados? Com quais linguagens artísticas eles já tiveram contato? Como apresentar esse universo a eles? Que conceitos e ideias são importantes explorar em um projeto de arte? Essas são algumas questões a serem analisadas na proposta de um currículo de Arte. A arte não está apenas nas instituições culturais, como museus ou casas de espetáculo. A arte está na vida, faz parte dela e é nutrida por ela. Ao observar as produções dos artistas, notamos que memórias e experiências pessoais compõem pinturas, ações dramáti- cas, coreografias, músicas, textos e tantas outras criações artísticas em diferentes linguagens. Conhecer as diferentes linguagens é fundamental para compreender como a arte se manifesta nas culturas e como essa área de conhecimento pode ampliar os repertórios e a visão de mundo. Sua importância também se revela como formas de expressão poética e de comunicação disponíveis para as experimentações dos estudantes. Assim, nesta co- leção, apresentamos as linguagens artísticas tanto em seus conteúdos específicos como em conexões interdisciplinares entre as linguagens da Arte. A abordagem do ensino das linguagens artísticas pela interdisciplinaridade tem como inte- resse superar a questão da polivalência. A proposta é mostrar aos estudantes que diferentes linguagens podem dialogar por meio de objetos de conhecimento (campos, conceitos), materialidades, poéticas e intenções artísticas. Além das conexões entre os saberes presentes em diferentes linguagens artísticas, há grande potencialidade nas relações entre o componente curricular Arte e diferentes saberes do currículo escolar – Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e suas tecnologias –, bem como entre a arte e os temas contemporâneos trabalhados de forma transversal (BRASIL, 2018, p. 19). Essas relações estão presentes em várias passagens dos livros desta cole- ção, porém estão mais acentuadas na seção Diálogos do Livro do Estudante. Neste Manual do Professor, ressaltamos momentos de interdisciplinaridade por meio do boxe Articulação com.... Dessa forma, convidamos você a trilhar os caminhos da interdisciplinaridade entre as linguagens e outros saberes, a transitar por temas contemporâneos, sem perder a profundidade ao tratar de cada conteúdo específico, e a pensar a construção de conhecimento pela arte. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 14D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 14 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XV ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTES VISUAIS No que se refere às artes visuais, a proposta desta coleção é desenvolver processos de alfabetização visual ampliados e contextualizados à cultura visual e às poéticas visuais. A alfabetização visual é uma abordagem teórica e prática na leitura. Já o estudo da imagem é abordado pela cultura visual. Esse campo de estudo da arte-educação é interdisciplinar e busca referenciais para o ensino de Arte em Arquitetura, Publicidade, Design, Moda, História da Arte, Psicologia, Antropologia, mediação cultural, produções artísticas contemporâneas e outras possibilidades de estudo do universo das imagens. A cultura visual não se organi- za somente com base em nomes de peças, fatos e sujeitos, mas também considera a relação estabelecida com seus significados culturais. Hoje, há vários estudos sobre esse tema. Um dos primeiros autores a publicar, no Brasil, textos sobre essa abordagem foi Fernando Hernández, em 2000. Ele defende uma abordagem para o ensino de Arte que considera “a arte e a cultu- ra como mediadores de significados” e na qual o “significado pode ser interpretado e construído” e as imagens podem “informar àqueles que as veem sobre eles mesmos e sobre temas relevantes no mundo” (HERNÁNDEZ, 2000, p. 54). As poéticas visuais, no contexto de ensino e aprendizagem em Arte, propõem que o professor esteja atento tanto às ações criadoras e poéticas que os estudantes expressam como às situações de aprendizagem e criação de ambiências que possam provocá-los a refletirem sobre suas percepções e seus processos de criação e poéticas pessoais. Nesse sentido, sugerimos propor a eles que construam cadernos de artistas (diários de bordo) e neles anotem reflexões, desenhem ou criem formas próprias de registrar o que sentem, intuem, expressam e criam com base na subjetividade e imaginação deles, e que o professor oportunize momentos para “dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sen- tidos plurais” (BRASIL, 2018, p. 201). Sugerimos situações de aprendizagem para apresentar aos estudantes conceitos e noções que enfatizam que as imagens são constituídas de elementos da linguagem visual, como ponto, linha, forma, cor, luminosidade e espaço. Por isso, é importante mostrar como esses elementos articulados podem criar texturas, tonalidades, variações de luz e sombra, valores cromáticos e movimentos e como o espaço e as formas podem se apresentar em relações de bidimen- sionalidade e tridimensionalidade, entre outras possibilidades. Os estudantes podem desenvolver competências e habilidades na interpretação e na criação de imagens ao serem apresentados, de maneira progressiva, às diversas possibilidades de articulações e combinações entre os elementos constitutivos da linguagem visual, às materialidades, aos diversos processos de criação, além de discursos, poéticas e contextos em que as imagens são criadas. Para Fayga Ostrower (2007), se poucos elementos de linguagem visual estiverem em múltiplas combinações, eles abrirão infinitas possibilidades para criar imagens e, assim, expressar ideias, emoções, sensações. A alfabetização visual e os estudos dos elementos constitutivos dessa linguagem devem ir além de estabelecer técnicas e códigos ou de se perder em explicações verbais. Segundo Santaella (2012, p. 13), “[...] a alfabetização visual significa aprender a ler ima- gens, desenvolver a observação de seus aspectos e traços constitutivos, detectar o que se produz no interior da própria imagem, sem fugir para outros pensamentos que nada têm a ver com ela”. Além de entender as imagens e seus contextos, os estudantes podem aprender por meio da compreensão de como esses elementos constitutivos podem ser combinados; por exemplo, linhas podem ser usadas para a construção de tex- turas e de luminosidade em desenhos. O desenho é uma linguagem tradicionalmente ensinada nas escolas. Entretanto, há muito a ensinar sobre essa linguagem, uma vez que os desenhos em Arte podem ser tanto esboços em processos criativos para a construção de outras linguagens como a própria obra finalizada. Os elementos que compõem um traça- do ou um grafismo podem variar em direção, espessura e forma. Os desenhos dos estudantes têm suas particularidades e suas poéticas em cada momento do desenvolvimento nos anos iniciaisdo Ensino Fundamental. É preciso potencializar essa expressão visual, ampliando possibilidades poéticas. Nesta coleção, chamamos os instrumentos usados para traçar linhas e formas em desenhos de riscadores, propondo a variação e a experimentação de diversas materialidades. O universo de criação de imagens tem muitas possibilidades, como compreender de que modo os artistas criam cores e matizes, saber como colocam cor ao lado de cor ou de que forma misturam cores e criam nuances. Com base nessas descobertas, os estudantes também podem observar e ler suas próprias produções e as dos colegas e, assim, desenvolver o senso crítico em relação à produção de imagens em pinturas, desenhos, gravuras, fotografias e outras D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 15D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 15 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVI linguagens visuais. Com a escultura, a arte dos volumes, conceitos de espaço e de forma tridimensional são trabalha- dos, assim como linguagens contemporâneas presentes em intervenções, instalações e outras formas de expressão artística. Enfim, é trabalhada a percepção de que vivemos em um mundo de múltiplas possibilidades de criação de imagens, fixas ou em movimento, traçadas com lápis de cor ou criadas por computador, ou seja, desenhos manuais e digitais podem fazer parte dos processos de criação dos estudantes, utilizando diferentes materialidades, ferramentas e recursos tecnológicos. As formas de manifestação do pensamento estético resultam em muitas linguagens artísticas. É importante que estudantes de diferentes níveis de ensino explorem a potencialidade de expressão das artes visuais em suas diferentes produções, como a pintura, a escultura, o desenho, a gravura, a instalação, a performance, a fotografia, o cinema, a arte digital e tecnológica, entre outras. Nesta coleção, propomos várias oportunidades de criar tintas, massas de modelagem caseiras e fazer artístico nas seções Oficina de arte e Arte em projetos. Também damos dicas de como criar um ateliê fixo ou móvel, de como organizar os materiais para cada linguagem e de como propor aos estudantes a experiência de criar em clubes de arte. Nas artes visuais, o ensino precisa estabelecer relações com o mundo e a cultura visual e promover condições para que ocorram encontros e experiências estéticas e estésicas. Por essa razão, embora exista uma História da Arte que pode ser contada de maneira linear, optamos por conversar com os estudantes sobre arte sem preocupação cronológi- ca, por meio de contextualizações e conexões com conceitos, processos e poéticas. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE DANÇA A dança é a linguagem do movimento expressivo. O corpo humano, ao se movimentar com intenção expressiva, estabelece relações consigo mesmo (suas possibilidades e seus limites), com os outros (pessoas e objetos), com o tempo (pulsação e ritmo), com o peso, com a fluência e com o espaço ao redor. Para Roger Garaudy (1982), a dança é a expressão que potencializamos por meio de movimentos do corpo. Esses movimentos são organizados em sequências coreográficas, movimentos significativos. Dançar é uma experiência, um modo de existir. Uma das formas de ampliar os saberes culturais dos estudantes é apresentar espetáculos de dança para nutrir esteticamente o repertório cultural deles. Hoje, há muitas possibilidades de conhecer dança, como fazer pesquisas na internet ou assistir a espetáculos gravados, mas o caminho mais frutífero é sempre assistir aos espetáculos presencialmente, quando possível. Desde tempos remotos, a dança foi se consolidando de maneira particular nas diferentes culturas e etnias ao redor do mundo. Dessa forma, cada civilização desenvolveu sua lógica, sua mística e sua estética para criar na arte dos mo- vimentos. É fundamental apresentar aos estudantes diferentes manifestações de dança e debater com eles as transfor- mações estéticas e filosóficas da dança ao longo dos tempos, bem como sua manifestação cultural como rito, diversão, expressão individual ou manifestação coletiva de uma comunidade, como as danças étnicas brasileiras, manifestações das culturas indígenas e afrodescendentes, além das de outros povos e culturas. No geral, tem-se por dança étnica a que é produzida por uma comunidade étnica e cultural. A forma e os motivos são passados de geração em geração, com mínimos acréscimos e modificações. Nesse caso, incluem-se as danças ritualísticas, dramáticas e populares de vários grupos culturais, consideradas patrimônio histórico e cultural da huma- nidade. No Brasil, existem ricos acervos de manifestações de dança disponíveis para sua pesquisa e para apresentação aos estudantes. Na dança moderna e contemporânea, surgem concepções dessa arte em que se rompem as barreiras do movimento expressivo tradicional, abrindo espaço para outras formas artísticas na dança que possibilitam um trabalho na escola mais adequado à expressividade corporal dos estudantes. A bailarina alemã Pina Bausch (1940-2009) inovou a dança ao unir linguagens e criar a dança-teatro. Em suas co- reografias expressivas, explorava tanto o corpo dos bailarinos como suas emoções, criando movimentos e expressões diferentes dos vistos na arte clássica do balé. Bausch costumava dizer que até nas pontas dos dedos podemos perceber movimentos belos e expressivos. Acreditava que cada bailarino precisava conhecer o próprio corpo para potencializá-lo ao máximo na arte da dança. Valorizava a investigação dos movimentos, a experiência e a criação de repertórios de mo- vimentos. Ela também acreditava que, para dançar, o dançarino deveria fazer aflorar suas emoções e sua sensibilidade e fazer os movimentos que o corpo convocasse. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 16D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 16 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVII Rudolf Laban (1879-1958), bailarino e coreógrafo austro-húngaro, analisou de forma sistemática os elementos cons- titutivos do movimento humano (linguagem corporal). Além disso, enfatizou a importância da dança na escola, onde deveriam ser realizadas atividades que reforçassem as faculdades naturais de expressão da criança e que preservassem a espontaneidade do movimento. Nesta coleção, propomos aos estudantes, em vários momentos, que façam movimentos corporais, experimentem e comecem a tomar consciência dos elementos constitutivos dos movimentos estudados por Laban. Além disso, você pode criar outras situações de aprendizagem para conversar com eles sobre a arte da dança, que consiste em propor- cionar o autoconhecimento do corpo, a percepção do que ele pode fazer e o desenvolver de poéticas corporais. Laban realizou vários estudos com base em movimentos cotidianos. Você pode explorar os movimentos realizados pelos estudantes no dia a dia e estimulá-los a criar sequências coreográficas. Convidá-los a formar uma roda em um espaço amplo e depois conversar sobre como eles se movem no dia a dia pode estimular essa atividade. Depois, você pode propor aos estudantes que pesquisem exercícios em que expressem esses movimentos de forma livre e dinâmica e façam combinações entre eles para criar sequências coreográficas. Essa atividade proporciona ricas oportunidades de desenvolver a dança na escola, explorando a linguagem corporal, a arte como área de conhecimento e a expressão poética. De acordo com o que discutimos até aqui, a dança manifesta-se em nosso corpo de maneira natural, basta estarmos atentos à proposta que temos ao utilizar cada linguagem. A dança não implica apenas rebuscadas coreografias; uma simples brincadeira de roda ou um único movimento pode se transformar em uma aula de dança, até mesmo para aqueles mais tímidos. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE MÚSICA A proposição pedagógica para música presente nesta coleção convida professores e educandos a trilharem um per- curso sensível e lúdico pela experiência criativa. Temos compromisso com o conhecimento da música eda linguagem musical. No entanto, não estamos seguindo um sentido “técnico” do termo, com foco predominantemente no ensino teórico dessa arte, ou buscando, por exemplo, alfabetizar musicalmente os estudantes. Pesquisas desenvolvidas nos últimos tempos têm nos instigado a considerar a música, a educação musical e o en- sino da música de maneira inventiva e reflexiva, integrando o saber música e os discursos possíveis sobre ela. Desde as contribuições de autores dos métodos ou das pedagogias musicais ditos “ativos” – como Carl Orff (1895-1982), Edgar Willems (1890-1978), Zoltán Kodály (1882-1967), Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950) e Maurice Martenot (1898-1980) –, surgidos no período entre as duas grandes guerras – e apoiados nas contribuições de Maria Mon- tessori (1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966) –, vem sendo perseguido um equilíbrio mais adequado entre a música praticada ou vivenciada, por um lado, e a música ensinada ou abordada teoricamente, por outro. Essas pro- posições consideram a arte não um conteúdo rígido, mas um modo de ser, de estar e de pensar o mundo. Buscamos integrar, na proposta musical que oferecemos nesta coleção, as diversas contribuições desses estudiosos. Agora, convidamos você a conhecer um pouco dessas diversas pesquisas e trajetórias. De Carl Orff, guardamos a dança e o movimento, os instrumentais variados, as percussões e a percussão corporal, o con- tato com o repertório musical tradicional de diferentes culturas e o papel relevante do jogo, da improvisação e da criação. Do músico e pedagogo austro-suíço Émile Jaques-Dalcroze, valorizamos a ligação do movimento corporal com o movimento musical, fundados no ritmo e na improvisação. Essa proposta ficou conhecida como rythmique (rítmica). Com base nessas proposições, podemos fazer brincadeiras musicais, jogos de mãos, percussões corporais e outras propostas que possam abrir caminhos para pensar a possibilidade de criar no fazer musical, posteriormente levando à exploração de leituras e escritas musicais. A voz também é trabalhada como meio de expressão e comunicação. São propostas formas criativas de exploração da voz para que os estudantes experimentem processos de improvisação, composição e interpretação. O educador e músico húngaro Zoltán Kodály nos provoca em suas pesquisas, defendendo o acesso irrestrito à música pela prática do canto (tradicional, em particular, mas não exclusivamente), sem obrigatoriedade da aprendizagem de um instrumento musical. Ele desenvolveu propostas que se baseiam na utilização de gestos para representar sonoridades e potencializou canções populares e folclóricas em material cultural educativo para o ensino de música para crianças. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 17D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 17 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVIII De Edgar Willems, consideramos alguns princípios fundamentais, como a possibilidade de acesso que toda criança tem a esse importante elemento cultural que é a música – sem qualquer tipo de referência a talento ou dote especial –, com iniciação ativa por meio de canções, jogos de escuta, ritmo e movimentos corporais. De Maurice Martenot, trazemos a importância da improvisação e da criação, praticadas num ambiente de confiança e alegria, criando condições para a escuta sensível dos estudantes, mas também valorizando a observação e a percep- ção e oportunizando experiências auditivas particulares. Por sua vez, o inglês John Paynter (1931-2010) e o canadense Murray Schafer (1933-), por exemplo, adotam a escuta e sobretudo a criação como eixo central da educação musical, utilizando-se dos mais variados recursos e tipos de material sonoro que possam ajudar os educadores a explorar o potencial criativo dos educandos. Murray Schafer apresenta uma proposta educativa ampla, na qual enfoca a percepção da paisagem sonora, que consiste em perceber conscientemente a relação som/silêncio e a existência de sonoridades próprias de diferentes ambientes. Nessa concepção, a paisagem sonora é tudo que está em nosso campo auditivo, dos sons característicos que estão a nossa volta, seja de grandes cidades, locais de trabalho ou equipamentos tecnológicos, às sonoridades humanas e aquelas típicas da natureza. Pode-se acordar o sentido da audição para desenvolver uma escuta inteligente, pensante, consciente e, assim, aprender a ouvir melhor diferentes tipos de música e sons que nos cercam. Ouvindo com maior atenção e curiosidade, os estudantes são capazes de apreender o mundo pela escuta e discernir as características de seus sons tendo por re- ferência não apenas os parâmetros sonoros usuais (como intensidade, altura, duração e timbre), mas também noções importantes, como tipos de textura, de perfil, de plano sonoro, entre outras, de grande utilidade para a criação musical e o entendimento amplo dos processos musicais, contemporâneos ou não. Trata-se, hoje, de oferecer aos estudantes meios adequados e condições favoráveis que propiciem o contato com o universo musical já existente – patrimônio já constituído, em suas múltiplas formas de manifestação – e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de sua própria mu- sicalidade com base em suas necessidades presentes. Para um professor-propositor, esses saberes podem seguir em mais estudos, pois aqui estamos propondo que o professor vivencie a música e seu ensino por meio de encontros significativos. Consideramos que é possível criar e interpretar música com qualidade, mesmo em nível mais inicial e elementar. Nesse sentido, é essencial a sua partici- pação, visando transformar em momento “extraordinário” a realização de atividades musicais aparentemente sim- ples e singelas, de modo que os estudantes construam vivências profundas e significativas. Sugerimos ao professor que procure oportunizar a escuta, o contato e o conhecimento de manifestações musicais de diferentes épocas, gêneros, estilos, tendências e culturas. Para isso, oferecemos uma gama de representações musicais: da exploração de percepção de sonoridades a criações sonoras e musicais contemporâneas; de músicas da tradição brasileira a experimentações sonoras internacionais; de instrumentos usuais ao uso de objetos sonoros e à construção de novos meios expressivos. Ao mesmo tempo, lembramos a importância de não restringir esses momentos apenas à audição ou apenas à fala sobre música, mas que sejam oferecidos espaço, recursos e motivação suficientes para que cada estudante, além de se expressar criativamente pelos sons e pela música, entre em contato consigo e com o outro, com suas sensações, seus sentimentos e seus entendimentos, podendo, assim, exprimi-los com clareza, comparti- lhando-os no coletivo. Sugerimos também estimular a curiosidade dos estudantes a fim de que sejam motivados a pesquisar sobre as músicas apresentadas – autores, estilos, formas de expressão, organização, projeto compositivo, repre- sentação estética e cultural –, instigando-os a perceber e conhecer o mundo pela audição em movimento. Nesse sentido, devem ser aproveitadas todas as oportunidades possíveis para a escuta atenta e a expressão criativa, visando conhecer mais profundamente como as músicas foram concebi- das, organizadas e apresentadas. BA ZA P ro du ct io n/ Sh ut te rs to ck .c om D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 18D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 18 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XIX A abordagem de ensino musical proposta aqui procura oferecer atividades prazerosas que tratem de conteúdos relevantes para o conhecimento e a formação musicais, como conceitos de tempo e espaço e noções de ritmo e me- lodia, bem como a prática de interpretação, improvisação, criação e agenciamento de materiais. Sempre que possível, é importante que os diversos conteúdos musicais sejam disponibilizados em sala de maneira lúdica e integrada. Assim, ao longo dos temas, propomos seções e proposições do fazer artístico, para trabalhar várias situações de aprendizagemque transitam entre: • escutar, acolher e conhecer; • apreciar, avaliar e comentar; • experimentar, descobrir e se apropriar; • expressar, cantar e tocar; • interpretar, improvisar e criar; • compreender, comunicar e compartilhar. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE TEATRO A imaginação dramática está no centro da criatividade humana e, assim sendo, deve estar no centro de qualquer forma de educação. (KOUDELA, 2009, p. 27-28) Estudar teatro na escola é investigar a prática da representação, do jogo, do movimento, da percepção do espaço e do corpo em toda sua materialidade, expressividade e poética. Existem muitos gêneros nas manifestações teatrais, como o teatro de formas animadas (objetos, bonecos, máscaras, luz e sombra, entre outros); os espetáculos em que os atores realizam diálogos ou monólogos; as apresentações em movimentos e expressões corporais; a palhaçaria; a performance. Ainda podemos pensar em tipos de espetáculo, como comédia, musical, tragédia, teatro gestual ou dramático, dança dramática, entre outras modalidades. O trabalho do ator e da atriz, a cenografia, o figurino e a exploração de espaços físicos ou imaginários também estão presentes em linguagens audiovisuais, como teledrama- turgia, cinema e vídeo. Na linguagem teatral, os conceitos propõem a aprendizagem sobre movimento, corpo, gesto, comunicabilidade, recursos cênicos, jogos teatrais, improvisação, processo de criação e compreensão dessa linguagem. Conhecer os meandros da linguagem teatral é um grande desafio, pois os estudantes precisam se descobrir, desvendar seus limites e as possibilidades do corpo como materialidade expressiva e poética. A linguagem artística teatral concretiza-se mediante a composição de diversos elementos, embora, mesmo re- nunciando a alguns deles, o espetáculo teatral ainda possa se realizar. Por sua natureza, o teatro agrega linguagens, como a dança, a música, as artes visuais, a arquitetura, o circo, entre outras. Sua composição complexa é repleta de nuances estéticas e poéticas e contribui para a existência dessa multiplicidade de elementos. Há vários criadores na linguagem teatral: cenógrafo, iluminador, figurinista, maquiador, sonoplasta, dramaturgo, encenador, diretor. Conhecer os elementos que compõem o fazer teatral é fundamental para compreender as muitas formas desse fazer. Também é importante, no ensino de teatro na escola, conhecer alguns princípios sobre jogos teatrais. Um bom início para a criação no teatro é investigarmos três perguntas básicas para a criação de uma cena ou de um jogo teatral: Onde?, Quem? e O quê?. Essa abordagem tem como base as ideias de Viola Spolin (1906-1994), autora e diretora de teatro estadunidense que criou uma proposta para tornar possível o trabalho da linguagem teatral em qualquer espaço. O jogo e a improvisação teatral são a forma e o caminho de sua metodologia. Esses três conceitos (onde, quem e o quê) compõem o sistema dos jogos teatrais proposto por Spolin (2010) e podem contribuir muito para o ensino do teatro nas escolas. É possível trabalhá-los em conjunto ou separadamente, dependendo dos objetivos ou das expectativas de aprendizagem estabelecidas. Essa escolha de trabalho em linguagem teatral com a busca pelas respostas para as questões (Onde a cena se passa? Quem é a personagem que vou encenar? O que vou fazer em cena?) é fundamental para desenvolver um trabalho teatral ou outras formas de expressão corpo- ral, como a dança, a performance, a palhaçaria. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 19D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 19 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 BA ZA P ro du ct io n/ Sh ut te rs to ck .c om XX Na escola, em cada momento do desenvolvimento dos estudantes, é possível explorar metodologias no ensino de teatro para apresentar as diversas maneiras expressivas dessa linguagem. Não temos a preocupação de apresentar pe- ças teatrais ou espetáculos temáticos para atender, por exemplo, a comemorações da escola, mas sim apresentar essa linguagem como possibilidade de criar, expressar e pensar. Acreditamos que há situações em que você, professor, pode, em uma conversa, saber quais são os interesses dos estudantes e com eles decidir o tema a ser trabalhado ou, ainda, observar o contexto de vida de sua turma, facilitan- do-lhe o acesso a formas estéticas de pensar, sentir e agir em seu mundo. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTES INTEGRADAS (LINGUAGENS HÍBRIDAS) Conhecer o instrumento de trabalho e as possibilidades que ele oferece é essencial, mas ir além da mera aplicação dessas possibilidades é fundamental. (PIMENTEL, 2002, p. 117) Para Lucia Gouvêa Pimentel (2002), o universo tecnológico trouxe muitas possibilidades para conhecer e criar arte. É imprescindível proporcionar aos estudantes um ensino de Arte em consonância com seu tempo, já que eles são contemporâneos a essa multiplicidade de linguagens. Entretanto, somente o uso dessas tecnologias, sem um trabalho consistente por parte dos educadores, não vai garantir seu aprendizado e seu desenvolvimento artístico. Consideramos artes integradas aquelas que são híbridas, podendo ser verbais, visuais, sonoras, corporais, tecnoló- gicas, audiovisuais e, ainda, todas elas juntas. São tantas as linguagens artísticas possíveis que precisamos, como edu- cadores, estudar e conhecer como elas nascem e se transformam. Por exemplo, das máquinas fotográficas mecânicas às câmeras digitais altamente tecnológicas muito foi criado e experimentado. Além disso, o uso da fotografia tem alcançado uma proporção inigualável no desenvolvimento da cultura visual da contemporaneidade e tem muitos usos e funções além do artístico. Já o cinema nasceu do fascínio de capturar, movimentar e projetar as imagens. Sendo nar- radores de histórias, os seres humanos associaram imagens a contos, o que vem de muito tempo, desde as primeiras projeções de sombras chinesas na Antiguidade, passando pelas invenções dos primórdios das investigações que deram origem às imagens em movimento do século XIX, até as ferramentas e os recursos tecnológicos atuais. As tecnologias e as novas linguagens, como videoarte, videodança, videoperformance e videoinstalação, feitas com recursos audiovi- suais e programas de computador, podem estar entre as propostas no ensino de Arte, mas é preciso ter objetivos claros e criar situações de aprendizagem que estimulem a compreensão e a produção nas linguagens da arte contemporânea, bem como orientar estudantes e familiares a respeito dos objetivos pedagógicos envolvidos no uso de ferramentas e recursos digitais e a pesquisar em sites confiáveis. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 20D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 20 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXI 1.4. ABORDAGENS CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTE Para haver escolhas mais conscientes, assim como avaliação e ampliação de concepções sobre Arte e seu ensino, é preciso analisar tanto a história do componente curricular como a história das produções artísticas, incluindo a própria história de vida, seja no papel de aprendiz, de educador ou de fruidor de arte e cultura. Vamos refletir sobre as questões destacadas a seguir. • Como eram as aulas de Arte quando éramos estudantes do Ensino Fundamental? O que mudou? O que e como aprendíamos nessas aulas? • Que concepção de arte e de ensino de Arte temos hoje? • Quais desafios para proposições pedagógicas temos diante do que nos é colocado pela Base Nacional Comum Cur- ricular (BNCC) em Arte, pela Política Nacional de Alfabetização (PNA) e por outros documentos oficiais que visam à construção de currículos e práticas de alfabetização? • Como o estudo de Arte também pode contribuir para as conquistas da alfabetização das crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Essas são perguntas complexas que podem abrir caminho para reflexão, pesquisa e, talvez, escolhas mais conscientes. Não temos respostas exatas paraesses questionamentos, mas queremos suscitar novas considerações a respeito da arte e do ensino de Arte, da construção de concepções e da escolha de caminhos, linguagens e conceitos. Apontamos, assim, ao longo do texto deste Manual do Professor, sugestões de percursos e proposições, expressando concepções pautadas em debates, fundamentos teóricos e metodológicos e documentos mais recentes sobre o ensino de Arte. Procuramos trazer consonâncias e reflexões para pensarmos juntos as exigências curriculares da contemporaneidade para o ensino de Arte. ⊲ QUEM NOS INSPIRA NO CAMINHO Cartografar seu próprio fazer pedagógico, como um professor-propositor, é elevar-se à condição de criador dos próprios percursos de aprendizagem junto aos alunos, de tecer a coautoria do seu pensar/fazer pedagógico com escolha de caminhos que possam abrigar e expressar também os desejos de seus alunos. (MARTINS; PICOSQUE; GUERRA, 2010, p. 195) No texto supracitado, as educadoras Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque e Maria Terezinha Telles Guerra (2010) apontam para a autonomia do educador que escolhe caminhos para criar soluções e proposições na sua ação educado- ra, diante de sua história e sua formação profissional, bem como o que o nutre enquanto bases teóricas, metodológicas e experiências estéticas no encontro com a arte. Também é importante que o professor planeje seus caminhos e suas proposições pedagógicas e investigue suas concepções “de arte e de ensino de Arte”. Há autores e proposições pedagógicas e artísticas com as quais nos identificamos e seguimos construindo nosso ca- minho. Sabemos que questionar é sempre um exercício importante tanto para fazer escolhas como para criar caminhos; assim, ao estar diante do desafio de sermos professores-propositores, podemos nos indagar: como aproximar teorias da minha prática docente? Que relações esses fundamentos e proposições pedagógicas têm com a minha história de educador e a realidade dos estudantes? Qual é a minha concepção “de arte e de ensino de Arte”? Qual é o meu “lugar de fala” e o dos estudantes com os quais caminho? É importante dizer que documentos como os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 1998) e, mais recen- temente, a BNCC (BRASIL, 2018) e a PNA (BRASIL, 2019c) são frutos de percursos históricos e escolhas de caminhos nas políticas educacionais que ocorrem a cada tempo e contexto. Seguimos olhando para a frente, observando os caminhos e percebendo-nos como criadores e propositores de percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos. Na busca por respostas, podemos olhar para nossas experiências e valorizá-las, assim como podemos estudar documentos, teorias, investigar as histórias e as trajetórias do componente curricular Arte e os autores que nos ajudam a compreender, nutrir e trilhar caminhos pedagógicos no ensino de Arte. Trazemos, a seguir, duas proposições e abordagens teóricas e meto- dológicas que nos inspiraram na criação desta coleção. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 21D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 21 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXII A ABORDAGEM TRIANGULAR DO ENSINO DE ARTE Na direção do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), no fim da década de 1980, a professora Ana Mae Barbosa desenvolveu, com base em suas pesquisas e suas ações educativas, a chamada Abordagem Triangular do Ensino de Arte (BARBOSA, 2009). Ainda hoje, essa proposta de ensino de Arte é a base da maioria dos programas de educação de Arte no Brasil, seja em escolas, seja em museus. A proposta consiste em uma proposição pedagógica que aborda três eixos para a construção de saberes artísticos. Esses eixos não apresentam uma ordem preestabelecida. É o educador, diante de seu projeto, que propõe os momentos de ler, fazer e contextualizar. Ao ler, em momentos de fruição para apreciar a Arte, o enfoque dá peso à leitura como construção de sentido de que os estudantes vivem e percebem o mundo em imagens, sons, gestos e movimentos desde seu nascimento. Na es- cola, a sistematização de propostas de leitura de imagens e outras produções em diferentes linguagens deve levar em consideração o repertório cultural dos estudantes, assim como ampliá-lo por meio de rodas de conversa em diálogos provocadores, criando ambientes de mediação e dinamização cultural. Em todos os volumes desta coleção, realizamos curadorias com imagens e textos que são oportunidades para apre- ciar a arte, ou seja, para “ler” imagens e outras produções artísticas. A leitura de obras artísticas é um momento para situações de aprendizagem de “nutrição estética”: alimento para o olhar, o ouvir, o sentir no corpo, e para outras per- cepções da arte como produto do sensível e do intelectual, da intuição e da racionalidade humana. São possibilidades de leituras de obras que se fundem às leituras de mundo dos estudantes (FREIRE, 2011) para estabelecer relações entre arte e vida, construções de interpretações de um mundo culturalmente vivido. O fazer artístico apresenta oportunidades para instituir “ambiências criadoras e educadoras” para a produção criati- va e poética nas linguagens artísticas. A obra de um artista alimenta e nutre o repertório cultural dos estudantes, porém o foco no fazer artístico deve estar sempre na poética e no contexto de criação deles. São bem-vindas as iniciativas experimentais, a pesquisa e a criação de projetos de arte em que os estudantes sejam protagonistas de suas produções. Também são favoráveis as pesquisas de materialidades, procedimentos, ferramentas (analógicas e digitais) e elementos de linguagem que constroem a arte. Nesta coleção, propomos o fazer artístico e a pesquisa em vários momentos, em especial nas seções Oficina de arte e Arte em projetos. Ao contextualizar a produção artística, o ensino de Arte deve ir além da apresentação de fatos históricos. Deve ampliar o âmbito informativo e levar os estudantes a perceberem a história da obra de arte como produção social que abarca dimensões dos conhecimentos histórico e cultural, além de proporcionar relações entre as produções artísticas, a leitura de mundo feita por eles e as conexões com seu repertório e suas experiências culturais. Nesta coleção, o modo como são desenvolvidos os temas, nas seções Diálogos e Arte-aventura, potencializa momentos de rodas de conver- sa e contextualizações. São oportunidades para fazer contextualizações que também permitem o pensar por meio da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, bem como compreender que conhecer a história de produções artísticas possibilita que o passado se conecte com o presente e liberte o pensamento para o futuro. A Abordagem Triangular pode ser potente para desenvolver nos estudantes competências e habilidades ligadas ao conhecer, ao fruir, ao pesquisar e ao analisar criticamente a obra de arte, bem como para a criação em sua poética pessoal. Ana Mae Barbosa ressalta em seus estudos e suas publicações que a arte está, antes de tudo, presente na vida dos estudantes, e ter contato com ela na escola pode desenvolver conceitos de cidadania e de identidade cultural. OS TERRITÓRIOS DE ARTE E CULTURA A proposição dos Territórios de Arte e Cultura engloba ideias disseminadas desde 2004 pelas educadoras Mirian Ce- leste Martins e Gisa Picosque e, assim como a Abordagem Triangular, tem influenciado várias propostas curriculares de Arte em redes públicas e privadas do Brasil. Os Territórios de Arte e Cultura são marcados pela ideia de currículo-mapa, em que o professor traça percursos, escolhe caminhos e é autor do próprio trabalho. Um professor-propositor, escava- dor de sentidos, que cria trajetos percorrendo campos conceituais como: processo de criação; linguagens artísti- cas; forma e conteúdo; mediação cultural; materialidade; patrimônio cultural; saberes estéticos e culturais; conexões transdisciplinares e interdisciplinares, entre outros. São campos conceituais que nos ajudam a pensar o ensino de Arte de modo ampliado einter-relacionado. As autoras defendem que os professores também podem criar outros campos conceituais ao “zarpar” para mais aventuras propositoras. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 22D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 22 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 D as ha P et re nk o/ Sh ut te rs to ck .c om XXIII A proposição de pensar o ensino de Arte por campos conceituais amplia visões e percepções sobre como conhecer a arte por diversas vias. É possível que um campo conceitual se entrelace com outro, porém olhar mais de perto um conhecimento ajuda a objetivar os percursos didáticos e pode facilitar o processo de ensino e aprendizagem em Arte. Os campos conceituais presentes nos Territórios de Arte e Cultura podem nos ajudar a pensar proposições pedagógicas para investigar os objetos de conhecimento que são expressos na Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018, p. 200-203), com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), em várias linguagens (unidades temáticas), como as seguintes. • Artes visuais: contextos e práticas; elementos da linguagem; matrizes estéticas e culturais; materialidades; processos de criação; sistemas da linguagem. • Dança: contextos e práticas; elementos da linguagem; processos de criação. • Música: contextos e práticas; elementos da linguagem; materialidades; notação e registro musical; processos de criação. • Teatro: contextos e práticas; elementos da linguagem; processos de criação. • Artes integradas: processos de criação; matrizes estéticas e culturais; patrimônio cultural; arte e tecnologia. 1.5. FAÇA SEU PRÓPRIO CAMINHO! Nesta coleção, abordamos as dimensões e os objetos de conhecimento, as competências e as habilidades pre- sentes na BNCC (BRASIL, 2018) a serem desenvolvidas na fruição, na produção e na contextualização das várias linguagens de arte Arte: artes visuais, dança, teatro, música e artes integradas, desejosos de contribuir com o tra- balho de professores-propositores, mediadores, dinamizadores e curadores culturais que também se comprometem com os processos de alfabetização e seguem se nutrindo de contribuições teóricas e metodológicas historicamente desenvolvidas por autores que são importantes referenciais para as formulações curriculares e as práticas educativas no ensino de Arte no Brasil. Diante das produções de conhecimento que nos inspiram na caminhada ao desenvolver proposições pedagógicas, convidamos você, professor, a ser inventor de ideias e ações, uma vez que a Educação e a Arte estão sempre em transformação. Temos por foco que Arte é “área de conhecimento”, pensamento defen- dido por muitos educadores brasileiros e legitimado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/96). O convite é para que você seja autor de seus trabalhos e que os estudantes também tenham autonomia para trabalhar de forma criativa e poética, aprendendo a interpretar os conhecimentos em Arte e conectá-los com diferentes saberes e contextos. A proposta desta coleção não é apenas ajudar na execução das aulas, mas também inspirar você e os estudantes a inventar percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos no ensinar e aprender Arte. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 23D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 23 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXIV 1.6. AVALIAÇÃO, REGISTROS E SONHOS PEDAGÓGICOS É sabido que o professor avalia os estudantes o tempo todo. A cada atividade, a cada proposta de produção, a cada participação. A finalidade dessa avaliação é que o professor possa contribuir com o desenvolvimento deles em vários aspectos acadêmicos e sociais. Quando se trata especificamente de atividades, situações de aprendizagem com foco na avaliação, espera-se que o professor realize um acompanhamento bastante próximo do desenvolvimento das compe- tências e habilidades, que são os objetivos das atividades escolares. Para um acompanhamento permanente, é importante instituir instrumentos práticos de avaliação dos estudantes, bem como um registro permanente dos resultados obtidos. Por exemplo, ao realizar produções artísticas, observar como eles escolhem e utilizam materialidades e procedimentos; como identificam elementos constitutivos de lingua- gem e fazem arranjos, composições de linhas, formas, cores, sons, gestos e movimentos, entre outros; como explicam e se expressam oralmente ou por meio de produções de textos sobre seus processos de criação e poéticas pessoais ou em grupo. Os critérios para a avaliação podem ser “compreendeu e soube narrar, se expressar, sobre o processo criador e poético vivido”. É importante ressaltar que, no componente curricular Arte, a avaliação não deve focar apenas o fazer artístico, já que o trabalho e também os critérios de avaliação devem estar alinhados com os vários eixos de aprendizagem, como a produção, a fruição e a contextualização, mas também deve acompanhar como os estudantes percebem-se como seres de cultura e potência poética. Assim, podemos pensar em critérios, por exemplo, como eles “identificam elementos constitutivos e materialidades em obras de artistas, suas produções e as dos colegas”, como “percebem a arte em seu meio sociocultural e valorizam acervos locais que podem também dialogar com produções globais”. Criar pautas para avaliação com listas de critérios pode ajudar a compor uma planilha que acompanhe o diário de classe ou mesmo um portfólio de cada estudante (ou da turma) e que será “alimentado” a cada nova proposta, situação de aprendizagem e atividade com finalidade de avaliação formativa. Esse planilhamento permite organizar, visualizar e analisar dados da turma com mais rapidez, e esses dados podem também contribuir para decisões visando à contínua aprendizagem dos estudantes. É importante salientar que esses critérios podem ser estabelecidos com os demais docentes e a gestão escolar, para que os estudantes percorram todo o processo de ensino e aprendizagem e não sejam avaliados apenas pela realização de uma tarefa, mas pelo percurso percorrido em um semestre, em um ano ou em todos os anos iniciais do Ensino Fun- damental. Avaliar é uma tarefa coletiva e alinhada com a comunidade escolar. Por essa razão, tomar os objetivos e as competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e da Política Nacional de Alfabetização (PNA) como ponto de partida para definição de critérios formativos pode ser ainda mais produtivo. Por fim, é possível que, no Plano Político-Pedagógico da rede ou da unidade escolar, haja a sugestão das métricas ou das balizas para a avaliação formativa dos estudantes. É importante estar alinhado a isso para que a avaliação de cada critério também converse com a avaliação geral estabelecida previamente, permitindo melhor acompanhamento do professor, da gestão escolar e da comunidade. Além disso, o professor, como educador, assumiu nova postura diante da sala de aula e do conhecimento. A apro- priação e a produção do conhecimento são de responsabilidade do professor e dos estudantes. Diante dessas mudan- ças, a avaliação também assume uma função diferenciada e tem como foco a formação. Observar, anotar e registrar são ações que devem ser realizadas para compor a gama de materiais a ser analisada durante cada percurso de aprendi- zagem e ao seu final. O foco é a avaliação formativa, em que o professor e os estudantes estabelecem diálogos sobre as conquistas de saberes ao longo do trajeto: o que deu certo, que situações de conflito ocorreram. Para que os objetivos em um processo de avaliação formativa aconteçam, é fundamental explorar tempos, ambiências educativas, modos e instrumentos de avaliação. A avaliação diagnóstica, a de processo e a de final de percurso podem se constituir também em situações de aprendizagem significativas, superando ideias negativas sobre a avaliação por parte dos estudantes. Desse modo, conversar com a turmasobre as ansiedades e as dificuldades que surgirem no decorrer do percurso é importante para compreender os pensamentos criativos, o que estão aprendendo e desenvolvendo na arte e em seus processos de alfabetização. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 24D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 24 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXV É importante compartilhar responsabilidades com os estudantes e os familiares, uma vez que a avaliação não é apenas responsabilidade do professor. Um bom percurso de aprendizagem não deve se esgotar em seu término. Ao contrário, deve deixar aquele “gosto de quero mais”. Assim, é imprescindível criar situações e rodas de conversa com os estudantes para debater conquistas de aprendizagem, o que gostariam de conhecer mais ou onde poderiam pesquisar para continuar a aventura de conhecer o universo da arte. Para a ação criadora, sugerimos uma diversidade de propostas e experimentações. Diante delas, nosso desejo é que os estudantes tenham acesso a diferentes situações de aprendizado que estimulam a autonomia, a compreensão e a produção significativa nas aulas de Arte, sendo também capazes de se autoavaliar em situações mais simples, para que, com o tempo, alcancem reflexões mais complexas. As propostas sugeridas podem gerar experiências poéticas significativas, tendo como ponto de partida a problemati- zação e a conexão entre conceitos, promovendo a solução de problemas e o estímulo à criatividade. A ideia é permitir que os estudantes se aventurem na descoberta de processos criativos com a experimentação de materialidades e de lin- guagens. São iniciativas de projetos que possibilitam trabalhar os aspectos experimental e experiencial nas linguagens artísticas. O foco da avaliação deve ser tanto o processo de aprendizagem como o produto e estes podem ser discutidos com cada estudante em momentos de diálogo, estimulando a autoavaliação, como já mencionado. Ao olhar para a experiência, é importante retomar conceitos e debates mobilizados pelos conteúdos temáticos das unidades e dos tópicos abordados. É o momento oportuno para que os estudantes falem a respeito do que aprende- ram, do que acharam do processo, das dificuldades que encontraram e das possibilidades futuras. Debater com a turma as angústias e as dificuldades que surgirem no decorrer do percurso é importante para a compreensão dos pensamen- tos criativos e estéticos. A proposta é realizar uma avaliação reflexiva tanto do trabalho individual quanto do coletivo e trabalhá-la de modo construtivo. Ao longo desta coleção, damos dicas sobre como criar portfólios e diários de bordo para o professor e os estudantes e também sobre como compor fichas de avaliação. Você pode desenvolver uma ficha (pauta de avaliação) para acom- panhar as questões a seguir e outras que considerar importantes. • O que os estudantes aprenderam ao estudar esta unidade? • O que sabem sobre arte e processo criador coletivo? • Compreendem a cultura imaterial e material e a importância do acervo brasileiro? • Conhecem a formação do povo brasileiro e a importância das culturas afrodescendentes e indígenas nesse processo? • Expressam-se por meio de movimentos dançados e brincadeiras cantadas? • Expressam-se por meio de pinturas, desenhos, esculturas e modelagens? • Conhecem e analisam várias danças e músicas como patrimônio cultural imaterial? • Quais danças gostaram mais de conhecer? • Constroem argumentos sobre a arte brasileira e se expressam pela oralidade, pela escrita e por desenhos? • Têm autonomia na escolha, na pesquisa e no uso de materialidades? • Aprendem arte e a criar de modo colaborativo e com poéticas pessoais? • Como constroem registros sobre suas produções? É importante avaliar como os estudantes se comportam durante os momentos de ações criadoras previstas nesta coleção. Esses pon- tos devem ser levados em consideração e você pode comple- mentar a lista com outros que julgar convenientes. Com o intuito de contribuir com a prática avaliativa, que deve ser constante, há, neste Manual do Profes- sor, sugestões de fichas de avaliação que podem ser adaptadas por você, professor (veja a seção Monitoramento da aprendizagem). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 25D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 25 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 2 EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 5o ANO XXVI A fim de facilitar a utilização do conteúdo desta obra, foram organizados Semanários que sugerem uma distribuição dos conteúdos deste volume ao longo das semanas do ano letivo. Semanas Unidades Conteúdos 1a 1 Acolhida conforme a programação da escola 2a 1 Páginas 6 e 7: Você já viu?* 3a 1 Páginas 8 a 13: Imagens em movimento | Cinema: fábrica de sonhos* | Imaginação e criação* 4a 1 Páginas 14 a 16: Ficção científica no cinema* | Diálogos – Tecnologia: Aventuras na arte e na ciência* 5a 1 Página 17: Oficina de arte: Literatura e cinema* 6a 1 Página 18: Arte-aventura: Fábrica de sonhos* 7a 1 Páginas 19 a 21: Arte em projetos: Um ser fantástico para brincar* 8a 1 Páginas 22 a 24: Aventuras no mundo da imaginação* | Temas, personagens e emoções no cinema* 9a 1 Páginas 25 e 26: Diálogos – Ciências da Natureza: Por que vemos imagens em movimento?* | Oficina de arte: Desenhos em movimento* 10a 1 Página 27: Arte-aventura: Personagens e histórias* 11a 1 Páginas 28 e 29: Arte em projetos: Histórias animadas* 1a 1 Páginas 30 a 35: Cinema: arte de muitas linguagens* | A turma do cinema | Onde? Quem? O quê?* 2a 1 Páginas 36 a 38: Diálogos – Língua Portuguesa: Texto, luz, câmera, ação!* 3a 1 Página 39: Oficina de arte: Jogar e improvisar* 4a 1 Páginas 40 e 41: Arte-aventura: Meu filme de curta-metragem* 5a 1 Páginas 42 e 43: Arte em projetos: Cineclube da turma* 6a 1 Páginas 44 a 47: Som, movimento, ação!* | Diálogos – Ciências da Natureza: Cinema, música e dança* 7a 1 Páginas 48 a 50: Oficina de arte: Sapato para sapateado!* | Arte-aventura: Jogo das trilhas sonoras* 8a 1 Páginas 51 e 52: Arte em projetos: Efeitos especiais* 9a 1 Páginas 53: Vamos recordar?* 1o b im es tr e 2o b im es tr e * Momento sugerido para avaliação. Seguir as orientações indicadas na seção Registros e acompanhamentos ao longo deste manual. D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 26D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 26 13/08/21 15:4613/08/21 15:46 XXVII * Momento sugerido para avaliação. Seguir as orientações indicadas na seção Registros e acompanhamentos ao longo deste manual. Semanas Unidades Conteúdos 1a 2 Páginas 54 a 57: Arte agora | Arte contemporânea 2a 2 Páginas 58 a 61: Tempo de poetizar e de brincar!* | Arte contemporânea? O que é isso? 3a 2 Páginas 62 e 63: Diálogos – Tecnologia: Arte e robôs* | Oficina de arte: Criar pinturas com brinquedos eletrônicos* 4a 2 Páginas 64 e 65: Arte-aventura: Pipas e luzes* 5a 2 Páginas 66 e 67: Arte em projetos: Arte e luz* 6a 2 Páginas 68 e 69: Arte e tecnologia* 7a 2 Páginas 70 e 71: Diálogos – História: Como é possível desenhar com luz?* 8a 2 Páginas 72 e 73: Oficina de arte: Vamos criar light paintings?* 9a 2 Páginas 74 e 75: Arte-aventura: Vídeo e arte: videoarte* 10a 2 Páginas 76 a 79: Arte em projetos: A dança e o registro do movimento* 1a 2 Páginas 80 a 83: Histórias e tecnologias na música* | Experimentações sonoras 2a 2 Páginas 84 a 87: Linguagem da música* | Diálogos – História: Os sons e a criação da música 3a 2 Páginas 88 a 91: Oficina de arte: Som, gesto e música* | Arte-aventura: Mundo sonoro e musical* 4a 2 Páginas 92 e 93: Arte em projetos: Jogos musicais* 5a 2 Páginas 94 a 97: Atitude musical* | Experimentações na música: materialidades e tecnologias* 6a 2 Páginas 98 a 101: Diálogos – História e Ciências da Natureza: Música futurista* | Oficina de arte: Vamos experimentar multissons?* 7a 2 Páginas 102 a 105: Arte-aventura: Sons contemporâneos* 8a 2 Páginas 106 e 107: Arte em projetos: Construindo sonoridades: microfone de contato (captador sonoro) 9a 2Páginas 108 e 109: Vamos recordar?* 10a 2 Páginas 110 e 111: O que aprendi neste ano* 3o b im es tr e 4o b im es tr e D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 27D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 27 13/08/21 15:4613/08/21 15:46 XXVIII MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM3 As fichas a seguir são sugestões que podem ser adaptadas pelo professor com base na realidade de cada turma. Su- gerimos que sejam replicadas para cada um dos estudantes e utilizadas para o monitoramento da aprendizagem deles no que diz respeito às avaliações sugeridas no Livro do Estudante e neste manual. C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo C PC NO Observações Participar de momentos de fruição e leitura de imagem tendo como proposição a cena da animação O Menino e o Mundo, dirigida por Alê Abreu, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Perceber e dialogar sobre os processos de criação dentro da linguagem cinematográfica, em especial os filmes de animação, relatando seus conhecimentos e concluindo que o cinema é uma linguagem integrada composta de elementos visuais, sonoros e corporais. Identificar elementos constitutivos da linguagem audiovisual (efeitos especiais, trilha sonora, roteiro e narrativa, cores, luz, entre outros). Refletir e expressar-se sobre como percebem a tecnologia como meio para se expressar artisticamente em diversas linguagens. Expressar-se acerca de suas experiências com o cinema (filmes e gêneros com os quais já tiveram contato), vivenciadas na escola e com a família. Expressar conhecimentos prévios sobre processos de criação nas artes visuais, dança, música, teatro e integrações entre várias linguagens. Refletir sobre as possibilidades de criação na relação entre arte e tecnologia e na relação entre linguagens artísticas na contemporaneidade. VOCÊ JÁ VIU? (AVALIAÇÃO INICIAL) D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 28D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 28 13/08/21 15:4613/08/21 15:46 XXIX VAMOS RECORDAR? (AVALIAÇÃO DE PROCESSO DA UNIDADE 1) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo pedagógico C PC NO Observações Participar de momentos de fruição com leitura de textos poéticos de diversas linguagens, com foco no cinema, na música e na dança, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em suas produções elementos da linguagem cinematográfica (roteiro e narrativa, luz, planos e enquadramentos, efeitos especiais, trilha sonora, entre outros), reconhecendo seu caráter integrado composto de elementos visuais e sonoros, como a encenação, a música e a dança. Criar com autonomia, criatividade e poética utilizando a linguagem cinematográfica, percebendo ainda processos de criação integrados a outras linguagens, como o teatro, a música e a dança. Identificar, explorar e escolher diferentes materialidades na criação de cenários, figurinos e personagens, incluindo o uso de tecnologias (celulares e câmeras filmadoras) na captação de imagens. Refletir e conversar a respeito das manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como o cinema, a música, a dança, o teatro, entre outras, mobilizando recursos, incluindo tecnologias, para fazer registros e divulgar suas produções. Realizar pesquisas investigando elementos de linguagem, materialidades, processos de criação em grupo, percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana. Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertórios e apreciando patrimônios culturais nacionais e internacionais, percebendo e valorizando as influências culturais indígenas, africanas e europeias e sua importância na formação da arte e da cultura brasileiras. D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 29D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 29 13/08/21 15:4713/08/21 15:47 XXX VAMOS RECORDAR? (AVALIAÇÃO DE PROCESSO DA UNIDADE 2) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo pedagógico C PC NO Observações Participar de momentos de fruição e leitura de textos poéticos e imagens, com foco em linguagens artísticas contemporâneas, como a intervenção urbana, a videoarte, a arte multimídia, a instalação, entre outras experimentações tecnológicas, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões com respeito ao ritmo do diálogo e ao espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem das artes visuais (linhas, formas e cores); da dança e da performance, como o uso do espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido); e da música (parâmetros sonoros, harmonia, melodia, ritmo). Criar com autonomia, criatividade e poética em diferentes linguagens, participando de ações criadoras em pintura, performance, videodança, fotografia (ligtht painting) e música. Identificar, explorar e escolher diferentes materialidades para se expressar em diversas linguagens contemporâneas, percebendo também o corpo e a tecnologia (luzes de LED e brinquedos eletrônicos) como materialidade expressiva. Comunicar-se oralmente sobre manifestações artísticas contemporâneas e tecnológicas, brincadeiras, jogos e linguagens artísticas que mais gostam de expressar. Realizar pesquisas sobre elementos de linguagem, materialidades, processos de criação, percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana. Expressar oralmente suas experiências com linguagens artísticas e poéticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertórios e apreciando patrimônios culturais nacionais e internacionais, para perceber e valorizar as influências culturais das matrizes indígena, africana, europeia, bem como sua importância na formação da arte e da cultura brasileira. D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 30D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 30 13/08/21 15:4713/08/21 15:47 XXXI O QUE APRENDI NESTE ANO (AVALIAÇÃO FINAL) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo C PC NO Observações Reconhecer o cinema como linguagem artística integrada, que une artes visuais, dança, teatro, música e literatura, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Conversar e perceber que os processos de criação, de poéticas e de expressões acontecem em muitas linguagens e em diversos contextos culturais, inclusive nas artes integradas e com o uso de tecnologia. Na fruição e leitura de imagens identificar elementos constitutivos das diversas linguagens e como essas se integram em produções cinematográficas. Refletir e expressar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas como as artes visuais, o teatro, a música e as possibilidades de integrações entre elas. Expressar-se sobre como percebe a integração de linguagens na produção e nas expressões cinematográficas. Identificar e expressar-se a respeito de como percebe as paisagens sonoras a partir da identificação de fontes sonoras (naturais ou artificiais) e de características dos sons (agudo ou grave). Expressar-se sobre experiências com diferentes linguagens artísticas, vivenciadas na escolae com a família. D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 31D2_ART-F1-V5-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 31 13/08/21 15:4713/08/21 15:47 XXXII TEXTOS COMPLEMENTARES Com o intuito de ampliar os debates sobre alguns temas importantes nos campos da Arte, da Cultura e da Educação, trazemos trechos de textos de legislações e de especialistas que são referências na áreas em que atuam. ⊲ MATRIZES CULTURAIS Como forma de garantir uma educação democrática, justa e igual para todos, assim como garantir o acesso à escola e a permanência nela, a Lei no 10.639/03 e a Lei no 11.645/08 – que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei no 9.394/96) – tornaram obrigatório o ensino da história e das culturas afro-brasileiras e indígenas nas escolas brasileiras. Promulgadas após intensa demanda da sociedade, as leis têm o propósito de formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e étnica da sociedade brasileira. Assim, após essas alterações, a LDB ficou com a seguinte redação: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. [...] Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. (BRASIL, 1996) ⊲ LUGAR DE FALA O lugar de fala é um conceito que vem sendo construído com a contribuição de várias pessoas. Trata-se de uma ex- pressão que pode possuir vários significados e deve ser estudada a partir de questões complexas. Autoras como Djamila Ribeiro vêm contribuindo com essa reflexão: [...] O falar não se restringe ao ato de emitir palavras, mas de poder existir. Pensamos lugar de fala como refutar a historiografia tradicional e a hierarquização de saberes consequente da hierarquia social. Quando falamos de direito à existência digna, à voz, estamos falando de locus social, de como esse lugar imposto dificulta a possibilidade de transcendência. [...] [...] entendemos que todas as pessoas possuem lugares de fala, pois estamos falando de locali- zação social. E, a partir disso, é possível debater e refletir criticamente sobre os mais variados temas presentes na sociedade. (RIBEIRO, 2017, p. 36 e 47) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 32D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 32 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIII ⊲ IGUALDADE E EQUIDADE NA EDUCAÇÃO Na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018, p. 15-16), afirma-se que, embora se reconheça a legitimidade ao respeito à diversidade cultural de cada localidade do Brasil, na construção dos currículos é preciso haver um esforço comum de todos os educadores brasileiros e da sociedade em sua totalidade para garantir nos currículos escolares de todo o país o compromisso de reverter a situação de exclusão histórica e buscar a construção de uma escola democrá- tica e aberta à pluralidade e à diversidade, esforçando-se para seguir em uma cultura da paz. Ao tratar da igualdade e da equidade, o documento expressa: Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as aprendizagens es- senciais que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educa- cional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se concretiza. O Brasil, ao longo de sua história, naturalizou desigualdades educacionais em relação ao aces- so à escola, à permanência dos estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as enormes desigualdades entre os grupos de estudantes definidos por raça, sexo e condição socioeconômica de suas famílias. Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-pedagógicas das Secretarias de Edu- cação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade de superação dessas desigual- dades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudan- tes são diferentes. De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro compro- misso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos – como os povos in- dígenas originários e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria. Igualmente, requer o compromisso com os alunos com deficiência, reconhecen- do a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146/2015). (BRA- SIL, 2018, p. 15-16) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 33D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 33 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIV ⊲ DIMENSÕES DO CONHECIMENTO A BNCC faz referência a seis dimensões do conhecimento que devem ser articuladas no ensino de Arte. É importante lembrar que essas dimensões do conhecimento não têm ordem de importância; todas contribuem para uma formação global dos estudantes e devem ser vivenciadas em diversas situações de aprendizagem. São, portanto, um ponto bas- tante relevante a ser estudado e analisado pelos professores que atuam no ensino de Arte. • Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, negociações e inquietações. • Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a novas com- preensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais. • Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais. Essa dimensão arti- cula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência. • Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de cada lingua- gem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades.• Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa dimensão implica disponibi- lidade dos sujeitos para a relação continuada com produções artísticas e culturais oriun- das das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais. • Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor. (BRASIL, 2018, p. 194-195) ⊲ A ARTE PROPOSITORA Lygia Clark é sempre lembrada em estudos a respeito da ação propositora. Além dela, mais artistas contemporâneos fizeram esse convite, como Lygia Pape, Hélio Oiticica, Augusto Boal. Artistas que nos apresentaram a ideia de “artista- -propositor”, com a preocupação de nos convidar para percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos. A ideia de artista-propositor inspira educadores para a ideia de professor-propositor. Somos os propositores; somos o molde; a vocês cabe o sopro, no interior desse molde: o sentido da nossa existência. Somos os propositores: nossa proposição é o diálogo. Sós, não existimos; estamos a vosso dispor. Somos os propositores: enterramos a obra de arte como tal e solicitamos a vocês para que o pensamento viva pela ação. Somos os propositores: não lhes propomos nem o passado nem o futuro, mas o agora. (CLARK apud DUNN, 2008, p. 143) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 34D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 34 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXV ⊲ NUTRIÇÕES ESTÉTICAS E CURADORIAS EDUCATIVAS Nesta coleção, trazemos propostas de fruição e leituras de obras artísticas partindo da situação de aprendizagem de nutrição estética e convidamos o professor a ser também um curador educativo. Veja o que expressa Mirian Celeste Martins sobre essas propostas. [...] nutrições estéticas têm gerado múltiplas interpretações e deflagrado discussões que amplia- ram e expandiram para outras direções: quais reproduções de obras nós levamos para nossos alunos? Que músicas escolhemos para que ouçam ou cantem? Que espetáculos de dança ou teatro lhes apresentamos? O que escolhemos para mostrar e com quais critérios? Selecionamos apenas o que gostamos ou obras que nos provocam, que nos causam estranhamento, sobre as quais “sabemos falar” e queremos problematizar para ir além das primeiras impressões? Como propomos os encontros entre educadores/imagens/aprendizes? De onde vêm as imagens que utilizamos? Originais ou reproduções? Essas questões geraram o conceito de curadoria educativa, considerado não uma função ligada aos museus e espaços culturais, mas uma atitude, um modo de operar consciente na escolha criteriosa do que levamos para a sala de aula e das exposições visitadas com nossos alunos. O termo foi cunhado por Luiz Guilherme Vergara, professor dedicado às ações educativas em instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de Niterói, o Centro de Arte Hélio Oiticica/ RJ, o Museu de Arte Moderna/RJ. Para Vergara, a curadoria educativa tem como objetivo: “explo- rar a potência da arte como veículo de ação cultural [...] constituindo-se como uma proposta de dinamização de experiências estéticas junto ao objeto artístico exposto perante um público diversificado”. Para ele, a ideia de experiência estética está intimamente ligada à construção da “consciência do olhar”, como uma “experiência da consciência ativa”. (MARTINS, 2011, p. 313) ⊲ A MEDIAÇÃO CULTURAL Para ressaltar a importância do professor-propositor na mediação e na dinamização cultural, sugerimos a leitura do que escreveram Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque acerca desse tema. No contato com a arte, seja através da leitura de obras, seja através do fazer, como professo- res-pesquisadores nos movemos no território da mediação. Processo delicado que pede uma atenção especial revelada por uma atitude frente à arte e ao outro, seja criança, jovem ou adulto conhecedor ou não do universo artístico. Novas perguntas surgem quando pisamos na seara da mediação. Acreditamos que o outro à nossa frente tem um saber? Confiamos em seu potencial sensível? Compreendemos seus con- ceitos e pré-conceitos desvelados por sua fala, sua gestualidade? Cremos na multiplicidade de leituras da obra de arte? Sobre isso, Pareyson ensina que “a interpretação é sempre, ao mesmo tempo, revelação da obra e expressão de seu intérprete”. E, Panofsky, diz que “a experiência recriativa de uma obra de arte depende não apenas da sensibilidade natural e do preparo visual do espectador, mas também de sua bagagem cultural”. Não há espectador totalmente ingênuo. Portanto, há marcas culturais tatuadas nas pupilas dos olhos dos alunos que não devem ser desprezadas, mas sim incorpo- radas e ampliadas durante a leitura para que novas interpretações e construção de sentido possam ser desveladas. Nesse sentido, o professor-pesquisador enquanto mediador é aquele capaz de alterar as frontei- ras entre o que é conhecido e o que ainda é desconhecido, fazendo com que as informações tran- sitem acopladas aos valores de seu grupo de alunos. (QUARTA BIENAL DO MERCOSUL, 2003, p. 9) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 35D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 35 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVI ⊲ EXPERIÊNCIAS COM A ARTE Sobre o poder da experiência estética, leia o que pensam os autores Larrosa Bondía e Dewey. Sobre a experiência, Larrosa Bondía escreveu: [...] Começarei com a palavra experiência. Poderíamos dizer, de início, que a experiência é, em espanhol, “o que nos passa”. Em português se diria que a experiência é “o que nos acontece”; em francês a experiência seria “ce que nous arrive”; em italiano, “quello che nos succede” ou “quello che nos accade”; em inglês, “that what is happening to us”; em alemão, “was mir passiert”. A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. Dir-se-ia que tudo o que se passa está organizado para que nada nos aconteça. Walter Benjamin, em um texto célebre, já observava a pobreza de experiências que caracteriza o nosso mundo. Nunca se passaram tantas coisas, mas a experiência é cada vez mais rara. Em primeiro lugar pelo excesso de informação. A informação não é experiência. E mais, a infor- mação não deixa lugar para a experiência, ela é quase o contrário da experiência, quase uma antiexperiência. Por isso a ênfase contemporânea na informação, em estar informados, e toda a retórica destinada a constituir-nos como sujeitos informantes e informados; a informação não faz outra coisa que cancelar nossas possibilidades de experiência. O sujeito da informação sabe muitas coisas, passa seu tempo buscando informação, o que mais o preocupa é não ter bastante informação; cada vez sabe mais, cada vez está melhor informado, porém, com essa obsessão pela informação e pelo saber (mas saber não no sentido de “sabedoria”, mas no sentido de “estar informado”), o que consegue é que nada lhe aconteça. [...] (BONDÍA, 2002, p. 21-22) Sobre a experiência estética por Dewey: Vivenciar a experiência, como respirar, é um ritmo de absorções e expulsões. Sua sucessão é pontuada e transformada em um ritmo pela existência de intervalos, períodos em que uma fase é cessada e uma outra é inicial e preparatória. William James fez uma comparação oportuna entre o curso de uma experiência consciente e os voos e pousos alternados de um pássaro. Os voos e pousos ligam-se intimamente uns aos outros; não são um punhado de alçamentos não relacionados, seguidos por alguns saltinhos igualmente não relacionados. Cada lugar de repou- so, na experiência, é um vivenciar em que são absorvidas e incorporadasas consequências de atos anteriores, e, a menos que esses atos sejam de extremo capricho ou pura rotina, cada um traz em si um significado que foi extraído e conservado. Tal como no avanço de um exército, todos os ganhos do que já foi efetuado são periodicamente consolidados, sempre com vistas ao que será feito a seguir. Se nos movemos depressa demais, afastamo-nos da base de suprimen- tos – da acumulação de significados –, e a experiência torna-se agitada, superficial e confusa. Se demoramos demais, depois de haver extraído um valor líquido, a experiência morre de inanição. A forma do todo, portanto, está presente em todos os membros. Realizar e consumar são fun- ções contínuas, e não meros fins localizados em apenas um lugar. O gravador, o pintor ou o escri- tor encontram-se no processo de completar algo a cada etapa de seu trabalho. A cada momento, têm de preservar e resumir o que se deu antes como um todo e com referência a um todo que virá. Caso contrário, não há coerência nem segurança em seus atos sucessivos. A sucessão de feituras no ritmo da experiência confere variedade e movimento; protege o trabalho da mono- tonia e das repetições inúteis. As vivências experimentadas são os elementos correspondentes no ritmo e proporcionam unidade; protegem o trabalho da falta de propósito de uma mera sucessão de excitações. Um objeto é peculiar e predominantemente estético, gerando o prazer característico da percepção estética, quando os fatores determinantes de qualquer coisa que se possa chamar de experiência singular se elevam muito acima do limiar da percepção e se tor- nam manifestos por eles mesmos. (DEWEY, 2010, p. 139-141) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 36D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 36 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVII ⊲ ABORDAGENS METODOLÓGICAS NO ENSINO DE ARTE Leia o trecho de uma entrevista em que Ana Mae Barbosa fala a respeito da Abordagem Triangular do Ensino de Arte: T.G.S.: Como a senhora percebe a Abordagem Triangular em vista dos conceitos e percepções presentes no termo professor/artista? A.M.B.: Eu vejo a Abordagem Triangular como uma bússola. Essa imagem, na verdade, não é minha, é de Regina Machado. Por onde começar? Problema da relação professor-aluno, é o pro- fessor em relação com o aluno. O professor em uma turma pode começar pelo fazer, em outra turma pela leitura, em outra pela contextualização. A Abordagem Triangular é isso, ela não sai dando receita. E o artista, o que faz? Eu parti um pouco dessa pergunta e do que estava no ar no pós-moder- nismo. E o que estava no ar era a importância da imagem. Portanto, negar a imagem na sala de aula era um absurdo total, como se fazia. O aluno poderia desenhar, pintar, fazer uma insta- lação, fotografar, ver as fotografias de seus colegas, mas não poderia ver as fotografias de um Sebastião Salgado, de um Cartier Bresson. Por quê? Porque havia o medo, o terror da cópia, mas, podemos argumentar com alguns teóricos que não há uma cópia absoluta, não é possível uma cópia idêntica. Portanto, mesmo que você queira copiar, até mesmo sendo um falsário, dá para descobrir que é falsa. O livro Abordagem Triangular no ensino das Artes Visuais, que eu fiz com a Fernanda, foi um livro meio movido a desespero. Eu estava muito desesperada com a tradução que fizeram da Abordagem Triangular, de releitura. Eu não falava no texto do livro A Imagem no Ensino da Arte nenhuma vez em releitura. Caí na bobagem de colocar na legenda “releitura de Maria Martins...”. Como não liam o livro e liam só as legendas, começaram a fazer releitura, cópia mesmo. Eu estou me sentindo um monstro, porque estou fazendo a Arte Educação voltar atrás cinquenta anos, realmente me desesperou. Mas em um congresso em Medellín, na Colômbia, eu vi um professor espanhol dizer isso: “Se a Abordagem Triangular não tivesse sido lançada por uma professora latino-americana, ela já estaria ganhando o mundo”. Falei com Fernanda, vamos procurar! Então, muito animada, comecei a pedir artigos. O livro só tem um artigo que foi escrito especialmente para ele. O resto é tudo artigo que já existia, já estavam escritos. [...] [...] acho a contextualização, eu acho que na Abordagem Triangular é uma coisa absolutamente imprescindível. Para viver no mundo, para estar no mundo, você tem que se contextualizar e contextualizar aquilo que você vive, aquilo que você conhece, enfim. Então, a gente vive depen- dendo dos contextos para tomar posição, e educação é contexto. [...] a contextualização absolutamente básica para qualquer tipo de aprendizagem, especial- mente a da imagem, que você não traduz facilmente por palavras, nem a função do Ensino da Arte é fazer traduzir em palavras as imagens. Mas é importante também que você construa verbalmente um equivalente de interpretação pela imagem. (SILVA, 2016, p. 153-156) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 37D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 37 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVIII ⊲ A LEITURA DE IMAGEM Há várias tendências sobre abordagens metodológicas pensadas para o momento de fruição e leitura de imagens. Entre eles, destacamos Robert William Ott, que estruturou um sistema de leitura de imagens que ficou conhecido como Image Watching (olhando, observando, trabalhando a imagem). Maria Emilia Sardelich sistematiza os seis momentos do processo proposto por Ott: [...] Sua metodologia foi configurando-se em função dos desafios que enfrentava como profes- sor responsável pela prática de ensino e de estágio supervisionado, no departamento de arte e educação de sua universidade, diante de uma plateia heterogênea quanto ao conhecimento e às vivências artísticas e museológicas. Inspirado em John Dewey e Edmund Feldman, Ott utilizou o gerúndio (watching) para nomear seu sistema de apreciação, para deixar claro que se tratava de um processo, articulado em seis momentos: • aquecendo (ou sensibilizando): o educador prepara o potencial de percepção e de fruição do educando; • descrevendo: o educador questiona sobre o que o educando vê, percebe; • analisando: o educador apresenta aspectos conceituais da análise formal; • interpretando: o educando expressa suas sensações, emoções e ideias, oferece suas respostas pessoais à obra de arte; • fundamentando: o educador oferece elementos da História da Arte, amplia o conhecimento, e não o convencimento do educando a respeito do valor da obra; • revelando: o educando revela através do fazer artístico o processo vivenciado. (SARDELICH, 2006, p. 455) ⊲ O MOVIMENTO NA DANÇA Leia a seguir uma contribuição de Rudolf Laban sobre as possibilidades do movimento. O movimento, portanto, revela evidentemente muitas coisas diferentes. É o resultado ou da bus- ca de um objeto dotado de valor, ou de uma condição mental. Suas formas e ritmos mostram a atitude da pessoa que se move numa determinada situação. Pode tanto caracterizar um estado de espírito e uma reação, como atributos mais constantes da personalidade. O movimento pode ser influenciado pelo meio ambiente do ser que se move. É assim que, por exemplo, o meio no qual ocorre uma ação dará um colorido particular aos movimentos [...]. (LABAN, 1978, p. 20-21) ⊲ OS JOGOS TEATRAIS Sobre os jogos teatrais, Viola Spolin expressa que: [...] A oficina de teatro pode tornar-se um lugar onde professor e alunos encontram-se como parceiros de jogo, envolvidos um com o outro, prontos a entrar em contato, comunicar, experi- mentar, responder e descobrir. Os jogos teatrais podem trazer frescor e vitalidade para a sala de aula. As oficinas de jogos tea- trais não são designadas como passatempos do currículo, mas sim como complementos para a aprendizagem escolar, ampliando a consciência de problemas e ideias fundamental para o desenvolvimento intelectual dos alunos. [...] As oficinas de jogos teatrais são úteis ao desenvolver a habilidade dos alunos em comunicar-se por meio do discurso e da escrita, e de formas não verbais. Sãofontes de energia que ajudam os alunos a aprimorar habilidades de concentração, resolução de problemas e interação em grupo. (SPOLIN, 2010, p. 29) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 38D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 38 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIX ⊲ IDEIAS PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL A seguir, o texto de Fonterrada aborda o pensamento de Murray Schafer, expressando três eixos para a compreensão do pensamento desse músico e educador canadense. [...] Para que o leitor brasileiro possa se aproximar de suas ideias e compreender as posições defendidas por Murray Schafer, destacam-se aqui três eixos que caracterizam seu pensamento e podem ser encontrados, aberta ou veladamente, em sua produção: a relação som/ambiente, a confluência das artes e a relação da arte com o sagrado. [...] O primeiro eixo a ser destacado, a relação entre som e meio ambiente, concentra o foco de in- teresse de Schafer que, para caracterizá-la, criou a palavra soundscape, traduzida nos países de língua latina como “paisagem sonora”. [...] O segundo eixo, a confluência das artes, é um ideal cultivado por Schafer no novo gênero criado por ele, intitulado Teatro de Confluência e que faz questão de diferenciar de outras formas de integração de linguagem. [...] A relação entre a arte e o sagrado constitui o terceiro eixo das caraterísticas da obra schaferiana. Essa temática foi explorada por Fonterrada em duas obras: Música e meio ambiente: a ecologia sonora e O lobo no labirinto: uma incursão à obra de Murray Schafer. [...] (FONTERRADA, 2012, p. 277-280) Nos anos 1970, o educador musical inglês Keith Swanwick formulou sua proposta de desenvolvimento musical espiral, intitulada CLASP, que no Brasil foi traduzida para a sigla “TECLA”. Veja o que ele diz em uma entrevista dada a uma revista brasileira em 2010. Que aspectos devem ser considerados no ensino de música nas escolas? [SWANWICK] O fundamental é que os conteúdos sejam trabalhados de maneira integrada. Nos anos 1970, resumi essa ideia na expressão inglesa clasp. Além de ser uma sigla, um dos sen- tidos dessa palavra em português é “agregar”. Proponho que há três atividades principais na música, que são compor (a letra C, de composition), ouvir música (A, de audition) e tocar (P, de performance). Essas três atividades, que formam o CAP, devem ser entremeadas pelo estudo da história da música (L, de literature studies) e pela aquisição de habilidades (S, de skill aquisition). (No Brasil, esse processo ficou conhecido como TECLA: T de técnica, E de execução, C de compo- sição, L de literatura e A de apreciação.) Qual a vantagem de trabalhar nessa perspectiva? [SWANWICK] Um ponto forte é considerar que todas essas coisas são importantes e que devem ser desenvolvidas em equilíbrio. A ideia do clasp também pode ser útil para o professor perceber se está gastando muito tempo, digamos, no L, descrevendo fatos históricos e desenhando instru- mentos, por exemplo. Dar muito enfoque à história da música é uma forma simplificadora de achar que se está ensinando Música. Acontece que a história não é música – ela é sobre música. O mesmo excesso pode ocorrer com docentes que atuam na classe o tempo todo como intérpre- tes ou outros que apenas colocam CDs para a apreciação. (GONZAGA, 2010) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 39D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 39 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XL REFERÊNCIAS COMENTADAS5 • ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017a. No livro-CD, são abordadas as tradições dos vários povos indígenas viventes no Brasil, considerando cuida- dosamente a variedade cultural desses povos. O material contém propostas práticas, acompanhadas de áudio e de transcrição em partitura de músicas relacionadas a nove povos indígenas. • ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Outras terras, outros sons. São Paulo: Callis, 2017b. O livro traz informações e propostas práticas elaboradas com base nas três principais matrizes culturais do Brasil, a indígena, a africana e a portuguesa, explicitando seus papéis, suas histórias e seus diversos instrumentos. As músicas trabalhadas foram disponibilizadas na internet e podem ser acessadas por QR Code. • AMARAL, Ana Maria. O ator e seus duplos: máscaras, bonecos, objetos. São Paulo: Senac, 2004. A obra de Ana Maria Amaral é essencial para o estímulo a situações de aprendizagem e para a elaboração de projetos didáticos teatrais, seja por meio de jogos, improvisações ou apresentações, com máscaras, bonecos e objetos. • ANTUNES, Arnaldo; TATIT, Paulo. O seu olhar. In: ANTUNES, Arnaldo. Ninguém. São Paulo: BMG, 1995. 1 CD, faixa 9. Canção composta por Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, lançada no álbum Ninguém, em 1995. A canção pode ser entendida na perspectiva do amor romântico, ao se perceber a menção ao olhar da pessoa amada, mas a interpretação pode ser ampliada para discutir como a abertura ao olhar do outro pode enriquecer variadas relações interpessoais. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com. br. Acesso em: 10 jun. 2021. O site da Abem publica textos de educadores importantes para o ensino da música, que pesquisam e escrevem sobre esse tema. As várias edições da revista Música na Educação Básica trazem textos que analisam e propõem metodologias e fundamentos para o ensino de música no Brasil. Os professores podem ter acesso aos textos e a outros materiais disponíveis em: http://abemeducacaomusical. com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive (acesso em 10 jun. 2021). • BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 2009. A obra é um marco no ensino de arte no Brasil. Nela é apresentada a Abordagem Triangular de Ensino, compre- endendo os contextos social, cultural e educacional, além de serem apresentadas suas propostas metodológicas. Analisa também propostas para desenvolver a fruição e a leitura de imagens com os estudantes. • BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002. Essa obra reúne textos de pesquisadores sobre temas relacionados ao ensino de arte, como formação de professores, uso de tecnologias na educação, interdisciplinaridade e multiculturalidade. • BARBOSA, Ana Mae; AMARAL, Lilian (org.). Interterri- torialidade: mídias, contextos e educação. São Paulo: Senac, 2008. O livro reúne textos de pesquisadores que narram suas experiências ao trabalhar com a noção de espaços frontei- riços – não só entre formas de linguagem, mas também entre meios e contextos. Conta com o texto de Rita Irwin, “A/r/tografia: uma mestiçagem metonímica”, que discute a condição de mestiçagem de ações entre o campo artístico, a investigação e a ação de ensinar. • BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane G. (org.). Arte/ Educação como mediação cultural e social. São Paulo: Editora Unesp, 2009. Essa obra analisa propostas para o ensino de arte e para a mediação cultural no Brasil. • BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000. Um livro básico para quem quer conhecer mais sobre o teatro, seu vocabulário, suas técnicas e sua história. • BOLSANELLO, Débora Pereira. Educação somática: o corpo enquanto experiência. Motriz, Rio Claro, v. 11, n. 2, p. 99- 106, maio/ago. 2005. Disponível em: https://www.rc.unesp. br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf. Acesso em: 24 jun. 2021. No artigo, Débora Bolsanello apresenta uma definição de educação somática. A autora toma como base a ideia de corpo como experiência. Partindo de uma reflexão do corpo na história do Ocidente, discute três aspectos prin- cipais da educação somática: o aprendizado pela vivência, a sensibilização da pele e a flexibilidade da percepção. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 40D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001a 048_G23-AVU1.indd 40 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 http://www.abemeducacaomusical.com.br/ http://www.abemeducacaomusical.com.br/ http://abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive http://abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive https://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf https://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf XLI • BONDÍA, Jorge Larrosa. Linguagem e educação depois de Babel. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. Nessa conferência proferida no I Seminário Internacional de Educação de Campinas, Larrosa Bondía propõe uma discussão da educação partindo das noções de experiência e sentido. • BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, jan./abr. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 24 jun. 2021. Nessa conferência, proferida no I Seminário Internacio- nal de Educação de Campinas, Larrosa Bondía propõe uma discussão da educação a partir das noções de experiência e sentido. • BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Lei que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, determinando normas para os diferentes segmentos de ensino em todo o território nacional. • BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Essa lei altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, incluindo no currículo oficial o estudo obrigatório de história e cultura afro-brasileira. • BRASIL. Lei no 11.645, de 10 março de 2008. Brasília: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Essa lei inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do estudo da história e cultura indígena. • BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 9 abr. 2021. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz pro- posições e embasamentos curriculares materializados em competências e habilidades específicas em cada área do conhecimento, para garantir as aprendizagens essenciais. Nas páginas 193 a 203 estão as orientações para o componente curricular Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O documento orienta a base curricular de todas as esco- las das redes de ensino (públicas e privadas) em todos os níveis de escolarização do país e suas diretrizes, a serem contempladas nas propostas pedagógicas, nos livros e nos materiais didáticos. • BRASIL. Ministério da Educação. Canta pra mim. In: Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019a. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/ canta-pra-mim. Acesso em: 28 jun. 2021. Iniciativa da Secretaria de Alfabetização (Sealf), do Ministério da Educação (MEC), em que artistas brasileiros interpretam canções populares. • BRASIL. Ministério da Educação. Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019b. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim. Acesso em: 28 jun. 2021. Programa do Ministério da Educação cujo objetivo é incentivar a literacia familiar, promovendo interação, conversa e leitura entre pais e filhos. • BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Seppir, 2004. Esse documento apresenta os marcos legais das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico- -raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, de acordo com a homologação do Parecer no 03/2004, de 10 de março de 2004. • BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: SEF, 1998. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são diretrizes elaboradas para orientar os educadores por meio da normatização de alguns aspectos fundamentais concernentes a cada componente curricular. • BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Sealf, 2019c. Disponível em: http:// alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. Trata-se do Plano Nacional de Alfabetização, estabele- cido no Decreto no 9.765, que instituiu as diretrizes para a alfabetização no território brasileiro. O documento dá ainda voz a especialistas como Maria Regina Maluf, bus- cando elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro. • BRITO, Teca Alencar de. Um jogo chamado música: escuta, experiência, criação, educação. São Paulo: Peirópolis, 2019. Em uma abordagem pedagógico-musical livre e criativa, o livro traz várias ideias e proposições pedagógicas para explorar a música na educação de crianças. • COSTA, Wagner. Palhaçaria. São Paulo: Moderna, 2012. (Coleção Girassol). A arte brincante do personagem palhaço é trabalhada de modo lúdico para incentivar professores, familiares e estudantes a conhecer mais sobre essa arte. A proposta é aprender a arte da palhaçaria brincando na escola ou com a família. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 41D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 41 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/canta-pra-mim http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/canta-pra-mim http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf XLII • D’AMBROSIO, Ubiratan. A transdisciplinaridade como uma resposta à sustentabilidade. Revista Terceiro Incluído, v. 1, n. 1, p. 1-13, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.5216/ teri.v1i1.14393. Acesso em: 25 jun. 2021. No artigo, o autor questiona conceitos analíticos da perspectiva positivo-cartesiana e propõe como método a transdisciplinaridade, que cruza os limites entre as culturas e os componentes curriculares. • DEMPSEY, Amy. Estilos, escolas e movimentos. São Paulo: Cosac Naify, 2003. O livro apresenta um panorama da arte moderna a partir do Impressionismo. • DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010. Essa obra é um marco no estudo da experiência estética no Brasil, influenciando pesquisas e ações mediadoras em museus e escolas. O autor observa a recepção do objeto artístico pelo observador, o que possibilita a sua existência e a criação de processos artísticos com base em seus interesses. • DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. Fundamentos estéticos da educação. 2. ed. Campinas: Papirus, 1988. Nesse livro, o autor explora o tema da aprendizagem considerando as premissas básicas do conhecimento, como o sentir e o pensar. Apresenta, ainda, os conceitosde estesia e de experiência estética. • DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2001. O livro defende uma educação para a sensibilidade que valoriza o pensar, o sensível e os estudos para compreender o estado de estesia e de anestesia. • DUNN, Christopher. “Nós somos os propositores”: vanguarda e contracultura no Brasil, 1964-1974. ArtCultura, Uberlândia, v. 10, n.17, p. 143-158, jul./dez. 2008. Nesse artigo, o autor parte da questão de como as vanguardas brasileiras atuaram no período da ditadura militar, refletindo sobre a relação entre o neoconcretismo e a contracultura. • ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2005. A obra reúne ensaios sobre a ambiguidade que os artistas buscam alcançar em suas produções, visando principalmente à indeterminação de resultados. • FAZENDA, Ivani Catarina (org.). O que é interdisciplinari- dade? São Paulo: Cortez, 2008. O livro tem treze capítulos, de vários autores, que apresentam reflexões, premissas e conceitos sobre a interdisciplinaridade, desde a formação do professor até a ação docente. Nesta coleção, na seção Diálogos, é proposta a interdisciplinaridade e o trabalho com temas transversais contemporâneos. • FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora Unesp, 2008. Apresenta estudos e proposições didáticas para o acesso dos estudantes à linguagem da música, utilizando-se da iniciação ativa e lúdica por meio de canções, jogos de escuta, improvisações, ritmo e movimentos corporais. • FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. Raymond Murray Schafer: o educador musical em um mundo em mudança. In: MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz (org.). Pe- dagogias em educação musical. Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 275-303. Em um capítulo que integra a obra Pedagogias em educação musical, a autora apresenta uma análise do pensamento e das proposições pedagógicas do educador musical Raymond Murray Schafer. • FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2011. No livro, Paulo Freire defende a importância da leitura e da alfabetização de jovens e adultos, que considera uma prática fundamental para a compreensão do mundo. A obra trata o ato de ler como uma integração entre a leitura de mundo e a leitura da palavra e serve de base para a abordagem triangular do ensino de arte proposta por Ana Mae Barbosa, que relaciona também o ato de ler com a leitura de imagens ou as leituras em outras linguagens artísticas. • GARAUDY, Roger. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. Nessa obra, Roger Garaudy reflete sobre a dança como símbolo do ato de viver, destacando as transformações históricas nos modos de dançar e relacionando a dança moderna não apenas à arte, mas a uma expressão do ser humano em sua relação com a sociedade e a natureza. • GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 1995. Nessa obra, Howard Gardner explica como se dá o processo de aprendizagem e apresenta o conceito de inteligências múltiplas na ação pedagógica. • GHIRALDELLI JÚNIOR, P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1990. O livro analisa a história da educação brasileira destacando acontecimentos, políticas, produções de documentos e leis e seus impactos educacionais. • GONZAGA, Ana. Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas. Nova Escola, 1o jan. 2010. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick- fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas. Acesso em: 30 jun. 2021. Entrevista com o educador musical Keith Swanwick em que são abordadas questões importantes sobre o ensino de música nas escolas. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 42D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 42 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/view/14393 https://www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/view/14393 https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas XLIII • GRADA Kilomba: desobediências poéticas. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019. Trata-se de uma análise da exposição “Grada Kilomba: desobediências poéticas”, realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo. O trabalho de Kilomba questiona as coleções nos museus e as concepções tradicionais sobre a história da arte. • HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000. Nessa obra, o autor narra experiências de alguns professores que contribuíram para a expansão dos conhecimentos sobre a cultura visual na educação básica. • HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2007. Nessa obra, o autor visa transgredir as amarras que impedem o pensamento autônomo instaurando uma nova relação educativa, baseada na colaboração em sala de aula. • HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 34. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004. Trata-se de uma obra que discute a avaliação me- diadora nos diferentes segmentos de ensino, conside- rando metodologia, atuação do professor, correção e elaboração. • IAZZETTA, Fernando. Música e mediação tecnológica. São Paulo: Fapesp: Perspectiva, 2009. O livro aborda acontecimentos ligados à música e à tecnologia no século XX, com foco nas transformações da fonografia, a arte de gravar sons. A obra passa por três períodos: a emergência da tecnologia; o início de seu uso criativo e a difusão dessas possibilidades criativas, com destaque para a popularização dos computadores. • KASTRUP, Virgínia. O funcionamento da atenção no traba- lho do cartógrafo. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. A obra discute a pertinência do método da cartografia, destacando-se o papel da prática e do trabalho de campo para a construção do conhecimento. • KOUDELA, Ingrid D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2009. Nessa obra, Ingrid Koudela apresenta uma série de exercícios e jogos teatrais para crianças e jovens, apoiada em pesquisas brasileiras sobre teatro e educação, com base em grandes autores como Spolin, Piaget e Languer. • LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978. O autor propõe que o conhecimento dos movimentos do corpo, mesmo os cotidianos, e a consciência corpórea podem ampliar a percepção e a expressão de movimentos na dança e na vida. • LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 21. ed. São Paulo: Loyola, 2008. Nessa obra, o autor formula orientações para o fazer pedagógico-crítico, a fim de que o docente da escola pública possa repensar sua didática, levando em consi- deração a psicologia da aprendizagem e a metodologia de ensino. • LOPES, A. L. de S.; HARDAGH, C. C.; VIEIRA, M. M. da S. Formação de professores: espaços colaborativos para experiências de imersão. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. 8. Anais [...]. Aracaju: Universidade Tiradentes, 2017. A educadora Claudia Coelho Hardagh propõe uma escola expandida, que consiste em planejar e criar tempo, espaço e materialidades para que vivências criativas e educativas possam acontecer. • LOUREIRO, Maristela; TATIT, Ana. Brincadeiras cantadas de cá e de lá. São Paulo: Melhoramentos, 2013. (Série Brinco e Canto). Trata-se de uma obra que propõe preservar as tradições lúdicas e musicais da cultura infantil brasileira. • LOURO, Viviane dos Santos; ALONSO, Luís Garcia; ANDRADE, Alex Ferreira de. Educação musical e deficiência: propostas pedagógicas. São José dos Campos: Estúdio Dois, 2006.O livro apresenta ideias e propostas metodológicas para o ensino de música no contexto da inclusão e da educação da pessoa com deficiência. • MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Melhoramentos, 1993. Trata-se de uma obra que apresenta estudos sobre a linguagem do cinema. Aborda importantes aspectos da sétima arte, podendo auxiliar em investigações sobre essa linguagem também no contexto da escola. • MARTINS, Miriam C. Arte, só na sala de aula? In: Revista Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 3, p. 311-316, set./dez. 2011. O artigo convida a refletir sobre percorrer trajetos em encontros com a arte, analisando tendências e proposições para o ensino de arte na escola e fora dela. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa. A aventura de planar numa DVDteca. Instituto Arte na Escola, 3 dez. 2012. Disponível em: http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/ artigos/artigo.php?id=69345. Acesso em: 25 jun. 2021. O artigo investiga a produção de material educativo e as escolhas envolvidas na DVDTeca Arte na Escola, explorando os conceitos de “rizoma” e “desterritorialização” formulados pelos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari. Também apresenta a abordagem de ensino por meio dos Territórios da Arte e Cultura. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 43D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 43 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69345 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69345 XLIV • MARTINS, Mirian. C.; PICOSQUE, Gisa. Cadernos para o professor-propositor. São Paulo: Instituto Arte na Escola, 2004. Os cadernos foram criados para orientar professores quanto ao uso do material da DVDteca do Instituto Arte na Escola. Eles trazem discussões sobre professor-propositor, cartografias e pensamento rizomático. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa. Travessia para fluxos desejantes do professor-propositor. In: OLIVEIRA, Marilda Oliveira de (org.). Arte, educação e cultura. Santa Maria: UFSM, 2007. Do universo da arte para o ensino e a aprendizagem da arte, a ideia de artista-propositor é ampliada para a de professor-propositor, definido com base em pesquisas e publicações das educadoras, que entendem o professor como um escavador de sentidos na proposição pedagógica no ensino de arte. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T. T. Mediação cultural para professores andarilhos na cultura. São Paulo: Intermeios, 2012. As autoras abordam as diferentes formas de atuação envolvidas na mediação cultural, considerando a diversidade de situações e lugares em que ela ocorre. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 2010. A obra propõe construções e reflexões sobre conceitos para o ensino contemporâneo de arte, considerando aspectos próprios das linguagens artísticas. Também apresenta a abordagem de ensino por meio dos Territórios da Arte e Cultura. • MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene. Cultura visual e infância: quando as imagens invadem a escola. Santa Maria: UFSM, 2010. O livro apresenta estudos e análises da relação entre cultura visual e infância, ressaltando a influência das imagens na fruição e nas ações criativas de crianças. • MONTEIRO, Marianna Francisca Martins. Dança popular: espetáculo e devoção. São Paulo: Terceiro Nome, 2011. Discute a dança no contexto da cultura popular tra- dicional brasileira, debruçando-se especialmente sobre o folguedo do congo, em sua história e contemporaneidade. • OSTROWER, Fayga. Criatividade e processo de criação. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. Nessa obra, a criatividade, que envolve percepção, intuição e imaginação, é vista como potencial existente em todos os seres humanos. • OTT, Robert Wilson. Ensinando crítica nos museus. In: BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1997. O capítulo apresenta metodologias para a leitura de imagens. Já o livro como um todo reúne pesquisas de relevantes autores que analisam o impacto da influência estrangeira na passagem do ensino modernista da arte para o seu ensino contemporâneo. • PILLAR, Analice Dutra (org.). Educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. Essa obra reúne textos sobre o papel do docente na prática de leitura de imagens das artes plásticas, considerando seus debates teóricos. • PIMENTEL, Lucia Gouvêa. A prática artística docente como metodologia para a formação de professores. Revista Clea, v. 1, p. 50-57, 2015. Esse artigo frisa a importância das pesquisas sobre as relações pedagógicas contidas no ensino de arte, conside- rando experiências em diferentes espaços de aprendizagem. • PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Tecnologias contemporâneas e o ensino da arte. In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. Para Lucia Gouvêa Pimentel, surgiram muitas possibilidades para conhecer e criar arte por meio do uso de tecnologias. Entretanto, sem um trabalho consistente por parte dos edu- cadores, somente o uso dessas tecnologias não garantirá o aprendizado do estudante nem seu desenvolvimento artístico. • QUARTA BIENAL DO MERCOSUL. Inventário dos achados: o olhar do professor-escavador de sentidos. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2003. Material de ação educativa elaborado para a 4a Bienal do Mercosul, em que Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque discutem o papel do professor na mediação cultural. • RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. O livro discute as práticas pedagógicas com base na trajetória do professor e militante Joseph Jacotot, o que leva à reflexão sobre o princípio de igualdade das inteligências. • REILY, Lucia. O ensino de artes visuais na escola no contexto da inclusão. Cadernos Cedes, Campinas, v. 30, n. 80, p. 84- 102, jan.-abr. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/ pdf/ccedes/v30n80/v30n80a07.pdf. Acesso em: 11 jun. 2021. Esse artigo aborda o ensino de artes visuais levando em conta a inclusão e apresenta ao professor uma proposta de trabalho de ateliê e fruição para ser desenvolvida com os estudantes. • RENGEL, Lenira Peral et al. Elementos do movimento na dança. Salvador: UFBA, 2017. Disponível em: https://repositorio. ufba.br/ri/handle/ri/26148. Acesso em: 10 abr. 2021. Publicação produzida no contexto do curso de licenciatura em Dança da UFBA, em modalidade a distância, que aborda os elementos do movimento na dança e é fundamentada principalmente no legado de Rudolf Laban. • RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017. (Feminismos Plurais). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 44D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 44 08/08/21 10:3408/08/21 10:34 https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CWsw5Zfd3dR8xhZVyQrXjBd/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CWsw5Zfd3dR8xhZVyQrXjBd/?format=pdf&lang=pt https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26148 https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26148 XLV O livro explora o conceito de “lugar de fala” a fim de romper com o discurso hegemônico, viabilizando a multiplicidade de opiniões. • RIOS, Terezinha Azerêdo. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2013. A autora trabalha conceitos relacionados à prática educativa propondo uma discussão sobre as formas de avaliar a qualidade da educação nas escolas. • SALLES, Cecília A. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: Fapesp: Annablume, 2007. O livro apresenta reflexões sobre o processo de criação e as poéticas artísticas. • SANTAELLA, Lúcia. Como eu ensino: leitura de imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012. Nesse livro, a autora oferece recursos didáticos para que os professores conheçam conceitos fundamentais para a interpretaçãoe a percepção de imagens. • SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Proposta curricular do estado de São Paulo: Arte. São Paulo: SEE, 2008. Disponível em: http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/ Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010. pdf. Acesso em: 2 jul. 2021. Esse documento traz a voz de especialistas a fim de atender à necessidade do ensino em todo o estado. Propõe uma ação integrada e articulada, dando subsídios para que os profissionais se aprimorem. • SARDELICH, Maria Emilia. Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 128, p. 451-472, maio/ago. 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-15742006000200009. Acesso em: 30 jun. 2021. Nesse artigo, a autora apresenta alguns conceitos que embasam propostas de leitura de imagens e cultura visual, comparando referenciais teóricos de diversas áreas do conhecimento. • SCARASSATTI, Marco Antônio F. Walter Smetak: o alquimista dos sons. São Paulo: Perspectiva: Edições Sesc, 2008. O autor faz uma análise do trabalho do músico, artista e autor de esculturas sonoras e instrumentos Walter Smetak, que nasceu na Suíça, mas viveu e desenvolveu boa parte de sua obra no Brasil. O texto chama a atenção para a importância desse músico na área da pesquisa musical e sonora conhecida como plásticas sonoras. • SCHAFER, Murray. A afinação do mundo. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2012. O autor apresenta o termo “paisagem sonora” e analisa como vivemos em meio ao ambiente sonoro contemporâneo, submerso em sons agradáveis e desagradáveis, fortes e fracos, percebidos ou ignorados. Faz comparações entre sons naturais e sons artificiais atuais e antigos, relacionando mundo, som, indivíduo e sociedade. • SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2000. Apresenta proposições para o ensino da música, com a intenção de desenvolver uma escuta sensível, atenta e, ao mesmo tempo, lúdica, uma escuta baseada em experiências significativas, que proporcione a percepção e a fruição de sons e de música. • SILVA, Tharciana Goulart da. Entrevista com Ana Mae Barbosa. Revista Apotheke, Santa Catarina, v. 2, n. 2, p. 143-156, jul. 2016. Nessa entrevista, Ana Mae Barbosa fala sobre a importância da prática poética na atuação docente. • SOUZA, Jusamara. Aprender e ensinar música no cotidiano. Porto Alegre: Sulina, 2016. Os textos analisam o ensino contemporâneo da música, em especial no Brasil. Apresenta ideias e propostas que defendem a educação musical em todos os níveis da educação básica. • SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005. A obra apresenta os fundamentos para o trabalho com jogos teatrais na escola, bem como ressalta sua importância. Além disso, mostra como é estruturado e praticado o jogo teatral. • SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010. Trata-se de um livro que tem ajudado os professores a compreender e trabalhar com jogos teatrais na escola. A obra oferece inúmeros exercícios e jogos teatrais, para que, praticando o teatro, seja possível avaliar de forma prática a construção de competências e habilidades do educando. • VERGARA, Luiz Guilherme. Curadoria educativa: percepção imaginativa/consciência do olhar. In: CERVETTO, Renata; LÓPEZ, Miguel A. (org.). Agite antes de usar. São Paulo: Edições Sesc, 2018. Nesse texto, o autor explora as relações entre filosofia, arte e educação, discutindo a recepção e a interpretação da arte pelos observadores. • VIADEL, Ricardo Marín; ROLDÁN, Joaquín. Arte para aprender. Granada: Editorial de la Universidad de Granada, 2017. Trata-se de um projeto de ensino artístico realizado em museus de arte contemporânea na cidade de Granada, na Espanha, seguindo a abordagem da a/r/tografia visual. • VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas: Papirus, 2004. O livro discute as possibilidades de uso do portfólio como modo de avaliação formativa, que deve refletir o processo de aprendizagem do estudante em vez de classificá-lo. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 45D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 45 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf https://www.scielo.br/j/cp/a/tQws4zsftqmGxhq3XqVJTWL/?lang=pt XLVI CONHEÇA SEU MANUAL INTRODUÇÃO À UNIDADE Nesta unidade, são trabalhados campos conceituais que propõem es- tudos das linguagens artísticas (músi- ca, dança e teatro), além da integra- ção interdisciplinar com as artes visuais por meio de leituras de obras artísti- cas, imagens de cenas de espetáculos e objeto artístico e pela criação de de- senhos e esculturas sonoras. Apresentamos os elementos de linguagem básicos nestas áreas e a noção de que cada linguagem tem os próprios códigos. Assim, conhecê-los abre espaço tanto para fruição e este- sia como para criação, crítica, expres- são e reflexão. A arte é estudada como produ- ções culturais e estéticas que têm suas materialidades e formas nas quais podemos conhecer e expressar mo- vimentos, parâmetros sonoros, ritmo e pulso, expressões corporais, linhas, formas, cores, espaços etc. A arte contemporânea é apresen- tada em construções de experimentos musicais, dança e espetáculos, assim como a música popular tradicional, as brincadeiras cantadas e as manifesta- ções culturais também são trabalhadas. Os conceitos em foco nesta unidade são: corpo; movimento; ritmo; pulsa- ção; música e dança; expressão corpo- ral; onomatopeia; silêncio; percussão corporal; fontes sonoras; objetos so- noros; parâmetros sonoros; elementos constitutivos e as propriedades sonoras da música; instrumentos musicais da cultura brasileira; brincadeira musical; formas e gêneros de expressão musical; arte contemporânea; manifestações ar- tísticas e culturais; jogos e brincadeiras; ações, consciência e expressão corporais; gestos, improvisos, imitação e contação de histórias; imaginação e encenação; produção de instrumentos; elementos teatrais, entonações de voz e diferentes fisicalidades; desenho como forma de expressão artística; e cantiga popular. ⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS • Participar de momentos de frui- ção com leitura de imagens e textos poéticos, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões e respei- tando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. • Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem da música (pa- râmetros sonoros como timbres, dura- ção, altura, intensidade dos sons, ritmo e melodia); do teatro (entonações de voz, diferentes fisicalidades, construção de personagens, narrativas, expressões e gestos); e da dança (uso do espaço para deslocamentos, planos, direções, caminhos, ritmos de movimento lento, moderado, rápido, entre outros). • Criar com autonomia, criatividade e po- ética em diferentes linguagens, participan- do de ações criadoras nas artes visuais, nos jogos teatrais, na dança, em brincadeiras musicais e com notações musicais criativas. • Identificar, explorar e escolher dife- rentes materialidades para se expressar em diversas linguagens como as artes visuais, a música, o teatro, a dança, in- cluindo as manifestações em artes inte- gradas como as esculturas e instalações sonoras, percebendo também que o corpo é materialidade expressiva. • Comunicar-se oralmente a respeito de manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como a dança, a música, o teatro, as artes visuais e as propostas lú- 64 Coisas e sons 1101-ART-V1-U2-C3-LA-F008 Movimento Música e dança INSTI TU TO C AR YB É / C O PY RI G JH TS C O N SU LT O RI A MAURO KURY INÊS C O RR EA EXPRESSÃO CORPORAL 82 80 90 106 G UT O M UN IZ 6565 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 65D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 65 06/07/21 10:2306/07/21 10:23 CAPÍTULO 3 • CORPO, SOM E MOVIMENTO CAPÍTULO 4 • CORPO EXPRESSIVO OBSERVE AS IMAGENS E ACOMPANHE A LEITURA DAS PALAVRAS. O QUE SERÁ QUE VAMOS ESTUDAR? JÁ PENSOU EM TUDO O QUE O NOSSO CORPO É CAPAZ DE FAZER, VER, OUVIR, CANTAR? EM COMO SE MOVIMENTA E SENTE O MUNDO? COM O CORPO, DESCOBRIMOS A ARTE QUE ESTÁ EM NÓS. O QUE VOCÊ SABE SOBRE O CORPO E A ARTE? 1. VAMOS PROCURAR ESTAS IMAGENS NO LIVRO? ESCREVA, NO QUADRINHO PERTO DE CADA IMAGEM, O NÚMERO DA PÁGINA EM QUE VOCÊ A ENCONTROU. Ritmo e PulsaçãoCorpo CL AU DI A M AR IA N N O AC ER VO D O G RU PO Â N G EL O M AD UR EI RA & AN A CA TA RI N A VI EI RA 94 79 6464 2 unidade O corpo e a arte D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 64D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 64 06/07/21 10:2306/07/21 10:23 D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 64D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 64 09/08/21 20:5309/08/21 20:53 ⊲ INTRODUÇÃO À UNIDADE Indica os objetivos pedagógicos da unida- de e os pré-requisitos pedagógicos. Introduz conteúdos, conceitos e atividades e como es- tas se relacionam com os objetivos e os pré- -requisitos pedagógicos para sua realização. ⊲ BNCC Indica as habilidades da Base Nacional Co- mum Curricular trabalhadas nas propostas do Livro do Estudante e nos desdobramentos sugeridos neste manual. ⊲ ORGANIZE-SE Sugestões didáticas para o levantamento de saberes dos estudantes ou para contextualizar a sequência de conteúdos e atividades. Pode con- ter a relação de materiais que o professor terá de providenciar com antecedência para realizar as propostas. ⊲ ROTEIRO DE AULA Comentários e orientações para apoiar o pla- nejamento docente. Nesse tópico, também são aprofundados conceitos trabalhados no Livro do Estudante e são apresentadas informações com- plementares. Respostas, sugestões de respostas e algumas orientações didáticas mais específicas, isto é, aquelas que auxiliam no dia a dia da sala de aula, encontram-se em magenta em cada página do Manual do Professor, mas podem ser mais de- talhadas nesse tópico. ⊲ BNCC (EF15AR13) Identificar e apreciar cri- ticamente diversas formas e gêneros de expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de cir- culação, em especial, aqueles da vida cotidiana. (EF15AR14) Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brinca- deiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apre- ciação musical. (EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corpo- ral), na natureza e em objetos cotidia- nos, reconhecendo os elementos cons- titutivos da música e as características de instrumentos musicais variados. (EF15AR17) Experimentar improvisa- ções, composições e sonorização de histórias, entre outros, utilizando vo- zes, sons corporais e/ou instrumentos musicais convencionais ou não con- vencionais, de modo individual, cole- tivo e colaborativo. ORGANIZE-SE Serão propostas atividades em que o próprio corpo será a materialidade. Propor um espaço amplo que permita aos estudantes realizar movimentos corporais livres. ROTEIRO DE AULA Conversar sobre o termo percus- são, explicando aos estudantes que se refere a um choque resultante da ação de um corpo sobre outro. Na música, percussão é criar sons por meio de impacto, raspagem ou agita- ção, como bater em um tambor, agi- tar um chocalho, tocar um reco-reco. Outras ações também podem fazer nascer um som de percussão, por exemplo: usar objetos do cotidiano como objetos sonoros. Diferenciar a percussão corporal (bater palmas, estalar os dedos) da percussão com instrumentos musicais (pandeiro, tambor ou outros objetos sonoros). Retomar a imagem das páginas 66 e 67, do grupo Barbatuques. Convidar os estudantes para a fruição a partir da imagem na página 74, provocando-os a se expressarem sobre o que já sabem e o que ainda podem descobrir pela leitura de imagens (registro fotográfico do grupo Barbatuques). Nas atividades 1 e 2, levar exemplos de trabalho do Barbatuques. No espetá- culo Tum pá, por exemplo, eles escolhe- ram como título uma onomatopeia do som de uma pisada seguido do som de uma palma. Jogar com os sons é uma característica do Barbatuques, que brinca com a plateia e a envolve no espetáculo. Propor este jogo aos estudantes, bem como propor que realizem experiências para percebe- rem como é possível criar na arte usando o seu “corpo sonoro” por meio de ex- plorações de sons de percussão corporal, com a voz, assobios e outras ações. Na atividade 3, depois de explorar as possibilidades do corpo sonoro, propor uma roda de conversa para comentarem o que aconteceu na brincadeira. 74 4. Resposta pessoal. Retomar com os estudantes o conceito de onomatopeia e exercitar o conhecimento alfabético deles, levando-os a relembrar os sons das letras, das sílabas e das palavras para que, assim, consigam compor onomatopeias que remetam aos sons criados por eles e pelos colegas na proposta anterior. Esta proposta também é um momento oportuno para exercitar a consciência fonológica e fonêmica. 1. Espera-se que os estudantes percebam que, por meio das ações descritas no início desta seção, é possível fazer um som de percussão com o próprio corpo, ou seja, fazer sons a partir da percussão corporal. 1. DE QUE MANEIRA PODEMOS USAR O NOSSO CORPO COMO UM INSTRUMENTO DE PERCUSSÃO? 2. QUANTOS SONS PODEMOS FAZER USANDO O CORPO COMO INSTRUMENTO MUSICAL? CONVIDE OS COLEGAS E DESCUBRAM JUNTOS. 3. O QUE ACONTECEU NA BRINCADEIRA DE CRIAR SONS COM O CORPO? QUAIS SONS VOCÊ E OS COLEGAS INVENTARAM? 4. NO ESPAÇO A SEGUIR, REPRESENTE OS SONS QUE VOCÊ FEZ COM OS COLEGAS USANDO ONOMATOPEIAS. 5. CONVIDE AMIGOS E FAMILIARES PARA CRIAR SONS A PARTIR DA PERCUSSÃO CORPORAL. DEPOIS, EM SALA DE AULA, CONTE AOS COLEGAS COMO FOI A EXPERIÊNCIA. Resposta pessoal. 2. Resposta pessoal. Incentivar os estudantes a participarem da brincadeira. Se necessário, apresentar alguns exemplos de sons extraídos da percussão de partes de seu corpo. Explorar também sons obtidos com o sopro e o uso da voz, como assobio e canto. 3. Resposta pessoal. Estimular os estudantes a perceberem as possibilidades de criar sons explorando o próprio corpo, assobiando, usando a voz, as mãos, os dedos, os pés. 75 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 75D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 75 06/07/21 10:2406/07/21 10:24 VOCÊ SABIA QUE TODOS NÓS POSSUÍMOS UM INSTRUMENTO MUSICAL EXPRESSIVO? É O NOSSO CORPO! OS ARTISTAS DO GRUPO BARBATUQUES TOCAM MUITO BEM ESSE INSTRUMENTO! OBSERVE ESTA IMAGEM. CORPO E SOM PERCUSSÃO É A CRIAÇÃO DE SONS DE DIFERENTES MANEIRAS. ELA PODE SER FEITA: • POR IMPACTO, COMO BATER EM UM TAMBOR; • POR RASPAGEM, COMO TOCAR UM RECO-RECO; • POR AGITAÇÃO, COMO TOCAR UM CHOCALHO; • USANDO OUTROS OBJETOS E INSTRUMENTOS, INCLUINDO O PRÓPRIO CORPO. TA TI W EX LE R ▲ MÚSICOS DO GRUPO BARBATUQUES EM APRESENTAÇÃO DO ESPETÁCULO SÓ +1 POUQUINHO AO VIVO, 2019. AO BATER PALMAS, ESTALAR OS DEDOS E BATER AS MÃOS EM VÁRIAS PARTES DO CORPO, ELES EXPLORAM SONS DE PERCUSSÃO. ALÉM DISSO, CANTAM, ASSOBIAM E CRIAM OUTROS SONS, EXPLORANDO ESSE EXPRESSIVO INSTRUMENTO MUSICAL: O CORPO. arte-AVENTURA 74 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 74D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 74 06/07/21 10:2406/07/21 10:24 D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 74D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 74 09/08/21 20:5409/08/21 20:54 6 D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a048_G23-AVU2.indd 46D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 46 09/08/21 21:0709/08/21 21:07 XLVII ⊲ ARTICULAÇÃO COM... Explicita os momentos de interdisci- plinaridade com outros componentes curriculares ou áreas do conhecimento propostos no Livro do Estudante. a invenção do cinema transformou como vemos imagens que podem ser fixas, por exemplo, uma fotografia, ou em movimen- to, como em um vídeo. A partir da invenção das imagens em movimento, essa linguagem passou a fazer parte da nossa cultura e de- senvolveu-se para a linguagem audiovisual, integrando tecnologias de vídeo e de som. Já apresentamos de modo introdutório a obra dos artistas Ceci Soloaga e Ygor Marotta, que formam a dupla VJ Suave e criam animações digitais coloridas que fazem parte de instalações audiovisuais e grafites digitais em intervenções em várias cidades. A instalação A natureza invade a cidade provoca uma reflexão sobre como a natureza faz falta em espaços urbanos e sobre como encontrar soluções para transformar esses espaços. Conversar com eles sobre como percebem a natureza onde vivem e como viver próximo ou distante da natureza afeta a vida deles. Articulação com Ciências da Natureza Nesta proposta a articulação entre Arte e Ciências da Natureza é feita por meio da investigação de formas na natureza e na apreciação da exploração dessas formas na arte. Também é realizada por meio do trabalho com noções de sustentabilidade e conservação am- biental em centros urbanos. ⊲ PNA • Literacia familiar A atividade 3 trabalha com litera- cia familiar ao propor uma conversa com um familiar, incentivando a troca de conhecimentos sobre a conserva- ção ambiental. ⊲ +IDEIAS São muitas as linguagens e as mí- dias que exploram a cultura audiovisual na arte, desenvolvidas com linguagens integradas, híbridas, em que o som e a imagem estão a serviço da poética. São linguagens como a videoarte, a videoinstalação, o videoclipe, a video- dança e a videointervenção. Conversar com os estudantes sobre a cultura au- diovisual: o mundo é repleto de cores e sons. Vocês já pensaram sobre isso? Que tal vermos e ouvirmos mais? Sugerimos que nesta conversa seja introduzida a noção de paisagem so- nora enquanto conjunto de sons que podemos perceber à nossa volta: os produzidos pela voz humana e de outros animais, os da natureza, os de máquinas e os produzidos por instru- mentos musicais. No dia a dia e na arte, podemos criar e apreciar paisa- gens sonoras. Alguns artistas utilizam esses sons para criar ambientes e sen- sações, como foi feito na instalação A natureza invade a cidade. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes se expressam ao conversarem em mo- mentos de nutrição estética. Se hou- ver estudantes mais silenciosos, convi- dá-los para se expressar fazendo com- binados para que todos respeitem os momentos de fala e escuta no grupo. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • VJ SUAVE. A natureza invade a cidade. Disponível em: https://vjsuave.com/projects/ a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br. Acesso em: 6 jul. 2021. O site apresenta algumas fotos e um vídeo sobre a instalação audiovisual que convida o público a interagir com um mundo imaginário e animado com per- sonagens que percorrem o ambiente. 27 EM UMA INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL, A DUPLA VJ SUAVE CRIOU, COM SONS, FORMAS E CORES, UMA OBRA QUE EXPRESSA A PREOCUPAÇÃO COM A VIDA NAS CIDADES. INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL É UM AMBIENTE CRIADO COM RECURSOS DE IMAGENS (FIXAS OU EM MOVIMENTO) E SONS. ▲ A NATUREZA INVADE A CIDADE, INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL CRIADA PELA DUPLA VJ SUAVE. OBRA EXPOSTA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2014. 1. COMO VOCÊ PERCEBE AS FORMAS NAS CASAS, NOS EDIFÍCIOS E EM OUTRAS CONSTRUÇÕES? 2. COMO VOCÊ PERCEBE AS FORMAS DA NATUREZA NO LUGAR ONDE VIVE? 3. CONVERSE COM UM FAMILIAR SOBRE O QUE É PRECISO FAZER PARA SE TER MAIS NATUREZA NAS CIDADES. DEPOIS, CONTE PARA OS COLEGAS DA TURMA SOBRE AS SUGESTÕES. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam as formas geométricas e orgânicas nas construções e nos espaços em que moram ou frequentam. Sugere-se convidar a família a participar, Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem as formas, em especial as orgânicas, em folhas no jardim, flores, frutas, animais, nuvens e em outros elementos da paisagem. Resposta pessoal. Incentivar a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares. O foco dessa proposta é levá-los a refletir sobre a conservação ambiental, seguindo os normativos referentes à educação ambiental. VJ S UA VE para os estudantes perceberem que essas formas fazem parte da arquitetura e do design do local onde vivem. 27 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 27 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 FORMAS DA NATUREZA NA ARTE OBSERVE ESTA OBRA DE REGINA SILVEIRA. NESSA INSTALAÇÃO COM FORMAS ORGÂNICAS, A ARTISTA RECRIOU IMAGENS DO CÉU EM UM DIA ENSOLARADO DENTRO DE UMA SALA DE UM MUSEU DE ARTE. VOCÊ JÁ IMAGINOU CAMINHAR COMO SE ESTIVESSE ANDANDO SOBRE AS NUVENS? A ARTE TORNA POSSÍVEL VIVER ESSA SENSAÇÃO! ▲ MONTAGEM DE ILUSTRAÇÃO COM FOTOGRAFIA DA OBRA ENTRECÉU, INSTALAÇÃO DE REGINA SILVEIRA, 2007. VINIL ADESIVO. MUSEU VALE DO RIO DOCE, ESPÍRITO SANTO/ DING MUSA. ILUSTRAÇÃO: WANDSON ROCHA REGINA SILVEIRA (1939-) É UMA ARTISTA QUE GOSTA DE CRIAR COM MUITAS FORMAS. ACE RV O P ES SO AL 26 diAlogos CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 26 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 27D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 27 09/08/21 20:5109/08/21 20:51 vemos nas ondas do mar ou no movimen- to de uma fita a voar com o vento. Os estudantes estão em fase de alfabe- tização, descobrindo as letras, as palavras e as funções sociais de textos. Consideramos importante trabalhar as informações das legendas das obras, mas, ao final da me- diação, como um modo de ampliar infor- mações sobre a obra apresentada. Por uma escolha didática, foram abreviadas as uni- dades de medida referentes às dimensões das obras de arte. Abreviamos metros (m) e centímetros (cm) em todas as legendas. O uso de letras maiúsculas nas unidades de medida possui fins meramente didáticos, uma vez que neste volume do Livro do Es- tudante e no Capítulo 1 do 2o volume não se utilizam letras minúsculas. Na atividade 5, os estudantes são desafiados a refletir sobre que materia- lidades podemos usar para criar linhas e movimentos. ⊲ +IDEIAS Após o momento de nutrição estética e da roda de conversa, propor exercícios lúdicos em que os estudantes te- nham acesso a materiais como fitas de tecido para brincar e dançar. O corpo pode fazer movimentos com base nas linhas que eles perceberam nas duas obras artísticas apreciadas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes se mostram interessados na leitura de imagens e como se expressam oral- mente. Identificar se acolhem a fala dos colegas na construção coletiva e colaborativa de hipóteses interpreta- tivas. Registrar as falas em seu diário de bordo. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • FUNDAÇÃO JOAN MIRÓ (Fundación Joan Miró, Barcelona). Disponível em: https://www.fmirobcn.org/en/joan-miro/. Acesso em: 5 jul. 2021. Site oficial da Fundação Miró (em catalão, espanhol e inglês), localizada em Barcelona, na Espanha. Além de informações sobre a fundação, é pos- sível conhecer a biografia de Miró e acessar imagens de obras do artista. • INSTITUTO TOMIE OHTAKE. Disponível em: https://www.institutotomieohtake. org.br. Acesso em: 5 jul. 2021. No site é possível acessar um amplo acervo de imagens de obras da artista Tomie Ohtake. • LEYTON, Daina (org.). Educação e acessibilidade: experiências do Museu de Arte Moderna de São Paulo. SãoPau- lo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2018. Disponível em: https://mam. org.br/wp-content/uploads/2018/09/ E d u c a c % C C % A 7 a % C C % 8 3 o - e - Acessibilidade_experie%CC%82ncias- do-MAM-QRcode.pdf. Acesso em: 5 jul. 2021. Há outras formas de estimular o aprendizado e a percepção de linhas na fruição de obras artísticas e na prá- tica de educação inclusiva. Por isso, sugerimos a leitura desse material que apresenta ações de educação inclu- siva do Museu de Arte Moderna de São Paulo. 15 ▲ SEM TÍTULO, ESCULTURA DE TOMIE OHTAKE, NO MUNICÍPIO DE SANTOS, ESTADO DE SÃO PAULO, 2008. AÇO, 15 M x 20 M x 2 M. PA RQ UE D O EM IS SÁ RI O SU BM AR IN O, SA NT OS . L EO F RA NC IN I/A LA M Y/ FO TO AR EN A A ARTISTA CRIOU LINHAS EM SUA ESCULTURA DE AÇO EM COR VERMELHA QUE OCUPA O ESPAÇO DA PAISAGEM À BEIRA DO MAR. 4. AS LINHAS EM OBRAS DE ARTE PODEM REPRESENTAR IDEIAS E SENSAÇÕES? CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. 5. QUE TIPOS DE LINHAS PERCEBEMOS NESSA OBRA DE TOMIE OHTAKE? A) SERÁ QUE PODEMOS CRIAR ESSAS LINHAS COM OUTROS MATERIAIS? VAMOS EXPERIMENTAR? B) QUE TAL FAZER MOVIMENTOS CORPORAIS PARA IMITAR OS MOVIMENTOS DESSAS LINHAS? TOMIE OHTAKE (1913-2015) NASCEU NO JAPÃO. AINDA JOVEM, VEIO MORAR NO BRASIL, ONDE DESENVOLVEU SUA ARTE. MUITAS DE SUAS ESCULTURAS PODEM SER VISTAS EM RUAS, PRAÇAS E PARQUES. Resposta pessoal. 5. a) Resposta pessoal. É possível criar essas linhas com outros materiais, como argila, linhas, tecidos, papéis, entre outros. Levar fitas de tecido para a sala de aula e oferecê-las aos estudantes para que brinquem e percebam que podemos criar linhas com elas. 5. b) Resposta pessoal. Propor aos estudantes que reproduzam os movimentos das linhas com o próprio corpo, trabalhando de modo lúdico a fruição, a percepção visual e a expressão corporal. DENISE ANDRADE AGORA, OBSERVE A IMAGEM DESTA ESCULTURA DE TOMIE OHTAKE. 15 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 15 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 ARTE EM LINHAS NA ARTE, MUITOS ARTISTAS USAM LINHAS E FORMAS. OBSERVE ESTA PINTURA DE JOAN MIRÓ. ▲ O DIAMANTE SORRI AO CREPÚSCULO, DE JOAN MIRÓ, 1947. ÓLEO SOBRE TELA, 97 CM x 130 CM. VOCÊ PERCEBEU AS LINHAS E AS FORMAS NA IMAGEM? PASSE UM DEDO OU UM LÁPIS SOBRE ELAS E DESCUBRA OS CAMINHOS DOS GESTOS E DOS TRAÇADOS REALIZADOS POR MIRÓ. 1. ONDE ESTÃO AS LINHAS NA PINTURA? COMO ELAS SÃO? 2. ALÉM DAS LINHAS, QUE OUTROS ELEMENTOS VOCÊ PERCEBEU NA OBRA? 3. SERÁ QUE ELEMENTOS VISUAIS, COMO LINHAS, FORMAS E CORES, SÃO ENCONTRADOS APENAS NA ARTE? OBSERVE AO SEU REDOR E CONVERSE COM OS COLEGAS A RESPEITO. e de direções das linhas criadas pelo artista Joan Miró na pintura e, também, que identifiquem © S UC CE SS IÓ M IR Ó / A UT VI S, B RA SI L, 2 02 1. JOAN MIRÓ (1893-1983) FOI UM ARTISTA QUE ADORAVA CRIAR MUNDOS IMAGINÁRIOS COM LINHAS, FORMAS E CORES. GILB ER T UZ AN /G AM M A- RA PH O /G ET TY IM AG ES a percepção para seu meio, por exemplo, em elementos da arquitetura, em objetos, em estampas de roupas, entre outros. pontos, formas e cores na imagem, a fim de ampliar 1, 2 e 3. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes percebam as variedades de formatos O uso de unidade de medida com letras maiúsculas é uma escolha didática, tendo em vista que os alunos estão em processo de alfabetização. 14 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU2.indd 14D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU2.indd 14 09/07/21 08:3609/07/21 08:36 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 15D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 15 09/08/21 20:5109/08/21 20:51 ⊲ PNA Explicita como o conteúdo abordado ou as propostas apresentadas no Livro do Estudante e neste manual contribuem no desenvolvimento de habilidades para a alfabetização dos estudan- tes à luz da Política Nacional de Alfabetização. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Compreendendo o processo de avaliação como algo contínuo, são indicados possíveis momentos de avaliação. Essas indicações não estão neces- sariamente relacionadas à elaboração de provas, mas têm como objetivo chamar a atenção para o processo de desenvolvimento de conhecimentos específicos, relacionados à aquisição de valores, às atitudes e às habilidades, tanto individuais como em grupo. ⊲ +IDEIAS São sugestões de atividades complementares para ampliar e aprofundar conceitos desenvolvi- dos. Podem ser utilizadas como um momento a mais no processo de avaliação contínua, em que alguns conteúdos são retomados para verificar possíveis dúvidas dos estudantes. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 47D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 47 10/08/21 09:4710/08/21 09:47 https://vjsuave.com/projects/a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br https://vjsuave.com/projects/a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br https://www.fmirobcn.org/en/joan-miro/ https://www.institutotomieohtake.org.br/ https://www.institutotomieohtake.org.br/ https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf XLVIII A proposta de criar desenhos a partir de observações em janelas também pode ser feita em casa. No entanto, é preciso alertar os familiares de que os estudantes devem realizar essas observações e pesquisas senso- riais sempre com a presença de um adulto. ⊲ +IDEIAS Para mostrar as produções dos estudan- tes, sugere-se a proposta Janelas pelas ja- nelas. Oferecer a eles folhas maiores como suportes e propor a criação de mais dese- nhos inspirados no que veem pela janela. Em uma parede, colocar placas de papelão e fixar as criações deles. Assim, os colegas de turma e outras pessoas da comunidade escolar poderão apreciar essas produções. Contar sobre o processo de criação de Matisse. Ele dizia que, para pintar, era ne- cessário olhar o mundo como se fosse a primeira vez que abrimos os olhos. Assim, podemos perceber todas as suas cores, formas e belezas. Matisse gostava de pes- quisar os efeitos dos tons das cores e as formas. Às vezes, ele usava vários tons de uma única cor em suas pinturas. Outras vezes, criava imagens bem coloridas. Matisse inventou uma técnica que ficou conhecida como “desenho com tesoura”, em que fazia recortes de formas de papéis coloridos e criava composições em colagens. Pesquisar mais sobre os desenhos de tesoura e propor aos estudantes novas expe- riências a fim de que criem arte usan- do cores e formas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS A dica aqui é acompanhar como os estudantes participam de momentos de apreciação de imagens, se expres- sam oralmente, colocam suas hipóte- ses e se expressam de modo criativo e poético a partir de percepções e leitu- ras de mundo. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA • CURTAS que arrebatam #57: inspira- dos em artistas. Laboratório de educação, 20 jul. 2020. Disponível em: https:// labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57- inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse. Acesso em: 2 jun. 2021. Artigo em que são indicados e disponibilizados vídeos de animação para fruir em família. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • O BOLERO de Matisse: timbre ou a cor do som. Vídeo (9min04s). Dispo- nível em: https://www.youtube.com/ watch?v=kcqTCgCQ3FU. Acesso em: 20 jun. 2021. A animaçãoO bolero de Matisse é uma linda viagem ao mundo desse artista. O vídeo trabalha sons e cores, e permite perceber as relações das artes visuais e musicais, entender o conceito de timbre, ou a cor do som, por meio da composição de Ravel “Bolero”. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • MARINHO, Patrícia. Pintar com tesou- ra, uma arte inspirada em Matisse. Tempojunto, 26 out. 2014. Disponível em: https://www.tempojunto.com/2014/10/26/ pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada- em-matisse/. Acesso em: 2 jun. 2021. Essa matéria traz informações so- bre Matisse e sua obra, além de uma proposta de oficina que pode ser rea- lizada com os estudantes e visa fazer pinturas com tesoura inspiradas na criação de Matisse. 45 1. AGORA, OLHE PELA JANELA. QUAIS CORES VOCÊ VÊ HOJE? 2. FECHE OS OLHOS POR ALGUNS SEGUNDOS. QUAIS SONS VOCÊ OUVE DA JANELA? 3. NO ESPAÇO A SEGUIR, VOCÊ VAI CRIAR DESENHOS QUE EXPRESSEM CORES, FORMAS E SONS A PARTIR DO QUE VOCÊ VÊ, OUVE OU PERCEBE DA JANELA. DICA: LEMBRE QUE VOCÊ PODE SEMPRE IMAGINAR E TAMBÉM INVENTAR! Resposta pessoal. Orientar os estudantes, ou combinar com os familiares, sobre a realização desta proposta. A ideia é que eles (com segurança) se aproximem da janela da escola ou de casa para observar a paisagem. É importante que identifiquem cores, formas e sons e que depois, com liberdade, se expressem pelo desenho, trazendo elementos da observação com abertura para exercícios de imaginação e invenção. Deixá-los livres para escolherem os riscadores com os quais realizarão a atividade. CL AU DI A M AR IA N N O 1. e 2. Respostas pessoais. Sugere-se criar uma lista de cores e outra de sons na lousa para os estudantes perceberem a diversidade de percepções. Aproveitar o momento para valorizar a diversidade de percepções. 45 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 45D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 45 06/07/21 10:1806/07/21 10:18 OBSERVE ESTA IMAGEM FEITA POR HENRI MATISSE. CORES E SONS NA SUA JANELA ▲ A JANELA ABERTA, DE HENRI MATISSE, 1905. ÓLEO SOBRE TELA, 55,3 CM x 46 CM. SERÁ QUE O ARTISTA CRIOU ESSA PINTURA COM BASE NO QUE ESTAVA OBSERVANDO PELA JANELA? OU SERÁ QUE ELE INVENTOU CORES E FORMAS A PARTIR DA SUA IMAGINAÇÃO? VAMOS REFLETIR UM POUCO MAIS SOBRE AS CORES E OS SONS QUE VOCÊ VÊ E OUVE DA JANELA? HENRI MATISSE (1869-1954) FOI UM ARTISTA QUE CRIOU PINTURAS E COLAGENS BEM COLORIDAS. ELE FEZ PARTE DE UM MOVIMENTO DE ARTE CHAMADO FAUVISMO. OS ARTISTAS DO FAUVISMO EXPLORAVAM MUITO AS CORES E TAMBÉM ERAM CONHECIDOS COMO “FERAS DA COR”. © S UC CE SS IO N H . M AT IS SE / AU TV IS , B RA SI L, 2 02 1. C AP TI O N : A JA N EL A AB ER TA , D E HE N RI M AT IS SE , 1 90 5 AU TV IS TH E LI FE P IC TU RE C O LL EC TI O N / G ET TY IM AG ES arte-AVENTURA 44 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 44D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 44 06/07/21 10:1806/07/21 10:18 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 45D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 45 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nessa seção, propõe-se um mo- mento para uma avaliação proces- sual. Na parte geral do Manual do Professor, no item Monitoramento da aprendizagem, há uma ficha de avaliação dos estudantes em que constam os objetivos pedagógicos da unidade. Com o acompanhamento da aprendizagem, é possível identi- ficar conhecimentos individuais con- quistados nos estudos ao longo da unidade, retomar e avaliar habilidades e conteúdos estudados e identificar possíveis dificuldades. Sugere-se olhar e avaliar os objetivos pedagógicos da unidade tendo como base todas as situações avaliativas propostas. Além das atividades da seção, os portfólios físicos e/ou eletrônicos, os cadernos de artista, as anotações em seu diário de bordo e outras produções e regis- tros criados podem ser considerados. Nesse sentido, é importante também retomar situações avaliativas em que a presença do corpo se fez potente nos estudantes, principalmente em propostas com dança, teatro, música, performance e outras linguagens. Tendo em vista que cada pessoa pode ter experiências diversas com a Arte, é importante avaliar a qualidade dos encontros que os estudantes tive- ram com essa área de conhecimento em suas diferentes linguagens. Caso identifique que algumas experiências não foram vividas, sugere-se oferecer novas oportunidades de ação criadora em que desenvolvam competências e habilidades e criem com autonomia a partir de poéticas autorais. Pro- porcionar conversas em grupo sobre as próprias produções pode ser uma ação positiva para a autoavaliação e a percepção da potência expressiva de cada um. suas produções de imagens são diferen- tes das representações feitas pelos adul- tos. Portanto, é necessário analisar essas produções com o olhar de quem conhece e estuda a infância. Além disso, é importante perceber como as crianças criam hipóteses inter- pretativas das leituras de imagens; como percebem as sonoridades, as paisagens sonoras e criam partituras não convencio- nais com desenhos e sons onomatopeicos; como se expressam corporalmente a partir do encontro estésico e estético com ima- gens (fixas e em movimento), sons, mú- sicas, poemas; e como aprendem juntas, em colaboração com os colegas, o profes- sor e os familiares. Embora se saiba que as crianças carregam consigo suas leituras de mundo e poéticas, é preciso oportunizar tempos, espaços, materialidades para que, em ambiências criadoras e educadoras, elas sejam provocadas com experiências estéticas e estésicas que potencializem a expressão de suas poéticas pessoais. 63 4 FAÇA UM CÍRCULO NA FONTE SONORA NATURAL. 5 LIGUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM OS SONS ÀS SUAS FONTES SONORAS. A) 6 OBSERVE, REFLITA E CIRCULE. A) QUAL DELES TEM O SOM MAIS FORTE? B) QUAL DELES TEM O SOM MAIS LONGO? A) B) C) B) IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN Leia as onomatopeias em voz alta para representar o som ou, ainda, apresente o som da onomatopeia de algum dispositivo digital para o estudante. 63 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63 06/07/21 10:1906/07/21 10:19 3 OBSERVE O CÍRCULO CROMÁTICO. A) FAÇA UM X NAS CORES PRIMÁRIAS. B) AGORA, FAÇA UM NAS CORES SECUNDÁRIAS. 1 CRIE UM DESENHO UTILIZANDO PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. USE UMA FOLHA AVULSA. 2 NO SEU DESENHO, QUE TIPOS DE LINHAS E FORMAS VOCÊ USOU? C) QUAL É A SUA COR PREFERIDA? QUAL É O NOME DELA? COMEÇA COM QUE LETRA? 1. Resposta pessoal. Avaliar de que forma os estudantes se apropriaram dos conceitos de pontos, linhas, formas e cores LINHA CURVA LINHA RETA LINHA FINA LINHA GROSSA OUTRO TIPO DE LINHA FORMA GEOMÉTRICA FORMA ORGÂNICA Resposta pessoal. um tipo de linha ou, ainda, usar os mais variados tipos. O importante é entender que não existem regras e que eles podem sempre usar a criatividade e a imaginação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem o círculo cromático e seus materiais AMARELO AMARELO- -ALARANJADO VERMELHO ROXO VERMELHO- -ARROXEADO VERMELHO- -ALARANJADO LARANJA CL AU DI A M AR IA N N O AZUL-ARROXEADO AZUL- -ESVERDEADO VERDE AMARELO- -ESVERDEADO AZUL O O O XX X (como caixas de lápis de cor e de giz de cera) e escolham uma cor da preferência deles. Com sua ajuda, eles podem tentar escrever a primeira letra do nome da cor. A depender do desenvolvimento da alfabetização deles, é possível estimulá-los a escrever o nome completo da cor. apresentados nesta unidade. Espera-se que eles percebam que, em seus desenhos, podem usar VAMOS recordar? 62 AVALIAÇÃO DE PROCESSOAVALIAÇÃO DE PROCESSO D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034a 063-LA-G23-AVU2.indd 62 09/07/21 08:4009/07/21 08:40 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 63D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 63 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 ⊲ SUGESTÃO Sugestões de sites, livros, revistas, artigos, músicas e/ou outros recursos que instrumen- talizam o professor para a utilização de dados e fatos, ampliando a formação e o trabalho docente. Além disso, sugere materiais que podem ser indicados aos estudantes e seus familiares. ⊲ PARA CASA Indica os momentos de atividades que podem ser desenvolvidas em casa, além de estratégias para o trabalho em conjunto com os familiares. ⊲ CONCLUSÃO DA UNIDADE Orienta a avaliação formativa e o monito- ramento da aprendizagem. ROTEIRO DE AULA Na atividade 1, os estudantes de- vem criar um desenho usando elemen- tos constitutivos da linguagem visual, como ponto, linha, forma e cor. Como a proposta nesta unidade foca o traba- lho com a alfabetização nas linguagens da Arte, é importante observar se eles ampliaram o uso desses elementos após vivenciarem momentos de leitura de imagens, de conversas, de criação de imagens para expressar o que estavam aprendendo. Aproveitar, também, para analisar se são expressos, nos desenhos, formatos, posições, espessuras e outros aspectos de construção de variados ti- pos de linhas. Observar se usam formas orgânicas e geométricas e, ainda, se es- colhem cores para compor suas criações e se surgem composições com autoria, criatividade e poéticas pessoais. A ativi- dade 2 propõe avaliar se os estudantes fazem escolhas sensíveis e conscientes desses elementos e de outros, como tex- turas, movimentos, espaços tridimen- sional ou bidimensional. Na atividade 3, é retomado o estudo das cores e suas misturas. As propostas 3a e 3b visam avaliar como os estudantes percebem a progressão de misturas entre cores na ordem das cores primárias, secundárias e terciárias. Na atividade 4, a propos- ta é avaliar como os estudantes obser- vam e descrevem sons relacionando e identificando fontes sonoras (naturais e artificiais). Na atividade 5, explora-se a investigação de sons naturais e artificiais representados por onomatopeias. Na atividade 6, a proposta é retomar os estudos sobre os parâmetros sonoros e avaliar competências e habilidades que os estudantes aprendem e expressam ao estudar o conceito de intensidade, na atividade 6a, e de duração na ati- vidade 6b. CONCLUSÃO DA UNIDADE Ao se preocupar em desenvolver com- petências e habilidades no ensino e apren- dizagem de Arte, tendo como foco a al- fabetização em linguagens artísticas, tam- bém são trazidas inquietações sobre como os estudantes se desenvolvem na relação entre arte e vida, e como são suas leituras de mundo e suas poéticas pessoais. Cada criança carrega em si sua poética, ou seja, sua forma de expressão. Nesse contexto, a palavra poética refere-se ao discurso expressivo (visual, corporal ou musical) de um indivíduo ou de uma coletividade, às escolhas feitas e aos arranjos criados entre elementos constitutivos de linguagens, materialida- des, assuntos, aspectos estéticos e pen- samentos imagéticos. Nos contextos das produções, é importante lembrar que as crianças, ao criar desenhos, passam por diferentes momentos de desenvolvimen- to em suas representações gráficas e que 62 4 FAÇA UM CÍRCULO NA FONTE SONORA NATURAL. 5 LIGUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM OS SONS ÀS SUAS FONTES SONORAS. A) 6 OBSERVE, REFLITA E CIRCULE. A) QUAL DELES TEM O SOM MAIS FORTE? B) QUAL DELES TEM O SOM MAIS LONGO? A) B) C) B) IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN Leia as onomatopeias em voz alta para representar o som ou, ainda, apresente o som da onomatopeia de algum dispositivo digital para o estudante. 63 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63 06/07/21 10:1906/07/21 10:19 3 OBSERVE O CÍRCULO CROMÁTICO. A) FAÇA UM X NAS CORES PRIMÁRIAS. B) AGORA, FAÇA UM NAS CORES SECUNDÁRIAS. 1 CRIE UM DESENHO UTILIZANDO PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. USE UMA FOLHA AVULSA. 2 NO SEU DESENHO, QUE TIPOS DE LINHAS E FORMAS VOCÊ USOU? C) QUAL É A SUA COR PREFERIDA? QUAL É O NOME DELA? COMEÇA COM QUE LETRA? 1. Resposta pessoal. Avaliar de que forma os estudantes se apropriaram dos conceitos de pontos, linhas, formas e cores LINHA CURVA LINHA RETA LINHA FINA LINHA GROSSA OUTRO TIPO DE LINHA FORMA GEOMÉTRICA FORMA ORGÂNICA Resposta pessoal. um tipo de linha ou, ainda, usar os mais variados tipos. O importante é entender que não existem regras e que eles podem sempre usar a criatividade e a imaginação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem o círculo cromático e seus materiais AMARELO AMARELO- -ALARANJADO VERMELHO ROXO VERMELHO- -ARROXEADO VERMELHO- -ALARANJADO LARANJA CL AU DI A M AR IA N N O AZUL-ARROXEADO AZUL- -ESVERDEADO VERDE AMARELO- -ESVERDEADO AZUL O O O XX X (como caixas de lápis de cor e de giz de cera) e escolham uma cor da preferência deles. Com sua ajuda, eles podem tentar escrever a primeira letra do nome da cor. A depender do desenvolvimento da alfabetização deles, é possível estimulá-los a escrever o nome completo da cor. apresentados nesta unidade. Espera-se que eles percebam que, em seus desenhos, podem usar VAMOS recordar? 62 AVALIAÇÃO DE PROCESSOAVALIAÇÃO DE PROCESSO D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62 09/07/21 08:4009/07/21 08:40 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 62D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 62 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 48D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 48 10/08/21 09:4710/08/21 09:47 https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://www.youtube.com/watch?v=kcqTCgCQ3FU https://www.youtube.com/watch?v=kcqTCgCQ3FU https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ 1a edição, São Paulo, 2021 Ensino Fun damental - Anos Inicia is Component e: Arte 5ARTE SOLANGE DOS SANTOS UTUARI FERRARI Educadora, escritora e artista visual. Doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura (Mackenzie-SP), mestre em Artes Visuais (Unesp-SP) e licenciada em Educação Artística (UMC-SP), com especialização em Antropologia (FESPSP) e em Arte-Educação (USP-SP). É ilustradora, autora de livros didáticos e de propostas para a formação de educadores. Também atua na assessoria de projetos educativos e culturais e em atualização e implantação de currículos em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação para Jovens e Adultos. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. PASCOAL FERNANDO FERRARI Educador, escritor, ator e diretor teatral. Mestre em Ensino de Ciências (Unicsul-SP), licenciado em Pedagogia (Unicastelo-SP) e em Psicologia (UBC-SP), com especialização em Sociologia (FESPSP). É autor de diversos livros de Arte, com foco na linguagem teatral. Também é assessor em propostas curriculares, pesquisador e docente universitário na área de teatro. Sua produção literária já foi honrada com indicação e premiação no Prêmio Jabuti. CARLOS ELIAS KATER Educador, musicólogo e compositor. Doutor em História da Música e Musicologia pela Universidade de Paris IV (Sorbonne) e professor titular pela Escola de Música da UFMG.Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem). É membro permanente do Conselho Assessor da Cátedra Livre de Pensamento Pedagógico Musical Latino-Americano (Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires), conferencista, consultor e autor de publicações sobre Musicologia e Educação Musical Contemporânea. Sua produção já recebeu indicação ao Prêmio Jabuti. BRUNO FISCHER DIMARCH Educador, escritor, dançarino e artista multimídia. Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e licenciado em Educação Artística (Famosp-SP). Foi professor em escolas públicas e privadas e em universidades. Atuou como técnico e assessor em Secretarias de Educação e como coordenador de ensino a distância na Fundação Bienal de São Paulo. Foi consultor pedagógico na TV Cultura de São Paulo e educador em ações de formação continuada de professores. Sua produção já foi indicada ao Prêmio Jabuti. D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 1D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 1 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 1D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 1 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 2 APRESENTAÇÃO Querido estudante, Você já parou para pensar que vivemos em um mundo repleto de imagens? Que ouvimos sons o tempo todo? Que fazemos gestos e movimentos para nossa comunicação e expressão? A arte é uma forma de criar imagens, sons, gestos e movimentos. Ela é, também, uma maneira de nós percebermos o mundo ao nosso redor e de nele criarmos formas de expressão. Por isso, temos um convite para fazer a você: que tal embarcar com a gente em uma aventura pelo universo da arte, conhecer alguns artistas e descobrir do que é feita a arte? Então, ficou curioso? Aprender por meio da música, das artes visuais, da dança, do teatro, das artes integradas e ainda criar arte usando esses conhecimentos pode ser uma “arte-aventura” inesquecível! Vamos nessa? Convide seus familiares também! Os autores. Estes ícones indicam a forma como você vai realizar as propostas de Arte: Oralmente Em grupo Para casaTecnologiasDesenho Investigação D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 3D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 3 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 5o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Fabio Eugenio Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Andréia Viera, Bruna Assis Brasil, Bruna Ishihara, Claudia Marianno, Claudio Chiyo, Edson Faria, Enagio Coelho, PriWi, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 5º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-483-4 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-484-1 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-493-3 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-494-0 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72365 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 2D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 2 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 2D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 2 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 3 APRESENTAÇÃO Querido estudante, Você já parou para pensar que vivemos em um mundo repleto de imagens? Que ouvimos sons o tempo todo? Que fazemos gestos e movimentos para nossa comunicação e expressão? A arte é uma forma de criar imagens, sons, gestos e movimentos. Ela é, também, uma maneira de nós percebermos o mundo ao nosso redor e de nele criarmos formas de expressão. Por isso, temos um convite para fazer a você: que tal embarcar com a gente em uma aventura pelo universo da arte, conhecer alguns artistas e descobrir do que é feita a arte? Então, ficou curioso? Aprender por meio da música, das artes visuais, da dança, do teatro, das artes integradas e ainda criar arte usando esses conhecimentos pode ser uma “arte-aventura” inesquecível! Vamos nessa? Convide seus familiares também! Os autores. Estes ícones indicam a forma como você vai realizar as propostas de Arte: Oralmente Em grupo Para casaTecnologiasDesenho Investigação D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 3D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 3 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 5o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Fabio Eugenio Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela PithanMaraschin (trat. imagens) Ilustrações Andréia Viera, Bruna Assis Brasil, Bruna Ishihara, Claudia Marianno, Claudio Chiyo, Edson Faria, Enagio Coelho, PriWi, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 5º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-483-4 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-484-1 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-493-3 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-494-0 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72365 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 2D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 2 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 3D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 3 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 QUEM É? Apresenta os produtores de arte aos es- tudantes por meio de pequenas biografias desses artistas. BOXE CONCEITO Os principais conceitos trabalhados são apresentados em destaque para facilitar o estudo e a retomada durante a realização das atividades. ORGANIZAÇÃO DOS VOLUMES ⊲ VOCÊ JÁ VIU? Esta seção abre todos os volumes e objetiva realizar uma avaliação diag- nóstica dos conhecimentos esperados para o ano de ensino. Com base nes- sa sondagem, o professor pode definir seu planejamento anual, elaborando intervenções específicas para auxiliar os estudantes a resolverem possíveis faltas de pré-requisitos. ⊲ ABERTURA DA UNIDADE Trata-se de uma apresentação dinâ- mica e visual das ideias-chave propos- tas nos percursos de aprendizagem de cada unidade. As palavras-chave e as imagens apresentam as linguagens artísticas e o vocabulário de arte a ser trabalhado. ⊲ ABERTURA DE CAPÍTULO Todo início de capítulo é compos- to de imagem e boxe com texto que provocam a interpretação e convidam os estudantes a entrar no estudo dos saberes tratados no capítulo. A pro- posta não é explicar, mas mediar por meio da conversação e da provocação de ideias. É um momento que propicia a criação de situações interessantes de nutrição estética e escuta sensível. ⊲ DIÁLOGOS Nesta seção, são propostas rela- ções entre arte e vida cotidiana. As co- nexões têm a preocupação de trazer temas contemporâneos como saúde, ética, educação ambiental, pluralida- de cultural etc., além de estabelecer conexões interdisciplinares entre Arte e outros componentes curriculares. ⊲ OFICINA DE ARTE Seção que apresenta possibilidades para que os estudantes explorem, jo- guem, brinquem, interpretem, ence- nem, dancem, desenhem, pesquisem, experimentem, inventem, manipulem materialidades e resolvam problemas em diferentes situações no desafio de descobrir o fazer artístico. 4 UNIDADE 2 • Arte agora .................................................54 3 Arte contemporânea ............................................................. 56 Tempo de poetizar e de brincar! ..............................................................58 Diálogos | Tecnologia • Arte e robôs ........................................................... 62 Oficina de arte • Criar pinturas com brinquedos eletrônicos ........................ 63 Arte-aventura • Pipas e luzes ..............................................................................64 Arte em projetos • Arte e luz ...................................................................... 66 Arte e tecnologia.......................................................................................68 Diálogos | História • Como é possível desenhar com luz? ............................. 70 Oficina de arte • Vamos criar light paintings? ............................................... 72 Arte-aventura • Vídeo e arte: videoarte ........................................................ 74 Arte em projetos • A dança e o registro do movimento ................................ 76 4 Histórias e tecnologias na música ..................................... 80 Experimentações sonoras .........................................................................82 Diálogos | História • Os sons e a criação da música ..................................... 86 Oficina de arte • Som, gesto e música ......................................................... 88 Arte-aventura • Mundo sonoro e musical .................................................... 90 Arte em projetos • Jogos musicais ............................................................... 92 Atitude musical! ........................................................................................94 Diálogos | História e Ciências da Natureza • Música futurista .................... 98 Oficina de arte • Vamos experimentar multissons? .................................... 100 Arte-aventura • Sons contemporâneos ...................................................... 102 Arte em projetos • Construindo sonoridades: microfone de contato (captador sonoro) ..................................................................... 106 VAMOS RECORDAR? ................................................................108 o que aprendi neste ano ........................................... 110 Referências comentadas ....................................................................................112 Leituras complementares para o professor .......................................................112 D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 5D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 5 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 SUMÁRIO VOCÊ Ja VIU? .....................................6 Unidade 1 • Imagens em movimento .......... 8 1 Cinema: fábrica de sonhos ........................................10 Imaginação e criação................................................................. 12 Diálogos | Tecnologia • Aventuras na Arte e na Ciência ..............16 Oficina de arte • Literatura e cinema ...........................................17 Arte-aventura • Fábrica de sonhos ...............................................18 Arte em projetos • Um ser fantástico para brincar ......................19 Aventuras no mundo da imaginação ..................................... 22 Diálogos | Ciências da Natureza • Por que vemos imagens em movimento? ..........................................................................25 Oficina de arte • Desenhos em movimento .................................26 Arte-aventura • Personagens e histórias ......................................27 Arte em projetos • Histórias animadas ........................................28 2 Cinema: arte de muitas linguagens .....................30 A turma do cinema................................................................... 32 Diálogos | Língua Portuguesa • Texto, luz, câmera, ação! ..........36 Oficina de arte • Jogar e improvisar ............................................39 Arte-aventura • Meu filme de curta-metragem ...........................40 Arte em projetos • Cineclube da turma... ....................................42 Som, movimento, ação! ........................................................... 44 Diálogos | Ciências da Natureza • Cinema, música e dança .......46 Oficina de arte • Sapato para sapateado! ...................................48 Arte-aventura • Jogo das trilhas sonoras .....................................50 Arte em projetos • Efeitos especiais ............................................51 VAMOS RECORDAR? ....................................................53 SA N DR A LA VA N DE IR A D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001a 005 -LA-G23.indd 4D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 4 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 4D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 4 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 GLOSSÁRIO O objetivo do glossário é sanar difi- culdades e enriquecer o vocabulário dos estudantes. Próximo ao texto aparecem palavras, possivelmente desconhecidas, e seu significado contextualizado. ESTA É A MINHA ARTE! Traz dicas de como realizar mostras e exposições presencias ou virtuais, visando apresentar as produções dos estudantes. DESCUBRA MAIS Apresenta indicações de livros, sites, ví- deos, músicas etc., acompanhadas de uma breve sinopse. Tem por objetivo apoiar o desenvolvimento da competência leitora, complementar os assuntos abordados e ampliar o repertório linguístico e cultural dos estudantes. ⊲ ARTE-AVENTURA Para que haja criação, é fundamen- tal observar. Por isso, um dos convites desta seção é fazer pesquisas senso- riais para perceber imagens, sons e gestos na arte e na vida cotidiana. Nela, os estudantes podem explorar a realidade em que vivem e relacionar aos conhecimentos de Arte. ⊲ ARTE EM PROJETOS Nesta seção, são propostas diver- sas situações de ação criadora. São várias possibilidades de desafios para os estudantes que se ampliam em projetos mais aprofundados, explo- rando o que foi estudado e vivencia- do nas diferentes situações de apren- dizagem do capítulo. ⊲ VAMOS RECORDAR? Visando apoiar a avaliação proces- sual, esta seção foi organizada para que os estudantes possam fazer a re- visão de conceitos estudados na uni- dade. As atividades são certificadoras e dão parâmetro para o professor de quanto os estudantes avançaram na aprendizagem. ⊲ O QUE APRENDI NESTE ANO Ao final de cada volume, são apre- sentadas atividades que visam reto- mar os diagnósticos realizados ao lon- go do ano. Assim, o professor poderá analisar os avanços e os resultados obtidos acerca dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes. ⊲ REFERÊNCIAS COMENTADAS Apresenta referências bibliográfi- cas comentadas e complementares para pesquisa ou consulta. 5 UNIDADE 2 • Arte agora .................................................54 3 Arte contemporânea ............................................................. 56 Tempo de poetizar e de brincar! ..............................................................58 Diálogos | Tecnologia • Arte e robôs ........................................................... 62 Oficina de arte • Criar pinturas com brinquedos eletrônicos ........................ 63 Arte-aventura • Pipas e luzes ..............................................................................64 Arte em projetos • Arte e luz ...................................................................... 66 Arte e tecnologia.......................................................................................68 Diálogos | História • Como é possível desenhar com luz? ............................. 70 Oficina de arte • Vamos criar light paintings? ............................................... 72 Arte-aventura • Vídeo e arte: videoarte ........................................................ 74 Arte em projetos • A dança e o registro do movimento ................................ 76 4 Histórias e tecnologias na música ..................................... 80 Experimentações sonoras .........................................................................82 Diálogos | História • Os sons e a criação da música ..................................... 86 Oficina de arte • Som, gesto e música ......................................................... 88 Arte-aventura • Mundo sonoro e musical .................................................... 90 Arte em projetos • Jogos musicais ............................................................... 92 Atitude musical! ........................................................................................94 Diálogos | História e Ciências da Natureza • Música futurista .................... 98 Oficina de arte • Vamos experimentar multissons? .................................... 100 Arte-aventura • Sons contemporâneos ...................................................... 102 Arte em projetos • Construindo sonoridades: microfone de contato (captador sonoro) ..................................................................... 106 VAMOS RECORDAR? ................................................................108 o que aprendi neste ano ........................................... 110 Referências comentadas ....................................................................................112 Leituras complementares para o professor .......................................................112 D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 5D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 5 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 SUMÁRIO VOCÊ Ja VIU? .....................................6 Unidade 1 • Imagens em movimento .......... 8 1 Cinema: fábrica de sonhos ........................................10 Imaginação e criação................................................................. 12 Diálogos | Tecnologia • Aventuras na Arte e na Ciência ..............16 Oficina de arte • Literatura e cinema ...........................................17 Arte-aventura • Fábrica de sonhos ...............................................18 Arte em projetos • Um ser fantástico para brincar ......................19 Aventuras no mundo da imaginação ..................................... 22 Diálogos | Ciências da Natureza • Por que vemos imagens em movimento? ..........................................................................25 Oficina de arte • Desenhos em movimento .................................26 Arte-aventura • Personagens e histórias ......................................27 Arte em projetos • Histórias animadas ........................................28 2 Cinema: arte de muitas linguagens .....................30 A turma do cinema................................................................... 32 Diálogos | Língua Portuguesa • Texto, luz, câmera, ação! ..........36 Oficina de arte • Jogar e improvisar ............................................39 Arte-aventura • Meu filme de curta-metragem ...........................40 Arte em projetos • Cineclube da turma... ....................................42 Som, movimento, ação! ........................................................... 44 Diálogos | Ciências da Natureza • Cinema, música e dança .......46 Oficina de arte • Sapato para sapateado! ...................................48 Arte-aventura • Jogo das trilhas sonoras .....................................50 Arte em projetos • Efeitos especiais ............................................51 VAMOS RECORDAR? ....................................................53 SA N DR A LA VA N DE IR A D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 4D3-ART-F1-1101-V5-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 4 05/08/21 09:2305/08/21 09:23 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 5D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 5 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 OBJETIVOS • Participar de momentos de frui- ção e leitura de imagem tendo como proposição cena da animação O Menino e o Mundo, dirigida por Alê Abreu, expressando suas hipó- teses interpretativas e opiniões, res- peitando o ritmo do diálogo e espa- ço de fala dos colegas. • Perceber e dialogar sobre os pro- cessos de criação dentro da lingua- gem cinematográfica, em especial os filmes de animação, relatando seus conhecimentos e concluindo que o cinema é uma linguagem in- tegrada composta de elementos vi- suais, sonoros e corporais. • Identificar elementos constituti- vos da linguagem audiovisual (efei- tos especiais, trilha sonora, roteiro e narrativa, cores, luz, entre outros). • Refletir e expressar-se sobre como percebem a tecnologia como meio para se expressar artisticamente em diversaslinguagens. • Expressar-se acerca de suas expe- riências com o cinema (filmes e gêne- ros com os quais já tiveram contato), vivenciadas na escola e com a família. • Expressar conhecimentos prévios sobre processos de criação nas artes visuais, dança, música, teatro e inte- grações entre várias linguagens. • Refletir sobre as possibilidades de criação na relação entre arte e tecno- logia e na relação entre linguagens artísticas na contemporaneidade. ROTEIRO DE AULA Nessa seção, propõe-se um momento para a avaliação diagnóstica. Na parte ge- ral do Manual do Professor, no item Mo- nitoramento da aprendizagem, há uma ficha que pretende auxiliar na construção de indicadores que poderão direcionar o planejamento e o trabalho a ser realizado durante o ano escolar. As atividades da seção Você já viu? são uma proposição para que os estudantes escrevam seus relatos pessoais e seus co- nhecimentos prévios acerca da linguagem audiovisual do cinema, do vídeo e da ani- mação e como imaginam que seja o pro- cesso de criação dessas linguagens. Para a nutrição estética, propor a leitura de ima- gem da cena do filme de animação O Me- nino e o Mundo, dirigido por Alê Abreu. Perguntar aos estudantes o que eles estão vendo e permitir que se expressem livre- mente. Se possível, apresente um trecho da animação, oportunizando o acesso a essa produção cinematográfica àqueles estudantes que ainda não a assistiram. Na atividade 2, se considerar adequado, para além da identificação da integração 6 2 Por que o cinema é uma arte audiovisual? Espera-se que os estudantes concluam que é porque o cinema é uma linguagem integrada, com- posta de elementos visuais e sonoros. 3 Você costuma ir ao cinema com amigos e familiares? Quais filmes você gosta de assistir? Respostas pessoais. 4 Do que você mais gosta em um filme? Resposta pessoal. Dos efeitos especiais. Das imagens. Da trilha sonora. Da atuação de atores (ou de dubladores, quando são filmes de animação). Da história. De outros elementos dessa arte audiovisual. De quais? 5 Como os aparelhos tecnológicos afetam o seu dia a dia? Resposta pessoal. 6 Quais recursos tecnológicos podemos usar para fazer e apreciar arte nas diversas linguagens? Resposta pessoal. Os estudantes podem comentar todos os itens relacionados. 7 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 7D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 7 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 PH OT O 1 2 / A LA M Y/ FO TO AR EN A O ser humano está sempre inventando alguma coisa. É um ser inventor. São tantos inventos! Será que já criamos tudo ou ainda há muito a imaginar e criar? Que tal conversar sobre isso com os colegas, o professor e os familiares? 1 O cinema é um entre os muitos inventos criados pela mente humana. Na imagem a seguir, temos uma cena do filme de animação O Menino e o Mundo (2016). Como você acha que é feito um filme de animação? Animação é um tipo de filme no qual um desenho, um objeto ou uma fotografia ganha movimento. ▲ Cena do filme de animação O Menino e o Mundo, direção de Alê Abreu, Brasil, 2016. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes criem hipóteses e relatem o que conhecem sobre a linguagem do cinema, em especial sobre os filmes de animação. 6 AVALIAÇÃO INICIALAVALIAÇÃO INICIAL VOCE ^ JA VIU? D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 6D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 6 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 6D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 6 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 das linguagens visual e sonora, trabalhar com os estudantes a estrutura da palavra, que é a junção dos termos áudio e visual. A atividade 3 propicia um levantamento das práticas familiares que possibilitam saber da fruição de produções cinematográficas. Na atividade 4, busca-se identificar a per- cepção dos estudantes acerca da integração de linguagens nas produções audiovisuais. Ao trabalhar a atividade 5 com os es- tudantes, sugere-se ressaltar que a tecno- logia está presente em diversas esferas da vida cotidiana. Na atividade 6, levantar junto aos estu- dantes o que já conhecem sobre a arte con- temporânea, os materiais e recursos tecno- lógicos para criar em arte. Pode-se levantar mais questões para essa investigação. Nesse momento, o estudante pode analisar obras de arte contemporâneas e comentar oral- mente ou por escrito sobre os materiais, os recursos tecnológicos e outros usados por ar- tistas atuais. Propor e organizar um momen- to para que os estudantes possam conversar e compartilhar saberes presentes em seus re- pertórios culturais, adquiridos em estudos em anos anteriores, sobre a arte contemporânea. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nesse momento de avaliação diag- nóstica, propõe-se olhar para as várias linguagens artísticas. Além disso, é importante ouvir os relatos dos estu- dantes e criar mais situações avaliati- vas em que o corpo esteja presente, principalmente quando houver pro- postas com dança, teatro, música, performance e outras linguagens. Assim, será possível avaliar mais as- pectos e refletir sobre os objetivos. Ao longo do Manual do Professor, há sugestões para realizar registros e pro- duções em diversas linguagens, subsí- dios estes que podem ser usados para a criação de portfólios físicos e/ou ele- trônicos e de cadernos de artista (diá- rio de bordo do estudante) que serão importantes em outros momentos de avaliação. Esses materiais podem ser produzidos com a ajuda dos familiares e, também, compartilhados com eles. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • O MENINO e o Mundo: making of completo: PARTE 1 de 2. Vídeo (13min6s). Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=tKwWkYL8aMs. Acesso em: 23 jul. 2021. Primeira parte dos bastidores da produção do filme de animação O Menino e o Mundo. • O MENINO e o Mundo: making of completo: PARTE 2 de 2. Vídeo (12min40s). Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=dWL40XjLhv0. Acesso em: 23 jul. 2021. Segunda parte dos bastidores da produção do filme de animação O Me- nino e o Mundo. 7 2 Por que o cinema é uma arte audiovisual? Espera-se que os estudantes concluam que é porque o cinema é uma linguagem integrada, com- posta de elementos visuais e sonoros. 3 Você costuma ir ao cinema com amigos e familiares? Quais filmes você gosta de assistir? Respostas pessoais. 4 Do que você mais gosta em um filme? Resposta pessoal. Dos efeitos especiais. Das imagens. Da trilha sonora. Da atuação de atores (ou de dubladores, quando são filmes de animação). Da história. De outros elementos dessa arte audiovisual. De quais? 5 Como os aparelhos tecnológicos afetam o seu dia a dia? Resposta pessoal. 6 Quais recursos tecnológicos podemos usar para fazer e apreciar arte nas diversas linguagens? Resposta pessoal. Os estudantes podem comentar todos os itens relacionados. 7 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 7D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 7 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 PH OT O 1 2 / A LA M Y/ FO TO AR EN A O ser humano está sempre inventando alguma coisa. É um ser inventor. São tantos inventos! Será que já criamos tudo ou ainda há muito a imaginar e criar? Que tal conversar sobre isso com os colegas, o professor e os familiares? 1 O cinema é um entre os muitos inventos criados pela mente humana. Na imagem a seguir, temos uma cena do filme de animação O Menino e o Mundo (2016). Como você acha que é feito um filme de animação? Animação é um tipo de filme no qual um desenho, um objeto ou uma fotografia ganha movimento. ▲ Cena do filme de animação O Menino e o Mundo, direção de Alê Abreu, Brasil, 2016. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes criem hipóteses e relatem o que conhecem sobre a linguagem do cinema, em especial sobre os filmes de animação. 6 AVALIAÇÃO INICIALAVALIAÇÃO INICIAL VOCE ^ JA VIU? D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006a 029-LA-G23-AVU1.indd 6D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 6 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 7D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 7 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 https://www.youtube.com/watch?v=tKwWkYL8aMs https://www.youtube.com/watch?v=dWL40XjLhv0 INTRODUÇÃO À UNIDADE Nesta unidade, propomos um mer- gulho na linguagem do cinema, pas- sando por sua história e apresentando experiências de artistas e cientistas pio- neiros na construção dessa linguagem. O cinema nasceu do fascínio das pes- soas por capturar, movimentar e pro- jetar imagens. Da invenção dessa arte, criaram-se as imagens em movimento que vemos hoje na TV, em games, no celular. Inicie conversando com os estu- dantes a respeito do mundo das ima- gens em movimento e das culturas vi- sual e audiovisual que nasceram com o cinema. As linguagens artísticas podem ser integradas, e de uma linguagem po- dem nascer muitas outras. A proposta é ampliar os saberes dos estudantes pro- pondo várias situações de aprendiza- gem para desenvolver competências e habilidades ao estudar as relações entre as diversas linguagens artísticas na ex- pressão cinematográfica. Os conceitos em foco nesta uni- dade são: cinema; animação; arte e ciência; arte e tecnologia; história do cinema; ficção científica; efeitos especiais; stopmotion; taumatrópio; imagens em movimento; materialida- des na animação; produção de texto, roteiro e cartaz; linguagens integra- das; cinema, dramaturgia e literatura; construção das personagens; cor, for- ma, espaço; maquiagens no cinema; personagens do cinema; efeitos espe- ciais; festival de cinema; gestos e mo- vimentos; jogos de improvisação; luz, cor, enquadramento; música e dança; profissionais e linguagens da arte ci- nematográfica; ritmo e coreografia; storyboard; teatralidades; representa- ção; trilhas sonoras. ⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS • Participar de momentos de fruição de imagens e leitura de textos poéti- cos de diversas linguagens, com foco no cinema, na música e na dança, ex- pressando suas hipóteses interpretati- vas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e espaço de fala dos colegas. • Identificar e usar em suas produ- ções elementos da linguagem cine- matográfica (roteiro e narrativa, luz, planos e enquadramentos, efeitos especiais, trilha sonora, entre outros), reconhecendo seu caráter integrado com- posto de elementos visuais e sonoros, como a encenação, a música e a dança. • Criar com autonomia, criatividade e poética utilizando a linguagem cinema- tográfica, percebendo ainda processos de criação integrados a outras lingua- gens, como o teatro, a música e a dança. • Identificar, explorar e escolher diferen- tes materialidades na criação de cenários, figurinos e personagens, incluindo o uso de tecnologias (celulares e câmeras filma- doras) na captação de imagens. • Refletir e conversar a respeito das manifestações artísticas que mais gos- tam de expressar, como o cinema, a música, a dança, o teatro, entre outras, mobilizando recursos, incluindo tecno- logias, para fazer registros e divulgar suas produções. • Realizar pesquisas investigando ele- mentos de linguagem, materialidades, processos de criação em grupo, percep- ções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana. 8 Filme de animação Maquiagem e efeitos especiais Imagens em movimento AF AR CH IVE / A LAM Y /FO TOAREN A Crianças no cinema EN TE RT AI N M EN T PI CT UR ES / AL AM Y/ FO TO AR EN A Trilha sonora W IRA NU TE M BÉ N O FI LM E TA IN Á, A O RI GE M / S IN CR OC IN E PR OD UÇ ÕE S CI NE M AT OG RÁ FIC AS LT DA . Onde?, Quem? e O quê? M OVIESTORE COLLECTION LTD / ALAM Y/FOTOARENA 10 51 36 35 44 © C O UR TE SY O F UN IV ER SA L P IC TU RE S/E NT ER TAI NM ENT PICT URES/Z UMAPRESS.COM/FOTOARENA 30 SOVEREIGN PICTURES / ALBUM /FOTOARENA 99 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 9D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 9 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 O cinema nasceu do fascínio das pessoas por capturar, movi- mentar e projetar imagens. Com o tempo, o som também começou a fazer parte dessa arte que vemos hoje nas telas de cinema, na TV, nos jogos eletrônicos, nos computadores, nos celulares... São tantas imagens em movimento, sons e efeitos especiais para conhecer e curtir! E ainda podemos criar muito mais! Capítulo 1 • Cinema: fábrica de sonhos Capítulo 2 • Cinema: arte de muitas linguagens 1. Observe as imagens e leia as legendas. Você sabe o que elas significam? Vamos procurar estas imagens no livro? Escreva, no quadrinho perto de cada uma delas, o número da página em que você a encontrou. Imaginação, literatura e cinema FI N E AR T IM AG ES /A LB UM / AL BU M / FO TO AR EN A EN TE RT AI N M EN T PI CT UR ES / AL AM Y/ FO TO AR EN A Dança no cinema 16 48 M OVIESTORE COLLECTION LTD / ALAM Y/FOTOARENA 88 1 unidade IMAGENS EM MOVIMENTO D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 8D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 8 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 8D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 8 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tra- dicionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR23) Reconhecer e expe- rimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas lin- guagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Na atividade 1, sugere-se traba- lhar com o jogo de Caça ao tesouro. A intenção é criar proposições peda- gógicas que sejam instigantes e pro- voquem a curiosidade e o interesse dos estudantes em seus percursos de aprendizagem. Após a realização da atividade, conversar com os estudan- tes e observar as hipóteses levantadas a respeito de vivências artísticas em torno do cinema e de seus elementos, como a literatura, a animação, a trilha sonora, os efeitos especiais, a maquia- gem etc. Fazer perguntas como: Vocês reconhecem alguma dessas imagens? Que imagens são essas? Onde viram? O que elas te lembram? Por quê? ⊲ PNA • Conhecimento alfabético A atividade oportuniza a leitura de palavras, incluindo palavras com dife- rentes sinais gráficos. ⊲ +IDEIAS Propor aos estudantes que pro- curem no dicionário o significado de algumas palavras-chave da atividade (maquiagem, imaginação, movimen- to, imagem etc.). Em seguida, pedir que registrem as descobertas no ca- derno de artista (diário de bordo do estudante). Assim, ao longo do ano, terão um dicionário com palavras do universo da arte. A turma pode ser di- vidida em grupos e cada grupo pode se encarregar de pesquisar uma pala- vra. Depois, a pesquisa pode ser com- partilhada entre todos. • Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. • Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialida- des e processos, ampliando repertórios e apreciando patrimônios culturais na- cionais e internacionais, percebendo e valorizando as influências culturais indígenas, africanas e europeias e sua importância na formação da arte e da cultura brasileiras. ⊲ PRÉ-REQUISITOS PEDAGÓGICOS Este volume traz como foco a relação entre arte e tecnologia e a integração en- tre as linguagens artísticas. Saberes pré- vios importantes para esse percurso de aprendizagem incluem a experiência e o conhecimento acerca dos elementos das diversas linguagens artísticas, assim como a vivência de diferentes processos de cria- ção e a imaginação como fonte para a ação criadora. 9 Filme de animação Maquiagem e efeitos especiais Imagens em movimento AF AR CH IVE / A LAM Y /FO TOAREN A Crianças no cinema EN TERT AI N M EN T PI CT UR ES / AL AM Y/ FO TO AR EN A Trilha sonora W IRA NU TE M BÉ N O FI LM E TA IN Á, A O RI GE M / S IN CR OC IN E PR OD UÇ ÕE S CI NE M AT OG RÁ FIC AS LT DA . Onde?, Quem? e O quê? M OVIESTORE COLLECTION LTD / ALAM Y/FOTOARENA 10 51 36 35 44 © C O UR TE SY O F UN IV ER SA L P IC TU RE S/E NT ER TAI NM ENT PICT URES/Z UMAPRESS.COM/FOTOARENA 30 SOVEREIGN PICTURES / ALBUM /FOTOARENA 99 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 9D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 9 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 O cinema nasceu do fascínio das pessoas por capturar, movi- mentar e projetar imagens. Com o tempo, o som também começou a fazer parte dessa arte que vemos hoje nas telas de cinema, na TV, nos jogos eletrônicos, nos computadores, nos celulares... São tantas imagens em movimento, sons e efeitos especiais para conhecer e curtir! E ainda podemos criar muito mais! Capítulo 1 • Cinema: fábrica de sonhos Capítulo 2 • Cinema: arte de muitas linguagens 1. Observe as imagens e leia as legendas. Você sabe o que elas significam? Vamos procurar estas imagens no livro? Escreva, no quadrinho perto de cada uma delas, o número da página em que você a encontrou. Imaginação, literatura e cinema FI N E AR T IM AG ES /A LB UM / AL BU M / FO TO AR EN A EN TE RT AI N M EN T PI CT UR ES / AL AM Y/ FO TO AR EN A Dança no cinema 16 48 M OVIESTORE COLLECTION LTD / ALAM Y/FOTOARENA 88 1 unidade IMAGENS EM MOVIMENTO D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 8D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 8 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 9D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 9 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tecno- logias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, grava- ções em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de cria- ção artística. ORGANIZE-SE Se possível, promover uma sessão do filme A caminho da Lua ou de outra animação de ficção científica (ver Sugestão para o professor). ROTEIRO DE AULA Caso seja possível assistir ao fil- me A caminho da Lua ou a outra animação de ficção científica, pre- parar uma roda de conversa a fim de levantar os conhecimentos pré- vios dos estudantes e sensibilizá-los para os próximos assuntos a serem tratados no livro. Fazer perguntas mediadoras como: Você gostou do filme? Por quê? Você sabe o que é ficção científica? O filme a que as- sistimos se enquadra nesse gênero? Por quê? Você já leu alguma história ou assistiu a algum outro filme de ficção científica? Qual? Quais tipos de filmes vocês gostam de assistir? O que mais desperta sua atenção em um filme? A história? As cenas? As cores? Os personagens? Caso não seja possível assistir ao filme, propor uma pesquisa sobre ele. A pesquisa pode explorar a história, os personagens, a direção de arte, a trilha sonora e outros aspectos artís- ticos da produção. Em seguida, pro- por uma roda de conversa sobre as descobertas e resgatar algumas das perguntas sugeridas anteriormente. Após a roda de conversa, fazer a leitura do texto na sessão Venha so- nhar! com os estudantes. Sugerir que a turma acrescente novas palavras e frases ao texto. ⊲ +IDEIAS Pode-se investigar como os estudantes identificam as várias linguagens da arte em uma produção cinematográfica, a fim de aproveitar melhor o potencial das obras. Ao apresentar filmes, estudar com a turma as escolhas de enquadramento, luz, tomadas em detalhes e outros aspec- tos próprios da filmagem. É importante lembrar que, apesar da multiplicidade de linguagens que o caracteriza, o cinema tem linguagem própria, bem como forma e conteúdo. 10 11 Venha sonhar! Luz, câmera, ação! É o poder da imaginação. Histórias contadas em filmes e desenhos animados. No mundo do cinema, sempre tem inovação. É uma fábrica em que se criam sonhos a cada momento. É a arte das imagens em movimento. É a arte dos sons e dos efeitos especiais. E é possível até fazer viagens espaciais! Venha conhecer, criar e sonhar, se divertir e se emocionar! ▼ Montagem de ilustração com cena do filme A caminho da Lua, direção de Glen Keane, Estados Unidos, 2020. 11 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 11D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 11 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 10 M OV IE ST O RE C O LL EC TI O N LT D / A LA M Y/ FO TO AR EN A. IL US TR AÇ ÃO : P RI W I 10 1 CINEMA: FÁBRICA DE SONHOS D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 10D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 10 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 10D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 10 13/08/2021 18:1613/08/2021 18:16 ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nas aberturas de unidade e de capítulos, aproveitar para fazer uma avaliação diagnóstica a fim de desco- brir os conhecimentos prévios dos es- tudantes em relação aos saberes aqui propostos e, assim, começar a plane- jar quais trajetos serão interessantes seguir. Combine com eles os materiais e procedimentos que podem ajudar a compor um caderno individual de re- gistros, como um “caderno de artis- ta”, um diário de bordo ou portfólios. Explicar que vários artistas costumam ter diários de anotações para registrar suas descobertas, pesquisas, dúvidas, modos de criar e outras experiências no aprender sobre arte. A produção desse material pode, inclusive, ter participação dos familiares. Outra pro- posta é fazer combinados sobre que materiais podem compor um portfólio coletivo que registre e conte sobre as arte-aventuras da turma. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • HISTÓRIA do cinema brasileiro. Disponível em: https://www.historiadocinemabrasileiro. com.br/. Acesso em: 25 jul. 2021. Acesse o site para saber mais sobre o cinema brasileiro. • A CAMINHO da Lua. Vídeo (3min02s). Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=u2vZvfUEifo. Acesso em: 25 jul. 2021. Trailer do filme de animação em que é possível ter acesso a trechos da história. • MANGUEL, Alberto. Lendo imagens. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. No processo de educação com Arte, os momentos de nutrição estética com frui- ção, apreciação e leitura são fundamen- tais. O livro é uma importante referência nas proposições de curadorias e leitura de imagens, analisando contextos históricos e culturais em que as imagens se inserem. • OS JETSONS: o filme. Direção: Joseph Barbera, William Hanna. Estados Unidos: Hanna-Barbera, 1990. Filme (82 min). Essa animação é um clássico de fic- ção cientifica. Com base no filme, é possível conversar com os estudantes sobre a ficção científica e os avanços tecnológicos atuais. • CASSIOPÉIA. Direção: Clóvis Vieira. Brasil: NDR Filmes e Produções, 1996. Fil- me (80 min). É um clássico da animação brasileira. Foi um dos primeiros filmes de animação total- mente produzidos por meios digitais. 11 11 Venha sonhar! Luz, câmera, ação! É o poder da imaginação. Histórias contadas em filmes e desenhos animados. No mundo do cinema, sempre tem inovação. É uma fábrica em que se criam sonhos a cada momento. É a arte das imagens em movimento. É a arte dos sons e dos efeitos especiais. E é possível até fazer viagens espaciais! Venha conhecer, criar e sonhar, se divertir e se emocionar! ▼ Montagem de ilustração com cena do filme A caminho da Lua, direção de Glen Keane, Estados Unidos, 2020. 11 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd11D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 11 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 10 M OV IE ST O RE C O LL EC TI O N LT D / A LA M Y/ FO TO AR EN A. IL US TR AÇ ÃO : P RI W I 10 1 CINEMA: FÁBRICA DE SONHOS D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 10D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 10 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 11D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 11 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 https://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/ https://www.youtube.com/watch?v=u2vZvfUEifo ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a cons- trução de vocabulário e repertório rela- tivos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Promover um momento de nu- trição e fruição estética a partir do poema O Homem; as Viagens, de Carlos Drummond de Andrade. Propor aos estudantes que leiam o poema silenciosamente e, depois, de forma coletiva e em voz alta, explo- rando o ritmo e as rimas presentes no texto. A interpretação de um texto poé- tico (literário) é sempre aberta, assim as hipóteses trazidas pelas crianças devem ser acolhidas. Comentar com os estudantes que Drummond foi um poeta e escritor cronista que, em seus textos, tratou de fatos cotidia- nos, anseios e dilemas da vida hu- mana. Nesse poema, ele fala do de- sejo da humanidade de buscar por outros lugares na esperança de ser mais feliz e faz crítica ao sentimento de insatisfação do ser humano com o que tem, mas reconhece o “enge- nho e arte”, a criatividade da mente humana ao inventar meios para rea- lizar seus sonhos e ambições. Esta é uma oportunidade para conversar com os estudantes sobre o desejo de consumir e adquirir pro- dutos tecnológicos novos, o modo como o ser humano vem humani- zando a natureza e que soluções e problemas (causas e consequências) isso acarreta. Complementar a conversa dizendo que, para além das conquistas tecnológicas, é preciso desenvolver pe- los outros sentimentos e ações que ex- pressem respeito, empatia, paciência e valorizem o que cada lugar tem de bom, tendo em vista uma vida melhor para to- dos com equidade e igualdade (BNCC, p. 15, 2018). Na fruição de textos verbal e visual nesta dupla de página, chamar a aten- ção para a imagem da lua com foguete, uma cena do filme Viagem à Lua, de Georges Méliès, artista que será estuda- do mais adiante. Na atividade 1, espera-se que, a partir da leitura e interpretação do poe- ma, os estudantes conversem, troquem ideias sobre suas hipóteses interpretati- vas e expressem oralmente seus conhe- cimentos prévios a respeito da humani- dade e suas invenções. Na atividade 2, espera-se que os estudantes expressem sua relação com a arte a partir de histórias de aventu- ras, filmes de ficção científica, fantasia 12 DESCUBRA MAIS • Vou crescer assim mesmo: Poemas sobre a infância, de Carlos Drummond de Andrade. Com ilustrações de Ale Kalko. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2016. Esse livro traz vários poemas de Drummond sobre a infância. ILUSTRAÇÃO: CLAUDIA MARIANNO 1. Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. a) O que será que motiva a humanidade a sempre criar inventos tecno- lógicos? b) Você também tem vontade de explorar outros lugares na Terra e fora dela? Para qual lugar gostaria de ir? Por quê? O que espera encon- trar lá? c) Ao ler as palavras do poeta Carlos Drummond de Andrade, o que você acredita que deixaria o ser humano mais feliz? 2. Você acha que a arte pode ser um modo de viajar pela imaginação e visitar lugares fantásticos? Como isso pode ser possível? 3. Você já assistiu a filmes com viagens ao espaço? Respostas pessoais. Resposta pessoal. 1. a), b) e c) Respostas pessoais. Avaliar a argumentação apresentada pelos estudantes diante das perguntas especulativas da atividade. Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) foi poeta e escritor, conside- rado um dos maiores nomes da literatura brasileira. Ele nasceu em Itabira (MG). LE W Y M O RA ES /F O LH AP RE SS 13 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 13D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 13 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 Vamos ler um trecho deste poema de Carlos Drummond de Andrade e imaginar as cenas? IMAGINAÇÃO IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃOE CRIAÇÃO IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO BE TT M AN N /G ET TY IM AG ES O Homem; as Viagens O homem, bicho da Terra tão pequeno chateia-se na Terra lugar de muita miséria e pouca diversão, faz um foguete, uma cápsula, um módulo toca para a Lua desce cauteloso na Lua pisa na Lua planta bandeirola na Lua experimenta a Lua coloniza a Lua civiliza a Lua humaniza a Lua. Lua humanizada: tão igual à Terra. O homem chateia-se na Lua. Vamos para Marte – ordena a suas máquinas. Elas obedecem, o homem desce em Marte pisa em Marte experimenta coloniza civiliza humaniza Marte com engenho e arte. Marte humanizado, que lugar quadrado. Vamos a outra parte? Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 718. ▼ Montagem de ilustração com cena do filme Viagem à Lua, direção de Georges Méliès, França, 1902. obra, para apoiar o processo de leitura dos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Apesar de as normas da As- sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinarem outra regra, optamos por usar a ordem direta dos nomes dos autores nas referências desta 12 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 12D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 12 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 12D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 12 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 e outros gêneros, explorando a imagi- nação na fruição e criação de imagens (como desenhos, pinturas e fotografias), músicas, espetáculos de dança, teatro, circo e outras linguagens. Na atividade 3, em roda de conver- sa, abrir espaço para que os estudantes possam contar acerca de um filme a que tenham assistido sobre viagens ao espa- ço, ou mesmo uma apreciação de pin- tura ou música, de uma leitura de livro ou outras produções artísticas sobre o mesmo tema. ⊲ PNA • Fluência em leitura • Consciência fonológica O trabalho com o poema permite iden- tificação de rimas no poema, além de desenvolver a leitura independente dos estudantes. • Compreensão de textos A atividade 1 permite um trabalho de exploração do tema do texto a partir de perguntas abertas que pedem embasa- mento na leitura feita. • Literacia familiar A atividade sugerida na seção +Ideias trabalha com literacia fa- miliar ao propor que os estudantes conversem com seus familiares sobre narrativas de ficção que trazem como tema a colonização humana de ou- tros planetas. ⊲ +IDEIAS Orientar os estudantes a conver- sar com suas famílias sobre histórias baseadas na colonização humana de outros planetas. Eles podem pergun- tar quais contos, poesias, romances, histórias em quadrinhos, músicas, filmes e podcasts, entre outros, seus familiares conhecem sobre esse tema. Podem conversar também sobre os sonhos que movem pesquisas que, por sua vez, levam ao desenvolvimen- to de novos saberes sobre a impor- tância da ciência e da arte na história da humanidade. ⊲ REGISTROS EACOMPANHAMENTOS Acompanhar como os estudantes participam de momentos de aprecia- ção de imagens, leitura e compreen- são de textos e como se expressam oralmente e compartilham suas hipó- teses. Verificar se, ao longo das pro- postas, os estudantes se aproximam e analisam as diferentes linguagens e técnicas da arte, bem como suas re- lações com a tecnologia. Pedir para fazerem registros em seus cadernos de artista acerca do que absorveram das conversas. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • CARLOS Drummond de Andrade. Dis- ponível em: https://www.carlosdrummond. com.br/. Acesso em: 16 jul. 2021. Página oficial contendo a trajetória pessoal e literária de um dos maiores nomes da poesia brasileira de todos os tempos. 13 DESCUBRA MAIS • Vou crescer assim mesmo: Poemas sobre a infância, de Carlos Drummond de Andrade. Com ilustrações de Ale Kalko. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2016. Esse livro traz vários poemas de Drummond sobre a infância. ILUSTRAÇÃO: CLAUDIA MARIANNO 1. Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. a) O que será que motiva a humanidade a sempre criar inventos tecno- lógicos? b) Você também tem vontade de explorar outros lugares na Terra e fora dela? Para qual lugar gostaria de ir? Por quê? O que espera encon- trar lá? c) Ao ler as palavras do poeta Carlos Drummond de Andrade, o que você acredita que deixaria o ser humano mais feliz? 2. Você acha que a arte pode ser um modo de viajar pela imaginação e visitar lugares fantásticos? Como isso pode ser possível? 3. Você já assistiu a filmes com viagens ao espaço? Respostas pessoais. Resposta pessoal. 1. a), b) e c) Respostas pessoais. Avaliar a argumentação apresentada pelos estudantes diante das perguntas especulativas da atividade. Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) foi poeta e escritor, conside- rado um dos maiores nomes da literatura brasileira. Ele nasceu em Itabira (MG). LE W Y M O RA ES /F O LH AP RE SS 13 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 13D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 13 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 Vamos ler um trecho deste poema de Carlos Drummond de Andrade e imaginar as cenas? IMAGINAÇÃO IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃOE CRIAÇÃO IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO BE TT M AN N /G ET TY IM AG ES O Homem; as Viagens O homem, bicho da Terra tão pequeno chateia-se na Terra lugar de muita miséria e pouca diversão, faz um foguete, uma cápsula, um módulo toca para a Lua desce cauteloso na Lua pisa na Lua planta bandeirola na Lua experimenta a Lua coloniza a Lua civiliza a Lua humaniza a Lua. Lua humanizada: tão igual à Terra. O homem chateia-se na Lua. Vamos para Marte – ordena a suas máquinas. Elas obedecem, o homem desce em Marte pisa em Marte experimenta coloniza civiliza humaniza Marte com engenho e arte. Marte humanizado, que lugar quadrado. Vamos a outra parte? Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 718. ▼ Montagem de ilustração com cena do filme Viagem à Lua, direção de Georges Méliès, França, 1902. obra, para apoiar o processo de leitura dos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Apesar de as normas da As- sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinarem outra regra, optamos por usar a ordem direta dos nomes dos autores nas referências desta 12 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 12D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 12 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23-AVU.indd 13D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23-AVU.indd 13 13/08/2021 20:2413/08/2021 20:24 https://www.carlosdrummond.com.br/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas. ORGANIZE-SE Se possível, assistir com os estudan- tes trechos dos filmes Viagem à Lua e O eclipse do Sol na Lua cheia, de Georges Méliès, e Guerra nas estre- las, de George Lucas. ROTEIRO DE AULA Ao realizar a leitura das páginas com a turma, conversar brevemente a respeito dos diferentes gêneros ci- nematográficos, destacando a ficção científica. Falar que artistas exploram, por meio da arte do cinema, a criativi- dade e a imaginação. Na atividade 1, comentar brevemente a biografia e as obras de Georges Méliès e sua impor- tância para a história do cinema. Na atividade 2, você pode per- guntar previamente: Vocês conhecem personagens semelhantes aos apre- sentados? Propor que eles observem as imagens em seus detalhes e com- parem os personagens retratados. A primeira imagem apresenta a ilustra- ção de um habitante da Lua imagi- nado e criado para o filme Viagem à Lua. Para compor essa personagem, o artista misturou formas de aves, de seres aquáticos e do corpo humano. Ela carrega uma espécie de lança e apresenta a postura de um soldado. A segunda imagem é da personagem Yoda, um ancião sábio e guerreiro presente nos filmes da série Guerra nas estrelas. Comentar que George Lucas quis mostrar a importância dos conhecimentos das pessoas mais idosas e o respeito dos mais jovens para com os anciões. Assim, só de ver Yoda entrar em cena, é possível imaginar a personalidade e a história dessa personagem, responsá- vel por treinar o corpo e a mente de jovens heróis tanto para luta quanto à sabedoria. Orientar os estudantes a comparar tanto características físicas quanto de personali- dade (caso não conheçam as obras, insti- gar a levantarem hipóteses). Na atividade 3, dizer que muitos se- res criados para o cinema têm algo de humano, especialmente o corpo, com ca- beça, tronco e membros (braços e pernas), mas podem, algumas vezes, apresentar também certas características culturais. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ +IDEIAS Conversar com os estudantes sobre a in- fluência na criação de imagens fantásticas 14 O cinema nos apresenta os mais diferentes seres fantásticos. A personagem do filme Viagem à Lua, por exemplo, é uma mistura de formas de aves, de seres aquáticos e do corpo humano. Com a lança em punho, parece estar em alerta. Já o Mestre Yoda, da série de filmes Guerra nas estrelas, apesar de ter características de um ser alienígena, lembra um ancião sábio e tem um modo tor desse filme, se inspirou em monges sábios e guerreiros de contos tradicionais da cultura oriental. ⊳ Ilustração de personagem do filme Viagem à Lua, de Georges Méliès. Efeitos especiais são técnicas visuais e sonoras que substituem as ações ao vivo utilizando os mais diversos recursos, como ilusão de ótica, maquiagem, computação gráfica, robótica, entre outros. George Lucas (1944-) é o cineasta estadunidense que foi responsável por revolucionar o uso dos efeitos especiais no cinema. Observe estas imagens de personagens de filmes de Georges Méliès e de George Lucas. 2. O que você percebe de diferenças ou de semelhanças entre as duas ima- gens dessas personagens? 3. Você acha que essas personagens apresentam traços humanos? Por quê? Respostas pessoais, a partir da fruição e da criação de hipóteses interpretativas dos estudantes. BE TT M AN N /G ET TY IM AG ES ST UA RT C . W IL SO N /G ET TY IM AG ES G ER AR DO M O RA /G ET TY IM AG ES Mestre Yoda, ⊲ personagem da série de filmes Guerra nas estrelas, de George Lucas. Reposta pessoal. 15 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006a 029-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 15 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 FICÇÃO CIENTÍFICA NO CINEMA Observe estas imagens de filmes criados por Georges Méliès. ▲ Cena do filme Viagem à Lua, direção de Georges Méliès, França, 1902. ▲ Cena do filme O eclipse do Sol na Lua Cheia, direção de Georges Méliès, França, 1907. A arte é uma forma de usar a imaginação e a criatividade para inventar coisas que gostaríamos de realizar, como explorar universos e lugares fantás- ticos, tal como nos filmes de ficção científica. Ficção científica é um gênero da arte de contar histórias que envolve Ciência e Tecnologia. Georges Méliès criou um dos primeiros estúdios cinema- tográficos da história do cinema, conhecido como “Fábrica de sonhos”. Havia cenários, objetos, figurinos e artistas que inventaram mundos, seres e aventuras fantásticas com técnicas simples e criatividade sem limites! Um de- senho na parede, cenários de madeira, tecidos movimen- tados por ventiladores, atrizes que “voavam” presas por fios de metal... E pronto! Estavam criadas a fantasia e a ilusão. 1. Que tal pesquisar mais a história do cinema e de artistas como Geor- ges Méliès? Escreva suas descober- tas no caderno. Depois, comparti- lhe-as com os colegas e o professor. Resposta pessoal. Orientar os estudantes nesta atividade de pesquisa. Georges Méliès (1861-1938) foi um dos precursores do cinema e da criação de efeitos especiais. © HULTON-DEUTSCH COLLECTION/CORBIS/ GETTY IMAGESMELIES/ALBUM/EASYPIX BRASIL ALBU M / F OTOA RENA 14 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 14D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 14 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 14D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 14 13/08/2021 18:2013/08/2021 18:20 e conviver com as imagens no cotidia- no e como trazem essas experiências em momentos de apreciação de ima- gens em sala de aula. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • KINDERSLEY, Dorling. Cinema para crianças. São Paulo: Publifolha, 2014. Livro que conta a trajetória do ci- nema, desde o cinema mudo até a contemporaneidade. • CHIARA Thalitha. Um olhar mágico: a história do cinema para crianças. São Paulo: Editora do Brasil, 2015. Livro que aborda a história do cine- ma de modo poético e divertido. • MACORIELLO, Laura D. Cinema para pequenos, Ilustrações de Lucas Dutra. São Paulo: Ideal, 2014. Livro ilustrado para futuros cinéfi- los, com personagens famosos, como Neo (Matrix), Jack Sparrow (Piratas do Caribe) e Harry Potter. no cinema. George Lucas (1944-) é um dos grandes nomes da produção de ci- nema dos Estados Unidos, responsável por grandes sucessos como os filmes das séries Guerra nas estrelas e Indiana Jo- nes. É importante que os estudantes refli- tam sobre a pesquisa e as influências dos artistas na hora de criar. Por exemplo: os movimentos característicos do kung fu, uma das diversas artes marciais chinesas, inspiraram muitos filmes e séries de dese- nhos animados, como os movimentos e a filosofia do mestre Yoda. É importante dialogar com a turma sobre processos de criação. Artistas não possuem dons ou talentos excepcionais. Isso é um mito. Pesquisas e aprendizados constantes são o que tornam as pessoas criativas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Como instrumento de avaliação, além do diário de bordo, portfólios e cadernos de artista, você pode organizar rodas de conversa para fazer sondagens a respeito de que forma os estudantes costumam ver 15 O cinema nos apresenta os mais diferentes seres fantásticos. A personagem do filme Viagem à Lua, por exemplo, é uma mistura de formas de aves, de seres aquáticos e do corpo humano. Com a lança em punho, parece estar em alerta. Já o Mestre Yoda, da série de filmes Guerra nas estrelas, apesar de ter características de um ser alienígena, lembra um ancião sábio e tem um modo enigmático de falar. George Lucas, dire- tor desse filme, se inspirou em monges sábios e guerreiros de contos tradicionais da cultura oriental. ⊳ Ilustração de personagem do filme Viagem à Lua, de Georges Méliès. Efeitos especiais são técnicas visuais e sonoras que substituem as ações ao vivo utilizando os mais diversos recursos, como ilusão de ótica, maquiagem, computação gráfica, robótica, entre outros. George Lucas (1944-) é o cineasta estadunidense que foi responsável por revolucionar o uso dos efeitos especiais no cinema. Observe estas imagens de personagens de filmes de Georges Méliès e de George Lucas. 2. O que você percebe de diferenças ou de semelhanças entre as duas ima- gens dessas personagens? 3. Você acha que essas personagens apresentam traços humanos? Por quê? Respostas pessoais, a partir da fruição e da criação de hipóteses interpretativas dos estudantes. BE TT M AN N /G ET TY IM AG ES ST UA RT C . W IL SO N /G ET TY IM AG ES G ER AR DO M O RA /G ET TY IM AG ES Mestre Yoda, ⊲ personagem da série de filmes Guerra nas estrelas, de George Lucas. Reposta pessoal. 15 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 15 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 FICÇÃO CIENTÍFICA NO CINEMA Observe estas imagens de filmes criados por Georges Méliès. ▲ Cena do filme Viagem à Lua, direção de Georges Méliès, França, 1902. ▲ Cena do filme O eclipse do Sol na Lua Cheia, direção de Georges Méliès, França, 1907. A arte é uma forma de usar a imaginação e a criatividade para inventar coisas que gostaríamos de realizar, como explorar universos e lugares fantás- ticos, tal como nos filmes de ficção científica. Ficção científica é um gênero da arte de contar histórias que envolve Ciência e Tecnologia. Georges Méliès criou um dos primeiros estúdios cinema- tográficos da história do cinema, conhecido como “Fábrica de sonhos”. Havia cenários, objetos, figurinos e artistas que inventaram mundos, seres e aventuras fantásticas com técnicas simples e criatividade sem limites! Um de- senho na parede, cenários de madeira, tecidos movimen- tados por ventiladores, atrizes que “voavam” presas por fios de metal... E pronto! Estavam criadas a fantasia e a ilusão. 1. Que tal pesquisar mais a história do cinema e de artistas como Geor- ges Méliès? Escreva suas descober- tas no caderno. Depois, comparti- lhe-as com os colegas e o professor. Resposta pessoal. Orientar os estudantes nesta atividade de pesquisa. Georges Méliès (1861-1938) foi um dos precursores do cinema e da criação de efeitos especiais. © HULTON-DEUTSCH COLLECTION/CORBIS/ GETTY IMAGESMELIES/ALBUM/EASYPIX BRASIL ALBU M / F OTOA RENA 14 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 14D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 14 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 15D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 15 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a cons- trução de vocabulário e repertório rela- tivos às diferentes linguagens artísticas. ORGANIZE-SE Preparar um ambiente para fruição de vídeos. ROTEIRO DE AULA Preparar momentos de nutrição e fruição estética a partir do filme Via- gem à Lua. Em uma roda de conver- sa, você pode perguntar: As formas são mais próximas da realidade ou da fantasia? O que a imagem sugere em termos de interpretação, memória, emoção? Ao olhar para ela, é possível imaginar sons e outras ações na cena? Você já viu filmes ou animações com a mesma temática? Articulação com Ciências da Natureza e HistóriaA seção permite que os estudantes reflitam sobre o impacto do desen- volvimento de novas tecnologias na na sociedade no decorrer do tempo. Além disso, é possível destacar o pa- pel fundamental da imaginação para o desenvolvimento científico. ⊲ +IDEIAS Propor aos estudantes que compa- rem a imagem apresentada na página com imagens reais de gravações que registram a chegada dos astronautas dos Estados Unidos à Lua, em 1969. Caso não seja possível assistir com a turma, pode-se observar fotografias da época. Propor reflexões a respeito das invenções tecnológicas que mar- caram a história e/ou transformaram a vida das pessoas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Fazer anotações acerca das colocações dos estudantes acerca do tema e solicitar que registrem em seus cadernos de artista os pontos principais da conversação. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • VIAGEM à Lua: 1902. Vídeo (13min14s). Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=rttJC8B1aMM. Acesso em: 23 jul. 2021. Clássico do cinema com direção de George Méliés. • APOLLO 11: Como o homem chegou à Lua. Vídeo (5min27s). Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=oZTlnZWfyY8. Acesso em: 23 de jul. 2021. Documentário no canal BBC News Brasil a respeito da viagem da Apollo 11 à Lua. 16 Muitas vezes, uma história es- crita para livros pode ser adaptada e recriada nas telas de cinema. Este é o caso do filme Viagem à Lua, de Georges Méliès, que tem como base livros de H. G. Wells e de Júlio Verne. Que tal criar uma história de ficção científica? Quem sabe seu texto se torne um grande sucesso li- terário ou inspire a produção de um roteiro para um filme ou desenho de animação de ficção científica? LITERATURA E CINEMA H. G. Wells (1866-1946) foi escritor de livros, como A guerra dos mundos (1898), que foi adaptado para o cinema várias vezes. Júlio Verne (1828-1905) foi escritor de muitos livros, como Da Terra à Lua (1865). Algumas de suas obras tam- bém viraram filmes. 1. Sua história vai virar um livro! Utilize um caderno pequeno ou um bloco de anotações. 2. Ao escrever e contar sua história, você pode dividi-la em partes (capítulos), imaginar e criar diálogos. Peça orientação ao professor. 3. Crie desenhos para ilustrar os lugares e as personagens da sua história. . Escolha um título para o seu livro. Agora, crie uma capa, colocando o título, uma ilustração e seu nome, pois você é o autor dessa obra! 5. Troque o livro com algum colega, leve o livro dele para sua casa e o leia com os familiares. GRANGER HISTORICAL PICTURE ARCHIVE / ALAMY /FOTOARENA CLAUDIO CHIYO HULTON ARCHIVE/GETTY IMAGES Na linguagem audiovisual, roteiro se refere a um texto escrito que tem a função de planejar, descrever e orientar as etapas de produção de um vídeo, um filme, uma animação, por exemplo. COMO FAZER OFICINA de arte 17 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 17D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 17 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 AVENTURAS NA ARTE E NA CIÊNCIA Observe esta imagem. Nessa cena do filme Viagem à Lua, vemos alguns astrônomos que quise- ram fazer uma viagem fantástica desembarcando na Lua. Eles construíram um tipo de foguete e lançaram-se ao espaço. Georges Méliès começou a produzir filmes no final do século XIX, na época do cinema mudo e em branco e preto. Em 1902, ele criou o filme Viagem à Lua, muito antes da existência de foguetes, satélites e outros inventos científicos que nos permitem conhecer um pouco mais do Universo, já que ainda há muito para imaginar, inventar e explorar! Esse foi um dos primeiros filmes a usar efeitos especiais e a tratar de te- mas como seres extraterrestres e viagens espaciais. A imaginação nos inspira a criar o futuro. Mas nem tudo o que é criado pela imaginação se realiza. Entretanto, sem ela não teríamos tantas tecnolo- gias à disposição. Você já parou para pensar como era o mundo antes da televisão, do cinema, dos computadores e dos celulares? ⊳ Imagem que ilustra cena do filme Viagem à Lua, direção de Georges Méliès, França, 1902.FIN E AR T IM AG ES /A LB UM / AL BU M / FO TO AR EN A OFICINA de arte diAlogosdiAlogos 16 TECNOLOGIATECNOLOGIA D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 16D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 16 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 16D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 16 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 https://www.youtube.com/watch?v=rttJC8B1aMM ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR04) Experimentar diferentes for- mas de expressão artística (desenho, pin- tura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e téc- nicas convencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espa- ços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o pa- trimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Conversar com os estudantes sobre a relação entre literatura e cinema e sobre a produção textual como parte do processo de criação audiovisual. Se possível, apresentar filmes com roteiros adaptados de histórias fan- tásticas da literatura. Conversar sobre os efeitos especiais usados hoje e no passado. Articulação com Língua Portuguesa A atividade permite aos estudan- tes criar narrativas ficcionais atentan- do para as características desse gêne- ro textual. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. • Produção de escrita A proposta possibilita ao estudante que produza um pequeno livro com uma história de ficção científica por meio de uma escrita independente. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Acompanhar e fazer anotações acerca do processo de criação dos estudantes procurando identificar seu envolvimento, inventividade e indicadores de desenvolvimento de suas habilidades de produção escrita e pictórica. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • RIBEIRO, Estevão. Da Terra à Lua. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017. Versão adaptada da obra de Júlio Verne em linguagem de HQ. 17 Muitas vezes, uma história es- crita para livros pode ser adaptada e recriada nas telas de cinema. Este é o caso do filme Viagem à Lua, de Georges Méliès, que tem como base livros de H. G. Wells e de Júlio Verne. Que tal criar uma história de ficção científica? Quem sabe seu texto se torne um grande sucesso li- terário ou inspire a produção de um roteiro para um filme ou desenho de animação de ficção científica? LITERATURA E CINEMA H. G. Wells (1866-1946) foi escritor de livros, como A guerra dos mundos (1898), que foi adaptado para o cinema várias vezes. Júlio Verne (1828-1905) foi escritor de muitos livros, como Da Terra à Lua (1865). Algumas de suas obras tam- bém viraram filmes. 1. Sua história vai virar um livro! Utilize um caderno pequeno ou um bloco de anotações. 2. Ao escrever e contar sua história, você pode dividi-la em partes (capítulos), imaginar e criar diálogos. Peça orientação ao professor. 3. Crie desenhos para ilustrar os lugares e as personagens da sua história. . Escolha um título para o seu livro. Agora, crie uma capa, colocandoo título, uma ilustração e seu nome, pois você é o autor dessa obra! 5. Troque o livro com algum colega, leve o livro dele para sua casa e o leia com os familiares. GRANGER HISTORICAL PICTURE ARCHIVE / ALAMY /FOTOARENA CLAUDIO CHIYO HULTON ARCHIVE/GETTY IMAGES Na linguagem audiovisual, roteiro se refere a um texto escrito que tem a função de planejar, descrever e orientar as etapas de produção de um vídeo, um filme, uma animação, por exemplo. COMO FAZER OFICINA de arte 17 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 17D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 17 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 AVENTURAS NA ARTE E NA CIÊNCIA Observe esta imagem. Nessa cena do filme Viagem à Lua, vemos alguns astrônomos que quise- ram fazer uma viagem fantástica desembarcando na Lua. Eles construíram um tipo de foguete e lançaram-se ao espaço. Georges Méliès começou a produzir filmes no final do século XIX, na época do cinema mudo e em branco e preto. Em 1902, ele criou o filme Viagem à Lua, muito antes da existência de foguetes, satélites e outros inventos científicos que nos permitem conhecer um pouco mais do Universo, já que ainda há muito para imaginar, inventar e explorar! Esse foi um dos primeiros filmes a usar efeitos especiais e a tratar de te- mas como seres extraterrestres e viagens espaciais. A imaginação nos inspira a criar o futuro. Mas nem tudo o que é criado pela imaginação se realiza. Entretanto, sem ela não teríamos tantas tecnolo- gias à disposição. Você já parou para pensar como era o mundo antes da televisão, do cinema, dos computadores e dos celulares? ⊳ Imagem que ilustra cena do filme Viagem à Lua, direção de Georges Méliès, França, 1902.FIN E AR T IM AG ES /A LB UM / AL BU M / FO TO AR EN A OFICINA de arte diAlogosdiAlogos 16 TECNOLOGIATECNOLOGIA D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 16D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 16 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 17D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 17 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coleti- vo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos nar- rativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ROTEIRO DE AULA Explicar aos estudantes que ideias e conceitos sobre cenários e espaços cênicos fazem parte dos estudos da cenografia. A turma pode criar cená- rios e efeitos especiais experimentando desenhos, utilizando objetos e tecidos para montar o cenário, objetos sus- pensos por fios de nylon, entre outras técnicas. Para a realização das ativida- des, orientar para a reutilização de ma- teriais que seriam descartados e o uso consciente e sustentável de materiais. ⊲ +IDEIAS Investigar com a turma sobre a história da cenografia, técnicas cenográficas, se há diferenças entre a cenografia teatral e a cinematográfica etc. Após a pesquisa, os estudantes podem aplicar as descobertas durante a realização da atividade. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Fazer registros sobre o processo de criação utilizando diferentes mídias. Observar participação, envolvimento, experimentação, busca de soluções, in- ventividade e outros aspectos relevantes para avaliação dos estudantes. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • SERRONI, J. C. Cenografia brasileira: notas de um cenógrafo. São Paulo: Edições Sesc, 2015. Descubra mais sobre a cenografia no Brasil. 18 projetos ARTE EM UM SER FANTÁSTICO PARA BRINCAR Vamos criar um boneco articulado? Ele terá o seu tamanho e será seu parceiro de aventuras! Convide um colega para este projeto. ETAPA 1 – CRIAR UM SER FANTÁSTICO MATERIAIS COMO FAZER 1. Conversem entre si e com o professor sobre a perso- nalidade dessa persona- gem: bondosa ou malvada; brava ou alegre; entre outras características. 2. Decidam se ela vai se parecer com um bicho, uma pessoa, um extraterrestre ou outro ser. Vocês também po- dem misturar formas! 3. Unam folhas de papel- -cartão com fita ade- siva até que tenham o tamanho do colega que faz dupla com você. O papel-cartão pode ser substituído por placas de pa- pelão ou por outro tipo de papel de espessura grossa. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E Folhas de papel-cartão Fita adesiva Riscadores coloridos, como canetinhas, lápis de cor ou giz de cera Alguns colchetes de papel (conhecidos como bailarinas) Tinta guache de várias cores Tesoura escolar 19 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 19D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 19 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 1. Combinem e escolham quais serão os espaços utilizados na escola. FÁBRICA DE SONHOS Vamos criar efeitos visuais interessantes? Que tal transformar a escola em estúdio cinematográfico? Em uma fábrica de sonhos! Combine com os colegas quais são os lugares fantásticos para onde vo- cês querem viajar nesta brincadeira imaginária! Comecem com a criação dos cenários. Vamos lá? Esta proposta também pode ser expandida para a participação de familiares e amigos dos estudantes. Giz de lousa ou giz de cera Folhas de papel Celular com câmera, máquina fotográfica ou filmadora Dica: Ao usar os espaços da escola, peça sempre orienta- ção ao professor. Agora, vamos brincar! Vocês podem interagir com os desenhos. Isso é criati- vo e divertido! Figurinos e adereços também podem ser improvisados e usados nessa brincadeira. Registrem a brincadeira com uma câmera de celular, uma máquina fotográfica ou uma filmadora. COMO FAZER IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 2. Criem o desenho do cenário no suporte com os materiais que vocês escolheram. MATERIAIS 18 arte-AVENTURA 18 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 18D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 18 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 18D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 18 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer ele- mentos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movi- mento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobra- dura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sus- tentável de materiais, instrumentos, re- cursos e técnicas convencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em ar- tes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espa- ços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ORGANIZE-SE Preparar o espaçoda sala de aula para que os estudantes possam com- por os desenhos de cenários na lousa ou em painéis de papel colados na parede. Eles podem reaproveitar os cenários criados na seção Arte-aven- tura da página 18. ROTEIRO DE AULA Nesta proposta, os estudantes irão criar seus personagens fictícios com os materiais solicitados. Auxiliar a turma nos passos 1 e 2. Conversar a respei- to da importância da criação de es- boços no percurso de aprendizagem, explicando que eles geralmente ante- cedem e fazem parte do processo de criação das obras de arte. A sugestão aqui é que as crianças criem bonecos articulados e explorem a linguagem do cinema, desdobrando o projeto em várias possibilidades. No momento da confecção, con- versar com a turma a respeito do uso de outros materiais que não estejam ilustrados, pensando na reutilização de materiais diversos, como sucatas eletrônicas. Converse com os estu- dantes sobre o uso consciente e res- ponsável de materiais. É importante que o professor explique e até mes- mo demonstre para as crianças as diversas possibilidades dos materiais apresentados, além do manuseio e do cuidado com objetos cortantes como tesouras. 19 projetos ARTE EM UM SER FANTÁSTICO PARA BRINCAR Vamos criar um boneco articulado? Ele terá o seu tamanho e será seu parceiro de aventuras! Convide um colega para este projeto. ETAPA 1 – CRIAR UM SER FANTÁSTICO MATERIAIS COMO FAZER 1. Conversem entre si e com o professor sobre a perso- nalidade dessa persona- gem: bondosa ou malvada; brava ou alegre; entre outras características. 2. Decidam se ela vai se parecer com um bicho, uma pessoa, um extraterrestre ou outro ser. Vocês também po- dem misturar formas! 3. Unam folhas de papel- -cartão com fita ade- siva até que tenham o tamanho do colega que faz dupla com você. O papel-cartão pode ser substituído por placas de pa- pelão ou por outro tipo de papel de espessura grossa. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E Folhas de papel-cartão Fita adesiva Riscadores coloridos, como canetinhas, lápis de cor ou giz de cera Alguns colchetes de papel (conhecidos como bailarinas) Tinta guache de várias cores Tesoura escolar 19 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 19D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 19 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 1. Combinem e escolham quais serão os espaços utilizados na escola. FÁBRICA DE SONHOS Vamos criar efeitos visuais interessantes? Que tal transformar a escola em estúdio cinematográfico? Em uma fábrica de sonhos! Combine com os colegas quais são os lugares fantásticos para onde vo- cês querem viajar nesta brincadeira imaginária! Comecem com a criação dos cenários. Vamos lá? Esta proposta também pode ser expandida para a participação de familiares e amigos dos estudantes. Giz de lousa ou giz de cera Folhas de papel Celular com câmera, máquina fotográfica ou filmadora Dica: Ao usar os espaços da escola, peça sempre orienta- ção ao professor. Agora, vamos brincar! Vocês podem interagir com os desenhos. Isso é criati- vo e divertido! Figurinos e adereços também podem ser improvisados e usados nessa brincadeira. Registrem a brincadeira com uma câmera de celular, uma máquina fotográfica ou uma filmadora. COMO FAZER IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 2. Criem o desenho do cenário no suporte com os materiais que vocês escolheram. MATERIAIS 18 arte-AVENTURA 18 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 18D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 18 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 19D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 19 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coleti- vo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro, explo- rando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elemen- tos de diferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR26) Explorar diferentes tecno- logias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ou do storyboard para criar pequenas sequências que podem ser filmadas. A fotografia é outra linguagem a ser descoberta pelos estudantes para criar cenas interagindo com as personagens produzidas por eles. Durante a cena, pedir a eles que co- loquem uma personagem de um lado e um estudante do outro e que intera- jam de algum modo: brincando, dando as mãos ou fazendo outra coisa. En- quanto isso, outro estudante fotografa a cena. ⊲ PNA • Literacia familiar A atividade proposta na seção +Ideias trabalha com literacia familiar ao propor que os estudantes confeccionem os bo- necos e desenvolvam suas personagens com a ajuda dos familiares. ⊲ +IDEIAS O espaço cênico pode ser o palco de um teatro, mas também a rua ou uma praça pública. É um lugar destinado à expressão do corpo como materialidade e ao uso de ROTEIRO DE AULA Dê continuidade ao projeto de construção dos personagens. Na Etapa 2, com o objetivo de ampliar o projeto, orientar os estudantes a criar situações (cenas) interagin- do com o ser fantástico criado por eles. É importante ajudar a definir como essas cenas podem ser regis- tradas (fotografia e/ou filmagem). Uma sugestão é usar as lingua- gens das histórias em quadrinhos 20 5. Agora, troquem de posição. É a vez do outro colega! Montem folhas de papel do tamanho dele e repitam o passo 4. 8. Vocês também podem acrescentar mais partes de papel, colar objetos e dar volume às per- sonagens. Para colorir, usem tinta guache ou giz de cera. 7. Peçam ao professor que faça pequenos furos em cada parte do corpo (vejam a imagem) e prenda as partes com os col- chetes. Agora, vocês conseguem deixar os bonecos articulados em várias posições! 6. Recortem as silhuetas riscadas no papel e separem as partes (cabeça, tronco, braços, mãos, pernas e pés). . Um dos estudantes deve deitar-se na folha para o outro desenhar o contor- no do seu corpo (com cabeça, tronco e membros bem demarcados). ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE 20 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 20D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 20 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 Dica: Todos podem ser personagens dessas histórias e fotografar as aventuras uns dos outros. COMO FAZER MATERIAIS ETAPA 2 – CRIAR HISTÓRIAS E AVENTURAS Quais brincadeiras, cenas e histórias vocês podem inventar? Celular com câmera, máquina fotográfica ou filmadora; cenários que vocês criaram na seção Arte-aventura, na página 18; e os bonecos articulados que vocês criaram na Etapa 1 desta seção. 2. Combinem com outros colegas e reúnam mais personagens em novas aventuras, criando histórias coletivas. 1. Imaginem histórias com os bonecos, que também são seres fantásticos, e os ami- gos imaginários dele nesta brincadeira. IL US TR AÇ Õ ES : V ANES SA A LE XA N DR E 3. Para ampliar essa brincadeira, criem situações (cenas) interagindo com os seres fantásticos e definam com o professor como essas cenas podem ser registradas (fotografia e/ou filmagem). 21 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 21D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 21 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 20D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 20 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 espaços, na relação entre espaço/corpo. Assim, espaço cênico pode ser compreen- dido como qualquer local onde acontece uma representação, dança ou qualquer manifestação de expressão corporal. Trazer exemplos de ideias e conceitos so- bre cenários e espaços cênicos. Propor que criem cenários e estabeleçam espaços cêni- cos para brincar com seus personagens. Os personagens podem ser confeccio- nados com a ajuda dos familiares. A brin- cadeira e todo seu processo de criação podem ser registrados e compartilhados. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Durante o processo de criação dos estu- dantes, avalie o momento em que é necessá- rio intervir e planejar novos caminhos. É im- portante dar paradas para avaliar e conversar com os estudantes sobre: se estão com- preendendo os conceitos; como estão se de- senvolvendo nas situações de aprendizagem; o que estão gostando de fazer e conhecer; quais são as dificuldades e as facilidades. É importante considerar os regis- tros realizados pela turma ao longo das situações de aprendizagem para ter um olhar mais aprofundado sobre o desenvolvimento de cada um. Obser- var se os estudantes compreenderam e identificaram as relações entre as diversas linguagens artísticas e sua integração no cinema. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE Para saber mais sobre a criação de personagens no universo da arte: • COMO criar o seu próprio herói: Warner Lab. Vídeo (5min06s). Dispo- nível em: https://www.youtube.com/ watch?v=V9SwyOKjHOQ. Acesso em: 24 jul. 2021 Em uma entrevista, o quadrinis- ta Ivan Reis ajuda na criação de uma heroína. • COMO criar uma história em quadri- nhos: toontorial Cartoon Network. Vídeo (5min32s). Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=_zTmsu05uM0. Acesso em: 24 jul. 2021. Dicas para a criação de persona- gens e sequências de cenas. 21 5. Agora, troquem de posição. É a vez do outro colega! Montem folhas de papel do tamanho dele e repitam o passo 4. 8. Vocês também podem acrescentar mais partes de papel, colar objetos e dar volume às per- sonagens. Para colorir, usem tinta guache ou giz de cera. 7. Peçam ao professor que faça pequenos furos em cada parte do corpo (vejam a imagem) e prenda as partes com os col- chetes. Agora, vocês conseguem deixar os bonecos articulados em várias posições! 6. Recortem as silhuetas riscadas no papel e separem as partes (cabeça, tronco, braços, mãos, pernas e pés). . Um dos estudantes deve deitar-se na folha para o outro desenhar o contor- no do seu corpo (com cabeça, tronco e membros bem demarcados). ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE 20 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 20D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 20 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 Dica: Todos podem ser personagens dessas histórias e fotografar as aventuras uns dos outros. COMO FAZER MATERIAIS ETAPA 2 – CRIAR HISTÓRIAS E AVENTURAS Quais brincadeiras, cenas e histórias vocês podem inventar? Celular com câmera, máquina fotográfica ou filmadora; cenários que vocês criaram na seção Arte-aventura, na página 18; e os bonecos articulados que vocês criaram na Etapa 1 desta seção. 2. Combinem com outros colegas e reúnam mais personagens em novas aventuras, criando histórias coletivas. 1. Imaginem histórias com os bonecos, que também são seres fantásticos, e os ami- gos imaginários dele nesta brincadeira. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 3. Para ampliar essa brincadeira, criem situações (cenas) interagindo com os seres fantásticos e definam com o professor como essas cenas podem ser registradas (fotografia e/ou filmagem). 21 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 21D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 21 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 21D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 21 13/08/2021 18:2113/08/2021 18:21 https://www.youtube.com/watch?v=V9SwyOKjHOQ https://www.youtube.com/watch?v=_zTmsu05uM0 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coleti- vo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. ROTEIRO DE AULA Antes da leitura do texto, per- guntar aos estudantes se já ouviram falar do poeta Mario Quintana nas aulas de Língua Portuguesa. Ques- tionar também sobre se já ouviram falar da história O Pequeno Prín- cipe, escrita pelo francês Antoine de Saint-Exupéry. Fazer perguntas como: Para vocês, o que é criativi- dade? O que é ser criativo? Qual é o papel da imaginação no dia a dia de vocês? Apresentar o trecho do poema de Mario Quintana e propor aos estu- dantes que comentem suas hipóteses interpretativas. Organizar uma roda de conversa para comentar as ques- tões apresentadas, as quais poderão ser discutidas em grupo e, depois, respondidas individualmente por cada estudante. Os estudantes também podem compartilhar seus repertórios sobre a imaginação e a transformação do mundo e criar mais perguntas so- bre o assunto. Articulação com Língua Portuguesa Uma seção literária pode ser orga- nizada para ler trechos do livro O Pe- queno Príncipe e mais poemas de Mario Quintana. Seções de desenhos e pinturas podem ser propostas como formas poéticas de expressar ideias e impressões de experiências vividas com imagens e palavras. 22 1. Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. a) Você já imaginou viver uma grande aventura? b) Será que a imaginação transforma o mundo? Como? 2. Agora, releia o texto da página 22. Depois, complete a frase a seguir. 1. a) e b) Respostas pessoais. IL U ST RA ÇÃ O : B RU N A AS SI S BR AS IL No texto, ao dizer que “uma vida não basta ser apenas vivida”, o autor considera que a vida também precisa ser sonhada . 23 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 23D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 23 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 AVENTURAS NO MUNDO DA IMAGINAÇÃO Vamos ler este texto? As pessoas sem imaginação podem ter tido as mais imprevistas aventuras, podem ter visitado as terras mais estranhas. Nada lhes ficou. Nada lhes sobrou. Uma vida não basta ser apenas vivida: também precisa ser sonhada. Mario Quintana. Lili inventa o mundo. Porto Alegre: MGE, 2018. p. 7. ▼ Montagem de ilustração com cena da animação O Pequeno Príncipe, direção de Mark Osborne, França, 2015. © NETFLIX / CORTES IA DA COLEÇÃO EVE RETT/FOTOARENA. IL USTRAÇÃO: BRUNA ASSIS BRASIL BRU NA ASS IS B RAS IL 22 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 22D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd22 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 22D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 22 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 dados na biblioteca da escola ou na internet. Conversar sobre as diferentes opiniões e valorizar as preferências e a individualidade. Também se pode discutir a relação entre a literatura e o cinema. Contar aos estu- dantes que O Pequeno Príncipe já rece- beu várias versões cinematográficas. Outra sugestão é dividir a turma em pequenos grupos para conversar e escre- ver textos a respeito do que pensam sobre criação, imaginação e transformação do mundo e das pessoas. ⊲ PNA • Compreensão de textos As atividades oportunizam a releitura e a identificação de detalhes do texto. ⊲ +IDEIAS Pedir que os estudantes se dividam em dois grupos: um deles deve pesqui- sar a biografia de Antoine de Saint-Exu- péry e o outro, a de Mario Quintana. Feitas as pesquisas, devem apresentá-las aos colegas. Acompanhar as pesquisas dos grupos, orientando-os a buscar ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Ao longo das aulas foi proposta a construção de portfólios ou cadernos de artista a fim de que os estudantes registrem seus percursos criativos. Você pode propor que eles explorem em seus registros as indagações e re- flexões tratadas na aula. Os estudan- tes podem compor esse material com desenhos, pinturas, colagens, depoi- mentos, frases de efeito, pequenos textos, poemas e diferentes formas que registram seus encontros com obras de arte do capítulo, explorando, também, materiais que fizeram parte das propostas do fazer artístico das obras estudadas. Verificar como está a produção tex- tual dos estudantes e avaliar a neces- sidade de ações para o melhor desen- volvimento das habilidades de leitura e escrita. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • O PEQUENO Príncipe. Disponível em: http://www.opequenoprincipe.com/ personagens.html. Acesso em: 23 jul. 2021. Site ilustrado sobre o livro de An- toine de Saint-Exupéry. • QUINTANA, Mario. Lili inventa o mundo. São Paulo: Global, 2005. O livro coloca a criança e o leitor de qualquer idade diante da possibili- dade de viver a experiência de sonhar. 23 1. Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. a) Você já imaginou viver uma grande aventura? b) Será que a imaginação transforma o mundo? Como? 2. Agora, releia o texto da página 22. Depois, complete a frase a seguir. 1. a) e b) Respostas pessoais. IL U ST RA ÇÃ O : B RU N A AS SI S BR AS IL No texto, ao dizer que “uma vida não basta ser apenas vivida”, o autor considera que a vida também precisa ser sonhada . 23 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 23D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 23 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 AVENTURAS NO MUNDO DA IMAGINAÇÃO Vamos ler este texto? As pessoas sem imaginação podem ter tido as mais imprevistas aventuras, podem ter visitado as terras mais estranhas. Nada lhes ficou. Nada lhes sobrou. Uma vida não basta ser apenas vivida: também precisa ser sonhada. Mario Quintana. Lili inventa o mundo. Porto Alegre: MGE, 2018. p. 7. ▼ Montagem de ilustração com cena da animação O Pequeno Príncipe, direção de Mark Osborne, França, 2015. © NETFLIX / CORTES IA DA COLEÇÃO EVE RETT/FOTOARENA. IL USTRAÇÃO: BRUNA ASSIS BRASIL BRU NA ASS IS B RAS IL 22 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 22D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 22 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 23D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 23 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 http://www.opequenoprincipe.com/personagens.html ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capa- cidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). ROTEIRO DE AULA Realizar a leitura da página e, se possível, assistir ao filme O menino e o Mundo com a turma. Na atividade 1, conversar com os estudantes sobre o modo como o ar- tista Alê Abreu cria em linhas, formas e cores a sua personagem. Na ativida- de 2, discutir como, ao articular esses elementos constitutivos de linguagem, o artista dá vida e atribui sentimentos, além de movimento, à personagem. ⊲ +IDEIAS Inspirados na animação O Menino e o Mundo, você pode propor que os estudantes criem os próprios perso- nagens em folhas avulsas, com traços rápidos e soltos, explorando linhas, formas e cores, assim como o artista Alê Abreu. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Verificar o que os estudantes co- nhecem sobre as animações e a construção de personagens, se sa- bem como é feita uma animação, se conhecem suas etapas. Solicitar que registrem em seus cadernos de artista, com palavras e/ou imagens, o que ab- sorveram da conversa. Pode-se anotar palavras-chave na lousa ou outro local de fácil acesso a todos na sala no de- correr da conversação e solicitar aos estudantes que as registrem em seus ca- dernos de artista. É importante que você também faça anotações em seus diários de bordo, permitindo comparar os diferentes momentos do percurso de aprendizagem. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • O MENINO e o Mundo #02-Barbatuques. Vídeo (1min34s). Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=Z-wsQaqAF48. Acesso em: 23 jul. 2021. Clipe do grupo Barbatuques, durante as gravações da trilha sonora do filme. 24 POR QUE VEMOS IMAGENS EM MOVIMENTO? Podemos explicar como vemos imagens em movimento pela teoria da persistência retiniana. Segundo essa teoria, a retina humana retém a imagem de um objeto por instantes após seu desaparecimento do campo de visão. Então, se as imagens se sucederem em um intervalo bem curto, o olho interpreta essa sequência como se fosse uma imagem em movimento. Observe a seguir uma das primeiras experiências de imagens em movi- mento da história do cinema. Lembrar os estudantes de que a retina é uma parte do olho. DESCUBRA MAIS • The horse in motion. Publicado por: Kinoplus. Disponível em: https://youtu.be/ sphtbYuPFKw. Acesso em: 14 jun. 2021. Nessa animação, é possível ver o resultado da junção das imagens do cavalo em movimento feitas por Eadweard Muybridge. ▲ Cavalo galopando, também conhecido como The horse in motion. São 628 tomadas fotográficas tiradas em 24 quadros por segundo pelo fotógrafo Eadweard Muybridge (1830-1904). CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R/ BR ID G EM AN IM AG ES /F OT O AR EN A diAlogos 25 CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 25D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 25 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 1. Como será que foram criados os desenhos dessa personagem? Converse com os cole- gas e o professor a respeito. Resposta pessoal. TEMAS, PERSONAGENS E EMOÇÕES NO CINEMA Observe esta imagem do filme de Alê Abreu. ⊳ Imagens do personagem do filme de animação O Menino e o Mundo, direção de Alê Abreu, Brasil, 2016. Pela imaginação, técnica e arte de cineastas, roteiristas, animadores e outros profissionais da linguagem do cinema, personagens ganham vida e nós podemos assistir às mais diferentes aventuras. Há personagens que, com suas histórias, podem provocar sentimen- tos e pensamentos sobre emoções e memórias de experiências vividas ou de coisas que já sabemos. Os filmes tratam de variados temas, como amizade, saudade, pre- conceitos, boas ações e tantas outras situações que podemtambém ser vividas na vida real. A arte é um modo de imaginar e de sonhar! O filme de animação O Menino e o Mundo, de Alê Abreu, apresenta a história de um menino que, sentindo saudade de seu pai, decide ir ao seu encontro. Ao deixar sua aldeia, ele se envolve em muitas aventuras e descobre um mundo com criaturas fantásticas. Alê Abreu (1971-) é animador e diretor de cinema brasileiro. Nasceu em São Paulo (SP). Reforçar aqui que talvez a arte ALÊ ABREU 2. Observando os movimentos do corpo e as expressões faciais no desenho da personagem, quais emoções ou ações você consegue imaginar? Resposta pessoal. AM AN DA ED WAR DS/WIR EIMAGE/GETTY IMAGES Quintana, “Uma vida não basta ser apenas vivida: também precisa ser sonhada”. exista porque, como disse Mario 24 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 24D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 24 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 24D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 24 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elemen- tos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.). (EF15AR07) Reconhecer algumas catego- rias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artistas, artesãos, cura- dores etc.). ORGANIZE-SE Proporcionar aos estudantes momentos de nutrição e fruição estética da imagem e do vídeo The horse in motion, indicado no boxe Descubra mais. ROTEIRO DE AULA Nesta aula, a proposta é que os estu- dantes conheçam e reflitam sobre a cons- trução de um filme e que compreendam a teoria da persistência retiniana desta- cada no texto. Perguntar aos estudantes: vocês já ouviram falar em flipbook e folioscópio? São formas de fazer animação. Que tal pesquisar sobre elas? O cinema nasceu com base nas pesquisas sobre persistência retinia- na e experiências como flipbook e folioscópio. Articulação com Ciências da Natureza O conteúdo apresentado possibilita aos estudantes retomar conhecimen- tos do funcionamento do sistema vi- sual do corpo humano. ⊲ +IDEIAS Os estudantes podem pesquisar sobre outra invenção dessa época, chamada de fenacistoscópio e cria- da por Joseph Plateau. Pesquisar na internet como fazer uma réplica do fenacistoscópio. Com o auxílio da família, as crian- ças também podem criar um fenacis- toscópio e depois compartilhar com a turma. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Ao longo dos diálogos e situações de aprendizagem, espera-se que os estudantes compreendam e contex- tualizem as contribuições de experi- mentos e pesquisas científicas passa- dos para os dias atuais. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA • ARTE em casa: fenaquistoscópio. Vídeo (3min53s). Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=1rEqf7yFYWY. Acesso em: 23 jul. 2021. Conheça e faça um fenacistoscó- pio em casa com as orientações do tutorial. 25 POR QUE VEMOS IMAGENS EM MOVIMENTO? Podemos explicar como vemos imagens em movimento pela teoria da persistência retiniana. Segundo essa teoria, a retina humana retém a imagem de um objeto por instantes após seu desaparecimento do campo de visão. Então, se as imagens se sucederem em um intervalo bem curto, o olho interpreta essa sequência como se fosse uma imagem em movimento. Observe a seguir uma das primeiras experiências de imagens em movi- mento da história do cinema. Lembrar os estudantes de que a retina é uma parte do olho. DESCUBRA MAIS • The horse in motion. Publicado por: Kinoplus. Disponível em: https://youtu.be/ sphtbYuPFKw. Acesso em: 14 jun. 2021. Nessa animação, é possível ver o resultado da junção das imagens do cavalo em movimento feitas por Eadweard Muybridge. ▲ Cavalo galopando, também conhecido como The horse in motion. São 628 tomadas fotográficas tiradas em 24 quadros por segundo pelo fotógrafo Eadweard Muybridge (1830-1904). CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R/ BR ID G EM AN IM AG ES /F OT O AR EN A diAlogos 25 CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 25D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 25 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 1. Como será que foram criados os desenhos dessa personagem? Converse com os cole- gas e o professor a respeito. Resposta pessoal. TEMAS, PERSONAGENS E EMOÇÕES NO CINEMA Observe esta imagem do filme de Alê Abreu. ⊳ Imagens do personagem do filme de animação O Menino e o Mundo, direção de Alê Abreu, Brasil, 2016. Pela imaginação, técnica e arte de cineastas, roteiristas, animadores e outros profissionais da linguagem do cinema, personagens ganham vida e nós podemos assistir às mais diferentes aventuras. Há personagens que, com suas histórias, podem provocar sentimen- tos e pensamentos sobre emoções e memórias de experiências vividas ou de coisas que já sabemos. Os filmes tratam de variados temas, como amizade, saudade, pre- conceitos, boas ações e tantas outras situações que podem também ser vividas na vida real. A arte é um modo de imaginar e de sonhar! O filme de animação O Menino e o Mundo, de Alê Abreu, apresenta a história de um menino que, sentindo saudade de seu pai, decide ir ao seu encontro. Ao deixar sua aldeia, ele se envolve em muitas aventuras e descobre um mundo com criaturas fantásticas. Alê Abreu (1971-) é animador e diretor de cinema brasileiro. Nasceu em São Paulo (SP). Reforçar aqui que talvez a arte ALÊ ABREU 2. Observando os movimentos do corpo e as expressões faciais no desenho da personagem, quais emoções ou ações você consegue imaginar? Resposta pessoal. AM AN DA ED WAR DS/WIR EIMAGE/GETTY IMAGES Quintana, “Uma vida não basta ser apenas vivida: também precisa ser sonhada”. exista porque, como disse Mario 24 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 24D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 24 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 25D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 25 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 https://www.youtube.com/watch?v=sphtbYuPFKw https://www.youtube.com/watch?v=1rEqf7yFYWY ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capa- cidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. organizadas sequencialmente, que, quando folheadas, criam uma sequência animada. Os flipbooks, geralmente con- feccionados em forma de um livreto, dão a ideia de movimento a partir da combi- nação de imagens e desenhos colocados um após o outro. Ver mais instruções em Sugestão para o professor. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar se os estudantes conseguiram alcançar os objetivos propostos em suas investigações e se compreenderam a im- portância da pesquisa, mesmo durante as aulas mais práticas, na construção do co- nhecimento e em seus percursos. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • DOMINGO dos pequenos: Oficina: ani- mação de flipbook. Vídeo (3min11s). Dis- ponível em: https://youtu.be/_-JrFwKLiaQ. Acesso em: 24 jul. 2021. Vídeo ensina como fazer um taumatró- pio e um flipboook. ROTEIRO DE AULA Continuar a conversa a respeitoda persistência retiniana (abordada na página 25) relacionando-a ao cinema. Durante a construção do tauma- trópio, explorar várias possibilidades, com os estudantes, na criação dos de- senhos e nas formas de movimentar as páginas. Orientar para que criem expressões fisionômicas e movimento para as figuras. Um modo simples é desenhar em duas folhas formas pare- cidas (com os mesmos tema e figura), mas com ações e posições diferentes. Colocar uma folha por cima da outra e, com um lápis, enrolar e desenrolar a folha. ⊲ +IDEIAS Os estudantes também podem co- nhecer e vivenciar a construção de um flipbook. O flipbook, também cha- mado de folioscópio, reúne imagens 26 Storyboard é um ter- mo em inglês que se refere a uma sequência de dese- nhos que mostra como vão ficar as cenas de um filme ou de um desenho anima- do depois de produzidas. É o planejamento visual do que vai ser criado. 1. Escreva em seu caderno: quem é a sua personagem? O que ela faz? Onde ela vive? Respostas pessoais. ED IT O RI A DE A RT E Cena Duração 2. Resposta pessoal. Sugerir aos estudan- tes que criem um título para o filme, deem nomes às personagens e indiquem o número e a duração de cada cena, além de citarem o próprio nome como roteirista, desenhista e diretor. HELEN STEBAKOV/SHUTTERSTOCK.COM 2. Crie um storyboard com as ações da sua personagem. Use uma folha avulsa. Siga o modelo ao lado e crie quantos quadros forem necessários. As personagens de cinema nascem primeiro na imaginação dos artistas. Que tal criar uma personagem para suas histórias e aventuras imaginárias? ▲ Sua personagem pode ter as características físicas e os superpoderes que você quiser! N UP EN DE KD EE /S HU TT ER ST O CK .C O M PERSONAGENS E HISTÓRIAS 2727 arte-AVENTURA D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 27 05/08/21 11:5405/08/21 11:54 DESENHOS EM MOVIMENTO Vamos fazer um experimento e saber mais sobre a persistência retiniana? Você já ouviu falar em taumatrópio? Ele é um dispositivo que dá a ilusão de movimento pela combinação de duas imagens distintas. Vamos fazer um? MATERIAIS E COMO FAZER Uma folha de papel-cartão branco; cola branca; compasso; rolo de barbante; tesoura escolar; furador de papel e riscadores diversos. 2. Com um furador de papel, faça buracos nas laterais, como mostra a ilustração. 3. Faça um desenho em cada círculo, mas um deles deve ficar de cabeça para baixo. . Passe cola no verso dos desenhos e junte as duas partes. 5. Amarre um barbante em cada um dos fu- ros. Depois, segure os barbantes, estique o taumatrópio e faça girar o círculo de papel! A brincadeira é fazer girar rapidamente o círculo de papel para ver os desenhos se encaixarem. Crie vários desenhos e divirta-se! SA N DR A LA VA N DE IR A 1. Com o com- passo, desenhe dois círculos no papel, um do lado do ou- tro, e recorte essas formas sem separá-las. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E OFICINA de arte 2626 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 26 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 26D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 26 13/08/21 13:4813/08/21 13:48 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR04) Experimentar diferentes for- mas de expressão artística (desenho, pin- tura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e téc- nicas convencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espa- ços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Levantar os conhecimentos prévios dos estudantes e sensibilizá-los para a proposta desta seção. Contar para eles que os profissionais de cinema usam o storyboard no planejamen- to das ações de seus personagens. Como estamos trabalhando com con- ceitos e noções sobre o processo de criação, a proposta da seção é ofe- recer materialidades aos estudantes para que, usando a imaginação, criem seus desenhos de personagens de ci- nema. Busca-se desenvolver, também, a narrativa com partes organizadas e com sentido sequencial de aconteci- mentos e ações. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. • Produção de escrita A elaboração do storyboard pos- sibilita o trabalho de escrita indepen- dente com base na poética pessoal dos estudantes. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Este momento traz a oportunida- de de diagnosticar conhecimentos prévios e referenciais dos estudantes acerca da construção de persona- gens e de storyboards. Ao longo do processo de criação, solicitar que re- gistrem, com palavras e/ou imagens, suas ideias e compreensões da aula. Durante a construção de suas perso- nagens, pode-se orientá-los a anotar palavras-chave para a formação de um mapa mental que trace as carac- terísticas físicas e emocionais de suas criações. Observar como expressam e trocam suas opiniões com os colegas. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • O QUE é storyboard? Vídeo (3min11s). Disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=lITvhNWsu_Y. Acesso em: 24 jul. 2021. Vídeo da Fábrica de Cultura (PE) sobre storyboard e movimentos de câmera. 27 Storyboard é um ter- mo em inglês que se refere a uma sequência de dese- nhos que mostra como vão ficar as cenas de um filme ou de um desenho anima- do depois de produzidas. É o planejamento visual do que vai ser criado. 1. Escreva em seu caderno: quem é a sua personagem? O que ela faz? Onde ela vive? Respostas pessoais. ED IT O RI A DE A RT E Cena Duração 2. Resposta pessoal. Sugerir aos estudan- tes que criem um título para o filme, deem nomes às personagens e indiquem o número e a duração de cada cena, além de citarem o próprio nome como roteirista, desenhista e diretor. HELEN STEBAKOV/SHUTTERSTOCK.COM 2. Crie um storyboard com as ações da sua personagem. Use uma folha avulsa. Siga o modelo ao lado e crie quantos quadros forem necessários. As personagens de cinema nascem primeiro na imaginação dos artistas. Que tal criar uma personagem para suas histórias e aventuras imaginárias? ▲ Sua personagem pode ter as características físicas e os superpoderes que você quiser! N UP EN DE KD EE /S HU TT ER ST O CK .C O M PERSONAGENS E HISTÓRIAS 2727 arte-AVENTURA D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 27 05/08/21 11:5405/08/21 11:54 DESENHOS EM MOVIMENTO Vamos fazer um experimento e saber mais sobre a persistência retiniana? Você já ouviu falar em taumatrópio? Ele é um dispositivo que dá a ilusão de movimento pela combinação de duas imagens distintas. Vamos fazer um? MATERIAIS E COMO FAZER Uma folha de papel-cartão branco; cola branca; compasso; rolo de barbante; tesoura escolar; furador de papel e riscadores diversos. 2. Com um furador de papel, faça buracos nas laterais, como mostra a ilustração. 3. Faça um desenho em cada círculo, mas um deles deve ficar de cabeça para baixo. . Passe cola no verso dos desenhos e junte as duas partes. 5. Amarre um barbante em cada um dos fu- ros. Depois, segure os barbantes, estique o taumatrópio e faça girar o círculo de papel! A brincadeira é fazer girar rapidamente o círculo de papel para ver os desenhos se encaixarem.Crie vários desenhos e divirta-se! SA N DR A LA VA N DE IR A 1. Com o com- passo, desenhe dois círculos no papel, um do lado do ou- tro, e recorte essas formas sem separá-las. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E OFICINA de arte 2626 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 26 05/08/21 11:5305/08/21 11:53 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 27D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 27 13/08/2021 18:2213/08/2021 18:22 https://www.youtube.com/watch?v=lITvhNWsu_Y ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos nar- rativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR23) Reconhecer e experi- mentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Preparar uma curadoria com trechos de filmes construídos em stop motion. ROTEIRO DE AULA Contar para a turma que uma das técnicas mais utilizadas em processos de criação de vídeos de animação em escolas é o stop motion. Dizer que todo o processo de criação terá a par- ticipação deles. Para realizar as filmagens, plane- jar um roteiro de gravação, quadro a quadro. Orientar a realizar também a confecção e o arranjo do cenário e das personagens (que podem ser desenhadas e recortadas). Construir pequenas escul- turas com a junção de caixas de papel, tampas de plástico, partes de brinquedos e outras materialidades reaproveitáveis pode ser uma boa ideia. Organizar um en- saio para que, juntos, possam fazer estu- dos de possibilidades de enquadramentos, luz, voz, sonoplastia dinâmica e tempo das cenas, entre outras possibilidades. Manter a posição (distância, direção e altura) da câmera no mesmo lugar a cada foto para que a imagem final não tenha borrões. Orientar os estudantes a segurar a câmera com firmeza para evitar movi- mentos ao filmar; se possível, utilizando algo para fixar a câmera, como um tripé ou uma fita adesiva. A técnica stop motion não é difícil, mas é no fazer que os estudantes irão descobrir o que dá certo e o que é mais divertido e válido, pois é na ação criado- ra que há descobertas e é no erro que se desenvolvem habilidades para a resolução de problemas. 28 AN DR ÉI A VI EI RA 1. Comece criando um roteiro com uma história ou uma sequência de ações e acontecimentos. 3. Recorte as formas dos desenhos que serão movimentados a cada cena. 5. Manuseie os desenhos devagar, vá fotografando e fazendo pequenas alterações a cada cena. 2. Crie os desenhos das personagens, dos objetos e dos elementos que fa- rão parte da cena (como uma árvore, um prédio, estrelas, astros do Universo, entre outros). . Prenda com fita adesiva uma folha de papel sobre uma mesa (este será o fundo das cenas). 6. Você pode usar uma câmera digital ou um celular com câmera. CINE DE PAPEL Que tal, agora, criar um filme de animação de papel? Convide os colegas e o professor. Uma ideia interessante para começar a fazer filmes de animação é criar cenários, personagens e outros elementos com folhas de papel. Veja algumas dicas a seguir. MATERIAIS E COMO FAZER Dica: Seus dese- nhos podem ter partes soltas ou articuladas para facilitar a mani- pulação e conse- guir efeitos de movimentos mais interessantes. 7. Com todas as fotografias prontas, peça ajuda ao pro- fessor. Transfira as imagens para um computador que tenha programa de edição de de vídeos. Esse programa de edição permitirá dar a ilusão de movimento às cenas do seu filme de animação. Folhas de papel; tesoura escolar; cola; riscadores diversos; câmera fotográfica ou celular com câmera; computador com programa de edição de vídeos. 29 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 29D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 29 05/08/21 11:5405/08/21 11:54 HISTÓRIAS ANIMADAS Você e os colegas também podem criar filmes de animação e contar his- tórias usando uma técnica conhecida como stop motion. Stop motion é uma expressão em inglês que significa “movimento para- do”. Nessa técnica, são realizadas várias fotografias de um objeto parado, mas a cada fotografia a posição de uma personagem ou de algum detalhe na cena é alterado. Depois, utilizando um computador com programas de edição de imagens, é feita a simulação de movimento das cenas. Observe os estudantes da escola municipal General Humberto de Souza Mello produzindo um filme de animação em stop motion. Acompanhe as etapas. 1. Manipulação das personagens: após fazer o roteiro para a história do filme de animação, foram criados os cenários e os bonecos das persona- gens para manipular os movimentos. 2. Registro das imagens: uma máquina fotográfica foi utilizada para capturar as imagens estáticas da futura animação. 3. Edição das imagens: depois de capturadas, as imagens foram transferidas para um computador e organizadas em sequência, com o uso de um programa de edição de vídeos, para criar a ilusão de movimento. FO TO S: V ER A N ÁC IA F RA N CO 28 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 28D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 28 05/08/21 11:5405/08/21 11:54 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 28D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 28 13/08/21 13:4913/08/21 13:49 Depois de realizar os quadros, descar- regar o vídeo em computador para fazer a edição (ver Sugestão para o professor). Há vários programas de edição de vídeo que podem ajudar nesse momento, mas também há câmeras que já possuem apli- cativos em que é possível fazer as edições em stop motion diretamente no aparelho. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito am- plia o vocabulário dos estudantes. • Produção de escrita A proposta oportuniza a escrita de um roteiro para a animação. ⊲ +IDEIAS O artista Alexander Calder criou um circo em miniatura utilizando vários mate- riais e depois fez um filme com suas pe- quenas personagens circenses. Esse mate- rial pode ser uma ótima nutrição estética (ver Sugestão para o estudante). Assim, propor que criem personagens inspirados em um circo. Pedir que escolham um dos artistas que lembrem o circo, como palhaço, malabarista, equilibrista e mágico, entre outros. Instigar a imagi- nar como seria a apresentação desse artista em um espetáculo de circo. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS É importante combinar com os es- tudantes como serão feitos os regis- tros das propostas de ação criadora (processos e produção). Ao longo do processo, sugerimos criar registros com filmagens, gravações de áudio ou depoimentos dos estudantes; tudo isso pode compor um portfólio eletrô- nico ou uma exposiçãode arte. Tam- bém é possível ter produções em de- senhos como registros das experiên- cias vividas para um portfólio físico. Os diários de bordo, tanto dos estu- dantes (cadernos de artista) como do professor, também são instrumentos para registros e oferecem materiais valiosos para a avaliação do processo. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • ALEXANDER Calder performs his Circus. Whitney Museum of American Art. Vídeo (5min). Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=t6jwnu8Izy0. Acesso em: 8 jul. 2021. Registro da performance Circus, de Alexander Calder. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • FREIRE, Raquel. Cinco programas grá- tis para editar vídeo no computador. Tech Tudo. Disponível em: https://www. techtudo.com.br/listas/2020/07/cinco- programas-gratis-para-editar-video-no- computador.ghtml. Acesso em: 8 jul. 2021. Matéria da TechTudo traz a resenha de cinco programas gratuitos para edição de vídeo. • PEDRO, João. Os 12 melhores softwares gratuitos de edição de vídeo para Windows. Filmora. Disponível em: https://filmora.wondershare.com.br/ video-editor/free-video-editing-software- windows.html. Acesso em: 8 jul. 2021. Matéria de João Pedro para a Fil- mora, com a resenha de doze progra- mas gratuitos para edição de vídeo, sendo um deles da própria Filmora. 29 AN DR ÉI A VI EI RA 1. Comece criando um roteiro com uma história ou uma sequência de ações e acontecimentos. 3. Recorte as formas dos desenhos que serão movimentados a cada cena. 5. Manuseie os desenhos devagar, vá fotografando e fazendo pequenas alterações a cada cena. 2. Crie os desenhos das personagens, dos objetos e dos elementos que fa- rão parte da cena (como uma árvore, um prédio, estrelas, astros do Universo, entre outros). . Prenda com fita adesiva uma folha de papel sobre uma mesa (este será o fundo das cenas). 6. Você pode usar uma câmera digital ou um celular com câmera. CINE DE PAPEL Que tal, agora, criar um filme de animação de papel? Convide os colegas e o professor. Uma ideia interessante para começar a fazer filmes de animação é criar cenários, personagens e outros elementos com folhas de papel. Veja algumas dicas a seguir. MATERIAIS E COMO FAZER Dica: Seus dese- nhos podem ter partes soltas ou articuladas para facilitar a mani- pulação e conse- guir efeitos de movimentos mais interessantes. 7. Com todas as fotografias prontas, peça ajuda ao pro- fessor. Transfira as imagens para um computador que tenha programa de edição de de vídeos. Esse programa de edição permitirá dar a ilusão de movimento às cenas do seu filme de animação. Folhas de papel; tesoura escolar; cola; riscadores diversos; câmera fotográfica ou celular com câmera; computador com programa de edição de vídeos. 29 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 29D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 29 05/08/21 11:5405/08/21 11:54 HISTÓRIAS ANIMADAS Você e os colegas também podem criar filmes de animação e contar his- tórias usando uma técnica conhecida como stop motion. Stop motion é uma expressão em inglês que significa “movimento para- do”. Nessa técnica, são realizadas várias fotografias de um objeto parado, mas a cada fotografia a posição de uma personagem ou de algum detalhe na cena é alterado. Depois, utilizando um computador com programas de edição de imagens, é feita a simulação de movimento das cenas. Observe os estudantes da escola municipal General Humberto de Souza Mello produzindo um filme de animação em stop motion. Acompanhe as etapas. 1. Manipulação das personagens: após fazer o roteiro para a história do filme de animação, foram criados os cenários e os bonecos das persona- gens para manipular os movimentos. 2. Registro das imagens: uma máquina fotográfica foi utilizada para capturar as imagens estáticas da futura animação. 3. Edição das imagens: depois de capturadas, as imagens foram transferidas para um computador e organizadas em sequência, com o uso de um programa de edição de vídeos, para criar a ilusão de movimento. FO TO S: V ER A N ÁC IA F RA N CO 28 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 28D3-ART-F1-1101-V5-U1-C1-006 a 029-LA-G23-AVU1.indd 28 05/08/21 11:5405/08/21 11:54 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 29D2-ART-F1-1101-V5-U1-C1-001 a 029-MPE-G23.indd 29 13/08/21 13:4913/08/21 13:49 https://www.youtube.com/watch?v=t6jwnu8Izy0 https://www.techtudo.com.br/listas/2020/07/cinco-programas-gratis-para-editar-video-no-computador.ghtml ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a cons- trução de vocabulário e repertório rela- tivos às diferentes linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Organizar a sala em roda de conver- sa para um momento de fruição e nu- trição estética a partir da imagem da cena do filme E.T.: o extraterrestre. ROTEIRO DE AULA Em roda de conversa, levantar os conhecimentos prévios dos estudantes e sensibilizá-los para o estudo dos as- suntos desenvolvidos aqui. Contar um pouco da história do cinema. Instigá-los a ler os seguintes aspec- tos na imagem de abertura do capítulo: Como são as cores? E as formas, como são nesta imagem do filme E.T.: o extra- terreste? Quem são as personagens na cena? O que está acontecendo? O que há de estranho na cena? Chamar a atenção dos estudantes para outros elementos vi- suais (imagens ilustrativas) e textuais (tí- tulo e texto do boxe Venha filmar!) na dupla de páginas. A literatura é a arte das palavras; a mú- sica, a arte dos sons; a dança, a arte dos movimentos; o teatro, das expressões, dos gestos, dos cenários, dos objetos, dos fi- gurinos; a pintura, das cores, das formas e da luminosidade que formam as imagens. Já o cinema é a arte que abraça muitas linguagens. Comentar com os estudantes que o cinema é uma arte híbrida, que se articula com outras linguagens. Fazer uma ideia virar cinema pode ser trabalhoso e envolver muitas ações. Os profissionais criam com base em temas, elementos de linguagem e técnicas. No cinema, temos: roteiro; tomadas de cena; 30 31 © C O U RT ES Y O F U N IV ER SA L PI CT U RE S/ EN TE RT AI N M EN T PI CT U RE S/ ZU M AP RE SS .C O M /F OT O AR EN A. IL U ST RA ÇÃ O : C LA U DI A M AR IA N N O ⊳ Montagem com ilustração e fotografia da cena do filme E.T.: o extraterrestre, direção de Steven Spielberg, Estados Unidos, 1982. Venha filmar! Ah, o cinema! Mundo de encantamento com imagens em movimento. Nele, o diretor observa e escolhe um bom enquadramento. Ele dirige tudo com o olhar bem atento. Escritores, músicos, dançarinos, atores... Dessa arte, todos são trabalhadores. Quem produz os efeitos especiais, os cenários, os figurinos, as maquiagens. Quem escolhe as cores, acende e apaga as luzes. Quem produz, edita, divulga. Quem trabalha com cinema usa essa arte para convidar públicos de toda parte a imaginar, a se envolver, a se assustar, a se comover, a questionar, a refletir... Vamos saber mais sobre essa tal de sétima arte? 31 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 31D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 31 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 3030 2 CINEMA: ARTE DE MUITAS LINGUAGENS D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd30D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 30 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 30D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 30 13/08/21 14:1013/08/21 14:10 ⊲ +IDEIAS O cinema é considerado a arte das linguagens, ou seja, é uma linguagem integrada, híbrida. Classificado como uma expressão das artes visuais, tam- bém emprega outras linguagens em sua produção. Música, dramaturgia, roteiro e visualidade são muito poten- tes nessa linguagem. Ricciotto Canudo (1879-1923), teórico italiano especialista em ci- nema, foi quem nomeou o cinema como “a sétima arte” ao escrever o manifesto O nascimento da sétima arte, publicado em 1911. Canudo de- fendeu a ideia de que o cinema é uma arte que reúne as outras, aquela na qual as artes plásticas, como as artes do espaço, interagem com a música e a poesia, consideradas as artes do tempo. Com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça, podemos criar na linguagem do cinema. Hoje, os ce- lulares estão equipados com câmeras digitais, o que pode facilitar a criação. Que tal criar com a turma um pe- queno roteiro de cinema e gravá-lo no celular? Para ampliação de repertório, po- de-se propor uma sessão de cinema na aula e assistir ao filme E.T.: o ex- traterrestre (ver Sugestão para o estudante). ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS É importante observar como os es- tudantes estão se desenvolvendo e fa- zer registros para compor o portfólio e anotações em seu caderno de artista ou diário de bordo. Neste diálogo ini- cial, é interessante que anotem algu- mas considerações ao longo da con- versa sobre a linguagem do cinema. Observar e registrar quais habilidades precisam ser mais bem trabalhadas para serem desenvolvidas, quais po- dem ser ampliadas e aprofundadas, acompanhando o desenvolvimento dos estudantes. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • E.T.: O EXTRATERRESTRE. Direção: Steven Spielberg. Estados Unidos: Uni- versal Pictures, 1982. Filme (115 min). Filme de ficção científica em que um garoto faz amizade com um ser de outro planeta. planos de profundidade; iluminação, cor e atmosfera luminosa; composição das ce- nas, entre outros aspectos importantes. Entre outras possibilidades da cultura vi- sual, a proposta de nutrição estética com leitura de imagem pode acontecer com obras de arte, como pinturas, desenhos, esculturas e cenas de cinema. Pode-se, também, criar roteiros com pautas e per- guntas para esses momentos. Ao final da aula, convidar os estudan- tes a lerem o boxe Venha filmar! e a re- fletirem sobre as tecnologias empregadas no cinema: a sonorização e a ilumina- ção; os efeitos especiais; as montagens de cenas que utilizam computadores e programas de edição; as tecnologias das salas de projeção; entre outras conexões entre a arte cinematográfica e as novas tecnologias. ⊲ PNA • Fluência em leitura oral A leitura e a interpretação de texto verbal são exploradas na seção Venha filmar!. 31 31 © C O U RT ES Y O F U N IV ER SA L PI CT U RE S/ EN TE RT AI N M EN T PI CT U RE S/ ZU M AP RE SS .C O M /F OT O AR EN A. IL U ST RA ÇÃ O : C LA U DI A M AR IA N N O ⊳ Montagem com ilustração e fotografia da cena do filme E.T.: o extraterrestre, direção de Steven Spielberg, Estados Unidos, 1982. Venha filmar! Ah, o cinema! Mundo de encantamento com imagens em movimento. Nele, o diretor observa e escolhe um bom enquadramento. Ele dirige tudo com o olhar bem atento. Escritores, músicos, dançarinos, atores... Dessa arte, todos são trabalhadores. Quem produz os efeitos especiais, os cenários, os figurinos, as maquiagens. Quem escolhe as cores, acende e apaga as luzes. Quem produz, edita, divulga. Quem trabalha com cinema usa essa arte para convidar públicos de toda parte a imaginar, a se envolver, a se assustar, a se comover, a questionar, a refletir... Vamos saber mais sobre essa tal de sétima arte? 31 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 31D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 31 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 3030 2 CINEMA: ARTE DE MUITAS LINGUAGENS D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 30D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 30 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 31D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 31 13/08/21 14:1013/08/21 14:10 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. ORGANIZE-SE Se possível, trazer para a aula o fil- me Meu pé de laranja-lima. ROTEIRO DE AULA Sugerimos a você apresentar a ima- gem com as personagens dessa his- tória (cena do filme ou ilustração do livro), fazer a leitura do trecho do livro com os estudantes e, a partir desse contexto literário, apresentar a eles as linguagens do cinema e da literatura. Conversar com eles sobre imaginar e criar histórias por meio de imagens em movimento (cinema e vídeo) e palavras (literatura), linguagens que serão foco de estudo nesta unidade. Depois de apreciar a imagem e o tex- to, propor que se reúnam em grupos e conversem sobre a imagem do filme Meu pé de laranja-lima, composta de ilustrações. Perguntar a eles: O que essa imagem mostra? O que mais cha- ma a atenção de vocês? Como veem o diálogo entre Zezé e a árvore? Aceitar as diferentes opiniões e valorizar as preferências e a individualidade. Na atividade 1, sugere-se indicar mais leituras de trechos dessa obra da literatura infantojuvenil brasileira. Na atividade 3, comentar que os atores de cinema aprendem a inter- pretar papéis a partir de técnicas que nasceram no teatro; que as artes visuais estão presentes na fotografia e nos efei- tos especiais visuais; e que as composições musicais são criadas por músicos para acompanhar as cenas. Ao final da conversa e situação de aprendizagem, cabe propor uma roda de conversa para que os estudantes compar- tilhem suas respostas com os demais cole- gas e o professor. Além disso, é importan- te que façam registros e anotações sobre o assunto discutido e suas impressões no caderno de artista (diário de bordo). Articulação com Língua Portuguesa A proposta da seção estabelece cone- xões com Língua Portuguesa explorando a articulação entre a arte e a literatura, levando o estudante a valorizar as lin- guagens escrita e visual e ainda reconhe- cer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário, do lúdico e de encantamento. 32 33 Em todas as artes, podemos imaginar e criar! Podemos ler e escrever histórias, poemas. Podemos inventar imagens ao desenhar, pintar, fotogra- far, filmar... Podemos, ainda, criar movimentos ao dançar, improvisar gestos e expressões, participar de jogos teatrais e muito mais! No cinema, muitas linguagens da arte se integram e coisas mágicas acon- tecem. Até uma árvore consegue falar! 1. Converse com os colegas e o professor sobre a imagem da personagem Zezé na cena ilustrativa do filme. Depois, conversem sobre o trecho do livro que vocês leram. 2. Em seu caderno, responda às questões a seguir. Use sua imaginação! a) Como você imagina essa cena? b) O que será que aconteceu depois? c) Sobre o que mais Zezé e a árvore conversaram? 3. O cinema integra várias linguagens. Você sabe quais são elas? 2. a), b) e c) Respostas pessoais. Incentivar osestudantes a conversarem e exercitarem a imaginação sobre os diálogos e as ações que poderiam acontecer na cena. 1. Resposta pessoal. Propõe-se trabalhar com a interpretação de textos (verbal e visual), explorar José Mauro de Vasconcelos (1920-1984) foi um escritor brasileiro que nasceu no Rio de Janeiro. O livro O meu pé de laranja-lima foi escrito em 1968 e é sua obra de maior sucesso. DESCUBRA MAIS • O meu pé de laranja-lima, de José Mauro de Vasconcelos. São Paulo: Melhoramentos, 2005. A história contada nesse livro é apre- ciada por leitores brasileiros há muitos anos. Ela também foi traduzida para mais de 50 línguas! a imaginação e valorizar a literatura brasileira e o ato de ler como prática cultural na vida dos estudantes e dos familiares. M OT O HI RO A RA KI /A E IL US TR AÇ ÃO : B RU N A AS SI S BR AS IL 3. Resposta pessoal. Retomar com os estudantes o que eles já sabem e aprenderam sobre as artes integradas. 33 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 33D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 33 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 — Por onde você fala? — Árvore fala por todo canto. Pelas folhas, pelos galhos, pelas raízes. Quer ver? Encoste seu ouvido aqui no meu tronco que você escuta meu coração bater. Fiquei meio indeciso, mas vendo o seu tamanho, perdi o medo. Encostei o ouvido e uma coisa longe fazia tique... tique... — Viu? — Me diga uma coisa. Todo mundo sabe que você fala? — Não. Só você. José Mauro de Vasconcelos. O meu pé de laranja-lima. 72. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1994. p. 33. A TURMA DO CINEMA Vamos ler um trecho do romance O meu pé de laranja-lima, escrito por José Mauro de Vasconcelos? Nesse texto, Zezé tem uma árvo- re como amiga e eles conversam. ▲ Montagem com ilustração e fotografia de cena do filme Meu pé de laranja-lima, direção de Marcos Bernstein, Brasil, 2013. O ator mirim João Guilherme Ávila tinha 10 anos quando atuou no filme. FOTO: PASSARO FILMS/MEU PÉ DE LARANJA LIMA / FOTO CAMILA BOTELHO/ATOR JOÃO GUILHERME AVILA 32 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 32D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 32 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 32D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 32 13/08/21 14:1013/08/21 14:10 Desde pequenas, as crianças elabo- ram traços e desenhos simbólicos; de- pois, criam desenhos mais descritivos e reais, buscam por estilos e linguagens expressivos. Nesse processo, imaginam e criam um mundo particular, em que podem habitar seres fantásticos e tam- bém amigos imaginários. Propor aos estudantes que elabo- rem um desenho da cena que ima- ginaram na conversa que tiveram em grupo e, também, propor outras brincadeiras de faz de conta neste momento. É ainda interessante assistir com os estudantes trechos ou o filme Meu pé de Laranja-lima na íntegra, em um momento de fruição e nutrição estéti- ca. Este momento trará aos estudan- tes uma melhor visão sobre o assun- to discutido ao longo da situação de aprendizagem e ampliará seu olhar sobre o filme (ver Sugestão para o estudante). ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS A educação contemporânea aponta para a concepção de avaliação como diagnóstica, processual e dinâmica, em que o professor poderá fazer um diag- nóstico da aprendizagem dos educan- dos e de sua própria ação enquanto educador, a fim de melhorar o percur- so com base em decisões pedagógicas, ao pensar em novas possibilidades de ensino e aprendizagem. É importante refletir e observar em que momento do percurso você está e usar o tipo de avaliação mais apropriado. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • MEU pé de laranja-lima. Direção: Marcos Bernstein. Brasil: Globo Filmes, 2013. Filme (99 min). No filme, Zezé tem por amiga uma árvore, um pequeno de pé de laranja- -lima de seu quintal, com quem divide sonhos e medos. ⊲ PNA • Compreensão de textos A atividade 1 permite que os estu- dantes expressem oralmente o que en- tenderam do texto a partir da leitura feita de modo individual. ⊲ +IDEIAS A imaginação é fundamental para de- sencadear a construção de hipóteses, ideias e pensamentos. Sabemos que crianças e jo- vens aprendem de modo diferente em cada idade e fase da vida porque têm diferentes aspectos em seu desenvolvimento psico- motor, além de se interessarem por coisas distintas. Devemos considerar também as próprias diferenças pessoais, preferências e gostos dos estudantes. Como compreender essas diferentes maneiras de ser e aprender de crianças e jovens? É possível estudar e saber de teorias que são fundamentais; porém, o educador também pode aprender com os próprios estudantes, observando, con- versando e procurando compreender seu mundo imaginário. 33 33 Em todas as artes, podemos imaginar e criar! Podemos ler e escrever histórias, poemas. Podemos inventar imagens ao desenhar, pintar, fotogra- far, filmar... Podemos, ainda, criar movimentos ao dançar, improvisar gestos e expressões, participar de jogos teatrais e muito mais! No cinema, muitas linguagens da arte se integram e coisas mágicas acon- tecem. Até uma árvore consegue falar! 1. Converse com os colegas e o professor sobre a imagem da personagem Zezé na cena ilustrativa do filme. Depois, conversem sobre o trecho do livro que vocês leram. 2. Em seu caderno, responda às questões a seguir. Use sua imaginação! a) Como você imagina essa cena? b) O que será que aconteceu depois? c) Sobre o que mais Zezé e a árvore conversaram? 3. O cinema integra várias linguagens. Você sabe quais são elas? 2. a), b) e c) Respostas pessoais. Incentivar os estudantes a conversarem e exercitarem a imaginação sobre os diálogos e as ações que poderiam acontecer na cena. 1. Resposta pessoal. Propõe-se trabalhar com a interpretação de textos (verbal e visual), explorar José Mauro de Vasconcelos (1920-1984) foi um escritor brasileiro que nasceu no Rio de Janeiro. O livro O meu pé de laranja-lima foi escrito em 1968 e é sua obra de maior sucesso. DESCUBRA MAIS • O meu pé de laranja-lima, de José Mauro de Vasconcelos. São Paulo: Melhoramentos, 2005. A história contada nesse livro é apre- ciada por leitores brasileiros há muitos anos. Ela também foi traduzida para mais de 50 línguas! a imaginação e valorizar a literatura brasileira e o ato de ler como prática cultural na vida dos estudantes e dos familiares. M OT O HI RO A RA KI /A E IL US TR AÇ ÃO : B RU N A AS SI S BR AS IL 3. Resposta pessoal. Retomar com os estudantes o que eles já sabem e aprenderam sobre as artes integradas. 33 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 33D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 33 14/08/21 15:2214/08/21 15:22 — Por onde você fala? — Árvore fala por todo canto. Pelas folhas, pelos galhos, pelas raízes. Quer ver? Encoste seu ouvido aqui no meu tronco que você escuta meu coração bater. Fiquei meio indeciso, mas vendo o seu tamanho, perdi o medo. Encostei o ouvido e uma coisa longe fazia tique... tique... — Viu? — Me diga uma coisa. Todo mundo sabe que você fala? — Não. Só você. José Mauro de Vasconcelos. O meu pé de laranja-lima. 72. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1994. p. 33. A TURMA DO CINEMA Vamos ler um trecho do romance O meu pé de laranja-lima, escrito por José Mauro de Vasconcelos? Nesse texto, Zezé tem uma árvo- re como amiga e eles conversam. ▲ Montagem com ilustração e fotografia de cena do filme Meu pé de laranja-lima, direção de Marcos Bernstein, Brasil, 2013. O ator mirim João Guilherme Ávila tinha 10 anos quando atuou no filme. FOTO: PASSARO FILMS/MEU PÉ DE LARANJA LIMA / FOTO CAMILA BOTELHO/ATOR JOÃO GUILHERME AVILA 32 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 32D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 32 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 33D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 33 14/08/2115:3214/08/21 15:32 ⊲ BNCC (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes con- textos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional. (EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações proces- suais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a cons- trução de vocabulário e repertório rela- tivos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Observar e fazer a leitura da ima- gem que mostra a cena do filme Tainá, a origem, de Rosane Svartman. No filme, a personagem brinca na nature- za com os seres da mata e luta para defender seu povo e seus amigos, os animais. Ao fazer a leitura da imagem, conversar com os estudantes sobre as seguintes questões: Onde se passa a cena? Vocês conhecem essa persona- gem? O que ela está fazendo? O que sabemos a respeito dos povos indíge- nas brasileiros? Aproveitar o momento para comentar com os estudantes que os povos indígenas vivem em diferen- tes regiões do Brasil e cada povo tem sua história, cultura e arte. Estimular o debate sobre a diversidade cultural, os direitos e a importância do respeito e da defesa das comunidades indígenas. Ao voltar à fruição da imagem, pro- por aos estudantes que descrevam e analisem outros elementos da cena, como a paisagem natural, o rio e as plantas vitória-régia, típicas da região amazônica. Conversar com eles sobre as três perguntas que ajudam os rotei- ristas a criar textos e os atores e atrizes a representar suas personagens. Essa proposta está colocada nas obras de Viola Spolin em seu jogos teatrais. Esse tipo de exercício e jogo teatral também pode aparecer na formação e no trabalho dos artistas de telenovelas e dubladores que emprestam sua voz para personagens de de- senhos animados. Os três aspectos (onde?, o quê? e quem?), que serão estudados neste capí- tulo, são elementos básicos de qualquer narrativa, seja escrita ou visual. Estão bas- tante ligados ao teatro, mas também po- dem se relacionar ao cinema. 1. Onde?: é o lugar em que ocorre o jogo ou a cena teatral. Pode ser um lugar fictício ou real. 2. Quem?: são as personagens que com- põem uma cena ou um jogo teatral e que re- presentam os papéis a serem desenvolvidos. 3. O quê?: ação da peça ou do jogo teatral, em que o ator/atriz mostrará o que faz no momento da cena, dentro de certo espaço e tempo cênicos que existem no cenário. É a atividade das personagens em cena. Na atividade 2, se possível, possibili- tar que a turma assista ao filme Tainá, a origem ou que faça pesquisas ampliadas sobre essa obra. 34 Observe a imagem ao lado. Nela, você vê outra cena do filme Tainá, a origem com a atriz Wiranu Tembé. Leia o texto a seguir e converse com os colegas para responder às perguntas. 1. Onde vive a personagem Tainá? O que você sabe sobre essa região? 2. Quem é a personagem Tainá? O que ela defende? 3. O que Tainá está fazendo na imagem? 4. Relacione as perguntas ao que representam na linguagem teatral. (A) Onde? A ação da personagem em cena. (B) Quem? Lugar, imaginário ou real, em que a cena ou o jogo teatral acontecem. (C) O quê? As personagens em cena e suas características. 5. A personagem Tainá defende o meio ambiente. Pesquise, com seus fa- miliares, mais filmes em que o tema é o meio ambiente. Escreva o que descobriu em uma folha avulsa e, depois, compartilhe o resultado de sua pesquisa com os colegas e o professor. C A B 2. Tainá é uma criança indígena da região da Amazônia. Ela defende a Tainá está em uma canoa, passeando em um rio e acariciando uma tartaruga-da-amazônia (tartaruga de rio). A proposta é relacionar as ideias, os conceitos e as possibilidades Cena do filme Tainá, a origem,⊲ direção de Rosane Svartman, Brasil, 2013. Comentar com os estudantes que o texto preservação da natureza e a valorização das tradições e da cultura dos povos da floresta. 1. Tainá vive na Floresta Amazônica. Resposta pessoal a partir do que os estudantes conhecem sobre a região da Amazônia. W IR AN U TE M BÉ N O F I L M E TA IN Á, A O RI G EM / S IN CR O CI N E PR O DU ÇÕ ES C IN EM AT O G RÁ FI CA S LT DA . Tainá é uma criança indígena que nasceu na região da Amazônia. Ela e os amigos lutam pela preservação da na- tureza e contra os malfeitores, principalmente um contraban- dista de madeira, responsável pelo desmatamento ilegal da floresta. A turma de amigos também defende a valorização das tradições e da cultura dos povos da floresta. em destaque é uma sinopse do filme. Mais à frente, eles farão uma atividade em que produzirão uma sinopse. de jogos teatrais a partir das perguntas e respostas. Resposta pessoal a partir das pesquisas realizadas. 35 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 35D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 35 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 ONDE? QUEM? O QUÊ? Observe a imagem. ⊳ A atriz indígena Wiranu Tembé, com apenas 5 anos de idade, em cena do filme Tainá, a origem, direção de Rosane Svartman, Brasil, 2013. Atores mirins já fizeram muita gente rir e chorar com personagens no cine- ma e na televisão. Eles tiveram que se preparar para encontrar caminhos para representar seus papéis. Estudaram e foram descobrindo como eram os gestos, a voz, as emoções e outras características expressivas das suas personagens. Na linguagem teatral, uma das possibilidades de criação é buscar respon- der às questões: • Onde se passa a cena? • Quem é a personagem que vou representar? • O que vou fazer em cena? Assim como para o teatro, essas perguntas podem ser exercícios que tam- bém ajudam a criar os roteiros e as interpretações de personagens no cinema. Wiranu Tembé (2005-) é uma atriz indígena que nasceu na aldeia Tekohãw, no estado do Pará. DESCUBRA MAIS • Tainá, a origem, direção de Rosane Svartman, Brasil, 2013. Nesse filme, a personagem Tainá brinca na natureza com os seres da mata e luta para defender seu povo, a Floresta Amazônica e os animais. W IR AN U TE M BÉ N O F I L M E TA IN Á, A O RI G EM / S IN CR O CI N E PR O DU ÇÕ ES C IN EM AT O G RÁ FI CA S LT DA . AL EX AN DR O A UL ER / AG ÊN CI A O G LO BO . 34 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 34D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 34 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 34D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 34 13/08/21 14:1013/08/21 14:10 valorização cultural desses povos? No decorrer e ao final da conversa, os es- tudantes podem registrar no caderno de artista (diário de bordo) as ideias que surgirem a respeito do tema. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Espera-se que os estudantes te- nham compreendido os três aspectos da linguagem da criação teatral, que também podem ser utilizados no cine- ma. Acompanhar as respostas dadas e aproveitar o momento para levantar outras questões sobre o que a perso- nagem Tainá defende e qual a impor- tância disso para a sociedade atual, observando o que os estudantes compreendem e conhecem acerca da cultura indígena e de sua valorização e respeito. Os registros realizados ao longo da situação de aprendizagem são grandes indicadores de como os estudantes estão se desenvolvendo diante dos temas e das propostas, e quais habilidades e competências construíram. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogosteatrais. São Paulo: Perspectiva, 2013. Livro que apresenta uma série de exercícios e jogos teatrais para crian- ças e jovens, traz pesquisas brasileiras sobre teatro e educação, com base em Viola Spolin, Jean Piaget e Susan- ne Languer. Orientar os familiares a auxiliarem os estudantes na atividade 5, conduzindo a pesquisa e filtrando os sites e conteúdos. Lembrar-se de oferecer a eles endereços seguros da internet para a pesquisa. Em roda de conversa, propor aos estudantes que compartilhem suas respostas e opi- niões sobre o assunto. ⊲ PNA • Compreensão de textos As atividades 1, 2 e 3 propiciam que o estudante identifique elementos do texto por meio das perguntas: Onde? O quê? e Quem? ⊲ +IDEIAS Propor aos estudantes uma roda de conversa em que você poderá debater so- bre estas e outras questões que conside- rar importantes: O que eles sabem sobre a formação do povo brasileiro e a impor- tância da cultura indígena nesse proces- so? Eles reconhecem a diversidade cultu- ral dos povos indígenas brasileiros? Agem com empatia em relação aos direitos e à 35 Observe a imagem ao lado. Nela, você vê outra cena do filme Tainá, a origem com a atriz Wiranu Tembé. Leia o texto a seguir e converse com os colegas para responder às perguntas. 1. Onde vive a personagem Tainá? O que você sabe sobre essa região? 2. Quem é a personagem Tainá? O que ela defende? 3. O que Tainá está fazendo na imagem? 4. Relacione as perguntas ao que representam na linguagem teatral. (A) Onde? A ação da personagem em cena. (B) Quem? Lugar, imaginário ou real, em que a cena ou o jogo teatral acontecem. (C) O quê? As personagens em cena e suas características. 5. A personagem Tainá defende o meio ambiente. Pesquise, com seus fa- miliares, mais filmes em que o tema é o meio ambiente. Escreva o que descobriu em uma folha avulsa e, depois, compartilhe o resultado de sua pesquisa com os colegas e o professor. C A B 2. Tainá é uma criança indígena da região da Amazônia. Ela defende a Tainá está em uma canoa, passeando em um rio e acariciando uma tartaruga-da-amazônia (tartaruga de rio). A proposta é relacionar as ideias, os conceitos e as possibilidades Cena do filme Tainá, a origem,⊲ direção de Rosane Svartman, Brasil, 2013. Comentar com os estudantes que o texto preservação da natureza e a valorização das tradições e da cultura dos povos da floresta. 1. Tainá vive na Floresta Amazônica. Resposta pessoal a partir do que os estudantes conhecem sobre a região da Amazônia. W IR AN U TE M BÉ N O F I L M E TA IN Á, A O RI G EM / S IN CR O CI N E PR O DU ÇÕ ES C IN EM AT O G RÁ FI CA S LT DA . Tainá é uma criança indígena que nasceu na região da Amazônia. Ela e os amigos lutam pela preservação da na- tureza e contra os malfeitores, principalmente um contraban- dista de madeira, responsável pelo desmatamento ilegal da floresta. A turma de amigos também defende a valorização das tradições e da cultura dos povos da floresta. em destaque é uma sinopse do filme. Mais à frente, eles farão uma atividade em que produzirão uma sinopse. de jogos teatrais a partir das perguntas e respostas. Resposta pessoal a partir das pesquisas realizadas. 35 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 35D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 35 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 ONDE? QUEM? O QUÊ? Observe a imagem. ⊳ A atriz indígena Wiranu Tembé, com apenas 5 anos de idade, em cena do filme Tainá, a origem, direção de Rosane Svartman, Brasil, 2013. Atores mirins já fizeram muita gente rir e chorar com personagens no cine- ma e na televisão. Eles tiveram que se preparar para encontrar caminhos para representar seus papéis. Estudaram e foram descobrindo como eram os gestos, a voz, as emoções e outras características expressivas das suas personagens. Na linguagem teatral, uma das possibilidades de criação é buscar respon- der às questões: • Onde se passa a cena? • Quem é a personagem que vou representar? • O que vou fazer em cena? Assim como para o teatro, essas perguntas podem ser exercícios que tam- bém ajudam a criar os roteiros e as interpretações de personagens no cinema. Wiranu Tembé (2005-) é uma atriz indígena que nasceu na aldeia Tekohãw, no estado do Pará. DESCUBRA MAIS • Tainá, a origem, direção de Rosane Svartman, Brasil, 2013. Nesse filme, a personagem Tainá brinca na natureza com os seres da mata e luta para defender seu povo, a Floresta Amazônica e os animais. W IR AN U TE M BÉ N O F I L M E TA IN Á, A O RI G EM / S IN CR O CI N E PR O DU ÇÕ ES C IN EM AT O G RÁ FI CA S LT DA . AL EX AN DR O A UL ER / AG ÊN CI A O G LO BO . 34 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 34D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 34 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 35D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 35 13/08/21 14:1013/08/21 14:10 ⊲ BNCC (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coleti- vo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR26) Explorar diferentes tec- nologias e recursos digitais (multi- meios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotogra- fia, softwares etc.) nos processos de criação artística. na íntegra. Estimular os estudantes a fa- zer anotações em seu caderno de artista (diário de bordo) sobre o nome das per- sonagens, o local onde se passa a histó- ria, entre outras informações que possam compor a ficha técnica do filme. Em roda de conversa, falar sobre a adaptação fílmica. Se possível, apresentar trechos ou filmes com roteiros adaptados da literatura para o cinema. Sugere-se articular conhecimentos de Língua Portu- guesa para trabalhar a criação de textos descritivos, diálogos e síntese. Apresentar para o estudante as ca- racterísticas da construção desse gênero textual (roteiro, texto de dramaturgia ou cinedramaturgia). Orientá-los a identifi- car as características físicas e emocionais (personalidade, estado emocional) das personagens do texto literário, adaptan- do-as para compor o roteiro. É possível ainda inserir no roteiro dicas de como os atores/atrizes podem interpretar cada pa- pel e descrição das características visuais das personagens (figurinos, adereços, maquiagem). ORGANIZE-SE Se possível, assistir previamente ao filme Cinema Paradiso, a fim de ter mais elementos para o debate em sala de aula. Ter em mãos livros infantis e infantojuvenis para a adaptação ou usar a biblioteca da escola. ROTEIRO DE AULA Propor aos estudantes um mo- mento de fruição e nutrição estética assistindo a trechos do filme Cine- ma Paradiso, ou apresentar o filme 36 Vamos fazer uma adaptação fílmica? Com a ajuda do professor, escolha um livro de literatura infantojuvenil da biblioteca da escola. Pode ser um romance, um livro de contos ou de poemas. Depois, escolha um trecho desse livro e faça uma adaptação fílmica. Comece estudando a história e imaginando as cenas como se estivesse assistindo a um filme. Veja, a seguir, algumas dicas do que você pode pensar e imaginar. Na linguagem do cinema e da fotografia, enquadramento é o modoe o lugar que escolhemos para fazer e apresentar as imagens, como mos- trar um plano aberto (uma paisagem, as ruas de uma cidade) ou focar um pequeno detalhe da cena. Onde a história se passa? No seu caderno, descreva onde se passa a história. Em folhas avulsas, crie desenhos para expressar visual- mente as ideias que teve para um cenário. Imagine que você está filmando a cena nesse lugar que criou e pense em como podem ser os enquadramentos da câmera, as cores e o clima da cena. Quem são as personagens? Em seu caderno, escreva os nomes das personagens. Escolha as personagens principais e descreva como cada uma delas é, ou seja, quais são suas características emocio- nais e físicas. Em folhas avulsas, crie desenhos das personagens e de seus figurinos (suas roupas). O que as personagens fazem? Descreva como as personagens agem em cada cena. O que falam? Quais outras atitudes têm? Qual personagem entra em cena primeiro? Qual aparece sozinha ou na companhia de outras personagens? Anote todas as ideias em seu caderno. O que mais você terá em seu filme? As cenas terão efeitos especiais, sons ou músicas? Quais e como serão? Que outras ideias podem surgir? HTTPS://WWW.LS.GRAPHICS/OHMY 37 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 37D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 37 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 TEXTO, LUZ, CÂMERA, AÇÃO! Observe esta imagem. A palavra cinema vem da língua grega e significa movimento. É uma arte dinâmica. O movimento está sempre presente. Vemos isso ao observar a ação dos atores, ao perceber os sons, as luzes, as cores... Quando você vai ao cinema, uma das primeiras coisas que vê ao iniciar o filme são as imagens. Mas o filme também conta com outras formas de expressão artística, veja algumas a seguir. • Música: em geral, é feita por músicos especialmente para o filme. • Encenação: atores e atrizes interpretam as personagens. • Dança: pode haver cenas de dança com bailarinos. • Texto: os roteiristas de cinema podem criar as histórias, mas há casos em que eles têm alguma obra literária como base do roteiro. No caso do filme Meu pé de laranja-lima, foi feita uma adaptação fílmica do romance que tem o mesmo título. ⊳ A magia do cinema deslumbra o menino Totó no filme Cinema Paradiso, direção de Giuseppe Tornatore, Itália/França, 1988. Adaptação fílmica (ou cinematográfica) é quando um roteirista de cinema se baseia em um texto escrito em forma de romance, conto, história em quadrinhos, por exemplo, para criar o roteiro de um filme. SO VE RE IG N P IC TU RE S / A LB UM /F OT O AR EN A HT TP S:/ /W WW .LS. GRA PHICS/O HMY diAlogos 36 LÍNGUA PORTUGUESA D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 36D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 36 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 36D2-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-MPE-G23.indd 36 13/08/21 14:1113/08/21 14:11 Articulação com Língua Portuguesa A proposta desta seção permi- te aos estudantes produzir um texto (adaptação fílmica) empregando co- nhecimentos linguísticos e gramati- cais, conforme as caraterísticas que esse gênero textual demanda. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. • Compreensão de textos Ao solicitar ao estudante que adap- te uma história da literatura infantil em linguagem cinematográfica, a ati- vidade oportuniza o reconto que, nes- se momento, se realiza de forma oral e em seguida de forma escrita. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Os critérios de avaliação devem ser definidos considerando alguns aspectos importantes: Como os es- tudantes se desenvolveram ao lon- go das situações de aprendizagem? Com quais facilidades e dificuldades se depararam ao longo do processo criativo? Como se comportam diante de atividades coletivas e de coopera- ção? Conseguiram realizar a adap- tação fílmica? De que maneira bus- caram fazer isso? Compreenderam os processos criativos da linguagem cinematográfica? Além disso, para uma avaliação processual é importante considerar os registros realizados pelos estudan- tes em seus cadernos de artista (diá- rio de bordo). Tais registros apresen- tam um panorama mais detalhado, descrito pelo próprio estudante, de seu processo criativo e desenvolvi- mento do assunto. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • MOSS, Hugo. Como formatar seu roteiro. São Paulo: Aeroplano, 2002. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/ pluginfile.php/4473939/mod_resource/ content/1/MOSS-Hugo-Como-formatar- seu-roteiro-copy.pdf. Acesso em: 28 jul. 2021. Artigo que traz o passo a passo da montagem de um roteiro, seus princi- pais elementos e dicas de escrita. Orientá-los a inserir no roteiro descri- ções de cenas e diálogos entre as persona- gens, indicando a forma de apresentá-las (entre parênteses, em itálico, com traves- são, entre outras). É importante lembrar que o roteiro criado nessa proposta não tem caráter profissional, podendo ter uma formatação mais próxima do repertório dos estudantes. No link indicado na seção Sugestão para o professor, é possível ver um modelo de roteiro profissional. Para melhor expor suas ideias, os es- tudantes podem ainda desenhar. Com câmera fotográfica, filmadora ou aparelho celular, podem fazer exercícios de enqua- dramento, para compreender melhor esse conceito. Orientá-los também a indicar músicas ou sonoridades que podem pre- ver em seus roteiros. É importante que, ao longo da pro- posta, eles utilizem o caderno de artista (diário de bordo) para registrar o processo criativo e ilustrá-lo. 37 Vamos fazer uma adaptação fílmica? Com a ajuda do professor, escolha um livro de literatura infantojuvenil da biblioteca da escola. Pode ser um romance, um livro de contos ou de poemas. Depois, escolha um trecho desse livro e faça uma adaptação fílmica. Comece estudando a história e imaginando as cenas como se estivesse assistindo a um filme. Veja, a seguir, algumas dicas do que você pode pensar e imaginar. Na linguagem do cinema e da fotografia, enquadramento é o modo e o lugar que escolhemos para fazer e apresentar as imagens, como mos- trar um plano aberto (uma paisagem, as ruas de uma cidade) ou focar um pequeno detalhe da cena. Onde a história se passa? No seu caderno, descreva onde se passa a história. Em folhas avulsas, crie desenhos para expressar visual- mente as ideias que teve para um cenário. Imagine que você está filmando a cena nesse lugar que criou e pense em como podem ser os enquadramentos da câmera, as cores e o clima da cena. Quem são as personagens? Em seu caderno, escreva os nomes das personagens. Escolha as personagens principais e descreva como cada uma delas é, ou seja, quais são suas características emocio- nais e físicas. Em folhas avulsas, crie desenhos das personagens e de seus figurinos (suas roupas). O que as personagens fazem? Descreva como as personagens agem em cada cena. O que falam? Quais outras atitudes têm? Qual personagem entra em cena primeiro? Qual aparece sozinha ou na companhia de outras personagens? Anote todas as ideias em seu caderno. O que mais você terá em seu filme? As cenas terão efeitos especiais, sons ou músicas? Quais e como serão? Que outras ideias podem surgir? HTTPS://WWW.LS.GRAPHICS/OHMY 37 D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 37D3-ART-F1-1101-V5-U1-C2-030 a 053-LA-G23-AVU1.indd 37 05/08/21 09:5805/08/21 09:58 TEXTO, LUZ, CÂMERA, AÇÃO! Observe esta imagem. A palavra cinema vem da língua grega e significa movimento. É uma arte dinâmica. O movimento está sempre presente. Vemos isso ao observar a ação dos atores, ao perceber os sons, as luzes, as cores... Quando você vai ao cinema, uma das primeiras coisas que vê ao iniciar o filme são as imagens. Mas o filme também conta com outras formas de expressão artística, veja algumas a seguir. • Música: em geral, é feita por músicos especialmente para o filme. • Encenação: