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MANUAL DO PROFESSOR 2Ensino Fundamental - Anos Inic iais Component e: Arte ARTE SOLANGE UTUA RI PASCOAL FERRA RI CARLOS KATER BRUNO FISCHER Ensino Fundam ental - A nos Iniciais ARTE 2 9 7 8 6 5 5 7 4 2 4 7 8 0 ISBN 978-65-5742-478-0 C om ponente: A rte 013 0 P 23 01 02 000 06 0 CÓ DI GO D A CO LE ÇÃ O PN LD 2 02 3 • O BJ ET O 1 M at er ia l d e di vu lg aç ão Ve rs ão su bm et id a à av al ia çã o D1-PNLD-Capa-A CONQUISTA-ARTE_LP-vol2-DIVULGA.indd All PagesD1-PNLD-Capa-A CONQUISTA-ARTE_LP-vol2-DIVULGA.indd All Pages 25/04/22 23:5625/04/22 23:56 1a edição, São Paulo, 2021 MANUAL DO PROFESSOR SOLANGE DOS SANTOS UTUARI FERRARI EDUCADORA, ESCRITORA E ARTISTA VISUAL. DOUTORANDA EM EDUCAÇÃO, ARTE E HISTÓRIA DA CULTURA (MACKENZIE-SP), MESTRE EM ARTES VISUAIS (UNESP-SP) E LICENCIADA EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA (UMC-SP), COM ESPECIALIZAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (FESPSP) E EM ARTE-EDUCAÇÃO (USP-SP). É ILUSTRADORA, AUTORA DE LIVROS DIDÁTICOS E DE PROPOSTAS PARA A FORMAÇÃO DE EDUCADORES. TAMBÉM ATUA NA ASSESSORIA DE PROJETOS EDUCATIVOS E CULTURAIS E EM ATUALIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE CURRÍCULOS EM EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS. SUA PRODUÇÃO LITERÁRIA JÁ FOI HONRADA COM INDICAÇÃO E PREMIAÇÃO NO PRÊMIO JABUTI. PASCOAL FERNANDO FERRARI EDUCADOR, ESCRITOR, ATOR E DIRETOR TEATRAL. MESTRE EM ENSINO DE CIÊNCIAS (UNICSUL-SP), LICENCIADO EM PEDAGOGIA (UNICASTELO-SP) E EM PSICOLOGIA (UBC-SP), COM ESPECIALIZAÇÃO EM SOCIOLOGIA (FESPSP). É AUTOR DE DIVERSOS LIVROS DE ARTE, COM FOCO NA LINGUAGEM TEATRAL. TAMBÉM É ASSESSOR EM PROPOSTAS CURRICULARES, PESQUISADOR E DOCENTE UNIVERSITÁRIO NA ÁREA DE TEATRO. SUA PRODUÇÃO LITERÁRIA JÁ FOI HONRADA COM INDICAÇÃO E PREMIAÇÃO NO PRÊMIO JABUTI. CARLOS ELIAS KATER EDUCADOR, MUSICÓLOGO E COMPOSITOR. DOUTOR EM HISTÓRIA DA MÚSICA E MUSICOLOGIA PELA UNIVERSIDADE DE PARIS IV (SORBONNE) E PROFESSOR TITULAR PELA ESCOLA DE MÚSICA DA UFMG. FOI VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL (ABEM). É MEMBRO PERMANENTE DO CONSELHO ASSESSOR DA CÁTEDRA LIVRE DE PENSAMENTO PEDAGÓGICO MUSICAL LATINO-AMERICANO (UNIVERSIDAD NACIONAL DE LAS ARTES, BUENOS AIRES), CONFERENCISTA, CONSULTOR E AUTOR DE PUBLICAÇÕES SOBRE MUSICOLOGIA E EDUCAÇÃO MUSICAL CONTEMPORÂNEA. SUA PRODUÇÃO JÁ RECEBEU INDICAÇÃO AO PRÊMIO JABUTI. BRUNO FISCHER DIMARCH EDUCADOR, ESCRITOR, DANÇARINO E ARTISTA MULTIMÍDIA. MESTRE EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA (PUC-SP) E LICENCIADO EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA (FAMOSP-SP). FOI PROFESSOR EM ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS E EM UNIVERSIDADES. ATUOU COMO TÉCNICO E ASSESSOR EM SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO E COMO COORDENADOR DE ENSINO A DISTÂNCIA NA FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO. FOI CONSULTOR PEDAGÓGICO NA TV CULTURA DE SÃO PAULO E EDUCADOR EM AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES. SUA PRODUÇÃO JÁ FOI INDICADA AO PRÊMIO JABUTI. Ensino Fun damental - Anos Inicia is Component e: Arte 2ARTE D1_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 1D1_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 1 10/08/21 18:0310/08/21 18:03 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 2o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Vanessa Alexandre Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Beatriz Mayumi, Bruna Ishihara, Caca França, Clau Souza, Claudia Marianno, Evandro Marenda, Ideário Lab, Jady Ferrari, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Simone Ziasch, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 2º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-477-3 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-478-0 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-487-2 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-488-9 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72362 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 2D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 2 11/08/21 14:2011/08/21 14:20 A arte em toda a sua história mostra a capacidade humana de inventar e misturar dife- rentes linguagens e de buscar novas formas de expressão e de investigação do mundo. A produção da arte está sempre conectada a seu tempo e a contextos socioculturais. Partimos da premissa de que faz parte do desenvolvimento dos estudantes, como cidadãos e seres de cultura, conhecer arte e desenvolver competências e habilidades estéticas e artísticas. Neste Manual do Professor, procuramos expor aos professores as proposições peda- gógicas e os fundamentos para a caminhada de ensinar e aprender Arte. Este material, destinado aos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), constitui, em conjunto com o Livro do Estudante, um instrumento organizado para o ensino das linguagens artísticas, criando possibilidades interessantes de investigação em vários campos concei- tuais da Arte e da Cultura. O Livro do Estudante apresenta rico material visual e textual como oportunidade para fruição, leitura e construção de hipóteses interpretativas por meio de textos verbais e vi- suais. Trazemos diversas propostas que contemplam o fazer artístico – fruição e leitura de imagens, estudos e pesquisas, contextualizações e percepções sensoriais – com o objetivo de tornar os estudantes protagonistas de sua aprendizagem. Para auxiliar o trabalho do professor, respeitando o momento de alfabetização e o processo de conquista da leitura e da escrita em que os estudantes estão mergulhados, a coleção propõe momentos de lei- tura e interpretação de textos poéticos selecionados da literatura ou criados pelos auto- res. Além disso, traz ideias e proposições para a avalição formativa com foco no processo de aprender e se expressar pela arte. Como uma bússola, em meio às inúmeras escolhas e aos recortes de conteúdo na apren- dizagem de Arte, esta coleção indica caminhos possíveis e o professor, mediador do pro- cesso de ensino e aprendizagem, decidirá como os seguirá em sua viagem pedagógica estésica. Essa orientação também aponta para mais escolhas decaminhos quando sugere diferentes publicações, impressas ou digitais, para consulta e pesquisa, ampliando os co- nhecimentos sobre Arte e Cultura. Tendo em foco o respeito pela autonomia e pela autoria do trabalho pedagógico do educador no processo de ensino e aprendizagem de Arte, convidamos você a trilhar per- cursos criativos, poéticos, estésicos e educativos que se propõem lúdicos, sensíveis e signi- ficativos a quem por eles cruzar. Estudante, professor ou familiar, todos seguimos juntos na aventura de sermos aprendizes de Arte. Assim, fazemos um convite a você, professor: vamos caminhar pelo universo da Arte? Os autores APRESENTAÇÃO D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 3D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 3 10/08/21 09:4510/08/21 09:45 1. ORIENTAÇÕES GERAIS DE ARTE ......................................V 1.1. Convite para trilhar os percursos no ensino de Arte .................. V 1.2. Experiências e proposições .......................................................... VII 1.3. Escolhas e caminhos para um currículo de Arte ....................... XII 1.4. Abordagens conceituais e metodológicas para o ensino de Arte .........................................................................XXI 1.5. Faça seu próprio caminho! .......................................................XXIII 1.6. Avaliação, registros e sonhos pedagógicos .......................... XXIV 2. EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 2o ANO .....................................................XXVI 3. MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM ................ XXVIII 4. TEXTOS COMPLEMENTARES ....................................... XXXII 5. REFERÊNCIAS COMENTADAS ........................................... XL 6. CONHEÇA SEU MANUAL ..................................................XLVI 7. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA O 2o ANO ..................1 Você já viu? ............................................................................................6 Unidade 1 • Arte se faz com o quê? ......................................................8 Unidade 2 • No ritmo da arte ..............................................................54 O que aprendi neste ano ....................................................................108 SUMÁRIO PA RT E IN TR O D U TÓ RI A D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 4D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 4 11/08/21 14:2111/08/21 14:21 M on ke y Bu si ne ss Im ag es /S hu tt er st oc k. co m V ORIENTAÇÕES GERAIS DE ARTE 1 1.1. CONVITE PARA TRILHAR OS PERCURSOS NO ENSINO DE ARTE Poucos fenômenos são tão difíceis de definir quanto a arte. Uma das razões dessa dificuldade provém do fato de que a arte é uma produção histórica. Isso significa que não existe uma defi- nição universal que dê conta de todas as variações da criação artística no tempo e no espaço. (SANTAELLA, 2012, p. 26) A arte está sempre em transformação. Não existe uma definição fechada ou universal para o que é ou para o que serve, mas podemos criar ideias moventes sobre ela. Nesse sentido, podemos dizer que arte é linguagem, conhecimen- to e percepção de um mundo culturalmente vivido. É pensar, sentir, pronunciar as coisas. A arte pode ser explicada pela Ciência e pela História e sentida pela existência humana. Ela nos ensina a viver com intensidade as múltiplas formas de manifestação de sensações e sentimentos, a encontrar prazer na vida e a compreender a existência humana em sua plenitude. Assim, ensinar Arte é abrir caminhos para aprender a interpretar o mundo. À medida que ensinamos, também aprendemos a interpretar o mundo por meio da arte. Na construção de interpretações, educador, estudantes e familiares descobrem possibilidades de expressão e podem experimentá-las. Outras ideias sobre a arte também são válidas, como dizer que se trata de uma atividade humana ligada a mani- festações estésicas e estéticas realizadas com base naquilo que percebemos, sentimos e pensamos e que os artistas, produtores de arte, criam com a intencionalidade de despertar nos apreciadores/espectadores o interesse pelo trabalho artístico. Entretanto, muitos, assim como Santaella (2012, p. 26), concordam que há múltiplos significados para o sen- tido da arte. Ao perguntar qual é o sentido do ensino de Arte na escola, podemos refletir que a arte é uma atividade e um produto cultural essencial para o ser humano, por isso sua presença na escola é tão importante. Sem ela, o desen- volvimento de muitas competências e habilidades jamais seria alcançado. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 5D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 5 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 VI Outra questão também pode estar presente em nossas reflexões: como os estudantes criam suas expressões criativas e poéticas no encontro com a arte, por meio da fruição, do fazer artístico, das contextualizações, dos es- tudos e das pesquisas? Ao pensar sobre o ensino de Arte, devemos considerar que a interpretação de mundo das crianças de hoje é bem diferente daquela de quando éramos crianças. Quais eram nossos sonhos e desejos? O que gostávamos de aprender? Como aprendíamos? Que imagens, sons, gestos e movimentos percebíamos? Mesmo considerando as diferenças entre tempos e contextos, essa volta ao passado, em exercício de memória, deixa-nos mais sensíveis para compreender a criança, especialmente seus desejos e seus direitos. Ao ensinar Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é preciso compreender o universo infantil e valorizar a curiosidade e o desejo de saber que as crianças possuem. É necessário estimular o processo de criação, produção e expressão artística delas e propor encontros significativos com a arte, de modo a deixar sempre um “gostinho de quero mais”. A curiosida- de e o sentimento de aventura pelo saber abrem possibilidades de expressão. Assim, são importantes os desafios que estimulam os estudantes a investigar muitas linguagens e a construir, por meio da arte, novos discursos que representem sua visão e sua percepção de mundo. Que escolhas fazer? Que caminhos seguir? Assim como um poeta que, entre as muitas palavras existentes, escolhe apenas algumas para criar seus versos e suas rimas, o professor de Arte tem à sua frente um vasto acervo de produções artísticas e manifestações culturais que podem fazer parte de um percurso de ensino e aprendizagem. Neste ponto, é importante esclarecer que o componente curricular Arte está em mudança constante, por se tratar de uma área que se transforma a cada dia. Por isso, existem muitas escolhas e caminhos a seguir. O professor de Arte pode eleger quais produções, temas e proposições pedagógicas são mais pertinentes diante da história, da formação, do repertório e da intenção pedagógica que traz consigo, levando em consideração também o que é importante para os estudantes. Ao fazer essas escolhas, é interessante que o educador tenha a preocupação de ser um propositor e criar processos de ensino e aprendizagem emancipadores e significativos para os estudantes. Nesta coleção, baseamos as escolhas e os caminhos elencando produções artísticas e culturais que possam ser ins- tigantes para o estudo das linguagens artísticas (artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas) e situações de aprendizagem que possam desenvolver competências e habilidades diante das dimensões e dos objetos de conheci- mento e diante dos direitos de aprendizagem das crianças garantidos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que nos apresenta diretrizes norteadoras. A coleção também se fundamenta na Política Nacional de Alfabetização (PNA). São escolhas e caminhos cuja premissa é que a experiência com a Arte seja, tanto para os estudantes quanto para o educador e os familiares, uma aventura repleta de experimentações, com ênfase na curiosidade, na alegria e nas descobertas: uma arte-aventura! Embora o ensino de Arte seja flexível e movente na coleção, a cada ano, unidade,capítulo e tema são propostos estudos que dão ritmo de progressão e conquistas do conhecimento em Arte e desenvolvimento de competências e ha- bilidades. No 1o ano, a preocupação é enfatizar a alfabetização nas diferentes linguagens, com foco no conhecimento e no uso de elementos constitutivos de linguagem. No 2o ano, o foco é a materialidade, explorando o conhecimento de como a arte é feita e sustentada por diferentes materiais e recursos. No 3o ano, a ênfase é no processo de criação de artistas e dos próprios estudantes, explorando ideias de trabalho colaborativo e poéticas pessoais. Já no 4o ano as propostas exploram estudos sobre o patrimônio cultural brasileiro e nossas matrizes culturais. No 5o ano, são abordadas as linguagens artísticas, ampliando os estudos sobre a arte contemporânea e suas tecnologias. Ao longo da coleção, buscamos sempre respeitar uma estrutura de pensamento pedagógico que busca crescer por caminhos nutridos pela inteligência, por encontros significativos com a arte, pela afetividade e pela ludicidade que o processo do trabalho com crianças exige. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 6D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 6 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Pr os to ck -s tu di o/ Sh ut te rs to ck .c om VII 1.2. EXPERIÊNCIAS E PROPOSIÇÕES É experiência aquilo que “nos passa”, ou que nos toca, ou que nos acontece, e ao nos passar nos forma e nos transforma. Somente o sujeito da experiência está, portanto, aberto à sua própria transformação. (BONDÍA, 2002, p. 25-26) A filosofia explica a palavra experiência como percepções e saberes que construímos por meio dos sentidos, muitas vezes vividos com sensações de travessia e perigo. Se prestarmos mais atenção, percebemos que todos os dias muitas coisas nos acontecem, mas nem todas nos tocam. Quando algo nos toca, nos afeta, isso pode representar uma expe- riência significativa. O educador contemporâneo, o professor-propositor, pode se constituir pela formação/ação/reflexão, sem ordem definida entre estas, e também por uma experiência vivida. Nesse sentido, experiência é aquela condição especial que “’nos passa’, ou que nos toca, ou que nos acontece”, como expressa Jorge Larrosa Bondía (2002, p. 25-26). Entender arte como conhecimento e linguagem que dialogam com outros saberes e sistemas de linguagem, materialidades, sentimentos, ambientes, tempos, lugares, pessoas, poéticas, entre outros, é um fator importante na concepção con- temporânea de arte-educação. A ideia de “proposição pedagógica” para o ensino de Arte está ligada ao desafio de buscar uma poética pessoal de aprender e ensinar Arte. Trata-se de uma postura pedagógica em que o professor, mesmo tendo como referência um material didático, também reflete e toma decisões que resultam em escolhas autônomas e pensadas para compartilhar com aprendizes de Arte, sempre tendo em vista as necessidades e a realidade dos estudantes. Professores, profissionais que são autores dos seus projetos pedagógicos, uma vez que criam situações de aprendizagem, realizam mediações culturais e curadorias educativas (seleção de imagens, músicas e cenas de espetáculos, por exemplo), de modo a ex- pandir o repertório cultural e o vocabulário dos estudantes; preparam ambiências criadoras (espaços de criação) para o fazer artístico; ampliam saberes por meio de pesquisas e contextualizações; proporcionam momentos de nutrição estética na apreciação da arte; buscam embasamento teórico nos fundamentos da Arte e da Educação, entre outras ações educativas e de busca de formação constante. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 7D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 7 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 VIII COMO NASCE A IDEIA DE PROFESSOR-PROPOSITOR? A arte propositiva nasce da iniciativa de artistas como Lygia Clark (1920-1988), que dizia que a arte deveria se mover do lugar de contemplação para o de participação; deveria convidar o apreciador a superar o lugar passivo e expandi-lo em atitude ativa, participando ou vivenciando o processo de criação com o artista. Segundo Clark (apud DUNN, 2008, p. 143), para que a arte de nosso tempo tivesse maior sentido, era preciso ser um “artista-propositor”, um “molde”. Assim, o apreciador em sua experiência e sua existência poderia ser “o sopro” que preencheria o “interior desse molde”. Do universo da “arte” para o ensino e a aprendizagem da “arte”, a ideia de artista-propositor expande-se para a de “professor-propositor”, de acordo com pesquisas e publicações das educadoras Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque (2007), ao tratar do professor-pesquisador, “escavador de sentidos”, e da proposição pedagógica no ensino de Arte. Mas o que isso significa? A ideia de “professor-propositor” implica oportunidade para expressar e ativar repertórios culturais; para reconhecer e respeitar lugares de fala (RIBEIRO, 2017), valorizando também a escuta; e para construir espaços para, com liberdade, escolher caminhos nos quais os estudantes possam estar presentes de forma ativa, como protagonistas de seu processo de construção de saberes, de leitura de mundo e de subjetividade. Um professor-pro- positor é pesquisador porque tem sede de saberes; é sensível porque tem desejo por viver e oportunizar ao outro mais experiências estéticas. Ser professor-propositor é escolher e trilhar caminhos, é construir sentidos na vida pedagógica e na atuação no ensino de Arte. Ao propor encontros entre a arte e os estudantes, não é um “explicador” (RANCIÈRE, 2002), mas sabe perguntar, provocar pensamentos, conversações, construção de hipóteses interpretativas e argumen- tos, diante do encontro, da experiência. Com base nessas ideias, convidamos o professor que atua no ensino de Arte a pensar para além do ato de “dar uma aula”. Fazemos o convite para que reflita conosco sobre a criação de percursos criativos, poéticos, estésicos e educati- vos, em que o estado de dúvida e o prazer pela experiência sejam ventos para pensamentos moventes. ⊲ O PROFESSOR CRIADOR DE SITUAÇÕES E AMBIÊNCIAS Ainda sobre o professor-propositor, gostaríamos de trazer a provocação para pensar a dimensão criadora e estésica da vida pedagógica. A BNCC (BRASIL, 2018, p. 194) apresenta a “criação” como o “fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem”. Trata-se de uma dimensão de conhecimento em que se pode “apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, nego- ciações e inquietações”. Já a palavra estesia é citada como uma dimensão do conhecimento que está no campo da “experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais”. O texto ainda realça que essa dimensão “articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo”. Outras dimensões de conhecimento são citadas na BNCC (BRASIL, 2018, p. 194-195) como essenciais para o processo de ensino e aprendizagem em Arte, como a crítica, a expressão, a fruição e a reflexão. Trazemos a reflexão de que, para viver um percurso “criativo, poético, estésico e educativo”, é preciso prever várias situações de aprendizagem, e estas devem ser vividas em um tempo e em um espaço. As ambiências criadora e educadora podem ser ocupadas com vivências em diferentes situações de aprendizagem. A expressão situação de aprendizagem nasce da reflexão de vários autores, como José Carlos Libâneo (2008), e re- fere-se às situações didáticas, momentos educativos, como pontos fundamentais para uma aprendizagem com sentido para os estudantes. Não se trata apenas de realizar uma “atividade” de modo mecânico, mas de vivenciar experiências, como participar de rodas de conversa e de momentos de nutrição estética (SÃO PAULO, 2008), em ambiências criado- ras e educadoras; de viver a “ação criadora” e realizar investigações sensoriais, visitas culturais, pesquisas ampliadas,entre outras situações que o professor pode criar e desenvolver junto aos estudantes, ampliando as possibilidades ao convidar e envolver os familiares nelas. A expressão metodologias ativas tem base na inovação (analógica e digital), na convivência e no planejamento, pilares que funcionam como norteadores na elaboração das proposições pedagógicas em que os professores podem se basear para criar os percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos, as situações de aprendizagem, bem como as ambiências criadoras e educadoras que primam por uma “escola expandida” (LOPES; HARDAGH; VIEIRA, 2017), que consiste em planejar e criar tempo, espaço e materialidades para que vivências com a arte possam acontecer. Ao proporcionar ambiências criadoras e educadoras, o professor pode ter como foco a situação de aprendizagem de D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 8D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 8 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 IX “ação criadora”, por exemplo, discutindo com os estudantes tanto os próprios processos de escolha de materialidades, os processos criativos e as poéticas pessoais, como os de colegas e artistas. O professor pode criar, por exemplo, um ateliê móvel ou fixo com a participação dos estudantes e dos familiares. Um espaço pode ser criado na escola ou em casa, quando da existência de sistemas híbridos de ensino (a distância e presencial). Em outras situações de aprendiza- gem, como a nutrição estética, o professor, em conjunto com a gestão da escola, os estudantes e os familiares, pode criar ambiências para apreciar imagens, ouvir músicas, fazer contação de histórias ou assistir a vídeos (que apresentem várias linguagens, como espetáculos de dança, teatro e performances), filmes e documentários, entre outras, que possam ampliar o repertório cultural e o vocabulário dos estudantes. Também podemos considerar ambiência criadora e educadora os locais frequentados nas visitas culturais, como museus, galerias, ateliês de artistas, bibliotecas, festas culturais, cinema, teatro, locais com arte pública, manifestações culturais regionais e festas populares, que podem acontecer presencial ou virtualmente. Ao citar o meio virtual, este se apresenta como potência para fazer visitas a museus e ambientes on-line que ex- pressem as linguagens artísticas e para conhecer e usar ferramentas digitais em pesquisas ampliadas que possam ser criadoras e educadoras. No entanto, tudo precisa ser estudado, escolhido, planejado e organizado para que o tempo e o espaço vividos na ambiência criativa e educadora sejam potentes e transformadores. As situações de aprendizagem e as ambiências criadoras e educadoras podem desencadear momentos para o desen- volvimento de competências e habilidades e a ampliação de repertórios e poéticas pessoais em Arte. Esperamos que o professor as expanda e complemente com o que existe e acontece na vida contemporânea, pois seu papel é também o de um propositor e dinamizador cultural. Ao longo das orientações para o professor que trazemos nesta coleção, propomos dicas de como criar situações de aprendizagem e ambiências criadoras educadoras na escola e na orientação da família. A MEDIAÇÃO E A DINAMIZAÇÃO CULTURAL O seu olhar lá fora O seu olhar no céu O seu olhar demora O seu olhar no meu O seu olhar, seu olhar melhora Melhora o meu (ANTUNES; TATIT, 1995) Entre os campos de ação potentes para o arte-educador estão a mediação e a dinamização cultural, que propõem estudos e diálogos entre os universos da arte, do mediador e do fruidor, sendo expansivas à família. A dinamização cultural também se amplia para além dos muros da escola e traz proposições aos estudantes para que alcem voos e se relacionem com seu meio fora da escola. Assim, mediação e dinamização cultural incentivam também o educador a ter a preocupação de como apresentar as produções artísticas para os estudantes e a investigar como a arte afeta as pessoas, estimulando-o a ser um mediador, dinamizador entre a arte e o público (estudantes e familiares). A mediação cultural não é um lugar para explicações ou “verdades” sobre as produções artísticas, mas um espaço de conversação, oportunidade para provocar construção de hipóteses interpretativas e trocas de ideias. Ações mediadoras no encontro com arte podem expandir modos de fruição, apreciação e leitura de imagens em que “um olhar” pode provocar e ampliar o “olhar do outro”. Essas ações também podem acontecer na fruição de várias linguagens da arte, como na escuta sensível e atenta de sons e músicas, na audiência de filmes, vídeos ou espetáculos de dança, teatro, performances e outras linguagens. São oportunidades para criar momentos de mediação e dinamização cultural na apreciação artística, seja no espaço escolar, na sugestão de momentos de nutrição estética em família ou ainda na vivência em instituições artísticas culturais por meio de visitas culturais (presencias e virtuais). Quando pensamos na literacia familiar, o professor de Arte tem muito a contribuir, indicando produções artísticas e culturais, orientando ações mediadoras para atividades em família – como ouvir músicas e cantar, ler textos literários, poemas –, disponibilizados, por exemplo, pelo Ministério da Educação no programa Conta pra mim (BRASIL, 2019b) e em um dos materiais que o compõem, o Canta pra mim (BRASIL, 2019a). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 9D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 9 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 X O professor pode, ainda, criar modos lúdicos para contar histórias e brincar com os estudantes em jogos teatrais, movi- mentos dançados, brincadeiras cantadas, jogos de mãos e outros jogos lúdicos tradicionais da cultura infantil. Também é possível orientar os familiares quanto a imagens, músicas, vídeos e filmes interessantes para serem apreciados juntos e gerar conversas com as crianças em momentos de nutrição estética em família, em casa, com base no que está acon- tecendo na sala de aula, em cada tempo e projeto didático de Arte vivido pela turma. Essas ações são importantes para que os estudantes vivenciem experiências com a arte tanto na escola como fora dela, conversando com os colegas sobre o que estão aprendendo em Arte. O professor-propositor, mediador e dinamizador, também pode orientar os familiares a acessar produtos e produções artísticas e culturais on-line, como shows musicais, vídeos sobre arte em geral, espetáculos de dança e de teatro, contação de histórias e visitas a museus virtuais. Nesta coleção, damos várias sugestões ao longo das orientações para o professor. Ao apresentar a obra de um artista ou de um grupo de artistas para os estudantes, na escola ou em momentos com- partilhados com os familiares, podemos ter várias intenções pedagógicas: mostrar a diversidade de produções artísticas criadas ao longo da História da Arte; comparar duas ou mais linguagens (produções artísticas); apresentar como diferen- tes artistas, em épocas distintas, fazem suas escolhas nas linguagens em que atuam e esclarecer o papel dos elementos constitutivos de cada linguagem, as materialidades e os temas usados como parte do processo de criação de cada artista. Assim como o professor-propositor criador, a presença do professor mediador e dinamizador é muito importante no processo de ensino e aprendizagem de Arte. Dentro de um percurso criativo, poético, estésico e educativo, podemos estabelecer situações de aprendizagem significativas no encontro com a arte, mas é preciso pensar e preparar esses en- contros, ir além do comum e proporcionar experiências provocativas para os estudantes. O professor mediador e dina- mizador pode provocar conversas com eles sobre o que estão aprendendo e a importância de escutar o outro, valorizar o lugar de fala de cada núcleo familiar, sempre orientando e ampliando possibilidades, para que experiências estéticas e significativas aconteçam. Proposições que vão muito além de explicações sobre as obras de arte, pois transformam-seem diálogos, em espaço livre para a imaginação, a interpretação e a conversação. CURADORIA EDUCATIVA: VISÕES DE MUNDO E ESCOLHAS DE CAMINHOS Aliado ao trabalho do professor-propositor mediador, também trazemos a importância do professor-curador. O termo curador tem ligação com os termos curar, cuidar. No contexto de criação de situações de aprendizagem em Arte, remete-nos à função de escolher imagens em artes visuais e em outras linguagens que possam ampliar sabe- res sobre determinado tema ou conceito. Vamos analisar mais um pouco o papel de um curador? Nos espaços museo- lógicos, o curador é aquele que cria a concepção da exposição e gerencia a organização, buscando qualidade estética e formas de apresentar as obras, estabelecendo relações entre as criações ali expostas e possíveis recepções, fruições e interpretações do público. Hoje, o curador também pode acompanhar o trabalho do setor educativo, contribuindo em projetos colaborativos de curadoria educativa. No universo do ensino de Arte, o curador educativo é aquele que escolhe um conjunto de imagens com uma in- tenção pedagógica. Nesses momentos de mediação cultural, podemos apresentar vídeos de espetáculos de dança, de teatro; áudios de músicas e imagens que mostrem a produção de artistas de diferentes linguagens e contextos culturais (grupos étnicos, comunidades indígenas, africanas e afrodescendentes ou, ainda, manifestações populares, patrimônios culturais materiais e imateriais, entre outras possibilidades). Para esta coleção de Arte, fizemos uma sele- ção cuidadosa de imagens, poemas, músicas e cenas de espetáculos de dança, de teatro e de linguagens integradas, registros de manifestações regionais e de patrimônios culturais, um acervo que pode ser ampliado de acordo com o projeto da escola ou o contexto cultural local. Essas são algumas pistas para a construção de projetos em proposições pedagógicas e mediação cultural. No entanto, cada educador tem sua história, seu repertório cultural, sua trajetória profissional e seus caminhos para trilhar em suas descobertas como professor-propositor, criador, mediador, dinami- zador e curador. As imagens apresentadas no decorrer desta coleção têm como principal proposta a situação de aprendizagem de nutrição estética, que são momentos de leitura e apreciação de imagens. Para compreender melhor essa situação de aprendizagem, vamos refletir sobre nossas experiências. A cada momento podemos apreciar uma música, uma ima- gem, um gesto ou um movimento, mas, quando o professor sistematiza em uma proposição pedagógica o encontro D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 10D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 10 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Li de rin a/ Sh ut te rs to ck .c om XI com a arte, seja com qual linguagem for (música, artes visuais, teatro, dança ou em linguagens integradas), ele oportu- niza conhecer arte “alimentando-se” de arte, amplia repertórios culturais e oportunidades de encontros significativos com a arte. Essa situação de aprendizagem não está restrita ao ensino de Arte; professores de diferentes áreas de conhecimento podem fazer uso da nutrição estética com momentos de fruição, apreciação e interpretação de obras artísticas. Esses encontros também alimentam a percepção de arte que pode estar interligada a outros saberes e temas quando ampliamos visões e atitudes pedagógicas interdisciplinares e transdisciplinares. Em meio a tantas produções artísticas, o que escolher trazer para os momentos de nutrição estética? Podemos olhar para alguns aspectos fundamentais no momento de fazer escolhas em nossas curadorias, como observar o contexto dos estudantes; identificar quais são suas necessidades; valorizar a cultura local e familiar e selecionar o que do global é pertinente apresentar a eles. Também é importante mostrar produções que valorizam nossas matrizes culturais e as urgências socioculturais, garantidas em leis, e outras que devem ser debatidas no contexto escolar. Para garantir uma educação democrática, justa e igual para todos, assim como o acesso à escola e a permanência nela, temas como as culturas afro-brasileiras e indígenas e a formação étnica e cultural tornaram-se objetos de debate no campo das políticas educacionais no Brasil. A Lei no 10.639/03 e a Lei no 11.645/08 – que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei no 9.394/96), tornando obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena – foram criadas com o propósito de formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e étnica da sociedade brasileira. Essas leis determinam que os conteúdos de história das culturas afro-brasileiras e indígenas sejam trabalhados no contexto de todo o currículo escolar, em especial no âmbito do componente curricular Arte (por meio de diferentes linguagens e situações de aprendizagem), Literatura e História do Brasil, como parte do processo de reconhecimento, respeito e apoio à conquista e à garantia de direitos para essas populações, bem como da valorização de suas diversas expressões artísticas e socioculturais. Percebe-se, assim, como o tema diversidade cultural torna-se cada vez mais presente no campo educacional e desa- fia políticos, gestores escolares e professores a organizar o conhecimento por meio de um currículo que contemple a história e as culturas africanas e indígenas, superando a hegemônica influência da matriz cultural europeia. Assim, temas que são tratados na sociedade podem ser trazidos para os momentos de nutrição estética por meio de produções artísticas selecionadas, tendo como base uma análise cuidadosa do professor e permitindo aos estudantes o direito de “ser criança”, podendo vivenciar a cultura infantil. Nesta coleção, tivemos o cuidado de selecionar textos visuais (imagens) e textos verbais com base nessas preocupações, que podem ser ampliadas pelo professor, porque, segundo Martins, Picosque e Guerra (2010, p. 12), a “arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber”. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 11D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 11 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 XII 1.3. ESCOLHAS E CAMINHOS PARA UM CURRÍCULO DE ARTE Sabemos que o Brasil é um grande país, diverso em sua cultura e arte. Então, qual é o sentido de termos um currí- culo em Arte? Mesmo em nossa diversidade, é importante que possamos construir uma identidade como nação justa e democrática e que direitos, princípios educacionais, competências e habilidades sejam garantidos a todos os educandos em diversos níveis escolares. É preciso, ainda, observar as manifestações artísticas e culturais regionais. Além disso, preocupamo-nos com a construção de um currículo em Arte que colabore com políticas de alfabetiza- ção. Em 2019, foi instituído pelo governo federal a Política Nacional de Alfabetização (PNA – Decreto no 9.765, de 11 de abril de 2019), o que trouxe uma série de desafios e novas abordagens que contribuíram para o aprofundamento da alfabetização no Brasil. Entre os novos conceitos trazidos pela PNA estão a literacia e a numeracia. A literacia divide-se em três etapas que se sobrepõem ao longo do desenvolvimento dos estudantes nos nove anos do Ensino Fundamental: a literacia básica, a literacia intermediária e a literacia disciplinar. A primeira etapa está ligada à alfabetização e também a todos os processos de leitura relacionados a ela. Existe um esforço de instrumentalizar os estudantes para que possam ler e desenvolver hábitos de leitura que fortaleçam sua capacidade leitora. Nesse contexto, está presente a literacia familiar, que é um conjunto de práticas que envolvem o mundo para além da sala de aula, com as famílias, nas comunidades, enfim, na sociedade. A segunda etapa, a literacia intermediária, é o aprofundamento da primeira,pois os estudantes podem desenvolver habilidades e estratégias gerais e variadas para abordar textos de diversos gêneros. Há uma preocupação com a cons- trução do vocabulário, o que exige conhecimento do significado e da ortografia de palavras de uso comum; a leitura oral fluente é também bastante importante. Já a literacia disciplinar, que representa a terceira etapa, está relacionada aos anos finais do Ensino Fundamental. Ela está inserida no contexto de cada uma das áreas de conhecimento: Mate- mática, Arte, Geografia etc. Como essa etapa foge ao escopo dos anos iniciais, acredita-se que seja parte do trabalho do material didático da primeira etapa do Ensino Fundamental construir as bases para o desenvolvimento dessa literacia de terceira ordem, mais especializada. Nas duas primeiras etapas, não há uma clara especialização dos componentes curriculares de cada área de conhecimento. Depreende-se disso que o foco do trabalho de alfabetização está a cargo do componente Língua Portuguesa. No entanto, as outras áreas de conhecimento, sobretudo aquelas ligadas à área de Linguagens, como Arte, podem contribuir oferecendo leituras de textos não verbais por ações de mediação e dinamização cultural, e criar momentos para a nutrição estética com a fruição e a leitura de imagens fixas (desenho, pintura, gravura, fotografia, entre outras) e em movimento (cinema, animação, vídeos, videodança, videoinstalação, entre outras), no contexto das obras artísticas e de outras imagens e símbolos visuais presentes no cotidiano da criança. Distin- guir símbolos e letras é essencial para a alfabetização de primeira hora. Nesse sentido, propor aos estudantes e aos familiares momentos de nutrição estética com linguagens sonoras e corporais, oportunidades de fruição e leitura pela mediação e pela dinamização cultural, que podem acontecer na escola ou com a família, explorando a escuta sensível de sonoridades (por exemplo, a percepção de parâmetros do som, paisagem sonora, fontes sonoras) e músicas, assim como a percepção de movimentos cotidianos e dançados, gestos e expressões corporais e fisio- nômicas, fruição de espetáculos de música, teatro, dança, performance, artes circenses, entre outras linguagens, presencial e virtualmente, é uma atitude que ajuda a criança a perceber os elementos constitutivos e a elaboração de hipóteses interpretativas sobre diferentes linguagens verbais e não verbais e que auxiliam na percepção e no estabelecimento das relações de sentido entre imagens, sons, gestos e movimentos, e símbolos e palavras em gêneros textuais do cotidiano. Ainda sobre a participação da arte no processo de alfabetização, compreendemos a literatura como produção criati- va, poética, estésica e estética, portanto trazemos diversos momentos de fruição, apreciação e interpretação de textos poéticos criados por grandes autores da literatura brasileira e pelos autores desta coleção, com o cuidado de realizar uma curadoria educativa e respeitar o tempo e o direito dos estudantes de “ser criança”, vivendo de modo lúdico sua infância. Também propomos práticas de literacia familiar ao sugerir modos para fazer contação de histórias, jogos teatrais, leitura de letras de canção, momentos de escuta e canto de música, leitura de poemas e produção criativa de D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 12D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 12 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 XIII desenhos e textos, respeitando, ainda, os vários momentos em que as crianças se encontram mergulhadas em seus processos de alfabetização. São ações que podem favorecer ambiências criadoras e educadoras propícias ao processo de alfabetização. Para Maria Regina Maluf (apud BRASIL, 2019c, p. 19), “Quando as crianças aprendem a ler e a escre- ver, elas adquirem um meio eficaz para conhecer e agir sobre o mundo à sua volta, possibilitando abertura de novos caminhos para equidade social”. O QUE DIZ A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) Esse é o documento que orienta a base curricular de todas as escolas das redes de ensino (públicas e privadas), em todos os níveis de escolarização do país. Suas diretrizes devem ser contempladas nas propostas pedagógicas, nos livros e nos materiais didáticos. Os campos de experiência e os componentes curriculares descrevem direitos de aprendizagem e desenvolvimento, conhecimentos, competências e habilidades específicas de cada área e ei- xos temáticos, a fim de que o currículo de cada região do Brasil, considerando sua diversidade, seja construído. O objetivo é que os estudantes possam desenvolver competências específicas de cada área, em seus respectivos componentes curriculares, além de aprender e desenvolver habilidades em cada etapa da Educação Básica, respei- tando o tempo e a cultura de cada idade, por exemplo: o direito de ser criança e de aprender de modo lúdico e dentro do tempo e do movimento do desenvolvimento infantil; o respeito às ideias, às necessidades e às escolhas de cada estudante, tendo como foco uma educação inclusiva; o respeito ao protagonismo da criança e do jovem no processo de ensino e aprendizagem; entre outros aspectos que garantam uma educação de qualidade e um aprendizado significativo. Já na Educação Infantil, a BNCC (BRASIL, 2018, p. 41) defende a importância de o estudante “conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar”. Segundo esse documento, isso possibilitará que crianças ainda pequenas tenham diversificadas experiências com as muitas linguagens artísticas, conhecendo e criando hipóteses interpretativas de obras artísticas e de como cada linguagem pode ser criada, e conhecendo e usando elementos de linguagem e materialidades para se expressar. Ao discorrer sobre a Educação Infantil, a BNCC enfatiza a importância de viver a arte e outros saberes nos di- versos campos de experiências, como: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Assim, é importante, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que se analise, por meio de momentos de avaliação diagnóstica, o modo como os estudantes passaram por essas experiências na Educação Infantil e como elas podem ressoar no ritmo de aprendizado e desenvolvimento de competências e habilidades apresentadas. O professor também pode, em processo de avaliação formativa, usar os mais variados meios, instrumentos e práti- cas para observar e analisar como os estudantes se expressam e se desenvolvem pelo contato com as linguagens artísticas. Pode criar, por exemplo, situações de aprendizagem que explorem esses campos de experiências em momentos de fruição de imagens, escuta musical, exercícios e jogos teatrais e corporais, rodas de conversa e ação criadora em várias linguagens. Ou seja, é importante observar como os estudantes se expressam na oralidade, na conquista da escrita e em expressões gráficas (desenhos), sonoras, musicais e corporais. Ao conhecer melhor o desenvolvimento dos estudantes, suas conquistas e dificuldades, o professor pode analisar como desenvolvem competências e habilidades ao passar de um nível de ensino ao outro, estudando e avaliando quais ações pedagógicas são necessárias nos processos de ensino e aprendizagem para garantir condições favoráveis ao de- senvolvimento de autonomia dos estudantes e, assim, seguirem em seus estudos. Voltando ao que a BNCC (BRASIL, 2018, p. 193 e p. 203) expressa sobre ser um documento que “dê base” à cons- trução de um currículo em Arte para o Ensino Fundamental, preocupamo-nos em garantir que os estudantes passem por diversificadas experiências, vivenciadas em seis dimensões de conhecimentos (criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão) e em cinco unidades temáticas (compreendidas como linguagens artísticas: artes visuais, dança, música, teatro e artes integradas), e que exploremos objetos de conhecimentos tratados em cada linguagem, a fim de desenvolver as competências gerais e as específicas de Arte, bem como as 26 habilidades previstas para o ensino de Arte nos anos iniciais. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 13D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 13 07/08/21 20:3807/08/21 20:38 Kh ak im ul lin A le ks an dr /S hu tt er st oc k. co m XIV A PRESENÇA DAS LINGUAGENS DA ARTE Howard Gardner (1995) escreveu que as inteligências são múltiplas e expressam competências e habilidades a serem exploradas em várias linguagens. São aptidões intelectuais autônomas que devem ser desenvolvidas desde a infância. Nesta coleção, trazemos diversidade nas linguagens artísticas, que podem se manifestar nas formas visual, musical e corporal e em uma simbiose de linguagens, tornando-se linguagens híbridas ou, como citado na BNCC, artes integra- das (BRASIL, 2018, p. 197). Como os estudantes encontram as linguagens artísticas? Será por meio de uma ilustração de livro ou revista, por uma música que toca no rádio, pelo celular, pela televisão ou por outro meio? Será em uma cena de dança na rua, em uma página na internet ou em imagens de filmes ou desenhos animados? Com quais linguagens artísticas eles já tiveram contato? Como apresentar esse universo a eles? Que conceitos e ideias são importantes explorar em um projeto de arte? Essas são algumas questões a serem analisadas na proposta de um currículo de Arte. A arte não está apenas nas instituições culturais, como museus ou casas de espetáculo. A arte está na vida, faz parte dela e é nutrida por ela. Ao observar as produções dos artistas, notamos que memórias e experiências pessoais compõem pinturas, ações dramáti- cas, coreografias, músicas, textos e tantas outras criações artísticas em diferentes linguagens. Conhecer as diferentes linguagens é fundamental para compreender como a arte se manifesta nas culturas e como essa área de conhecimento pode ampliar os repertórios e a visão de mundo. Sua importância também se revela como formas de expressão poética e de comunicação disponíveis para as experimentações dos estudantes. Assim, nesta co- leção, apresentamos as linguagens artísticas tanto em seus conteúdos específicos como em conexões interdisciplinares entre as linguagens da Arte. A abordagem do ensino das linguagens artísticas pela interdisciplinaridade tem como inte- resse superar a questão da polivalência. A proposta é mostrar aos estudantes que diferentes linguagens podem dialogar por meio de objetos de conhecimento (campos, conceitos), materialidades, poéticas e intenções artísticas. Além das conexões entre os saberes presentes em diferentes linguagens artísticas, há grande potencialidade nas relações entre o componente curricular Arte e diferentes saberes do currículo escolar – Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e suas tecnologias –, bem como entre a arte e os temas contemporâneos trabalhados de forma transversal (BRASIL, 2018, p. 19). Essas relações estão presentes em várias passagens dos livros desta cole- ção, porém estão mais acentuadas na seção Diálogos do Livro do Estudante. Neste Manual do Professor, ressaltamos momentos de interdisciplinaridade por meio do boxe Articulação com.... Dessa forma, convidamos você a trilhar os caminhos da interdisciplinaridade entre as linguagens e outros saberes, a transitar por temas contemporâneos, sem perder a profundidade ao tratar de cada conteúdo específico, e a pensar a construção de conhecimento pela arte. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 14D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 14 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XV ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTES VISUAIS No que se refere às artes visuais, a proposta desta coleção é desenvolver processos de alfabetização visual ampliados e contextualizados à cultura visual e às poéticas visuais. A alfabetização visual é uma abordagem teórica e prática na leitura. Já o estudo da imagem é abordado pela cultura visual. Esse campo de estudo da arte-educação é interdisciplinar e busca referenciais para o ensino de Arte em Arquitetura, Publicidade, Design, Moda, História da Arte, Psicologia, Antropologia, mediação cultural, produções artísticas contemporâneas e outras possibilidades de estudo do universo das imagens. A cultura visual não se organi- za somente com base em nomes de peças, fatos e sujeitos, mas também considera a relação estabelecida com seus significados culturais. Hoje, há vários estudos sobre esse tema. Um dos primeiros autores a publicar, no Brasil, textos sobre essa abordagem foi Fernando Hernández, em 2000. Ele defende uma abordagem para o ensino de Arte que considera “a arte e a cultu- ra como mediadores de significados” e na qual o “significado pode ser interpretado e construído” e as imagens podem “informar àqueles que as veem sobre eles mesmos e sobre temas relevantes no mundo” (HERNÁNDEZ, 2000, p. 54). As poéticas visuais, no contexto de ensino e aprendizagem em Arte, propõem que o professor esteja atento tanto às ações criadoras e poéticas que os estudantes expressam como às situações de aprendizagem e criação de ambiências que possam provocá-los a refletirem sobre suas percepções e seus processos de criação e poéticas pessoais. Nesse sentido, sugerimos propor a eles que construam cadernos de artistas (diários de bordo) e neles anotem reflexões, desenhem ou criem formas próprias de registrar o que sentem, intuem, expressam e criam com base na subjetividade e imaginação deles, e que o professor oportunize momentos para “dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sen- tidos plurais” (BRASIL, 2018, p. 201). Sugerimos situações de aprendizagem para apresentar aos estudantes conceitos e noções que enfatizam que as imagens são constituídas de elementos da linguagem visual, como ponto, linha, forma, cor, luminosidade e espaço. Por isso, é importante mostrar como esses elementos articulados podem criar texturas, tonalidades, variações de luz e sombra, valores cromáticos e movimentos e como o espaço e as formas podem se apresentar em relações de bidimen- sionalidade e tridimensionalidade, entre outras possibilidades. Os estudantes podem desenvolver competências e habilidades na interpretação e na criação de imagens ao serem apresentados, de maneira progressiva, às diversas possibilidades de articulações e combinações entre os elementos constitutivos da linguagem visual, às materialidades, aos diversos processos de criação, além de discursos, poéticas e contextos em que as imagens são criadas. Para Fayga Ostrower (2007), se poucos elementos de linguagem visual estiverem em múltiplas combinações, eles abrirão infinitas possibilidades para criar imagens e, assim, expressar ideias, emoções, sensações. A alfabetização visual e os estudos dos elementos constitutivos dessa linguagem devem ir além de estabelecer técnicas e códigos ou de se perder em explicações verbais. Segundo Santaella (2012, p. 13), “[...] a alfabetização visual significa aprender a ler ima- gens, desenvolver a observação de seus aspectos e traços constitutivos, detectar o que se produz no interior da própria imagem, sem fugir para outros pensamentos que nada têm a ver com ela”. Além de entender as imagens e seus contextos, os estudantes podem aprender por meio da compreensão de como esses elementos constitutivos podem ser combinados; por exemplo, linhas podem ser usadas para a construção de tex- turas e de luminosidade em desenhos. O desenho é uma linguagem tradicionalmente ensinada nas escolas. Entretanto, há muito a ensinar sobre essa linguagem, uma vez que os desenhos em Arte podem ser tanto esboços em processos criativos para a construção de outras linguagens como a própria obra finalizada. Os elementos que compõem um traça- do ou um grafismo podem variar em direção, espessura e forma. Os desenhos dos estudantes têm suas particularidades e suas poéticas em cada momento do desenvolvimentonos anos iniciais do Ensino Fundamental. É preciso potencializar essa expressão visual, ampliando possibilidades poéticas. Nesta coleção, chamamos os instrumentos usados para traçar linhas e formas em desenhos de riscadores, propondo a variação e a experimentação de diversas materialidades. O universo de criação de imagens tem muitas possibilidades, como compreender de que modo os artistas criam cores e matizes, saber como colocam cor ao lado de cor ou de que forma misturam cores e criam nuances. Com base nessas descobertas, os estudantes também podem observar e ler suas próprias produções e as dos colegas e, assim, desenvolver o senso crítico em relação à produção de imagens em pinturas, desenhos, gravuras, fotografias e outras D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 15D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 15 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVI linguagens visuais. Com a escultura, a arte dos volumes, conceitos de espaço e de forma tridimensional são trabalha- dos, assim como linguagens contemporâneas presentes em intervenções, instalações e outras formas de expressão artística. Enfim, é trabalhada a percepção de que vivemos em um mundo de múltiplas possibilidades de criação de imagens, fixas ou em movimento, traçadas com lápis de cor ou criadas por computador, ou seja, desenhos manuais e digitais podem fazer parte dos processos de criação dos estudantes, utilizando diferentes materialidades, ferramentas e recursos tecnológicos. As formas de manifestação do pensamento estético resultam em muitas linguagens artísticas. É importante que estudantes de diferentes níveis de ensino explorem a potencialidade de expressão das artes visuais em suas diferentes produções, como a pintura, a escultura, o desenho, a gravura, a instalação, a performance, a fotografia, o cinema, a arte digital e tecnológica, entre outras. Nesta coleção, propomos várias oportunidades de criar tintas, massas de modelagem caseiras e fazer artístico nas seções Oficina de arte e Arte em projetos. Também damos dicas de como criar um ateliê fixo ou móvel, de como organizar os materiais para cada linguagem e de como propor aos estudantes a experiência de criar em clubes de arte. Nas artes visuais, o ensino precisa estabelecer relações com o mundo e a cultura visual e promover condições para que ocorram encontros e experiências estéticas e estésicas. Por essa razão, embora exista uma História da Arte que pode ser contada de maneira linear, optamos por conversar com os estudantes sobre arte sem preocupação cronológi- ca, por meio de contextualizações e conexões com conceitos, processos e poéticas. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE DANÇA A dança é a linguagem do movimento expressivo. O corpo humano, ao se movimentar com intenção expressiva, estabelece relações consigo mesmo (suas possibilidades e seus limites), com os outros (pessoas e objetos), com o tempo (pulsação e ritmo), com o peso, com a fluência e com o espaço ao redor. Para Roger Garaudy (1982), a dança é a expressão que potencializamos por meio de movimentos do corpo. Esses movimentos são organizados em sequências coreográficas, movimentos significativos. Dançar é uma experiência, um modo de existir. Uma das formas de ampliar os saberes culturais dos estudantes é apresentar espetáculos de dança para nutrir esteticamente o repertório cultural deles. Hoje, há muitas possibilidades de conhecer dança, como fazer pesquisas na internet ou assistir a espetáculos gravados, mas o caminho mais frutífero é sempre assistir aos espetáculos presencialmente, quando possível. Desde tempos remotos, a dança foi se consolidando de maneira particular nas diferentes culturas e etnias ao redor do mundo. Dessa forma, cada civilização desenvolveu sua lógica, sua mística e sua estética para criar na arte dos mo- vimentos. É fundamental apresentar aos estudantes diferentes manifestações de dança e debater com eles as transfor- mações estéticas e filosóficas da dança ao longo dos tempos, bem como sua manifestação cultural como rito, diversão, expressão individual ou manifestação coletiva de uma comunidade, como as danças étnicas brasileiras, manifestações das culturas indígenas e afrodescendentes, além das de outros povos e culturas. No geral, tem-se por dança étnica a que é produzida por uma comunidade étnica e cultural. A forma e os motivos são passados de geração em geração, com mínimos acréscimos e modificações. Nesse caso, incluem-se as danças ritualísticas, dramáticas e populares de vários grupos culturais, consideradas patrimônio histórico e cultural da huma- nidade. No Brasil, existem ricos acervos de manifestações de dança disponíveis para sua pesquisa e para apresentação aos estudantes. Na dança moderna e contemporânea, surgem concepções dessa arte em que se rompem as barreiras do movimento expressivo tradicional, abrindo espaço para outras formas artísticas na dança que possibilitam um trabalho na escola mais adequado à expressividade corporal dos estudantes. A bailarina alemã Pina Bausch (1940-2009) inovou a dança ao unir linguagens e criar a dança-teatro. Em suas co- reografias expressivas, explorava tanto o corpo dos bailarinos como suas emoções, criando movimentos e expressões diferentes dos vistos na arte clássica do balé. Bausch costumava dizer que até nas pontas dos dedos podemos perceber movimentos belos e expressivos. Acreditava que cada bailarino precisava conhecer o próprio corpo para potencializá-lo ao máximo na arte da dança. Valorizava a investigação dos movimentos, a experiência e a criação de repertórios de mo- vimentos. Ela também acreditava que, para dançar, o dançarino deveria fazer aflorar suas emoções e sua sensibilidade e fazer os movimentos que o corpo convocasse. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 16D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 16 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVII Rudolf Laban (1879-1958), bailarino e coreógrafo austro-húngaro, analisou de forma sistemática os elementos cons- titutivos do movimento humano (linguagem corporal). Além disso, enfatizou a importância da dança na escola, onde deveriam ser realizadas atividades que reforçassem as faculdades naturais de expressão da criança e que preservassem a espontaneidade do movimento. Nesta coleção, propomos aos estudantes, em vários momentos, que façam movimentos corporais, experimentem e comecem a tomar consciência dos elementos constitutivos dos movimentos estudados por Laban. Além disso, você pode criar outras situações de aprendizagem para conversar com eles sobre a arte da dança, que consiste em propor- cionar o autoconhecimento do corpo, a percepção do que ele pode fazer e o desenvolver de poéticas corporais. Laban realizou vários estudos com base em movimentos cotidianos. Você pode explorar os movimentos realizados pelos estudantes no dia a dia e estimulá-los a criar sequências coreográficas. Convidá-los a formar uma roda em um espaço amplo e depois conversar sobre como eles se movem no dia a dia pode estimular essa atividade. Depois, você pode propor aos estudantes que pesquisem exercícios em que expressem esses movimentos de forma livre e dinâmica e façam combinações entre eles para criar sequências coreográficas. Essa atividade proporciona ricas oportunidades de desenvolver a dança na escola, explorando a linguagem corporal, a arte como área de conhecimento e a expressão poética. De acordo com o que discutimos até aqui, a dança manifesta-se em nosso corpo de maneira natural, basta estarmos atentos à proposta que temos ao utilizar cada linguagem. A dança não implica apenas rebuscadas coreografias; uma simples brincadeira de roda ou um único movimento pode se transformar em uma aula de dança, até mesmo para aqueles mais tímidos. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE MÚSICA A proposição pedagógica para música presente nesta coleção convida professores e educandos a trilharem um per- curso sensível e lúdico pela experiência criativa. Temos compromisso com o conhecimentoda música e da linguagem musical. No entanto, não estamos seguindo um sentido “técnico” do termo, com foco predominantemente no ensino teórico dessa arte, ou buscando, por exemplo, alfabetizar musicalmente os estudantes. Pesquisas desenvolvidas nos últimos tempos têm nos instigado a considerar a música, a educação musical e o en- sino da música de maneira inventiva e reflexiva, integrando o saber música e os discursos possíveis sobre ela. Desde as contribuições de autores dos métodos ou das pedagogias musicais ditos “ativos” – como Carl Orff (1895-1982), Edgar Willems (1890-1978), Zoltán Kodály (1882-1967), Émile Jaques-Dalcroze (1865-1950) e Maurice Martenot (1898-1980) –, surgidos no período entre as duas grandes guerras – e apoiados nas contribuições de Maria Mon- tessori (1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966) –, vem sendo perseguido um equilíbrio mais adequado entre a música praticada ou vivenciada, por um lado, e a música ensinada ou abordada teoricamente, por outro. Essas pro- posições consideram a arte não um conteúdo rígido, mas um modo de ser, de estar e de pensar o mundo. Buscamos integrar, na proposta musical que oferecemos nesta coleção, as diversas contribuições desses estudiosos. Agora, convidamos você a conhecer um pouco dessas diversas pesquisas e trajetórias. De Carl Orff, guardamos a dança e o movimento, os instrumentais variados, as percussões e a percussão corporal, o con- tato com o repertório musical tradicional de diferentes culturas e o papel relevante do jogo, da improvisação e da criação. Do músico e pedagogo austro-suíço Émile Jaques-Dalcroze, valorizamos a ligação do movimento corporal com o movimento musical, fundados no ritmo e na improvisação. Essa proposta ficou conhecida como rythmique (rítmica). Com base nessas proposições, podemos fazer brincadeiras musicais, jogos de mãos, percussões corporais e outras propostas que possam abrir caminhos para pensar a possibilidade de criar no fazer musical, posteriormente levando à exploração de leituras e escritas musicais. A voz também é trabalhada como meio de expressão e comunicação. São propostas formas criativas de exploração da voz para que os estudantes experimentem processos de improvisação, composição e interpretação. O educador e músico húngaro Zoltán Kodály nos provoca em suas pesquisas, defendendo o acesso irrestrito à música pela prática do canto (tradicional, em particular, mas não exclusivamente), sem obrigatoriedade da aprendizagem de um instrumento musical. Ele desenvolveu propostas que se baseiam na utilização de gestos para representar sonoridades e potencializou canções populares e folclóricas em material cultural educativo para o ensino de música para crianças. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 17D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 17 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XVIII De Edgar Willems, consideramos alguns princípios fundamentais, como a possibilidade de acesso que toda criança tem a esse importante elemento cultural que é a música – sem qualquer tipo de referência a talento ou dote especial –, com iniciação ativa por meio de canções, jogos de escuta, ritmo e movimentos corporais. De Maurice Martenot, trazemos a importância da improvisação e da criação, praticadas num ambiente de confiança e alegria, criando condições para a escuta sensível dos estudantes, mas também valorizando a observação e a percep- ção e oportunizando experiências auditivas particulares. Por sua vez, o inglês John Paynter (1931-2010) e o canadense Murray Schafer (1933-), por exemplo, adotam a escuta e sobretudo a criação como eixo central da educação musical, utilizando-se dos mais variados recursos e tipos de material sonoro que possam ajudar os educadores a explorar o potencial criativo dos educandos. Murray Schafer apresenta uma proposta educativa ampla, na qual enfoca a percepção da paisagem sonora, que consiste em perceber conscientemente a relação som/silêncio e a existência de sonoridades próprias de diferentes ambientes. Nessa concepção, a paisagem sonora é tudo que está em nosso campo auditivo, dos sons característicos que estão a nossa volta, seja de grandes cidades, locais de trabalho ou equipamentos tecnológicos, às sonoridades humanas e aquelas típicas da natureza. Pode-se acordar o sentido da audição para desenvolver uma escuta inteligente, pensante, consciente e, assim, aprender a ouvir melhor diferentes tipos de música e sons que nos cercam. Ouvindo com maior atenção e curiosidade, os estudantes são capazes de apreender o mundo pela escuta e discernir as características de seus sons tendo por re- ferência não apenas os parâmetros sonoros usuais (como intensidade, altura, duração e timbre), mas também noções importantes, como tipos de textura, de perfil, de plano sonoro, entre outras, de grande utilidade para a criação musical e o entendimento amplo dos processos musicais, contemporâneos ou não. Trata-se, hoje, de oferecer aos estudantes meios adequados e condições favoráveis que propiciem o contato com o universo musical já existente – patrimônio já constituído, em suas múltiplas formas de manifestação – e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de sua própria mu- sicalidade com base em suas necessidades presentes. Para um professor-propositor, esses saberes podem seguir em mais estudos, pois aqui estamos propondo que o professor vivencie a música e seu ensino por meio de encontros significativos. Consideramos que é possível criar e interpretar música com qualidade, mesmo em nível mais inicial e elementar. Nesse sentido, é essencial a sua partici- pação, visando transformar em momento “extraordinário” a realização de atividades musicais aparentemente sim- ples e singelas, de modo que os estudantes construam vivências profundas e significativas. Sugerimos ao professor que procure oportunizar a escuta, o contato e o conhecimento de manifestações musicais de diferentes épocas, gêneros, estilos, tendências e culturas. Para isso, oferecemos uma gama de representações musicais: da exploração de percepção de sonoridades a criações sonoras e musicais contemporâneas; de músicas da tradição brasileira a experimentações sonoras internacionais; de instrumentos usuais ao uso de objetos sonoros e à construção de novos meios expressivos. Ao mesmo tempo, lembramos a importância de não restringir esses momentos apenas à audição ou apenas à fala sobre música, mas que sejam oferecidos espaço, recursos e motivação suficientes para que cada estudante, além de se expressar criativamente pelos sons e pela música, entre em contato consigo e com o outro, com suas sensações, seus sentimentos e seus entendimentos, podendo, assim, exprimi-los com clareza, comparti- lhando-os no coletivo. Sugerimos também estimular a curiosidade dos estudantes a fim de que sejam motivados a pesquisar sobre as músicas apresentadas – autores, estilos, formas de expressão, organização, projeto compositivo, repre- sentação estética e cultural –, instigando-os a perceber e conhecer o mundo pela audição em movimento. Nesse sentido, devem ser aproveitadas todas as oportunidades possíveis para a escuta atenta e a expressão criativa, visando conhecer mais profundamente como as músicas foram concebi- das, organizadas e apresentadas. BA ZA P ro du ct io n/ Sh ut te rs to ck .c om D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 18D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 18 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XIX A abordagem de ensino musical proposta aqui procura oferecer atividades prazerosas que tratem de conteúdos relevantes para o conhecimento e a formação musicais, como conceitos de tempo e espaço e noções de ritmo e me- lodia, bem como a prática de interpretação, improvisação, criação e agenciamento de materiais. Sempre que possível, é importante que os diversos conteúdos musicais sejam disponibilizados em sala de maneira lúdica e integrada. Assim, ao longo dos temas, propomos seções e proposições do fazer artístico, para trabalhar várias situaçõesde aprendizagem que transitam entre: • escutar, acolher e conhecer; • apreciar, avaliar e comentar; • experimentar, descobrir e se apropriar; • expressar, cantar e tocar; • interpretar, improvisar e criar; • compreender, comunicar e compartilhar. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE TEATRO A imaginação dramática está no centro da criatividade humana e, assim sendo, deve estar no centro de qualquer forma de educação. (KOUDELA, 2009, p. 27-28) Estudar teatro na escola é investigar a prática da representação, do jogo, do movimento, da percepção do espaço e do corpo em toda sua materialidade, expressividade e poética. Existem muitos gêneros nas manifestações teatrais, como o teatro de formas animadas (objetos, bonecos, máscaras, luz e sombra, entre outros); os espetáculos em que os atores realizam diálogos ou monólogos; as apresentações em movimentos e expressões corporais; a palhaçaria; a performance. Ainda podemos pensar em tipos de espetáculo, como comédia, musical, tragédia, teatro gestual ou dramático, dança dramática, entre outras modalidades. O trabalho do ator e da atriz, a cenografia, o figurino e a exploração de espaços físicos ou imaginários também estão presentes em linguagens audiovisuais, como teledrama- turgia, cinema e vídeo. Na linguagem teatral, os conceitos propõem a aprendizagem sobre movimento, corpo, gesto, comunicabilidade, recursos cênicos, jogos teatrais, improvisação, processo de criação e compreensão dessa linguagem. Conhecer os meandros da linguagem teatral é um grande desafio, pois os estudantes precisam se descobrir, desvendar seus limites e as possibilidades do corpo como materialidade expressiva e poética. A linguagem artística teatral concretiza-se mediante a composição de diversos elementos, embora, mesmo re- nunciando a alguns deles, o espetáculo teatral ainda possa se realizar. Por sua natureza, o teatro agrega linguagens, como a dança, a música, as artes visuais, a arquitetura, o circo, entre outras. Sua composição complexa é repleta de nuances estéticas e poéticas e contribui para a existência dessa multiplicidade de elementos. Há vários criadores na linguagem teatral: cenógrafo, iluminador, figurinista, maquiador, sonoplasta, dramaturgo, encenador, diretor. Conhecer os elementos que compõem o fazer teatral é fundamental para compreender as muitas formas desse fazer. Também é importante, no ensino de teatro na escola, conhecer alguns princípios sobre jogos teatrais. Um bom início para a criação no teatro é investigarmos três perguntas básicas para a criação de uma cena ou de um jogo teatral: Onde?, Quem? e O quê?. Essa abordagem tem como base as ideias de Viola Spolin (1906-1994), autora e diretora de teatro estadunidense que criou uma proposta para tornar possível o trabalho da linguagem teatral em qualquer espaço. O jogo e a improvisação teatral são a forma e o caminho de sua metodologia. Esses três conceitos (onde, quem e o quê) compõem o sistema dos jogos teatrais proposto por Spolin (2010) e podem contribuir muito para o ensino do teatro nas escolas. É possível trabalhá-los em conjunto ou separadamente, dependendo dos objetivos ou das expectativas de aprendizagem estabelecidas. Essa escolha de trabalho em linguagem teatral com a busca pelas respostas para as questões (Onde a cena se passa? Quem é a personagem que vou encenar? O que vou fazer em cena?) é fundamental para desenvolver um trabalho teatral ou outras formas de expressão corpo- ral, como a dança, a performance, a palhaçaria. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 19D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 19 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 BA ZA P ro du ct io n/ Sh ut te rs to ck .c om XX Na escola, em cada momento do desenvolvimento dos estudantes, é possível explorar metodologias no ensino de teatro para apresentar as diversas maneiras expressivas dessa linguagem. Não temos a preocupação de apresentar pe- ças teatrais ou espetáculos temáticos para atender, por exemplo, a comemorações da escola, mas sim apresentar essa linguagem como possibilidade de criar, expressar e pensar. Acreditamos que há situações em que você, professor, pode, em uma conversa, saber quais são os interesses dos estudantes e com eles decidir o tema a ser trabalhado ou, ainda, observar o contexto de vida de sua turma, facilitan- do-lhe o acesso a formas estéticas de pensar, sentir e agir em seu mundo. ⊲ PROPOSIÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTES INTEGRADAS (LINGUAGENS HÍBRIDAS) Conhecer o instrumento de trabalho e as possibilidades que ele oferece é essencial, mas ir além da mera aplicação dessas possibilidades é fundamental. (PIMENTEL, 2002, p. 117) Para Lucia Gouvêa Pimentel (2002), o universo tecnológico trouxe muitas possibilidades para conhecer e criar arte. É imprescindível proporcionar aos estudantes um ensino de Arte em consonância com seu tempo, já que eles são contemporâneos a essa multiplicidade de linguagens. Entretanto, somente o uso dessas tecnologias, sem um trabalho consistente por parte dos educadores, não vai garantir seu aprendizado e seu desenvolvimento artístico. Consideramos artes integradas aquelas que são híbridas, podendo ser verbais, visuais, sonoras, corporais, tecnoló- gicas, audiovisuais e, ainda, todas elas juntas. São tantas as linguagens artísticas possíveis que precisamos, como edu- cadores, estudar e conhecer como elas nascem e se transformam. Por exemplo, das máquinas fotográficas mecânicas às câmeras digitais altamente tecnológicas muito foi criado e experimentado. Além disso, o uso da fotografia tem alcançado uma proporção inigualável no desenvolvimento da cultura visual da contemporaneidade e tem muitos usos e funções além do artístico. Já o cinema nasceu do fascínio de capturar, movimentar e projetar as imagens. Sendo nar- radores de histórias, os seres humanos associaram imagens a contos, o que vem de muito tempo, desde as primeiras projeções de sombras chinesas na Antiguidade, passando pelas invenções dos primórdios das investigações que deram origem às imagens em movimento do século XIX, até as ferramentas e os recursos tecnológicos atuais. As tecnologias e as novas linguagens, como videoarte, videodança, videoperformance e videoinstalação, feitas com recursos audiovi- suais e programas de computador, podem estar entre as propostas no ensino de Arte, mas é preciso ter objetivos claros e criar situações de aprendizagem que estimulem a compreensão e a produção nas linguagens da arte contemporânea, bem como orientar estudantes e familiares a respeito dos objetivos pedagógicos envolvidos no uso de ferramentas e recursos digitais e a pesquisar em sites confiáveis. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 20D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 20 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXI 1.4. ABORDAGENS CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE ARTE Para haver escolhas mais conscientes, assim como avaliação e ampliação de concepções sobre Arte e seu ensino, é preciso analisar tanto a história do componente curricular como a história das produções artísticas, incluindo a própria história de vida, seja no papel de aprendiz, de educador ou de fruidor de arte e cultura. Vamos refletir sobre as questões destacadas a seguir. • Como eram as aulas de Arte quando éramos estudantes do Ensino Fundamental? O que mudou? O que e como aprendíamos nessas aulas? • Que concepção de arte e de ensino de Arte temos hoje? • Quais desafios para proposições pedagógicas temos diante do que nos é colocado pela Base Nacional Comum Cur- ricular (BNCC) em Arte, pela Política Nacional de Alfabetização (PNA) e por outros documentos oficiais que visam à construção de currículos e práticas de alfabetização? • Como o estudo de Arte também pode contribuir para as conquistas da alfabetização das crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental? Essas são perguntas complexas que podem abrir caminho para reflexão, pesquisa e, talvez, escolhas mais conscientes. Não temos respostasexatas para esses questionamentos, mas queremos suscitar novas considerações a respeito da arte e do ensino de Arte, da construção de concepções e da escolha de caminhos, linguagens e conceitos. Apontamos, assim, ao longo do texto deste Manual do Professor, sugestões de percursos e proposições, expressando concepções pautadas em debates, fundamentos teóricos e metodológicos e documentos mais recentes sobre o ensino de Arte. Procuramos trazer consonâncias e reflexões para pensarmos juntos as exigências curriculares da contemporaneidade para o ensino de Arte. ⊲ QUEM NOS INSPIRA NO CAMINHO Cartografar seu próprio fazer pedagógico, como um professor-propositor, é elevar-se à condição de criador dos próprios percursos de aprendizagem junto aos alunos, de tecer a coautoria do seu pensar/fazer pedagógico com escolha de caminhos que possam abrigar e expressar também os desejos de seus alunos. (MARTINS; PICOSQUE; GUERRA, 2010, p. 195) No texto supracitado, as educadoras Mirian Celeste Martins, Gisa Picosque e Maria Terezinha Telles Guerra (2010) apontam para a autonomia do educador que escolhe caminhos para criar soluções e proposições na sua ação educado- ra, diante de sua história e sua formação profissional, bem como o que o nutre enquanto bases teóricas, metodológicas e experiências estéticas no encontro com a arte. Também é importante que o professor planeje seus caminhos e suas proposições pedagógicas e investigue suas concepções “de arte e de ensino de Arte”. Há autores e proposições pedagógicas e artísticas com as quais nos identificamos e seguimos construindo nosso ca- minho. Sabemos que questionar é sempre um exercício importante tanto para fazer escolhas como para criar caminhos; assim, ao estar diante do desafio de sermos professores-propositores, podemos nos indagar: como aproximar teorias da minha prática docente? Que relações esses fundamentos e proposições pedagógicas têm com a minha história de educador e a realidade dos estudantes? Qual é a minha concepção “de arte e de ensino de Arte”? Qual é o meu “lugar de fala” e o dos estudantes com os quais caminho? É importante dizer que documentos como os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 1998) e, mais recen- temente, a BNCC (BRASIL, 2018) e a PNA (BRASIL, 2019c) são frutos de percursos históricos e escolhas de caminhos nas políticas educacionais que ocorrem a cada tempo e contexto. Seguimos olhando para a frente, observando os caminhos e percebendo-nos como criadores e propositores de percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos. Na busca por respostas, podemos olhar para nossas experiências e valorizá-las, assim como podemos estudar documentos, teorias, investigar as histórias e as trajetórias do componente curricular Arte e os autores que nos ajudam a compreender, nutrir e trilhar caminhos pedagógicos no ensino de Arte. Trazemos, a seguir, duas proposições e abordagens teóricas e meto- dológicas que nos inspiraram na criação desta coleção. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 21D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 21 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXII A ABORDAGEM TRIANGULAR DO ENSINO DE ARTE Na direção do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), no fim da década de 1980, a professora Ana Mae Barbosa desenvolveu, com base em suas pesquisas e suas ações educativas, a chamada Abordagem Triangular do Ensino de Arte (BARBOSA, 2009). Ainda hoje, essa proposta de ensino de Arte é a base da maioria dos programas de educação de Arte no Brasil, seja em escolas, seja em museus. A proposta consiste em uma proposição pedagógica que aborda três eixos para a construção de saberes artísticos. Esses eixos não apresentam uma ordem preestabelecida. É o educador, diante de seu projeto, que propõe os momentos de ler, fazer e contextualizar. Ao ler, em momentos de fruição para apreciar a Arte, o enfoque dá peso à leitura como construção de sentido de que os estudantes vivem e percebem o mundo em imagens, sons, gestos e movimentos desde seu nascimento. Na es- cola, a sistematização de propostas de leitura de imagens e outras produções em diferentes linguagens deve levar em consideração o repertório cultural dos estudantes, assim como ampliá-lo por meio de rodas de conversa em diálogos provocadores, criando ambientes de mediação e dinamização cultural. Em todos os volumes desta coleção, realizamos curadorias com imagens e textos que são oportunidades para apre- ciar a arte, ou seja, para “ler” imagens e outras produções artísticas. A leitura de obras artísticas é um momento para situações de aprendizagem de “nutrição estética”: alimento para o olhar, o ouvir, o sentir no corpo, e para outras per- cepções da arte como produto do sensível e do intelectual, da intuição e da racionalidade humana. São possibilidades de leituras de obras que se fundem às leituras de mundo dos estudantes (FREIRE, 2011) para estabelecer relações entre arte e vida, construções de interpretações de um mundo culturalmente vivido. O fazer artístico apresenta oportunidades para instituir “ambiências criadoras e educadoras” para a produção criati- va e poética nas linguagens artísticas. A obra de um artista alimenta e nutre o repertório cultural dos estudantes, porém o foco no fazer artístico deve estar sempre na poética e no contexto de criação deles. São bem-vindas as iniciativas experimentais, a pesquisa e a criação de projetos de arte em que os estudantes sejam protagonistas de suas produções. Também são favoráveis as pesquisas de materialidades, procedimentos, ferramentas (analógicas e digitais) e elementos de linguagem que constroem a arte. Nesta coleção, propomos o fazer artístico e a pesquisa em vários momentos, em especial nas seções Oficina de arte e Arte em projetos. Ao contextualizar a produção artística, o ensino de Arte deve ir além da apresentação de fatos históricos. Deve ampliar o âmbito informativo e levar os estudantes a perceberem a história da obra de arte como produção social que abarca dimensões dos conhecimentos histórico e cultural, além de proporcionar relações entre as produções artísticas, a leitura de mundo feita por eles e as conexões com seu repertório e suas experiências culturais. Nesta coleção, o modo como são desenvolvidos os temas, nas seções Diálogos e Arte-aventura, potencializa momentos de rodas de conver- sa e contextualizações. São oportunidades para fazer contextualizações que também permitem o pensar por meio da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, bem como compreender que conhecer a história de produções artísticas possibilita que o passado se conecte com o presente e liberte o pensamento para o futuro. A Abordagem Triangular pode ser potente para desenvolver nos estudantes competências e habilidades ligadas ao conhecer, ao fruir, ao pesquisar e ao analisar criticamente a obra de arte, bem como para a criação em sua poética pessoal. Ana Mae Barbosa ressalta em seus estudos e suas publicações que a arte está, antes de tudo, presente na vida dos estudantes, e ter contato com ela na escola pode desenvolver conceitos de cidadania e de identidade cultural. OS TERRITÓRIOS DE ARTE E CULTURA A proposição dos Territórios de Arte e Cultura engloba ideias disseminadas desde 2004 pelas educadoras Mirian Ce- leste Martins e Gisa Picosque e, assim como a Abordagem Triangular, tem influenciado várias propostas curriculares de Arte em redes públicas e privadas do Brasil. Os Territórios de Arte e Cultura são marcados pela ideia de currículo-mapa, em que o professor traça percursos, escolhe caminhos e é autor do próprio trabalho. Um professor-propositor, escava- dor de sentidos, que cria trajetos percorrendo campos conceituais como: processo de criação; linguagens artísti- cas; forma e conteúdo; mediação cultural; materialidade; patrimônio cultural; saberes estéticos e culturais; conexões transdisciplinares e interdisciplinares, entre outros. São campos conceituais que nos ajudam a pensar o ensino de Arte de modoampliado e inter-relacionado. As autoras defendem que os professores também podem criar outros campos conceituais ao “zarpar” para mais aventuras propositoras. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 22D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 22 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 D as ha P et re nk o/ Sh ut te rs to ck .c om XXIII A proposição de pensar o ensino de Arte por campos conceituais amplia visões e percepções sobre como conhecer a arte por diversas vias. É possível que um campo conceitual se entrelace com outro, porém olhar mais de perto um conhecimento ajuda a objetivar os percursos didáticos e pode facilitar o processo de ensino e aprendizagem em Arte. Os campos conceituais presentes nos Territórios de Arte e Cultura podem nos ajudar a pensar proposições pedagógicas para investigar os objetos de conhecimento que são expressos na Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018, p. 200-203), com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), em várias linguagens (unidades temáticas), como as seguintes. • Artes visuais: contextos e práticas; elementos da linguagem; matrizes estéticas e culturais; materialidades; processos de criação; sistemas da linguagem. • Dança: contextos e práticas; elementos da linguagem; processos de criação. • Música: contextos e práticas; elementos da linguagem; materialidades; notação e registro musical; processos de criação. • Teatro: contextos e práticas; elementos da linguagem; processos de criação. • Artes integradas: processos de criação; matrizes estéticas e culturais; patrimônio cultural; arte e tecnologia. 1.5. FAÇA SEU PRÓPRIO CAMINHO! Nesta coleção, abordamos as dimensões e os objetos de conhecimento, as competências e as habilidades pre- sentes na BNCC (BRASIL, 2018) a serem desenvolvidas na fruição, na produção e na contextualização das várias linguagens de arte Arte: artes visuais, dança, teatro, música e artes integradas, desejosos de contribuir com o tra- balho de professores-propositores, mediadores, dinamizadores e curadores culturais que também se comprometem com os processos de alfabetização e seguem se nutrindo de contribuições teóricas e metodológicas historicamente desenvolvidas por autores que são importantes referenciais para as formulações curriculares e as práticas educativas no ensino de Arte no Brasil. Diante das produções de conhecimento que nos inspiram na caminhada ao desenvolver proposições pedagógicas, convidamos você, professor, a ser inventor de ideias e ações, uma vez que a Educação e a Arte estão sempre em transformação. Temos por foco que Arte é “área de conhecimento”, pensamento defen- dido por muitos educadores brasileiros e legitimado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no 9.394/96). O convite é para que você seja autor de seus trabalhos e que os estudantes também tenham autonomia para trabalhar de forma criativa e poética, aprendendo a interpretar os conhecimentos em Arte e conectá-los com diferentes saberes e contextos. A proposta desta coleção não é apenas ajudar na execução das aulas, mas também inspirar você e os estudantes a inventar percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos no ensinar e aprender Arte. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 23D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 23 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXIV 1.6. AVALIAÇÃO, REGISTROS E SONHOS PEDAGÓGICOS É sabido que o professor avalia os estudantes o tempo todo. A cada atividade, a cada proposta de produção, a cada participação. A finalidade dessa avaliação é que o professor possa contribuir com o desenvolvimento deles em vários aspectos acadêmicos e sociais. Quando se trata especificamente de atividades, situações de aprendizagem com foco na avaliação, espera-se que o professor realize um acompanhamento bastante próximo do desenvolvimento das compe- tências e habilidades, que são os objetivos das atividades escolares. Para um acompanhamento permanente, é importante instituir instrumentos práticos de avaliação dos estudantes, bem como um registro permanente dos resultados obtidos. Por exemplo, ao realizar produções artísticas, observar como eles escolhem e utilizam materialidades e procedimentos; como identificam elementos constitutivos de lingua- gem e fazem arranjos, composições de linhas, formas, cores, sons, gestos e movimentos, entre outros; como explicam e se expressam oralmente ou por meio de produções de textos sobre seus processos de criação e poéticas pessoais ou em grupo. Os critérios para a avaliação podem ser “compreendeu e soube narrar, se expressar, sobre o processo criador e poético vivido”. É importante ressaltar que, no componente curricular Arte, a avaliação não deve focar apenas o fazer artístico, já que o trabalho e também os critérios de avaliação devem estar alinhados com os vários eixos de aprendizagem, como a produção, a fruição e a contextualização, mas também deve acompanhar como os estudantes percebem-se como seres de cultura e potência poética. Assim, podemos pensar em critérios, por exemplo, como eles “identificam elementos constitutivos e materialidades em obras de artistas, suas produções e as dos colegas”, como “percebem a arte em seu meio sociocultural e valorizam acervos locais que podem também dialogar com produções globais”. Criar pautas para avaliação com listas de critérios pode ajudar a compor uma planilha que acompanhe o diário de classe ou mesmo um portfólio de cada estudante (ou da turma) e que será “alimentado” a cada nova proposta, situação de aprendizagem e atividade com finalidade de avaliação formativa. Esse planilhamento permite organizar, visualizar e analisar dados da turma com mais rapidez, e esses dados podem também contribuir para decisões visando à contínua aprendizagem dos estudantes. É importante salientar que esses critérios podem ser estabelecidos com os demais docentes e a gestão escolar, para que os estudantes percorram todo o processo de ensino e aprendizagem e não sejam avaliados apenas pela realização de uma tarefa, mas pelo percurso percorrido em um semestre, em um ano ou em todos os anos iniciais do Ensino Fun- damental. Avaliar é uma tarefa coletiva e alinhada com a comunidade escolar. Por essa razão, tomar os objetivos e as competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e da Política Nacional de Alfabetização (PNA) como ponto de partida para definição de critérios formativos pode ser ainda mais produtivo. Por fim, é possível que, no Plano Político-Pedagógico da rede ou da unidade escolar, haja a sugestão das métricas ou das balizas para a avaliação formativa dos estudantes. É importante estar alinhado a isso para que a avaliação de cada critério também converse com a avaliação geral estabelecida previamente, permitindo melhor acompanhamento do professor, da gestão escolar e da comunidade. Além disso, o professor, como educador, assumiu nova postura diante da sala de aula e do conhecimento. A apro- priação e a produção do conhecimento são de responsabilidade do professor e dos estudantes. Diante dessas mudan- ças, a avaliação também assume uma função diferenciada e tem como foco a formação. Observar, anotar e registrar são ações que devem ser realizadas para compor a gama de materiais a ser analisada durante cada percurso de aprendi- zagem e ao seu final. O foco é a avaliação formativa, em que o professor e os estudantes estabelecem diálogos sobre as conquistas de saberes ao longo do trajeto: o que deu certo, que situações de conflito ocorreram. Para que os objetivos em um processo de avaliação formativa aconteçam, é fundamental explorar tempos, ambiências educativas, modos e instrumentos de avaliação. A avaliação diagnóstica, a de processo e a de final de percurso podem se constituir também em situações de aprendizagem significativas, superando ideias negativas sobre a avaliação por parte dos estudantes. Desse modo, conversarcom a turma sobre as ansiedades e as dificuldades que surgirem no decorrer do percurso é importante para compreender os pensamentos criativos, o que estão aprendendo e desenvolvendo na arte e em seus processos de alfabetização. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 24D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 24 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXV É importante compartilhar responsabilidades com os estudantes e os familiares, uma vez que a avaliação não é apenas responsabilidade do professor. Um bom percurso de aprendizagem não deve se esgotar em seu término. Ao contrário, deve deixar aquele “gosto de quero mais”. Assim, é imprescindível criar situações e rodas de conversa com os estudantes para debater conquistas de aprendizagem, o que gostariam de conhecer mais ou onde poderiam pesquisar para continuar a aventura de conhecer o universo da arte. Para a ação criadora, sugerimos uma diversidade de propostas e experimentações. Diante delas, nosso desejo é que os estudantes tenham acesso a diferentes situações de aprendizado que estimulam a autonomia, a compreensão e a produção significativa nas aulas de Arte, sendo também capazes de se autoavaliar em situações mais simples, para que, com o tempo, alcancem reflexões mais complexas. As propostas sugeridas podem gerar experiências poéticas significativas, tendo como ponto de partida a problemati- zação e a conexão entre conceitos, promovendo a solução de problemas e o estímulo à criatividade. A ideia é permitir que os estudantes se aventurem na descoberta de processos criativos com a experimentação de materialidades e de lin- guagens. São iniciativas de projetos que possibilitam trabalhar os aspectos experimental e experiencial nas linguagens artísticas. O foco da avaliação deve ser tanto o processo de aprendizagem como o produto e estes podem ser discutidos com cada estudante em momentos de diálogo, estimulando a autoavaliação, como já mencionado. Ao olhar para a experiência, é importante retomar conceitos e debates mobilizados pelos conteúdos temáticos das unidades e dos tópicos abordados. É o momento oportuno para que os estudantes falem a respeito do que aprende- ram, do que acharam do processo, das dificuldades que encontraram e das possibilidades futuras. Debater com a turma as angústias e as dificuldades que surgirem no decorrer do percurso é importante para a compreensão dos pensamen- tos criativos e estéticos. A proposta é realizar uma avaliação reflexiva tanto do trabalho individual quanto do coletivo e trabalhá-la de modo construtivo. Ao longo desta coleção, damos dicas sobre como criar portfólios e diários de bordo para o professor e os estudantes e também sobre como compor fichas de avaliação. Você pode desenvolver uma ficha (pauta de avaliação) para acom- panhar as questões a seguir e outras que considerar importantes. • O que os estudantes aprenderam ao estudar esta unidade? • O que sabem sobre arte e processo criador coletivo? • Compreendem a cultura imaterial e material e a importância do acervo brasileiro? • Conhecem a formação do povo brasileiro e a importância das culturas afrodescendentes e indígenas nesse processo? • Expressam-se por meio de movimentos dançados e brincadeiras cantadas? • Expressam-se por meio de pinturas, desenhos, esculturas e modelagens? • Conhecem e analisam várias danças e músicas como patrimônio cultural imaterial? • Quais danças gostaram mais de conhecer? • Constroem argumentos sobre a arte brasileira e se expressam pela oralidade, pela escrita e por desenhos? • Têm autonomia na escolha, na pesquisa e no uso de materialidades? • Aprendem arte e a criar de modo colaborativo e com poéticas pessoais? • Como constroem registros sobre suas produções? É importante avaliar como os estudantes se comportam durante os momentos de ações criadoras previstas nesta coleção. Esses pon- tos devem ser levados em consideração e você pode comple- mentar a lista com outros que julgar convenientes. Com o intuito de contribuir com a prática avaliativa, que deve ser constante, há, neste Manual do Profes- sor, sugestões de fichas de avaliação que podem ser adaptadas por você, professor (veja a seção Monitoramento da aprendizagem). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 25D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 25 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 2 EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DOS CONTEÚDOS – 2o ANO XXVI A fim de facilitar a utilização do conteúdo desta obra, foram organizados Semanários que sugerem uma distribuição dos conteúdos deste volume ao longo das semanas do ano letivo. Semanas Unidades Conteúdos 1a 1 Acolhida conforme a programação da escola 2a 1 Páginas 6 e 7: Você já viu?* 3a 1 Páginas 8 a 13: Arte se faz com o quê? | Ateliê de arte | Matérias da arte* 4a 1 Páginas 14 e 15: Diálogos – História: Materiais que viram arte* 5a 1 Páginas 16 e 17: Oficina de arte: Vamos criar materiais e inventar maneiras diferentes de pintar?* 6a 1 Páginas 18 e 19: Arte-aventura: Pintar sua terra com terra?* 7a 1 Páginas 20 e 21: Arte em projetos: Ateliê de arte na escola: desenho e pintura* 8a 1 Páginas 22 a 24: É tridimensional! | Olhe, que grandão!* | Diálogos – Matemática: Medindo sua escultura 9a 1 Páginas 25 a 27: Diálogos – Patrimônio cultural: Arte lá fora? Essa arte é nossa! | Oficina de arte: Vamos modelar?* 10a 1 Páginas 28 e 29: Arte-aventura: Descobrindo a arte pública* 11a 1 Páginas 30 e 31: Arte em projetos: Ateliê de arte na escola: esculturas* 1a 1 Páginas 32 a 35: Mundo das coisas | Faz de conta que...* 2a 1 Páginas 36 e 37: Diálogos – Ciências da Natureza: Bichos do Brasil | Oficina de arte: Dançando com brinquedos* 3a 1 Páginas 38 e 39: Arte-aventura: Dança e teatro em minhas mãos* 4a 1 Páginas 40 e 41: Arte em projetos: Brincadança* 5a 1 Páginas 42 a 44: Teatro de coisas* | Teatro com objetos* 6a 1 Páginas 45 a 47: Diálogos – Educação ambiental: Coisas e arte! | Oficina de arte: Teatro de papel* 7a 1 Páginas 48 e 49: Arte-aventura: Meu teatro de sombras* 8a 1 Páginas 50 e 51: Arte em projetos: Teatro de formas animadas* 9a 1 Páginas 52 e 53: Vamos recordar?* 1o b im es tr e 2o b im es tr e * Momento sugerido para avaliação. Seguir as orientações indicadas na seção Registros e acompanhamentos ao longo deste manual. D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 26D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 26 11/08/21 14:2211/08/21 14:22 XXVII * Momento sugerido para avaliação. Seguir as orientações indicadas na seção Registros e acompanhamentos ao longo deste manual. Semanas Unidades Conteúdos 1a 2 Páginas 54 a 59: No ritmo da arte* | Arte, ideia e movimento* | Tempo e movimento* 2a 2 Páginas 60 e 61: Ouvir e imaginar* 3a 2 Páginas 62 e 63: Diálogos – Geografia: Imagens, sons e lugares* 4a 2 Páginas 64 e 65: Oficina de arte: Jogo do trem* 5a 2 Páginas 66 e 67: Arte-aventura: Meu corpo no compasso musical* 6a 2 Páginas 68 e 69: Arte em projetos: Cantando no compasso* 7a 2 Páginas 70 a 73: Cirandas e cirandeiros* | Diálogos – História: Descobrindo cirandas* 8a 2 Página 74: Oficina de arte: Vamos cirandar?* 9a 2 Página 75: Arte-aventura: A ciranda é minha, é sua e de Lia!* 10a 2 Páginas 76 e 77: Arte em projetos: Vai e volta na ciranda* 1a 2 Páginas 78 a 81: Voz, ritmo e brincadeira* | Canção: letra e melodia* 2a 2 Páginas 82 a 85: Por onde andam as canções?* | Diálogos – Ciências da Natureza: Cuidados com a voz* 3a 2 Páginas 86 a 89: Oficina de arte: Vamos cantar canções do mundo?* | Arte-aventura: O som é vibração* 4a 2 Páginas 90 a 93: Arte em projetos: Você é o intérprete* | Arte em projetos: Cantar e criar* 5a 2 Páginas 94 a 97: O corpo no ritmo da brincadeira* | Diálogos – Educação Física: A música e o corpo* 6a 2 Páginas 98 e 99: Oficina de arte: O ritmo e a cor da brincadeira* 7a 2 Páginas 100 e 101: Arte-aventura: Pesquisando e experimentando brincadeiras* 8a 2 Páginas 102 a 105: Arte em projetos: Construir e brincar* 9a 2 Páginas 106 e 107: Vamos recordar?*10a 2 Páginas 108 a 111: O que aprendi neste ano* 3o b im es tr e 4o b im es tr e D1_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 27D1_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 27 10/08/21 18:0510/08/21 18:05 XXVIII MONITORAMENTO DA APRENDIZAGEM3 As fichas a seguir são sugestões que podem ser adaptadas pelo professor com base na realidade de cada turma. Su- gerimos que sejam replicadas para cada um dos estudantes e utilizadas para o monitoramento da aprendizagem deles no que diz respeito às avaliações sugeridas no Livro do Estudante e neste manual. C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo C PC NO Observações Conhecer obras artísticas e participar de momentos de fruição e leitura de imagem tendo como proposição o trabalho de Wassily Kandinsky, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e se expressar sobre o uso dos elementos visuais (ponto, linha, forma, cor e espaço bidimensional) na produção artística de Wassily Kandinsky, relacionando com outras imagens que já apreciou e conhece. Conversar sobre o processo de criação na arte ao identificar, selecionar e usar elementos de linguagem, materialidades e poéticas pessoais. Refletir sobre imagens de arte abstrata e de arte figurativa, diferenciando as duas possibilidades de criação nas artes visuais. Expressar-se oralmente sobre a percepção e o uso, em suas produções, de elementos das linguagens artísticas, relacionando-os à vida cotidiana. Refletir sobre o processo criativo nas diversas linguagens artísticas (artes visuais, dança, teatro, música) e também na integração entre elas. Expressar-se por meio da criação de movimentos dançados, gestos e sonoridades com o corpo a partir de uma imagem das artes visuais. Utilizar elementos das artes visuais para criar em proposta de integração com outras linguagens (música, dança e teatro). VOCÊ JÁ VIU? (AVALIAÇÃO INICIAL) D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 28D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 28 11/08/21 14:2311/08/21 14:23 XXIX VAMOS RECORDAR? (AVALIAÇÃO DE PROCESSO DA UNIDADE 1) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo pedagógico C PC NO Observações Participar de momentos de fruição com leitura de textos poéticos e de imagens, com foco na investigação de materialidades e elementos das diversas linguagens artísticas, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, textura, espaço e luz), da dança e do teatro (movimentos, gestos e expressões corporais). Criar com autonomia, criatividade e poética em diferentes linguagens, percebendo e escolhendo materialidades disponíveis na natureza ou reutilizando objetos e materiais, incluindo a experiência de mobilização de recursos para preparar um ateliê na escola. Identificar, explorar e escolher diferentes materialidades para se expressar em diversas expressões artísticas como desenho, pintura, escultura, dança, teatro, contação de histórias, entre outras. Refletir e conversar a respeito das manifestações artísticas que mais gostam de expressar, percebendo inclusive o potencial expressivo do corpo ao criar movimentos dançados, ao participar de jogos teatrais, ao cantar e criar percussão corporal, entre outras. Realizar pesquisas acerca de elementos de linguagem, materialidades, processos de criação, percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana. Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertórios e valorizando patrimônios culturais nacionais e internacionais, incluindo as manifestações artísticas de povos indígenas brasileiros e a arte pública. D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 29D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 29 11/08/21 14:2311/08/21 14:23 XXX VAMOS RECORDAR? (AVALIAÇÃO DE PROCESSO DA UNIDADE 2) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo pedagógico C PC NO Observações Participar de momentos de fruição e leitura de imagens e textos poéticos, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem em várias linguagens: na música os parâmetros sonoros (timbres e duração, altura, intensidade dos sons, ritmo e melodia); na dança, o uso do espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos) e os ritmos de movimento (lento, moderado e rápido); nas artes visuais, as linhas, as formas e as cores. Criar com autonomia, criatividade e poética em diferentes linguagens, participando de ações criadoras e lúdicas nas artes visuais, na dança e na música. Identificar, explorar e escolher diferentes materialidades para se expressar em várias linguagens, inclusive percebendo que o corpo também é materialidade expressiva. Comunicar-se oralmente contando sobre manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como dança, música, teatro, artes visuais e em propostas lúdicas como em brincadeiras dançadas e musicais. Realizar pesquisas investigando elementos de linguagem, materialidades, processos de criação, percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cultura e vida cotidiana. Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas e poéticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em várias linguagens, ampliando repertórios e valorizando patrimônios culturais nacionais e internacionais, incluindo manifestações, jogos e brincadeiras de origens indígenas e afrodescendente. D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 30D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 30 11/08/21 14:2411/08/21 14:24 XXXI O QUE APRENDI NESTE ANO (AVALIAÇÃO FINAL) C = consolidado PC = em processo de consolidação NO = necessita de novas oportunidades Nome do estudante: Turma: Data: Professor: Objetivo C PC NO Observações Conhecer obras artísticas e participar de momentos de fruição e leitura de imagem, tendo como proposição as obras Pop Galo, de Joana Vasconcelos, e Meninos com carneiro, de Candido Portinari, expressando hipóteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. Perceber que processos de criação, poéticas e expressões acontecem em muitas linguagens e contextos culturais, incluindo nas artes integradas. Na fruição e leitura de imagens, tendo por proposição a obra Meninos com carneiro, de Candido Portinari, identificar elementos constitutivos da linguagem visual e expressar narrativas sonoras explorando timbres, duração, intensidade, altura de sons. Expressar-se sobre como percebe o ritmo na música, na dança e em brincadeiras e sobre os cuidados com a voz, relacionando arte, cultura, ciência e vida cotidiana. Identificar formas de manifestações teatrais, como os dedoches e outros tipos de teatro de formas animadas. Ler e cantar canções da cultura popular brasileira como a ciranda, percebendo ritmos e compassos na dança e na música. Identificar instrumentos musicais, suas materialidades e timbres. Expressar-se oralmente sobre experiências com diferentes linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialidades e processos, ampliando repertório e apreciandoo patrimônio cultural nacional e o internacional, percebendo e valorizando as influências das matrizes indígena, africana e europeia na formação da arte e cultura brasileiras. D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 31D2_ART-F1-V2-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23.indd 31 11/08/21 14:2411/08/21 14:24 XXXII TEXTOS COMPLEMENTARES Com o intuito de ampliar os debates sobre alguns temas importantes nos campos da Arte, da Cultura e da Educação, trazemos trechos de textos de legislações e de especialistas que são referências na áreas em que atuam. ⊲ MATRIZES CULTURAIS Como forma de garantir uma educação democrática, justa e igual para todos, assim como garantir o acesso à escola e a permanência nela, a Lei no 10.639/03 e a Lei no 11.645/08 – que alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei no 9.394/96) – tornaram obrigatório o ensino da história e das culturas afro-brasileiras e indígenas nas escolas brasileiras. Promulgadas após intensa demanda da sociedade, as leis têm o propósito de formar cidadãos conscientes da diversidade cultural e étnica da sociedade brasileira. Assim, após essas alterações, a LDB ficou com a seguinte redação: Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. [...] Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’. (BRASIL, 1996) ⊲ LUGAR DE FALA O lugar de fala é um conceito que vem sendo construído com a contribuição de várias pessoas. Trata-se de uma ex- pressão que pode possuir vários significados e deve ser estudada a partir de questões complexas. Autoras como Djamila Ribeiro vêm contribuindo com essa reflexão: [...] O falar não se restringe ao ato de emitir palavras, mas de poder existir. Pensamos lugar de fala como refutar a historiografia tradicional e a hierarquização de saberes consequente da hierarquia social. Quando falamos de direito à existência digna, à voz, estamos falando de locus social, de como esse lugar imposto dificulta a possibilidade de transcendência. [...] [...] entendemos que todas as pessoas possuem lugares de fala, pois estamos falando de locali- zação social. E, a partir disso, é possível debater e refletir criticamente sobre os mais variados temas presentes na sociedade. (RIBEIRO, 2017, p. 36 e 47) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 32D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 32 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIII ⊲ IGUALDADE E EQUIDADE NA EDUCAÇÃO Na Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018, p. 15-16), afirma-se que, embora se reconheça a legitimidade ao respeito à diversidade cultural de cada localidade do Brasil, na construção dos currículos é preciso haver um esforço comum de todos os educadores brasileiros e da sociedade em sua totalidade para garantir nos currículos escolares de todo o país o compromisso de reverter a situação de exclusão histórica e buscar a construção de uma escola democrá- tica e aberta à pluralidade e à diversidade, esforçando-se para seguir em uma cultura da paz. Ao tratar da igualdade e da equidade, o documento expressa: Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as aprendizagens es- senciais que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educa- cional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se concretiza. O Brasil, ao longo de sua história, naturalizou desigualdades educacionais em relação ao aces- so à escola, à permanência dos estudantes e ao seu aprendizado. São amplamente conhecidas as enormes desigualdades entre os grupos de estudantes definidos por raça, sexo e condição socioeconômica de suas famílias. Diante desse quadro, as decisões curriculares e didático-pedagógicas das Secretarias de Edu- cação, o planejamento do trabalho anual das instituições escolares e as rotinas e os eventos do cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade de superação dessas desigual- dades. Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudan- tes são diferentes. De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro compro- misso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos – como os povos in- dígenas originários e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria. Igualmente, requer o compromisso com os alunos com deficiência, reconhecen- do a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146/2015). (BRA- SIL, 2018, p. 15-16) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 33D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 33 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIV ⊲ DIMENSÕES DO CONHECIMENTO A BNCC faz referência a seis dimensões do conhecimento que devem ser articuladas no ensino de Arte. É importante lembrar que essas dimensões do conhecimento não têm ordem de importância; todas contribuem para uma formação global dos estudantes e devem ser vivenciadas em diversas situações de aprendizagem. São, portanto, um ponto bas- tante relevante a ser estudado e analisado pelos professores que atuam no ensino de Arte. • Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, negociações e inquietações. • Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a novas com- preensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais. • Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais. Essa dimensão arti- cula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência. • Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essadimensão emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de cada lingua- gem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades. • Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa dimensão implica disponibi- lidade dos sujeitos para a relação continuada com produções artísticas e culturais oriun- das das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais. • Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor. (BRASIL, 2018, p. 194-195) ⊲ A ARTE PROPOSITORA Lygia Clark é sempre lembrada em estudos a respeito da ação propositora. Além dela, mais artistas contemporâneos fizeram esse convite, como Lygia Pape, Hélio Oiticica, Augusto Boal. Artistas que nos apresentaram a ideia de “artista- -propositor”, com a preocupação de nos convidar para percursos criativos, poéticos, estésicos e educativos. A ideia de artista-propositor inspira educadores para a ideia de professor-propositor. Somos os propositores; somos o molde; a vocês cabe o sopro, no interior desse molde: o sentido da nossa existência. Somos os propositores: nossa proposição é o diálogo. Sós, não existimos; estamos a vosso dispor. Somos os propositores: enterramos a obra de arte como tal e solicitamos a vocês para que o pensamento viva pela ação. Somos os propositores: não lhes propomos nem o passado nem o futuro, mas o agora. (CLARK apud DUNN, 2008, p. 143) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 34D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 34 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXV ⊲ NUTRIÇÕES ESTÉTICAS E CURADORIAS EDUCATIVAS Nesta coleção, trazemos propostas de fruição e leituras de obras artísticas partindo da situação de aprendizagem de nutrição estética e convidamos o professor a ser também um curador educativo. Veja o que expressa Mirian Celeste Martins sobre essas propostas. [...] nutrições estéticas têm gerado múltiplas interpretações e deflagrado discussões que amplia- ram e expandiram para outras direções: quais reproduções de obras nós levamos para nossos alunos? Que músicas escolhemos para que ouçam ou cantem? Que espetáculos de dança ou teatro lhes apresentamos? O que escolhemos para mostrar e com quais critérios? Selecionamos apenas o que gostamos ou obras que nos provocam, que nos causam estranhamento, sobre as quais “sabemos falar” e queremos problematizar para ir além das primeiras impressões? Como propomos os encontros entre educadores/imagens/aprendizes? De onde vêm as imagens que utilizamos? Originais ou reproduções? Essas questões geraram o conceito de curadoria educativa, considerado não uma função ligada aos museus e espaços culturais, mas uma atitude, um modo de operar consciente na escolha criteriosa do que levamos para a sala de aula e das exposições visitadas com nossos alunos. O termo foi cunhado por Luiz Guilherme Vergara, professor dedicado às ações educativas em instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de Niterói, o Centro de Arte Hélio Oiticica/ RJ, o Museu de Arte Moderna/RJ. Para Vergara, a curadoria educativa tem como objetivo: “explo- rar a potência da arte como veículo de ação cultural [...] constituindo-se como uma proposta de dinamização de experiências estéticas junto ao objeto artístico exposto perante um público diversificado”. Para ele, a ideia de experiência estética está intimamente ligada à construção da “consciência do olhar”, como uma “experiência da consciência ativa”. (MARTINS, 2011, p. 313) ⊲ A MEDIAÇÃO CULTURAL Para ressaltar a importância do professor-propositor na mediação e na dinamização cultural, sugerimos a leitura do que escreveram Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque acerca desse tema. No contato com a arte, seja através da leitura de obras, seja através do fazer, como professo- res-pesquisadores nos movemos no território da mediação. Processo delicado que pede uma atenção especial revelada por uma atitude frente à arte e ao outro, seja criança, jovem ou adulto conhecedor ou não do universo artístico. Novas perguntas surgem quando pisamos na seara da mediação. Acreditamos que o outro à nossa frente tem um saber? Confiamos em seu potencial sensível? Compreendemos seus con- ceitos e pré-conceitos desvelados por sua fala, sua gestualidade? Cremos na multiplicidade de leituras da obra de arte? Sobre isso, Pareyson ensina que “a interpretação é sempre, ao mesmo tempo, revelação da obra e expressão de seu intérprete”. E, Panofsky, diz que “a experiência recriativa de uma obra de arte depende não apenas da sensibilidade natural e do preparo visual do espectador, mas também de sua bagagem cultural”. Não há espectador totalmente ingênuo. Portanto, há marcas culturais tatuadas nas pupilas dos olhos dos alunos que não devem ser desprezadas, mas sim incorpo- radas e ampliadas durante a leitura para que novas interpretações e construção de sentido possam ser desveladas. Nesse sentido, o professor-pesquisador enquanto mediador é aquele capaz de alterar as frontei- ras entre o que é conhecido e o que ainda é desconhecido, fazendo com que as informações tran- sitem acopladas aos valores de seu grupo de alunos. (QUARTA BIENAL DO MERCOSUL, 2003, p. 9) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 35D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 35 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVI ⊲ EXPERIÊNCIAS COM A ARTE Sobre o poder da experiência estética, leia o que pensam os autores Larrosa Bondía e Dewey. Sobre a experiência, Larrosa Bondía escreveu: [...] Começarei com a palavra experiência. Poderíamos dizer, de início, que a experiência é, em espanhol, “o que nos passa”. Em português se diria que a experiência é “o que nos acontece”; em francês a experiência seria “ce que nous arrive”; em italiano, “quello che nos succede” ou “quello che nos accade”; em inglês, “that what is happening to us”; em alemão, “was mir passiert”. A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. Dir-se-ia que tudo o que se passa está organizado para que nada nos aconteça. Walter Benjamin, em um texto célebre, já observava a pobreza de experiências que caracteriza o nosso mundo. Nunca se passaram tantas coisas, mas a experiência é cada vez mais rara. Em primeiro lugar pelo excesso de informação. A informação não é experiência. E mais, a infor- mação não deixa lugar para a experiência, ela é quase o contrário da experiência, quase uma antiexperiência. Por isso a ênfase contemporânea na informação, em estar informados, e toda a retórica destinada a constituir-nos como sujeitos informantes e informados; a informação não faz outra coisa que cancelar nossas possibilidades de experiência. O sujeito da informação sabe muitas coisas, passa seu tempo buscando informação, o que mais o preocupa é não ter bastante informação; cada vez sabe mais, cada vez está melhor informado, porém, com essa obsessão pela informação e pelo saber (mas saber não no sentido de “sabedoria”, mas no sentido de “estar informado”), o que consegue é que nada lhe aconteça. [...] (BONDÍA, 2002, p. 21-22) Sobre a experiência estética por Dewey: Vivenciar a experiência, como respirar, é um ritmo de absorções e expulsões. Sua sucessão é pontuada e transformada em um ritmo pela existência de intervalos, períodos em que uma fase é cessada e uma outra é inicial e preparatória. William James fez uma comparação oportuna entre o curso de uma experiência consciente e os voos e pousos alternados de um pássaro. Os voos e pousos ligam-se intimamente uns aos outros; não são um punhado de alçamentos nãorelacionados, seguidos por alguns saltinhos igualmente não relacionados. Cada lugar de repou- so, na experiência, é um vivenciar em que são absorvidas e incorporadas as consequências de atos anteriores, e, a menos que esses atos sejam de extremo capricho ou pura rotina, cada um traz em si um significado que foi extraído e conservado. Tal como no avanço de um exército, todos os ganhos do que já foi efetuado são periodicamente consolidados, sempre com vistas ao que será feito a seguir. Se nos movemos depressa demais, afastamo-nos da base de suprimen- tos – da acumulação de significados –, e a experiência torna-se agitada, superficial e confusa. Se demoramos demais, depois de haver extraído um valor líquido, a experiência morre de inanição. A forma do todo, portanto, está presente em todos os membros. Realizar e consumar são fun- ções contínuas, e não meros fins localizados em apenas um lugar. O gravador, o pintor ou o escri- tor encontram-se no processo de completar algo a cada etapa de seu trabalho. A cada momento, têm de preservar e resumir o que se deu antes como um todo e com referência a um todo que virá. Caso contrário, não há coerência nem segurança em seus atos sucessivos. A sucessão de feituras no ritmo da experiência confere variedade e movimento; protege o trabalho da mono- tonia e das repetições inúteis. As vivências experimentadas são os elementos correspondentes no ritmo e proporcionam unidade; protegem o trabalho da falta de propósito de uma mera sucessão de excitações. Um objeto é peculiar e predominantemente estético, gerando o prazer característico da percepção estética, quando os fatores determinantes de qualquer coisa que se possa chamar de experiência singular se elevam muito acima do limiar da percepção e se tor- nam manifestos por eles mesmos. (DEWEY, 2010, p. 139-141) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 36D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 36 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVII ⊲ ABORDAGENS METODOLÓGICAS NO ENSINO DE ARTE Leia o trecho de uma entrevista em que Ana Mae Barbosa fala a respeito da Abordagem Triangular do Ensino de Arte: T.G.S.: Como a senhora percebe a Abordagem Triangular em vista dos conceitos e percepções presentes no termo professor/artista? A.M.B.: Eu vejo a Abordagem Triangular como uma bússola. Essa imagem, na verdade, não é minha, é de Regina Machado. Por onde começar? Problema da relação professor-aluno, é o pro- fessor em relação com o aluno. O professor em uma turma pode começar pelo fazer, em outra turma pela leitura, em outra pela contextualização. A Abordagem Triangular é isso, ela não sai dando receita. E o artista, o que faz? Eu parti um pouco dessa pergunta e do que estava no ar no pós-moder- nismo. E o que estava no ar era a importância da imagem. Portanto, negar a imagem na sala de aula era um absurdo total, como se fazia. O aluno poderia desenhar, pintar, fazer uma insta- lação, fotografar, ver as fotografias de seus colegas, mas não poderia ver as fotografias de um Sebastião Salgado, de um Cartier Bresson. Por quê? Porque havia o medo, o terror da cópia, mas, podemos argumentar com alguns teóricos que não há uma cópia absoluta, não é possível uma cópia idêntica. Portanto, mesmo que você queira copiar, até mesmo sendo um falsário, dá para descobrir que é falsa. O livro Abordagem Triangular no ensino das Artes Visuais, que eu fiz com a Fernanda, foi um livro meio movido a desespero. Eu estava muito desesperada com a tradução que fizeram da Abordagem Triangular, de releitura. Eu não falava no texto do livro A Imagem no Ensino da Arte nenhuma vez em releitura. Caí na bobagem de colocar na legenda “releitura de Maria Martins...”. Como não liam o livro e liam só as legendas, começaram a fazer releitura, cópia mesmo. Eu estou me sentindo um monstro, porque estou fazendo a Arte Educação voltar atrás cinquenta anos, realmente me desesperou. Mas em um congresso em Medellín, na Colômbia, eu vi um professor espanhol dizer isso: “Se a Abordagem Triangular não tivesse sido lançada por uma professora latino-americana, ela já estaria ganhando o mundo”. Falei com Fernanda, vamos procurar! Então, muito animada, comecei a pedir artigos. O livro só tem um artigo que foi escrito especialmente para ele. O resto é tudo artigo que já existia, já estavam escritos. [...] [...] acho a contextualização, eu acho que na Abordagem Triangular é uma coisa absolutamente imprescindível. Para viver no mundo, para estar no mundo, você tem que se contextualizar e contextualizar aquilo que você vive, aquilo que você conhece, enfim. Então, a gente vive depen- dendo dos contextos para tomar posição, e educação é contexto. [...] a contextualização absolutamente básica para qualquer tipo de aprendizagem, especial- mente a da imagem, que você não traduz facilmente por palavras, nem a função do Ensino da Arte é fazer traduzir em palavras as imagens. Mas é importante também que você construa verbalmente um equivalente de interpretação pela imagem. (SILVA, 2016, p. 153-156) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 37D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 37 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXVIII ⊲ A LEITURA DE IMAGEM Há várias tendências sobre abordagens metodológicas pensadas para o momento de fruição e leitura de imagens. Entre eles, destacamos Robert William Ott, que estruturou um sistema de leitura de imagens que ficou conhecido como Image Watching (olhando, observando, trabalhando a imagem). Maria Emilia Sardelich sistematiza os seis momentos do processo proposto por Ott: [...] Sua metodologia foi configurando-se em função dos desafios que enfrentava como profes- sor responsável pela prática de ensino e de estágio supervisionado, no departamento de arte e educação de sua universidade, diante de uma plateia heterogênea quanto ao conhecimento e às vivências artísticas e museológicas. Inspirado em John Dewey e Edmund Feldman, Ott utilizou o gerúndio (watching) para nomear seu sistema de apreciação, para deixar claro que se tratava de um processo, articulado em seis momentos: • aquecendo (ou sensibilizando): o educador prepara o potencial de percepção e de fruição do educando; • descrevendo: o educador questiona sobre o que o educando vê, percebe; • analisando: o educador apresenta aspectos conceituais da análise formal; • interpretando: o educando expressa suas sensações, emoções e ideias, oferece suas respostas pessoais à obra de arte; • fundamentando: o educador oferece elementos da História da Arte, amplia o conhecimento, e não o convencimento do educando a respeito do valor da obra; • revelando: o educando revela através do fazer artístico o processo vivenciado. (SARDELICH, 2006, p. 455) ⊲ O MOVIMENTO NA DANÇA Leia a seguir uma contribuição de Rudolf Laban sobre as possibilidades do movimento. O movimento, portanto, revela evidentemente muitas coisas diferentes. É o resultado ou da bus- ca de um objeto dotado de valor, ou de uma condição mental. Suas formas e ritmos mostram a atitude da pessoa que se move numa determinada situação. Pode tanto caracterizar um estado de espírito e uma reação, como atributos mais constantes da personalidade. O movimento pode ser influenciado pelo meio ambiente do ser que se move. É assim que, por exemplo, o meio no qual ocorre uma ação dará um colorido particular aos movimentos [...]. (LABAN, 1978, p. 20-21) ⊲ OS JOGOS TEATRAIS Sobre os jogos teatrais, Viola Spolin expressa que: [...] A oficina de teatro pode tornar-se um lugar onde professor e alunos encontram-se como parceiros de jogo, envolvidos um com o outro, prontos a entrar em contato, comunicar, experi- mentar, responder e descobrir. Os jogos teatrais podem trazer frescor e vitalidade para a sala de aula. As oficinas de jogos tea- trais não são designadas como passatempos do currículo, mas sim como complementos para a aprendizagem escolar, ampliando a consciência de problemas e ideias fundamental para o desenvolvimento intelectual dos alunos.[...] As oficinas de jogos teatrais são úteis ao desenvolver a habilidade dos alunos em comunicar-se por meio do discurso e da escrita, e de formas não verbais. São fontes de energia que ajudam os alunos a aprimorar habilidades de concentração, resolução de problemas e interação em grupo. (SPOLIN, 2010, p. 29) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 38D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 38 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XXXIX ⊲ IDEIAS PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL A seguir, o texto de Fonterrada aborda o pensamento de Murray Schafer, expressando três eixos para a compreensão do pensamento desse músico e educador canadense. [...] Para que o leitor brasileiro possa se aproximar de suas ideias e compreender as posições defendidas por Murray Schafer, destacam-se aqui três eixos que caracterizam seu pensamento e podem ser encontrados, aberta ou veladamente, em sua produção: a relação som/ambiente, a confluência das artes e a relação da arte com o sagrado. [...] O primeiro eixo a ser destacado, a relação entre som e meio ambiente, concentra o foco de in- teresse de Schafer que, para caracterizá-la, criou a palavra soundscape, traduzida nos países de língua latina como “paisagem sonora”. [...] O segundo eixo, a confluência das artes, é um ideal cultivado por Schafer no novo gênero criado por ele, intitulado Teatro de Confluência e que faz questão de diferenciar de outras formas de integração de linguagem. [...] A relação entre a arte e o sagrado constitui o terceiro eixo das caraterísticas da obra schaferiana. Essa temática foi explorada por Fonterrada em duas obras: Música e meio ambiente: a ecologia sonora e O lobo no labirinto: uma incursão à obra de Murray Schafer. [...] (FONTERRADA, 2012, p. 277-280) Nos anos 1970, o educador musical inglês Keith Swanwick formulou sua proposta de desenvolvimento musical espiral, intitulada CLASP, que no Brasil foi traduzida para a sigla “TECLA”. Veja o que ele diz em uma entrevista dada a uma revista brasileira em 2010. Que aspectos devem ser considerados no ensino de música nas escolas? [SWANWICK] O fundamental é que os conteúdos sejam trabalhados de maneira integrada. Nos anos 1970, resumi essa ideia na expressão inglesa clasp. Além de ser uma sigla, um dos sen- tidos dessa palavra em português é “agregar”. Proponho que há três atividades principais na música, que são compor (a letra C, de composition), ouvir música (A, de audition) e tocar (P, de performance). Essas três atividades, que formam o CAP, devem ser entremeadas pelo estudo da história da música (L, de literature studies) e pela aquisição de habilidades (S, de skill aquisition). (No Brasil, esse processo ficou conhecido como TECLA: T de técnica, E de execução, C de compo- sição, L de literatura e A de apreciação.) Qual a vantagem de trabalhar nessa perspectiva? [SWANWICK] Um ponto forte é considerar que todas essas coisas são importantes e que devem ser desenvolvidas em equilíbrio. A ideia do clasp também pode ser útil para o professor perceber se está gastando muito tempo, digamos, no L, descrevendo fatos históricos e desenhando instru- mentos, por exemplo. Dar muito enfoque à história da música é uma forma simplificadora de achar que se está ensinando Música. Acontece que a história não é música – ela é sobre música. O mesmo excesso pode ocorrer com docentes que atuam na classe o tempo todo como intérpre- tes ou outros que apenas colocam CDs para a apreciação. (GONZAGA, 2010) D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 39D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 39 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 XL REFERÊNCIAS COMENTADAS5 • ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017a. No livro-CD, são abordadas as tradições dos vários povos indígenas viventes no Brasil, considerando cuida- dosamente a variedade cultural desses povos. O material contém propostas práticas, acompanhadas de áudio e de transcrição em partitura de músicas relacionadas a nove povos indígenas. • ALMEIDA, Berenice de; PUCCI, Magda. Outras terras, outros sons. São Paulo: Callis, 2017b. O livro traz informações e propostas práticas elaboradas com base nas três principais matrizes culturais do Brasil, a indígena, a africana e a portuguesa, explicitando seus papéis, suas histórias e seus diversos instrumentos. As músicas trabalhadas foram disponibilizadas na internet e podem ser acessadas por QR Code. • AMARAL, Ana Maria. O ator e seus duplos: máscaras, bonecos, objetos. São Paulo: Senac, 2004. A obra de Ana Maria Amaral é essencial para o estímulo a situações de aprendizagem e para a elaboração de projetos didáticos teatrais, seja por meio de jogos, improvisações ou apresentações, com máscaras, bonecos e objetos. • ANTUNES, Arnaldo; TATIT, Paulo. O seu olhar. In: ANTUNES, Arnaldo. Ninguém. São Paulo: BMG, 1995. 1 CD, faixa 9. Canção composta por Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, lançada no álbum Ninguém, em 1995. A canção pode ser entendida na perspectiva do amor romântico, ao se perceber a menção ao olhar da pessoa amada, mas a interpretação pode ser ampliada para discutir como a abertura ao olhar do outro pode enriquecer variadas relações interpessoais. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com. br. Acesso em: 10 jun. 2021. O site da Abem publica textos de educadores importantes para o ensino da música, que pesquisam e escrevem sobre esse tema. As várias edições da revista Música na Educação Básica trazem textos que analisam e propõem metodologias e fundamentos para o ensino de música no Brasil. Os professores podem ter acesso aos textos e a outros materiais disponíveis em: http://abemeducacaomusical. com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive (acesso em 10 jun. 2021). • BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 2009. A obra é um marco no ensino de arte no Brasil. Nela é apresentada a Abordagem Triangular de Ensino, compre- endendo os contextos social, cultural e educacional, além de serem apresentadas suas propostas metodológicas. Analisa também propostas para desenvolver a fruição e a leitura de imagens com os estudantes. • BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002. Essa obra reúne textos de pesquisadores sobre temas relacionados ao ensino de arte, como formação de professores, uso de tecnologias na educação, interdisciplinaridade e multiculturalidade. • BARBOSA, Ana Mae; AMARAL, Lilian (org.). Interterri- torialidade: mídias, contextos e educação. São Paulo: Senac, 2008. O livro reúne textos de pesquisadores que narram suas experiências ao trabalhar com a noção de espaços frontei- riços – não só entre formas de linguagem, mas também entre meios e contextos. Conta com o texto de Rita Irwin, “A/r/tografia: uma mestiçagem metonímica”, que discute a condição de mestiçagem de ações entre o campo artístico, a investigação e a ação de ensinar. • BARBOSA, Ana Mae; COUTINHO, Rejane G. (org.). Arte/ Educação como mediação cultural e social. São Paulo: Editora Unesp, 2009. Essa obra analisa propostas para o ensino de arte e para a mediação cultural no Brasil. • BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000. Um livro básico para quem quer conhecer mais sobre o teatro, seu vocabulário, suas técnicas e sua história. • BOLSANELLO, Débora Pereira. Educação somática: o corpo enquanto experiência. Motriz, Rio Claro, v. 11, n. 2, p. 99- 106, maio/ago. 2005. Disponível em: https://www.rc.unesp. br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf. Acesso em: 24 jun. 2021. No artigo, Débora Bolsanello apresenta uma definição de educação somática. A autora toma como base a ideia de corpo como experiência. Partindo de uma reflexão do corpo na história do Ocidente, discute três aspectos prin- cipais da educaçãosomática: o aprendizado pela vivência, a sensibilização da pele e a flexibilidade da percepção. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 40D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 40 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 http://www.abemeducacaomusical.com.br/ http://www.abemeducacaomusical.com.br/ http://abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive http://abemeducacaomusical.com.br/revistas_meb/index.php/meb/issue/archive https://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf https://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/11n2/11n2_08DBB.pdf XLI • BONDÍA, Jorge Larrosa. Linguagem e educação depois de Babel. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. Nessa conferência proferida no I Seminário Internacional de Educação de Campinas, Larrosa Bondía propõe uma discussão da educação partindo das noções de experiência e sentido. • BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, jan./abr. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 24 jun. 2021. Nessa conferência, proferida no I Seminário Internacio- nal de Educação de Campinas, Larrosa Bondía propõe uma discussão da educação a partir das noções de experiência e sentido. • BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Lei que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, determinando normas para os diferentes segmentos de ensino em todo o território nacional. • BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Essa lei altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, incluindo no currículo oficial o estudo obrigatório de história e cultura afro-brasileira. • BRASIL. Lei no 11.645, de 10 março de 2008. Brasília: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 25 jun. 2021. Essa lei inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do estudo da história e cultura indígena. • BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 9 abr. 2021. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz pro- posições e embasamentos curriculares materializados em competências e habilidades específicas em cada área do conhecimento, para garantir as aprendizagens essenciais. Nas páginas 193 a 203 estão as orientações para o componente curricular Arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O documento orienta a base curricular de todas as esco- las das redes de ensino (públicas e privadas) em todos os níveis de escolarização do país e suas diretrizes, a serem contempladas nas propostas pedagógicas, nos livros e nos materiais didáticos. • BRASIL. Ministério da Educação. Canta pra mim. In: Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019a. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/ canta-pra-mim. Acesso em: 28 jun. 2021. Iniciativa da Secretaria de Alfabetização (Sealf), do Ministério da Educação (MEC), em que artistas brasileiros interpretam canções populares. • BRASIL. Ministério da Educação. Conta pra mim: guia de literacia familiar. Brasília: Sealf, 2019b. Disponível em: http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim. Acesso em: 28 jun. 2021. Programa do Ministério da Educação cujo objetivo é incentivar a literacia familiar, promovendo interação, conversa e leitura entre pais e filhos. • BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Seppir, 2004. Esse documento apresenta os marcos legais das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico- -raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, de acordo com a homologação do Parecer no 03/2004, de 10 de março de 2004. • BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: SEF, 1998. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são diretrizes elaboradas para orientar os educadores por meio da normatização de alguns aspectos fundamentais concernentes a cada componente curricular. • BRASIL. Ministério da Educação. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: Sealf, 2019c. Disponível em: http:// alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021. Trata-se do Plano Nacional de Alfabetização, estabele- cido no Decreto no 9.765, que instituiu as diretrizes para a alfabetização no território brasileiro. O documento dá ainda voz a especialistas como Maria Regina Maluf, bus- cando elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro. • BRITO, Teca Alencar de. Um jogo chamado música: escuta, experiência, criação, educação. São Paulo: Peirópolis, 2019. Em uma abordagem pedagógico-musical livre e criativa, o livro traz várias ideias e proposições pedagógicas para explorar a música na educação de crianças. • COSTA, Wagner. Palhaçaria. São Paulo: Moderna, 2012. (Coleção Girassol). A arte brincante do personagem palhaço é trabalhada de modo lúdico para incentivar professores, familiares e estudantes a conhecer mais sobre essa arte. A proposta é aprender a arte da palhaçaria brincando na escola ou com a família. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 41D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 41 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?lang=pt&format=pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/canta-pra-mim http://alfabetizacao.mec.gov.br/50-materiais/canta-pra-mim http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf http://alfabetizacao.mec.gov.br/images/pdf/caderdo_final_pna.pdf XLII • D’AMBROSIO, Ubiratan. A transdisciplinaridade como uma resposta à sustentabilidade. Revista Terceiro Incluído, v. 1, n. 1, p. 1-13, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.5216/ teri.v1i1.14393. Acesso em: 25 jun. 2021. No artigo, o autor questiona conceitos analíticos da perspectiva positivo-cartesiana e propõe como método a transdisciplinaridade, que cruza os limites entre as culturas e os componentes curriculares. • DEMPSEY, Amy. Estilos, escolas e movimentos. São Paulo: Cosac Naify, 2003. O livro apresenta um panorama da arte moderna a partir do Impressionismo. • DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010. Essa obra é um marco no estudo da experiência estética no Brasil, influenciando pesquisas e ações mediadoras em museus e escolas. O autor observa a recepção do objeto artístico pelo observador, o que possibilita a sua existência e a criação de processos artísticos com base em seus interesses. • DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. Fundamentos estéticos da educação. 2. ed. Campinas:Papirus, 1988. Nesse livro, o autor explora o tema da aprendizagem considerando as premissas básicas do conhecimento, como o sentir e o pensar. Apresenta, ainda, os conceitos de estesia e de experiência estética. • DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2001. O livro defende uma educação para a sensibilidade que valoriza o pensar, o sensível e os estudos para compreender o estado de estesia e de anestesia. • DUNN, Christopher. “Nós somos os propositores”: vanguarda e contracultura no Brasil, 1964-1974. ArtCultura, Uberlândia, v. 10, n.17, p. 143-158, jul./dez. 2008. Nesse artigo, o autor parte da questão de como as vanguardas brasileiras atuaram no período da ditadura militar, refletindo sobre a relação entre o neoconcretismo e a contracultura. • ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2005. A obra reúne ensaios sobre a ambiguidade que os artistas buscam alcançar em suas produções, visando principalmente à indeterminação de resultados. • FAZENDA, Ivani Catarina (org.). O que é interdisciplinari- dade? São Paulo: Cortez, 2008. O livro tem treze capítulos, de vários autores, que apresentam reflexões, premissas e conceitos sobre a interdisciplinaridade, desde a formação do professor até a ação docente. Nesta coleção, na seção Diálogos, é proposta a interdisciplinaridade e o trabalho com temas transversais contemporâneos. • FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora Unesp, 2008. Apresenta estudos e proposições didáticas para o acesso dos estudantes à linguagem da música, utilizando-se da iniciação ativa e lúdica por meio de canções, jogos de escuta, improvisações, ritmo e movimentos corporais. • FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. Raymond Murray Schafer: o educador musical em um mundo em mudança. In: MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz (org.). Pe- dagogias em educação musical. Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 275-303. Em um capítulo que integra a obra Pedagogias em educação musical, a autora apresenta uma análise do pensamento e das proposições pedagógicas do educador musical Raymond Murray Schafer. • FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2011. No livro, Paulo Freire defende a importância da leitura e da alfabetização de jovens e adultos, que considera uma prática fundamental para a compreensão do mundo. A obra trata o ato de ler como uma integração entre a leitura de mundo e a leitura da palavra e serve de base para a abordagem triangular do ensino de arte proposta por Ana Mae Barbosa, que relaciona também o ato de ler com a leitura de imagens ou as leituras em outras linguagens artísticas. • GARAUDY, Roger. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. Nessa obra, Roger Garaudy reflete sobre a dança como símbolo do ato de viver, destacando as transformações históricas nos modos de dançar e relacionando a dança moderna não apenas à arte, mas a uma expressão do ser humano em sua relação com a sociedade e a natureza. • GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 1995. Nessa obra, Howard Gardner explica como se dá o processo de aprendizagem e apresenta o conceito de inteligências múltiplas na ação pedagógica. • GHIRALDELLI JÚNIOR, P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1990. O livro analisa a história da educação brasileira destacando acontecimentos, políticas, produções de documentos e leis e seus impactos educacionais. • GONZAGA, Ana. Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas. Nova Escola, 1o jan. 2010. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick- fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas. Acesso em: 30 jun. 2021. Entrevista com o educador musical Keith Swanwick em que são abordadas questões importantes sobre o ensino de música nas escolas. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 42D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 42 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/view/14393 https://www.revistas.ufg.br/index.php/teri/article/view/14393 https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas https://novaescola.org.br/conteudo/1017/keith-swanwick-fala-sobre-o-ensino-de-musica-nas-escolas XLIII • GRADA Kilomba: desobediências poéticas. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019. Trata-se de uma análise da exposição “Grada Kilomba: desobediências poéticas”, realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo. O trabalho de Kilomba questiona as coleções nos museus e as concepções tradicionais sobre a história da arte. • HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000. Nessa obra, o autor narra experiências de alguns professores que contribuíram para a expansão dos conhecimentos sobre a cultura visual na educação básica. • HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2007. Nessa obra, o autor visa transgredir as amarras que impedem o pensamento autônomo instaurando uma nova relação educativa, baseada na colaboração em sala de aula. • HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 34. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004. Trata-se de uma obra que discute a avaliação me- diadora nos diferentes segmentos de ensino, conside- rando metodologia, atuação do professor, correção e elaboração. • IAZZETTA, Fernando. Música e mediação tecnológica. São Paulo: Fapesp: Perspectiva, 2009. O livro aborda acontecimentos ligados à música e à tecnologia no século XX, com foco nas transformações da fonografia, a arte de gravar sons. A obra passa por três períodos: a emergência da tecnologia; o início de seu uso criativo e a difusão dessas possibilidades criativas, com destaque para a popularização dos computadores. • KASTRUP, Virgínia. O funcionamento da atenção no traba- lho do cartógrafo. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. A obra discute a pertinência do método da cartografia, destacando-se o papel da prática e do trabalho de campo para a construção do conhecimento. • KOUDELA, Ingrid D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2009. Nessa obra, Ingrid Koudela apresenta uma série de exercícios e jogos teatrais para crianças e jovens, apoiada em pesquisas brasileiras sobre teatro e educação, com base em grandes autores como Spolin, Piaget e Languer. • LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978. O autor propõe que o conhecimento dos movimentos do corpo, mesmo os cotidianos, e a consciência corpórea podem ampliar a percepção e a expressão de movimentos na dança e na vida. • LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 21. ed. São Paulo: Loyola, 2008. Nessa obra, o autor formula orientações para o fazer pedagógico-crítico, a fim de que o docente da escola pública possa repensar sua didática, levando em consi- deração a psicologia da aprendizagem e a metodologia de ensino. • LOPES, A. L. de S.; HARDAGH, C. C.; VIEIRA, M. M. da S. Formação de professores: espaços colaborativos para experiências de imersão. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. 8. Anais [...]. Aracaju: Universidade Tiradentes, 2017. A educadora Claudia Coelho Hardagh propõe uma escola expandida, que consiste em planejar e criar tempo, espaço e materialidades para que vivências criativas e educativas possam acontecer. • LOUREIRO, Maristela; TATIT, Ana. Brincadeiras cantadas de cá e de lá. São Paulo: Melhoramentos, 2013. (Série Brinco e Canto). Trata-se de uma obra que propõe preservar as tradições lúdicas e musicais da cultura infantil brasileira.• LOURO, Viviane dos Santos; ALONSO, Luís Garcia; ANDRADE, Alex Ferreira de. Educação musical e deficiência: propostas pedagógicas. São José dos Campos: Estúdio Dois, 2006. O livro apresenta ideias e propostas metodológicas para o ensino de música no contexto da inclusão e da educação da pessoa com deficiência. • MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Melhoramentos, 1993. Trata-se de uma obra que apresenta estudos sobre a linguagem do cinema. Aborda importantes aspectos da sétima arte, podendo auxiliar em investigações sobre essa linguagem também no contexto da escola. • MARTINS, Miriam C. Arte, só na sala de aula? In: Revista Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 3, p. 311-316, set./dez. 2011. O artigo convida a refletir sobre percorrer trajetos em encontros com a arte, analisando tendências e proposições para o ensino de arte na escola e fora dela. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa. A aventura de planar numa DVDteca. Instituto Arte na Escola, 3 dez. 2012. Disponível em: http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/ artigos/artigo.php?id=69345. Acesso em: 25 jun. 2021. O artigo investiga a produção de material educativo e as escolhas envolvidas na DVDTeca Arte na Escola, explorando os conceitos de “rizoma” e “desterritorialização” formulados pelos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari. Também apresenta a abordagem de ensino por meio dos Territórios da Arte e Cultura. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 43D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 43 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69345 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69345 XLIV • MARTINS, Mirian. C.; PICOSQUE, Gisa. Cadernos para o professor-propositor. São Paulo: Instituto Arte na Escola, 2004. Os cadernos foram criados para orientar professores quanto ao uso do material da DVDteca do Instituto Arte na Escola. Eles trazem discussões sobre professor-propositor, cartografias e pensamento rizomático. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa. Travessia para fluxos desejantes do professor-propositor. In: OLIVEIRA, Marilda Oliveira de (org.). Arte, educação e cultura. Santa Maria: UFSM, 2007. Do universo da arte para o ensino e a aprendizagem da arte, a ideia de artista-propositor é ampliada para a de professor-propositor, definido com base em pesquisas e publicações das educadoras, que entendem o professor como um escavador de sentidos na proposição pedagógica no ensino de arte. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T. T. Mediação cultural para professores andarilhos na cultura. São Paulo: Intermeios, 2012. As autoras abordam as diferentes formas de atuação envolvidas na mediação cultural, considerando a diversidade de situações e lugares em que ela ocorre. • MARTINS, Mirian C.; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, Maria T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 2010. A obra propõe construções e reflexões sobre conceitos para o ensino contemporâneo de arte, considerando aspectos próprios das linguagens artísticas. Também apresenta a abordagem de ensino por meio dos Territórios da Arte e Cultura. • MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene. Cultura visual e infância: quando as imagens invadem a escola. Santa Maria: UFSM, 2010. O livro apresenta estudos e análises da relação entre cultura visual e infância, ressaltando a influência das imagens na fruição e nas ações criativas de crianças. • MONTEIRO, Marianna Francisca Martins. Dança popular: espetáculo e devoção. São Paulo: Terceiro Nome, 2011. Discute a dança no contexto da cultura popular tra- dicional brasileira, debruçando-se especialmente sobre o folguedo do congo, em sua história e contemporaneidade. • OSTROWER, Fayga. Criatividade e processo de criação. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. Nessa obra, a criatividade, que envolve percepção, intuição e imaginação, é vista como potencial existente em todos os seres humanos. • OTT, Robert Wilson. Ensinando crítica nos museus. In: BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1997. O capítulo apresenta metodologias para a leitura de imagens. Já o livro como um todo reúne pesquisas de relevantes autores que analisam o impacto da influência estrangeira na passagem do ensino modernista da arte para o seu ensino contemporâneo. • PILLAR, Analice Dutra (org.). Educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. Essa obra reúne textos sobre o papel do docente na prática de leitura de imagens das artes plásticas, considerando seus debates teóricos. • PIMENTEL, Lucia Gouvêa. A prática artística docente como metodologia para a formação de professores. Revista Clea, v. 1, p. 50-57, 2015. Esse artigo frisa a importância das pesquisas sobre as relações pedagógicas contidas no ensino de arte, conside- rando experiências em diferentes espaços de aprendizagem. • PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Tecnologias contemporâneas e o ensino da arte. In: BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. Para Lucia Gouvêa Pimentel, surgiram muitas possibilidades para conhecer e criar arte por meio do uso de tecnologias. Entretanto, sem um trabalho consistente por parte dos edu- cadores, somente o uso dessas tecnologias não garantirá o aprendizado do estudante nem seu desenvolvimento artístico. • QUARTA BIENAL DO MERCOSUL. Inventário dos achados: o olhar do professor-escavador de sentidos. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2003. Material de ação educativa elaborado para a 4a Bienal do Mercosul, em que Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque discutem o papel do professor na mediação cultural. • RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. O livro discute as práticas pedagógicas com base na trajetória do professor e militante Joseph Jacotot, o que leva à reflexão sobre o princípio de igualdade das inteligências. • REILY, Lucia. O ensino de artes visuais na escola no contexto da inclusão. Cadernos Cedes, Campinas, v. 30, n. 80, p. 84- 102, jan.-abr. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/ pdf/ccedes/v30n80/v30n80a07.pdf. Acesso em: 11 jun. 2021. Esse artigo aborda o ensino de artes visuais levando em conta a inclusão e apresenta ao professor uma proposta de trabalho de ateliê e fruição para ser desenvolvida com os estudantes. • RENGEL, Lenira Peral et al. Elementos do movimento na dança. Salvador: UFBA, 2017. Disponível em: https://repositorio. ufba.br/ri/handle/ri/26148. Acesso em: 10 abr. 2021. Publicação produzida no contexto do curso de licenciatura em Dança da UFBA, em modalidade a distância, que aborda os elementos do movimento na dança e é fundamentada principalmente no legado de Rudolf Laban. • RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017. (Feminismos Plurais). D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 44D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 44 08/08/21 10:3408/08/21 10:34 https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CWsw5Zfd3dR8xhZVyQrXjBd/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CWsw5Zfd3dR8xhZVyQrXjBd/?format=pdf&lang=pt https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26148 https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26148 XLV O livro explora o conceito de “lugar de fala” a fim de romper com o discurso hegemônico, viabilizando a multiplicidade de opiniões. • RIOS, Terezinha Azerêdo. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2013. A autora trabalha conceitos relacionados à prática educativa propondo uma discussão sobre as formas de avaliar a qualidade da educação nas escolas. • SALLES, Cecília A. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: Fapesp: Annablume, 2007. O livro apresenta reflexões sobre o processo de criação e as poéticas artísticas. • SANTAELLA, Lúcia. Como eu ensino:leitura de imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012. Nesse livro, a autora oferece recursos didáticos para que os professores conheçam conceitos fundamentais para a interpretação e a percepção de imagens. • SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Proposta curricular do estado de São Paulo: Arte. São Paulo: SEE, 2008. Disponível em: http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/ Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010. pdf. Acesso em: 2 jul. 2021. Esse documento traz a voz de especialistas a fim de atender à necessidade do ensino em todo o estado. Propõe uma ação integrada e articulada, dando subsídios para que os profissionais se aprimorem. • SARDELICH, Maria Emilia. Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 128, p. 451-472, maio/ago. 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-15742006000200009. Acesso em: 30 jun. 2021. Nesse artigo, a autora apresenta alguns conceitos que embasam propostas de leitura de imagens e cultura visual, comparando referenciais teóricos de diversas áreas do conhecimento. • SCARASSATTI, Marco Antônio F. Walter Smetak: o alquimista dos sons. São Paulo: Perspectiva: Edições Sesc, 2008. O autor faz uma análise do trabalho do músico, artista e autor de esculturas sonoras e instrumentos Walter Smetak, que nasceu na Suíça, mas viveu e desenvolveu boa parte de sua obra no Brasil. O texto chama a atenção para a importância desse músico na área da pesquisa musical e sonora conhecida como plásticas sonoras. • SCHAFER, Murray. A afinação do mundo. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2012. O autor apresenta o termo “paisagem sonora” e analisa como vivemos em meio ao ambiente sonoro contemporâneo, submerso em sons agradáveis e desagradáveis, fortes e fracos, percebidos ou ignorados. Faz comparações entre sons naturais e sons artificiais atuais e antigos, relacionando mundo, som, indivíduo e sociedade. • SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2000. Apresenta proposições para o ensino da música, com a intenção de desenvolver uma escuta sensível, atenta e, ao mesmo tempo, lúdica, uma escuta baseada em experiências significativas, que proporcione a percepção e a fruição de sons e de música. • SILVA, Tharciana Goulart da. Entrevista com Ana Mae Barbosa. Revista Apotheke, Santa Catarina, v. 2, n. 2, p. 143-156, jul. 2016. Nessa entrevista, Ana Mae Barbosa fala sobre a importância da prática poética na atuação docente. • SOUZA, Jusamara. Aprender e ensinar música no cotidiano. Porto Alegre: Sulina, 2016. Os textos analisam o ensino contemporâneo da música, em especial no Brasil. Apresenta ideias e propostas que defendem a educação musical em todos os níveis da educação básica. • SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005. A obra apresenta os fundamentos para o trabalho com jogos teatrais na escola, bem como ressalta sua importância. Além disso, mostra como é estruturado e praticado o jogo teatral. • SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010. Trata-se de um livro que tem ajudado os professores a compreender e trabalhar com jogos teatrais na escola. A obra oferece inúmeros exercícios e jogos teatrais, para que, praticando o teatro, seja possível avaliar de forma prática a construção de competências e habilidades do educando. • VERGARA, Luiz Guilherme. Curadoria educativa: percepção imaginativa/consciência do olhar. In: CERVETTO, Renata; LÓPEZ, Miguel A. (org.). Agite antes de usar. São Paulo: Edições Sesc, 2018. Nesse texto, o autor explora as relações entre filosofia, arte e educação, discutindo a recepção e a interpretação da arte pelos observadores. • VIADEL, Ricardo Marín; ROLDÁN, Joaquín. Arte para aprender. Granada: Editorial de la Universidad de Granada, 2017. Trata-se de um projeto de ensino artístico realizado em museus de arte contemporânea na cidade de Granada, na Espanha, seguindo a abordagem da a/r/tografia visual. • VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas: Papirus, 2004. O livro discute as possibilidades de uso do portfólio como modo de avaliação formativa, que deve refletir o processo de aprendizagem do estudante em vez de classificá-lo. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 45D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU1.indd 45 07/08/21 20:3907/08/21 20:39 http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_15_01_2010.pdf https://www.scielo.br/j/cp/a/tQws4zsftqmGxhq3XqVJTWL/?lang=pt XLVI CONHEÇA SEU MANUAL INTRODUÇÃO À UNIDADE Nesta unidade, são trabalhados campos conceituais que propõem es- tudos das linguagens artísticas (músi- ca, dança e teatro), além da integra- ção interdisciplinar com as artes visuais por meio de leituras de obras artísti- cas, imagens de cenas de espetáculos e objeto artístico e pela criação de de- senhos e esculturas sonoras. Apresentamos os elementos de linguagem básicos nestas áreas e a noção de que cada linguagem tem os próprios códigos. Assim, conhecê-los abre espaço tanto para fruição e este- sia como para criação, crítica, expres- são e reflexão. A arte é estudada como produ- ções culturais e estéticas que têm suas materialidades e formas nas quais podemos conhecer e expressar mo- vimentos, parâmetros sonoros, ritmo e pulso, expressões corporais, linhas, formas, cores, espaços etc. A arte contemporânea é apresen- tada em construções de experimentos musicais, dança e espetáculos, assim como a música popular tradicional, as brincadeiras cantadas e as manifesta- ções culturais também são trabalhadas. Os conceitos em foco nesta unidade são: corpo; movimento; ritmo; pulsa- ção; música e dança; expressão corpo- ral; onomatopeia; silêncio; percussão corporal; fontes sonoras; objetos so- noros; parâmetros sonoros; elementos constitutivos e as propriedades sonoras da música; instrumentos musicais da cultura brasileira; brincadeira musical; formas e gêneros de expressão musical; arte contemporânea; manifestações ar- tísticas e culturais; jogos e brincadeiras; ações, consciência e expressão corporais; gestos, improvisos, imitação e contação de histórias; imaginação e encenação; produção de instrumentos; elementos teatrais, entonações de voz e diferentes fisicalidades; desenho como forma de expressão artística; e cantiga popular. ⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS • Participar de momentos de frui- ção com leitura de imagens e textos poéticos, expressando suas hipóteses interpretativas e opiniões e respei- tando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. • Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem da música (pa- râmetros sonoros como timbres, dura- ção, altura, intensidade dos sons, ritmo e melodia); do teatro (entonações de voz, diferentes fisicalidades, construção de personagens, narrativas, expressões e gestos); e da dança (uso do espaço para deslocamentos, planos, direções, caminhos, ritmos de movimento lento, moderado, rápido, entre outros). • Criar com autonomia, criatividade e po- ética em diferentes linguagens, participan- do de ações criadoras nas artes visuais, nos jogos teatrais, na dança, em brincadeiras musicais e com notações musicais criativas. • Identificar, explorar e escolher dife- rentes materialidades para se expressar em diversas linguagens como as artes visuais, a música, o teatro, a dança, in- cluindo as manifestações em artes inte- gradas como as esculturas e instalações sonoras, percebendo também que o corpo é materialidade expressiva. • Comunicar-se oralmente a respeito de manifestações artísticas que mais gostam de expressar, como a dança, a música, o teatro, as artes visuaise as propostas lú- 64 Coisas e sons 1101-ART-V1-U2-C3-LA-F008 Movimento Música e dança INSTI TU TO C AR YB É / C O PY RI G JH TS C O N SU LT O RI A MAURO KURY IN ÊS C O RR EA EXPRESSÃO CORPORAL 82 80 90 106 G UT O M UN IZ 6565 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 65D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 65 06/07/21 10:2306/07/21 10:23 CAPÍTULO 3 • CORPO, SOM E MOVIMENTO CAPÍTULO 4 • CORPO EXPRESSIVO OBSERVE AS IMAGENS E ACOMPANHE A LEITURA DAS PALAVRAS. O QUE SERÁ QUE VAMOS ESTUDAR? JÁ PENSOU EM TUDO O QUE O NOSSO CORPO É CAPAZ DE FAZER, VER, OUVIR, CANTAR? EM COMO SE MOVIMENTA E SENTE O MUNDO? COM O CORPO, DESCOBRIMOS A ARTE QUE ESTÁ EM NÓS. O QUE VOCÊ SABE SOBRE O CORPO E A ARTE? 1. VAMOS PROCURAR ESTAS IMAGENS NO LIVRO? ESCREVA, NO QUADRINHO PERTO DE CADA IMAGEM, O NÚMERO DA PÁGINA EM QUE VOCÊ A ENCONTROU. Ritmo e PulsaçãoCorpo CL AU DI A M AR IA N N O AC ER VO D O G RU PO Â N G EL O M AD UR EI RA & AN A CA TA RI N A VI EI RA 94 79 6464 2 unidade O corpo e a arte D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 64D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 64 06/07/21 10:2306/07/21 10:23 D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 64D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 64 09/08/21 20:5309/08/21 20:53 ⊲ INTRODUÇÃO À UNIDADE Indica os objetivos pedagógicos da unida- de e os pré-requisitos pedagógicos. Introduz conteúdos, conceitos e atividades e como es- tas se relacionam com os objetivos e os pré- -requisitos pedagógicos para sua realização. ⊲ BNCC Indica as habilidades da Base Nacional Co- mum Curricular trabalhadas nas propostas do Livro do Estudante e nos desdobramentos sugeridos neste manual. ⊲ ORGANIZE-SE Sugestões didáticas para o levantamento de saberes dos estudantes ou para contextualizar a sequência de conteúdos e atividades. Pode con- ter a relação de materiais que o professor terá de providenciar com antecedência para realizar as propostas. ⊲ ROTEIRO DE AULA Comentários e orientações para apoiar o pla- nejamento docente. Nesse tópico, também são aprofundados conceitos trabalhados no Livro do Estudante e são apresentadas informações com- plementares. Respostas, sugestões de respostas e algumas orientações didáticas mais específicas, isto é, aquelas que auxiliam no dia a dia da sala de aula, encontram-se em magenta em cada página do Manual do Professor, mas podem ser mais de- talhadas nesse tópico. ⊲ BNCC (EF15AR13) Identificar e apreciar cri- ticamente diversas formas e gêneros de expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de cir- culação, em especial, aqueles da vida cotidiana. (EF15AR14) Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brinca- deiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apre- ciação musical. (EF15AR15) Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corpo- ral), na natureza e em objetos cotidia- nos, reconhecendo os elementos cons- titutivos da música e as características de instrumentos musicais variados. (EF15AR17) Experimentar improvisa- ções, composições e sonorização de histórias, entre outros, utilizando vo- zes, sons corporais e/ou instrumentos musicais convencionais ou não con- vencionais, de modo individual, cole- tivo e colaborativo. ORGANIZE-SE Serão propostas atividades em que o próprio corpo será a materialidade. Propor um espaço amplo que permita aos estudantes realizar movimentos corporais livres. ROTEIRO DE AULA Conversar sobre o termo percus- são, explicando aos estudantes que se refere a um choque resultante da ação de um corpo sobre outro. Na música, percussão é criar sons por meio de impacto, raspagem ou agita- ção, como bater em um tambor, agi- tar um chocalho, tocar um reco-reco. Outras ações também podem fazer nascer um som de percussão, por exemplo: usar objetos do cotidiano como objetos sonoros. Diferenciar a percussão corporal (bater palmas, estalar os dedos) da percussão com instrumentos musicais (pandeiro, tambor ou outros objetos sonoros). Retomar a imagem das páginas 66 e 67, do grupo Barbatuques. Convidar os estudantes para a fruição a partir da imagem na página 74, provocando-os a se expressarem sobre o que já sabem e o que ainda podem descobrir pela leitura de imagens (registro fotográfico do grupo Barbatuques). Nas atividades 1 e 2, levar exemplos de trabalho do Barbatuques. No espetá- culo Tum pá, por exemplo, eles escolhe- ram como título uma onomatopeia do som de uma pisada seguido do som de uma palma. Jogar com os sons é uma característica do Barbatuques, que brinca com a plateia e a envolve no espetáculo. Propor este jogo aos estudantes, bem como propor que realizem experiências para percebe- rem como é possível criar na arte usando o seu “corpo sonoro” por meio de ex- plorações de sons de percussão corporal, com a voz, assobios e outras ações. Na atividade 3, depois de explorar as possibilidades do corpo sonoro, propor uma roda de conversa para comentarem o que aconteceu na brincadeira. 74 4. Resposta pessoal. Retomar com os estudantes o conceito de onomatopeia e exercitar o conhecimento alfabético deles, levando-os a relembrar os sons das letras, das sílabas e das palavras para que, assim, consigam compor onomatopeias que remetam aos sons criados por eles e pelos colegas na proposta anterior. Esta proposta também é um momento oportuno para exercitar a consciência fonológica e fonêmica. 1. Espera-se que os estudantes percebam que, por meio das ações descritas no início desta seção, é possível fazer um som de percussão com o próprio corpo, ou seja, fazer sons a partir da percussão corporal. 1. DE QUE MANEIRA PODEMOS USAR O NOSSO CORPO COMO UM INSTRUMENTO DE PERCUSSÃO? 2. QUANTOS SONS PODEMOS FAZER USANDO O CORPO COMO INSTRUMENTO MUSICAL? CONVIDE OS COLEGAS E DESCUBRAM JUNTOS. 3. O QUE ACONTECEU NA BRINCADEIRA DE CRIAR SONS COM O CORPO? QUAIS SONS VOCÊ E OS COLEGAS INVENTARAM? 4. NO ESPAÇO A SEGUIR, REPRESENTE OS SONS QUE VOCÊ FEZ COM OS COLEGAS USANDO ONOMATOPEIAS. 5. CONVIDE AMIGOS E FAMILIARES PARA CRIAR SONS A PARTIR DA PERCUSSÃO CORPORAL. DEPOIS, EM SALA DE AULA, CONTE AOS COLEGAS COMO FOI A EXPERIÊNCIA. Resposta pessoal. 2. Resposta pessoal. Incentivar os estudantes a participarem da brincadeira. Se necessário, apresentar alguns exemplos de sons extraídos da percussão de partes de seu corpo. Explorar também sons obtidos com o sopro e o uso da voz, como assobio e canto. 3. Resposta pessoal. Estimular os estudantes a perceberem as possibilidades de criar sons explorando o próprio corpo, assobiando, usando a voz, as mãos, os dedos, os pés. 75 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 75D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 75 06/07/21 10:2406/07/21 10:24 VOCÊ SABIA QUE TODOS NÓS POSSUÍMOS UM INSTRUMENTO MUSICAL EXPRESSIVO? É O NOSSO CORPO! OS ARTISTAS DO GRUPO BARBATUQUES TOCAM MUITO BEM ESSE INSTRUMENTO! OBSERVE ESTA IMAGEM. CORPO E SOM PERCUSSÃO É A CRIAÇÃO DE SONS DE DIFERENTES MANEIRAS. ELA PODE SER FEITA: • POR IMPACTO, COMO BATER EM UM TAMBOR; • POR RASPAGEM, COMO TOCAR UM RECO-RECO; • POR AGITAÇÃO, COMO TOCAR UM CHOCALHO; • USANDO OUTROS OBJETOS E INSTRUMENTOS, INCLUINDO O PRÓPRIO CORPO. TA TI W EX LE R ▲ MÚSICOS DO GRUPO BARBATUQUES EM APRESENTAÇÃO DO ESPETÁCULO SÓ +1 POUQUINHO AO VIVO, 2019. AO BATER PALMAS, ESTALAR OS DEDOS E BATER AS MÃOS EM VÁRIAS PARTES DO CORPO, ELES EXPLORAM SONS DE PERCUSSÃO. ALÉM DISSO, CANTAM, ASSOBIAM E CRIAM OUTROS SONS, EXPLORANDO ESSE EXPRESSIVO INSTRUMENTO MUSICAL: O CORPO. arte-AVENTURA 74 D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 74D3-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-LA-G23-AVU1.indd 74 06/07/21 10:2406/07/21 10:24D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 74D2-ART-F1-1101-V1-U2-C3-064 a 089-MPE-G23-AVU1.indd 74 09/08/21 20:5409/08/21 20:54 6 D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 46D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU2.indd 46 09/08/21 21:0709/08/21 21:07 XLVII ⊲ ARTICULAÇÃO COM... Explicita os momentos de interdisci- plinaridade com outros componentes curriculares ou áreas do conhecimento propostos no Livro do Estudante. a invenção do cinema transformou como vemos imagens que podem ser fixas, por exemplo, uma fotografia, ou em movimen- to, como em um vídeo. A partir da invenção das imagens em movimento, essa linguagem passou a fazer parte da nossa cultura e de- senvolveu-se para a linguagem audiovisual, integrando tecnologias de vídeo e de som. Já apresentamos de modo introdutório a obra dos artistas Ceci Soloaga e Ygor Marotta, que formam a dupla VJ Suave e criam animações digitais coloridas que fazem parte de instalações audiovisuais e grafites digitais em intervenções em várias cidades. A instalação A natureza invade a cidade provoca uma reflexão sobre como a natureza faz falta em espaços urbanos e sobre como encontrar soluções para transformar esses espaços. Conversar com eles sobre como percebem a natureza onde vivem e como viver próximo ou distante da natureza afeta a vida deles. Articulação com Ciências da Natureza Nesta proposta a articulação entre Arte e Ciências da Natureza é feita por meio da investigação de formas na natureza e na apreciação da exploração dessas formas na arte. Também é realizada por meio do trabalho com noções de sustentabilidade e conservação am- biental em centros urbanos. ⊲ PNA • Literacia familiar A atividade 3 trabalha com litera- cia familiar ao propor uma conversa com um familiar, incentivando a troca de conhecimentos sobre a conserva- ção ambiental. ⊲ +IDEIAS São muitas as linguagens e as mí- dias que exploram a cultura audiovisual na arte, desenvolvidas com linguagens integradas, híbridas, em que o som e a imagem estão a serviço da poética. São linguagens como a videoarte, a videoinstalação, o videoclipe, a video- dança e a videointervenção. Conversar com os estudantes sobre a cultura au- diovisual: o mundo é repleto de cores e sons. Vocês já pensaram sobre isso? Que tal vermos e ouvirmos mais? Sugerimos que nesta conversa seja introduzida a noção de paisagem so- nora enquanto conjunto de sons que podemos perceber à nossa volta: os produzidos pela voz humana e de outros animais, os da natureza, os de máquinas e os produzidos por instru- mentos musicais. No dia a dia e na arte, podemos criar e apreciar paisa- gens sonoras. Alguns artistas utilizam esses sons para criar ambientes e sen- sações, como foi feito na instalação A natureza invade a cidade. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes se expressam ao conversarem em mo- mentos de nutrição estética. Se hou- ver estudantes mais silenciosos, convi- dá-los para se expressar fazendo com- binados para que todos respeitem os momentos de fala e escuta no grupo. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE • VJ SUAVE. A natureza invade a cidade. Disponível em: https://vjsuave.com/projects/ a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br. Acesso em: 6 jul. 2021. O site apresenta algumas fotos e um vídeo sobre a instalação audiovisual que convida o público a interagir com um mundo imaginário e animado com per- sonagens que percorrem o ambiente. 27 EM UMA INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL, A DUPLA VJ SUAVE CRIOU, COM SONS, FORMAS E CORES, UMA OBRA QUE EXPRESSA A PREOCUPAÇÃO COM A VIDA NAS CIDADES. INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL É UM AMBIENTE CRIADO COM RECURSOS DE IMAGENS (FIXAS OU EM MOVIMENTO) E SONS. ▲ A NATUREZA INVADE A CIDADE, INSTALAÇÃO AUDIOVISUAL CRIADA PELA DUPLA VJ SUAVE. OBRA EXPOSTA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2014. 1. COMO VOCÊ PERCEBE AS FORMAS NAS CASAS, NOS EDIFÍCIOS E EM OUTRAS CONSTRUÇÕES? 2. COMO VOCÊ PERCEBE AS FORMAS DA NATUREZA NO LUGAR ONDE VIVE? 3. CONVERSE COM UM FAMILIAR SOBRE O QUE É PRECISO FAZER PARA SE TER MAIS NATUREZA NAS CIDADES. DEPOIS, CONTE PARA OS COLEGAS DA TURMA SOBRE AS SUGESTÕES. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam as formas geométricas e orgânicas nas construções e nos espaços em que moram ou frequentam. Sugere-se convidar a família a participar, Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem as formas, em especial as orgânicas, em folhas no jardim, flores, frutas, animais, nuvens e em outros elementos da paisagem. Resposta pessoal. Incentivar a troca de ideias entre os estudantes e seus familiares. O foco dessa proposta é levá-los a refletir sobre a conservação ambiental, seguindo os normativos referentes à educação ambiental. VJ S UA VE para os estudantes perceberem que essas formas fazem parte da arquitetura e do design do local onde vivem. 27 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 27D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 27 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 FORMAS DA NATUREZA NA ARTE OBSERVE ESTA OBRA DE REGINA SILVEIRA. NESSA INSTALAÇÃO COM FORMAS ORGÂNICAS, A ARTISTA RECRIOU IMAGENS DO CÉU EM UM DIA ENSOLARADO DENTRO DE UMA SALA DE UM MUSEU DE ARTE. VOCÊ JÁ IMAGINOU CAMINHAR COMO SE ESTIVESSE ANDANDO SOBRE AS NUVENS? A ARTE TORNA POSSÍVEL VIVER ESSA SENSAÇÃO! ▲ MONTAGEM DE ILUSTRAÇÃO COM FOTOGRAFIA DA OBRA ENTRECÉU, INSTALAÇÃO DE REGINA SILVEIRA, 2007. VINIL ADESIVO. MUSEU VALE DO RIO DOCE, ESPÍRITO SANTO/ DING MUSA. ILUSTRAÇÃO: WANDSON ROCHA REGINA SILVEIRA (1939-) É UMA ARTISTA QUE GOSTA DE CRIAR COM MUITAS FORMAS. ACE RV O P ES SO AL 26 diAlogos CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 26D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 26 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 27D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 27 09/08/21 20:5109/08/21 20:51 vemos nas ondas do mar ou no movimen- to de uma fita a voar com o vento. Os estudantes estão em fase de alfabe- tização, descobrindo as letras, as palavras e as funções sociais de textos. Consideramos importante trabalhar as informações das legendas das obras, mas, ao final da me- diação, como um modo de ampliar infor- mações sobre a obra apresentada. Por uma escolha didática, foram abreviadas as uni- dades de medida referentes às dimensões das obras de arte. Abreviamos metros (m) e centímetros (cm) em todas as legendas. O uso de letras maiúsculas nas unidades de medida possui fins meramente didáticos, uma vez que neste volume do Livro do Es- tudante e no Capítulo 1 do 2o volume não se utilizam letras minúsculas. Na atividade 5, os estudantes são desafiados a refletir sobre que materia- lidades podemos usar para criar linhas e movimentos. ⊲ +IDEIAS Após o momento de nutrição estética e da roda de conversa, propor exercícios lúdicos em que os estudantes te- nham acesso a materiais como fitas de tecido para brincar e dançar. O corpo pode fazer movimentos com base nas linhas que eles perceberam nas duas obras artísticas apreciadas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes se mostram interessados na leitura de imagens e como se expressam oral- mente. Identificar se acolhem a fala dos colegas na construção coletiva e colaborativa de hipóteses interpreta- tivas. Registrar as falas em seu diário de bordo. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • FUNDAÇÃO JOAN MIRÓ (Fundación Joan Miró, Barcelona). Disponível em: https://www.fmirobcn.org/en/joan-miro/. Acesso em: 5 jul. 2021. Site oficial da Fundação Miró (em catalão, espanhol e inglês), localizada em Barcelona, na Espanha. Além de informações sobre a fundação, é pos- sível conhecer a biografia de Miró e acessar imagens de obras do artista. • INSTITUTO TOMIE OHTAKE. Disponível em: https://www.institutotomieohtake. org.br. Acesso em: 5 jul. 2021. No site é possívelacessar um amplo acervo de imagens de obras da artista Tomie Ohtake. • LEYTON, Daina (org.). Educação e acessibilidade: experiências do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Pau- lo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2018. Disponível em: https://mam. org.br/wp-content/uploads/2018/09/ E d u c a c % C C % A 7 a % C C % 8 3 o - e - Acessibilidade_experie%CC%82ncias- do-MAM-QRcode.pdf. Acesso em: 5 jul. 2021. Há outras formas de estimular o aprendizado e a percepção de linhas na fruição de obras artísticas e na prá- tica de educação inclusiva. Por isso, sugerimos a leitura desse material que apresenta ações de educação inclu- siva do Museu de Arte Moderna de São Paulo. 15 ▲ SEM TÍTULO, ESCULTURA DE TOMIE OHTAKE, NO MUNICÍPIO DE SANTOS, ESTADO DE SÃO PAULO, 2008. AÇO, 15 M x 20 M x 2 M. PA RQ UE D O EM IS SÁ RI O SU BM AR IN O, SA NT OS . L EO F RA NC IN I/A LA M Y/ FO TO AR EN A A ARTISTA CRIOU LINHAS EM SUA ESCULTURA DE AÇO EM COR VERMELHA QUE OCUPA O ESPAÇO DA PAISAGEM À BEIRA DO MAR. 4. AS LINHAS EM OBRAS DE ARTE PODEM REPRESENTAR IDEIAS E SENSAÇÕES? CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. 5. QUE TIPOS DE LINHAS PERCEBEMOS NESSA OBRA DE TOMIE OHTAKE? A) SERÁ QUE PODEMOS CRIAR ESSAS LINHAS COM OUTROS MATERIAIS? VAMOS EXPERIMENTAR? B) QUE TAL FAZER MOVIMENTOS CORPORAIS PARA IMITAR OS MOVIMENTOS DESSAS LINHAS? TOMIE OHTAKE (1913-2015) NASCEU NO JAPÃO. AINDA JOVEM, VEIO MORAR NO BRASIL, ONDE DESENVOLVEU SUA ARTE. MUITAS DE SUAS ESCULTURAS PODEM SER VISTAS EM RUAS, PRAÇAS E PARQUES. Resposta pessoal. 5. a) Resposta pessoal. É possível criar essas linhas com outros materiais, como argila, linhas, tecidos, papéis, entre outros. Levar fitas de tecido para a sala de aula e oferecê-las aos estudantes para que brinquem e percebam que podemos criar linhas com elas. 5. b) Resposta pessoal. Propor aos estudantes que reproduzam os movimentos das linhas com o próprio corpo, trabalhando de modo lúdico a fruição, a percepção visual e a expressão corporal. DENISE ANDRADE AGORA, OBSERVE A IMAGEM DESTA ESCULTURA DE TOMIE OHTAKE. 15 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 15D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU1.indd 15 06/07/21 10:0806/07/21 10:08 ARTE EM LINHAS NA ARTE, MUITOS ARTISTAS USAM LINHAS E FORMAS. OBSERVE ESTA PINTURA DE JOAN MIRÓ. ▲ O DIAMANTE SORRI AO CREPÚSCULO, DE JOAN MIRÓ, 1947. ÓLEO SOBRE TELA, 97 CM x 130 CM. VOCÊ PERCEBEU AS LINHAS E AS FORMAS NA IMAGEM? PASSE UM DEDO OU UM LÁPIS SOBRE ELAS E DESCUBRA OS CAMINHOS DOS GESTOS E DOS TRAÇADOS REALIZADOS POR MIRÓ. 1. ONDE ESTÃO AS LINHAS NA PINTURA? COMO ELAS SÃO? 2. ALÉM DAS LINHAS, QUE OUTROS ELEMENTOS VOCÊ PERCEBEU NA OBRA? 3. SERÁ QUE ELEMENTOS VISUAIS, COMO LINHAS, FORMAS E CORES, SÃO ENCONTRADOS APENAS NA ARTE? OBSERVE AO SEU REDOR E CONVERSE COM OS COLEGAS A RESPEITO. e de direções das linhas criadas pelo artista Joan Miró na pintura e, também, que identifiquem © S UC CE SS IÓ M IR Ó / A UT VI S, B RA SI L, 2 02 1. JOAN MIRÓ (1893-1983) FOI UM ARTISTA QUE ADORAVA CRIAR MUNDOS IMAGINÁRIOS COM LINHAS, FORMAS E CORES. GILB ER T UZ AN /G AM M A- RA PH O /G ET TY IM AG ES a percepção para seu meio, por exemplo, em elementos da arquitetura, em objetos, em estampas de roupas, entre outros. pontos, formas e cores na imagem, a fim de ampliar 1, 2 e 3. Respostas pessoais. Espera-se que os estudantes percebam as variedades de formatos O uso de unidade de medida com letras maiúsculas é uma escolha didática, tendo em vista que os alunos estão em processo de alfabetização. 14 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU2.indd 14D3-ART-F1-1101-V1-U1-C1-006 a 033-LA-G23-AVU2.indd 14 09/07/21 08:3609/07/21 08:36 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 15D2-ART-F1-1101-V1-U1-C1-001 a 033-MPE-G23-AVU1.indd 15 09/08/21 20:5109/08/21 20:51 ⊲ PNA Explicita como o conteúdo abordado ou as propostas apresentadas no Livro do Estudante e neste manual contribuem no desenvolvimento de habilidades para a alfabetização dos estudan- tes à luz da Política Nacional de Alfabetização. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Compreendendo o processo de avaliação como algo contínuo, são indicados possíveis momentos de avaliação. Essas indicações não estão neces- sariamente relacionadas à elaboração de provas, mas têm como objetivo chamar a atenção para o processo de desenvolvimento de conhecimentos específicos, relacionados à aquisição de valores, às atitudes e às habilidades, tanto individuais como em grupo. ⊲ +IDEIAS São sugestões de atividades complementares para ampliar e aprofundar conceitos desenvolvi- dos. Podem ser utilizadas como um momento a mais no processo de avaliação contínua, em que alguns conteúdos são retomados para verificar possíveis dúvidas dos estudantes. D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 47D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 47 10/08/21 09:4710/08/21 09:47 https://vjsuave.com/projects/a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br https://vjsuave.com/projects/a-natureza-invade-a-cidade/?lang=pt-br https://www.fmirobcn.org/en/joan-miro/ https://www.institutotomieohtake.org.br/ https://www.institutotomieohtake.org.br/ https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf https://mam.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Educac%CC%A7a%CC%83o-e-Acessibilidade_experie%CC%82ncias-do-MAM-QRcode.pdf XLVIII A proposta de criar desenhos a partir de observações em janelas também pode ser feita em casa. No entanto, é preciso alertar os familiares de que os estudantes devem realizar essas observações e pesquisas senso- riais sempre com a presença de um adulto. ⊲ +IDEIAS Para mostrar as produções dos estudan- tes, sugere-se a proposta Janelas pelas ja- nelas. Oferecer a eles folhas maiores como suportes e propor a criação de mais dese- nhos inspirados no que veem pela janela. Em uma parede, colocar placas de papelão e fixar as criações deles. Assim, os colegas de turma e outras pessoas da comunidade escolar poderão apreciar essas produções. Contar sobre o processo de criação de Matisse. Ele dizia que, para pintar, era ne- cessário olhar o mundo como se fosse a primeira vez que abrimos os olhos. Assim, podemos perceber todas as suas cores, formas e belezas. Matisse gostava de pes- quisar os efeitos dos tons das cores e as formas. Às vezes, ele usava vários tons de uma única cor em suas pinturas. Outras vezes, criava imagens bem coloridas. Matisse inventou uma técnica que ficou conhecida como “desenho com tesoura”, em que fazia recortes de formas de papéis coloridos e criava composições em colagens. Pesquisar mais sobre os desenhos de tesoura e propor aos estudantes novas expe- riências a fim de que criem arte usan- do cores e formas. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS A dica aqui é acompanhar como os estudantes participam de momentos de apreciação de imagens, se expres- sam oralmente, colocam suas hipóte- ses e se expressam de modo criativo e poético a partir de percepções e leitu- ras de mundo. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA • CURTAS que arrebatam #57: inspira- dos em artistas. Laboratório de educação, 20 jul. 2020. Disponível em: https:// labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57- inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse. Acesso em: 2 jun. 2021. Artigo em que são indicados e disponibilizados vídeos de animação para fruir em família. SUGESTÃO⊲ PARA O ESTUDANTE • O BOLERO de Matisse: timbre ou a cor do som. Vídeo (9min04s). Dispo- nível em: https://www.youtube.com/ watch?v=kcqTCgCQ3FU. Acesso em: 20 jun. 2021. A animação O bolero de Matisse é uma linda viagem ao mundo desse artista. O vídeo trabalha sons e cores, e permite perceber as relações das artes visuais e musicais, entender o conceito de timbre, ou a cor do som, por meio da composição de Ravel “Bolero”. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR • MARINHO, Patrícia. Pintar com tesou- ra, uma arte inspirada em Matisse. Tempojunto, 26 out. 2014. Disponível em: https://www.tempojunto.com/2014/10/26/ pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada- em-matisse/. Acesso em: 2 jun. 2021. Essa matéria traz informações so- bre Matisse e sua obra, além de uma proposta de oficina que pode ser rea- lizada com os estudantes e visa fazer pinturas com tesoura inspiradas na criação de Matisse. 45 1. AGORA, OLHE PELA JANELA. QUAIS CORES VOCÊ VÊ HOJE? 2. FECHE OS OLHOS POR ALGUNS SEGUNDOS. QUAIS SONS VOCÊ OUVE DA JANELA? 3. NO ESPAÇO A SEGUIR, VOCÊ VAI CRIAR DESENHOS QUE EXPRESSEM CORES, FORMAS E SONS A PARTIR DO QUE VOCÊ VÊ, OUVE OU PERCEBE DA JANELA. DICA: LEMBRE QUE VOCÊ PODE SEMPRE IMAGINAR E TAMBÉM INVENTAR! Resposta pessoal. Orientar os estudantes, ou combinar com os familiares, sobre a realização desta proposta. A ideia é que eles (com segurança) se aproximem da janela da escola ou de casa para observar a paisagem. É importante que identifiquem cores, formas e sons e que depois, com liberdade, se expressem pelo desenho, trazendo elementos da observação com abertura para exercícios de imaginação e invenção. Deixá-los livres para escolherem os riscadores com os quais realizarão a atividade. CL AU DI A M AR IA N N O 1. e 2. Respostas pessoais. Sugere-se criar uma lista de cores e outra de sons na lousa para os estudantes perceberem a diversidade de percepções. Aproveitar o momento para valorizar a diversidade de percepções. 45 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 45D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 45 06/07/21 10:1806/07/21 10:18 OBSERVE ESTA IMAGEM FEITA POR HENRI MATISSE. CORES E SONS NA SUA JANELA ▲ A JANELA ABERTA, DE HENRI MATISSE, 1905. ÓLEO SOBRE TELA, 55,3 CM x 46 CM. SERÁ QUE O ARTISTA CRIOU ESSA PINTURA COM BASE NO QUE ESTAVA OBSERVANDO PELA JANELA? OU SERÁ QUE ELE INVENTOU CORES E FORMAS A PARTIR DA SUA IMAGINAÇÃO? VAMOS REFLETIR UM POUCO MAIS SOBRE AS CORES E OS SONS QUE VOCÊ VÊ E OUVE DA JANELA? HENRI MATISSE (1869-1954) FOI UM ARTISTA QUE CRIOU PINTURAS E COLAGENS BEM COLORIDAS. ELE FEZ PARTE DE UM MOVIMENTO DE ARTE CHAMADO FAUVISMO. OS ARTISTAS DO FAUVISMO EXPLORAVAM MUITO AS CORES E TAMBÉM ERAM CONHECIDOS COMO “FERAS DA COR”. © S UC CE SS IO N H . M AT IS SE / AU TV IS , B RA SI L, 2 02 1. C AP TI O N : A JA N EL A AB ER TA , D E HE N RI M AT IS SE , 1 90 5 AU TV IS TH E LI FE P IC TU RE C O LL EC TI O N / G ET TY IM AG ES arte-AVENTURA 44 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 44D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 44 06/07/21 10:1806/07/21 10:18 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 45D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 45 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nessa seção, propõe-se um mo- mento para uma avaliação proces- sual. Na parte geral do Manual do Professor, no item Monitoramento da aprendizagem, há uma ficha de avaliação dos estudantes em que constam os objetivos pedagógicos da unidade. Com o acompanhamento da aprendizagem, é possível identi- ficar conhecimentos individuais con- quistados nos estudos ao longo da unidade, retomar e avaliar habilidades e conteúdos estudados e identificar possíveis dificuldades. Sugere-se olhar e avaliar os objetivos pedagógicos da unidade tendo como base todas as situações avaliativas propostas. Além das atividades da seção, os portfólios físicos e/ou eletrônicos, os cadernos de artista, as anotações em seu diário de bordo e outras produções e regis- tros criados podem ser considerados. Nesse sentido, é importante também retomar situações avaliativas em que a presença do corpo se fez potente nos estudantes, principalmente em propostas com dança, teatro, música, performance e outras linguagens. Tendo em vista que cada pessoa pode ter experiências diversas com a Arte, é importante avaliar a qualidade dos encontros que os estudantes tive- ram com essa área de conhecimento em suas diferentes linguagens. Caso identifique que algumas experiências não foram vividas, sugere-se oferecer novas oportunidades de ação criadora em que desenvolvam competências e habilidades e criem com autonomia a partir de poéticas autorais. Pro- porcionar conversas em grupo sobre as próprias produções pode ser uma ação positiva para a autoavaliação e a percepção da potência expressiva de cada um. suas produções de imagens são diferen- tes das representações feitas pelos adul- tos. Portanto, é necessário analisar essas produções com o olhar de quem conhece e estuda a infância. Além disso, é importante perceber como as crianças criam hipóteses inter- pretativas das leituras de imagens; como percebem as sonoridades, as paisagens sonoras e criam partituras não convencio- nais com desenhos e sons onomatopeicos; como se expressam corporalmente a partir do encontro estésico e estético com ima- gens (fixas e em movimento), sons, mú- sicas, poemas; e como aprendem juntas, em colaboração com os colegas, o profes- sor e os familiares. Embora se saiba que as crianças carregam consigo suas leituras de mundo e poéticas, é preciso oportunizar tempos, espaços, materialidades para que, em ambiências criadoras e educadoras, elas sejam provocadas com experiências estéticas e estésicas que potencializem a expressão de suas poéticas pessoais. 63 4 FAÇA UM CÍRCULO NA FONTE SONORA NATURAL. 5 LIGUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM OS SONS ÀS SUAS FONTES SONORAS. A) 6 OBSERVE, REFLITA E CIRCULE. A) QUAL DELES TEM O SOM MAIS FORTE? B) QUAL DELES TEM O SOM MAIS LONGO? A) B) C) B) IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN Leia as onomatopeias em voz alta para representar o som ou, ainda, apresente o som da onomatopeia de algum dispositivo digital para o estudante. 63 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63 06/07/21 10:1906/07/21 10:19 3 OBSERVE O CÍRCULO CROMÁTICO. A) FAÇA UM X NAS CORES PRIMÁRIAS. B) AGORA, FAÇA UM NAS CORES SECUNDÁRIAS. 1 CRIE UM DESENHO UTILIZANDO PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. USE UMA FOLHA AVULSA. 2 NO SEU DESENHO, QUE TIPOS DE LINHAS E FORMAS VOCÊ USOU? C) QUAL É A SUA COR PREFERIDA? QUAL É O NOME DELA? COMEÇA COM QUE LETRA? 1. Resposta pessoal. Avaliar de que forma os estudantes se apropriaram dos conceitos de pontos, linhas, formas e cores LINHA CURVA LINHA RETA LINHA FINA LINHA GROSSA OUTRO TIPO DE LINHA FORMA GEOMÉTRICA FORMA ORGÂNICA Resposta pessoal. um tipo de linha ou, ainda, usar os mais variados tipos. O importante é entender que não existem regras e que eles podem sempre usar a criatividade e a imaginação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem o círculo cromático e seus materiais AMARELO AMARELO- -ALARANJADO VERMELHO ROXO VERMELHO- -ARROXEADO VERMELHO- -ALARANJADO LARANJA CL AU DI A M AR IA N N O AZUL-ARROXEADO AZUL- -ESVERDEADO VERDE AMARELO- -ESVERDEADO AZUL O O O XX X (como caixas de lápis de cor e de giz de cera) e escolham uma cor da preferência deles. Com sua ajuda, eles podem tentar escrever a primeira letra do nome da cor. A depender do desenvolvimento da alfabetização deles, é possível estimulá-los a escrever o nome completo da cor. apresentados nesta unidade. Espera-seque eles percebam que, em seus desenhos, podem usar VAMOS recordar? 62 AVALIAÇÃO DE PROCESSOAVALIAÇÃO DE PROCESSO D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62 09/07/21 08:4009/07/21 08:40 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 63D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 63 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 ⊲ SUGESTÃO Sugestões de sites, livros, revistas, artigos, músicas e/ou outros recursos que instrumen- talizam o professor para a utilização de dados e fatos, ampliando a formação e o trabalho docente. Além disso, sugere materiais que podem ser indicados aos estudantes e seus familiares. ⊲ PARA CASA Indica os momentos de atividades que podem ser desenvolvidas em casa, além de estratégias para o trabalho em conjunto com os familiares. ⊲ CONCLUSÃO DA UNIDADE Orienta a avaliação formativa e o monito- ramento da aprendizagem. ROTEIRO DE AULA Na atividade 1, os estudantes de- vem criar um desenho usando elemen- tos constitutivos da linguagem visual, como ponto, linha, forma e cor. Como a proposta nesta unidade foca o traba- lho com a alfabetização nas linguagens da Arte, é importante observar se eles ampliaram o uso desses elementos após vivenciarem momentos de leitura de imagens, de conversas, de criação de imagens para expressar o que estavam aprendendo. Aproveitar, também, para analisar se são expressos, nos desenhos, formatos, posições, espessuras e outros aspectos de construção de variados ti- pos de linhas. Observar se usam formas orgânicas e geométricas e, ainda, se es- colhem cores para compor suas criações e se surgem composições com autoria, criatividade e poéticas pessoais. A ativi- dade 2 propõe avaliar se os estudantes fazem escolhas sensíveis e conscientes desses elementos e de outros, como tex- turas, movimentos, espaços tridimen- sional ou bidimensional. Na atividade 3, é retomado o estudo das cores e suas misturas. As propostas 3a e 3b visam avaliar como os estudantes percebem a progressão de misturas entre cores na ordem das cores primárias, secundárias e terciárias. Na atividade 4, a propos- ta é avaliar como os estudantes obser- vam e descrevem sons relacionando e identificando fontes sonoras (naturais e artificiais). Na atividade 5, explora-se a investigação de sons naturais e artificiais representados por onomatopeias. Na atividade 6, a proposta é retomar os estudos sobre os parâmetros sonoros e avaliar competências e habilidades que os estudantes aprendem e expressam ao estudar o conceito de intensidade, na atividade 6a, e de duração na ati- vidade 6b. CONCLUSÃO DA UNIDADE Ao se preocupar em desenvolver com- petências e habilidades no ensino e apren- dizagem de Arte, tendo como foco a al- fabetização em linguagens artísticas, tam- bém são trazidas inquietações sobre como os estudantes se desenvolvem na relação entre arte e vida, e como são suas leituras de mundo e suas poéticas pessoais. Cada criança carrega em si sua poética, ou seja, sua forma de expressão. Nesse contexto, a palavra poética refere-se ao discurso expressivo (visual, corporal ou musical) de um indivíduo ou de uma coletividade, às escolhas feitas e aos arranjos criados entre elementos constitutivos de linguagens, materialida- des, assuntos, aspectos estéticos e pen- samentos imagéticos. Nos contextos das produções, é importante lembrar que as crianças, ao criar desenhos, passam por diferentes momentos de desenvolvimen- to em suas representações gráficas e que 62 4 FAÇA UM CÍRCULO NA FONTE SONORA NATURAL. 5 LIGUE AS PALAVRAS QUE REPRESENTAM OS SONS ÀS SUAS FONTES SONORAS. A) 6 OBSERVE, REFLITA E CIRCULE. A) QUAL DELES TEM O SOM MAIS FORTE? B) QUAL DELES TEM O SOM MAIS LONGO? A) B) C) B) IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN IL US TR AÇ Õ ES : Á G UE DA H O RN Leia as onomatopeias em voz alta para representar o som ou, ainda, apresente o som da onomatopeia de algum dispositivo digital para o estudante. 63 D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU1.indd 63 06/07/21 10:1906/07/21 10:19 3 OBSERVE O CÍRCULO CROMÁTICO. A) FAÇA UM X NAS CORES PRIMÁRIAS. B) AGORA, FAÇA UM NAS CORES SECUNDÁRIAS. 1 CRIE UM DESENHO UTILIZANDO PONTOS, LINHAS, FORMAS E CORES. USE UMA FOLHA AVULSA. 2 NO SEU DESENHO, QUE TIPOS DE LINHAS E FORMAS VOCÊ USOU? C) QUAL É A SUA COR PREFERIDA? QUAL É O NOME DELA? COMEÇA COM QUE LETRA? 1. Resposta pessoal. Avaliar de que forma os estudantes se apropriaram dos conceitos de pontos, linhas, formas e cores LINHA CURVA LINHA RETA LINHA FINA LINHA GROSSA OUTRO TIPO DE LINHA FORMA GEOMÉTRICA FORMA ORGÂNICA Resposta pessoal. um tipo de linha ou, ainda, usar os mais variados tipos. O importante é entender que não existem regras e que eles podem sempre usar a criatividade e a imaginação. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes observem o círculo cromático e seus materiais AMARELO AMARELO- -ALARANJADO VERMELHO ROXO VERMELHO- -ARROXEADO VERMELHO- -ALARANJADO LARANJA CL AU DI A M AR IA N N O AZUL-ARROXEADO AZUL- -ESVERDEADO VERDE AMARELO- -ESVERDEADO AZUL O O O XX X (como caixas de lápis de cor e de giz de cera) e escolham uma cor da preferência deles. Com sua ajuda, eles podem tentar escrever a primeira letra do nome da cor. A depender do desenvolvimento da alfabetização deles, é possível estimulá-los a escrever o nome completo da cor. apresentados nesta unidade. Espera-se que eles percebam que, em seus desenhos, podem usar VAMOS recordar? 62 AVALIAÇÃO DE PROCESSOAVALIAÇÃO DE PROCESSO D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62D3-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-LA-G23-AVU2.indd 62 09/07/21 08:4009/07/21 08:40 D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 62D2-ART-F1-1101-V1-U1-C2-034 a 063-MPE-G23-AVU2.indd 62 09/08/21 21:0409/08/21 21:04 D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 48D2_ART-F1-1101-MP-GERAL-001 a 048_G23-AVU4.indd 48 10/08/21 09:4710/08/21 09:47 https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://www.youtube.com/watch?v=kcqTCgCQ3FU https://www.youtube.com/watch?v=kcqTCgCQ3FU https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://labedu.org.br/curtas-que-arrebatam-57-inspirados-artistas-kahlo-tarsila-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ https://www.tempojunto.com/2014/10/26/pintar-com-tesoura-uma-arte-inspirada-em-matisse/ Ensino Fun damental - Anos Inicia is Component e: Arte 2ARTE SOLANGE DOS SANTOS UTUARI FERRARI EDUCADORA, ESCRITORA E ARTISTA VISUAL. DOUTORANDA EM EDUCAÇÃO, ARTE E HISTÓRIA DA CULTURA (MACKENZIE-SP), MESTRE EM ARTES VISUAIS (UNESP-SP) E LICENCIADA EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA (UMC-SP), COM ESPECIALIZAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (FESPSP) E EM ARTE-EDUCAÇÃO (USP-SP). É ILUSTRADORA, AUTORA DE LIVROS DIDÁTICOS E DE PROPOSTAS PARA A FORMAÇÃO DE EDUCADORES. TAMBÉM ATUA NA ASSESSORIA DE PROJETOS EDUCATIVOS E CULTURAIS E EM ATUALIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE CURRÍCULOS EM EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS. SUA PRODUÇÃO LITERÁRIA JÁ FOI HONRADA COM INDICAÇÃO E PREMIAÇÃO NO PRÊMIO JABUTI. PASCOAL FERNANDO FERRARI EDUCADOR, ESCRITOR, ATOR E DIRETOR TEATRAL. MESTRE EM ENSINO DE CIÊNCIAS (UNICSUL-SP), LICENCIADO EM PEDAGOGIA (UNICASTELO-SP) E EM PSICOLOGIA (UBC-SP), COM ESPECIALIZAÇÃO EM SOCIOLOGIA (FESPSP). É AUTOR DE DIVERSOS LIVROS DE ARTE, COM FOCO NA LINGUAGEM TEATRAL. TAMBÉM É ASSESSOR EM PROPOSTAS CURRICULARES, PESQUISADOR E DOCENTE UNIVERSITÁRIO NA ÁREA DE TEATRO. SUA PRODUÇÃO LITERÁRIA JÁ FOI HONRADA COM INDICAÇÃO E PREMIAÇÃO NO PRÊMIOJABUTI. CARLOS ELIAS KATER EDUCADOR, MUSICÓLOGO E COMPOSITOR. DOUTOR EM HISTÓRIA DA MÚSICA E MUSICOLOGIA PELA UNIVERSIDADE DE PARIS IV (SORBONNE) E PROFESSOR TITULAR PELA ESCOLA DE MÚSICA DA UFMG. FOI VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL (ABEM). É MEMBRO PERMANENTE DO CONSELHO ASSESSOR DA CÁTEDRA LIVRE DE PENSAMENTO PEDAGÓGICO MUSICAL LATINO-AMERICANO (UNIVERSIDAD NACIONAL DE LAS ARTES, BUENOS AIRES), CONFERENCISTA, CONSULTOR E AUTOR DE PUBLICAÇÕES SOBRE MUSICOLOGIA E EDUCAÇÃO MUSICAL CONTEMPORÂNEA. SUA PRODUÇÃO JÁ RECEBEU INDICAÇÃO AO PRÊMIO JABUTI. BRUNO FISCHER DIMARCH EDUCADOR, ESCRITOR, DANÇARINO E ARTISTA MULTIMÍDIA. MESTRE EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA (PUC-SP) E LICENCIADO EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA (FAMOSP-SP). FOI PROFESSOR EM ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS E EM UNIVERSIDADES. ATUOU COMO TÉCNICO E ASSESSOR EM SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO E COMO COORDENADOR DE ENSINO A DISTÂNCIA NA FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO. FOI CONSULTOR PEDAGÓGICO NA TV CULTURA DE SÃO PAULO E EDUCADOR EM AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES. SUA PRODUÇÃO JÁ FOI INDICADA AO PRÊMIO JABUTI. 1a edição, São Paulo, 2021 D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 1D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 1 30/07/21 17:2930/07/21 17:29 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 1D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 1 11/08/21 08:0311/08/21 08:03 2 APRESENTAÇÃO QUERIDO ESTUDANTE, VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR QUE VIVEMOS EM UM MUNDO REPLETO DE IMAGENS? QUE OUVIMOS SONS O TEMPO TODO? QUE FAZEMOS GESTOS E MOVIMENTOS PARA NOSSA COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO? A ARTE É UMA FORMA DE CRIAR IMAGENS, SONS, GESTOS E MOVIMENTOS. ELA É, TAMBÉM, UMA MANEIRA DE NÓS PERCEBERMOS O MUNDO AO NOSSO REDOR E DE NELE CRIARMOS FORMAS DE EXPRESSÃO. POR ISSO, TEMOS UM CONVITE PARA FAZER A VOCÊ: QUE TAL EMBARCAR COM A GENTE EM UMA AVENTURA PELO UNIVERSO DA ARTE, CONHECER ALGUNS ARTISTAS E DESCOBRIR DO QUE É FEITA A ARTE? ENTÃO, FICOU CURIOSO? APRENDER POR MEIO DA MÚSICA, DAS ARTES VISUAIS, DA DANÇA, DO TEATRO, DAS ARTES INTEGRADAS E AINDA CRIAR ARTE USANDO ESSES CONHECIMENTOS PODE SER UMA “ARTE-AVENTURA” INESQUECÍVEL! VAMOS NESSA? CONVIDE SEUS FAMILIARES TAMBÉM! OS AUTORES. ESTES ÍCONES INDICAM A FORMA COMO VOCÊ VAI REALIZAR AS PROPOSTAS DE ARTE: ORALMENTE EM GRUPO PARA CASA TECNOLOGIASDESENHO INVESTIGAÇÃO D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 3D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 3 08/07/21 17:1608/07/21 17:16 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 2o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Vanessa Alexandre Arte e Produção Vinícius Fernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Beatriz Mayumi, Bruna Ishihara, Caca França, Clau Souza, Claudia Marianno, Evandro Marenda, Ideário Lab, Jady Ferrari, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Simone Ziasch, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 2º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-477-3 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-478-0 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-487-2 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-488-9 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72362 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 2D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 2 30/07/21 17:2930/07/21 17:29 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 2D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 2 11/08/21 08:0411/08/21 08:04 3 APRESENTAÇÃO QUERIDO ESTUDANTE, VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR QUE VIVEMOS EM UM MUNDO REPLETO DE IMAGENS? QUE OUVIMOS SONS O TEMPO TODO? QUE FAZEMOS GESTOS E MOVIMENTOS PARA NOSSA COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO? A ARTE É UMA FORMA DE CRIAR IMAGENS, SONS, GESTOS E MOVIMENTOS. ELA É, TAMBÉM, UMA MANEIRA DE NÓS PERCEBERMOS O MUNDO AO NOSSO REDOR E DE NELE CRIARMOS FORMAS DE EXPRESSÃO. POR ISSO, TEMOS UM CONVITE PARA FAZER A VOCÊ: QUE TAL EMBARCAR COM A GENTE EM UMA AVENTURA PELO UNIVERSO DA ARTE, CONHECER ALGUNS ARTISTAS E DESCOBRIR DO QUE É FEITA A ARTE? ENTÃO, FICOU CURIOSO? APRENDER POR MEIO DA MÚSICA, DAS ARTES VISUAIS, DA DANÇA, DO TEATRO, DAS ARTES INTEGRADAS E AINDA CRIAR ARTE USANDO ESSES CONHECIMENTOS PODE SER UMA “ARTE-AVENTURA” INESQUECÍVEL! VAMOS NESSA? CONVIDE SEUS FAMILIARES TAMBÉM! OS AUTORES. ESTES ÍCONES INDICAM A FORMA COMO VOCÊ VAI REALIZAR AS PROPOSTAS DE ARTE: ORALMENTE EM GRUPO PARA CASA TECNOLOGIASDESENHO INVESTIGAÇÃO D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 3D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 3 08/07/21 17:1608/07/21 17:16 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo-SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br A Conquista – Arte – 2o ano (Ensino Fundamental – Anos Iniciais) Copyright © Solange dos Santos Utuari Ferrari, Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch, 2021 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Natalia Taccetti Edição Francisca Edilania de Brito Rodrigues (coord.) Leonardo de Sousa Klein Preparação e revisão de textos Viviam Moreira (sup.) Adriana Périco, Caline Devèze, Carina de Luca, Graziele Ribeiro Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.) Bruno Attili, Carolina Ferreira, Juliana Carvalho (capa) Imagem de capa Vanessa Alexandre Arte e Produção ViníciusFernandes (sup.) Alexandre Tallarico, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.), Marcelo dos Santos Saccomann (assist.) Diagramação YAN Comunicação Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Erika Nascimento, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Beatriz Mayumi, Bruna Ishihara, Caca França, Clau Souza, Claudia Marianno, Evandro Marenda, Ideário Lab, Jady Ferrari, Roberto Weigand, Sandra Lavandeira, Simone Ziasch, Vanessa Alexandre Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) A Conquista : arte : 2º ano : ensino fundamental : anos iniciais / Solange dos Santos Utuari Ferrari...[et al.]. – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2021. Outros autores: Pascoal Fernando Ferrari, Carlos Elias Kater, Bruno Fischer Dimarch Componente: Arte. ISBN 978-65-5742-477-3 (aluno – impresso) ISBN 978-65-5742-478-0 (professor – impresso) ISBN 978-65-5742-487-2 (aluno – digital em html) ISBN 978-65-5742-488-9 (professor – digital em html) 1. Arte (Ensino fundamental) I. Ferrari, Solange dos Santos Utuari. II. Ferrari, Pascoal Fernando. III. Kater, Carlos Elias. IV. Dimarch, Bruno Fischer. 21-72362 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 2D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23-AVU3.indd 2 30/07/21 17:2930/07/21 17:29 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 3D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 3 11/08/21 08:0411/08/21 08:04 ORGANIZAÇÃO DOS VOLUMES ⊲ VOCÊ JÁ VIU? Esta seção abre todos os volumes e objetiva realizar uma avaliação diag- nóstica dos conhecimentos esperados para o ano de ensino. Com base nessa sondagem, o professor pode definir seu planejamento anual, elaborando intervenções específicas para auxiliar os estudantes a resolverem possíveis faltas de pré-requisitos. ⊲ ABERTURA DA UNIDADE Trata-se de uma apresentação dinâmica e visual das ideias-chave propostas nos percursos de aprendi- zagem de cada unidade. As palavras- -chave e as imagens apresentam as linguagens artísticas e o vocabulário de arte a ser trabalhado. ⊲ ABERTURA DE CAPÍTULO Todo início de capítulo é compos- to de imagem e boxe com texto que provocam a interpretação e convida os estudantes a entrar no estudo dos sa- beres tratados no capítulo. A proposta não é explicar, mas mediar por meio da conversação e da provocação de ideias. É um momento que propicia a criação de situações interessantes de nutrição estética e escuta sensível. ⊲ DIÁLOGOS Nesta seção, são propostas relações entre arte e vida cotidiana. As cone- xões têm a preocupação de trazer te- mas contemporâneos como saúde, ética, educação ambiental, pluralidade cultural etc., além de estabelecer co- nexões interdisciplinares entre Arte e outros componentes curriculares. QUEM É? Apresenta os produtores de arte aos es- tudantes por meio de pequenas biografias desses artistas. BOXE CONCEITO Os principais conceitos trabalhados são apresentados em destaque para facilitar o estudo e a retomada durante a realização das atividades. GLOSSÁRIO O objetivo do glossário é sanar difi- culdades e enriquecer o vocabulário dos estudantes. Próximo ao texto aparecem palavras, possivelmente desconhecidas, e seu significado contextualizado. ESTA É A MINHA ARTE! Traz dicas de como realizar mostras e exposições presencias ou virtuais, visando apresentar as produções dos estudantes. 4 UNIDADE 2 • NO RITMO DA ARTE ........................... 54 3 ARTE, IDEIA E MOVIMENTO ............................................... 56 TEMPO E MOVIMENTO .............................................................................58 DIÁLOGOS | GEOGRAFIA • IMAGENS, SONS E LUGARES ........................... 62 OFICINA DE ARTE • JOGO DO TREM ......................................................... 64 ARTE-AVENTURA • MEU CORPO NO COMPASSO MUSICAL ...................... 66 ARTE EM PROJETOS • CANTANDO NO COMPASSO ..................................68 CIRANDAS E CIRANDEIROS .......................................................................70 DIÁLOGOS | HISTÓRIA • DESCOBRINDO CIRANDAS .................................. 72 OFICINA DE ARTE • VAMOS CIRANDAR? .................................................. 74 ARTE-AVENTURA • A CIRANDA É MINHA, É SUA E DE LIA! ...................... 75 ARTE EM PROJETOS • VAI E VOLTA NA CIRANDA ..................................... 76 4 VOZ, RITMO E BRINCADEIRA ............................................. 78 CANÇÃO: LETRA E MELODIA ....................................................................80 DIÁLOGOS | CIÊNCIAS DA NATUREZA • CUIDADOS COM A VOZ ............ 84 OFICINA DE ARTE • VAMOS CANTAR CANÇÕES DO MUNDO? ................. 86 ARTE-AVENTURA • O SOM É VIBRAÇÃO ................................................... 88 ARTE EM PROJETOS • VOCÊ É O INTÉRPRETE ........................................... 90 ARTE EM PROJETOS • CANTAR E CRIAR ................................................... 92 O CORPO NO RITMO DA BRINCADEIRA ...................................................94 DIÁLOGOS | EDUCAÇÃO FÍSICA • A MÚSICA E O CORPO ........................ 96 OFICINA DE ARTE • O RITMO E A COR DA BRINCADEIRA ......................... 98 ARTE-AVENTURA • PESQUISANDO E EXPERIMENTANDO BRINCADEIRAS ............................................................ 100 ARTE EM PROJETOS • CONSTRUIR E BRINCAR ........................................ 102 VAMOS RECORDAR? ................................................................106 o que aprendi neste ano ....................................... 108 REFERÊNCIAS COMENTADAS ......................................... 112 LEITURAS COMPLEMENTARES PARA O PROFESSOR .... 112 D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 5D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 5 08/07/21 17:1608/07/21 17:16 VA N ES SA A LE XA N DR E SUMÁRIO VOCÊ Ja VIU? ............................................................6 UNIDADE 1 • ARTE SE FAZ COM O QUÊ? .....8 1 ATELIÊ DE ARTE ...................................................... 10 MATÉRIAS DA ARTE .................................................................. 12 DIÁLOGOS | HISTÓRIA • MATERIAIS QUE VIRAM ARTE .............14 OFICINA DE ARTE • VAMOS CRIAR MATERIAIS E INVENTAR MANEIRAS DIFERENTES DE PINTAR? .............................................16 ARTE-AVENTURA • PINTAR SUA TERRA COM TERRA? ...............18 ARTE EM PROJETOS • ATELIÊ DE ARTE NA ESCOLA: DESENHO E PINTURA ...................................................................20 É TRIDIMENSIONAL! ................................................................. 22 DIÁLOGOS | MATEMÁTICA • MEDINDO SUA ESCULTURA ..........24 DIÁLOGOS | PATRIMÔNIO CULTURAL • ARTE LÁ FORA? ESSA ARTE É NOSSA! ...................................................................25 OFICINA DE ARTE • VAMOS MODELAR? ...................................26 ARTE-AVENTURA • DESCOBRINDO A ARTE PÚBLICA .................28 ARTE EM PROJETOS • ATELIÊ DE ARTE NA ESCOLA: ESCULTURAS ..30 2 MUNDO DAS COISAS ............................................32 FAZ DE CONTA QUE.................................................................. 34 DIÁLOGOS | CIÊNCIAS DA NATUREZA • BICHOS DO BRASIL ....36 OFICINA DE ARTE • DANÇANDO COM BRINQUEDOS ...............37 ARTE-AVENTURA • DANÇA E TEATRO EM MINHAS MÃOS ........38 ARTE EM PROJETOS • BRINCADANÇA ......................................40 TEATRO DE COISAS .................................................................. 42 DIÁLOGOS | EDUCAÇÃO AMBIENTAL • COISAS E ARTE! ......... 45 OFICINA DE ARTE • TEATRO DE PAPEL ..................................... 46 ARTE-AVENTURA • MEU TEATRO DE SOMBRAS ...................... 48 ARTE EM PROJETOS • TEATRO DE FORMAS ANIMADAS .......... 50 VAMOS RECORDAR? ...........................................................52D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 4D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 4 08/07/21 17:1608/07/21 17:16 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 4D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 4 11/08/21 08:0411/08/21 08:04 DESCUBRA MAIS Apresenta indicações de livros, sites, ví- deos, músicas etc., acompanhadas de uma breve sinopse. Tem por objetivo apoiar o desenvolvimento da competência leitora, complementar os assuntos abordados e ampliar o repertório linguístico e cultural dos estudantes. ⊲ OFICINA DE ARTE Seção que apresenta possibilidades para que os estudantes explorem, jo- guem, brinquem, interpretem, ence- nem, dancem, desenhem, pesquisem, experimentem, inventem, manipulem materialidades e resolvam problemas em diferentes situações no desafio de descobrir o fazer artístico. ⊲ ARTE-AVENTURA Para que haja criação, é fundamen- tal observar. Por isso, um dos convites desta seção é fazer pesquisas senso- riais para perceber imagens, sons e gestos na arte e na vida cotidiana. Nela, os estudantes podem explorar a realidade em que vivem e relacionar aos conhecimentos de Arte. ⊲ ARTE EM PROJETOS Nesta seção, são propostas diversas situações de ação criadora. São várias possibilidades de desafios para os es- tudantes que se ampliam em proje- tos mais aprofundados, explorando o que foi estudado e vivenciado nas diferentes situações de aprendizagem do capítulo. ⊲ VAMOS RECORDAR? Visando apoiar a avaliação proces- sual, esta seção foi organizada para que os estudantes possam fazer a re- visão de conceitos estudados na uni- dade. As atividades são certificadoras e dão parâmetro para o professor de quanto os estudantes avançaram na aprendizagem. ⊲ O QUE APRENDI NESTE ANO Ao final de cada volume, são apre- sentadas atividades que visam reto- mar os diagnósticos realizados ao lon- go do ano. Assim, o professor poderá analisar os avanços e os resultados obtidos acerca dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes. ⊲ REFERÊNCIAS COMENTADAS Apresenta referências bibliográfi- cas comentadas e complementares para pesquisa ou consulta. 5 UNIDADE 2 • NO RITMO DA ARTE ........................... 54 3 ARTE, IDEIA E MOVIMENTO ............................................... 56 TEMPO E MOVIMENTO .............................................................................58 DIÁLOGOS | GEOGRAFIA • IMAGENS, SONS E LUGARES ........................... 62 OFICINA DE ARTE • JOGO DO TREM ......................................................... 64 ARTE-AVENTURA • MEU CORPO NO COMPASSO MUSICAL ...................... 66 ARTE EM PROJETOS • CANTANDO NO COMPASSO ..................................68 CIRANDAS E CIRANDEIROS .......................................................................70 DIÁLOGOS | HISTÓRIA • DESCOBRINDO CIRANDAS .................................. 72 OFICINA DE ARTE • VAMOS CIRANDAR? .................................................. 74 ARTE-AVENTURA • A CIRANDA É MINHA, É SUA E DE LIA! ...................... 75 ARTE EM PROJETOS • VAI E VOLTA NA CIRANDA ..................................... 76 4 VOZ, RITMO E BRINCADEIRA ............................................. 78 CANÇÃO: LETRA E MELODIA ....................................................................80 DIÁLOGOS | CIÊNCIAS DA NATUREZA • CUIDADOS COM A VOZ ............ 84 OFICINA DE ARTE • VAMOS CANTAR CANÇÕES DO MUNDO? ................. 86 ARTE-AVENTURA • O SOM É VIBRAÇÃO ................................................... 88 ARTE EM PROJETOS • VOCÊ É O INTÉRPRETE ........................................... 90 ARTE EM PROJETOS • CANTAR E CRIAR ................................................... 92 O CORPO NO RITMO DA BRINCADEIRA ...................................................94 DIÁLOGOS | EDUCAÇÃO FÍSICA • A MÚSICA E O CORPO ........................ 96 OFICINA DE ARTE • O RITMO E A COR DA BRINCADEIRA ......................... 98 ARTE-AVENTURA • PESQUISANDO E EXPERIMENTANDO BRINCADEIRAS ............................................................ 100 ARTE EM PROJETOS • CONSTRUIR E BRINCAR ........................................ 102 VAMOS RECORDAR? ................................................................106 o que aprendi neste ano ....................................... 108 REFERÊNCIAS COMENTADAS ......................................... 112 LEITURAS COMPLEMENTARES PARA O PROFESSOR .... 112 D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 5D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 5 08/07/21 17:1608/07/21 17:16 VA N ES SA A LE XA N DR E SUMÁRIO VOCÊ Ja VIU? ............................................................6 UNIDADE 1 • ARTE SE FAZ COM O QUÊ? .....8 1 ATELIÊ DE ARTE ...................................................... 10 MATÉRIAS DA ARTE .................................................................. 12 DIÁLOGOS | HISTÓRIA • MATERIAIS QUE VIRAM ARTE .............14 OFICINA DE ARTE • VAMOS CRIAR MATERIAIS E INVENTAR MANEIRAS DIFERENTES DE PINTAR? .............................................16 ARTE-AVENTURA • PINTAR SUA TERRA COM TERRA? ...............18 ARTE EM PROJETOS • ATELIÊ DE ARTE NA ESCOLA: DESENHO E PINTURA ...................................................................20 É TRIDIMENSIONAL! ................................................................. 22 DIÁLOGOS | MATEMÁTICA • MEDINDO SUA ESCULTURA ..........24 DIÁLOGOS | PATRIMÔNIO CULTURAL • ARTE LÁ FORA? ESSA ARTE É NOSSA! ...................................................................25 OFICINA DE ARTE • VAMOS MODELAR? ...................................26 ARTE-AVENTURA • DESCOBRINDO A ARTE PÚBLICA .................28 ARTE EM PROJETOS • ATELIÊ DE ARTE NA ESCOLA: ESCULTURAS ..30 2 MUNDO DAS COISAS ............................................32 FAZ DE CONTA QUE.................................................................. 34 DIÁLOGOS | CIÊNCIAS DA NATUREZA • BICHOS DO BRASIL ....36 OFICINA DE ARTE • DANÇANDO COM BRINQUEDOS ...............37 ARTE-AVENTURA • DANÇA E TEATRO EM MINHAS MÃOS ........38 ARTE EM PROJETOS • BRINCADANÇA ......................................40 TEATRO DE COISAS .................................................................. 42 DIÁLOGOS | EDUCAÇÃO AMBIENTAL • COISAS E ARTE! ......... 45 OFICINA DE ARTE • TEATRO DE PAPEL ..................................... 46 ARTE-AVENTURA • MEU TEATRO DE SOMBRAS ...................... 48 ARTE EM PROJETOS • TEATRO DE FORMAS ANIMADAS .......... 50 VAMOS RECORDAR? ...........................................................52 D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 4D3-ART-F1-1101-V2-INICIAIS-001 a 005 -LA-G23.indd 4 08/07/21 17:1608/07/21 17:16 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 5D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 5 09/08/21 14:4809/08/21 14:48 OBJETIVOS • Conhecer obras artísticas e par- ticipar de momentos de fruição e leitura de imagem tendo como proposição o trabalho de Wassily Kandinsky, expressando suas hi- póteses interpretativas e opiniões, respeitando o ritmo do diálogo e o espaço de fala dos colegas. • Identificar e se expressar sobre o uso dos elementos visuais (pon- to, linha, forma, cor e espaço bi- dimensional) na produção artística de Wassily Kandinsky, relacionando com outras imagens que já apreciou e conhece. • Conversar sobre o processo de criação na arte ao identificar, sele- cionar e usar elementos de lingua- gem, materialidades e poéticas pes- soais. • Refletir sobre imagens de arte abstrata e de arte figurativa, dife- renciando as duas possibilidades de criação nas artes visuais. • Expressar-se oralmente sobre a percepção e o uso, em suas produ- ções, de elementos das linguagens artísticas, relacionando-os à vida co- tidiana. • Refletir sobre o processo criativo nas diversas linguagens artísticas (artes visuais, dança, teatro, música) e também na integração entre elas. • Expressar-se por meio da criação de movimentos dançados,gestos e sonoridades com o corpo a partir de uma imagem das artes visuais. • Utilizar elementos das artes vi- suais para criar em proposta de inte- gração com outras linguagens (mú- sica, dança e teatro). ROTEIRO DE AULA Nessa seção, propõe-se um momento para a avaliação diagnóstica. Na parte geral do Manual do Professor, no item Monitoramento da aprendizagem, há uma ficha que pretende auxiliar na cons- trução de indicadores que poderão dire- cionar o planejamento e o trabalho a ser realizado durante o ano escolar. Para a leitura de imagem trazemos a obra Composição VIII, de Wassily Kan- dinsky (1923). Perguntar aos estudantes o que veem e permitir que se expressem livremente. As respostas poderão variar entre a percepção dos elementos de lin- guagem (linhas, cores, formas e compo- sição) e a interpretação das formas de modo figurativo (parece o sol, parece uma cabana etc.). Com esta ação, po- de-se identificar como está a percepção dos estudantes acerca dos elementos de linguagem das artes visuais. Chamar a atenção para os elementos presentes na obra e como eles formam uma com- posição. Introduzir o conceito de arte abstrata a partir da conversa com os estudantes. 6 1 RELACIONE OS TIPOS DE LINHAS QUE ESTÃO NA PINTURA DE KANDINSKY AOS NOMES DELAS. 2. Resposta pessoal. Os estudantes podem desenhar linhas finas, grossas, curvas e retas. A) 2 QUAIS OUTRAS LINHAS VOCÊ IDENTIFICA NA PINTURA? ESCOLHA DUAS DELAS E DESENHE NO ESPAÇO A SEGUIR. LINHAS RETAS LINHAS CURVAS B) M US EU G UG G EN HE IM , B IZ KA IA , ES PA N HA /A KG -IM AG ES /A LB UM /F OT O AR EN A M US EU G UG G EN HE IM , B IZ KA IA , E SP AN HA /A KG -IM AG ES / AL BU M /F OT O AR EN A 5. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes recordem as experiências de criação de desenhos utilizando linhas, formas e cores para expressar as características do som, como altura, intensidade, duração e timbre. É importante lembrar que essa forma de expressão é pessoal, tendo em vista que ela parte da percepção e da imaginação de cada estudante. 3 QUAIS SÃO AS CORES E AS FORMAS QUE VOCÊ IDENTIFICA NESSA OBRA? A) CORES: B) FORMAS: 4 A PINTURA CRIADA POR WASSILY KANDINSKY É: FIGURATIVA ABSTRATA 5 IMAGINE E INVENTE SONS E MOVIMENTOS INSPIRADOS NESSA PINTURA. COMPARTILHE SUAS CRIAÇÕES COM OS COLEGAS. 6 QUE TAL SE EXPRESSAR EM UMA FOLHA AVULSA USANDO LINHAS, FORMAS E CORES? SERÁ QUE SUA ARTE TAMBÉM PROVOCARÁ A IMAGINAÇÃO DE SONS E MOVIMENTOS? X Espera-se que os estudantes identifiquem as cores vermelho, amarelo, azul, verde, cinza etc. Espera-se que os estudantes identifiquem círculos, triângulos, quadrados, retângulos etc. Resposta pessoal. A proposta aqui é avaliar saberes prévios em relação aos elementos constitutivos das diferentes linguagens da arte de forma integrada. 7 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 7D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 7 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 ⊳ COMPOSIÇÃO VIII, DE WASSILY KANDINSKY, 1923. ÓLEO SOBRE TELA, 1,40 M x 2,01 M. WASSILY KANDINSKY (1866-1944) NASCEU NA RÚSSIA E FOI UM DOS PRINCIPAIS ARTISTAS DO MOVIMENTO DE ARTE ABSTRATA. DEIXE SEU OLHAR PASSEAR PELA PINTURA NOVAMENTE. DEPOIS, REALIZE AS PROPOSTAS A SEGUIR. ARTE ABSTRATA É AQUELA COMPOSTA SEM A INTENÇÃO DE IMITAR AS FORMAS DO MUNDO REAL. OS ARTISTAS PODEM USAR FORMAS GEOMÉTRICAS, ORGÂNICAS OU COMBINAR ESSAS FORMAS EM SUAS CRIAÇÕES. ESSE ARTISTA CONSIDERAVA POSSÍVEL IMAGINAR MOVIMENTOS E SONS AO CRIAR E APRECIAR PINTURAS. VOCÊ CONCORDA COM ELE? VOCÊ GOSTA DE DESENHAR, CANTAR, DANÇAR, CRIAR PERSONAGENS E SE MOVIMENTAR? PARA CRIAR ARTE, VOCÊ PRECISA CONHECER E USAR OS ELEMENTOS DE CADA LINGUAGEM ARTÍSTICA. ENTÃO, VAMOS RELEMBRAR O QUE VOCÊ JÁ APRENDEU SOBRE ISSO? OBSERVE A OBRA DO PINTOR WASSILY KANDINSKY. M US EU G UG G EN HE IM , B IZ KA IA , E SP AN HA /A KG -IM AG ES /A LB UM /F OT O AR EN A O uso de unidade de medida com letras maiúsculas é uma escolha didática, tendo em vista que os estudantes estão em processo de alfabetização. 6 AVALIAÇÃO INICIALAVALIAÇÃO INICIAL VOCE ^ JA VIU? D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 6D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 6 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 6D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 6 09/08/21 14:4809/08/21 14:48 Na atividade 1, instigar os estudantes a identificarem linhas retas e curvas na obra de Kandinsky e também à sua volta. Na atividade 2, eles poderão identificar li- nhas mais grossas e mais finas, linhas colo- ridas ou sombreadas na pintura. Na ativi- dade 3, verificar a quantidade de cores e formas que eles reconhecem na imagem. Na atividade 4, salientar a oposição entre obra de arte figurativa e abstrata. Na ati- vidade 5, observar como eles acionam os processos de tradução intersemiótica par- tindo das artes visuais para as linguagens da música, do teatro e da dança por meio de sons e movimentos. Não há parâmetros definidos para esta ação, sendo relevan- te instigar a exploração e a inventividade dos estudantes. Na atividade 6, espera- -se que eles utilizem os elementos consti- tutivos da linguagem das artes visuais para expressar a percepção e a imaginação de sons, explorando saberes adquiridos sobre suas características (altura, intensidade, duração e timbre). É esperado que façam relações entre as linhas, formas e cores de seus desenhos com as possibilidades de realizar movimentos retos, sinuosos, aber- tos, fechados e em diferentes velocidades. Ao final, propor uma roda de conversa e incentivar a comentar quais formas e imagens impulsionaram seus sons, gestos e movimentos. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Nesse momento de avaliação diagnóstica, propõe-se olhar para as várias linguagens artísticas. Além disso, é importante ouvir os relatos dos estudantes e criar mais situa- ções avaliativas em que o corpo es- teja presente, principalmente quando houver propostas com dança, teatro, música, performance e outras lin- guagens. Assim, será possível ava- liar mais aspectos e refletir sobre os objetivos. Ao longo do Manual do Professor, há sugestões para realizar registros e produções em diversas lin- guagens, subsídios estes que podem ser usados para a criação de portfó- lios físicos e/ou eletrônicos e de ca- dernos de artista (diário de bordo do estudante) que serão importantes em outros momentos de avaliação. Esses materiais podem ser produzidos com a ajuda dos familiares e, também, compartilhados com eles. O volume 2 tem por foco o estudo da materialidade nas linguagens de Arte, ou seja, os materiais, os objetos, as ferramentas e os procedimentos do fazer artístico. Os estudantes poderão articular os saberes relacionados aos elementos das linguagens artísticas com a materialidade da arte. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR VÍDEO • WASSILY Kandinsky “compo- sition no 8” & Claude Debussy “Petit suite”. Vídeo (54s). Disponível em: https://youtu.be/0Kpl4B1J9sk. Acesso em: 19 jul. 2021. Vídeo em animação realizado por Sylwia Kołowacik que explora os ele- mentos visuais da obra de Kandinsky e a sonoridade da obra de Claude Debussy. Pesquisar mais animações como essa para apresentar aos es- tudantes. Há algumas realizadas por Bauhaus Movement. LIVRO • HOFFMANN, Jussara. Avalia- ção: mito & desafio: uma perspectiva construtivista. 34. ed. Porto Alegre: Me- diação, 2004. Trata-se de uma obra que discute a avaliação mediadora nos diferentes segmentos de ensino. 7 1 RELACIONE OS TIPOS DE LINHAS QUE ESTÃO NA PINTURA DE KANDINSKY AOS NOMES DELAS. 2. Resposta pessoal. Os estudantes podem desenhar linhas finas, grossas, curvas e retas. A) 2 QUAIS OUTRAS LINHAS VOCÊ IDENTIFICA NA PINTURA? ESCOLHA DUAS DELAS E DESENHE NO ESPAÇO A SEGUIR. LINHAS RETAS LINHAS CURVAS B) M US EU G UG G EN HE IM , B IZ KA IA , ES PA N HA /A KG -IMAG ES /A LB UM /F OT O AR EN A M US EU G UG G EN HE IM , B IZ KA IA , E SP AN HA /A KG -IM AG ES / AL BU M /F OT O AR EN A 5. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes recordem as experiências de criação de desenhos utilizando linhas, formas e cores para expressar as características do som, como altura, intensidade, duração e timbre. É importante lembrar que essa forma de expressão é pessoal, tendo em vista que ela parte da percepção e da imaginação de cada estudante. 3 QUAIS SÃO AS CORES E AS FORMAS QUE VOCÊ IDENTIFICA NESSA OBRA? A) CORES: B) FORMAS: 4 A PINTURA CRIADA POR WASSILY KANDINSKY É: FIGURATIVA ABSTRATA 5 IMAGINE E INVENTE SONS E MOVIMENTOS INSPIRADOS NESSA PINTURA. COMPARTILHE SUAS CRIAÇÕES COM OS COLEGAS. 6 QUE TAL SE EXPRESSAR EM UMA FOLHA AVULSA USANDO LINHAS, FORMAS E CORES? SERÁ QUE SUA ARTE TAMBÉM PROVOCARÁ A IMAGINAÇÃO DE SONS E MOVIMENTOS? X Espera-se que os estudantes identifiquem as cores vermelho, amarelo, azul, verde, cinza etc. Espera-se que os estudantes identifiquem círculos, triângulos, quadrados, retângulos etc. Resposta pessoal. A proposta aqui é avaliar saberes prévios em relação aos elementos constitutivos das diferentes linguagens da arte de forma integrada. 7 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 7D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 7 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 ⊳ COMPOSIÇÃO VIII, DE WASSILY KANDINSKY, 1923. ÓLEO SOBRE TELA, 1,40 M x 2,01 M. WASSILY KANDINSKY (1866-1944) NASCEU NA RÚSSIA E FOI UM DOS PRINCIPAIS ARTISTAS DO MOVIMENTO DE ARTE ABSTRATA. DEIXE SEU OLHAR PASSEAR PELA PINTURA NOVAMENTE. DEPOIS, REALIZE AS PROPOSTAS A SEGUIR. ARTE ABSTRATA É AQUELA COMPOSTA SEM A INTENÇÃO DE IMITAR AS FORMAS DO MUNDO REAL. OS ARTISTAS PODEM USAR FORMAS GEOMÉTRICAS, ORGÂNICAS OU COMBINAR ESSAS FORMAS EM SUAS CRIAÇÕES. ESSE ARTISTA CONSIDERAVA POSSÍVEL IMAGINAR MOVIMENTOS E SONS AO CRIAR E APRECIAR PINTURAS. VOCÊ CONCORDA COM ELE? VOCÊ GOSTA DE DESENHAR, CANTAR, DANÇAR, CRIAR PERSONAGENS E SE MOVIMENTAR? PARA CRIAR ARTE, VOCÊ PRECISA CONHECER E USAR OS ELEMENTOS DE CADA LINGUAGEM ARTÍSTICA. ENTÃO, VAMOS RELEMBRAR O QUE VOCÊ JÁ APRENDEU SOBRE ISSO? OBSERVE A OBRA DO PINTOR WASSILY KANDINSKY. M US EU G UG G EN HE IM , B IZ KA IA , E SP AN HA /A KG -IM AG ES /A LB UM /F OT O AR EN A O uso de unidade de medida com letras maiúsculas é uma escolha didática, tendo em vista que os estudantes estão em processo de alfabetização. 6 AVALIAÇÃO INICIALAVALIAÇÃO INICIAL VOCE ^ JA VIU? D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 6D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 6 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 7D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 7 11/08/21 08:0511/08/21 08:05 INTRODUÇÃO À UNIDADE Nesta unidade, são explorados os campos conceituais de forma e con- teúdo (elementos de linguagem), ma- terialidade e processo de criação. As linguagens artísticas são apresentadas em diferentes tempos e contextos, mostrando que os artistas escolhem materialidades específicas diante de suas intenções poéticas e a arte pode ser feita com tinta, argila, pedra, me- tal, madeira, com o próprio corpo e até mesmo com brinquedos e outros obje- tos do cotidiano. As situações de aprendizagem des- ta unidade propõem a nutrição esté- tica, com momentos de apreciação artística das imagens apresentadas, e têm como princípio a mediação cultu- ral, que objetiva proporcionar aprecia- ção, fruição, estesia, reflexão e análise de imagens, espetáculos cênicos, entre outras produções artísticas e culturais, bem como a pesquisa sensorial com investigação, experimentações, obser- vações e leituras de mundo que propi- ciam relações entre a arte e a vida. A ação criadora coloca os estudan- tes em situações de experimentação de materialidades, processos e proce- dimentos artísticos, e propicia situa- ções em que eles podem investigar, além das técnicas, sistemas de lingua- gem e materialidades, relacionando- -os à sua poética pessoal. Os conceitos em foco nesta unida- de são: arte contemporânea; materia- lidades; linha e forma; tintas e cores; materialidades da natureza; pintura efêmera; dimensões e formatos; arte pública; escultura e modelagem; arte bidimensional e tridimensional; for- mas de registros; processo de criação; criação de ateliê; arte brasileira; mani- festações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais; arte e cultura de povos indígenas brasileiros; objetos cênicos; dança com objetos; coreo- grafia; dedoche; teatro de sombras; teatro de formas animadas; improvi- sação teatral; criação de personagens. ⊲ OBJETIVOS PEDAGÓGICOS • Participar de momentos de fruição com leitura de textos poéticos e de imagens, com foco na investigação de materialidades e elementos das diversas linguagens artísticas, expres- sando suas hipóteses interpretativas e opiniões respeitando o ritmo do diálo- go e o espaço de fala dos colegas. • Identificar e usar em suas produções elementos de linguagem das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, textura, espaço e luz); da dança e do teatro (movimentos, gestos e expressões corporais). • Criar com autonomia, criatividade e poética em diferentes linguagens, per- cebendo e escolhendo materialidades disponíveis na natureza ou reutilizando objetos e materiais, incluindo a expe- riência de mobilização de recursos para preparar um ateliê na escola. • Identificar, explorar e escolher dife- rentes materialidades para se expressar em diversas expressões artísticas como desenho, pintura, escultura, dança, tea- tro, contação de histórias, entre outras. • Refletir e conversar a respeito das manifestações artísticas que mais gos- tam de expressar, percebendo inclusive o potencial expressivo do corpo ao criar movimentos dançados, ao participar de jogos teatrais, ao cantar e criar percus- são corporal, entre outras. • Realizar pesquisas acerca de elemen- tos de linguagem, materialidades, pro- 8 ARTE INDÍGENA COISAS E ARTE PINTURA ESCULTURA MUSEU BRITÂNICO, LONDRES/ UNIVERSAL IMAGES GROUP/ GETTY IMAGES DU DU M AC ED O / F OT OA RE NA © JE FF /K O O N SC HR IS TO PH ER H O LT /A LA M Y /F OT O AR EN A 15 23 32 10 RUNE HE LLESTAD/CORBIS/GETTY IMAGESLUZ E SOMBRA 48 PI A FR AU S. IL US TR AÇ ÃO : R O BE RT O W EI G AN D 99 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 9D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 9 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 CAPÍTULO 1 • ATELIÊ DE ARTE CAPÍTULO 2 • MUNDO DAS COISAS QUAIS MATERIAIS PODEMOS USAR PARA FAZER ARTE? O QUE ESCOLHER PARA DESENHAR, PINTAR, ESCULPIR E MODELAR? TERRA, PEDRA, METAL, MADEIRA? NOSSO CORPO? EM QUE LUGAR PODEMOS FAZER UM ATELIÊ? É PRECISO APRENDER A TRANSFORMAR E TAMBÉM A CRIAR COM MUITA IMAGINAÇÃO! COM QUANTAS COISAS SE FAZ ARTE! 1. VAMOS PROCURAR ESTAS IMAGENS NO LIVRO? ESCREVA, NO QUADRINHO PERTO DE CADA IMAGEM, O NÚMERO DA PÁGINA EM QUE VOCÊ A ENCONTROU. SA N DR A LA VA N DE IR A ATELIÊ DE ARTE 20 88 1 ARTE SE FAZ COM O QUÊ? unidade D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 8D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 8 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 8D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 8 09/08/21 14:4809/08/21 14:48 cessos de criação, percepções sensoriais, estabelecendo relações entre arte, cul- tura e vida cotidiana. • Expressar-se oralmente sobre suas experiências com linguagens artísticas, vivenciadas na escola e com a família. • Conhecer artistas e suas produções em diferentes linguagens, materialida- des e processos, ampliando repertórios e valorizando patrimônios culturais na- cionais e internacionais, incluindo as manifestações artísticas de povos indí- genas brasileiros e a arte pública. ⊲ PRÉ-REQUISITOS PEDAGÓGICOS Sondar seos estudantes conhecem elementos constitutivos das diferentes linguagens artísticas trabalhadas na unidade: artes visuais, dança e teatro. Além disso, é importante saber se os estudantes já experimentaram diversas materialidades em brincadeiras na es- cola e fora dela. O registro da conversa pode ser feito em material exclusivo do professor e também nos cadernos de artista dos estudantes. ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacida- de de simbolizar e o repertório ima- gético. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Esta abertura de unidade propõe um jogo em clima de “caça ao tesouro”. Orientar os estudantes, inicialmente, a observar as imagens apresentadas em momento de nutrição estética e roda de conversa. Propor que se expressem oralmente criando hipóteses sobre as imagens e as palavras. A proposta é de expressão oral, mas também de desenvolvimento da leitura e escrita. O objetivo é apresentar os saberes e os vocabulários de Arte. Orientar que folheiem o livro e pro- curem essas imagens, ajudando-os a anotar o número da página em que a imagem aparece. Pode ser necessá- rio resgatar os saberes em numeracia (escrever o algarismo e compreender o que significam numerações em pá- ginas). Perguntar aos estudantes sobre as suas primeiras impressões ao folhear o livro e perceber o que será estudado. ⊲ PNA • Conhecimento alfabético A atividade possibilita a leitura das palavras e expressões que acompa- nham as imagens. • Noções de números e operações A atividade trabalha com o traçado de algarismos e apresenta um uso dos números em seu contexto: ordenação das páginas do livro. 9 ARTE INDÍGENA COISAS E ARTE PINTURA ESCULTURA MUSEU BRITÂNICO, LONDRES/ UNIVERSAL IMAGES GROUP/ GETTY IMAGES DU DU M AC ED O / F OT OA RE NA © JE FF /K O O N SC HR IS TO PH ER H O LT /A LA M Y /F OT O AR EN A 15 23 32 10 RUNE HE LLESTAD/CORBIS/GETTY IMAGESLUZ E SOMBRA 48 PI A FR AU S. IL US TR AÇ ÃO : R O BE RT O W EI G AN D 99 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 9D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 9 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 CAPÍTULO 1 • ATELIÊ DE ARTE CAPÍTULO 2 • MUNDO DAS COISAS QUAIS MATERIAIS PODEMOS USAR PARA FAZER ARTE? O QUE ESCOLHER PARA DESENHAR, PINTAR, ESCULPIR E MODELAR? TERRA, PEDRA, METAL, MADEIRA? NOSSO CORPO? EM QUE LUGAR PODEMOS FAZER UM ATELIÊ? É PRECISO APRENDER A TRANSFORMAR E TAMBÉM A CRIAR COM MUITA IMAGINAÇÃO! COM QUANTAS COISAS SE FAZ ARTE! 1. VAMOS PROCURAR ESTAS IMAGENS NO LIVRO? ESCREVA, NO QUADRINHO PERTO DE CADA IMAGEM, O NÚMERO DA PÁGINA EM QUE VOCÊ A ENCONTROU. SA N DR A LA VA N DE IR A ATELIÊ DE ARTE 20 88 1 ARTE SE FAZ COM O QUÊ? unidade D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 8D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 8 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 9D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 9 09/08/21 14:4809/08/21 14:48 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR24) Caracterizar e experi- mentar brinquedos, brincadeiras, jo- gos, danças, canções e histórias de di- ferentes matrizes estéticas e culturais. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Papel, tinta, terra, pedra, lápis, ferro, corpo, som: materiais que formam a arte. Com quantos materiais se pode fazer arte e quais procedimentos podem ser utiliza- dos? São infinitas as possibilidades. Pen- sar com os estudantes as diversas possibi- lidades das materialidades que dão corpo à arte. Se possível, levar materiais diver- sos para eles manusearem e sentirem o peso, o cheiro, a maleabilidade, a tem- peratura, entre outros aspectos físicos de cada um deles. Fazer uma sondagem sobre as noções dos estudantes acerca das materialida- des da arte. Focar na imagem de abertu- ra do capítulo. Conversar e estimular os estudantes a expressarem suas hipóteses interpretativas sobre materialidades, for- mas, cores e a temática apresentadas na montagem de ilustração com esculturas em cerâmica feitas pelos karajás. Levantar os conhecimentos prévios dos estudantes e sensibilizá-los para o estudo desta unidade por meio da exploração das perguntas feitas nas páginas iniciais. Em roda de conversa, perguntar se eles 10 VENHA MATERIALIZAR! TUDO O QUE EXISTE NO MUNDO É FEITO DE ALGUMA COISA. JÁ REPAROU NISSO? ÁGUA, TINTA, CORPO, PAPEL, PLÁSTICO, PLANTA, PEDRA, BARRO, METAL. NA HORA DE CRIAR ARTE, USAMOS DIVERSOS MATERIAIS. QUAL ESCOLHER? COMO FAZER? VAMOS DESCOBRIR MAIS! DUDU MACEDO / FOTOARENA, ILUSTRAÇÃO: BEATRIZ MAYUMI 11 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 11D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 11 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 ATELIÊ DE ARTE MONTAGEM DE ILUSTRAÇÃO COM CONJUNTO ▼ DE ESCULTURAS DE BONECAS E OUTRAS REPRESENTAÇÕES DA ETNIA KARAJÁ. 10 1 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 10D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 10 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 10D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 10 09/08/21 14:4809/08/21 14:48 já utilizaram materiais disponíveis na natureza para fazer arte: O que vocês já criaram? Que materiais usa- ram? O que mais gostaram de fa- zer? Conversar sobre as experiências com esses materiais e questionar por que gostaram. Comentar as diferen- ças entre as preferências e valorizar a individualidade. O modo de fazer as bonecas ka- rajás, que na língua indígena desse povo são conhecidas como Ritxòkò, é patrimônio imaterial. Esse costume que marca a identidade dos Karajá ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Sondar os conhecimentos prévios dos estudantes em relação aos sabe- res aqui propostos e quais trajetos se- rão interessantes seguir. Além disso, combinar com eles os materiais e procedimentos que po- dem ajudar a compor um caderno in- dividual de registros, um “caderno de artista”. Explicar a eles que vários ar- tistas costumam ter diários de anota- ções para registrar suas descobertas, pesquisas, dúvidas, modos de criar e outras experiências no aprender sobre arte. Este material pode ter participa- ções dos familiares. Outra proposta é fazer combinados sobre que materiais podem compor um portfólio coletivo, material que registre e conte sobre as arte-aventuras da turma. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR LIVRO • DEWEY, John. Arte como expe- riência. São Paulo: Martins Fontes, 2010. (Série Todas as Artes). Essa obra é um marco no estudo da experiência estética no Brasil, influen- ciando pesquisas e ações mediadoras em museus e escolas. SITE • RIZZI, Christina. Contemporanei- dade (mas não onipotência) do sistema de leitura deobra de arte Image Watching. Instituto Arte na Escola, 3 dez. 2012. Disponível em: http:// artenaescola.org.br/sala-de-leitura/ artigos/artigo.php?id=69322. Acesso em: 19 jul. 2021. O intuito desse texto é partilhar com outros professores uma expe- riência muito significativa a respeito do ensino da leitura de imagens. é feito com três materialidades básicas: argila, cinza e água. A boneca é modelada, queima- da e pintada geralmente nas cores preta e ver- melha. Os desenhos seguem padronagens que encontramos também nas pinturas corporais desse povo. 11 VENHA MATERIALIZAR! TUDO O QUE EXISTE NO MUNDO É FEITO DE ALGUMA COISA. JÁ REPAROU NISSO? ÁGUA, TINTA, CORPO, PAPEL, PLÁSTICO, PLANTA, PEDRA, BARRO, METAL. NA HORA DE CRIAR ARTE, USAMOS DIVERSOS MATERIAIS. QUAL ESCOLHER? COMO FAZER? VAMOS DESCOBRIR MAIS! DUDU MACEDO / FOTOARENA, ILUSTRAÇÃO: BEATRIZ MAYUMI 11 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 11D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 11 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 ATELIÊ DE ARTE MONTAGEM DE ILUSTRAÇÃO COM CONJUNTO ▼ DE ESCULTURAS DE BONECAS E OUTRAS REPRESENTAÇÕES DA ETNIA KARAJÁ. 10 1 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 10D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 10 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU2.indd 11D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU2.indd 11 11/08/21 14:3511/08/21 14:35 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69322 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69322 https://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69322 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas. ORGANIZE-SE Pedir aos estudantes que tragam os ca- dernos de artista e riscadores para fazer anotações em forma de desenho, cola- gem, texto, número, entre outras possibi- lidades. ROTEIRO DE AULA É importante propor aos estudantes momentos de nutrição estética com lei- tura e fruição das imagens apresentadas nesta coleção. Mostrar aos estudantes a obra de Alice Haibara, pedindo a eles que descrevam o que estão vendo. Fa- zer perguntas mediadoras como: Vocês percebem as diferenças entre as crianças representadas? O que torna cada criança única (singular)? Depois, perguntar quais materiais Haibara teria usado para fazer seu desenho. 12 Apesar de as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinarem outra regra, optamos por usar a ordem direta AGORA, ACOMPANHE A LEITURA DO POEMA COM O PROFESSOR. DESCUBRA MAIS • POEMAS QUE ESCOLHI PARA CRIANÇAS, DE RUTH ROCHA. SÃO PAULO: SALAMANDRA, 2013. A ESCRITORA RUTH ROCHA SE JUNTOU COM MARIANA, SUA FILHA, PARA ESCOLHER OS POEMAS QUE ELAS MAIS ADORAM. ELAS REUNIRAM ESSES POEMAS NESSE LIVRO QUE ESTÁ RICAMENTE ILUSTRADO. ATELIÊ DE ARTE É UM LUGAR PARA CRIAR E CONVIVER COM TRABALHOS ARTÍSTICOS. A ORGANIZAÇÃO DE UM ATELIÊ E OS MATERIAIS QUE ESTÃO NELE DEPENDEM DO QUE SE QUER CRIAR E DE COMO ISSO SERÁ FEITO! 2. Resposta pessoal. Espera-se coisas: o leite é feito pela vaca ao ingerir água e mato, a abelha produz o mel a partir do voo até as flores etc. que os estudantes identifiquem que o poema apresenta como a natureza é composta de uma mistura de diversas CRIANÇA DE ÁGUA E MATO A VACA FAZ O LEITE DE FLOR E VOO A ABELHA FAZ O MEL DE MILHO E PENA O GALO FAZ O CANTO DE FOLHA E TERRA A PLANTA FAZ A FLOR. UMA CRIANÇA, COM SEU CORPO E ALMA, SE FAZ DE AMOR, AMOR, AMOR, AMOR... RENATA PALLOTTINI. CRIANÇA. EM: RUTH ROCHA. POEMAS QUE ESCOLHI PARA CRIANÇAS. SÃO PAULO: SALAMANDRA, 2013. P. 54. 2. RELEIA O POEMA COM O PROFESSOR. QUAL É A IDEIA PRINCIPAL DO TEXTO? QUAIS SÃO OS LUGARES E OS MATERIAIS PARA CRIAR ARTE? VOCÊ SABE O QUE É UM ATELIÊ DE ARTE? AN DREA EBERT obra, para apoiar o processo de leitura dos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental. dos nomes dos autores nas referências desta 13 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 13D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 13 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 MATÉRIAS DA ARTE Resposta pessoal. Incentivar a participação dos estudantes na discussão. 1. “TUDO O QUE EXISTE NO MUNDO É FEITO DE ALGUMA COISA.” O QUE VOCÊ ACHA DESSA IDEIA? CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR SOBRE ISSO. ALICE HAIBARA É UMA ARTISTA QUE PINTA USANDO TINTAS FEITAS COM TERRA. ELA GOSTA DE ESTUDAR COMO AS CRIANÇAS INDÍGENAS BRINCAM, CANTAM E DANÇAM. AL IC E HA IB AR A ACERVO PESSOAL OBSERVE ESTA PINTURA FEITA POR ALICE HAIBARA. A TERRA, PLANETA EM QUE VIVEMOS, NOS DÁ MUITAS COISAS: ÁGUA, TERRA, AR E FOGO, QUE SÃO OS ELEMENTOS DA NATUREZA! NOSSO PLANETA TAMBÉM NOS OFERECE LUGAR PARA MORAR, ALIMENTOS E ATÉ TINTAS PARA PINTAR! ⊳ ONDE MORA UM CORAÇÃO MENINO, DE ALICE HAIBARA. PINTURA EM TERRA E AMIDO DE MILHO SOBRE TECIDO, 25 CM x 35 CM. 12 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 12D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 12 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 12D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 12 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 Após levantarem suas hipóteses in- terpretativas, dizer que ela usou, em suporte de tecido, uma tinta feita com terra (pigmento) e amido de milho (aglutinante), trabalhados com uma téc- nica especial, para fazer o desenho. Eles conseguem identificar a cor dos mate- riais usados na obra? Perguntar: Por que a artista teria usado esses materiais? Te- riam algum significado? Pedir que observem, também, os ele- mentos constitutivos da imagem e chamar a atenção deles sobre como a artista ex- plorou linhas, formas e cores. Na atividade 1, em roda de conversa, estimular os estudantes a refletirem sobre a frase “Tudo o que existe no mundo é feito de alguma coisa”. Inicialmente, dar alguns exemplos e depois pedir outros a eles. Ler o poema de Renata Pallottini com os estudantes. Auxiliá-los na entonação, nas pausas e na expressão. Na atividade 2, reler o poema com os estudantes, identificando, em conjunto, as ideias de cada verso. Ao final, auxiliá-los a che- gar à conclusão de que o texto trata de que as coisas são feitas de misturas de outras coisas. Ler o texto da página 13 e, por meio das perguntas mediadoras, en- fatizar a questão da materialidade na ação criadora. ⊲ PNA • Fluência em leitura oral A atividade 2 permite que os es- tudantes desenvolvam a leitura com compreensão clara ao propor a inter- venção do professor na explicitação de aspectos importantes como ento- nação, pausas e expressão clara du- rante a leitura. • Compreensão de textos A atividade 2 permite que os es- tudantes identifiquem a ideia prin- cipal do texto com o intermédio do professor. • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ +IDEIAS Em situações de leiturade imagens, seguir a proposta de Robert William Ott (1997), que indica seis proposi- ções ao ler uma imagem: situações de aprendizagem para criar momentos de aquecimento e mais cinco passos para proporcionar experiências ao descrever, analisar, interpretar, funda- mentar e revelar. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Sobre o portfólio, propor que sua construção explore as linguagens de- senvolvidas no percurso. Nas artes vi- suais, podemos compor este material com imagens que contam a relação dos estudantes no encontro significa- tivo com obras de arte, explorando na sua confecção materiais que fizeram parte da proposta do fazer artístico das obras observadas. Nos registros dos estudantes, perceber se os con- ceitos abordados estão evidentes. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR Conheça mais trabalhos e projetos de Alice Haibara em: SITE • ARTE Terra Cor – Pintura com terra. Disponível em: https://arteterracor. wordpress.com/. Acesso em: 19 jul. 2021. Em sua página, a artista Alice Hai- bara traz informações sobre a pintura com terra, arteterapia, oficinas e mais. 13 Apesar de as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinarem outra regra, optamos por usar a ordem direta AGORA, ACOMPANHE A LEITURA DO POEMA COM O PROFESSOR. DESCUBRA MAIS • POEMAS QUE ESCOLHI PARA CRIANÇAS, DE RUTH ROCHA. SÃO PAULO: SALAMANDRA, 2013. A ESCRITORA RUTH ROCHA SE JUNTOU COM MARIANA, SUA FILHA, PARA ESCOLHER OS POEMAS QUE ELAS MAIS ADORAM. ELAS REUNIRAM ESSES POEMAS NESSE LIVRO QUE ESTÁ RICAMENTE ILUSTRADO. ATELIÊ DE ARTE É UM LUGAR PARA CRIAR E CONVIVER COM TRABALHOS ARTÍSTICOS. A ORGANIZAÇÃO DE UM ATELIÊ E OS MATERIAIS QUE ESTÃO NELE DEPENDEM DO QUE SE QUER CRIAR E DE COMO ISSO SERÁ FEITO! 2. Resposta pessoal. Espera-se coisas: o leite é feito pela vaca ao ingerir água e mato, a abelha produz o mel a partir do voo até as flores etc. que os estudantes identifiquem que o poema apresenta como a natureza é composta de uma mistura de diversas CRIANÇA DE ÁGUA E MATO A VACA FAZ O LEITE DE FLOR E VOO A ABELHA FAZ O MEL DE MILHO E PENA O GALO FAZ O CANTO DE FOLHA E TERRA A PLANTA FAZ A FLOR. UMA CRIANÇA, COM SEU CORPO E ALMA, SE FAZ DE AMOR, AMOR, AMOR, AMOR... RENATA PALLOTTINI. CRIANÇA. EM: RUTH ROCHA. POEMAS QUE ESCOLHI PARA CRIANÇAS. SÃO PAULO: SALAMANDRA, 2013. P. 54. 2. RELEIA O POEMA COM O PROFESSOR. QUAL É A IDEIA PRINCIPAL DO TEXTO? QUAIS SÃO OS LUGARES E OS MATERIAIS PARA CRIAR ARTE? VOCÊ SABE O QUE É UM ATELIÊ DE ARTE? AN DREA EBERT obra, para apoiar o processo de leitura dos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental. dos nomes dos autores nas referências desta 13 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 13D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 13 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 MATÉRIAS DA ARTE Resposta pessoal. Incentivar a participação dos estudantes na discussão. 1. “TUDO O QUE EXISTE NO MUNDO É FEITO DE ALGUMA COISA.” O QUE VOCÊ ACHA DESSA IDEIA? CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR SOBRE ISSO. ALICE HAIBARA É UMA ARTISTA QUE PINTA USANDO TINTAS FEITAS COM TERRA. ELA GOSTA DE ESTUDAR COMO AS CRIANÇAS INDÍGENAS BRINCAM, CANTAM E DANÇAM. AL IC E HA IB AR A ACERVO PESSOAL OBSERVE ESTA PINTURA FEITA POR ALICE HAIBARA. A TERRA, PLANETA EM QUE VIVEMOS, NOS DÁ MUITAS COISAS: ÁGUA, TERRA, AR E FOGO, QUE SÃO OS ELEMENTOS DA NATUREZA! NOSSO PLANETA TAMBÉM NOS OFERECE LUGAR PARA MORAR, ALIMENTOS E ATÉ TINTAS PARA PINTAR! ⊳ ONDE MORA UM CORAÇÃO MENINO, DE ALICE HAIBARA. PINTURA EM TERRA E AMIDO DE MILHO SOBRE TECIDO, 25 CM x 35 CM. 12 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 12D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 12 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 13D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 13 11/08/21 08:0511/08/21 08:05 https://arteterracor.wordpress.com/ https://arteterracor.wordpress.com/ ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacida- de de simbolizar e o repertório ima- gético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). ROTEIRO DE AULA Valorizar a variedade de cores obtidas por Alice Haibara com o elemento natu- ral terra. Na atividade 1, além de abordar as linhas e as formas da imagem, comentar que, nas diferentes regiões geográficas do planeta, a composição do solo pode ser diferente devido à constituição da ve- getação, ao modo como foi habitado por animais e à presença dos seres humanos. O solo guarda uma “história” que pode ser descoberta investigando sua compo- sição. A terra pode ter cores bem varia- das, com tons diferentes de verde, cinza, vermelho, bege e marrom, até tons bem escuros, chegando à cor preta. Para cada cor da terra, há um registro dos mate- riais do qual ela foi formada. No começo, um punhado de terra é uma rocha, de- pois com as chuvas, mudanças de tem- peratura, ação do ar e do tempo, essas pedras vão se desgastando. Os animais e as plantas que vivem no planeta Terra também contribuem para que as pedras virem terra fininha. O que existe na terra (insetos, plantas, restos de animais, mi- 14 AGORA, VEJA A IMAGEM A SEGUIR. HÁ MUITO TEMPO CRIAMOS TINTAS PARA PINTAR! PODEMOS USAR, NA CRIAÇÃO DA ARTE, ALGUMAS COISAS QUE ENCONTRAMOS NA NATUREZA E NO DIA A DIA. OS EGÍPCIOS ANTIGOS CRIARAM TINTAS USANDO PIGMENTOS NATURAIS EXTRAÍDOS DO SOLO, DE ANIMAIS E DE PLANTAS. ELES TAMBÉM FORAM UNS DOS PRIMEIROS POVOS A CRIAR TINTAS FABRICADAS POR MISTURAS QUÍMICAS E PELO PROCESSO DE COZIMENTO DE MATERIAIS. 2. DO QUE SERÁ QUE AS TINTAS SÃO FEITAS ATUALMENTE? COM A AJUDA DE UM ADULTO, PESQUISE. DEPOIS, COMPARTILHE O QUE DESCOBRIU COM OS COLEGAS. ▲ PINTURA DA TUMBA DE NEBÔNON, EM TEBAS, NO EGITO, DE APROXIMADAMENTE 3 500 ANOS ATRÁS. 2. Resposta pessoal. Orientar os estudantes a investigarem, em livros e sites, com a ajuda de um adulto, como as tintas podem ser feitas com materiais naturais ou por meio de processos industriais, em laboratórios, como as tintas sintéticas. M US EU B RI TÂ N IC O, L O N DR ES /U N IV ER SA L IM AG ES G RO UP /G ET TY IM AG ES N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M são fabricadas na atualidade. Espera-se que eles encontrem informações que expliquem que as tintas 15 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 15D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 15 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 1. VOCÊ PERCEBEU A VARIEDADE DE CORES NESSA OBRA? COMO SÃO AS LINHAS E AS FORMAS? 1. Respostas pessoais. Propor a leitura da imagem e investigar, com os estudantes, as linhas e as formas. Para analisar as MATERIAIS QUE VIRAM ARTE OBSERVE ESTA IMAGEM. PARA ALICE HAIBARA, CRIAR CORES COM TERRA PARA PINTAR É UMA FORMA DE HOMENAGEAR SUA HISTÓRIA E OS POVOS ORIGINÁRIOS DO NOSSO PAÍS, OS POVOS INDÍGENAS! A TERRA TEM MUITAS CORES DIFERENTES POR CAUSA DOS DIVERSOS MATERIAIS QUE FORMAM O SOLO. VOCÊ SABIA DISSO? VEJA ESTA IMAGEM. ⊳ A ARTISTA ALICE HAIBARA CONSEGUIU FAZER TINTAS EM UMA VARIEDADE DE CORES COM DIFERENTES TIPOS DE TERRA. ⊳ JIBOIA ENCANTADA, DE ALICE HAIBARA. TERRA SOBRE TELA, 100 CM x 90 CM. AL IC E HA IB AR A AL IC E HA IB AR A N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M cores, sugere-se analisar as materialidades usadas pela artista para fazer tintas. Nessecaso, Alice Haibara usou diferentes tipos de terra. A terra pode ter cores bem variadas, como tons de verde, cinza, vermelho, bege, marrom e até tons bem escuros, chegando ao preto. diAlogos 14 HISTÓRIAHISTÓRIA D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 14D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 14 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 14D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 14 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 nerais e outros elementos) é que forma essa variedade de cores. De acordo com os elementos da natureza e da ocupação geográfica, a terra vai ser de determina- da cor em determinada região. As obras de arte também revelam como os povos antigos usaram mate- riais extraídos da natureza ou produzidos para criar pinturas, esculturas, instru- mentos musicais. Contar para os estu- dantes sobre a arte egípcia e como os egípcios aprenderam, assim como outros povos, a transformar em arte materiais encontrados na natureza. Explicar a eles qual é a técnica utilizada na produção de afrescos. Contar que, apesar de ser uma técnica que esteve presente em outros momentos da história da Arte, atualmen- te ainda é muito utilizada por artistas. Na atividade 2, a pesquisa pode ser feita junto com a família ou realizada na escola. Nos dois casos, orientar os es- tudantes a registrarem os resultados da pesquisa em seus cadernos de artista e depois compartilhar o que descobriram com os colegas. Articulação com História A seção aborda um aspecto do cotidiano dos antigos povos egípcios ao apresentar a variedade de mate- riais utilizados por esses povos na criação artística. ⊲ +IDEIAS Não apenas a terra pode ser colorida, como também encontramos diferentes tonalidades de areias e outras materiali- dades naturais. No Nordeste, sobretudo nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, as areias coloridas extraídas das montanhas deram origem a uma forma típica de artesanato chamada ciclogravura. Trazer aos estudantes fotografias ou, se possível, um desses objetos artesanais para comentar com a turma as diversas formas de criar arte usando materiais naturais. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Após a apresentação das imagens e a leitura dos textos, organizar rodas de conversa para a sondagem sobre o que os estudantes estão compreen- dendo com relação aos conceitos e às propostas trabalhadas até aqui. Os relatos deles podem compor áudios ou imagens gravados para o portfó- lio eletrônico ou textos escritos em seus cadernos de artista. Eles também podem usar a linguagem do desenho como registro de suas ideias. O portfólio é um instrumento de avaliação que pode ser feito com a participação efetiva dos estudantes (depoimentos, desenhos, colagens, por exemplo). SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR VÍDEO • GARRAFAS decoradas com areia. Vídeo (2min6s). Disponível em: https://youtu.be/i4izpMnoMoc. Acesso em: 19 jul. 2021. Vídeo com demonstração sobre como os artesãos fazem pintura com areia dentro de garrafas de vidro. VÍDEO • VOCÊ sabe como são feitas as garrafinhas coloridas com desenhos de areia? Vídeo (2min58s). Disponível em: https://youtu.be/JN0C4fCYxQo. Acesso em: 19 jul. 2021. O vídeo mostra como são feitas as garrafas com desenhos de areia colorida. 15 AGORA, VEJA A IMAGEM A SEGUIR. HÁ MUITO TEMPO CRIAMOS TINTAS PARA PINTAR! PODEMOS USAR, NA CRIAÇÃO DA ARTE, ALGUMAS COISAS QUE ENCONTRAMOS NA NATUREZA E NO DIA A DIA. OS EGÍPCIOS ANTIGOS CRIARAM TINTAS USANDO PIGMENTOS NATURAIS EXTRAÍDOS DO SOLO, DE ANIMAIS E DE PLANTAS. ELES TAMBÉM FORAM UNS DOS PRIMEIROS POVOS A CRIAR TINTAS FABRICADAS POR MISTURAS QUÍMICAS E PELO PROCESSO DE COZIMENTO DE MATERIAIS. 2. DO QUE SERÁ QUE AS TINTAS SÃO FEITAS ATUALMENTE? COM A AJUDA DE UM ADULTO, PESQUISE. DEPOIS, COMPARTILHE O QUE DESCOBRIU COM OS COLEGAS. ▲ PINTURA DA TUMBA DE NEBÔNON, EM TEBAS, NO EGITO, DE APROXIMADAMENTE 3 500 ANOS ATRÁS. 2. Resposta pessoal. Orientar os estudantes a investigarem, em livros e sites, com a ajuda de um adulto, como as tintas podem ser feitas com materiais naturais ou por meio de processos industriais, em laboratórios, como as tintas sintéticas. M US EU B RI TÂ N IC O, L O N DR ES /U N IV ER SA L IM AG ES G RO UP /G ET TY IM AG ES N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M são fabricadas na atualidade. Espera-se que eles encontrem informações que expliquem que as tintas 15 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 15D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 15 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 1. VOCÊ PERCEBEU A VARIEDADE DE CORES NESSA OBRA? COMO SÃO AS LINHAS E AS FORMAS? 1. Respostas pessoais. Propor a leitura da imagem e investigar, com os estudantes, as linhas e as formas. Para analisar as MATERIAIS QUE VIRAM ARTE OBSERVE ESTA IMAGEM. PARA ALICE HAIBARA, CRIAR CORES COM TERRA PARA PINTAR É UMA FORMA DE HOMENAGEAR SUA HISTÓRIA E OS POVOS ORIGINÁRIOS DO NOSSO PAÍS, OS POVOS INDÍGENAS! A TERRA TEM MUITAS CORES DIFERENTES POR CAUSA DOS DIVERSOS MATERIAIS QUE FORMAM O SOLO. VOCÊ SABIA DISSO? VEJA ESTA IMAGEM. ⊳ A ARTISTA ALICE HAIBARA CONSEGUIU FAZER TINTAS EM UMA VARIEDADE DE CORES COM DIFERENTES TIPOS DE TERRA. ⊳ JIBOIA ENCANTADA, DE ALICE HAIBARA. TERRA SOBRE TELA, 100 CM x 90 CM. AL IC E HA IB AR A AL IC E HA IB AR A N IR O W O RL D/ SH UT TE RS TO CK .C O M cores, sugere-se analisar as materialidades usadas pela artista para fazer tintas. Nesse caso, Alice Haibara usou diferentes tipos de terra. A terra pode ter cores bem variadas, como tons de verde, cinza, vermelho, bege, marrom e até tons bem escuros, chegando ao preto. diAlogos 14 HISTÓRIAHISTÓRIA D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 14D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 14 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 15D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 15 11/08/21 08:0511/08/21 08:05 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacida- de de simbolizar e o repertório ima- gético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). ORGANIZE-SE Providenciar uma área segura da escola em que tenha uma parede na qual os es- tudantes possam trabalhar e, se necessá- rio, combinar com a gestão escolar. ROTEIRO DE AULA A proposta da seção é realizar uma pes- quisa sensorial e de materialidades. Orien- tar os estudantes a explorarem as diferentes texturas dos materiais da natureza. Antes, organizar uma roda de conversa, mostran- do vários tipos de pincel e apresentando possibilidades de materiais que os estu- dantes podem usar para criar seus pincéis. Eles poderão identificar diferentes materiais para a pesquisa de materialidades. Para fazer os cabos dos pincéis, eles po- dem usar ramos, galhos, hastes de flores, gravetos ou pedaços de bambu de vários tamanhos; as cerdas dos pincéis podem ser feitas com pedaços de fios de lã, fibras de vegetais,flores, fios de cordão de algo- dão, entre outros materiais. Pesquisar com eles como criar essas ferramentas para desenhar e pintar, que podem ter cabos longos ou curtos e cerdas macias ou du- 16 VOCÊ ACHA QUE DÁ PARA PINTAR SEM USAR TINTA? QUE TAL CRIAR UMA PINTURA EFÊMERA USANDO APENAS ÁGUA? COMO FAZER MATERIAIS PARA CRIAR ESSA PINTURA, VOCÊ VAI PRECISAR DE UM PINCEL E DE UM POTE COM ÁGUA. PINTURA EFÊMERA É UMA PINTURA PROVISÓRIA. ELA SÓ EXISTE POR UM CURTO ESPAÇO DE TEMPO! A ARTE QUE VOCÊ ACABOU DE CRIAR É UMA PINTURA EFÊMERA! VA N ES SA A LE XA N DR E IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 3. FOTOGRAFE SUA ARTE ANTES QUE ELA SEQUE E DESAPAREÇA! 2. MOLHE O PINCEL EM ÁGUA LIMPA E CRIE SEUS DESENHOS E PINTURAS NA PAREDE. 1. ESCOLHA UMA PAREDE LISA, MAS QUE SEJA PINTADA COM ALGUMA COR. 17 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 17D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 17 12/07/21 11:0012/07/21 11:00 VAMOS CRIAR MATERIAIS E INVENTAR MANEIRAS DIFERENTES DE PINTAR? COMO FAZER MATERIAIS QUE TAL FAZER SEUS PRÓPRIOS PINCÉIS? VOCÊ PODE USAR MATERIAIS DA NATUREZA OU REUTILIZAR OBJETOS. VOCÊ PODE USAR ESSES PINCÉIS EM SUAS PRÓXIMAS PINTURAS. REPARE QUE CADA UM TERÁ UM EFEITO DIFERENTE. PARA O CABO DO PINCEL: LÁPIS DE GRAFITE PRETO, PALITO DE SORVETE, GALHO DE ÁRVORE SECO E PEQUENO OU PREGADORES DE MADEIRA. PARA A PONTA DO PINCEL: RAMOS DE CENOURA, GALHO DE PINHEIRO, HASTES DE SAMAMBAIA OU PEDAÇOS DE ESPONJA. PARA A MONTAGEM: FIOS DE BARBANTE, FITA ADESIVA E TESOURA ESCOLAR. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 1. CORTE O MATERIAL QUE VOCÊ ESCOLHEU PARA A PONTA DO PINCEL DO TAMANHO QUE QUISER. 2. DEPOIS, APARE AS PONTAS COM A TESOURA ESCOLAR. 3. EM SEGUIDA, PRENDA A PONTA DO SEU PINCEL COM FITA ADESIVA NO MATERIAL QUE ESCOLHEU PARA O CABO. SE PREFERIR, PRENDA COM PREGADORES DE ROUPA OU AMARRE COM FIOS DE BARBANTE. OFICINA de arte 16 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 16D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 16 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 16D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 16 11/08/21 08:0611/08/21 08:06 ras. Na prática da pesquisa, os estudantes podem perceber que essas características resultam em texturas e efeitos diferentes. Para provocar reflexões, perguntar: Quais materiais são mais adequados? Quais de- les vocês mais gostam de usar? Que efeitos chamam a atenção? Aqui, vale a investiga- ção e a experimentação, pois a proposta é a pesquisa sensorial. Na pintura efêmera, orientar os estu- dantes a não usarem materiais que pos- sam prejudicar o patrimônio da escola. A proposta é usar água e pincéis limpos para não manchar o local onde será realizada a pintura. Conversar sobre a preservação do patrimônio da escola. A arte efêmera está fortemente presen- te na contemporaneidade. Ainda que ela possa ser registrada, a criação não é perene. Um exemplo são as obras de gelo de Néle Azevedo e de Paulo Bruscky. Néle Azevedo criou pequenas estátuas de gelo seriadas com a forma de pessoas sentadas. Elas são instaladas em locais públicos e vão natural- mente se desfazendo. Paulo Bruscky criou uma fogueira utilizando blocos de gelo em vez de tocos de madeira. Ao derreter, o gelo liberava vapor, o que rapidamente nos remetia à fumaça da fogueira. Com- posta de gelo natural e colorido, a obra podia ser degustada pelo público. Esses são dois exemplos, com poéticas singu- lares, de trabalhos que envolvem água no estado sólido. A pintura com água proposta para os estudantes insere-se nesse contexto de efemeridade e enfa- tiza o processo de criação, posto que a produção desaparecerá. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ +IDEIAS Em roda de conversa, comentar que a história do uso de pincéis é muito an- tiga e vem desde o período Paleolítico quando surgiram as primeiras pinturas rupestres. Nos locais onde há pinturas rupestres, foram encontrados pincéis feitos com penas de aves, pelos de ani- mais, cabelo humano e vegetais. Propor que todos combinem como organizar os materiais e a sala, com as mesas forradas (com revistas e jornais velhos), suportes, fitas adesivas, pincéis, tintas, vasilhas e água. A essa altura, você perceberá a ne- cessidade de ter na sala de aula um acer- vo de materiais que poderão ser usados mediante a necessidade das atividades propostas no livro. Se possível, montar um ateliê da turma ou um ateliê móvel, caso uma sala de aula não seja viável. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Esta situação de aprendizagem pro- põe: experimentação de materialidades; processos e procedimentos artísticos; investigação de técnicas; resolução de problemas; poética pessoal; trabalho colaborativo; organização do material. Avaliar como os estudantes se compor- tam em momento de ação criadora. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR REVISTA • MARTINS, Mirian C. Arte, só na aula de Arte? Revista Educação, Por- to Alegre, v. 34, n. 3, p. 311-316, set./ dez. 2011. No artigo, a autora questiona a visão puramente estética da arte, ressaltando a mediação cultural e seu papel educati- vo para que o olhar do espectador pos- sa se libertar do já conhecido e ir além. 17 VOCÊ ACHA QUE DÁ PARA PINTAR SEM USAR TINTA? QUE TAL CRIAR UMA PINTURA EFÊMERA USANDO APENAS ÁGUA? COMO FAZER MATERIAIS PARA CRIAR ESSA PINTURA, VOCÊ VAI PRECISAR DE UM PINCEL E DE UM POTE COM ÁGUA. PINTURA EFÊMERA É UMA PINTURA PROVISÓRIA. ELA SÓ EXISTE POR UM CURTO ESPAÇO DE TEMPO! A ARTE QUE VOCÊ ACABOU DE CRIAR É UMA PINTURA EFÊMERA! VA N ES SA A LE XA N DR E IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 3. FOTOGRAFE SUA ARTE ANTES QUE ELA SEQUE E DESAPAREÇA! 2. MOLHE O PINCEL EM ÁGUA LIMPA E CRIE SEUS DESENHOS E PINTURAS NA PAREDE. 1. ESCOLHA UMA PAREDE LISA, MAS QUE SEJA PINTADA COM ALGUMA COR. 17 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 17D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 17 12/07/21 11:0012/07/21 11:00 VAMOS CRIAR MATERIAIS E INVENTAR MANEIRAS DIFERENTES DE PINTAR? COMO FAZER MATERIAIS QUE TAL FAZER SEUS PRÓPRIOS PINCÉIS? VOCÊ PODE USAR MATERIAIS DA NATUREZA OU REUTILIZAR OBJETOS. VOCÊ PODE USAR ESSES PINCÉIS EM SUAS PRÓXIMAS PINTURAS. REPARE QUE CADA UM TERÁ UM EFEITO DIFERENTE. PARA O CABO DO PINCEL: LÁPIS DE GRAFITE PRETO, PALITO DE SORVETE, GALHO DE ÁRVORE SECO E PEQUENO OU PREGADORES DE MADEIRA. PARA A PONTA DO PINCEL: RAMOS DE CENOURA, GALHO DE PINHEIRO, HASTES DE SAMAMBAIA OU PEDAÇOS DE ESPONJA. PARA A MONTAGEM: FIOS DE BARBANTE, FITA ADESIVA E TESOURA ESCOLAR. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 1. CORTE O MATERIAL QUE VOCÊ ESCOLHEU PARA A PONTA DO PINCEL DO TAMANHO QUE QUISER. 2. DEPOIS, APARE AS PONTAS COM A TESOURA ESCOLAR. 3. EM SEGUIDA, PRENDA A PONTA DO SEU PINCEL COM FITA ADESIVA NO MATERIAL QUE ESCOLHEU PARA O CABO. SE PREFERIR, PRENDA COM PREGADORES DE ROUPA OU AMARRE COM FIOS DE BARBANTE. OFICINA de arte 16 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 16D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 16 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 17D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 17 11/08/21 08:0611/08/21 08:06 ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos,recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. ROTEIRO DE AULA Os estudantes podem combinar com os colegas e pedir ajuda aos familiares e de- mais professores para encontrar o maior número de tonalidades de terra possível. Selecionar e separar os materiais por classificação de cores. Colocar em reci- pientes transparentes e conversar com os estudantes sobre essa variedade de tons de cores que existem na natureza. Comentar que as tintas são tão antigas quanto a própria Arte. Nasceram nas pri- meiras pinturas rupestres, há milhares de anos. As pessoas daquele tempo mistura- vam três elementos básicos para criar tin- tas e que são utilizados até hoje (artificiais ou naturais): • pigmentos – substâncias naturais ou artificiais (pós coloridos) usadas para dar cor às tintas; podem ser extraídas do mundo animal, vegetal ou mineral, como também ser fabricadas em pro- cessos químicos; • solventes – substâncias que servem para diluir ou controlar a consistência 18 COMO FAZER AGORA É HORA DE CRIAR! 1. PEGUE A PÁ, OS POTES E A PENEIRA E PROCURE TERRAS COM CORES VARIADAS. 2. PENEIRE A TERRA E DEIXE-A SEM PEDRAS, FOLHAS OU OUTROS MATERIAIS. 3. SEPARE AS PORÇÕES DE TERRA POR COR. COLOQUE CADA PORÇÃO EM UM POTE DIFERENTE. . PARA FAZER AS TINTAS, ADICIONE UM POUCO DE COLA BRANCA A CADA PORÇÃO DE TERRA. MISTURE BEM. 5. JUNTE UM POUCO DE ÁGUA ATÉ FICAR NA CONSISTÊNCIA QUE DESEJA. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 6. COM AS TINTAS DE TERRA PRONTAS, ESCOLHA UM SUPORTE PARA FAZER A PINTURA. DEPOIS, PENSE EM UM TEMA SOBRE O LUGAR ONDE VIVE QUE VOCÊ QUEIRA PINTAR. 19 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 19D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 19 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 PINTAR SUA TERRA COM TERRA? DICA: VOCÊ PODE FAZER A BUSCA POR TERRA EM CASA, COM A AJUDA DE UM FAMILIAR ADULTO. MATERIAIS AGORA, VAMOS FAZER UMA HOMENAGEM AO LUGAR ONDE VOCÊ MORA? PESQUISE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR OS TIPOS DE TERRA QUE EXISTEM NO LUGAR ONDE VOCÊS VIVEM. DEPOIS, CRIEM TINTAS E PINTEM A “SUA TERRA COM TERRA”! ALGUNS POTES COLA BRANCA PENEIRA UM POUCO DE ÁGUA PORÇÕES DE TERRA DE DIFERENTES TONS PÁ PEQUENA IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E arte-AVENTURA 18 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 18D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 18 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 18D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 18 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 das tintas; no uso escolar, o solvente mais recomendável é a água, porque não é tóxico (dê preferência a tintas à base de água, para evitar intoxicações); • aglutinantes – substâncias que aju- dam a fixar as tintas sobre os suportes, como resinas, gema de ovo, óleos etc. Explicar aos estudantes que, misturan- do esses três elementos, podemos fazer nossas próprias tintas. O suporte é o material que segura, dá sustentação à obra de arte. O papel do caderno de desenho, a tela de pintura, uma parede podem ser suportes das artes visuais. Explicar esses conceitos e reforçar a importância desses elementos nas artes. Propor que todos organizem a sala, com mesas forradas (com revistas e jornais ve- lhos), suportes, fitas adesivas, pincéis, tin- tas, vasilhas e água. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário A atividade trabalha a ampliação do vo- cabulário ao possibilitar que os estudantes reflitam sobre “pinte sua terra com terra”, pois temos a mesma palavra com sig- nificados diferentes: “os tipos de terra que existem no lugar onde vocês vi- vem”. Há também os vocábulos espe- cíficos dos elementos que compõem as tintas (pigmentos, solventes e aglu- tinantes) e o conceito de suporte. ⊲ +IDEIAS É possível propor aos estudantes que cada um faça uma imagem abs- trata utilizando as tintas que eles mes- mos fizeram. Apresentar outras possibilidades de criação de tintas com materiais comestíveis, como legumes e verdu- ras. Em Sugestão para o professor, indicamos materiais que apresentam algumas dessas opções. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Avaliar o momento em que é ne- cessário intervir e planejar novos ca- minhos. É importante dar paradas para a avaliação e conversar com os estudantes sobre: Como estão com- preendendo os conceitos? Como es- tão se desenvolvendo nas situações de aprendizagem? O que estão gos- tando de fazer e conhecer? Quais as dificuldades e as facilidades? SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • A TINTA que vem da natureza. Nova Escola, 1o out. 2007. Dispo- nível em: https://novaescola.org.br/ conteudo/1286/a-tinta-que-vem-da- natureza. Acesso em: 19 jul. 2021. Tutorial para fabricar tintas com re- cursos naturais. SITE • RICCHINI, Ricardo. Aprenda a fazer tinta com vegetais. Arte Reci- clada. Disponível em: https://www. artereciclada.com.br/residuos-organicos/ aprenda-a-fazer-tinta-com-vegetais/. Acesso em: 19 jul. 2021. Site que mostra, de maneira bem simples, como fazer tintas usando ve- getais. 19 COMO FAZER AGORA É HORA DE CRIAR! 1. PEGUE A PÁ, OS POTES E A PENEIRA E PROCURE TERRAS COM CORES VARIADAS. 2. PENEIRE A TERRA E DEIXE-A SEM PEDRAS, FOLHAS OU OUTROS MATERIAIS. 3. SEPARE AS PORÇÕES DE TERRA POR COR. COLOQUE CADA PORÇÃO EM UM POTE DIFERENTE. . PARA FAZER AS TINTAS, ADICIONE UM POUCO DE COLA BRANCA A CADA PORÇÃO DE TERRA. MISTURE BEM. 5. JUNTE UM POUCO DE ÁGUA ATÉ FICAR NA CONSISTÊNCIA QUE DESEJA. IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 6. COM AS TINTAS DE TERRA PRONTAS, ESCOLHA UM SUPORTE PARA FAZER A PINTURA. DEPOIS, PENSE EM UM TEMA SOBRE O LUGAR ONDE VIVE QUE VOCÊ QUEIRA PINTAR. 19 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 19D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 19 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 PINTAR SUA TERRA COM TERRA? DICA: VOCÊ PODE FAZER A BUSCA POR TERRA EM CASA, COM A AJUDA DE UM FAMILIAR ADULTO. MATERIAIS AGORA, VAMOS FAZER UMA HOMENAGEM AO LUGAR ONDE VOCÊ MORA? PESQUISE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR OS TIPOS DE TERRA QUE EXISTEM NO LUGAR ONDE VOCÊS VIVEM. DEPOIS, CRIEM TINTAS E PINTEM A “SUA TERRA COM TERRA”! ALGUNS POTES COLA BRANCA PENEIRA UM POUCO DE ÁGUA PORÇÕES DE TERRA DE DIFERENTES TONS PÁ PEQUENA IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E arte-AVENTURA 18 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 18D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 18 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 19D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 19 11/08/21 08:0611/08/21 08:06 https://novaescola.org.br/conteudo/1286/a-tinta-que-vem-da-natureza https://novaescola.org.br/conteudo/1286/a-tinta-que-vem-da-natureza https://novaescola.org.br/conteudo/1286/a-tinta-que-vem-da-natureza https://www.artereciclada.com.br/residuos-organicos/aprenda-a-fazer-tinta-com-vegetais/ https://www.artereciclada.com.br/residuos-organicos/aprenda-a-fazer-tinta-com-vegetais/ https://www.artereciclada.com.br/residuos-organicos/aprenda-a-fazer-tinta-com-vegetais/ ROTEIRO DE AULA A experimentação é fundamental para desenvolver momentos lúdicos na ação criadora. Providenciar os materiais e man- tê-los organizados faz parte do trabalho de sensibilização e educação dos estudan- tes para o bom andamento dos trabalhos. É importante para o desenvolvimento do processo de criação arriscar-se a usar ma- terialidades, procedimentos e ideias ainda não experienciadas. Conversar com os es- tudantes sobre essa questão. Comentar que é preciso ter cuidado para saber usar apenas materiais que não ofereçam perigo e cuja origem conhecemos. Orientá-los a sempre solicitar aajuda de um adulto na escolha e na manipulação de materiais para fazer arte. Se não for possível fazer um ateliê fixo, combinar com os estudantes, os familiares e o pessoal administrativo da escola a cria- ção de um carrinho ateliê. Assim, haverá um ateliê móvel com diversos recursos para o desenvolvimento de situações de aprendizagem que envolvam a experimen- tação e os processos de criação. ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacida- de de simbolizar e o repertório ima- gético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF15AR07) Reconhecer algumas ca- tegorias do sistema das artes visuais (museus, galerias, instituições, artis- tas, artesãos, curadores etc.). 20 AGORA, QUE TAL INVENTAR MAIS TINTAS PARA USAR NO ATELIÊ DA TURMA? JÁ PENSOU, POR EXEMPLO, EM FAZER UMA PINTURA COM TINTA DE CHOCOLATE? FAZENDO ARTE COM CHOCOLATE! MATERIAIS E COMO FAZER 1. COLOQUE 3 COLHERES (SOPA) DE CHOCOLATE EM CALDA OU DE CHOCOLATE EM PÓ EM UMA VASILHA PEQUENA. 3. AGORA, PEGUE SEU SUPORTE E COMECE SUAS PINTURAS COM A TINTA DE CHOCOLATE. . LEMBRE-SE DE FOTOGRAFAR SUAS CRIAÇÕES E COMPARTILHAR COM TODOS! 2. ACRESCENTE ÁGUA NA QUANTIDADE QUE PREFERIR: • PARA TINTA MAIS GROSSA, MENOS ÁGUA; • PARA TINTA MAIS RALA, MAIS ÁGUA. SA N DR A LA VA N DE IR A PINCEL; VASILHA PEQUENA; CHOCOLATE EM CALDA (OU CHOCOLATE EM PÓ); ÁGUA; FOLHA DE PAPEL BRANCA. 21 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 21D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 21 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 QUE TAL FAZER ARTE COM A TURMA EM UM ATELIÊ NA ESCOLA? NELE, PODEMOS ESCOLHER E ORGANIZAR OS MATERIAIS PARA CADA TIPO DE LINGUAGEM ARTÍSTICA NA QUAL VAMOS NOS EXPRESSAR. ASSIM, TEREMOS UM LUGAR PARA CRIAR! COMBINEM COM O PROFESSOR O TIPO DE MATERIAL QUE PRECISAM ORGANIZAR PARA OS TRABALHOS QUE VOCÊS VÃO FAZER. VEJAM SUGESTÕES DE LISTAS DE MATERIAIS A SEGUIR. ATELIÊ DE ARTE NA ESCOLA: DESENHO E PINTURA PARA DESENHAR: LÁPIS DE COR, CANETAS COLORIDAS, GIZ DE CERA, LÁPIS PRETOS, BASTÕES DE CARVÃO E O QUE PUDER SER USADO PARA RISCAR, FAZER TRAÇOS E DESENHAR. PARA PINTAR: TINTAS DE VÁRIOS TIPOS (VOCÊS PODEM FABRICAR SUAS PRÓPRIAS TINTAS), PINCÉIS DE VÁRIOS TAMANHOS E TIPOS, POTES COM ÁGUA PARA LIMPAR OS PINCÉIS E PANOS OU PAPEL-TOALHA PARA SECAR E LIMPAR. SA N DR A LA VA N DE IR A 20 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 20D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 20 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 20D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 20 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 Quanto ao ambiente de criação, com- binar com os estudantes a organização e a distribuição dos materiais, a limpeza e outros acertos para viabilizar a criação e o uso desse local. Mesmo usando o espaço da sala de aula, acordos pedagógicos de- vem ser feitos para manter a organização do trabalho. Mostrar imagens de um ateliê ou de um local de ensaio musical para eles conhecerem esses ambientes de criação. Programar, se possível, uma visita a um ateliê de algum artista local, a um estúdio, a salas de ensaio de uma orquestra ou de alguma banda musical. Ao trabalhar com alimentos como ma- terialidade, muitas vezes é preciso abrir espaço para o paladar e o olfato, desenvol- vendo a estesia. Permitir a eles que sintam o cheiro e o sabor dos alimentos que serão usados em seu processo de criação. É inte- ressante fazer uma parceria com todos que trabalham na cozinha da escola para de- senvolver essa situação de aprendizagem. ⊲ +IDEIAS Essa proposta pode ser seguida de uma situação de leitura de imagem de algumas obras do artista brasileiro Vik Muniz (1961-). Selecionar antes quais apre- sentar aos estudantes (ver Sugestão para o professor). Atualmente, ele é um dos maiores expoentes das artes visuais no mundo. Experimentar cozinhar legumes di- versos, como a beterraba (com a tinta liberada de seu cozimento, é possível fazer uma pintura em vários tons, co- locando mais ou menos água). Fazer pinturas usando geleias e molhos de tomate. Outro recurso é colocar açú- car sobre um papel preto e formar imagens. Ter vários tipos de papel também é importante, porém obser- var que para cada tipo de tinta há um tipo de papel apropriado. Materiais recicláveis também podem ser usados tanto para suporte nas criações artís- ticas quanto para material de apoio, como potes para limpeza. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar como os estudantes es- tão se desenvolvendo e fazer registros para compor o portfólio e anotações no diário de bordo. Avaliar como eles se comportam e se expressam em momentos de ação criadora. Pode- -se criar uma ficha de avaliação com alguns critérios a serem levados em consideração no momento de avaliar, como: experimentação de materiali- dades; processos e procedimentos ar- tísticos; investigação de técnicas; reso- lução de problemas; poética pessoal; trabalho colaborativo; organização dos materiais. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • VIKMUNIZ. Disponível em: http:// vikmuniz.net/pt. Acesso em: 19 jul. 2021. Site oficial do artista Vik Muniz em que estão disponíveis várias informa- ções, exposições e obras em vários lugares do mundo. FILME • LIXO extraordinário. Direção: Lucy Walker. Brasil/Reino Unido: Down- town Filmes, 2010. Filme (90 min). O documentário mostra a vida di- fícil de pessoas que dependem do trabalho em um aterro sanitário para sua sobrevivência. O artista Vik Mu- niz (1961-) realiza trabalhos artísticos usando o lixo encontrado nesse lugar como materialidade artística. 21 AGORA, QUE TAL INVENTAR MAIS TINTAS PARA USAR NO ATELIÊ DA TURMA? JÁ PENSOU, POR EXEMPLO, EM FAZER UMA PINTURA COM TINTA DE CHOCOLATE? FAZENDO ARTE COM CHOCOLATE! MATERIAIS E COMO FAZER 1. COLOQUE 3 COLHERES (SOPA) DE CHOCOLATE EM CALDA OU DE CHOCOLATE EM PÓ EM UMA VASILHA PEQUENA. 3. AGORA, PEGUE SEU SUPORTE E COMECE SUAS PINTURAS COM A TINTA DE CHOCOLATE. . LEMBRE-SE DE FOTOGRAFAR SUAS CRIAÇÕES E COMPARTILHAR COM TODOS! 2. ACRESCENTE ÁGUA NA QUANTIDADE QUE PREFERIR: • PARA TINTA MAIS GROSSA, MENOS ÁGUA; • PARA TINTA MAIS RALA, MAIS ÁGUA. SA N DR A LA VA N DE IR A PINCEL; VASILHA PEQUENA; CHOCOLATE EM CALDA (OU CHOCOLATE EM PÓ); ÁGUA; FOLHA DE PAPEL BRANCA. 21 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 21D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 21 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 QUE TAL FAZER ARTE COM A TURMA EM UM ATELIÊ NA ESCOLA? NELE, PODEMOS ESCOLHER E ORGANIZAR OS MATERIAIS PARA CADA TIPO DE LINGUAGEM ARTÍSTICA NA QUAL VAMOS NOS EXPRESSAR. ASSIM, TEREMOS UM LUGAR PARA CRIAR! COMBINEM COM O PROFESSOR O TIPO DE MATERIAL QUE PRECISAM ORGANIZAR PARA OS TRABALHOS QUE VOCÊS VÃO FAZER. VEJAM SUGESTÕES DE LISTAS DE MATERIAIS A SEGUIR. ATELIÊ DE ARTE NA ESCOLA: DESENHO E PINTURA PARA DESENHAR: LÁPIS DE COR, CANETAS COLORIDAS, GIZ DE CERA, LÁPIS PRETOS, BASTÕES DE CARVÃO E O QUE PUDER SER USADO PARA RISCAR, FAZER TRAÇOS E DESENHAR. PARA PINTAR: TINTAS DE VÁRIOS TIPOS (VOCÊS PODEM FABRICAR SUAS PRÓPRIAS TINTAS), PINCÉIS DE VÁRIOS TAMANHOS E TIPOS, POTES COM ÁGUA PARA LIMPAR OS PINCÉIS E PANOS OU PAPEL-TOALHA PARA SECAR E LIMPAR.SA N DR A LA VA N DE IR A 20 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 20D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 20 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 21D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 21 11/08/21 08:0611/08/21 08:06 ROTEIRO DE AULA Propor roda de conversa para nutri- ção estética e comentar também so- bre os acervos públicos de arte locais. O espaço bidimensional caracteri- za-se por duas medidas: largura e al- tura. É o caso de uma pintura, de um desenho ou de uma gravura. Quando é possível caminhar, entrar em uma instalação ou percorrer o espaço em volta de uma obra de arte com volu- me, como é o caso de uma escultura, temos um espaço tridimensional, ou cadeira e anotar o nome e as dimensões desse colega em uma folha avulsa. Depois, troca-se o comandante da brincadeira até que todos os integrantes do grupo te- nham suas medidas anotadas. Na atividade 3, se considerar necessá- rio, apresentar, usando uma trena, algu- mas medidas para os estudantes. É pos- sível medir a altura da parede da sala de aula que, geralmente, tem cerca de 3 me- tros ou mais e, depois, fazer um paralelo com as medidas da escultura. Repetir essa estratégia investigativa sempre que for seja, caracterizado por três medidas: com- primento, largura e altura. Nas atividades 1 e 2, propor várias ex- periências aos estudantes para que com- preendam o conceito de tridimensionali- dade. A primeira delas é trazer uma fita métrica e medir o comprimento, a largura e a altura de objetos na sala de aula com os estudantes. A segunda é organizar os estudantes em pequenos grupos e brincar de Estátua. Quem estiver comandando a brincadeira vai tirar as medidas das três dimensões do colega que perdeu na brin- ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradicio- nais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacida- de de simbolizar e o repertório ima- gético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. 22 DE QUE MATERIAL VOCÊ ACHA QUE ESSA ESCULTURA É FEITA? ELA LEMBRA ALGUM BRINQUEDO? JEFF KOONS GOSTA DE CRIAR ILUSÕES EM SUAS OBRAS. OBSERVANDO A IMAGEM, PARECE QUE ESSA ESCULTURA FOI FEITA COM UM BALÃO DE PLÁSTICO, MAS NA REALIDADE ELA FOI FEITA COM METAL! 3. OBSERVE A IMAGEM NOVAMENTE E RESPONDA: A) QUEM É MAIOR? A MENINA A ESCULTURA B) EXPLIQUE SUA RESPOSTA. X OLHE, QUE GRANDÃO! OBSERVE COMO É GRANDE A ESCULTURA CRIADA PELO ARTISTA JEFF KOONS. 3. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comparem os tamanhos JEFF KOONS (1955-) NASCEU NOS ESTADOS UNIDOS E FAZ ESCULTURAS COM DIFERENTES MATERIAIS. DICA: REPARE COMO A MENINA FICA PEQUENA PERTO DA ESCULTURA! ▲ CÃO DE BALÃO (BALLOON DOG), DE JEFF KOONS, 1994-2000. AÇO COM REVESTIMENTO COLORIDO, 3 M x 3,6 M x 1,1 M. SA N DR A LA VA N DE IR A BR YA N B ED DE R/ G ET TY IM AG ES © JE FF /K OO NS CH RI ST OP HE R HO LT /A LA M Y /FO TO AR EN A da criança ilustrada e da escultura. O propósito é que eles se imaginem no lugar da menina e tenham a sensação de como essa escultura é grande. 23 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 23D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 23 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 É TRIDIMENSIONAL! LEIA COM O PROFESSOR ESTE TRECHO DE UM POEMA DE CECÍLIA MEIRELES. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes se expressem a partir de seus saberes. No entanto, AGORA, OBSERVE AS ESCULTURAS FEITAS PELA ARTISTA SANDRA GUINLE. ⊳ CINCO SONHOS (SÉRIE PEQUENAS BAILARINAS), DE SANDRA GUINLE, 2003. ESCULTURAS EM BRONZE, 21 CM x 17 CM x 42 CM. QUANDO VOCÊ DANÇA, SENTE SEU CORPO SE ESPALHANDO NO AR? ASSIM COMO AS ESCULTURAS, SEU CORPO TAMBÉM É UMA FORMA TRIDIMENSIONAL! 1. ONDE ESTÃO AS FORMAS TRIDIMENSIONAIS? 2. VOCÊ ACHA QUE TAMBÉM PODEMOS CRIAR FORMAS TRIDIMENSIONAIS? CECÍLIA MEIRELES (1901-1964) FOI UMA IMPORTANTE JORNALISTA, PINTORA, ESCRITORA E PROFESSORA BRASILEIRA. SANDRA GUINLE É UMA ARTISTA QUE GOSTA DE RETRATAR EM SUAS ESCULTURAS E EM SEUS DESENHOS MOVIMENTOS E BRINCADEIRAS DE CRIANÇAS. A BAILARINA RODA, RODA, RODA, COM OS BRACINHOS NO AR E NÃO FICA TONTA NEM SAI DO LUGAR. PÕE NO CABELO UMA ESTRELA E UM VÉU E DIZ QUE CAIU DO CÉU. CECÍLIA MEIRELES. OU ISTO OU AQUILO. SÃO PAULO: GLOBAL, 2014. P. 17. pode ser necessário mediar uma roda de conversa para que todos se expressem e possam aprender uns com os outros. Resposta pessoal. Sugere-se apresentar propostas lúdicas com massinhas ou balões de ar em que os estudantes possam perceber que as formas modeladas também são tridimensionais. CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R 22 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 22D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 22 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 22D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 22 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 necessário como demonstração de concei- tos ou ideias em relação às dimensões de obras de arte e às proporções para torná- -las mais concretas para os estudantes. Orientar os familiares a visitarem es- paços culturais em que haja esculturas e a conversarem sobre as dimensões das obras encontradas. Há esculturas que são gigantes, chamadas de grandes formatos. Há muitos artistas, como Jeff Koons, que criam esculturas em grandes formatos. Pesquisar em um site de busca mais obras feitas desse tipo. Articulação com Matemática As atividades 1 e 2 exploram as medi- das de comprimento, permitindo aos estu- dantes que estimem, meçam e comparem comprimentos diferentes. A atividade 3 explora a comparação de tamanhos. ⊲ PNA • Fluência em leitura oral É possível trabalhar diversas possibilida- des de leitura, desde a compartilhada até com um parceiro ou individual. • Noções de posição e medidas A atividade 3 busca trabalhar a distinção entre grande e pequeno e entre maior e menor ao pedir aos es- tudantes que comparem dois elemen- tos de tamanhos diferentes. ⊲ +IDEIAS Conversar com os estudantes sobre as noções dos termos bidimensional e tridimensional. Apresentar exemplos concretos, como as superfícies planas, em que se percebem duas dimensões (largura e altura). Uma folha de papel é uma superfície bidimensional. Para falar sobre obras tridimensionais, pe- dir a eles que toquem em alguns ob- jetos e percebam que estes têm três dimensões (comprimento, largura e altura). A escultura, o corpo de um bailarino ou de um ator ocupam espa- ços tridimensionais. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Após a apresentação das imagens e a leitura dos textos, organizar rodas de conversa para fazer sondagem e descobrir o que os estudantes estão compreendendo sobre os conceitos e as propostas trabalhados até aqui. Os rela- tos dos estudantes podem compor áu- dios ou imagens gravados para o port- fólio eletrônico, ou serem escritos em seus cadernos de artista. Os estudantes também podem usar a linguagem do desenho como registro de suas ideias. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • SANDRA Guinle. Disponível em: https://www.sandraguinle.com/. Acesso em: 19 jul. 2021. Site oficial da artista Sandra Guinle com informações, obras, projetos, ví- deos e portfólios. SITE • JEFF Koons. Disponível em: http:// www.jeffkoons.com/. Acesso em: 28 abr. 2021. Site oficial do artista (em inglês) com informações, obras, biografia e exposições.SITE • CECÍLIA Meireles – Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em: http:// enc ic lopedia . i taucu l tura l .org.br / pessoa3245/cecilia-meireles. Acesso em: 19 jul. 2021. Página do site Enciclopédia Itaú cultural que apresenta a vida e a obra de Cecília Meireles. 23 DE QUE MATERIAL VOCÊ ACHA QUE ESSA ESCULTURA É FEITA? ELA LEMBRA ALGUM BRINQUEDO? JEFF KOONS GOSTA DE CRIAR ILUSÕES EM SUAS OBRAS. OBSERVANDO A IMAGEM, PARECE QUE ESSA ESCULTURA FOI FEITA COM UM BALÃO DE PLÁSTICO, MAS NA REALIDADE ELA FOI FEITA COM METAL! 3. OBSERVE A IMAGEM NOVAMENTE E RESPONDA: A) QUEM É MAIOR? A MENINA A ESCULTURA B) EXPLIQUE SUA RESPOSTA. X OLHE, QUE GRANDÃO! OBSERVE COMO É GRANDE A ESCULTURA CRIADA PELO ARTISTA JEFF KOONS. 3. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes comparem os tamanhos JEFF KOONS (1955-) NASCEU NOS ESTADOS UNIDOS E FAZ ESCULTURAS COM DIFERENTES MATERIAIS. DICA: REPARE COMO A MENINA FICA PEQUENA PERTO DA ESCULTURA! ▲ CÃO DE BALÃO (BALLOON DOG), DE JEFF KOONS, 1994-2000. AÇO COM REVESTIMENTO COLORIDO, 3 M x 3,6 M x 1,1 M. SA N DR A LA VA N DE IR A BR YA N B ED DE R/ G ET TY IM AG ES © JE FF /K OO NS CH RI ST OP HE R HO LT /A LA M Y /FO TO AR EN A da criança ilustrada e da escultura. O propósito é que eles se imaginem no lugar da menina e tenham a sensação de como essa escultura é grande. 23 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 23D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 23 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 É TRIDIMENSIONAL! LEIA COM O PROFESSOR ESTE TRECHO DE UM POEMA DE CECÍLIA MEIRELES. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes se expressem a partir de seus saberes. No entanto, AGORA, OBSERVE AS ESCULTURAS FEITAS PELA ARTISTA SANDRA GUINLE. ⊳ CINCO SONHOS (SÉRIE PEQUENAS BAILARINAS), DE SANDRA GUINLE, 2003. ESCULTURAS EM BRONZE, 21 CM x 17 CM x 42 CM. QUANDO VOCÊ DANÇA, SENTE SEU CORPO SE ESPALHANDO NO AR? ASSIM COMO AS ESCULTURAS, SEU CORPO TAMBÉM É UMA FORMA TRIDIMENSIONAL! 1. ONDE ESTÃO AS FORMAS TRIDIMENSIONAIS? 2. VOCÊ ACHA QUE TAMBÉM PODEMOS CRIAR FORMAS TRIDIMENSIONAIS? CECÍLIA MEIRELES (1901-1964) FOI UMA IMPORTANTE JORNALISTA, PINTORA, ESCRITORA E PROFESSORA BRASILEIRA. SANDRA GUINLE É UMA ARTISTA QUE GOSTA DE RETRATAR EM SUAS ESCULTURAS E EM SEUS DESENHOS MOVIMENTOS E BRINCADEIRAS DE CRIANÇAS. A BAILARINA RODA, RODA, RODA, COM OS BRACINHOS NO AR E NÃO FICA TONTA NEM SAI DO LUGAR. PÕE NO CABELO UMA ESTRELA E UM VÉU E DIZ QUE CAIU DO CÉU. CECÍLIA MEIRELES. OU ISTO OU AQUILO. SÃO PAULO: GLOBAL, 2014. P. 17. pode ser necessário mediar uma roda de conversa para que todos se expressem e possam aprender uns com os outros. Resposta pessoal. Sugere-se apresentar propostas lúdicas com massinhas ou balões de ar em que os estudantes possam perceber que as formas modeladas também são tridimensionais. CO LE ÇÃ O P AR TI CU LA R 22 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 22D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 22 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 23D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 23 11/08/21 08:0711/08/21 08:07 https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa3245/cecilia-meireles https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa3245/cecilia-meireles https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa3245/cecilia-meireles ORGANIZE-SE Organizar o espaço e os materiais para o processo de criação escultóri- co. Com antecedência, providenciar massinhas de modelar, argila, caixas de papelão, papéis de jornal ou de revistas, bexiga comprida, cola, fita adesiva, tesoura escolar, tintas à base de água, papéis e água para limparem os pincéis e as mãos. ROTEIRO DE AULA Propor a atividade 1 como um momento de planejamento da escul- tura a ser criada pelos estudantes. Nas atividades 2 e 3, combinar com os estudantes sobre a organi- zação de materiais e como forrar as mesas. Orientá-los a escolher vários materiais e usá-los para compor a es- cultura que criarão, como massinhas de modelar, argila, caixas de papelão, papéis de jornal ou de revistas e até uma bexiga comprida para criar formas pareci- das com o efeito na obra de Jeff Koons. Na atividade 4, não é preciso delimitar qual poderá ser o título da escultura, mas pode-se ajudar os estudantes que estejam apresentando dificuldade. Articulação com Matemática Na atividade 5, os estudantes traba- lham com as medidas de comprimento, largura e altura, podendo estimar, medir e comparar comprimentos diferentes. ⊲ PNA • Produção de escrita A atividade 4 possibilita a escrita de palavras ao solicitar que os estudantes ela- borem um título para as esculturas. • Noções de posição e medidas A atividade 5 proporciona o desenvol- vimento da noção de medida, durante a ação de fazer a medição da escultura. ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. 24 RÉPLICA GIGANTE DA ⊲ ESCULTURA BOI-BUMBÁ, DE MESTRE JOÃO DAS ALAGOAS, 2017. ISOPOR NAVAL E FIBRA DE VIDRO. A ESCULTURA ESTÁ LOCALIZADA EM UMA AVENIDA NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, ESTADO DE ALAGOAS. NA MAIORIA DAS CIDADES, EXISTEM PRAÇAS, JARDINS, MUSEUS E OUTROS LUGARES EM QUE PODEMOS ENCONTRAR ESCULTURAS. ALGUMAS DELAS SÃO BEM GRANDES. VEJA ESTA IMAGEM. ARTE LÁ FORA? ESSA ARTE É NOSSA! HÁ OBRAS DE ARTE QUE PERTENCEM AO PATRIMÔNIO CULTURAL. ELAS SÃO ACERVOS DA ARTE PÚBLICA E SÃO DE TODOS NÓS! PATRIMÔNIO CULTURAL É TUDO O QUE TEM IMPORTÂNCIA CULTURAL OU HISTÓRICA PARA UM GRUPO DE PESSOAS OU PARA TODA A HUMANIDADE E, POR ISSO, DEVE SER PRESERVADO. ALGUNS EXEMPLOS: OBRAS DE ARTE, ARQUITETURA, DANÇAS, CULINÁRIA, ENTRE OUTROS. ARTE PÚBLICA É FEITA PARA QUE TODOS POSSAM APRECIÁ-LA. GERALMENTE, ESSAS OBRAS FICAM EM ESPAÇOS ONDE AS PESSOAS PASSAM NO DIA A DIA, COMO RUAS, PRAÇAS E OUTROS LOCAIS. DE OLIVEIRA FRANCA/SHUTTERSTOCK.COM Respostas pessoais. Incentivar a participação dos estudantes e explorar os detalhes dos relatos deles. 1. VOCÊ JÁ VIU ALGUMA ARTE PÚBLICA? ONDE ELA ESTAVA? CONVERSE A RESPEITO COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. diAlogos 25 PATRIMÔNIO CULTURALPATRIMÔNIO CULTURAL D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 25D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 25 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 PODEMOS CRIAR FORMAS TRIDIMENSIONAIS COM MATERIAIS VARIADOS E DE DIVERSOS TAMANHOS. VAMOS LÁ? Resposta pessoal. O desenho pode ser explorado como processo, produto final ou registro. Nesse sentido, observar esses três aspectos nos desenhos e sugerir aos estudantes que se expressem aqui e em folhas avulsas, em suportes maiores e em outras propostas. Resposta pessoal. 1. FAÇA UM DESENHO DA ESCULTURA QUE VOCÊ QUER CRIAR. 2. COM A AJUDA DO PROFESSOR, ORGANIZE OS MATERIAIS QUE VAI USAR. 3. AGORA, MÃOS À OBRA. CRIE UMA ESCULTURA! 4. VOCÊ PENSOU EM UM TÍTULO PARA ELA? ESCREVA A SEGUIR. 5. QUAIS SÃO AS DIMENSÕES DA SUA ESCULTURA? A) COMPRIMENTO: B) LARGURA: C) ALTURA: ILUSTRAÇÕES: CLAUDIA MARIANNO Respostas pessoais. Além de trabalhar com os estudantes como medir o comprimento, a largura e a altura, retomar os dados da MEDINDO SUA ESCULTURA legenda da imagem Cão de balão, de JeffKoons, para que possam comparar as medidas de suas esculturas com a obra do artista. diAlogosdiAlogos 24 MATEMÁTICAMATEMÁTICA D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 24D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 24 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 24D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 24 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR25) Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imate- rial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matri- zes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertó- rio relativos às diferentes linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Há arte em todos os lugares, e muitas criações artísticas fazem parte do acervo público e da memória das cidades. Escul- turas, pinturas, monumentos arquitetô- nicos, fachadas de edifícios antigos com- põem os principais tipos de patrimônios culturais materiais. Nem todo patrimônio, no entanto, pode ser classificado como arte pública, pois alguns são conservados em locais de acesso restrito. Pedir aos estudantes que perguntem aos familiares sobre esculturas que viram em outros lugares (em um local diferente, em que moraram durante a infância ou em cidade que visitaram, por exemplo) ou que conhecem por sua fama (como o Cris- to Redentor no Rio de Janeiro). Memória é um elemento importante do estudo do patrimônio cultural. Na atividade 1, caso alguns estudan- tes nunca tenham visto exemplares de arte pública, terão a oportunidade de fazer um passeio pelo município, com os familia- res, na atividade proposta na seção Arte- -aventura da página 28. Reforçar a im- portância da valorização e da preservação do patrimônio cultural, bem como co- nhecer e preservar as obras de arte, principalmente as que estão expostas em locais públicos. Reforçar a noção de que a arte pública é de todos. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Solicitar aos estudantes que regis- trem em seus cadernos de artista o que ficou da conversa sobre patrimô- nio cultural e arte pública. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE VÍDEO • MEMÓRIA, Preservação e o Patrimônio Artístico do Estado de São Paulo. Vídeo (19min46s). Disponível em: https://youtu.be/I7bAlacs4rk. Acesso em: 19 jul. 2021. Documentário que conta com en- trevistas com Barros Freire, Mirian Ce- leste e Eduardo Srur. 25 RÉPLICA GIGANTE DA ⊲ ESCULTURA BOI-BUMBÁ, DE MESTRE JOÃO DAS ALAGOAS, 2017. ISOPOR NAVAL E FIBRA DE VIDRO. A ESCULTURA ESTÁ LOCALIZADA EM UMA AVENIDA NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, ESTADO DE ALAGOAS. NA MAIORIA DAS CIDADES, EXISTEM PRAÇAS, JARDINS, MUSEUS E OUTROS LUGARES EM QUE PODEMOS ENCONTRAR ESCULTURAS. ALGUMAS DELAS SÃO BEM GRANDES. VEJA ESTA IMAGEM. ARTE LÁ FORA? ESSA ARTE É NOSSA! HÁ OBRAS DE ARTE QUE PERTENCEM AO PATRIMÔNIO CULTURAL. ELAS SÃO ACERVOS DA ARTE PÚBLICA E SÃO DE TODOS NÓS! PATRIMÔNIO CULTURAL É TUDO O QUE TEM IMPORTÂNCIA CULTURAL OU HISTÓRICA PARA UM GRUPO DE PESSOAS OU PARA TODA A HUMANIDADE E, POR ISSO, DEVE SER PRESERVADO. ALGUNS EXEMPLOS: OBRAS DE ARTE, ARQUITETURA, DANÇAS, CULINÁRIA, ENTRE OUTROS. ARTE PÚBLICA É FEITA PARA QUE TODOS POSSAM APRECIÁ-LA. GERALMENTE, ESSAS OBRAS FICAM EM ESPAÇOS ONDE AS PESSOAS PASSAM NO DIA A DIA, COMO RUAS, PRAÇAS E OUTROS LOCAIS. DE OLIVEIRA FRANCA/SHUTTERSTOCK.COM Respostas pessoais. Incentivar a participação dos estudantes e explorar os detalhes dos relatos deles. 1. VOCÊ JÁ VIU ALGUMA ARTE PÚBLICA? ONDE ELA ESTAVA? CONVERSE A RESPEITO COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. diAlogos 25 PATRIMÔNIO CULTURALPATRIMÔNIO CULTURAL D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 25D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 25 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 PODEMOS CRIAR FORMAS TRIDIMENSIONAIS COM MATERIAIS VARIADOS E DE DIVERSOS TAMANHOS. VAMOS LÁ? Resposta pessoal. O desenho pode ser explorado como processo, produto final ou registro. Nesse sentido, observar esses três aspectos nos desenhos e sugerir aos estudantes que se expressem aqui e em folhas avulsas, em suportes maiores e em outras propostas. Resposta pessoal. 1. FAÇA UM DESENHO DA ESCULTURA QUE VOCÊ QUER CRIAR. 2. COM A AJUDA DO PROFESSOR, ORGANIZE OS MATERIAIS QUE VAI USAR. 3. AGORA, MÃOS À OBRA. CRIE UMA ESCULTURA! 4. VOCÊ PENSOU EM UM TÍTULO PARA ELA? ESCREVA A SEGUIR. 5. QUAIS SÃO AS DIMENSÕES DA SUA ESCULTURA? A) COMPRIMENTO: B) LARGURA: C) ALTURA: ILUSTRAÇÕES: CLAUDIA MARIANNO Respostas pessoais. Além de trabalhar com os estudantes como medir o comprimento, a largura e a altura, retomar os dados da MEDINDO SUA ESCULTURA legenda da imagem Cão de balão, de Jeff Koons, para que possam comparar as medidas de suas esculturas com a obra do artista. diAlogosdiAlogos 24 MATEMÁTICAMATEMÁTICA D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 24D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 24 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 25D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 25 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 ⊲ BNCC (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. ORGANIZE-SE Preparar com antecedência os ma- teriais que serão usados para a massa de modelar e o ambiente para a ação criadora. ROTEIRO DE AULA Orientar os estudantes na produ- ção do material de modelar e na ação criadora. Propor a eles vários movi- mentos na ação de modelar, como amassar, fazer rolinhos, esticar a mas- sa, criar marcas, fazer formas, separar e agrupar. Propor também que pesquisem vá- rias possibilidades de formas. Retomar os estudos sobre as formas orgânicas e as formas geométricas. • Formas orgânicas são as que não apresentam formatos exatos ou de precisão geométrica. • Formas geométricas são as que apresentam linhas retas ou curvas, que formam quadrados, retângulos, círculos e outros. Propor aos estudantes que explorem as formas tridimensionais na arte de modelagem de modo poético pessoal. 26 COMO FAZER 1. MISTURE A FARINHA DE TRIGO E O SAL. COLOQUE A ÁGUA E O ÓLEO AOS POUCOS E MISTURE ATÉ A MASSA FICAR HOMOGÊNEA E NÃO GRUDAR NA MÃO. 2. COM A MASSA PRONTA, É HORA DE COLORIR. DIVIDA A MASSA EM PARTES E, EM CADA PARTE, COLOQUE UM POUCO DE CORANTE. 3. AMASSE BEM ATÉ O CORANTE SE DISSOLVER EM TODA A MASSA. . SUA MASSA ESTÁ PRONTA! AGORA, VOCÊ PODE CRIAR SUAS ESCULTURAS EM MODELAGEM! IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 27 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 27D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 27 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 PARA MODELAR, VOCÊ PODE USAR ARGILA OU MASSA DE MODELAR. ELA PODE SER FEITA DE FORMA INDUSTRIAL OU ARTESANAL. AGORA, APRENDA COMO FAZER UMA MASSA DE MODELAR ARTESANAL. VAMOS MODELAR? ATENÇÃO: PEÇA AJUDA AO PROFESSOR PARA FAZER A MASSADE MODELAR. MATERIAIS 2 COLHERES (SOPA) DE ÓLEO DE COZINHA 2 XÍCARAS (CHÁ) DE FARINHA DE TRIGO 1 VASILHA GRANDE 1 XÍCARA (CHÁ) DE SAL 1 XÍCARA (CHÁ) DE ÁGUA IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E CORANTES ALIMENTÍCIOS (SUCO EM PÓ DISSOLVIDO OU ANILINA) OFICINA de arte 26 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 26D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 26 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 26D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 26 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 ⊲ +IDEIAS Pesquisar com os estudantes mais ma- terialidades para criar massas caseiras. Apresentar esta receita de papel machê para fazer com a família. Os materiais necessários são: • papéis (jornal, papel-toalha ou outro tipo); • tigela com água; • vinagre; • cola; • amido de milho. Iniciar picando os papéis em uma tigela com água e deixar descansar por 24 horas. Retirar aos poucos os papéis pica- dos da água, espremer para retirar o excesso da água e colocar em outra vasilha. Depois, esfarelar bem os pa- péis dentro da tigela. Acrescentar algumas gotas de vina- gre para evitar o desenvolvimento de microrganismos e misturar bem. Em seguida, acrescentar cola e amido de milho aos poucos e misturar muito bem até conseguir uma massa homogênea. Agora, já é possível usar a massa para modelar as formas. Com as formas modeladas, deixar que sequem ao sol por 8 horas. No dia seguinte, deixar mais 8 horas ao sol. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Fazer anotações acerca da parti- cipação e do envolvimento dos es- tudantes na preparação da massa e experimentação na modelagem. Se possível, criar registros usando tecno- logias digitais em foto e vídeo. Propor uma roda de conversa ao final e insti- gar os estudantes a comentarem sobre todo o processo (relembrar as etapas para manter a conversa em movimen- to). Solicitar aos estudantes que façam registros em seus cadernos de artista. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR LIVRO • CANTON, Katia. Escultura aventura. São Paulo: DCL, 2009. A autora traça um percurso pela história e linguagem da escultura, abordando desde monumentos his- tóricos à sua presença no cotidia- no, favorecendo a aproximação das crianças com esta forma de fazer arte em três dimensões. 27 COMO FAZER 1. MISTURE A FARINHA DE TRIGO E O SAL. COLOQUE A ÁGUA E O ÓLEO AOS POUCOS E MISTURE ATÉ A MASSA FICAR HOMOGÊNEA E NÃO GRUDAR NA MÃO. 2. COM A MASSA PRONTA, É HORA DE COLORIR. DIVIDA A MASSA EM PARTES E, EM CADA PARTE, COLOQUE UM POUCO DE CORANTE. 3. AMASSE BEM ATÉ O CORANTE SE DISSOLVER EM TODA A MASSA. . SUA MASSA ESTÁ PRONTA! AGORA, VOCÊ PODE CRIAR SUAS ESCULTURAS EM MODELAGEM! IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E 27 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 27D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 27 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 PARA MODELAR, VOCÊ PODE USAR ARGILA OU MASSA DE MODELAR. ELA PODE SER FEITA DE FORMA INDUSTRIAL OU ARTESANAL. AGORA, APRENDA COMO FAZER UMA MASSA DE MODELAR ARTESANAL. VAMOS MODELAR? ATENÇÃO: PEÇA AJUDA AO PROFESSOR PARA FAZER A MASSA DE MODELAR. MATERIAIS 2 COLHERES (SOPA) DE ÓLEO DE COZINHA 2 XÍCARAS (CHÁ) DE FARINHA DE TRIGO 1 VASILHA GRANDE 1 XÍCARA (CHÁ) DE SAL 1 XÍCARA (CHÁ) DE ÁGUA IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E CORANTES ALIMENTÍCIOS (SUCO EM PÓ DISSOLVIDO OU ANILINA) OFICINA de arte 26 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 26D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 26 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 27D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 27 11/08/21 08:0711/08/21 08:07 ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. ROTEIRO DE AULA O objetivo da proposta é que os estudan- tes aprendam a valorizar o acervo e a pro- dução local de arte. Também é possível abrir espaço para inserir questões do currículo e projetos específicos da realidade local. A pro- posta de descoberta é, de fato, estabelecer um novo olhar acerca da arte próxima aos estudantes. Aqui, o foco recai sobre as es- culturas, mas cada local, em geral, dispõe de um acervo específico de arte pública e pode- -se ampliar o escopo para acolher a arte pú- blica da região onde os estudantes moram. Indicam-se, aqui, a experiência, a pesquisa e o contato com a arte fora da escola, junto a amigos e familiares. As experiências vividas e as obras encon- tradas podem ser registradas tanto por meio da fotografia quanto do desenho (ou outras formas que os estudantes criadores ou o professor propositor pos- sam inventar). É importante acompanhar e orientar a construção das esculturas, desafiando os estudantes a encontrarem soluções apon- tando possibilidades. 28 AGORA, QUE TAL SE REUNIR COM OS COLEGAS E CRIAR UMA ESCULTURA PARA EXPOR NA SUA ESCOLA? ELA PODERÁ SER VISITADA POR TODOS. MATERIAIS COMO FAZER GARRAFAS PET TESOURA ESCOLAR FITAS ADESIVAS COLORIDAS PINCÉIS TINTAS COLORIDAS PAPÉIS COLORIDOS CAIXAS GRANDES DE PAPELÃO 1. CONVERSE COM OS COLEGAS SOBRE A FORMA QUE DESEJAM DAR PARA A ESCULTURA. 2. JUNTEM MATERIAIS PARA CRIAR UMA ESCULTURA DE GRANDE FORMATO. 3. PRENDAM TUDO COM FITA ADESIVA. . FAÇAM O ACABAMENTO COLORINDO COM TINTA OU COLANDO PAPÉIS. 5. ESCOLHAM UM LOCAL NA ESCOLA PARA EXPOR A ESCULTURA DA TURMA! ILUSTRAÇÕES: CACA FRANÇA 29 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 29D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 29 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 1. QUE TAL FAZER UM PASSEIO COM SEUS FAMILIARES PELO LUGAR ONDE VOCÊ VIVE? A) DURANTE O PASSEIO, OBSERVE EM QUE LOCAIS EXISTE ARTE PÚBLICA. B) FOTOGRAFE AS OBRAS DE ARTE QUE VOCÊS ENCONTRARAM. C) DEPOIS, DESENHE A QUE VOCÊ MAIS GOSTOU EM UMA FOLHA AVULSA. D) NA PRÓXIMA AULA DE ARTE, COMPARTILHE SEUS REGISTROS COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. QUE TAL DESCOBRIR A ARTE PÚBLICA? EM SUA CIDADE, TEM UM LUGAR COM OBRAS DE ARTE QUE TODOS PODEM VER, SENTIR E APRECIAR? EM MUITOS LUGARES, É POSSÍVEL ENCONTRAR JARDINS COM ESCULTURAS. EM OUTROS, EXISTEM ESCULTURAS COM AS QUAIS É PERMITIDO INTERAGIR E BRINCAR. VEJA ESTA ESCULTURA AO LADO. A ARTE PÚBLICA PODE ESTAR POR TODA PARTE! DESCOBRINDO A ARTE PÚBLICA 1. a), b), c) e d) Respostas pessoais. Indicam-se, aqui, a experiência, a pesquisa e o contato com a arte fora da escola, junto de familiares. As experiências vividas e as obras encontradas podem ser registradas por meio da fotografia e, depois, XICA LIMA PARQUE LÚDICO BICHOS DA MATA, NO SESC ITAQUERA, NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO, 2020. os estudantes devem desenhá-las em uma folha avulsa. arte-AVENTURA 28 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 28D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 28 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd28D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 28 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 O local de exposição indicado é o jardim da escola, mas poderá ser outro espaço que a escola ofereça (se estiver chovendo, por exemplo, o local terá de ser coberto). Caso a escola não disponha de local para a criação no jardim, podem-se encontrar espaços alternativos de fácil acesso para todos, como o pátio ou um corredor. ⊲ PNA • Literacia familiar A atividade trabalha com literacia fami- liar ao propor aos estudantes que pesqui- sem e entrem em contato com arte públi- ca junto de seus familiares. ⊲ +IDEIAS Orientar os estudantes acerca da possi- bilidade de criar esculturas com amigos e familiares. Eles poderão se basear na arte pública visitada, em referenciais do livro, em outras pesquisas ou mesmo construir algo novo a partir do processo de criar formas em três dimensões ou a partir da imaginação. Pedir aos estudantes que re- gistrem suas criações para compartilhar na escola e contem como foi o processo. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Identificar, por meio de conversas e dos registros feitos pelos estudantes em seus cadernos de artista, se eles reconhecem a arte pública. O contato com a arte urbana pode influenciar a forma como os estudantes criam suas esculturas, mas, em geral, é a própria relação com os materiais, ferramentas e procedimentos que impulsionam seu processo criador. É recomendável estabelecer momentos para a conver- sação e o registro, tanto do professor quanto dos estudantes, pois estes oferecem índices que permitem vis- lumbrar o desenvolvimento dos estu- dantes no decorrer dos percursos de aprendizagem. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR LIVRO • MARTINS, Mirian Celeste (org.). Pensar juntos a mediação cultural: [entre]laçando experiências e conceitos. São Paulo: Terracota, 2014. Livro produzido no âmbito das discussões promovidas pelo Grupo de Pesquisa em Mediação Cultural: contaminações e provocações estéti- cas (GPeMC), sob a coordenação de Mirian Celeste Martins, no qual se entrelaçam narrativas mediadoras e conceitos como experiência estética, mediação, patrimônio cultural, cura- doria educativa, professor/criador e [con]tato com a arte. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA SITE • JARDIM de Esculturas – MAM. Disponível em: https://mam.org. br/exposicao/jardim-de-esculturas/. Acesso em: 19 jul. 2021. Página do Jardim de Esculturas do site oficial do Museu de Arte Moder- na de São Paulo. SITE • BRUSQUE. Parque das Esculturas. Uma atração brusquense aberta todos os dias do ano. Disponível em: https:// portal.brusque.sc.gov.br/audios/parque- da-esculturas-uma-atracao-brusquense- aberta-todos-os-dias-do-ano/. Acesso em: 19 jul. 2021. Página do site da Prefeitura de Brus- que (SC), com informações em texto e áudio e com imagens do parque. 29 AGORA, QUE TAL SE REUNIR COM OS COLEGAS E CRIAR UMA ESCULTURA PARA EXPOR NA SUA ESCOLA? ELA PODERÁ SER VISITADA POR TODOS. MATERIAIS COMO FAZER GARRAFAS PET TESOURA ESCOLAR FITAS ADESIVAS COLORIDAS PINCÉIS TINTAS COLORIDAS PAPÉIS COLORIDOS CAIXAS GRANDES DE PAPELÃO 1. CONVERSE COM OS COLEGAS SOBRE A FORMA QUE DESEJAM DAR PARA A ESCULTURA. 2. JUNTEM MATERIAIS PARA CRIAR UMA ESCULTURA DE GRANDE FORMATO. 3. PRENDAM TUDO COM FITA ADESIVA. . FAÇAM O ACABAMENTO COLORINDO COM TINTA OU COLANDO PAPÉIS. 5. ESCOLHAM UM LOCAL NA ESCOLA PARA EXPOR A ESCULTURA DA TURMA! ILUSTRAÇÕES: CACA FRANÇA 29 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 29D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 29 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 1. QUE TAL FAZER UM PASSEIO COM SEUS FAMILIARES PELO LUGAR ONDE VOCÊ VIVE? A) DURANTE O PASSEIO, OBSERVE EM QUE LOCAIS EXISTE ARTE PÚBLICA. B) FOTOGRAFE AS OBRAS DE ARTE QUE VOCÊS ENCONTRARAM. C) DEPOIS, DESENHE A QUE VOCÊ MAIS GOSTOU EM UMA FOLHA AVULSA. D) NA PRÓXIMA AULA DE ARTE, COMPARTILHE SEUS REGISTROS COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. QUE TAL DESCOBRIR A ARTE PÚBLICA? EM SUA CIDADE, TEM UM LUGAR COM OBRAS DE ARTE QUE TODOS PODEM VER, SENTIR E APRECIAR? EM MUITOS LUGARES, É POSSÍVEL ENCONTRAR JARDINS COM ESCULTURAS. EM OUTROS, EXISTEM ESCULTURAS COM AS QUAIS É PERMITIDO INTERAGIR E BRINCAR. VEJA ESTA ESCULTURA AO LADO. A ARTE PÚBLICA PODE ESTAR POR TODA PARTE! DESCOBRINDO A ARTE PÚBLICA 1. a), b), c) e d) Respostas pessoais. Indicam-se, aqui, a experiência, a pesquisa e o contato com a arte fora da escola, junto de familiares. As experiências vividas e as obras encontradas podem ser registradas por meio da fotografia e, depois, XICA LIMA PARQUE LÚDICO BICHOS DA MATA, NO SESC ITAQUERA, NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO, 2020. os estudantes devem desenhá-las em uma folha avulsa. arte-AVENTURA 28 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 28D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 28 10/07/21 11:2410/07/21 11:24 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 29D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 29 11/08/21 08:0711/08/21 08:07 https://mam.org.br/exposicao/jardim-de-esculturas/ https://mam.org.br/exposicao/jardim-de-esculturas/ https://portal.brusque.sc.gov.br/audios/parque-da-esculturas-uma-atracao-brusquense-aberta-todos-os-dias-do-ano/ https://portal.brusque.sc.gov.br/audios/parque-da-esculturas-uma-atracao-brusquense-aberta-todos-os-dias-do-ano/ https://portal.brusque.sc.gov.br/audios/parque-da-esculturas-uma-atracao-brusquense-aberta-todos-os-dias-do-ano/ https://portal.brusque.sc.gov.br/audios/parque-da-esculturas-uma-atracao-brusquense-aberta-todos-os-dias-do-ano/ https://portal.brusque.sc.gov.br/audios/parque-da-esculturas-uma-atracao-brusquense-aberta-todos-os-dias-do-ano/ https://portal.brusque.sc.gov.br/audios/parque-da-esculturas-uma-atracao-brusquense-aberta-todos-os-dias-do-ano/ ORGANIZE-SE Com antecedência, pedir aos estudan- tes e aos familiares que providenciem os materiais sugeridos no Livro do Estudante. ROTEIRO DE AULA O processo de criação de esculturas é uma grande aventura, especialmente se tiver início na preparação do material. A experiência de transformação da maté- ria proporcionada pela escultura é muito significativa para as aulas de Arte. Usar o gesso é interessante por ser leve e ofe- recer pouca resistência ao processo de subtração. Podem-se ainda usar outros materiais para a criação das esculturas na escola, como legumes ou barras de sabão. Falar com os estudantes sobre as se- guintes diferenças de procedimento para criar formas tridimensionais: • esculpir – conversar sobre as ações de desbastar, talhar, retirar material da base e ir dando a forma desejada (no acaba- mento, é possível lixar e polir); • modelar – conversar sobre a ação de ⊲ BNCC (EF15AR01) Identificar e apreciar for- mas distintas das artes visuais tradi- cionais e contemporâneas, cultivan- do a percepção, o imaginário, a ca- pacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes vi- suais (ponto, linha, forma, cor, espa- ço, movimento etc.). (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes esté- ticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (dese- nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fa- zendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas con- vencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da co- munidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua cria- ção e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. 30 COMO FAZER ESTA E A MINHA ARTE! CHEGOU O MOMENTO DE FAZER UMA EXPOSIÇÃO DAS ESCULTURAS DE TODA A TURMA! • CRIEM CARTAZES DE DIVULGAÇÃO DA EXPOSIÇÃO COM AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: NOMEDA EXPOSIÇÃO, LOCAL, DATA E HORÁRIO. • COM A AJUDA DO PROFESSOR, COLEM OS CARTAZES NOS CORREDORES E MURAIS DA ESCOLA. • NO DIA DA EXPOSIÇÃO, ORGANIZEM AS ESCULTURAS SOBRE AS CARTEIRAS. EM UMA FOLHA AVULSA, ESCREVAM OS DADOS DA OBRA, COMO O TÍTULO, AS DIMENSÕES, O ANO EM QUE FOI FEITA. • CONVERSEM COM OS VISITANTES DA EXPOSIÇÃO SOBRE COMO VOCÊS CRIARAM SUAS OBRAS. COLHER OU PALITOS DE SORVETE 2 COPOS COM GESSO EM PÓ 2 COPOS COM ÁGUA CAIXA DE LEITE VAZIA VASILHA 1. COLOQUE EM UMA VASILHA O GESSO EM PÓ E VÁ ACRESCENTANDO A ÁGUA AOS POUCOS. 2. MISTURE BEM E, RAPIDAMENTE, COLOQUE ESSA MISTURA DENTRO DE UMA CAIXA DE LEITE VAZIA E LIMPA. 3. QUANDO O GESSO SECAR, RASGUE A CAIXA E RETIRE A PEDRA DE GESSO. . PARA ESCULPIR SOBRE A PEDRA DE GESSO, USE UMA COLHER OU UM PALITO DE SORVETE. 5. PARA O ACABAMENTO, VOCÊ PODE USAR TINTAS, LANTEJOULAS, BOTÕES, FIOS DE LÃ, ENTRE OUTROS MATERIAIS. ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE MATERIAIS DICA: VOCÊ PODE SUBSTITUIR A PEDRA DE GESSO POR SABÃO EM BARRA. 31 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 31D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 31 10/07/21 11:2510/07/21 11:25 ILUST RAÇÕ ES: VA NESS A ALE XAND RE PARA CONSTRUIR: MATERIAIS REUTILIZÁVEIS, COMO EMBALAGENS PLÁSTICAS, CAIXAS DE PAPELÃO, PAPÉIS VARIADOS, ENTRE OUTROS. COLA BRANCA E FITA ADESIVA PODEM AJUDAR NA CONSTRUÇÃO. PARA ESCULPIR: PEDRAS, BLOCOS DE GESSO E OUTROS MATERIAIS, ALÉM DE FERRAMENTAS APROPRIADAS PARA CADA TIPO DE MATERIAL. PARA MODELAR, ESCULPIR OU CONSTRUIR ESCULTURAS, OS MATERIAIS PODEM SER OS MAIS DIVERSOS, COMO VIMOS NESTE CAPÍTULO. LEIA ALGUMAS SUGESTÕES A SEGUIR. PARA MODELAR: MASSINHAS DE MODELAR (INDUSTRIAL OU FEITA ARTESANALMENTE POR VOCÊ) OU ARGILA. AGORA, VEJA COMO FAZER UMA PEDRA DE GESSO PARA, DEPOIS, CRIAR UMA ESCULTURA COM ELA. ATELIÊ DE ARTE NA ESCOLA: ESCULTURAS VAMOS MONTAR UM ATELIÊ PARA CRIAR MAIS ESCULTURAS? COMBINE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. 30 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 30D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 30 10/07/21 11:2510/07/21 11:25 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 30D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23.indd 30 09/08/21 14:4909/08/21 14:49 modelar, em que usamos materiais mais flexíveis e modelos, agregamos ou reti- ramos material da matéria-base e damos forma apertando, marcando, dobrando, alisando etc., dependendo do material usado. Articulação com Língua Portuguesa A criação de cartazes com a ajuda do professor, sugerida no boxe Esta é a mi- nha arte!, possibilita a produção de tex- tos incluindo as etapas de planejamento, revisão e edição. ⊲ PNA • Produção escrita A atividade trabalha a produção de es- crita ao propor aos estudantes que escre- vam os dados de suas obras em uma folha avulsa. • Desenvolvimento de vocabulário Os estudantes desenvolvem a com- preensão de vocabulário a partir do con- texto de uso, diferenciando os materiais em modelar e esculpir. ⊲ +IDEIAS Experiências com modelagem po- dem ser feitas em casa. Em Suges- tão para a família trazemos uma publicação do site Tempojunto com algumas propostas de modelagem e outras brincadeiras com argila. É im- portante preparar um espaço para as atividades, com forração e panos para ajudar na hora da limpeza. Também é interessante disponibilizar espaços para guardar as criações ou mesmo para deixá-las em exposição. Registrar o processo pode ser bem interessante para ampliar o acervo da memória fa- miliar dos momentos juntos. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Avaliar como os estudantes se comportam em momento de ação criadora. Essa situação de aprendiza- gem propõe: • experimentação de materialidades; • processos e procedimentos ar- tísticos; • investigação de técnicas; • resolução de problemas; • poética pessoal; • trabalho colaborativo; • organização do material. Entre outras observações e anota- ções, é interessante criar uma ficha (pauta de avaliação) com base nessas questões. SUGESTÃO ⊲ PARA A FAMÍLIA SITE • CAMARGO, Patricia. 10 ideias criativas usando argila. Tempojunto, 10 abr. 2015. Disponível em: https://www. tempojunto.com/2015/04/10/10-ideias- de-como-brincar-e-fazer-arte-com- argila/. Acesso em: 19 jul. 2021. Publicação do site Tempojunto traz ideias para modelar e brincar com ar- gila no lar. 31 COMO FAZER ESTA E A MINHA ARTE! CHEGOU O MOMENTO DE FAZER UMA EXPOSIÇÃO DAS ESCULTURAS DE TODA A TURMA! • CRIEM CARTAZES DE DIVULGAÇÃO DA EXPOSIÇÃO COM AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: NOME DA EXPOSIÇÃO, LOCAL, DATA E HORÁRIO. • COM A AJUDA DO PROFESSOR, COLEM OS CARTAZES NOS CORREDORES E MURAIS DA ESCOLA. • NO DIA DA EXPOSIÇÃO, ORGANIZEM AS ESCULTURAS SOBRE AS CARTEIRAS. EM UMA FOLHA AVULSA, ESCREVAM OS DADOS DA OBRA, COMO O TÍTULO, AS DIMENSÕES, O ANO EM QUE FOI FEITA. • CONVERSEM COM OS VISITANTES DA EXPOSIÇÃO SOBRE COMO VOCÊS CRIARAM SUAS OBRAS. COLHER OU PALITOS DE SORVETE 2 COPOS COM GESSO EM PÓ 2 COPOS COM ÁGUA CAIXA DE LEITE VAZIA VASILHA 1. COLOQUE EM UMA VASILHA O GESSO EM PÓ E VÁ ACRESCENTANDO A ÁGUA AOS POUCOS. 2. MISTURE BEM E, RAPIDAMENTE, COLOQUE ESSA MISTURA DENTRO DE UMA CAIXA DE LEITE VAZIA E LIMPA. 3. QUANDO O GESSO SECAR, RASGUE A CAIXA E RETIRE A PEDRA DE GESSO. . PARA ESCULPIR SOBRE A PEDRA DE GESSO, USE UMA COLHER OU UM PALITO DE SORVETE. 5. PARA O ACABAMENTO, VOCÊ PODE USAR TINTAS, LANTEJOULAS, BOTÕES, FIOS DE LÃ, ENTRE OUTROS MATERIAIS. ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE MATERIAIS DICA: VOCÊ PODE SUBSTITUIR A PEDRA DE GESSO POR SABÃO EM BARRA. 31 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 31D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 31 10/07/21 11:2510/07/21 11:25 ILUST RAÇÕ ES: VA NESS A ALE XAND RE PARA CONSTRUIR: MATERIAIS REUTILIZÁVEIS, COMO EMBALAGENS PLÁSTICAS, CAIXAS DE PAPELÃO, PAPÉIS VARIADOS, ENTRE OUTROS. COLA BRANCA E FITA ADESIVA PODEM AJUDAR NA CONSTRUÇÃO. PARA ESCULPIR: PEDRAS, BLOCOS DE GESSO E OUTROS MATERIAIS, ALÉM DE FERRAMENTAS APROPRIADAS PARA CADA TIPO DE MATERIAL. PARA MODELAR, ESCULPIR OU CONSTRUIR ESCULTURAS, OS MATERIAIS PODEM SER OS MAIS DIVERSOS, COMO VIMOS NESTE CAPÍTULO. LEIA ALGUMAS SUGESTÕES A SEGUIR. PARA MODELAR: MASSINHAS DE MODELAR (INDUSTRIAL OU FEITA ARTESANALMENTE POR VOCÊ) OU ARGILA. AGORA, VEJA COMO FAZER UMA PEDRA DE GESSO PARA, DEPOIS, CRIAR UMA ESCULTURA COM ELA. ATELIÊ DE ARTE NA ESCOLA: ESCULTURAS VAMOS MONTAR UM ATELIÊ PARA CRIAR MAIS ESCULTURAS? COMBINE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR. 30 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 30D3-ART-F1-1101-V2-U1-C1-006 a 031-LA-G23-AVU2.indd 30 10/07/21 11:2510/07/21 11:25 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 31D2-ART-F1-1101-V2-U1-C1-001 a 031-MPE-G23-AVU1.indd 31 11/08/21 08:0811/08/21 08:08 https://www.tempojunto.com/2015/04/10/10-ideias-de-como-brincar-e-fazer-arte-com-argila/ https://www.tempojunto.com/2015/04/10/10-ideias-de-como-brincar-e-fazer-arte-com-argila/ https://www.tempojunto.com/2015/04/10/10-ideias-de-como-brincar-e-fazer-arte-com-argila/ https://www.tempojunto.com/2015/04/10/10-ideias-de-como-brincar-e-fazer-arte-com-argila/ https://www.tempojunto.com/2015/04/10/10-ideias-de-como-brincar-e-fazer-arte-com-argila/ ORGANIZE-SE Trazer mais informações sobre o es- petáculo teatral Círculo das Baleias, da Cia. Pia Fraus. Ver Sugestão para o professor. Aproveitar e apresentar ou- tras curiosidades sobre essa companhia de dança e teatro. ROTEIRO DE AULA Ainda sobre materialidade, agora a atenção está voltada para o corpo, supor- te primário do teatro e da dança, e para os objetos cênicos. ⊲ BNCC (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. (EF15AR09) Estabelecer relações en- tre as partes do corpo e destascom o todo corporal na construção do movi- mento dançado. (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório ficcional. (EF15AR19) Descobrir teatralida- des na vida cotidiana, identificando elementos teatrais (variadas entona- ções de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narra- tivas etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. 32 33 PI A FR AU S. IL U ST RA ÇÃ O : R O BE RT O W EI G AN D Venha dançar e brincar! Observe esta imagem. Os artistas estão dançando. Mas eles dançam sozinhos? O que percebemos nesta cena? São brinquedos ou personagens? Será que nós também podemos usar objetos como parte da dança e dos jogos teatrais? Nas artes cênicas, os objetos podem virar personagens? Na dança, o corpo mexe e balança. Será que objetos podem nos ajudar a dançar? Venha brincar e descobrir materiais para criar no teatro e na dança! 33 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 33D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 33 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 32 Montagem de ilustração com ⊲ foto de espetáculo teatral Círculo das Baleias, da Cia. Pia Fraus, no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2016. 32 2 MUNDO DAS COISASMUNDO DAS COISASMUNDO DAS COISAS D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 32D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 32 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 32D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 32 10/08/21 16:0410/08/21 16:04 O tema do brinquedo ressurge, mas dessa vez no contexto do teatro e da dança. Não é por acaso que a cena lem- bra uma brincadeira de criança. A Cia. Pia Fraus traz elementos do universo infantil para a criação de seus espetáculos. Foi utilizado o termo coisas, no título do capítulo, para conferir generalidade à categoria dos objetos que podem ser apropriados nas linguagens cênicas. É re- ferenciada, também, a ideia peirciana de signo presente, por exemplo, no trabalho de Lucia Santaella, A assinatura das coi- sas. Ver Sugestão para o professor. Ler o texto com os estudantes e fazer uma sondagem: • Com o que vocês gostam de brincar? • Já brincaram com coisas que não eram brinquedos? Com o quê? Como brincaram com elas? Podem surgir relatos de brincadeiras com talheres, copos, pratos, caixas e toda sorte de objetos domésticos ou materiais de escritório. Perguntar aos estudantes se já brincaram com uma colher. Além de brincar com ela, seria possível dançar com uma colher nas mãos? Quais coisas pode- mos usar na hora de dançar? ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Orientar os estudantes a escreve- rem em seus cadernos de artista o iní- cio de um novo estudo. Eles poderão colocar um marcador de página, fazer uma colagem que ultrapasse o tama- nho da folha (um pedaço de papel com uma gramatura maior, uma linha ou outro material que a criatividade inspirar); dobrar uma página (ao meio ou 1/3 da folha), sustentando o vinco para facilitar a localização no caderno; cortar uma página ou outra ideia, po- dendo mesmo ser uma criação artísti- ca inspirada na conversa inicial. Pedir aos estudantes que registrem suas ideias acerca da conversa inicial sobre o capítulo. É importante, tam- bém, fazer anotações acerca da son- dagem realizada. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR SITE • PIA FRAUS. Círculo das Baleias. Disponível em: http://piafraus.com.br/ site/circulo-das-baleias/. Acesso em: 13 jul. 2021. Publicação da Cia. Pia Fraus sobre o espetáculo Círculo das Baleias, com ficha técnica, release e registros foto- gráficos. LIVRO • RENGEL, Lenira Peral. Os te- mas de movimento de Rudolf Laban: modos de aplicação e referências I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII. São Paulo: Annablume, 2008. Nesse livro, Lenira Rengel explora oito dos dezesseis temas de movimen- to propostos por Rudolf Laban, conso- lidando um excelente material para o ensino de dança. LIVRO • SANTAELLA, Lucia. Assinatu- ra das coisas: Peirce e a literatura. São Paulo: Imago, 1992. A autora traz, nesta obra, o lega- do de Charles Sanders Peirce, criador de uma semiótica como teoria geral dos signos. LIVRO • SANTAELLA, Lucia. Por que as comunicações e as artes estão conver- gindo? São Paulo: Paulus, 2005. Nessa publicação, a autora discute as aproximações cada vez maiores en- tre Comunicação e Arte na contem- poraneidade. 33 33 PI A FR AU S. IL U ST RA ÇÃ O : R O BE RT O W EI G AN D Venha dançar e brincar! Observe esta imagem. Os artistas estão dançando. Mas eles dançam sozinhos? O que percebemos nesta cena? São brinquedos ou personagens? Será que nós também podemos usar objetos como parte da dança e dos jogos teatrais? Nas artes cênicas, os objetos podem virar personagens? Na dança, o corpo mexe e balança. Será que objetos podem nos ajudar a dançar? Venha brincar e descobrir materiais para criar no teatro e na dança! 33 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 33D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 33 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 32 Montagem de ilustração com ⊲ foto de espetáculo teatral Círculo das Baleias, da Cia. Pia Fraus, no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2016. 32 2 MUNDO DAS COISASMUNDO DAS COISASMUNDO DAS COISAS D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 32D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 32 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 33D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 33 10/08/21 16:0410/08/21 16:04 http://piafraus.com.br/site/circulo-das-baleias/ http://piafraus.com.br/site/circulo-das-baleias/ ⊲ BNCC (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório ficcional. (EF15AR19) Descobrir teatralida- des na vida cotidiana, identificando elementos teatrais (variadas entona- ções de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narra- tivas etc.). (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ROTEIRO DE AULA Propor roda de conversa para leitura e nutrição estética. Em seguida, orientar os estudantes a lerem em parceira, de forma compartilhada, e, depois, a recontarem ao colega o que entenderam do texto. Aproveitar a atividade 1 para explorar a fluência em leitura oral e a interpretação do texto. Pedir aos estudantes que expli- quem a resposta da atividade. Na atividade 2, em roda de conversa, estimular os estudantes a contarem suas experiências, perguntando se eles já dan- çaram ou brincaram com algum objeto da casa como se fosse uma personagem de história, se estavam sozinhos ou brincan- do com mais crianças e quais eram os ob- jetos e a função desses objetos na história. Para a atividade 3, é importante ter em mente que, nesse momento da in- fância, os estudantes estão em processo criativo propício para trabalhar com jo- gos de faz de conta e, aos poucos, será possível introduzir jogos de regras. Criar um desenho é uma forma de planejar o jogo pensando em temas, brincadeiras já 34 35 1. Releia o texto com os colegas e o professor. Depois, responda: O que Lili fez? Lili viveu uma situação real. Lili brincou de faz de conta.X Você já brincou de faz de conta? No jogo de faz de conta, podemos imaginar e criar na arte! Use sua imaginação eseu corpo, improvise e crie um mundo novo! 2. Você já usou algum objeto da sua casa para dançar ou brincar de faz de conta? Conte para a turma como foi. Resposta pessoal. Resposta pessoal. O desenho pode ser explorado como processo, produto final ou registro. Nesse sentido, observar esses três aspectos nos desenhos e sugerir aos estudantes que se expressem aqui e em folhas avulsas, em suportes maiores e em outras propostas. 3. Que tal desenhar no espaço a seguir uma história de faz de conta com objetos com os quais você já brincou? Se preferir, invente uma história com os objetos que quiser. Use a sua imaginação! 35 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 35D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 35 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 Mentiras Lili vive no mundo do faz de conta... Faz de conta que isto é um avião. Zzzzuuu... Depois aterrissou em piquê e virou trem. Tuc tuc tuc tuc... Entrou pelo túnel, chispando. Mas debaixo da mesa havia bandidos. Pum! Pum! Pum! O trem descarrilou. E o mocinho? Onde é que está o mocinho? Meu Deus! Onde é que está o mocinho?! No auge da confusão, levaram Lili para a cama, à força. E o trem ficou tristemente derribado no chão, fazendo de conta que era mesmo uma lata de sardinha. Mario Quintana. Lili inventa o mundo. Porto Alegre: MGE, 2018. p. 10. Leia este texto de Mario Quintana. FAZ DE CONTA QUE... Aterrissou: pousou, desceu. Piquê: tipo de tecido. Chispando: indo ou saindo rápido, depressa. Descarrilou: saiu dos trilhos. Auge: topo, pico, máximo. Derribado: abatido. Mario Quintana (1906-1994) foi um importante poeta brasileiro. Ele nasceu em Alegrete, no Rio Grande do Sul, e costumava dizer que sempre colocava sua vida em seus poemas. AR Q UI VO N AC IO N AL /© B Y HE RD EI RO S M AR IO Q UI N TA N A /© E LE N A Q UI N TA N A IL US TR AÇ Õ ES : C AC Á FR AN ÇA 34 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 34D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 34 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 34D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 34 10/08/21 16:0410/08/21 16:04 conhecidas ou inventadas e, ainda, pen- sar nas materialidades possíveis de serem usadas no teatro e na dança. Neste capí- tulo, serão apresentadas várias propostas como esta. ⊲ PNA • Fluência em leitura oral • Compreensão de textos • Desenvolvimento de vocabulário A leitura do texto de Mario Quintana e a atividade 1 possibilitam, a depender da estratégia adotada pelo professor, o desenvolvimento de leitura compartilha- da, leitura com parceiro ou independen- te, além da identificação da ideia princi- pal do texto. Há, também, no texto de Mario Quintana, novos vocábulos para serem apreendidos pelos estudantes. • Literacia familiar A atividade complementar, em +Ideias, trabalha a literacia familiar ao propor aos estudantes que conversem com seus fa- miliares sobre a ressignificação de objetos em suas brincadeiras infantis. ⊲ +IDEIAS Orientar os estudantes a conversa- rem com seus familiares sobre objetos do cotidiano que eles transformavam em brinquedos em sua infância. Eles poderão perguntar quais eram esses objetos; se brincavam com utensílios de cozinha, ferramentas, tecidos, elementos da natureza, entre outros; quais brincadeiras faziam com eles e se há algum desses objetos em suas casas atualmente. A entrevista feita com os adultos pode ser registrada em gravações digitais ou nos cader- nos de artista para serem comparti- lhadas na escola, potencializando o desenvolvimento dos conceitos pro- postos neste capítulo. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS É salutar manter ativos os materiais de registro tanto do professor quanto dos estudantes, podendo variar as for- mas de registro, da escrita ao registro digital. Ao propor uma roda de con- versa, pode-se solicitar aos estudantes que levem seus cadernos de artista para fazerem anotações sobre o que está sendo abordado ou pode-se es- tabelecer um momento para registrar o que ficou da conversa. Os registros permitem avaliar o desenvolvimento dos estudantes durante os percursos de aprendizagem. SUGESTÃO ⊲ PARA O PROFESSOR Para saber mais sobre o poeta Ma- rio Quintana, acesse: SITE • ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL. Mario Quintana. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/ pessoa659/mario-quintana. Acesso em: 16 jul. 2021. Verbete da Enciclopédia Itaú Cul- tural sobre a vida e a obra de Mario Quintana. SITE • CASA de Cultura Mario Quintana. Disponível em: http://www.ccmq.rs.gov. br/novo/principal/index.php. Acesso em: 16 jul. 2021. O site traz informações sobre a vida e a obra do poeta, além da agen- da cultural da instituição. 35 35 1. Releia o texto com os colegas e o professor. Depois, responda: O que Lili fez? Lili viveu uma situação real. Lili brincou de faz de conta.X Você já brincou de faz de conta? No jogo de faz de conta, podemos imaginar e criar na arte! Use sua imaginação e seu corpo, improvise e crie um mundo novo! 2. Você já usou algum objeto da sua casa para dançar ou brincar de faz de conta? Conte para a turma como foi. Resposta pessoal. Resposta pessoal. O desenho pode ser explorado como processo, produto final ou registro. Nesse sentido, observar esses três aspectos nos desenhos e sugerir aos estudantes que se expressem aqui e em folhas avulsas, em suportes maiores e em outras propostas. 3. Que tal desenhar no espaço a seguir uma história de faz de conta com objetos com os quais você já brincou? Se preferir, invente uma história com os objetos que quiser. Use a sua imaginação! 35 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 35D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 35 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 Mentiras Lili vive no mundo do faz de conta... Faz de conta que isto é um avião. Zzzzuuu... Depois aterrissou em piquê e virou trem. Tuc tuc tuc tuc... Entrou pelo túnel, chispando. Mas debaixo da mesa havia bandidos. Pum! Pum! Pum! O trem descarrilou. E o mocinho? Onde é que está o mocinho? Meu Deus! Onde é que está o mocinho?! No auge da confusão, levaram Lili para a cama, à força. E o trem ficou tristemente derribado no chão, fazendo de conta que era mesmo uma lata de sardinha. Mario Quintana. Lili inventa o mundo. Porto Alegre: MGE, 2018. p. 10. Leia este texto de Mario Quintana. FAZ DE CONTA QUE... Aterrissou: pousou, desceu. Piquê: tipo de tecido. Chispando: indo ou saindo rápido, depressa. Descarrilou: saiu dos trilhos. Auge: topo, pico, máximo. Derribado: abatido. Mario Quintana (1906-1994) foi um importante poeta brasileiro. Ele nasceu em Alegrete, no Rio Grande do Sul, e costumava dizer que sempre colocava sua vida em seus poemas. AR Q UI VO N AC IO N AL /© B Y HE RD EI RO S M AR IO Q UI N TA N A /© E LE N A Q UI N TA N A IL US TR AÇ Õ ES : C AC Á FR AN ÇA 34 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 34D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 34 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 35D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 35 10/08/21 16:0410/08/21 16:04 https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa659/mario-quintana https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa659/mario-quintana http://www.ccmq.rs.gov.br/novo/principal/index.php http://www.ccmq.rs.gov.br/novo/principal/index.php ROTEIRO DE AULA Ao trabalhar a atividade 1. a), sugere-se criar uma roda de conversa para que os estudantes se expressem e apresentem os conhecimentos que já possuem sobre o tema. Ao fim da conversa, sintetizar as conclusões da turma na lousa para que os estudantes possam registrá-las em seus cadernos. Ao orientar a pesquisa na atividade 1. b), oferecer aos estudantes as mais diversas fontes de informações, como livros, sites confiáveis, revistas, entre outras. Depois de realizada a pesquisa, uma lista pode ser feita, classificando os bichosque habitam florestas, rios, oceanos e outros habitats. Na atividade 1. c), é importante explorar mais o tema com perguntas como: o que vocês acham das quei- madas e da destruição da natureza? O que isso faz com a vida dos seres que vivem em florestas, rios e outros am- bientes naturais do nosso país? São só os animais que sofrem? E as plantas? Como podemos ajudar a preservar a vida natural no planeta? Na atividade 2, estimular a criati- vidade e a imaginação dos estudan- tes para que desenhem ou criem histó- rias sobre o tema pesquisado na ativi- dade 1. Acompanhar o desenvolvimento de suas criações e orientá-los quando for preciso. Articulação com Ciências da Natureza A seção aborda uma temática que per- mite a integração de saberes de Ciências da Natureza nas aulas de Arte ao estudar animais que habitam florestas brasileiras e o processo de extinção de animais. ⊲ PNA • Desenvolvimento de vocabulário • Produção de escrita A atividade 1 possibilita o conheci- mento de uma nova palavra (extinção) e a exploração do contexto da seção para se chegar à compreensão de um de seus significados. Além disso, propõe a criação de um texto em conjunto com o professor e os colegas da turma. ⊲ BNCC (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório ficcional. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. 36 DANÇANDO COM BRINQUEDOS Observe mais esta imagem de um espetáculo da Cia. Pia Fraus. O que você vê nesta cena? Quantas pessoas estão no palco? O que elas estão segurando? Como será dançar com esses objetos? O que será que eles representam? Vamos dançar com objetos? ▲ Cena do espetáculo Filhotes da Amazônia, da Cia. Pia Fraus, no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2009.MATERIAIS E COMO FAZER 1. Com a ajuda do professor, escolha um objeto. Ele pode ser grande ou pequeno, como um bichinho de pelúcia ou outro brinquedo, uma almofada, entre outros. 2. Sinta o material de que esse objeto é feito, o peso e o tamanho. Explore também outras sensações. 3. Explore os movimentos que você pode fazer com ele. . Que tal dançar com o objeto que você escolheu? Isso pode ser bem divertido! CI A. P IA F RA US DICA: Convide os familiares e faça essa oficina em casa também! FIZKES/SHUTTERSTOCK.COM. ILUSTRAÇÃO: CLAUDIA MARIANNO OFICINA de arte 37 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 37D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 37 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 1. Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. a) Você sabe o que é extinção? Com a ajuda do professor, registre as conclusões da turma no caderno. b) O que você sabe sobre os animais que habitam as florestas brasileiras? Vamos pesquisar? c) O que podemos fazer para proteger o ambiente e os animais que vivem nele? Comente suas sugestões. 2. Vamos criar desenhos e histórias a partir de suas ideias sobre esse tema? Use uma folha avulsa para desenhar sua história. Solte a imaginação! BICHOS DO BRASIL Observe a imagem de um espetáculo da Cia. Pia Fraus. Muitos artistas escolhem temas para as suas criações artísticas com o objetivo de chamar a atenção das pessoas para um assunto. A Cia. Pia Fraus escolheu como tema a extinção da vida dos animais das florestas no espetáculo Bichos do Brasil. durante a pesquisa realizada no item b da atividade 1. Sugerir a eles que se expressem em folhas avulsas, em suportes maiores e em outras propostas. Cia. Pia Fraus é um grupo de artistas que trabalha diversas linguagens artísticas. Eles são muito reconhecidos pela criação de espetáculos com objetos. CIA. PIA FRAUS ▲ Cena do espetáculo Bichos do Brasil, da Cia. Pia Fraus, no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2015. Nos espetáculos de teatro e de dança, os bonecos ganham vida, como esses animais. 1. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que é a destruição definitiva de algo. No contexto trabalhado aqui, falamos da destruição de seres vivos que compõem parte cimentos prévios e de pesquisas sobre o tema. 1. c) Resposta pessoal. Estimular os estudantes a contarem 2. Resposta pessoal. Este é o momento de os estudantes usarem as informações que encontraram como se informam e formam suas opiniões com relação às questões ligadas aos temas contemporâneos, nesse caso, o ambiente. da fauna brasileira. 1. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes se expressem a partir dos conhe- diAlogosdiAlogos 36 CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 36D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 36 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 36D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 36 10/08/21 16:0410/08/21 16:04 ⊲ BNCC (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. (EF15AR11) Criar e improvisar movi- mentos dançados de modo individual, coletivo e colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e expressivos dos elementos constituti- vos do movimento, com base nos có- digos de dança. (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes con- textos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capa- cidade de simbolizar e o repertório ficcional. ORGANIZE-SE Afastar as cadeiras e carteiras para dei- xar o centro da sala de aula livre ou usar uma sala ou espaço da escola sem esse mobiliário. Levar para a sala de aula obje- tos que não ofereçam perigo, preferencial- mente brinquedos de tecido, pelúcia e de outros materiais mais maleáveis. ROTEIRO DE AULA Disponibilizar aos estudantes os objetos e pedir a cada um que escolha um deles. Depois, propor que realizem vários movi- mentos e interações com o objeto escolhi- do, criando e explorando movimentos de dobrar, esticar e torcer enquanto dançam. Essas são as três funções mecânicas com base nas quais todo movimento corporal acontece. Elas podem ocorrer simultanea- mente ou uma a uma. Em seguida, pedir aos estudantes que alternem movimentos/ deslocamentos e imobilidade. Essa propos- ta de aprendizagem aponta para a relação entre a criança e o objeto, sua inventivida- de e imaginação na experiência do dançar. Orientar as famílias a reproduzirem esta oficina em casa também. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Observar e registrar o envolvimen- to dos estudantes com a proposta e como os objetos e as indicações insti- gam neles novas explorações de movi- mentos. Para aqueles que apresenta- rem dificuldade em se abrir à explora- ção, indicar mais possibilidades de ex- plorar os níveis (alto, médio e baixo), o foco em partes do corpo ou em ações corporais (girar, rolar, saltar etc.). 37 DANÇANDO COM BRINQUEDOS Observe mais esta imagem de um espetáculo da Cia. Pia Fraus. O que você vê nesta cena? Quantas pessoas estão no palco? O que elas estão segurando? Como será dançar com esses objetos? O que será que eles representam? Vamos dançar com objetos? ▲ Cena do espetáculo Filhotes da Amazônia, da Cia. Pia Fraus, no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2009.MATERIAIS E COMO FAZER 1. Com a ajuda do professor, escolha um objeto. Ele pode ser grande ou pequeno, como um bichinho de pelúcia ou outro brinquedo, uma almofada, entre outros. 2. Sinta omaterial de que esse objeto é feito, o peso e o tamanho. Explore também outras sensações. 3. Explore os movimentos que você pode fazer com ele. . Que tal dançar com o objeto que você escolheu? Isso pode ser bem divertido! CI A. P IA F RA US DICA: Convide os familiares e faça essa oficina em casa também! FIZKES/SHUTTERSTOCK.COM. ILUSTRAÇÃO: CLAUDIA MARIANNO OFICINA de arte 37 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 37D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 37 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 1. Converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir. a) Você sabe o que é extinção? Com a ajuda do professor, registre as conclusões da turma no caderno. b) O que você sabe sobre os animais que habitam as florestas brasileiras? Vamos pesquisar? c) O que podemos fazer para proteger o ambiente e os animais que vivem nele? Comente suas sugestões. 2. Vamos criar desenhos e histórias a partir de suas ideias sobre esse tema? Use uma folha avulsa para desenhar sua história. Solte a imaginação! BICHOS DO BRASIL Observe a imagem de um espetáculo da Cia. Pia Fraus. Muitos artistas escolhem temas para as suas criações artísticas com o objetivo de chamar a atenção das pessoas para um assunto. A Cia. Pia Fraus escolheu como tema a extinção da vida dos animais das florestas no espetáculo Bichos do Brasil. durante a pesquisa realizada no item b da atividade 1. Sugerir a eles que se expressem em folhas avulsas, em suportes maiores e em outras propostas. Cia. Pia Fraus é um grupo de artistas que trabalha diversas linguagens artísticas. Eles são muito reconhecidos pela criação de espetáculos com objetos. CIA. PIA FRAUS ▲ Cena do espetáculo Bichos do Brasil, da Cia. Pia Fraus, no município de São Paulo, estado de São Paulo, 2015. Nos espetáculos de teatro e de dança, os bonecos ganham vida, como esses animais. 1. a) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que é a destruição definitiva de algo. No contexto trabalhado aqui, falamos da destruição de seres vivos que compõem parte cimentos prévios e de pesquisas sobre o tema. 1. c) Resposta pessoal. Estimular os estudantes a contarem 2. Resposta pessoal. Este é o momento de os estudantes usarem as informações que encontraram como se informam e formam suas opiniões com relação às questões ligadas aos temas contemporâneos, nesse caso, o ambiente. da fauna brasileira. 1. b) Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes se expressem a partir dos conhe- diAlogosdiAlogos 36 CIÊNCIAS DA CIÊNCIAS DA NATUREZANATUREZA D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 36D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 36 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 37D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 37 10/08/21 16:0410/08/21 16:04 ⊲ BNCC (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. (EF15AR18) Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e culti- vando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o reper- tório ficcional. (EF15AR19) Descobrir teatralida- des na vida cotidiana, identificando elementos teatrais (variadas entona- ções de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narra- tivas etc.). (EF15AR20) Experimentar o traba- lho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e proces- sos narrativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes es- téticas e culturais. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. Para a atividade 1, estimular os estu- dantes a criarem, se possível, uma perso- nagem para cada dedo e a contarem a história de cada uma delas. Incentivá-los, também, a pensarem sobre o estilo de roupa que elas usam e as características fí- sicas dessas personagens, ressaltando que os detalhes do rosto são fundamentais. Para caracterizar as personagens, também é necessário pensar nas vozes que elas têm, pois esse elemento dá várias dicas sobre as personalidades delas. A proposta da atividade 2 é a de os estudantes criarem desenhos sobre a ORGANIZE-SE Disponibilizar lápis grafite, lápis de cor, canetas hidrográficas e giz de cera para os estudantes. ROTEIRO DE AULA Comentar com os estudantes sobre o uso do corpo para brincar e imaginar ao fazer teatro. A ideia é fazer do corpo, im- portante elemento da linguagem teatral, o suporte da brincadeira, impulsionando-os a conhecerem seus próprios corpos. 38 Que tal criar personagens em seus dedos? Vamos lá? 1. Converse com os colegas sobre as questões a seguir. a) Que história vocês querem contar? b) Quais personagens cada um de vocês vai criar? 2. Agora, desenhe as personagens que criou para os dedoches. Essa é uma forma de você planejar melhor suas personagens. 1. a) e b) Respostas pessoais. Enquanto conversam e criam as personagens, orientar os estudan- Resposta pessoal. O de- senho pode ser explorado como processo ou regis- tro. Nesse sentido, obser- var esses dois aspectos nos desenhos e sugerir aos estudantes que se expressem aqui e em folhas avulsas, em supor- tes maiores e em outras propostas. M AR CO A . C O RT EZ tes a inventarem movimentos com os dedos e im- provisarem falas com a voz para os dedoches. 39 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 39D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 39 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 Dedoches são fantoches feitos para os dedos das mãos. DANÇA E TEATRO EM MINHAS MÃOS Podemos usar todo o nosso corpo para dançar e nos expressar, você sabia? Até nossos dedos podem dançar, virar personagens e contar histórias por meio de movimentos. Observe as imagens. DESCUBRA MAIS • Manual de mão em mão, escrito e ilustrado por Guto Lins. São Paulo: FTD, 2012. Com suas mãos, você pode brincar, criar arte, fazer carinho, escovar os dentes... Tanta coisa, não é? Assim como sua mão tem múltiplas funções, a palavra mão pode ser usada em situações muito diferentes. Leia esse livro e descubra mais. ILUSTRAÇÕES: ROBERTO WEIGAND Podemos criar dedoches ao pintar as pontas dos dedos e colocar mais materiais como acessórios, por exemplo: chapéus, fios de lã e tecidos podem transformar cada dedo em uma personagem. Você também pode usar dedoches prontos. arte-AVENTURA 38 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 38D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 38 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 38D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 38 10/08/21 16:0410/08/21 16:04 mão ilustrada no livro para realizarem um planejamento de como serão as aparên- cias das personagens e as possibilidades de traços e de materiais. Com os dese- nhos prontos e as ideias mais elaboradas na cabeça, propor a eles que criem seus dedoches e incrementem as personagens com retalhos, luvas e outros objetos e adereços disponíveis. Indicar a eles que brinquem fazendo movimentos com os dedos e criando diálogos para as perso- nagens. Se preferir, os estudantes po- dem escolher músicas para dançar com seus dedoches. O aspecto lúdico é fundamental na experiência teatral. Por essa razão, a me- todologia do ensino de teatro aponta para os jogos teatrais e para a improvisa- ção. Nessa proposta, a materialidade das personagens ganha força nos dedos das mãos dos estudantes, os quais servem como suporte da brincadeira de encenar. Conhecer o corpo ou partes dele é fun- damental para se expressar de forma não verbal. Explorar a importância das articu- lações para o movimento humano e para sua expressão é habilidadetrabalhada na construção do conhecimento e as propos- tas com dedoches podem contribuir com esse processo. Os dedoches tam- bém se configuram potentes na nar- ração de histórias. Há muito tempo, famílias e escolas se apropriam dessa forma teatral para contar histórias, pois a dimensão lúdico-educativa é capaz de favorecer a construção de conhecimentos de si e do mundo. ⊲ PNA • Literacia familiar A atividade proposta na seção +Ideias trabalha a literacia familiar ao propor aos estudantes que impro- visem uma história infantil com seus familiares. • Desenvolvimento de vocabulário O trabalho com o boxe conceito amplia o vocabulário dos estudantes. ⊲ +IDEIAS Propor aos estudantes que per- guntem a seus familiares quais histó- rias infantis eles conhecem. Orientar os familiares, indicando que as histó- rias mais curtas podem ser melhores para esta proposta. Ao escolherem com os familiares uma história, as crianças devem criar com eles as per- sonagens nos dedos e todos devem se divertir improvisando. ⊲ REGISTROS E ACOMPANHAMENTOS Identificar o envolvimento dos es- tudantes com as etapas da proposta, as ideias iniciais, o planejamento, a criação dos dedoches e a improvisa- ção com as personagens nos dedos. É importante fazer registros e anotações para avaliação e composição do port- fólio. Estabelecer uma roda de conver- sa ao final da proposta e solicitar aos estudantes que façam registros sobre a experiência e o que ficou da conver- sa em seus cadernos de artista. SUGESTÃO ⊲ PARA O ESTUDANTE LIVRO • RIVERO, Marcos de Almada. Oscar, o grande ator. Trad. Flavio de Souza. São Paulo: FTD, 2013. O gambá Oscar se acha muito ta- lentoso. Porém, quando faz uma apre- sentação para os outros bichos, desco- bre que ainda não está tão preparado. Após arriscar-se em uma aventura, ele perceberá que, para ser um bom ator, é necessário ouvir o coração. 39 Que tal criar personagens em seus dedos? Vamos lá? 1. Converse com os colegas sobre as questões a seguir. a) Que história vocês querem contar? b) Quais personagens cada um de vocês vai criar? 2. Agora, desenhe as personagens que criou para os dedoches. Essa é uma forma de você planejar melhor suas personagens. 1. a) e b) Respostas pessoais. Enquanto conversam e criam as personagens, orientar os estudan- Resposta pessoal. O de- senho pode ser explorado como processo ou regis- tro. Nesse sentido, obser- var esses dois aspectos nos desenhos e sugerir aos estudantes que se expressem aqui e em folhas avulsas, em supor- tes maiores e em outras propostas. M AR CO A . C O RT EZ tes a inventarem movimentos com os dedos e im- provisarem falas com a voz para os dedoches. 39 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 39D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 39 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 Dedoches são fantoches feitos para os dedos das mãos. DANÇA E TEATRO EM MINHAS MÃOS Podemos usar todo o nosso corpo para dançar e nos expressar, você sabia? Até nossos dedos podem dançar, virar personagens e contar histórias por meio de movimentos. Observe as imagens. DESCUBRA MAIS • Manual de mão em mão, escrito e ilustrado por Guto Lins. São Paulo: FTD, 2012. Com suas mãos, você pode brincar, criar arte, fazer carinho, escovar os dentes... Tanta coisa, não é? Assim como sua mão tem múltiplas funções, a palavra mão pode ser usada em situações muito diferentes. Leia esse livro e descubra mais. ILUSTRAÇÕES: ROBERTO WEIGAND Podemos criar dedoches ao pintar as pontas dos dedos e colocar mais materiais como acessórios, por exemplo: chapéus, fios de lã e tecidos podem transformar cada dedo em uma personagem. Você também pode usar dedoches prontos. arte-AVENTURA 38 D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 38D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 38 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 39D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 39 10/08/21 16:0410/08/21 16:04 ⊲ BNCC (EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes con- textos, cultivando a percepção, o ima- ginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. (EF15AR09) Estabelecer relações en- tre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção do movi- mento dançado. (EF15AR10) Experimentar diferen- tes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções, ca- minhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na cons- trução do movimento dançado. (EF15AR11) Criar e improvisar movi- mentos dançados de modo individual, coletivo e colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e expressivos dos elementos constituti- vos do movimento, com base nos có- digos de dança. (EF15AR12) Discutir, com respeito e sem preconceito, as experiências pes- soais e coletivas em dança vivenciadas na escola, como fonte para a cons- trução de vocabulários e repertórios próprios. (EF15AR23) Reconhecer e experimen- tar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. ORGANIZE-SE Afastar as cadeiras e carteiras para dei- xar o centro da sala de aula livre ou usar uma sala ou espaço da escola sem esse mobiliário. Levar para a sala de aula os mais diver- sos materiais, de brinquedos a tecidos. Propor aos estudantes exercícios de aquecimento antes das aulas de dança (pedir orientação e ajuda ao professor de Educação Física da escola, se necessário). ROTEIRO DE AULA A proposta é investigar, criar e experi- mentar os movimentos dançados com obje- tos. Os estudantes podem usar brinquedos, objetos, materialidades (tecidos, caixas de papel) ou até construir bonecos para dançar. Propor a eles que explorem os gestos e os movimentos expressivos para experimenta- rem como é dançar com objetos e que pos- sibilidades têm nesse tipo de proposta. Esti- mulá-los com perguntas como: quais partes se movem? É mole ou duro? Tem articula- ções? Dobra? Estica? Torce? 40 ILUSTRAÇÕES: VANESSA ALEXANDRE Agora, que tal criar com os colegas uma coreografia com brinquedos e outros materiais? Vamos criar uma brincadança! MATERIAIS E COMO FAZER Os materiais podem ser os mais diversos, de brinquedos a tecidos. atenção: Peça ajuda aos seus familiares e ao professor para escolher materiais macios ou sem pontas que não provoquem acidentes ao se movimentar. 1. Com a orientação do professor, escolham o tema para essa coreografia. 2. Depois, pesquise individualmente os movimentos que podem ser realizados. 3. Combine com os colegas as sequências e as formas de movimentos que podem ser feitos durante a coreografia: aberto, fechado, rápido, lento, curto, longo ou outros. . Vocês podem escolher músicas para serem tocadas enquanto dançam. 5. Dancem todos juntos! Descubram como os movimentos que você criou podem ser combinados com os movimentos que os colegas criaram. 41 DICA: Essa proposta é em grupo, por isso tudo deve ser combinado com a turma! D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 41D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 41 12/07/21 11:0312/07/21 11:03 IL US TR AÇ Õ ES : V AN ES SA A LE XA N DR E BRINCADANÇA Pense e converse com os colegas e o professor sobre: 1. Como o seu corpo se movimenta? 2. Você pode dançar sozinho ou com os colegas? 3. E dançar com objetos? 4. Você e os colegas sabem o que é uma coreografia? 1, 2, 3 e 4. Respostas pessoais. Estimular os estudantes a fazerem movimentos com o corpo. Pedir a eles que reparem em seus gestos e em como podem se expressar por meio deles. Coreografia é o conjunto e a sequência de movimentos combinados. 40 projetos ARTE EM D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 40D3-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-LA-G23.indd 40 08/07/21 17:2108/07/21 17:21 D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 40D2-ART-F1-1101-V2-U1-C2-032 a 053-MPE-G23.indd 40 10/08/21 16:0410/08/21 16:04