Prévia do material em texto
Ana Clara Ferreira Galhano A mastite é uma inflamação da glândula mamaria, geralmente associada a uma infecção bacteriana. Afeta principalmente animais lactantes, como vacas leiteiras. A mastite é uma condição significativa na produção do leite, pois pode causar perda na produção de leite, custos de tratamento e impacto da qualidade do leite. A mastite por ser classificada e caracterizada com relação a etiologia, sintomatologia e gravidade da seguinte maneira: 1. Mastite contagiosa → causada por bactérias que são transmitidas de uma vaca para outra durante a ordenha ou por contato direto entre os animais. Exemplos de agentes que causadores incluem Streptococcus aureaus, Streptococcus agalactiae, Mycroplasma bovis e outros Streptococcus 2. Mastite ambiental → causada por bactérias presentes no ambiente, como o solo e as fezes, que contaminam o úbere das vacas. Exemplos de agentes causadores incluem Escherichia coli, Klebsiella spp, Pseudomonas spp e Streptococcus não agalactiae Sintomatologia 1. Mastite clínica → os sintomas são visíveis e incluem inchaço, vermelhidão, calor e dor no úbere, além de alterações no leite, como presença de coágulos, pus ou sangue. A produção de leite pode diminuir significativamente. 2. Mastite subclínica → não há sintomas visíveis, mas há aumento na contagem de células somáticas (CCS) no leite, que pode ser detectado por exames laboratoriais. A produção de leite por ser afetada, mesmo sem sinais clínicos óbvios. 3. Mastite crônica → infecção persistente do úbere, fibrose dos quartos acometidos, atrofia, presença de fístulas Importância: A mastite é de grande importância na produção de leite por várias razões: Reduz a produção de lite e afeta a qualidade do produto Aumenta os custos de tratamento veterinário, incluindo o uso de antibióticos Pode levar a descartabilidade do leite contaminado Pode levar a perda de animais produtivos e afetar a lucratividade da propriedade Ana Clara Ferreira Galhano Alteração na glândula: a mastite causa inflamação da glândula mamaria, resultando em inchaço, vermelhidão e dor. As alterações também podem incluir danos aos tecidos glandulares e ductos, o que pode afetar permanentemente a capacidade da vaca de produzir leite normalmente. Diagnóstico: o diagnóstico da mastite por ser realizado por meio de: Exame clinico dos tetos e úbere Exames laboratoriais, como contagem de células somáticas (CCS), podendo ser feita de forma individual ou de rebanho Testes específicos, como o California Mastitis Test (CMT) Teste da caneca de fundo preto Para realizar a detecção de mastite subclínica pode ser utilizado o teste CCS ou o CMT Controle: o controle da mastite envolve medidas preventivas, incluindo: Higiene rigorosa durante a ordenha Manutenção adequada dos equipamentos de ordenha Uso de pré-dipping e pós-dipping com desinfetantes nos tetos Identificação e tratamento precoce de casos de mastite Monitorando regular da saúde do úbere e da CCS do leite Nutrição adequada e manejo das vacas recém paridas Uso racional de antibióticos no tratamento de infecções Medidas de controle de vetores, como moscas Descarte das vacas com mastite persistente Realizar o teste CMT ou fazer o CCS pelo menos uma vez ao mês