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25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/23 BOTÂNICA FANEROGÂMICA AULA 4 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/23 Profª Dayane May CONVERSA INICIAL ORGANOLOGIA VEGETAL DAS ANGIOSPERMAS: OS ÓRGÃOS VEGETAIS Organologia ou morfologia vegetal é o ramo da Botânica que trata os termos utilizados para as partes dos vegetais, suas definições e variações. Serve como base para a identificação taxonômica e inferências de parentescos entre táxons (filogenia) para as descrições de plantas, que contribuirão para os estudos de sistemática vegetal; à farmacologia e ao uso medicinal de diferentes partes e órgãos vegetais; biologia floral e polinização, com diferentes características das flores; dispersão das plantas, com formas associadas aos frutos e sementes; e especializações biológicas e ecológicas que se refletem nas diferenças morfológicas dos órgãos. Ainda, a morfologia vegetal é fundamental para as áreas agronômica e florestal, as quais reconhecem a estrutura das plantas e os órgãos de valor econômico e ambiental. Por fim, é essencial para área da educação, pois permite a identificação de processos, associações e da importância dos vegetais e seu contexto no meio ambiente. Nesta etapa estudaremos os aspectos relacionados aos órgãos vegetais, tais como raiz, caule, folha, flor, frutos e sementes. Optou-se por deixar os principais termos de nomenclatura botânica em negrito, com o intuito de facilitar o entendimento e compreensão do conteúdo. Objetivos: Compreender a raiz como um órgão vegetativo de absorção e fixação do vegetal e suas variações morfológicas tanto em gimnospermas quanto em angiospermas; Compreender o caule como um órgão vegetativo de crescimento fototrópico positivo e produtor de ramos, sem deixar de lado os tipos e adaptações caulinares de gimnospermas e de angiospermas; 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/23 Reconhecer a folha como órgão fotossintetizante e suas adaptações aos diferentes ambientes, comparando brevemente as folhas de gimnospermas com as de angiospermas; Conhecer, diferenciar e compreender as importâncias e os diferentes tipos de flores; Conhecer, diferenciar e compreender as importâncias e diferentes tipos de frutos e sementes. TEMA 1 – RAIZ Raiz é a parte do vegetal desprovida de gemas, folhas ou suas modificações. Em geral, as raízes não estão divididas em nós e entrenós, não possuem clorofila e seu geotropismo é positivo, ou seja, o crescimento se dá em direção ao solo. É especializada em funções de fixação, absorção e transporte de água e sais minerais. Pode algumas vezes funcionar como órgão de reserva (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). A raiz pode derivar diretamente da radícula do embrião, a qual forma a raiz primária que origina as raízes secundárias, terciárias e assim sucessivamente. Desta forma, o eixo principal e suas ramificações recebem o nome de raiz principal axial ou pivotante, típico da maioria das angiospermas. Também pode ser proveniente de outras partes do vegetal como caule e folhas, recebendo, neste caso, o nome de raiz adventícia. As raízes adventícias geralmente apresentam-se fasciculadas e ocorrem nas monocotiledôneas (Gonçalves; Lorenzi, 2011). A representação esquemática destes dois tipos de raízes está apresentada na Figura 1. Figura 1 – Esquema mostrando uma raiz axial, típico de eudicotiledôneas, e uma do tipo fasciculada, característico de monocotiledôneas 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/23 Créditos: Jakinnboaz/ Shutterstock. Uma característica marcante das raízes é a presença de coifa, estrutura que recobre o ápice radicular e protege o tecido embrionário (meristema) do atrito contra o solo. Acima da coifa, encontra-se uma região sem pelos absorventes, chamada zona lisa, de crescimento ou alongamento, onde as células estão em constante divisão e rápido processo de crescimento. Mais acima, a zona pilífera ou de absorção, com pelos absorventes ou radiculares, a partir de células epidérmicas absorvem água e nutrientes. Por último, a zona de ramificação, é parte mais tardia da raiz, onde ocorre o espessamento e formação das raízes laterais (secundárias) (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Os três sistemas de tecidos (dérmico, fundamental e vascular) estão presentes e podem ser diferenciados anatomicamente. A epiderme possui pelos radiculares (para aumentar a superfície de absorção); a região de córtex (sistema fundamental) é por onde passa água e sais minerais. No entanto, estes podem ser encaminhados diretamente pela endoderme, estrutura a qual fornece caminho imediato para água e sais minerais e restringem o fluxo de água. Em monocotiledôneas, a endoderme é visualizada em forma de “U” e em eudicotiledôneas são conhecidas como “estrias de Caspary”. Abaixo da endoderme aparece o periciclo, o qual promove crescimento da raiz lateral. Por último, o sistema vascular (xilema e floema), que atua na condução de nutrientes (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016; Evert, 2013). A anatomia da raiz de eudicotiledôneas e monocotiledônea pode ser observada na Figura 2. Figura 2 – Anatomia da raiz eudicotiledônea e de monocotiledônea 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/23 Créditos: Jefferson Schnaider. De acordo com o ambiente, as raízes podem ser classificadas em terrestres (quando subterrâneas), aquáticas (quando se desenvolvem na água) ou aéreas (expostas ao ar livre). De conformidade com o maior número de reservas, as raízes terrestres podem ser classificadas em tuberosas e não tuberosas. Em raízes tuberosas, são armazenados compostos orgânicos, principalmente amido, nutrientes minerais e água. Muitas são utilizadas na alimentação humana, por exemplo: batata doce, beterraba, mandioca, nabo, rabanete e cenoura (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Entre as raízes aéreas, as do tipo grampiforme, característico de trepadeiras, aderem-se aos troncos ou a um suporte, permitindo sua fixação e melhor exposição à luz, por exemplo, a hera. Em plantas parasitas, os haustórios penetram nos tecidos do caule da planta hospedeira até atingir os feixes vasculares, retirando a seiva bruta (hemiparasita, exemplo cipó-chumbo) ou elaborada (holoparasita, exemplo erva-de-passarinho) (Pimentel et al., 2017). Em plantas epífitas, como orquídeas, as raízes possuem epiderme pluriestratificada (velame), adaptação própria para absorver água da atmosfera, uma vez que a planta não fica em contato com o solo. Em algumas bromélias, as raízes têm a função apenas de fixação no tronco de outras árvores. A absorção de água e nutrientes se dá por escamas dérmicas ou mesmo pela disposição espiraladas das folhas (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Já as plantas que crescem em áreas alagadas, pobres em oxigênio, como os manguezais, podem desenvolver raízes respiratórias ou pneumatóforos. Essas têm geotropismo negativo, ou seja, crescem para cima, na direção contrária do solo, ficando expostas com o ar, justamente para suprir oxigênio 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/23 ao corpo da planta. Além das espécies típicas de manguezal, algumas gimnospermas desenvolveram pneumatóforos para otimizar as trocas gasosas (Pimentel et al., 2017). Outro tipo de raiz aérea são as estranguladoras, típico de figueiras “mata-pau”, que iniciam seu desenvolvimento epífitas, geram raízes aéreas que crescem e se desenvolvem até chegar ao solo à medida que circunda a hospedeira, a estrangula. Este hábito é uma adaptação para desenvolvimento em florestas densas, uma vez que existe intensa competição pela luz solar e nutrientes (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Muitas árvores da Mata Atlântica e da Amazônia possuem raízes tabulares. Estas desenvolvem-se como tábuas junto aos troncos para aumentar a base de suporte, conferindo maior estabilidade. As raízesadventícias do tipo escora (raiz suporte) também auxiliam na sustentação, porém em plantas de solos instáveis ou alagados, sujeitos à movimentação de marés (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). Alguns exemplos de raízes estão ilustrados na Figura 3. Figura 3 – Diferentes tipos de raízes: tabular, raiz de planta epífita, raiz respiratória e raiz escora Créditos: Wagner Campelo /Shutterstock, Uwe Bergwitz /Shutterstock, Ruslan Gubaidullin/ Shutterstock, Bymagz /Shutterstock. TEMA 2 – CAULE 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/23 O caule é o órgão vegetativo provido de gemas e responsável pela condução de água, sais minerais e fotoassimilados; e produção e sustentação das partes vegetais aéreas, tais como ramos, folhas, flores e frutos. Podem estar adaptados ao desempenho de outras funções tais como armazenamento de reservas, propagação vegetativa e fotossíntese. Quando funcionam como órgão de reserva são frequentemente utilizados na alimentação (batata-inglesa, gengibre, cará). Já os caules de plantas arbóreas representam base para a produção de madeira e celulose (eucaliptos e pinheiros) (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). São duas regiões específicas denominadas nó e entrenó. No nó, ocorrem as gemas e de onde saem as folhas. A gema é uma área meristemática, ou seja, pode originar órgãos vegetativos (ramo ou folha) ou reprodutivos (flor ou inflorescência). O entrenó é a região entre dois nós consecutivos (Gonçalves; Lorenzi, 2011). Em relação ao crescimento e ramificação, os caules podem ser classificados em dois tipos: monopodial, o qual o crescimento se dá pela atividade contínua da gema apical, evidenciando apenas um eixo principal; e simpodial, na qual após a planta já ter crescido em altura, as gemas laterais se desenvolvem formando ramificações, a copa da árvore (Pimentel et al., 2017). Os caules podem ser aéreos, terrestres e aquáticos. Ainda, podem ser considerados quanto ao hábito ou forma de vida em: ervas (hábito herbáceo), arbustos (arbustivo), árvores e lianas (cipós e trepadeiras) (Pimentel et al., 2017). A morfologia classifica os caules aéreos como: haste, tronco, colmo, estipe, estolho, cladódio, pseudobulbo, volúvel e sarmentoso. A haste é um caule herbáceo, fotossintetizante e flexível (plantas jovens e herbáceas). Já o tronco é um caule robusto, lenhoso, com crescimento secundário, geralmente com um eixo principal e ramificações concentradas no ápice (árvores e arbustos). O colmo é um caule ereto, cilíndrico, com nós e entrenós marcados (bambu e cana-de-açúcar). Os caules tipo estipe são robustos, não ramificados, com nós e entrenós evidentes e folhas encerradas no ápice (palmeiras). O estolho ou estolão cresce paralelamente à superfície do solo e possui entrenós longos, comum em plantas de restinga. O cladódio é achatado, armazena água e tem função fotossintética. Não possuem folhas, ou estas são modificadas em espinhos para evitar a perda d’água, típico das cactáceas. Os pseudobulbos são típicos de plantas epífitas, sendo fotossintetizantes (algumas orquídeas). O caule volúvel cresce enrolando-se em um suporte sem auxílio de estruturas de fixação, enquanto o caule sarmentoso se apoia com a ajuda de estruturas de 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/23 fixação como gavinhas ou raízes grampiformes (trepadeiras) (Souza; Flores; Lorenzi, 2013; Pimentel et al., 2017). Alguns exemplos estão ilustrados na Figura 4. Figura 4 – Diferentes tipos de caules aéreos: estipe, tronco, suculento, haste, sarmento Créditos: Amadeu Blasco/Shutterstock. Entre os caules subterrâneos são importantes, morfologicamente, os rizomas, os tuberosos e os bulbos. Os rizomas são comumente espessos e ricos em reservas, com nós e entrenós bem definidos, como exemplo, o gengibre. Os caules tuberosos formam os tubérculos, estruturas de armazenamento de substâncias nutritivas com gemas presentes (batata-inglesa, cará e taioba). Os bulbos são caules formados por uma região basal em forma de disco (prato), protegido por folhas modificadas e aclorofiladas denominadas catafilos. Podem ser tunicado simples (cebola), tunicado composto (alho) ou escamoso (lírio) (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Figura 5 – Diferentes tipos de caules subterrâneos: bulbo, tuberoso, rizoma Créditos: Amadeu Blasco/Shutterstock. 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/23 A morfologia interna do caule é diferenciada entre as monocotiledôneas e as eudicotiledôneas. O milho, por exemplo, é uma monocotiledônea, e, portanto, possui a estrutura do sistema vascular do tipo astélica, ou seja, os tecidos de condução são encontrados dispersos, tanto na periferia como na parte central do caule, sem cilindro central. Já no caule das eudicotiledôneas, os feixes condutores de seiva estão dispostos de forma organizada, no cilindro central, formando um tipo de estrutura eustélica. Sendo que cada feixe contém o floema voltado para o lado externo, enquanto o xilema para o lado interno do caule (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016; Evert, 2013). As estruturas do sistema vascular de monocotiledôneas e eudicotiledôneas estão apresentadas na Figura 6. Figura 6 – Morfologia interna do caule com evidência das estruturas do sistema vascular de monocotiledônea (astélica) e eudicotiledôneas (eustélica) Crédito: Jakinnboaz/Shutterstock. TEMA 3 – FOLHA 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/23 A folha é um órgão vegetal de crescimento limitado com funções de fotossíntese e respiração. Sua forma achatada e alargada otimiza a captação de luz solar, deixando o tecido clorofilado na sua superfície. Também é onde estão localizados os subprodutos do metabolismo secundário, o qual produz diferentes substâncias químicas e palatáveis que conferem importância econômica às folhas, sendo cultivadas para uso alimentício, industrial, condimentar, medicinal e ornamental (Pimentel et al., 2017). Na maioria das gimnospermas as folhas são aciculares ou escamiformes, geralmente espiraladas e mostram-se adaptadas para condições de escassez de água. Apresentam cutícula espessa que reduz a evaporação do interior da folha (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). A folha tem sua origem a partir das gemas caulinares (terminal e axilares). Numa folha completa, ocorrem quatro partes: limbo (lâmina foliar), pecíolo, bainha e estípula (Gonçalves; Lorenzi, 2011). Ao longo da evolução, as folhas passaram por inúmeras adaptações, o que ocasionou em uma enorme diversidade morfológica, encontradas principalmente em Angiospermas. Existem diversos critérios de caracterização de folhas, leva-se em consideração a sua organização e filotaxia. Podem ser classificadas em simples, quando apresenta o limbo não dividido, e composta, quando o limbo está subdividido em unidades, chamadas folíolos. As folhas compostas podem ser pinadas ou palmadas (digitadas). O reconhecimento da organização da folha é feito a partir do ponto onde se encontra a gema lateral (Pimentel et al., 2017). A inserção das folhas ao longo do caule é a filotaxia. Quando existe apenas uma folha por nó, a filotaxia é alterna (dística ou espiralada); duas folhas por nó, é filotaxia oposta (dísticas ou cruzadas). Por último, na filotaxia verticilada surgem três ou mais folhas por nó (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). Ainda, o limbo pode ser classificado quanto à forma geral, o ápice, a base, a margem, sistema de nervação, consistência, coloração, pilosidade e duração. Quanto à forma, pode ser elíptica, lanceolada, ovada, obovada, oblonga e linear. O ápice e a base também podem ter variadas formas, entre as mais comuns para ápice: aguda, acuminada, obtusa ou arredondada; para base: aguda, cuneada, obtusa, arredondada ou cordada. Menos comuns, os ápices com forma emarginado, truncado e cuspidado; e base truncada e amplexicaule. 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/23 Os tiposde margens mais comuns são: lisa ou inteira, serrada, denteada, lobada e crenada (projeções arredondadas) (Gonçalves; Lorenzi, 2011). O sistema de nervação (venação) é referente à distribuição das nervuras (onde estão os feixes vasculares) nas folhas. Atuam na distribuição de água e nutrientes. Nas angiospermas as nervuras estão dispostas em um padrão ramificado (exceto monocotiledôneas), caracterizando a nervação reticulada. Os tipos de nervação são: peninérveas (uma nervura principal central e demais nervuras secundárias, semelhante a uma pena); palminérveas (duas ou mais nervuras se originam na base do limbo sem se encontrar no ápice; curvinérveas (nervuras principais têm origem em um ponto na base do limbo e se convergem no ápice); paralelinérvea (nervuras paralelas); e peniparalelinérvea (uma nervura principal evidente e nervuras secundárias paralelas entre elas) (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). A consistência foliar está relacionada ao ambiente ou condição ambiental que a espécie vegetal se encontra: membranácea (fina, resistente e flexível); cartácea (quando finas e rígidas e se forem quebradiças); coriácea (espessas, consistentes, rígidas, mas flexíveis, como couro); crassa ou suculenta (espessas, submoles, ricas em água ou sucos diversos); e papirácea (espessura mediana, são mais ou menos moles, como na maioria das folhas) (Gonçalves; Lorenzi, 2011). Quanto à coloração, as folhas podem ser: concolor (uma única cor); discolor (duas cores diferentes) e variegada (três ou mais cores). A pilosidade ou indumento é em função dos tricomas dispostos na superfície abaxial ou adaxial da lâmina foliar. Quando os pelos estão presentes, a folha é classificada como pilosa. Na ausência, a folha é glabra ou lisa (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Quanto à duração, as plantas podem ser caducas, no qual as folhas caem em algumas épocas do ano; e persistentes, em que as folhas geralmente permanecem na planta o ano todo. As folhas podem ter estruturas especializadas e modificações com diferentes funções geradas por processos de adaptações evolutivas desenvolvidas como resposta a alguma pressão ambiental ou biológica. Ocorrem em alguns grupos ou isoladamente: Brácteas: folhas coloridas modificadas para atrair polinizadores (três-marias); Catáfilos: protegem a gema nos bulbos tunicados (cebola e alho); Escamas: protegem as gemas dos bulbos (lírio); Espata: forma uma proteção para a inflorescência (copo-de-leite); Espinhos: para a defesa e evitar a perda de água (cactos); Gavinhas: para a sustentação (ervilha). 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/23 Figura 7 – Exemplos de modificações foliares: brácteas, catafilos, espata e espinhos Créditos: Christiana R/ Shutterstock, Grey_and/ Shutterstock, Dayane May /Shutterstock, AP Focus/ Shutterstock. A folha, sob o ponto de vista da microscopia, pode ser classificada em conformidade com o tipo de mesofilo. Chama-se de mesofilo os tecidos localizados entre a epiderme superior (adaxial) e epiderme inferior (abaxial) da folha. Assim, o mesofilo pode ser heterogêneo ou homogêneo (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). A representação do mesofilo pode ser observada na Figura 8. Figura 8 – Mesofilo em corte transversal (folha) com evidência das estruturas de revestimento (epiderme e anexos epidérmicos – estômato e tricomas), de preenchimento (parênquima clorofiliano paliçádico e lacunoso) e condução (feixe vascular) 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/23 Crédito: Smile Ilustra. TEMA 4 – FLOR A flor é a principal característica que distingue as Angiospermas de outras plantas vasculares. São ramos modificados, com apêndices estéreis, que formam verticilos protetores (sépalas e pétalas) e apêndices férteis que formam os verticilos reprodutores (estames e carpelos), com função reprodutiva. As sépalas surgem abaixo das pétalas, e os estames abaixo dos carpelos. O conjunto de sépalas forma o cálice e o conjunto de pétalas forma a corola. O cálice e a corola, juntos, formam o perianto (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Os estames são constituídos pela antera (local de produção de grãos de pólen) e filete (eixo de sustentação). Os carpelos são formados pelo estigma (recebe o grão de pólen), estilete (por onde cresce o tubo polínico) e ovário com os óvulos, os quais se desenvolverão em sementes após a fecundação, enquanto a parede do ovário se desenvolverá no fruto. Coletivamente, o conjunto de estames é chamado de androceu, e o conjunto de carpelos é o gineceu (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/23 As flores podem estar agrupadas formando as inflorescências. O eixo de sustentação da flor ou de peças da flor é denominado de pedúnculo. O receptáculo é a porção dilatada do extremo do pedúnculo, onde são inseridos os verticilos florais (Pimentel et al., 2017). Figura 9 – Estrutura básica da flor. Tradução (sentido horário): estame, filete, antera, estigma, estilete, gineceu, ovário, óvulo, receptáculo, pedicelo, sépala, pétala Créditos: Valentina Moraru/ Shutterstock. Existem muitas variações na estrutura floral. As que possuem os quatro verticilos florais (sépala, pétala, estame e carpelo) são chamadas de completas. Na ausência de qualquer um destes elementos, a flor é incompleta. Sendo assim, as flores podem apresentar cálice e corola juntos (diclamídias ou diperiantada); só cálice ou só corola (monoclamídea ou mono periantada); ou não ter elementos do perianto, sem cálice e sem corola (aclamídea ou aperiantada). Em algumas flores, o perianto é semelhante entre si, com sépalas e pétalas iguais, caracterizando a presença de tépalas (homoclamídea). Quando o cálice e a corola são diferentes entre si, as flores são heteroclamídeas (Pimentel et al., 2017). A concrescência refere-se à união ou não de peças de um mesmo verticilo, como pétala com pétala, sépala com sépala, estame com estame e carpelo com carpelo. O prefixo “diali” usa-se para as peças livres entre si e “gamo” para peças unidas. Exemplos: dialissépalo e dialipétalo para estruturas livres; e gamossépala e gamopétala para estruturas unidas. Estes termos são utilizados para todos os verticilos (sépala, pétala, estame e carpelo) (Pimentel et al., 2017). Quanto à simetria, as flores podem ser simétricas ou assimétricas. Se tiverem simetria, esta pode ser bilateral ou zigomorfa, com apenas um plano de simetria possível. Se tiver dois ou mais planos de 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/23 simetria, ou seja, mais de duas metades iguais, a flor será actinomorfa ou radial (Gonçalves; Lorenzi, 2011). As flores que contêm androceu e gineceu são chamadas de monoclinas. Quando são unissexuadas, são denominadas de díclinas. Estas apresentam somente flores estaminadas (masculinas) ou pistiladas (femininas). Quando a planta apresenta flores díclinas e ambos os sexos estão presentes no mesmo indivíduo, a espécie é monoica. Entretanto, quando os indivíduos produzem apenas um ou outro tipo de flor, será considerada dioica (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Outras características em relação às partes constituintes das flores: será pedunculada na presença do pedúnculo ou séssil, se na ausência deste. As brácteas são folhas modificadas, no entanto, poderão estar presentes próximas aos verticilos florais (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). A disposição das peças florais será cíclica, quando o cálice ou corola estiverem dispostos em ciclos, ou acíclica ou espiralada, com a disposição em espiral. O número de peças florais é correspondente entre sépalas e pétalas. Existem flores dímeras, trímeras (mais comuns entre as monocotiledôneas), tetrâmeras e pentâmeras (Pimentel et al., 2017). O número de estames em relação ao número de pétalas pode variar: oligostêmone, quando o número de estames é menor do que o número de pétalas; isostêmone, quando o número de estames for igual ao númerode pétalas; diplostêmone, quando o número de estames for duas vezes maior do que o número de pétalas; e polistêmone, quando o número de estames for muito maior do que o número de pétalas (Gonçalves; Lorenzi, 2011). Os verticilos protetores (cálice e corola) são classificados quanto a sua presença e forma. A maioria das flores possui os dois verticilos, sendo denominadas de diclamídeas. Quando possui apenas um verticilo será monoclamídea. Na ausência dos dois, será aclamídea. Ainda, se o cálice e a corola forem diferentes em sua forma, tamanho e cor, a flor será heteroclamídea. Se forem iguais, então será homoclamídea. O cálice geralmente tem coloração verde. Mas, se for igual à cor da corola, usa-se o termo petaloide. O mesmo acontece ao contrário: a corola geralmente tem cor branca ou colorida. Se apresentar coloração verde, semelhante às sépalas, denomina-se sepaloide (Pimentel et al., 2017). Os verticilos reprodutores (androceu e gineceu) também são classificados quanto às suas características de tamanho, concrescência e posição. Os estames podem se apresentar com tamanhos 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/23 variados (heterodínamo), ou com quatro estames, sendo dois maiores e dois menores (didínamos), ou com seis estames, sendo quatro maiores e dois menores (tetradínamo). Também podem se mostrar separados (dialistêmone) ou unidos (gamostêmone). Em caso de união pelos filetes (eixo de sustentação do estame), apresentarão adelfia, com a formação de feixes (monoadelfo – 1 feixe, diadelfo - 2 feixes, triadelfo – 3 feixes, poliadelfo – mais de três feixes). A sinanteria é a união dos estames pela antera. Quando estão aderidos às pétalas, são chamados de estames epipétalos. Em relação à união do filete com a antera, pode estar preso à base da antera (basifixa), ou no dorso (dorsifixa), ou no ápice (apicefixa). A deiscência (abertura) da antera pode ser longitudinal (abre-se longitudinalmente), valvar (abre-se por meio de valvas) ou poricida (por meio de poros apicais) (Gonçalves; Lorenzi, 2011). Os carpelos também podem se apresentar livres ou unidos (fusionados). Quando livres, utiliza-se o termo dialicarpelar ou apocárpico. Já quando unidos, usa-se o termo gamocarpelar ou sincárpico. Uma flor pode ter um (monocarpelar), dois (bicarpelar), três (tricarpelar) ou mais que três (policarpelar) carpelos. Ainda quanto ao carpelo, pode ter estigma de forma variável (globoso, ovoide, entre outros) e ser indiviso ou ramificado. A inserção do estilete no ovário pode ser terminal, ou seja, na porção apical do ovário; lateral, na porção mediana do ovário, ou ginobásico, a qual se refere próxima à base. A posição do gineceu pode se apresentar hipógina, com ovário súpero, não aderente ou livre; perígina, com ovário semi-ínfero ou semiaderente e epígina, com ovário ínfero ou aderente. Em algumas flores, o receptáculo assume o formato de taça, e neste caso é denominado de hipanto. Quando as paredes do hipanto se encontram unidas ao ovário, este é chamado de ovário ínfero, e se a flor não possuir hipanto, o ovário será súpero (Gonçalves; Lorenzi, 2011). A cavidade interna do ovário, onde contém os óvulos, é chamada de lóculo. Geralmente tem correspondência entre o número de carpelos e número de lóculos, podendo ser uni, bi, tri ou plurilocular. A disposição dos óvulos no ovário é a placentação. A mais comum é a placentação axial, na qual os óvulos estão presos ao eixo central, em ovários biloculares e pluriloculares. Outros tipos de placentação: central livre, presos na coluna central, em ovários uniloculares; marginal, presos na margem de ovários uniloculares; parietal, presos na parede de ovários uniloculares; basal, presos na base de ovários uniloculares; e apical, presos no ápice de ovários uniloculares (Gonçalves; Lorenzi, 2011). TEMA 5 – FRUTO E SEMENTE 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/23 O fruto é o resultado do amadurecimento do ovário que garante a proteção e auxilia a dispersão das sementes que surgem após a fecundação. Ocorre exclusivamente nas angiospermas. São importantes na classificação botânica por possuírem estrutura muito constante. 5.1 FRUTO Após a fecundação, inicia-se o desenvolvimento da semente, por meio de uma série de transformações no saco embrionário e outros tecidos do óvulo. A parede do ovário desenvolve-se em pericarpo, o qual é formado por três camadas: exocarpo (epicarpo), mesocarpo e endocarpo, conforme apresenta a Figura 10. Alguns frutos, como a banana (Musa sp.) e o abacaxi (Ananas comosus), podem formar-se sem fecundação prévia e, portanto, nesse caso, não possuem sementes. São chamados frutos partenocárpicos (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Figura 10 – Formação do fruto. A parede do ovário desenvolve-se em pericarpo, o qual é formado por três camadas: exocarpo (epicarpo), mesocarpo e endocarpo 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/23 Crédito: Smile Ilustra. 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/23 Crédito: Elias Dahlke. Os frutos podem ser classificados em simples, pseudofrutos, agregados ou múltiplos. Os frutos simples são derivados de um único ovário de uma flor. Podem ser secos ou carnosos, uni a multicarpelares, deiscentes ou indeiscentes (Souza; Flores; Lorenzi, 2013). Os frutos simples carnosos possuem pericarpo suculento. Existem dois tipos: baga, um ou mais carpelos; uma ou mais sementes, exemplos: tomate, uva, laranja, abóbora; e drupa: geralmente um só carpelo, uma só semente concrescida com o endocarpo. Exemplos: ameixa, azeitona, pêssego. Os frutos simples secos: possuem pericarpo seco. São divididos em deiscentes (abrem na maturidade) e indeiscentes (mantêm-se fechados). (Gonçalves; Lorenzi, 2011). São variados os tipos de frutos secos deiscentes: 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/23 Folículo: derivado de ovário monocarpelar, abre por meio de uma fenda longitudinal (esporinha; chichá); Legume: derivado de ovário monocarpelar, abre por meio de duas fendas longitudinais (leguminosas, como o feijão, ervilha e a vagem); Síliqua: derivado de ovário bicarpelar. Na abertura persiste um septo mediano (deiscência septífraga: couve, mostarda, pente-de-macaco); Esquizocarpo: derivado de gineceu gamocarpelar, cujos carpelos separam-se inteiramente na maturidade, formando frutículos geralmente deiscentes, livres. Ex.: mamona e cenoura; Lomento: derivado de ovário unicarpelar, fragmenta-se transversalmente em segmentos unisseminados. Ex.: carrapicho (Desmodium); Cápsula: derivado de ovário multicarpelar, possui diferentes modos de deiscência: septicida: abre pela linha de união dos carpelos (azaléa); loculicida: abre pelo meio de cada carpelo (algodão); pixidiária: abre por uma linha transversal (castanha-do-Pará; sapucaia); poricida: abre por meio de poros (papoula, quaresmeira). Os frutos indeiscentes não abrem na maturidade, são eles: Aquênio: possui uma semente, ligada à parede do fruto num único ponto. Ex.: girassol e dente- de-leão; Cariopse: possui uma semente, ligada à parede do fruto em toda sua extensão (gramíneas - trigo, milho, arroz); Sâmara: possui, em geral, uma semente; a parede do ovário apresenta expansões aliformes (várias leguminosas, Sapindáceas, Malpiguiáceas); Noz: geralmente monocarpelar, uma só semente livre do endocarpo (noz-moscada). Os pseudofrutos se desenvolvem a partir de outras partes da flor, que não seja o ovário. Exemplos: caju (pedúnculo); maçã (receptáculo). Os frutos agregados são derivados de muitos ovários de uma única flor (gineceu apocárpico multicarpelar), mais ou menos concrescidos. Exemplos: morango, fruta-do-conde e framboesa. Os frutos múltiplos são formados por muitos ovários amadurecidos, pertencentes a uma inflorescência, que crescem juntos, formando uma infrutescência. Exemplos: amora, abacaxi e figo. 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/21/23 5.2 SEMENTE O fruto protege o óvulo durante o seu desenvolvimento em semente. A semente é a unidade reprodutiva das espermatófitas e o elo de ligação entre gerações sucessivas (Raven; Evert; Eichhorn et al., 2016). De um modo geral as sementes contêm o embrião, que é o esporófito jovem. A semente contém, assim, uma “plantinha pré-formada” com reservas ao seu redor ou em seus próprios tecidos, permitindo que esta sobreviva até que suas raízes possam absorver água e sais minerais e suas folhas realizar a fotossíntese antes dos nutrientes se esgotarem. Desse modo, as sementes representam uma grande vantagem adaptativa. Os frutos e as sementes apresentam grande diversidade, porém são constantes na sua estrutura. Nos frutos, a diversidade pode estar associada à função de dispersão, facilitando a distribuição das sementes que estão contidas neles. Nas sementes as diferenças estruturais podem estar relacionadas com a germinação e a sobrevivência do esporófito jovem. A semente de angiosperma apresenta a seguinte organização: Tegumento ou casca: formado pela testa ou tégmen, com função de proteção e disseminação; Amêndoa: formada por endosperma secundário ou albúmen: tecido de reserva utilizado na formação do embrião. As sementes maduras podem apresentar ou não o endosperma. Assim, as gramíneas (milho, arroz, trigo etc.) e a mamona apresentam o endosperma, mas a semente de feijão, ervilha, soja etc. não apresentam este tecido, e a reserva fica contida nos cotilédones; Embrião: constituído por um eixo embrionário dividido em duas partes: radícula e caulículo. Este divide-se em duas porções: hipocótilo e epicótilo, baseando-se na inserção dos cotilédones. No ápice do caulículo existe uma gema apical chamada gêmula ou plúmula. Nas monocotiledôneas só existe um cotilédone (escutelo) com função na digestão e absorção do endosperma. Nas eudicotiledôneas existem normalmente dois cotilédones, cheios de reservas. Nas monocotiledôneas, o epicótilo é recoberto e protegido por uma espécie de capuz chamado coleóptilo, que é considerado uma folha modificada para a proteção do caulículo. NA PRÁTICA 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/23 Com base nos conhecimentos estudados, elabore um glossário com pelo menos 60 termos técnicos da botânica e duas definições, relacionados à morfologia vegetal de raiz, caule, folha, flor, fruto e semente. Você pode usar dez palavras para cada tema para fechar o mínimo de termos solicitados. Como sugestão de consulta, a bibliografia que contempla o Dicionário Ilustrado na obra “Morfologia Vegetal”. GONÇALVES, E. G.; LORENZI, H. Morfologia vegetal. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. 544 p. FINALIZANDO A raiz tem grande importância na conquista da terra pelas plantas. Além de promover a busca subterrânea por água e minerais, fixa a planta no seu substrato. Raízes e caules podem ter função de armazenamento de alimentos ou água; Os caules possuem regiões com nós e entrenós. A partir dos nós saem as folhas e as gemas axilares. As gemas apicais promovem o crescimento direcionado. Mas quando possuem duas ou mais gemas em atividade simultânea, leva à formação de caules ramificados, o que define a arquitetura da planta; As folhas apresentam uma variação muito ampla de forma e função. As variações na estrutura da folha são em grande parte relacionadas com o habitat e refletem sua importância adaptativa; A flor é um dos órgãos mais variáveis nas plantas. São estruturas especializadas em usar recursos abióticos para a transferência do pólen, sendo providas com uma vasta gama de cores, formas e estruturas; Os frutos desempenham função estratégica nas plantas, sendo exclusivos de angiospermas. Após as sementes ficarem maduras, atuam na própria dispersão ou atraindo animais para espalhar as sementes e assim garantir a propagação da espécie. REFERÊNCIAS EVERT, R. F. Anatomia das plantas de Esaú: meristemas, células e tecidos do corpo da planta. São Paulo: Blucher, 2013. 726 p. 25/02/2023, 21:07 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/23 GONÇALVES, E. G.; LORENZI, H. Morfologia vegetal. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. 544 p. PIMENTEL, R. G. et al. Morfologia de angiospermas. Rio de Janeiro: Technical Books, 2017. 224 p. RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 856 p. SOUZA, V. C.; FLORES, T. B.; LORENZI, H. Introdução à botânica – morfologia. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2013. 224 p.
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