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INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Nesta aula, você conhecerá os princípios da forma e como esses elementos conceituais, mesmo não visíveis,
constroem a estrutura da comunicação visual, a �m de estruturar o desenho, para que seja possível
construir uma informação ou mensagem persuasiva. 
Você verá também que as formas orgânicas são baseadas em elementos naturais, inspiradas em formas da
natureza e, quando falamos em composição livre, apresentamos a combinação entre as duas formas,
orgânicas e geométricas.
Por �m, você conhecerá os princípios da composição visual e as leis da Gestalt e como suas aplicações
modi�cam a peça grá�ca, com o propósito de criar conexão visual com o leitor e passar a mensagem
planejada.
Aula 1
ELEMENTOS FORMAIS NA COMUNICAÇÃO VISUAL
Nesta aula, você conhecerá os princípios da forma e como esses elementos conceituais,
mesmo não visíveis, constroem a estrutura da comunicação visual, a �m de estruturar o
desenho, para que seja possível construir uma informação ou mensagem persuasiva. 
16 minutos
COMUNICAÇÃO
VISUAL
 Aula 1 - Elementos formais na
comunicação visual
 Aula 2 - Forma e conteúdo na
comunicação visual
 Aula 3 - Uso de contrastes na
comunicação visual
 Aula 4 - Diagramas e sistemas como
elementos de comunicação
 Aula 5 - Revisão da unidade
 Referências
83 minutos
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Vamos começar?
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SÍMBOLOS E SINAIS COMO PONTOS E LINHAS
Para abordar o tema da comunicação visual, símbolos e sinais, é preciso entender que, desde quando
nascemos, somos inseridos em uma sociedade imersa com informações e estímulos, e são esses estímulos
que permitem a compreensão e conexão visual de todo nosso entorno, dos signi�cados das imagens, e a
memorização de nossas experiências e, a partir de então, interagir com o meio.
Esses estímulos nada mais são que um “banco de dados” de informações, imagens e conexões que,
conforme evoluímos, essas informações se desenvolvem baseadas em novas relações com o mundo,
formando um grande ciclo de experiências.
Sendo assim, é a partir da construção de experiências desde a nossa primeira infância que criamos a
capacidade de ver, compreender e identi�car, de maneira visual, os acontecimentos e fenômenos ao nosso
redor. Daí em diante, organizamos nossas necessidades, preferências, prazeres e medos a partir do que
vimos, vemos e queremos ver.
Princípios da forma
Para compreender a imagem, ela é representada a partir de formas, construídas através de um desenho,
por exemplo, e contém uma mensagem consequentemente. Por isso, devemos entender “forma” como o
conjunto de elementos da comunicação visual, segundo conceitua Wong (2010). E são os elementos
conceituais que constroem a forma e estruturam a comunicação visual.
Os elementos conceituais não são visíveis, porém são a base para a construção da forma e,
consequentemente, dos símbolos e sinais. São eles: ponto, linha, forma e volume. Por exemplo: toda linha
inicia-se com um ponto, todo plano inicia-se a partir de uma linha, todo volume inicia-se a partir de um
plano inserido em um.
Ponto: simboliza uma posição, não ocupa uma área especí�ca nem mesmo tem comprimento ou
largura, é considerado o menor elemento visual na superfície.
Linha: ao inserir um ponto, ele pode se mover, criar uma trajetória e se tornar uma linha. A linha, no
caso, tem comprimento, mas não tem largura.
Plano: uma linha em pequenos movimentos se torna um plano, apresentando comprimento e largura.
Volume: a direção do plano se torna um volume, que, além de comprimento e largura, ocupa um lugar
no espaço com a profundidade.
Figura 1 | Elementos conceituais da comunicação visual
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Fonte: Wong (2010, p. 42).
O neurocientista britânico Steven Rose (2006) defende que “o cérebro humano trabalha com signi�cados”.
Por isso, a ideia dos símbolos e sinais na comunicação visual é de estruturar o desenho para que seja
possível construir uma informação ou mensagem persuasiva. 
Portanto, não se pode esquecer que a comunicação visual não é apenas construída por um suporte ou
desenho, mas, sim, pela soma de todos os elementos envolvidos nela e, segundo defende a teoria da
psicologia da Gestalt: identi�cação e compreensão baseadas na percepção das formas e �guras (GOMES
FILHO, 2015).
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FORMAS ORGÂNICAS E COMPOSIÇÃO LIVRE NA COMUNICAÇÃO VISUAL
A forma é considerada, segundo Wong (2010, p. 141), um “espaço positivo e que está ocupado”. Conforme a
forma se transforma em formato, em um suporte bidimensional, pode ser mostrada e, consequentemente,
visualizada conforme seu tamanho, cor, posição ou direção, tudo através da aplicação de pontos, linhas e
planos. 
As formas orgânicas (Figura 2), segundo o autor, são formas produzidas a partir de “curvas que �uem
suavemente com transições imperceptíveis ou conexões salientes” (WONG, 2010, p. 172). Também, são
baseadas em coisas naturais e vivas, inspiradas em formas da natureza, como paisagens, �ores, folhas,
frutos, plantas, pássaros, entre outros. Possuem contorno irregular e não apresentam forma limitada,
expressando movimento e direção. Podem ser desenhadas à mão livre, com ou sem instrumentos de
desenho, como as curvas francesas ou curvas �exíveis, e raramente são desenhadas com linhas retas.
Figura 2 | Forma orgânica
Fonte: Pixabay.
Composição da linguagem visual
Na composição visual, são apresentados os princípios e as teorias que atuam como ferramentas
importantes na concepção e criação de uma peça grá�ca com princípios visuais. São conhecimentos visuais
que in�uenciam e auxiliam na construção e obtenção dos resultados esperados, distribuídos com elementos
diversos e de diferentes maneiras em determinado projeto grá�co.
Segundo o designer, professor e autor João Gomes Filho (2015), os princípios da linguagem visual são: 
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Ponto: menor unidade visual, tem alto poder de atração (Figura 3);
Figura 3 | Ponto como linguagem visual
Fonte: Freepik.
Linha: a partir da proximidade de muitos pontos, percebe-se visualmente uma linha, tendo como
expressão o movimento e a energia.
Forma: refere-se às três formas básicas: círculo, triângulo equilátero e retângulo, e cada uma delas
possui signi�cados, sendo responsáveis pela construção de tantas outras formas.
Direção: parte do princípio de que as formas básicas exercem três direções principais: retângulo, a
horizontalidade e verticalidade; triângulo, a diagonal; o círculo, a curva (Figura 4).
Figura 4 | Direção
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Fonte: Pixabay.
Tom: a diferenciação entre a percepção do claro e do escuro, ou seja, só existe o claro porque há a
presença do escuro.
Cor: possui diversos signi�cados simbólicos e associativos, e apresenta três outras dimensões: a matiz,
que é a cor em si; a saturação, que é acrescida do escuro ou preto, até perder sua originalidade;, a
luminosidade, que, acrescida da luz ou do branco, tende a desaparecer.
Textura: explora os sentidos, o tato e a visão, como elementos de comunicação visual.
Escala: não existe uma imagem grande se não existir uma comparação pequena, dessa forma, a escala
demonstra não só o tamanho do produto mas também do ambiente (Figura 5).
Figura 5 | Escala
Fonte: Pixabay.
Movimento: a partir do uso de linhas e do conceito de direção, é possível perceber o movimento.
A composição livre na comunicação visual permite a integração de todos os elementos, a �m de construir
uma imagem que transmita um signi�cado e, assim como toda representação visual, tenha um objetivo.
ÂNGULOS E DIAGONAIS NA COMPOSIÇÃO GRÁFICA 
A produção da composição na comunicação visual é a grande resposta para oferecer e manifestar
coerentemente a mensagem planejada na peça grá�ca. Designer grá�cos estão sempre atentos quando o
assunto é compor e recompor seus projetos, a �m de chamar a atenção do leitor e fazê-lo interpretar
corretamente o conceito e/ou os signi�cados presentesna mensagem. Para isso, é necessário conhecer e
aplicar os princípios básicos da composição visual, para torná-la uma ferramenta comunicativa e persuasiva.
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Para a designer, autora e professora Donis A. Dondis (1991, p. 165), “os dados visuais podem transmitir
informação: mensagens especí�cas ou sentimentos expressivos, tanto intencionalmente, com um objetivo
de�nido, quanto obliquamente, como um subproduto da utilidade”. 
Esses princípios e teorias da linguagem visual são ferramentas utilizadas na hora de conceituar e projetar
peças grá�cas, já que auxiliam na produção de projetos visualmente equilibrados – quando distribuídos
elementos visuais propositalmente –, para que se chegue ao objetivo esperado.
Esses elementos, segundo Williams (2009), são: cor, forma, unidade visual, equilíbrio, hierarquia das
informações, legibilidade e organização desses elementos na composição visual que será produzida. Embora
sejam apresentados separados, raramente apenas um dos princípios é utilizado em uma composição visual.
Vamos vê-los mais detalhadamente:
Contraste: evite elementos similares na peça grá�ca: procure usar cores, tamanhos, linhas, formas e
espaços, diferenciando-os para enfatizar a comunicação.
Figura 6 | Contraste
Fonte: Williams (2009, p. 54-55).
Repetição: repita elementos visuais do projeto no material, ou seja, repita formas, texturas, espessuras
e tamanhos, isso ajuda a criar organização e unidade visual.
Figura 7 | Repetição
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Fonte: Williams (2009, p. 48).
Alinhamento: todos os elementos devem ter uma ligação um com o outro na composição da página,
isso ajudará a criar uma imagem limpa, so�sticada e suave.
Figura 8 | Alinhamento
Fonte: Williams (2009, p. 31).
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Proximidade: elementos relacionados entre si devem permanecer agrupados, criando a sensação de
proximidade e unidade visual, pois isso auxilia na organização das informações e reduz a desordem.
Figura 9 | Proximidade
Fonte: Williams (2009, p. 18).
Gomes Filho (2015) apresenta os princípios da Gestalt baseados na identi�cação e compreensão da
percepção das formas e �guras e apresenta-as como as “Leis da Gestalt”: unidade (Figura 10), segregação,
uni�cação, fechamento, continuidade (Figura 11), proximidade, semelhança e pregnância da forma.
Figura 10 | Lei da Gestalt: unidade. Cartaz do �lme The Hustler, 1961
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Fonte: Wikimedia.
Figura 11 | Lei da Gestalt: continuidade. Cartaz da Revolução Paulista de 1932
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Fonte: Wikimedia.
Além disso, apresenta “categorias conceituais”, que são: harmonia e desarmonia, ordem e desordem,
equilíbrio e desiquilíbrio, simetria e assimetria (Figura 12) e, por último, contraste, que inclui: luz e tom, cor,
movimento (Figura 13), dinamismo, ritmo, passividade, proporção, escala e agudeza.
Figura 12 | Simetria e Assimetria, respectivamente
Fonte: Pixabay e Pexels.
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Figura 13 | Movimento
Fonte: Wikimedia.
E no que diz respeito às “técnicas visuais aplicadas”: clareza, simplicidade, minimidade, complexidade,
profusão, coerência, incoerência, exageração (Figura 14), arredondamento, transparência física e sensorial,
opacidade, redundância, ambiguidade, espontaneidade, aleatoriedade, fragmentação, sutileza, diluição,
distorção, profundidade, super�cialidade, sequencialidade, sobreposição, ajuste óptico e ruído visual.
Figura 14 | Técnica visual de exageração
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Fonte: Pixabay.
Portanto, não podemos considerar que a comunicação visual é apenas construída no suporte que está
inserida, e sim pela união de todos os elementos reunidos e da aplicabilidade da psicologia da Gestalt e os
princípios da forma.
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VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Neste vídeo, você terá acesso aos princípios da forma, às características das formas
orgânicas, à conceituação da composição livre e aos princípios da comunicação e das principais leis da
Gestalt e como elas in�uenciam na construção do material grá�co, percebendo na prática essa abordagem
que cria imagens persuasivas e de grande impacto. Esperamos você!
 Saiba mais
No artigo, intitulado O experimentalismo e a in�uência da Teoria da Gestalt na área do Design, você se
aprofundará na in�uência empírico-experimental da Teoria da Gestalt sobre o que diz respeito às
atividades no design, a partir da intenção de con�gurar, compreender e perceber a forma,
in�uenciando de forma positiva, sistemática e experimental o material grá�co. 
O livro Gestalt do objeto aborda de maneira prática a relação da Gestalt com o sistema de leitura da
linguagem visual, permitindo o entendimento rápido e objetivo de sua funcionalidade através de
exemplos. Sem dúvida, um livro de cabeceira! 
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Nesta aula, você terá acesso ao conteúdo de de�nições de estrutura na composição visual, entendendo
como é o ciclo da estrutura da forma e seus elementos básicos, como ponto, linha, plano e volume. Veremos
os conceitos de simetria, que é o registro de formas e elementos iguais ou semelhantes, e assimetria, que é
a falta de elementos semelhantes entre os eixos, utilizando de informações divergentes entre si e,
consequentemente, como suas aplicações determinam o sucesso de uma peça grá�ca. Além disso,
abordaremos a aplicabilidade de ângulos e diagonais na produção de imagens e a sua interferência na
mensagem da comunicação visual.
Vamos começar?
Aula 2
FORMA E CONTEÚDO NA COMUNICAÇÃO VISUAL
Nesta aula, você terá acesso ao conteúdo de de�nições de estrutura na composição visual,
entendendo como é o ciclo da estrutura da forma e seus elementos básicos, como ponto,
linha, plano e volume.
15 minutos
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https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/22407/22407.PDF
https://fauufpa.files.wordpress.com/2013/01/49607957-gestalt-do-objeto.pdf
DEFINIÇÃO DE ESTRUTURA
Na comunicação visual, todos os elementos e con�gurações visuais são reconhecidos como forma, sendo
ela não apenas um resumo do como é observada, e sim como é reconhecida por seus elementos, nos quais
inclui formato, tamanho, textura e cor de�nidas (Figura 1).
Segundo Wong (2010, p. 44), a forma possui um determinado ciclo; ela “é criada, construída ou organizada
em conjunto com outras formas é frequentemente governada por certa disciplina a qual chamamos
estrutura”.
Figura 1 | Estrutura e forma
Fonte: Pixabay.
Os elementos conceituais da forma são conhecidos, e sua estrurura se dá a partir da união e composição
desses elementos (formato, tamanho, textura e cor de�nidas), por exemplo: ao construir uma linha, ela
apresentará os elementos mencionados.
Ainda, segundo Wong (2010), a estrutura formal se apropria de elementos conceituais e essenciais para sua
construção e organização:
Forma enquanto ponto: um ponto, embora simples, pode ter diversos formatos: circular, quadrado,
triangular ou mesmo irregular, e seu tamanho é comparativo ao conceito de grande e pequeno, possui
a de�nição de cor e textura.
Forma enquanto linha: uma linha é reconhecida por sua largura estreita e seu comprimento
reconhecido e apresenta três aspectos importantes (Figura 2): o formato em si, que pode ser uma reta,
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curva, irregular, construída à mão e até quebrada; o corpo: está conciso entre as duas bordas e a
relação entre elas, pode ter suas extremidades pararelas, lisas, a�adas, nodosas, onludalas e
irregulares; as extremidades: quando a espessura da linha é larga, é possível observar suas
extremidades, apresentando formatos, como redondas, quadradas, pontiagudas ou qualquer outro.
Figura 2 | Forma enquanto linha
Fonte: Paradella ([s.d.], p.4)
Forma enquanto plano: a forma plana consiste em linhas conceituais que se apresentam como forma
bidimensional (comprimento x largura) e, dessa maneira, apresentam variados formatos (Figura 3):
geométricos (1), orgânicos(2), retilíneos (3), irregulares (4), feitos artesanalmente (5) ou até mesmo
acidentais (6).
Figura 3 | Forma enquanto plano
Fonte: Paradella ([s.d.], p.5)
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Forma enquanto volume: considerado como o conceito do espaço, que pode ser apresentado como
positivo ou negativo, plano ou ilusório, ambíguo ou con�itante.
Além dessas estruturas apresentadas, deve-se ser considerado também a forma e a distribuição da cor,
sendo o mesmo elemento apresentado em diferentes variações. As inter-relações da forma, apresentadas
como separação, contato, superposição, interpenetração, união, subtração, intersecção e coincidência e, por
último, os efeitos especiais entre as inter-relações que essas variações produzem, oferecendo diferentes
efeitos visuais espaciais.
Portanto, a estrutura da forma apresenta-se a partir da somatória de diversos elementos que, aos se
conectarem, revelam-se como estrutura básica para a linguagem e mensagem visual a que se destina.
SIMETRIA E ASSIMETRIA EM PEÇAS GRÁFICAS
Sem dúvida, muitas são as técnicas visuais existentes, e todas elas concentram importantes aplicações com
o objetivo de criar peças grá�cas atrativas, estimulantes e provocantes. 
As técnicas visuais de simetria e assimetria são muito utilizadas na comunicação visual em geral. Segundo
Gomes Filho (2015), a con�guração da simetria se apresenta a partir da construção e formação de
elementos visuais iguais ou com grande semelhança (Figura 4), de tal forma que esses componentes e
referências aconteçam de maneira idêntica dos dois lados da imagem, seja a partir de eixos visíveis ou
imaginários nas posições horizontal, vertical, diagonal ou em qualquer inclinação. O grande atributo da
simetria é o equilíbrio visual de seus lados, utilizando elementos que se con�guram da mesma forma, cores
e proporções.
Figura 4 | Conceito de simetria
Fonte: Pixabay.
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Para Dondis (1991, p. 142), a simetria é percebida quando “cada unidade situada de um lado de uma linha
central é rigorosamente repetida do outro lado. Trata-se de uma concepção visual caracterizada pela lógica
e pela simplicidade, mas que pode tornar-se estática, e mesmo enfadonha”. Neste caso, a autora apresenta
que os elementos visuais precisam, necessariamente, estar em conformidade idêntica dos dois lados da
imagem.
Considerado por muitos como sinônimo de beleza e perfeição, o conceito de simetria é aplicado desde a
Grécia Antiga, encontrado em suas construções com a intenção de transmitir a sensação de ordem e
harmonia (Figura 5). 
Figura 5 | Paestrum, Itália
Fonte: Pixabay.
Dessa forma, para uma peça grá�ca apresentar o conceito de simetria, pode-se considerar que, sendo o
elemento visual separado em ambos os lados do eixo, que pode ser uma linha real ou imaginária
atravessando o centro da página, quando sobrepostos, têm a mesma proporção ou tamanho, pode-se
considerar uma peça simétrica (Figura 6).
É possível, ainda, esclarecer a simetria como elementos visuais que remetem à concordância, à proporção, à
equivalência, ao paralelismo, à correspondência e à conformidade.
Figura 6 | Cartaz publicitário da década de 1900
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Fonte: Wikimedia.
O conceito de assimetria, para Gomes Filho (2008), é a ausência de simetria e do equilíbrio a partir da
repetição das formas a partir de um eixo central, quando nenhum dos lados opostos apresentam elementos
visuais iguais ou semelhantes, independentemente do eixo de referência (vertical, horizontal ou diagonal).
Construir uma composição visual interessante utilizando o conceito de assimetria é custoso e demanda um
olhar a�nco sobre a composição para que se torne instigante, mas, quando concebido de tal forma que
existam ajustes de peso e forças visuais, a peça grá�ca se torna extremamente interessante (Figura 7),
instigando o olhar e a “excitação psicológica” (GOMES FILHO, 2008, p. 53).
Figura 7 | Composição grá�ca assimétrica
Fonte: Freepik.
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Já Dondis (2003) revela que o conceito de assimetria visualmente interessante e instigante pode ser
encontrado a partir da variação de formas, cores, elementos e posições distintas, desde que seja trabalhado
o conceito de equilíbrio por compensação (Figura 8).
Figura 8 | Exemplos de assimetria
Fonte: Dondis (2000, p. 77)
Portanto, a construção de peças grá�cas a partir de elementos visuais simétricos ou assimétricos deve
respeitar técnicas visuais que expressem tais conceitos, de tal maneira que construam materiais
interessantes e coerentes com a mensagem que se deseja expressar.
ÂNGULOS E DIAGONAIS NA COMPOSIÇÃO GRÁFICA
A construção de uma composição grá�ca é uma preocupação estudada e desenvolvida há milhares de anos,
sendo de grande importância nas relações sociais e comerciais a partir da utilização de materiais
construídos a partir de mensagens visuais.
Para o investimento em materiais grá�cos consistentes e persuasivos, devemos levar em conta os
elementos visuais que serão contextualizados e utilizados na formatação da peça grá�ca. Para isso, compor
uma mensagem e, consequentemente, uma imagem requer conhecimento, posicionamento e técnicas para
criar o material conforme a necessidade que se apresenta.
Para Dondis (2003), “os dados visuais podem transmitir informação: mensagens especí�cas ou sentimentos
expressivos, tanto intencionalmente, com um objetivo de�nido, quanto obliquamente, como um subproduto
da utilidade”. 
Sendo assim, a composição da imagem atinge um nível inconsciente que acessa as preferências já
introduzidas e com signi�cado em nossa mente, causando, assim, uma ação com o meio (Figura 9). Neste
momento, assumir que existem muitos meios, técnicas e regras para planejar e construir uma peça grá�ca é
fundamental, conhecê-las, então, é essencial. No caso das composições a partir de ângulos e diagonais, é
criar, além de um sentido para o material, movimento. Esta predominância do movimento será o
responsável por tornar a imagem mais dinâmica e viva.
Figura 9 | Composição visual angular, capa de revista (1943)
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Fonte: Wikimedia.
Os ângulos são linhas imaginárias que se encontram em um ponto chamado vértice. Eles podem ser
expressos em graus e são essenciais para a criação de composições visualmente interessantes. Os ângulos
podem transmitir diferentes sensações e emoções, dependendo de sua orientação e inclinação. Já
diagonais são linhas que conectam dois cantos não adjacentes de um objeto ou espaço. Elas podem ser
horizontais, verticais ou inclinadas, e são elementos poderosos na composição grá�ca. As diagonais
adicionam dinamismo, movimento e profundidade às imagens.
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A composição angular ou diagonal pode ser composta a partir de linhas existentes já inseridas nos
elementos grá�cos (Figura 10), ou ainda, serem imaginárias, por exemplo, girando o suporte e criando um
novo olhar para a mensagem. Como dito anteriormente, a composição com linhas diagonais apresenta uma
peça grá�ca dinâmica, construindo a direção do olhar e, possivelmente, o destaque para algum elemento
especí�co.
Figura 10 | Capa de revista Marcel Science Stories, de 1939, com composição diagonal
Fonte: Wikimedia.
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O objetivo da composição angular ou diagonal é, também, além de movimento, propagar energia e
dinamismo. Sua construção permite que o expectador conduza seu olhar de um lado para o outro, de baixo
para cima, da esquerda para a direita da imagem (Figura 11), criando pontos-chave de interesse, a �m de
transmitir uma mensagem ou ideia.
Figura 11 | Condução do olhar sobre a imagem
Fonte: Shutterstock.
Outro ponto importante nesse tipo de composição visual é manter um eixo axial, seja ele vertical ou
horizontal, para que o aguçamento diagonal possa ser percebido com maior intensidade. A utilização de
linhas diagonais e angulares predispõe uma sensação de tridimensionalidade, conduzindo para que o
elementovisual em questão se torne o tema central da imagem construída.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Neste vídeo, abordaremos os conceitos da estrutura da imagem e da comunicação visual de
peças grá�cas, utilizando conceitos dos elementos básicos formais da imagem, assim como a utilização e
aplicabilidade das teorias da simetria e assimetria como foco na linguagem visual e, por �m, o uso proposital
e planejado de ângulos e diagonais para a construção de pontos-chave na composição.
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No livro, intitulado Percepção e composição, você terá acesso a um rico material sobre percepção e
composição grá�ca, a �m de apresentar que o contexto da composição se dá a partir da união de
diversos elementos, de tal maneira que contribuam para a construção da mensagem. 
Con�ra! Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Nesta aula, você conhecerá os conceitos principais e importantes para a comunicação visual e como se
relacionam com os contrastes de tom e cor, passando pela usabilidade e pelo contraste do tom, da indução
cromática e, por �m, dos valores do círculo cromático (cores complementares, análogas e triádicas). Além
disso, aprofundará o conceito sobre o contraste de tamanho e sua importância no impacto visual de peças
grá�cas. E por último, mas não menos importante, aprenderá sobre o uso do contraste de dimensão
baseado em imagens construídas a partir do conceito da perspectiva isométrica, que permite imagens mais
realísticas e interessantes.
Vamos começar?
CONTRASTE DE TOM E COR
Os constrastes na comunicação visual acontecem de diversas maneiras, sejam em constrastes de cor,
tamanho, tom, dimensão e até mesmo de isometria. O contraste na linguagem visual está relacionado à
representação da imagem, apresentado sempre no campo de visão.
O contraste tonal inicia-se de uma maneira bastante simples, com ausência ou presença de luz, ou seja, é a
aparência do elemento visual e destaca-se em relação a outros ou a ele mesmo, quando relacionado a um
fundo.
O contraste é responsável por uma estratégia visual que estimula intantaneamente a atenção ao elemento
visual e, consequentemente, ao seu signi�cado, atraído pelo dinamismo e pela importância. Saber projetar
com contraste é importante para criar diferentes soluções e sensações, e pode ser apresentado como:
Aula 3
USO DE CONTRASTES NA COMUNICAÇÃO VISUAL
Nesta aula, você conhecerá os conceitos principais e importantes para a comunicação visual e
como se relacionam com os contrastes de tom e cor, passando pela usabilidade e pelo
contraste do tom, da indução cromática e, por �m, dos valores do círculo cromático (cores
complementares, análogas e triádicas).
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https://acervo.sead.ufes.br/arquivos/percepcao-e-composicao.pdf
Constraste de valores (claro/escuro): acontece quando um objeto �ca claro quando inserido em
fundo escuro, ou escuro quando inserido em fundo claro (Figura 1).
Figura 1 | Contraste de valor
Fonte: Pixablay.
Indução cromática: um elemento vermelho exposto em fundo cinza tende a ter sensação da presença
de sua cor oposta, o verde. Já no fundo branco, a percepção da matiz não se altera (Figura 2).
Figura 2 | Indução cromática
Fonte: elaborada pela autora.
Forma e linha de contorno: ao utilizar uma forma quadrada na cor preta em fundo branco ou forma
quadrada na cor branca em fundo preto, a sensação de dimensão do quadrado branco tende a ser maior
que do quadrado preto, pois a sensação visual de um fundo escuro conduz à expansão, e o fundo claro
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tende a contrair o elemento exposto (Figura 3).
Figura 3 | Contraste de forma e linha de contorno
Fonte: elaborada pela autora.
Falando do contraste de cor, é preciso entender os conceitos relacionados à teoria da cor e às suas
aplicações, pois a composição visual do material de�ne não só o conceito mas também o signi�cado da
mensagem a partir desta orientação. Na teoria da cor, o círculo cromático (Figura 4) apresentado por
Johannes Itten apresenta não só as cores primárias, secundárias e terciárias das cores como também seus
contrastes.
Figura 4 | Circulo cromático de Johannes Itten
Fonte: Wikimedia.
Os contrastes de cores ou cores harmoniosas funcionam bem em conjunto ou justapostas. No caso, o
círculo cromático pode ser utilizado ajudando na escolha das cores e combinações harmônicas, podendo ser
complementares, análogas ou triádicas.
A relação contrastante, a harmonia, acontece quando associamos cores opostas no círculo cromático (Figura
5). Também conhecida como harmonia complementar, sua utilização deve ser utilizada com cautela,
escolhendo uma cor dominante, e utilizar a complementar para alguns destaques. 
Figura 5 | Cores complementares
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Fonte: elaborada pela autora.
A harmonia de contraste oferece uma combinação de alto contraste ideal para atrair a máxima atenção do
espectador.
Já as cores análogas (Figura 6) apresentam contrastes mais sutis. Seus contrastes são combinados com
duas ou mais cores vizinhas apresentados no círculo cromático, sendo que uma delas é utilizada como a
dominante, enquanto as próximas são utilizadas para enriquecer o contraste escolhido. Vale ressaltar que
as cores análogas não são uma harmonia tão vibrante como a harmonia de complementares.
Figura 6 | Cores análogas
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Fonte: elaborada pela autora.
Por �m, as cores triádicas (Figura 7) trabalham com três cores equidistantes no círculo cromático, por
exemplo, azul, amarelo e vermelho. Esta harmonia é bastante utilizada, pois oferece um alto contraste
visual, ao mesmo tempo que equilibra o balanço e a riqueza das cores.
Figura 7 | Cores tríadicas
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Fonte: elaborada pela autora.
Portanto, saber projetar utilizando contrastes de tom e de cores é essencial para produzir materiais de
comunicação visual e�cazes e que alcancem não só o público esperado mas também transmitam a
mensagem na qual foi determinante para a sua produção.
CONTRASTE DE TAMANHO
Contrastes acontecem a todo o tempo, embora algumas vezes de formas desapercebidas. A comunicação
visual apresenta cotidianamente todo o tipo de contraste, como em uma decoração, em que vemos um sofá
retrô em contraposição a uma cadeira contemporânea (Figura 8).
Figura 8 | Sofá retrô
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Fonte: Freepik.
Sua conceituação é �exível e, segundo Wong (2010, p. 105), pode ser apresentado como “moderado ou
severo, vago ou óbvio, simples ou complexo”. Conforme o autor, o contraste é base para comparações, para
que, assim, as diferenças possam se tornar claras e, no caso do contraste de tamanho, a diferença aparece
quando um elemento imenso é comparado com outras formas menores, distribuídas propositalmente ao
seu redor.
Figura 9 | Constraste pequeno/grande
Fonte: Shutterstock.
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Ainda segundo Wong (2010), o contraste de tamanho é direto e objetivo e se apresenta grande/pequeno
quando aplicado em formas planas, ou comprido/curto quando em formas lineares. Além disso, o tamanho
pode ser modi�cado quando ampliadas ou reduzidas suas formas apresentadas em sequência, geralmente
quando utilizada a lei da repetição (Figura 10).
Figura 10 | Contraste de tamanho
Fonte: Pixabay.
Para Gomes Filho (2015), as relações comparativas acontecem dentro de um campo visual determinado, e
suas medidas e condições apresentadas por elementos visuais nele dispostos, mostrando-se arbitrária,
intuitiva ou seguindo uma ordem de contexto matemático ou geométrico. Segundo o autor, “os elementos
devem ser combinados com um sentido de ordem e uni�cação, de maneira que cada um deles seja parte
integrante do todo. A proporção implica, obviamente, sempre uma comparação entre os dois ou mais
elementos” (GOMES FILHO, 2008, p. 64).
É importante pensar que o conceito de contraste de tamanho é aplicável em vários elementos visuais, sejam
eles no comparativo de imagens,objetos, fonte tipográ�ca, entre outros. Willians (2009) comenta que,
quando o objetivo é criar um contraste de tamanho que realmente se destaque e que chame a atenção do
observador, esse mesmo contraste não deve, para ser e�caz, ser tímido.
Dondis (1991) a�rma que, ao manipular o tamanho dos elementos na peça grá�ca, pode-se chocar o
expectador devido à proporção dos objetos, contradizendo a continuidade comum do que se espera ver e
construindo um olhar de atenção e desconstruindo o sentido lógico da imagem. A autora ainda apresenta
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que o contraste pode ser mais intensi�cado a partir do elemento tonal e da justaposição, seja a partir da
comparação com desenhos, fotos ou colagens, tornando a imagem impactante e alcançando o contraste
através da sua diferenciação e do seu signi�cado (Figura 11).
Figura 11 | Manipulação de tamanho
Fonte: Pixabay.
O contraste é responsável pelo controle do signi�cado ao combinar elementos de interação complexos que,
ao se revelarem no mesmo plano e ao mesmo tempo, constroem o dinamismo da leitura e,
consequentemente, da interpretação. Para isso, as decisões na utilização dos elementos básicos, como
linha, tom, direção, cor, movimento, forma e, principalmente, o que se entende por proporção e escala,
devem ser constituídas na direção da percepção precisa e especí�ca.
Portanto, existem muitas possibilidades para criar um contraste de tamanho marcante, porém deve-se levar
em conta que não é apenas modi�cando o tamanho dos elementos que se constrói tal objetivo, é preciso
planejamento, ordem e sequência para que a mensagem seja interpretada corretamente.
CONTRASTE DE DIMENSÃO POR MEIO DA PERSPECTIVA E DA ISOMETRIA 
Sem dúvida, a representação visual da perspectiva é uma das técnicas mais elaboradas na comunicação
visual, visto que ela representa o desenho do objeto e de elementos de modo a simular o objeto ou espaço
“real” em três dimensões. Mas, seria impossível iniciar sua apresentação sem organizar a ideia do que é
desenho (Figura 12).
Figura 12 | Desenho em perspectiva
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Fonte: Pixabay.
O desenho vai além do embelezar ou ornamentar, seu objetivo é, a partir de uma representação útil,
comunicar uma mensagem. En�m, o desenho tem uma utilidade prática, criativa, dinâmica e constante
propósito, seja em um momento efêmero ou contínuo. Toda imagem é por si só um desenho,
representando tudo que vemos e interpretamos, e transmite sempre uma mensagem.
Sendo assim, a perspectiva é uma representação grá�ca que retrata um objeto e como ele se manifesta à
nossa vista, considerando as três dimensões: largura, altura e profundidade. A perspectiva tem como
objetivo representar objetos sobre um plano, utilizando-se de procedimentos para que tal representação se
aproxime o máximo possível da realidade. Perceba que, quando olhamos para um objeto qualquer,
percebemos a sensação de profundidade e relevo, em que as partes mais próximas da nossa vista parecem
maiores, e as partes mais distantes apresentam-se em menor tamanho. Portanto, a perspectiva é uma
forma de representação bastante utilizada no contraste de tamanho, justamente por essa sensação.
Dessa forma, podemos considerar os modelos de perspectiva: cônica, cavaleira e isométrica (Figura 13),
todas aplicadas na comunicação visual. 
Figura 13 | Modelos de perspectivas
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Fonte: elaborada pela autora.
Porém, a perspectiva isométrica caracteriza-se como um desenho que se representa na proporção mais
próxima da ilustração, já que o desenho isométrico apresenta todos os pontos do objeto na mesma
distância entre si, preservando as principais características em sua posição inicial, evitando, assim,
deformações da forma e, por isso, a perspectiva isométrica é tão utilizada na linguagem visual. É muito
utilizada no design, na infogra�a, no jornalismo, na arquitetura, na engenharia, no desenho industrial e em
ilustrações em geral (Figura 14).
Figura 14 | Ilustração isométrica no design de interiores
Fonte: Pixabay.
Observe que, na produção de ilustrações e na construção de infográ�cos, a isometria é construída para
simular objetos tridimensionais para um cenário bidimensional. Essa técnica permite que essas imagens se
tornem mais atrativas e dinâmicas, possibilitando efeitos visuais que reforçam o volume, aproximando-se da
realidade. Caso contrário, o objeto desenhado �caria com um visual chapado, prejudicando a percepção, a
atenção e a própria compreensão dele. Essas características �zeram que a projeção isométrica, antes
utilizada, principalmente, em desenhos técnicos, pudesse ser “descoberta” e implantada, a �m de se fundir
com outras técnicas e visuais, como fotogra�a, ilustrações, jogos, vídeos, sites, iconogra�a e modelação 3D,
construindo uma imagem muito mais agradável e interessante.
Dessa forma, utilizar a isometria em projetos de comunicação visual é uma decisão sábia, principalmente
quando relacionada aos conceitos de contrastes de tom, cor e tamanho, permitindo uma conexão visual não
apenas atraente, mas imponente, curiosa e dinâmica.
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VÍDEO RESUMO
Neste vídeo, você terá acesso aos conceitos e exemplos dos contrastes de tom, cor e tamanho, percebendo
na prática como suas aplicações modi�cam o planejamento visual e consequentemente o resultado,
aguçando diretamente a curiosidade do expectador e a assimilação da mensagem transmitida. 
Con�ra!
 Saiba mais
No artigo A �gura de retórica Quiasma aplicada à argumentação visual, publicado na Revista Tabuleiro
de Letras, você conhecerá mais sobre o contraste de tom, cor, tamanho e outros que se apresentam na
criação de projetos grá�cos, principalmente focado na utilização de quiasmas (cruzamento de palavras
e ideias). 
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Nesta aula, você conhecerá o que é diagramação e como ela in�uencia no resultado tanto visual quanto
funcional de peças grá�cas. Seu grande objetivo é organizar os elementos visuais de tal maneira que a
mensagem seja percebida de maneira objetiva e clara. Você também entenderá como os conceitos de
sequencialidade e unidade auxiliam na composição visual e constroem a linha de raciocínio sobre a
mensagem a ser adquirida a partir de elementos básicos visuais, complementada pelo conceito do contraste
de movimento a partir de técnicas especí�cas e da dominância, que in�uenciam diretamente na
compreensão da peça e em seu conteúdo.
Vamos começar?
CONTEÚDO EM RELAÇÃO AO ESPAÇO: DIAGRAMAÇÃO
Aula 4
DIAGRAMAS E SISTEMAS COMO ELEMENTOS DE
COMUNICAÇÃO
Nesta aula, você conhecerá o que é diagramação e como ela in�uencia no resultado tanto
visual quanto funcional de peças grá�cas.
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https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/3534/2415
A diagramação, segundo Ribeiro (1993, p. 7), “é a arte de conjuminar texto, ilustração, cor e espaço, a �m de
tornar a mensagem mais legível e agradável”. Ela é um conjunto de práticas do design grá�co que tem como
objetivo distribuir e organizar os elementos em uma página, construindo um maior potencial de interesse,
legibilidade e comunicação. Cada peça grá�ca apresenta características, necessidades e objetivos distintos,
sendo importante compreendê-las para que seja projetada para suprir essa demanda, sendo para sites,
revistas, folders, catálogos, jornais, aplicativos, entre outros.
A diagramação não é apenas considerada uma questão estética, mas, principalmente, uma técnica funcional
para a organização visual da peça grá�ca. Para Ribeiro (1993, p. 154), a composição grá�ca é o resultado
subjetivo entre os elementos e suas relações, sendo “a arte de se distribuir os elementos integrantes de um
projeto grá�co. A linha, a unidade, o equilíbrio e demais fatores conjugados ao tema, criam uma mensagem,
chamando a atenção, determinando o interesse, propondo a motivação para o �m especí�co da
comunicação”.
Dessa forma, é possívelconsiderar oito diretrizes importantes para a diagramação:
Grid: o grid (ou “grade”) é um recurso da organização da página. É a de�nição das áreas que receberão
os elementos visuais, como uma espécie de grade estruturante (Figura 1), apresentando a melhor
distribuição e coerência visual.
Figura 1 | Possíveis grids
Fonte: Pixabay.
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Colunas: a quantidade de texto determinará o número de colunas do material. Não há regras para a
quantidade de colunas (Figura 2), pois o que de�ne a quantidade é o volume de informação. Porém,
existem algumas orientações:
Colunas largas deixam a peça grá�ca com peso visual maior e parecem cansativas de serem lidas.
Colunas curtas deixam o texto dinâmico e leve, causando curiosidade e interação.
Figura 2 | Colunas de textos e elementos grá�cos
Fonte: Pixabay.
Espaços em brancos: também chamados de “respiros”, são responsáveis pela identi�cação das
informações apresentadas no material, criando contraste entre o fundo e o que estiver no 1º plano.
Podem acontecer entre os textos, imagens ou qualquer outro elemento visual. Esses espaços, quando
bem empregados, sinalizam que o projeto é pro�ssional e que houve preocupação em evitar confusão
visual, tornando a página o mais atraente possível (Figura 3).
Figura 3 | Espaço em branco ou “respiro”
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Fonte: Shutterstock.
Tipogra�a: de�nir a tipogra�a, bem como o espaçamento entre letras e linhas, é essencial para a
legibilidade e �uidez da página. Podemos de�nir as fontes como serifada (indicada para materiais
impressos) e sem serifa (indicada para materiais digitais) (Figura 4). Também, a de�nição da família
tipográ�ca que será utilizada acontece mediante o conceito do projeto. Evite utilizar mais de dois tipos
de família tipográ�ca em um mesmo material, impossibilitando confusão visual.
Figura 4 | Fontes com serifa e sem serifa
Fonte: elaborada pela autora.
Alinhamento: refere-se à coerência do material e ao estilo da criação do projeto (Figura 5). É possível
usar textos justi�cados, principalmente em materiais impressos, ou alinhados à esquerda, para
materiais digitais; ainda, alinhamentos diferentes, conforme o destaque que se pretende criar.
Figura 5 | Alinhamento
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Fonte: Williams (2009, p. 33).
Imagens: elas dão vida ao material e, por isso, precisam ser consideradas na diagramação e no
conceito do projeto (Figura 6). Usar imagens de alta qualidade deixam o material primoroso e auxiliam
na comunicação da mensagem.
Figura 6 | Uso de imagens no projeto grá�co
Fonte: Shutterstock.
Hierarquia das informações: priorize, na diagramação, a sequência de importância de cada elemento
visual, dos mais importantes aos menos importantes, criando hierarquia e construindo um guia no
olhar do espectador (Figura 7).
Figura 7 | Hierarquia das informações
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Fonte: Shutterstock.
Identidade visual: respeite a identidade visual da empresa para a qual se projeta o material, como as
formas, as fontes, as cores e os estilos já padronizados por ela (Figura 8).
Figura 8 | Identidade visual
Fonte: Shutterstock.
Portanto, a diagramação deve ser prioridade no projeto da peça grá�ca. Quando bem diagramada tende a
ter fácil leitura, compreensão e auxiliar na execução do comportamento esperado do leitor.
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SENTIDO DE SEQUÊNCIA E UNIDADE
Todo projeto grá�co, independentemente da peça, do suporte ou da utilização, demanda conceitos
importantes no seu desenvolvimento. Para o designer, professor e autor João Gomes Filho (2015), a
sequencialidade é uma técnica que se refere à ordenação, disposição e organização contínua de unidades
visuais, ou seja, que apresenta uma sequência lógica relacionada aos princípios estéticos de harmonia e
equilíbrio em expressões visuais.
A técnica da sequencialidade é utilizada a partir de elementos visuais, como: pontos, linhas, planos, texturas,
volumes, cores, brilhos, entre outros, organizados de maneiras livres, porém de forma ordenada, por
exemplo: espiralado, justaposto, alinhado, sobreposto, com profundidade, circularmente etc.
Perceba, na Figura 9, que a técnica de sequencialidade se dá através da repetição contínua dos degraus da
escada, pelas linhas curvas de seus corrimões e pela repetição organizada das janelas do prédio à direita da
imagem. 
Figura 9 | Sequencialidade
Fonte: Pixabay.
Dondis (1991), ilustradora, professora universitária e autora de um dos livros mais conhecidos sobre o tema
(Elementos básicos da comunicação visual), apresenta a mesma opinião que Gomes Filho (2015), para quem
a sequencialidade baseia-se na composição visual com ordem lógica, seguindo de um padrão rítmico, ou
seja, ela deve apresentar um planejamento ou mesmo uma organização intencional. Note, na Figura 10, que
a percepção da sequencialidade e do conceito de profundidade se dá a partir da repetição organizada dos
lápis, assim como das linhas que representam a cortina do lado direito da imagem. Nesse caso, essa
organização se dá através da sequencialidade intencional.
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Figura 10 | Efeito visual da sequencialidade
Fonte: Pixabay.
Ao falar de unidade, Dondis (1991, p. 145) apresenta que seu conceito se relaciona com um “equilíbrio
adequado de elementos diversos em uma totalidade que se percebe visualmente”, ou seja, a repetição ou
junção dessas unidades apresenta-se intencionalmente de maneira tão integrada que, ao ser visualizada, é
percebida como um único elemento visual. 
Gomes Filho (2015, p. 24) divide a mesma interpretação, apresentando que a unidade pode ser percebia
como um único elemento ou como parte de um todo; o autor a�rma que ela “[...] pode ser compreendida
como o conjunto de mais de um elemento, que con�gura o ‘todo’ propriamente dito. Ou seja, o próprio
objeto”. Para ele, os elementos visuais são vistos como unidades a partir de suas relações, seja por meios
formais, cromáticos ou até dimensionais, em que tais unidades são visualizadas dentro de um contexto ou
elementos básicos, os quais, isolados ou combinados entre si, aparentam o conjunto de unidade, levando à
interpretação visual da forma, a partir da escolha inconsciente de uma unidade principal, como mostra a
Figura 11. 
Figura 11 | Efeito visual da técnica de unidade
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Fonte: Pixabay.
Dessa forma, perceba que as técnicas de sequencialidade e unidade produzem na peça grá�ca a sensação
da percepção da forma, assim como na continuação da leitura, unindo, muitas vezes, o contexto à própria
aplicabilidade da mensagem que se quer transmitir.
DOMINÂNCIA E MOVIMENTO 
As leis da Gestalt são essenciais para o desenvolvimento de projetos grá�cos funcionais e que, visualmente,
alcancem os objetivos determinados e, por isso, é necessário conhecer suas diferentes aplicabilidades,
variações e características.
A dominância ou ênfase (Figura 12) é uma variação especí�ca que tem como objetivo realçar determinada
área, elemento ou conteúdo da peça grá�ca; seu uso proporciona a criação de um foco principal de atenção
e, consequentemente, a construção da percepção de áreas secundárias, criando um impacto visual sobre a
hierarquia das informações.
Figura 12 | Efeito de ênfase ou dominância da imagem
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Fonte: Pixabay.
Para tanto, Ocvirk (2014) relata que a dominância é alcançada a partir de técnicas visuais, como:
Isolamento: técnica de separar um ou mais elementos das demais partes.
Direção: conjunto de elementos que orientam e dirigem o foco.
Localização: apelo visual central, a posição dominante em relação ao entorno.
Caráter: diferença visual signi�cativa, que pode ser a mudança de cor, estilo, forma etc.
Escala: uso de distintas proporções visuais.
O autor ainda apresenta mais alguns elementos, como cor, textura, elementos visuais, valor tonal, entre
outros, que auxiliam a construção dessa orientação visual percebida pelo observador.Podemos citar, por
exemplo, o uso do espaço em branco, ou mesmo o “respiro” com aplicação de cores.
Dondis (1991) menciona que a dominância acontece apenas quando uma única mensagem ganha realce em
relação a um fundo em que se predomina a uniformidade dos elementos.
Já o movimento, ação constante em nosso cotidiano, quando brusco ou inesperado, pode proporcionar
uma sensação de atenção ou perigo, ou ainda algo interessante, importante e dinâmico, pois as coisas se
movem constantemente de um lado para o outro, em diferentes direções e velocidades (Figura 13). Além
disso, a própria movimentação do espectador pode causar uma mudança na percepção visual, ou seja, a
mudança é contínua.
Figura 13 | A imagem em movimento
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Fonte: Pixabay.
Gomes Filho (2015, p. 60) apresenta que a técnica é de�nida a partir da fusão entre velocidade e direção e
que “está relacionado ao sistema nervoso que cria a sensação de mobilidade e rapidez”. Dessa forma, a
percepção de movimento acontece a partir de acontecimentos visuais sequenciais, construídos a partir de
estimulações instantâneas, contradizendo um visual estático. 
O autor ainda orienta que a percepção de movimento se dá a partir da aplicação de elementos visuais
especí�cos que apresentam qualidades perceptivas, como: triângulos, cunha, linhas ou formas e linhas
angulares ou onduladas.
VÍDEO RESUMO
Neste vídeo, você acompanhará mais exemplos visuais sobre o projeto de diagramação e seus resultados
tanto no layout quanto na questão de visibilidade e interesse em ler a peça grá�ca. Verá também os
resultados das técnicas de sequencialidade e unidade que fazem muita diferença na qualidade do material
elaborado. Além disso, aprenderá como elementos básicos fazem uma grande transformação visual,
agregando movimento e dominância a projetos grá�cos. Con�ra! 
 Saiba mais
Na dissertação sugerida a seguir, você terá acesso a uma pesquisa aprofundada sobre a diagramação
de um livro e o cuidado com o planejamento visual e a mancha de texto, no qual é projetado a partir de
seu formato.
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JÚNIOR, João Batista de Macedo. Diagramação: um sistema para previsão e improviso na mancha
de texto. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), São Paulo, 2010. 
LINGUAGEM VISUAL
Nesta revisão sobre a linguagem visual, você perceberá a grande dimensão da comunicação através de
elementos e leis visuais que auxiliam na construção da mensagem.
A partir dos princípios da forma e dos elementos conceituais (ponto, linha, forma e volume) que não só
constroem a forma mas também a estruturam e auxiliam na composição visual de tal maneira que o
princípio da linguagem visual se apresenta como: ponto, linha, forma, direção, tom, cor, textura, escala e
movimento. Essa construção, por sua vez, permite a integração dos elementos de tal maneira que a
mensagem possa ser absorvida e interpretada da maneira correta por parte do espectador. Além disso,
outros princípios devem ser considerados na composição de um projeto grá�co, são eles: contraste,
repetição, alinhamento e proximidade. No que se refere às as Leis da Gestalt, considera-se: unidade,
segregação, uni�cação, fechamento, continuidade, proximidade, semelhança e pregnância da forma. Outro
ponto importante na composição da linguagem visual é a consideração das categorias visuais, como:
harmonia e desarmonia, ordem e desordem, equilíbrio e desiquilíbrio, simetria e assimetria e o próprio
contraste, que incluem: luz e tom, cor, movimento, dinamismo, ritmo, passividade, proporção, escala e
agudeza. Por último, mas não menos importante, as técnicas visuais aplicadas: clareza, simplicidade,
minimidade, complexidade, profusão, coerência, incoerência, exageração, arredondamento, transparência
física e sensorial, opacidade, redundância, ambiguidade, espontaneidade, aleatoriedade, fragmentação,
sutileza, diluição, distorção, profundidade, super�cialidade, sequencialidade, sobreposição, ajuste optico e
ruído visual.
Tendo em vista todas essas questões acerca dos conceitos e princípios da linguagem visual, atente aos itens
focados na estrutura da forma, conhecidos como formato, tamanho, textura e cor de�nidas, apropriando-se
da organização e construção visual dos conceitos da forma enquanto ponto, linha, plano e volume. No que
diz respeito às técnicas visuais, a simetria e assimetria, o uso de ângulos e diagonais, contrastes de valores,
tamanho e dimensão, a indução cromática, as formas e linhas de contorno e a isometria ganham importante
espaço na composição visual, visto que atingem um nível inconsciente que acessa as preferências já
introduzidas e com signi�cado em nossa mente.
Certamente, o resultados de todos esses princípios e conceitos podem ser visualizados e validados na
diagramação das peças grá�cas, que tem como objetivo agrupar todos os elementos, a �m de criar sintonia
para tornar a mensagem visual mais legível e agradável. Nesse contexto, a diagramação divide-se como grid,
colunas, espaços em brancos, tipogra�a, alinhamento, imagens, hierarquia das informações e identidade
Aula 5
REVISÃO DA UNIDADE
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https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/86948/macedojunior_jb_me_ia.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/86948/macedojunior_jb_me_ia.pdf?sequence=1&isAllowed=y
visual. Além disso, deve-se considerar as questões que cercam a sequencialidade e a unidade, garantindo
um melhor resultado visual sobre a percepção e continuidade da leitura que, associado aos conceitos de
dominância ou ênfase, realça trechos ou elementos visuais principais, criando a sensação de prioridade e,
consequentemente, a subdivisão de outros elementos da página.
Portanto, considerar os elementos, os conceitos e as leis que cercam a comunicação visual fará que sua
peça grá�ca seja percebida não apenas como um objeto bonito, mas, principalmente, funcional no que diz
respeito à legibilidade e à compreensão da mensagem ali exposta.
REVISÃO DA UNIDADE
Neste vídeo, você poderá observar a aplicabilidade e funcionalidade dos princípios, dos elementos, das leis e
dos conceitos visuais que auxiliam de maneira e�caz a construção de uma peça grá�ca de sucesso,
visualizando resultados que traduzem efetivamente suas aplicações e percepções que envolvem a
comunicação visual e a percepção do espectador. Aguardamos você!
ESTUDO DE CASO
Vamos desenvolver um estudo de caso que te auxiliará em um futuro breve.
Você foi um dos três estudantes da sua turma escolhido para fazer um teste que, caso seja positivo,
resultará em uma vaga de estágio em uma grande agência de design. Essa vaga tem como objetivo
selecionar um estudante que domine a aplicabilidade dos elementos, princípios e leis da linguagem visual
para que, junto à equipe interna, desenvolva projetos de identidade visual e peças grá�cas on-line e o�-line
para grandes marcas. 
Dessa forma, o seu teste resume-se em criar um anúncio para a divulgação um treinamento sobre
reutilização de lixo reciclado e a construção de produtos a partir dessa matéria-prima pela população
carente. Esse anúncio será distribuído em mídias impressas e digitais e terá como patrocinador do evento
uma grande marca que defende causas sustentáveis. 
Nesse anúncio, você deve apresentar os conceitos de unidade, semelhança e movimento. Deve considerar
também a diagramação e a hierarquia da informação, além da aplicabilidade da teoria da cor.
O arquivo desse anúncio deve ser entregue com um relatório, no qual você defenderá a utilização de cada
elemento visual, a �m de proporcionar os conceitos solicitados, ou seja, você deverá explicar por que usou
cada elemento ou forma. 
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Você foi escolhido para esse teste por apresentar conhecimento teórico sobre os elementos e conceitos
da linguagem visual e sobre atividades coerentes com o conteúdo. Sendo assim, você terá um grande
desa�opara conseguir a vaga desse estágio, e deve ter embasamento teórico para entregar, junto ao
anúncio, o relatório sobre as escolhas dos elementos e conceitos aplicados. 
Dessa forma, sugerimos que você separe obras importantes sobre esse conteúdo, como os livros: Arte
e Percepção Visual, Sintaxe da Linguagem Visual, Princípios da Forma e do Desenho e Gestalt do
Objeto, os quais lhe trarão conhecimento e base su�ciente para a produção do teste.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Você viverá uma grande experiência ao participar de um teste para uma vaga de estágio em uma grande
agência de design e trabalhar com uma equipe de sucesso e com grandes marcas no mercado. Como
solicitado, você desenvolverá um anúncio para a divulgação de um treinamento sobre reutilização de lixo
reciclado e a construção de produtos a partir dessa matéria-prima pela população carente. Esse anúncio
será disponibilizado em mídias impressas e digitais.
Então, como começar essa atividade? Primeiramente, deve atentar-se aos requisitos das mídias impressas e
digitais e produzir o anúncio de tal maneira que possa ser utilizado em ambas as mídias. Você também
precisa separar livros, artigos e materiais que lhe deem sustentação teórica sobre como proporcionar
visualmente os conceitos solicitados: conceitos de unidade, semelhança e movimento, construção da
diagramação, uso da hierarquia da informação e aplicabilidade da teoria da cor.
A partir disso, separe o texto que a empresa lhe forneceu; procure imagens coerentes com o tema; se
possível, converse e investigue como funciona o recolhimento e o uso de materiais reciclados; pesquise e
separe elementos visuais que lhe auxiliarão na construção dos conceitos e, então, inicie a criação de seu
anúncio. Lembre-se de que as imagens deve ser de alta qualidade, já que serão utilizadas em mídias
impressas.
Utilize as regras da diagramação e estabeleça um bom agrupamento dos elementos visuais de tal maneira
que seja de fácil identi�cação os conceitos solicitados.
Prepare um documento organizado para apresentar suas escolhas e de�nições sobre a composição visual
que você criou, defendendo cada elemento visual baseado no conteúdo teórico pesquisado.
Entregue na data solicitada e boa sorte!
RESUMO VISUAL
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Fonte: elaborada pela autora.
Aula 1
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. São Paulo, SP: Pioneira/Edusp, 2004. 
BORTOLÁS, N. et al. O experimentalismo e a in�uência da Teoria da Gestalt na área do Design. Estudo em
Design, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 1-15, 2013. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/22407/22407.PDF. Acesso em: 20 abr. 2023. 
DONDIS, A. D. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1991. 
GOMES FILHO, J. Gestalt do Objeto: sistema de leitura virtual da forma. São Paulo, SP: Escrituras Editora e
Distribuidora de Livros Ltda., 2015. 
ROSE, S. O cérebro do século 21. São Paulo, SP: Globo, 2006. 
WILLIAMS, R. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. 3. ed. São Paulo,
SP: Callis Edições, 2009. 
WONG, W. Princípios de forma e desenho. 2. ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2010.
Aula 2
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. São Paulo, SP: Pioneira/Edusp, 2004. 
REFERÊNCIAS
08 minutos
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https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/22407/22407.PDF
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/22407/22407.PDF
DONDIS, A. D. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1991. 
GATTI, B. Percepção e composição. Vitória, ES: UFES, 2009. Disponível em:
https://acervo.sead.ufes.br/arquivos/percepcao-e-composicao.pdf. Acesso em: 10 maio 2023. 
GOMES FILHO, J. Gestalt do Objeto: sistema de leitura virtual da forma. São Paulo, SP: Escrituras Editora e
Distribuidora de Livros Ltda., 2015. 
PARADELLA, F. S. Teoria da forma: ponto, linha, plano. Rio de Janeiro, RJ: Universidade Estácio de Sá, [s. d.].
Disponível em: http://www.ensp.�ocruz.br/portal-ensp/_uploads/documentos-pessoais/documento-
pessoal_314.pdf. Acesso em: 2 maio 2023. 
WONG, W. Princípios de forma e desenho. 2. ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2010.
Aula 3
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. São Paulo, SP: Pioneira/Edusp, 2004. 
DANIEL, L. M. A �gura de retórica Quiasma aplicada à argumentação visual. Revista Tabuleiro de Letras,
Salvador, v. 11, n. 1, jun. 2017. Disponível em:
https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/3534/2415. Acesso em: 10 maio 2023. 
DONDIS, A. D. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1991. 
GOMES FILHO, J. Gestalt do Objeto: sistema de leitura virtual da forma. São Paulo, SP: Escrituras Editora e
Distribuidora de Livros Ltda., 2015. 
ITTEN, J. The Art of Color: the subjective experience and objective rationale of color. London: Van Nostrand
Reinhold, 1970. 
WILLIAMS, R. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. 3. ed. São Paulo,
SP: Callis Edições, 2009. 
WONG, W. Princípios de forma e desenho. 2. ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2010.
Aula 4
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. São Paulo, SP: Pioneira/Edusp, 2004. 
DONDIS, A. D. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo, sp: Martins Fontes, 1991. 
GOMES FILHO, J. Gestalt do Objeto: sistema de leitura virtual da forma. São Paulo, SP: Escrituras Editora e
Distribuidora de Livros Ltda., 2015. 
OCVIRK, O Fundamentos de Arte: teoria e prática. Porto Alegre, RS: AMGH, 2014. 
RIBEIRO, M. Planejamento visual grá�co. Brasília, DF: Linha,1993. 
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https://acervo.sead.ufes.br/arquivos/percepcao-e-composicao.pdf
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/_uploads/documentos-pessoais/documento-pessoal_314.pdf
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/_uploads/documentos-pessoais/documento-pessoal_314.pdf
https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/3534/2415
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
WILLIAMS, R. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. 3. ed. São Paulo,
SP: Callis Edições, 2009. 
WONG, W. Princípios de forma e desenho. 2. ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2010.
Aula 5
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. São Paulo, SP: Pioneira/Edusp, 2004. 
DONDIS, A. D. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1991. 
GOMES FILHO, J. Gestalt do Objeto: sistema de leitura virtual da forma. São Paulo, SP: Escrituras Editora e
Distribuidora de Livros Ltda., 2015. 
WILLIAMS, R. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. 3. ed. São Paulo,
SP: Callis Edições, 2009. 
WONG, W. Princípios de forma e desenho. 2. Ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2010.
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. São Paulo, SP: Pioneira/Edusp, 2004. 
DONDIS, A. D. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1991. 
GOMES FILHO, J. Gestalt do Objeto: sistema de leitura virtual da forma. São Paulo, SP: Escrituras Editora e
Distribuidora de Livros Ltda., 2015. 
WILLIAMS, R. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. 3. ed. São Paulo,
SP: Callis Edições, 2009. 
WONG, W. Princípios de forma e desenho. 2. Ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2010.
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