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HISTORIOGRAFIA E INTRODUCAO AOS ESTUDOS HISTORICOS

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HISTORIOGRAFIA E INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS
*Debates e tendências na historiografia da História Antiga:
1. 
Conforme Pierre Cabanes, “[...] é preciso aceitar que a Antiguidade constitui, para nós, um mundo novo, uma civilização exótica e abolida, a qual não se aplicam necessariamente nosso modo de pensar” (2009, p. 11).
Diante do exposto, escolha a afirmativa que está de acordo com essa citação.
Você acertou!
B. 
A história do passado não pode ser analisada com as perspectivas dos tempos atuais, assim como não se pode analisar o passado comparando aos fatos históricos construídos pelos povos do Ocidente com o Oriente, pois são povos com culturas completamente diferentes.
2. 
O homem sempre esteve no controle das relações familiares e sociais, inclusive no contexto sóciojurídico nos tempos primórdios. No decorrer dos períodos, porém, o papel feminino foi desempenhado com muita importância, desde um modo indireito até um mais direto e intenso, como ocorrido em uma das civilizações da História Antiga. Qual era essa civilização e que situações poderiam ter motivado esse fato?​​​​​​​
Você acertou!
D. 
No Egito, apesar de a sociedade ser regida pelos homens, as mulheres também exerciam um papel importante, colaborando com a manutenção da ordem social, política e religiosa.
3. 
Em todas as ‘histórias’, as mulheres de diferentes locais e tempos sofreram com o preconceito de diversos modos, suas figuras foram prejudicadas e, na maioria das vezes, colocadas de forma submissa aos homens. Na invasão do Império Romano, em Britannia, no século I d.C., algumas mulheres mudaram essa imagem feminina de submissão e inferioridade em relação aos homens. Diante do exposto, por que essas mulheres de Britannia contrariaram as formas de submissão impostas historicamente?​​​​​​​
Você acertou!
C. 
A tribo dos Iceni foi liderada por uma mulher que viu seu esposo ser morto e suas filhas violentadas, na tentativa de tomada das suas terras. Ela liderou um exército contra o Império Romano.
4. 
Para Momiglino (2004), a historiografia ocidental era utilizada como representação da origem da historiografia contemporânea, porque apresentava a escrita da história como fonte de documento científico, a qual possibilita a sistematização de uma análise crítica das fontes históricas. Diante do exposto, por que a historiografia da História Antiga Ocidental foi colocada em supremacia por alguns pesquisadores em relação à historiografia da História Antiga Oriental?
Você acertou!
A. 
Alguns pesquisadores julgam que, enquanto a historiografia da História Antiga Ocidental é documentada com registros de dados políticos, econômicos e sociais, a historiografia da História Antiga é vista, principalmente, por suas caraterísticas fortemente mitológicas, ou ainda, biográficas.
5. 
Afirma Carreira (1982, p. 358) que a melhor maneira de julgar a historiografia e a ideia de história da Antiguidade Oriental não é comparando-as com as clássicas ou as modernas, mas enquandrando-as no seu ambiente cultural e nos pressupostos essenciais de qualquer atividade historiográfica. Diante disso, escolha a afirmação que se relaciona com a citação apresentada.
Você acertou!
E. 
A historiografia da Historia Antiga do mundo oriental deve ser analisada na perspectiva da própria história dos povos que a constituíram, tomando por base a sua própria cultura, fatos e acontecimentos, sem tentar parametrizar por nosso contexto ocidental.
E. 
A historiografia da Historia Antiga do mundo oriental deve ser analisada na perspectiva da própria história dos povos que a constituíram, tomando por base a sua própria cultura, fatos e acontecimentos, sem tentar parametrizar por nosso contexto ocidental. 
*Formação da historiografia brasileira 
1. 
A partir do momento em que o Brasil se tornou independente de Portugal, intelectuais e historiadores do IHGB passaram a reunir documentos e produzir conteúdo historiográfico sobre temas e personagens brasileiros.
Escolha abaixo as alternativas corretas sobre como esse conteúdo de produção de textos sobre a história do Brasil no século XIX foi utilizado.
 I) A pesquisa e a produção de textos de história do Brasil eram parte de um projeto de fortalecimento da identidade e nacionalismo brasileiro.
 II) Os historiadores brasileiros do século XIX trabalhavam para publicar e ampliar a venda de livros biográficos sobre personagens brasileiros.
 III) O conteúdo publicado foi utilizado como Manuais Didáticos no Colégio Pedro II, instituição de ensino médio criado no Rio de Janeiro.
 IV) O conteúdo histórico produzido pelo IHGB era para utilização da Família Real e funcionários régios vindos para o Brasil em 1808.
A. 
I e III.
2. 
​​​​​​​Durante o processo de formação da nação brasileira, tanto o imperador quanto os intelectuais que fizeram parte de sua corte concordavam que o conhecimento histórico sobre a jovem nação era fundamental.
​​​​​​​Escolha qual alternativa descreve duas justificativas para a importância de se conhecer a história do Brasil no século XIX.
A. 
O imperador precisava dos historiadores para se legitimar no poder, e alguns historiadores deram apoio ao imperador em seus textos.
A nação recém-independente precisava de um passado do qual pudesse se orgulhar e que lhe permitisse avançar com confiança para o futuro.
3. 
Os intelectuais que realizaram a produção historiográfica brasileira no século XIX vinham das elites luso-brasileiras. Nascidos no Brasil, estudavam fora do país, em sua maioria em Portugal. 
Entre eles, quais foram considerados como parte da historiografia generalista no Brasil do século XIX?
C. 
Eram generalistas os catedráticos que vinham de uma formação diversificada, uma formação generalizada, às vezes em várias áreas do conhecimento.
4. 
As camadas mais pobres da população brasileira não tinham acesso à educação. A grande maioria, formada por negros ou pardos escravizados, nem mesmo sabia ler ou escrever. A educação e principalmente a graduação no ensino superior eram apenas disponíveis fora do país, um privilégio das elites no poder. Dentro deste contexto:
Qual o envolvimentos das elites ligadas ao imperador Pedro II no projeto de ensino brasileiro no século XIX?​​​​​​​
B. 
A elite queria criar o ensino particular, com objetivo formar seus filhos e prepará-los para a inserção nas universidades da Europa.
5. 
Segundo Circe Bittencourt, a História Pátria para alunos do ensino elementar, ou a História do Brasil no secundário, foi sempre considerada um estudo suplementar e construído sob a lógica da História Sagrada e seus santos, que serviram como referencial de altruísmo e bondade para a constituição e seleção dos "heróis" da pátria. 
Quais eram as etapas do ensino brasileiro no século XIX?​​​​​​​
A. 
Ensino primário, secundário e algumas universidades criadas no século XIX.
*Historiografia do Brasil Colonial 
 
No decorrer do século XIX, muitas correntes de pensamento chegaram ao Brasil, oriundas da Europa, e impactaram decisivamente a produção historiográfica do país. Para muitos escritores, havia uma supremacia de autores de humanidades que impactavam a elite intelectual brasileira, capitaneados por August Comte.
1- Nesse cenário, quais correntes de pensamento abalaram a supremacia francesa e influenciaram a produção dos historiadores brasileiros da época?
B. 
Darwinismo social, cientificismo e historicismo.
2. 
Nos primórdios da construção historiográfica brasileira, a Região Norte do País recebeu um pesquisador com formação bastante diversificada em antropologia, botânica e medicina, que foi considerado um dos mais importantes pesquisadores que estudaram a região da Amazônia e a cultura local, autor de um legado sobre botânica, exaltado até os dias de hoje (Flora brasiliensis), sendo um dos pioneiros no estudo do guaraná.
Qual é o nome desse pesquisador?
E. 
Carl Friedrich Philipp Von Martius.
3. 
A obra em questão não foi escrita por um historiador, mas sim por um sociólogo, em 1933. Trata-se da primeira parte de uma obra sobre a sociedade patriarcal brasileira, com estudo sobreas características da colonização portuguesa, da escravidão, da estrutura agrária, da composição étnica e cultural do Brasil. Embora não tenha sido idealizada por um historiador, é considerada como uma obra essencial da historiografia do Brasil Colônia.
O autor e a obra referida são:
A. 
Capistrano de Abreu - Capítulos da história colonial.
4. 
A obra Formação do Brasil contemporâneo, escrita por Caio Prado Jr., é um dos clássicos da historiografia brasileira. Apesar do título, o livro retrata o passado colonial do País de forma substancial, com base na análise do pensamento social, apresentando um sentido da colonização e situando o Brasil no cenário internacional como peça importante na modernidade, conectado com a época em que foi escrito. Além disso, a obra se apropria de um importante método de análise 
socioeconômica, inserindo elementos da brasilidade nele e tornando-se referência para estudiosos do Brasil Colônia e do referido método de análise. 
A qual método, que embasa a obra de Caio Prado Jr., o texto se refere?
C. 
Marxismo.
5. 
Segundo Lucien Febvre, expoente da Escola dos Annales, pensamentos, ideias, ideologias, compreensões morais e visões de ciência seriam elementos da história das mentalidades, pois tratam-se de um fenômeno que perpassa por longos espaços de tempo. No campo da história das mentalidades, um autor brasileiro se destacou efetivamente. Na tese que deu origem a seu clássico, tal autor analisa as diferenças entre portugueses e espanhóis, considerando as mentalidades de ambos na forma de compreender o Novo Mundo.
O nome do autor e sua respectiva obra que, entre a década de 1940 e 1950, trouxe elementos da história das mentalidades para a historiografia brasileira é:
B. 
Sérgio Buarque de Holanda - Raízes do Brasil. 
*Fundamentos da historiografia do Brasil Império
1. 
A periodização na História é uma ação muito importante
para a contextualização dos acontecimentos históricos.
Em relação à periodização do Brasil Império, assinale a
​​​​​​​alternativa correta.
Você acertou!
A. 
O acontecimento utilizado como marco inicial em relação ao período do Brasil Império é a Proclamação da Independência.
2. 
O desenvolvimento de abordagens mais recentes sobre o período do Brasil Império permitiram a inserção de novas perspectivas de análise, bem como de novos objetos de estudo.
Considerando isso, assinale a alternativa correta.
B. 
Entre as contribuições da perspectiva culturalista, podemos destacar a inclusão da fotografia e da literatura como fontes de análise na História. 
3. 
A interpretação acerca dos acontecimentos históricos relacionados com o contexto do Brasil Império se modificou de acordo com a abordagem desenvolvida ao decorrer do tempo, sendo que em alguns momentos alguns temas foram mais valorizados do que outros.
Considerando essa afirmativa, assinale a alternativa correta.
C. 
Entre as temáticas recentes sobre o estudo do Brasil Império, estão as análises acerca da cultura política e da participação popular. 
4. 
A perspectiva de análise marxista é composta por diversas características específicas.
Considerando isso, assinale a alternativa correta.
Você acertou!
A. 
Entre as temáticas que são consideradas como marxistas, podemos destacar a análise dos modos de produção e das diferentes concepções de trabalho. 
5. 
Em relação à abordagem dos estudos marxistas sobre o Brasil
​​​​​​​Império, podemos encontrar diversas interpretações, cujas referências teóricas privilegiam temáticas específicas para o desenvolvimento da análise historiográfica.
Considerando essa afirmação, assinale a alternativa correta.
Você acertou!
D. 
Uma das características da elite imperial era a defesa de seus interesses, como na resistência à abolição da escravatura.
*Historiografia da República brasileira 
1. 
De acordo com alguns autores, a doutrina conhecida como Positivismo encontra-se atualmente no “museu das ideologias do século XIX” (LÖWY, 1994). Entretanto, no início do século XX, as ideias positivistas fizeram grande sucesso no Brasil, especialmente nos círculos militares, políticos e intelectuais. Nestes últimos, muitos historiadores foram influenciados pela filosofia de Auguste Comte, fato que refletiu em suas obras.
Considerando esse cenário, em que setores diferentes da sociedade brasileira foram afetados pelo Positivismo, qual característica principal do pensamento brasileiro naquele momento está conectada ao ideário positivista?​​​​​​​
C. 
A construção da nação.
2. 
Embora os especialistas ainda discutam qual a verdadeira dimensão dos impactos do Positivismo sobre a historiografia brasileira, o fato é que historiadores como Capistrano de Abreu, ao menos em seus primeiros trabalhos, sofreram influências da doutrina positivista. A obra de Abreu tem sido considerada uma ruptura em relação ao que a historiografia brasileira vinha produzindo. Esse ponto de vista é defendido pelos pesquisadores que dividem a historiografia brasileira entre o século XIX e o início do século XX em três fases.
Considerando que as fases anteriores a Capistrano de Abreu são denominadas “Arcadismo” e “Romantismo”, qual o nome da fase posterior na qual o autor se encontra?​​​​​​​
D. 
Cientificismo.
3. 
A historiografia política acerca da Era Vargas é vasta e diversificada. Devido à importância que o período em que Getúlio Vargas governou o país pela primeira vez (1930-1945) possui na história brasileira – com impactos que perduram ainda nos dias de hoje –, é evidente que o tema seja objeto de estudo de muitos historiadores. A historiografia brasileira criou ao longo do tempo diversas categorias explicativas da realidade política nacional. A noção de “corporativismo”, por exemplo, é uma delas, comumente aplicada ao governo Vargas.
Tendo em vista esse cenário, qual outra categoria explicativa é utilizada para a interpretação do período em que Getúlio esteve no poder?​​​​​​​
Você acertou!
A. 
Universalismo de procedimentos
4. 
Do ponto de vista da historiografia política, o Golpe de 1964 e a posterior Ditadura Civil-Militar têm produzido inúmeras obras ao longo dos anos. No entanto, quando buscamos produções sobre os aspectos econômicos do período não encontramos a mesma disponibilidade de materiais. Isso significa que, embora a economia seja um dos principais elementos a explicar uma época, os historiadores, de maneira geral, não têm demonstrado interesse pelo tema no período do regime militar.
Considerando essa situação, qual é uma das possíveis explicações para a escassez de trabalhos de história econômica sobre o período?​​​​​​​
B. 
O predomínio de perspectivas pós-modernistas.
5. 
Na nova historiografia cultural brasileira, desenvolvida a partir do processo de redemocratização iniciado em 1985, diversos temas pouco ou nunca estudados passaram a ser objeto dos historiadores. Um destes temas é a história das cidades.
Considerando esse tipo de abordagem que, com frequência, trata do advento de novas sociabilidades no país, qual conexão é possível estabelecer entre o surgimento desses modelos historiográficos e a realidade concreta nacional?​​​​​​​
E. 
A ampliação constante dos ambientes urbanos. 
*Vultos da historiografia brasileira
1. 
O historiador Boris Fausto produziu, ao longo de sua carreira, obras vastas e diversificadas. Tratou da história do Brasil colonial, monárquico e republicano. Neste último nicho da historiografia brasileira, escreveu trabalhos de referência sobre a Primeira República e a Era Vargas. Fausto abordou o Brasil republicano a partir de diversas perspectivas, muitas delas pouco exploradas no momento em que as investigou.
Considerando esse cenário, onde a obra faustiana se apresenta variada e inovadora em alguns aspectos, quais temas marginais da história brasileira o historiador estudou de modo específico?
Você acertou!
C. 
Imigração, movimento operário e história social do crime. 
2. 
2-O historiador Sérgio Buarque de Holanda é considerado um dos intérpretes do Brasil. Isso se dá em função de sua obra, que propôs interpretações inovadoras e muito bem fundamentadasacerca da história brasileira. Um de seus livros mais conhecidos e muito lido até hoje é Raízes do Brasil, publicado em 1936. Ao longo dos seus sete capítulos, o autor investiga os elementos que ajudar a constituir o Brasil e o povo brasileiro ainda no período colonial.
Considerando que o autor criou nessa obra conceitos como homem cordial e semeadores e ladrilhadores, a que se refere este último em particular?
Você acertou!
A. 
Ao modelo de urbanização colonial, realizado de maneira antagônica por portugueses e espanhóis.
3. 
As relações entre memória e história estão muito presentes na obra de Boris Fausto, embora o historiador nunca tenha chegado a problematizá-las de forma mais sistemática. De qualquer forma, a memória acaba se tornando, em sua obra mais madura, uma espécie de fio condutor das suas narrativas e argumentações. Os pesquisadores da obra de Boris Fausto determinaram que a memória e a história se entrelaçam em seus escritos, sendo que a memória pode ser abordada a partir de três fases principais.
Tendo em vista que na primeira etapa a memória serve apenas para a construção de argumentos, na segunda ela se torna fonte histórica, como podemos caracterizar a terceira fase?​​​​​​​
D. 
A memória se torna o centro da narrativa e assume contornos autobiográficos.
4. 
Capistrano de Abreu abriu novos horizontes para a historiografia brasileira no fim do século XIX e início do XX, sobretudo no que tange aos estudos sobre o Brasil colonial. Até então, um grande historiador a investigar esse período era Francisco de Varnhagen, admirado por Abreu, porém por meio de uma admiração crítica. As críticas de Capistrano de Abreu ao trabalho de Varnhagen contemplaram vastos aspectos da obra deste. Com destaque, é possível apontar que Abreu considerava a produção de Varnhagen deficitária de aportes teóricos.
Considerando esse contexto, em que há o choque de duas visões historiográficas divergentes, qual outra importante crítica realizada por Capistrano de Abreu à obra de Francisco de Varnhagen?​​​​​​​
Você acertou!
E. 
O caráter apologético da colonização portuguesa.
5. 
Sérgio Buarque de Holanda foi um historiador afinado com o que havia de mais moderno nas ciências sociais do seu tempo. Nesse quesito, o autor, profundamente erudito, estava interessado no pensamento alemão do fim do século XIX e início do XX. Um dos pensadores mais influentes sobre as reflexões e os escritos da história do Brasil de Sérgio Buarque foi o sociólogo alemão Max Weber. Desse modo, o clássico Raízes do Brasil, publicado em 1936, tem sido caracterizado muitas vezes como um livro weberiano.
Considerando a influência de Max Weber sobre Sérgio Buarque de Holanda, qual elemento de Raízes do Brasil pode ser apontado como evidência desse fato?​​​​​​​
B. 
O uso de tipos-ideais.
*Historiografia econômica brasileira 
1. 
Leia o texto a seguir:
“Tínhamos atingido um desenvolvimento econômico de certa forma notável. Exportava o Brasil já em fins dos seiscentos cerca de quatro mil contos anuais – ou seja, mais de cem mil em moeda atual. […] Tal progresso ia encontrar pela frente, embargando-lhe os passos, a opressão colonial da metrópole. Esta oposição de interesses é acentuada por circunstâncias especiais ao momento: o contraste da profunda decadência do Reino, apenas liberado do jugo espanhol. (...) O comércio oriental praticamente terminara, e o fracasso fora completo. A verdade é que só na época da conquista, diz um historiador, a Índia pagava o seu custo; não porém das rendas normais de um Estado, mas do eventual, proveniente de guerras: presas, tomadias, resgates. Depois da conquista dissipa-se a ilusão dos primeiros anos e Portugal, acorrentado à sua obra, foi-se dessangrando de homens e cabedais.
[…]
Era o desastre mais completo. Desfazia-se o império colonial lusitano, e o Reino ia perdendo a principal base da sua economia. Da África só lhe provinham então os proventos do tráfico de escravos, insuficiente, está visto, para alimentar por si só a economia portuguesa. Restava o Brasil, cujas riquezas de país novo e vigoroso se desdobravam não só em possibilidades imediatas, mas em promessas seguras para o futuro.”
(PRADO JÚNIOR, 1969)
A partir dos conhecimentos acerca do autor e da história econômica brasileira, assinale a alternativa correta:
Você acertou!
A. 
Caio Prado Júnior analisa a política colonial no Brasil a partir da ótica econômica, e enfatiza que a opressão portuguesa impediu o desenvolvimento do país, mesmo após a independência em 1822. 
2. 
Analise o texto a seguir, de Augusto Olímpio Viveiros de Castro (1916):
"O govêrno municipal foi o creador dos impostos, ficando na mais completa inactividade o govêrno delegado da metropole. A tributação consistia em impostos de importação, consumo e exportação; eram impostos sôbre a circulação de valores comerciaes. Delles estavam exemptos o trabalho e o capital, que não eram gravados nem directa nem indirectamente. A propriedade urbana, a propriedade rural e o capital auferiam as vantagens da exempção tributaria, à sombra da qual se creou a aristocracia agricola, que foi a primeira manifestação historica, entre nós, do capitalismo."
Qual é o período abordado pelo autor nesse trecho e qual característica o define melhor?
Você acertou!
E. 
Período colonial, quando a organização fiscal brasileira ficava a cargo de Portugal e focava o nível municipal. 
3. 
Leia o texto a seguir, de Boris Fausto (2002):
"Sem o mesmo colorido mas com maior eficácia, ganhou força, no Brasil dos anos 30, a corrente autoritária. O padrão autoritário era e é uma marca da cultura política do país. A dificuldade de organização das classes, da formação de associações representativas e de partidos fez das soluções autoritárias uma atração constante. Isso ocorria não só entre os conservadores convictos como das oligarquias; a partir daí, não dava muito valor à chamada democracia formal. Os liberais contribuíram para justificar essa visão. Temiam as reformas sociais e aceitavam, ou até mesmo incentivavam, a interrupção do jogo democrático toda vez que ele parecesse ameaçado pelas forças subversivas."
A partir do contexto de formação da historiografia brasileira na década de 1930, é correto afirmar que:
Você acertou!
C. 
Pesquisadores como Caio Prado Júnior e Roberto Simonsen foram influenciados pelas mudanças políticas e econômicas da década de 1930 e produziram obras que questionavam o status quo e a produção da historiografia econômica e geral. 
4. 
Analise o trecho a seguir, de Capistrano de Abreu (1998):
“Conquanto chame história ao trabalho publicado em vida, o nome assenta-lhe mal. Diz rapidamente o descobrimento da Terra, dá o nome dos primeiros donatários ou dos donatários vivos, fala em Tomé se Sousa a propósito da fundação da cidade do Salvador, de Fernão de Sá a propósito da guerra do Espírito Santo em que morreu, de Mem de Sá, quando conquistou o Rio, não podia dizer menos. As primeiras explorações da costa, as feitorias, sede do primitivo escambo, a tomada de posse às polegadas do território concedido às léguas, na expressão frisante de Rocha Pita, deixaram-no frio. A sua história é antes natural que civil; o mesmo se pode afirmar do Tratado.”
Uma das características dos primeiros historiadores da economia, no final do século XIX e início do século XX, era buscar informações sobre o período colonial em diversos tipos de fontes documentais.
A partir dessa informação e da leitura do texto, assinale a alternativa correta:
D. 
Capistrano de Abreu, analisando o cronista Gândavo, afirma que a história ali é descritiva, portanto tem informações que devem ser consultadas para a produção historiográfica.
5. 
Leia o texto a seguir, de Celso Furtado (2007):
"No último decênio do século XIX criou-se uma situação excepcionalmente favorável à expansão da cultura do café no Brasil. […] com a descentralização republicana o problema da imigração passou às mãos dos estados, sendo abordado de forma muito mais ampla pelo governo de São Paulo, vale dizer, pela própria classe dos fazendeiros de café.Finalmente, o efeito estimulante da grande inflação de crédito desse período beneficiou duplamente a classe de cafeicultores: proporcionou o crédito necessário para financiar a abertura de novas terras e elevou os preços do produto em moeda nacional com a depreciação cambial."
A partir desse texto, identifique quais eventos políticos influenciaram diretamente o estabelecimento do café como principal produto de exportação brasileiro:
B. 
A Proclamação da República e a Lei Áurea.
*Historiografia política brasileira 
1. 
Leia o texto a seguir:
“[...] o IHGB foi criado para ajudar o Brasil a se conhecer geográfica e historicamente. [...] No âmbito histórico, buscava estabelecer e eternizar os fatos e os homens memoráveis para a pátria. O dever do instituto era narrar o processo civilizador na formação nacional do Brasil, aproximando o país tropical dos padrões europeus. O Império brasileiro, recém-independente, precisava de um passado que trouxesse orgulho e identidade a seus cidadãos e que permitisse à nação avançar para o futuro com confiança e determinação.” (LIMA, 2018).
Tendo em vista que a historiografia é diretamente influenciada pela política, assinale a alternativa correta: 
B. 
O IHGB institucionalizou a produção da História Nacional embasada no passado remoto, mas, sobretudo, nos acontecimentos recentes. 
2. 
Leia o trecho a seguir:
"No Brasil, as representações da vida íntima na senzala permaneceram quase constantes, desde antes da Abolição até a década de 1970. [...] Entretanto, se o quadro continuava o mesmo, a moldura havia mudado. Uma frase de Gilberto Freyre assinala a mudança de paradigma [...]: 'essa animalidade dos negros [escravos], essa falta de freio aos instintos, essa desbragada prostituição dentro de cada, animavam-na os senhores brancos [...]'. Sentencia Freyre: 'o negro foi patogênico, mas a serviço do branco'." (SLENES, 2011).
Analise as informações e assinale a alternativa correta:
A. 
Apesar de a escravidão ser um assunto muito discutido desde o século XIX, cada época retoma a discussão e imprime uma interpretação própria. Freyre aborda a violência sexual que ocorria dentro do sistema patriarcal, mas imputa a problemática ao homem branco. 
3. 
Leia o trecho a seguir e preste atenção na lacuna:
"Nos anos _____ e _____, estas preocupações em entender os modos de produção formadores da realidade histórica brasileira foram ao encontro de uma outra tendência: a da desmistificação do mito da democracia racial. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, com a derrocada do nazismo e o consequente desprestígio das teorias raciais, a UNESCO subsidiou uma gama de pesquisas voltadas à compreensão das relações raciais no Brasil, com a intenção de compreender a suposta democracia racial. No entanto, tais pesquisas revelaram o oposto do esperado, e Florestan Fernandes, junto com Roger Bastide, seguidos por autores como Octávio Ianni e Fernando Henrique Cardoso, produziram uma série de trabalhos que atestavam de modo radical a violência do sistema escravista, assim com a consequente sujeição dos escravos, que em alguns momentos tiveram a própria subjetividade anulada pela ideologia senhorial." (ADOLFO, 2018).
Levando em consideração seu conhecimento sobre a história da historiografia política brasileira, assinale a alternativa em que os períodos estão corretos:
C. 
1960 e 1970.
4. 
Leia o trecho a seguir:
"Diz-se algumas vezes: 'A história é a ciência do passado'. É [no meu modo de ver] falar errado. [Pois, em primeiro lugar] a própria ideia de que o passado, enquanto tal, possa ser objeto de ciência é absurda. Como, sem uma decantação prévia, poderíamos fazer, de fenômenos que não têm outra característica comum a não ser não terem sido contemporâneos, matéria de um conhecimento racional? Será possível imaginar, em contrapartida, uma ciência total do Universo, em seu estado presente?" (BLOCH, 2001).
Assinale a alternativa correta:
A. 
O autor discorre sobre a importância da análise dos fatos históricos para construir uma narrativa embasada nos documentos. 
5. 
Leia o texto a seguir:
"Nos anos 1970, a história acadêmica entrou no campo dos estudos operários , que até então estava limitado à sociologia e em menor grau àciência política. [...] Ainda que desenvolvida no campo dos estudos da imigração, a tese de doutorado de Michael Hall (1969), cujas posições são parcialmente sintetizadas em um artigo do autor com Paulo Sérgio Pinheiro (Hall e Pinheiro, 1990), teve um peso fundamental para a revisão da composição da classe operária proposta pela produção sociológica, ao apontar a origem rural da maioria dos imigrantes, sem experiência industrial anterior, e sem participação política nos seus países de origem. [...] Menos preocupados com grandes explicações teóricas do que uma parte significativa da produção brasileira de até então, os brasilianistas introduziram um uso muito mais vasto e rigoroso das fontes, particularmente da imprensa operária." (BATALHA, 2007).
Levando em consideração seu conhecimento acerca da produção historiográfica brasileira, assinale a alternativa correta:
A. 
A década de 1970 foi muito fecunda para as análises da história do trabalho, da história marxista e da história social, questionando as grandes estruturas explicativas. 
*Historiografia contemporânea e dinamicidade da informação 
1. 
Em sua célebre obra, Apologia da História: ou o ofício do historiador, Marc Bloch (2002, p. 67), historiador e fundador do movimento dos Annales, conclui que:
"Em certas de suas características fundamentais, nossa paisagem rural, já o sabemos, data de épocas extremamente remotas. Mas, para interpretar os raros documentos que nos permitem penetrar nessa brumosa gênese, para formular corretamente os problemas, para até mesmo fazer uma ideia deles, uma primeira condição teve que ser cumprida: observar, analisar a paisagem de hoje."
Analisando esse trecho, que traz consigo uma importante reflexão sobre a pesquisa histórica, assinale a alternativa correta.
C. 
Do reconhecimento de que, de alguma forma, o presente molda as preferências. Sendo assim, influencia na formulação e até elaborações de questões que se encaminham na pesquisa.
2. 
"Há uma pergunta central na História que não pode ser evitada, no mínimo porque todos nós queremos saber a resposta: como a humanidade passou do homem das cavernas para o astronauta, de um tempo em que era assustado por tigres de dentes de sabre para um tempo em que é assustado por explosões nucleares – isto é, não assustado pelos perigos da natureza, mas por aqueles que ele mesmo cria? O que faz dessa uma pergunta essencialmente histórica é que os seres humanos, embora recentemente bem mais altos e pesados que nunca, são biologicamente quase os mesmos que no início do registro histórico" (HOBSBAWM, 2013, p. 42 [adaptado]).
Nesse trecho da obra de Hobsbawn, podemos verificar uma questão central no trabalho do historiador, que deve se deparar constantemente com as novas dinâmicas sociais e, consequentemente, tecnológicas que assolam a humanidade. Responda a alternativa que trata dessa questão.
D. 
Trata-se da elaboração de um modelo predeterminado da evolução humana no globo, a fim de compreender o mundo tal qual ele se apresenta, de modo que seja possível reconhecer a realidade em que vive. 
3."Certamente não existem considerações, por mais gerais que sejam, nem leituras, tanto quanto se possa estendê-las, capazes de suprimir a particularidade do lugar de onde falo e do domínio em que realizo uma investigação. Esta marca é indelével"(CERTEAU, 1982, p. 65).
Assinale a alternativa correta. C. 
O trecho trata da impossibilidade de lançar mão do presente, de conceitos e subjetividades, de modo que em tudo o que se escreve, nas escolhas teóricas e metodológicas, tem-se impresso algum traço do presente.
4. 
"A atenção teórica e historiográfica em relação ao ofício dos historiadores assume tanto uma postura epistemológica, definindo a História como algo distinto da memória e de outros modos de relação com o passado, quanto ética e política, criando a possibilidadede reflexão crítica sobre as distintas maneiras pelas quais o passado é utilizado na sociedade contemporânea. A História da historiografia seria uma espécie de antídoto ao uso desmesurado, por vezes irresponsável, da História" (NICOLAZZI, 2017, p. 15).
Sobre esse trecho do texto de Nicolazzi, é correto afirmar que: 
B. 
a História da historiografia é uma disciplina que pensa o ofício do historiador, suas implicações práticas, bem como as formas de se apropriar do passado na contemporaneidade. 
5. 
A História Digital tem ganhado corpo e adeptos desde a popularização dos computadores e da Internet, sendo encarada como importante fonte de pesquisa nos dias atuais.
Nesse contexto, marque a alternativa correta acerca dos motivos que levaram à aceitação da Internet como fonte historiográfica.
B. 
A História Digital ganhou relevância a partir do momento que se verificou uma possibilidade de analisar comportamentos, formas de ação, de interação e dinâmicas sociais a partir das redes.
*A formação da historiografia africana
1. 
A história é uma ciência e, como toda ciência, tem métodos e
técnicas de pesquisa para que se chegue o mais próximo possível
​​​​​​​da objetividade histórica. Um campo que auxilia no processo de compreensão da história é a historiografia. 
O que é historiografia e quais seus principais aspectos?
C. 
A historiografia é a maneira como a história é escrita. E quando falamos sobre a maneira de escrever história, devemos sempre levar em consideração as intencionalidades de quem a escreve, os motivos pelos quais se escreve sobre isso, em qual período, a partir de quais intérpretes entre outros pontos fundamentais.
2. 
O processo historiográfico depende de vários fatores, incluindo quem escreve sobre os temas e suas intencionalidades.
Em relação à historiografia africana, quem foram os que primeiro escreveram sobre a história do continente e quais perspectivas esses escritos traziam?
B. 
Os não africanos, ou seja, estrangeiros, foram os primeiros a escrever a histórica do continente. Seu estranhamento com uma terra diferente e com pessoas com características físicas diferentes fez com que as imagens construídas e divulgadas da África fossem, geralmente, negativas.
3. 
Em contraposição à perspectiva eurocêntrica tradicional, que imperou durante anos sobre a historiografia africana, surgiu um movimento.
Sobre esse movimento, e considerando suas principais características, assinale a alternativa correta.
B. 
Rompendo com a visão de subalternização que o eurocentrismo impôs à África, Molefi Kete Asante, por meio dos estudos de afrocentrismo, propôs uma nova abordagem histórica, colocando o povo africano como sujeito que produz sua própria história e cultura.
4. 
A história da África não fica restrita ao continente africano. Os grupos que imigraram de lá para outros locais também possuem construções historiográficas.
Sobre esse movimento de imigração e suas principais características, assinale a alternativa correta.
E. 
O movimento se refere à diáspora africana e está ligado ao processo de imigração forçada dos povos africanos ao longo dos anos, principalmente para suprir o comércio de escravização. Com isso, além de terem que suportar as dores físicas, esses povos foram submetidos a novas dinâmicas culturais, modos de viver, pensar e agir. 
5. 
A historiografia está sempre em movimento e novos intelectuais estão sempre surgindo. Não é diferente com a historiografia africana produzida no Brasil, e por isso é importante lembrarmos de alguns intelectuais que fizeram história.
Marque a alternativa que apresenta alguns dos principais nomes que podemos citar quando tratamos de historiografia africana no Brasil.
A -Abdias do Nascimento, Lélia Gonzales e Clóvis Moura.
*Fato histórico e acontecimento
1. 
Leia atentamente a afirmação a seguir e assinale a alternativa correta.
"Toda a tentativa de compreender a realidade (histórica) sem hipóteses subjetivas só conseguiria chegar a um caos de juízos existenciais sobre inúmeros acontecimentos isolados" (WEBER, Max).
Como se forma um fato histórico? 
B. 
O fato histórico constitui-se de diversos acontecimentos objetivos e subjetivos.
2. 
Por que o fato não é, em História, a base essencial de objetividade?
E. 
Porque os fatos históricos são fabricados e não dados. Também, porque, em História, a objetividade não é a pura submissão aos fatos.
3. 
A contradição mais flagrante da História é, sem dúvidas, o fato do seu objeto ser singular, um acontecimento, uma série de acontecimentos, de personagens que só existem uma vez, enquanto o seu objetivo, como o de todas as ciências, é atingir o universal, o geral, o regular (LE GOF).
O trecho acima se refere a qual característica do fato histórico?
C. 
Reconhecimento da singularidade do fato histórico no contexto de seu tempo, de seu espaço e de sua sociedade.
4. 
A sistematização que demonstra a diferença entre o passado e o presente, aquilo que se vive no cotidiano e a História enquanto conhecimento, é produto da pesquisa e, portanto, das escolhas e das seleções. Em contrapartida, os acontecimentos que estão no passado, dispersos nas memórias dos sujeitos, nas fontes e marcas deixadas pelo homem, também precisam ser considerados.
A que se refere a afirmação acima? 
B. 
Ao ofício do historiador.
5. 
Leia atentamente a afirmação a seguir e assinale a alternativa correta.
A História quer tornar as coisas contemporâneas, mas, ao mesmo tempo, tem que reconstituir a distância e a profundidade da lonjura histórica. Finalmente, essa reflexão procura justificar todas as aporias do ofício de historiador, as que Marc Bloch tinha assinalado na sua apologia da História e do ofício de historiador.
B. 
A História quer ser objetiva, mas não pode ser. 
*Fontes históricas
1. 
Leia atentamente o trecho a seguir.
"'Fonte histórica', é já um truísmo repetir isto nos dias de hoje, é tudo aquilo que, produzido pelo homem ou trazendo vestígios de sua interferência, pode nos proporcionar um acesso à compreensão do passado humano" (BARROS, 2012, p. 130).
Pensando nessa definição, está correto afirmar que:
D. 
são fontes históricas tanto os documentos textuais quanto quaisquer outros que possam fornecer um testemunho.
2. 
Pode-se dizer que, em relação aos antigos manuais positivistas e historicistas, os historiadores, hoje, trabalham com um conceito ampliado de fonte histórica. Antigamente, usavam como fonte histórica somente documentos oficiais e escritos. Na atualidade, qual deverá ser a postura do historiador diante da diversidade de fontes históricas?
C. 
O historiador deve considerar a reconstrução de um processo histórico com a compreensão acerca das próprias fontes que utilizará em seu trabalho historiográfico, entendendo o contexto em que estas foram geradas.
3. 
Leia atentamente o trecho a seguir:
“Uma ciência, entretanto, não se define apenas por seu objeto. Seus limites podem ser fixados, também, pela natureza própria de seus métodos” (BLOCH, 2001, p. 68).
Sobre esse contexto, assinale a alternativa correta.
B. 
As fontes também são construções que expressam as intenções de quem as produz.
4. 
As fontes históricas, como os documentos históricos, são preservadas e guardadas em diferentes suportes, que podem ser arquivos, museus, memoriais ou suportes tecnológicos. Diante disso, como se dá a dissociação entre os documentos digitais, o suporte físico e o seu conteúdo informacional?
A. 
É possível o descarte do suporte físico e a manutenção de seu conteúdo em um novo suporte.
5. 
Os documentos estabelecem relações no decorrer do andamento das transações e, de acordo com suas necessidades, cada documento está intimamente relacionado com outros, tanto dentro quanto fora do grupo no qual está preservado, e seu significado depende dessas relações. Pensando nisso, qual deve ser a postura de análise do historiador no contexto de investigação documental?
E. 
Um único documento não pode se constituir em testemunho suficiente do curso de fatos e atos passados.
*História e memória 
1. 
Segundo Japiassú e Marcondes (2006, p. 183-184),"memória pode ser entendida como a capacidade de relacionar um evento atual com um evento passado do mesmo tipo, portanto com uma capacidade de evocar o passado através do presente”. Que fator ou fatores relevantes apresentam-se nessa afirmação?
D. 
A história e a memória são mediadas por alguns elementos, como o tempo e o contexto.
2. 
A memória, dentro da história, é o ato de lembrar, uma vez que abriga o passado e 
serve de abrigadouro para o presente. Assinale a alternativa correta quanto ao conceito de memória. 
C. 
A memória mantém o passado, uma vez que o presentifica e o ressignifica a partir das vivências da atualidade. 
3. 
História e memória passaram a se revelar cada vez mais complexas. Lembrar o passado e escrever sobre ele não se apresenta como atividade inocente, como julgávamos até bem pouco tempo atrás. Por que tanto as histórias quanto as memórias são consideradas subjetivas?
B. 
Porque as memórias são contadas por indivíduos que são subjetivos. Dessa forma, a história seleciona, analisa e considera todos os elementos que possam interferir no fato histórico.
4. 
O esquecimento é o que marca a vulnerabilidade de nossa condição histórica. Há esquecimento onde houve marca, por isso que esquecimento relaciona com a memória e a fidelidade ao passado, sendo seu polo oposto. O esquecido não é só o inimigo da memória e da história, há uma figura positiva do esquecido, o “esquecido de reserva”, que constitui um recurso irredutível e “reversível” a qualquer balanço de fiabilidade com o passado, por meio da memória ou da história. Qual é a função da história diante do esquecimento?
A. 
A memória não é imparcial e até o esquecido deve ser analisado para discutir a sua intencionalidade.
5. 
A memória no contexto da história é voltada à representatividade de fatos passados aos quais são atribuídos significados pela sociedade. Por isso, a memória poderá ser utilizada como possibilidade de pesquisa. Por que a história é a forma científica que assume a memória?
E. 
A história faz a seleção, compara, analisa e documenta os fatos, representados em fragmentos de algo que seja considerado como simbólico por indivíduos que são parte de uma determinada sociedade. 
*A história e os lugares de memória 
1. 
1.Qual é a contribuição intrínseca na afirmação a seguir?
“Os lugares de memória nascem como meio de lembrar incessantemente a sociedade daquilo que ela tem medo de esquecer − ou daquilo que determinado grupo não quer que se esqueça.” 
D. 
Os lugares de memória são essenciais para o enquadramento de uma memória oficial e para a construção da identidade de uma nação
2. 
“Os lugares de memória, enquanto jogo da memória e da História, nas transformações para além da cristalização de um passado, poderão abarcar a preocupação de projetarem, também, o futuro, uma vez que os lugares de memória só vivem da sua aptidão para a metamorfose, no incessante ressaltar de seus significados e no silvado imprevisível de suas ramificações” (NORA, 1993).
Por que os lugares de memória não são lugares estáticos fechados em si, mas lugares em constante transformação?
. 
C.Os lugares de memória são lugares de transição, predispostos a uma constante transformação por conta do caráter vivo que a memória apresenta.
3. 
Assim como na esfera religiosa, em que santuários e altares representam espaços que asseguram ao indivíduo o contato entre uma realidade terrena (factual) e uma realidade divina (intangível), também os lugares de memória têm essa função. 
Por que os lugares de memória apresentam essa característica?
B. 
Estes tempos diferenciados são o presente (factual), e o passado (que também poderá ser factual quando reconstruído).
4. 
Por que monumentos, arquivos, museus, festas, calendários e aniversários ocupam uma posição epistêmica alinhada ao princípio dos lugares de memória, tanto com relação a sítios materiais como a práticas imateriais?
A. 
Todos eles são marcados pela vontade de memória, ou seja, por transformarem em algo fundamental o processo de rememoração.
5. 
São imensas as possibilidades de adjetivação e ramificação da palavra patrimônio; ele pode ser histórico, rural, arqueológico, natural, etnográfico, religioso, cultural, industrial ou imaterial, e esta abrangência marca, também, a sensibilidade e as conquistas dos defensores do patrimônio ao longo do tempo, confirmando-se assim a evolução e a consolidação do conceito de patrimônio, idealizado por quem os construiu.
Por que os lugares de memória alcançam um protagonismo imenso ao serem impulsionados pelo impacto das políticas de conservação e se tornam um recurso na gestão identitária?
D. 
Os lugares de memória estão em constante transformação, sendo sempre carregados por grupos vivos e, portanto, em permanente evolução.
*História e cinema
1. 
Leia atentamente:
“Pensar o cinema a partir da história social não é algo novo. Tradicionalmente, considera-se o cinema um fenômeno complexo em que se entrecruzam fatores de ordem estética, política, econômica ou social" (VALIM, 2012, p. 283).
Que fator ou fatores relevantes apresentam-se nessa afirmação?
D. 
A relação entre história e cinema poderá se dar na análise interdisciplinar com outras áreas do conhecimento, evitando afirmações de verdades absolutas.
2. 
O cinema passa a ser considerado fonte histórica no momento em que o historiador busca por outras respostas. Essa renovação das fontes e dos métodos, essa nova forma de se escrever a história se dá em função da ineficácia da forma antiga de se produzir história (MORETTIN, 2008). Também começa-se a perceber o relativismo da verdade absoluta. Nesse sentido, os filmes não representam uma verdade absoluta, mas representam a sociedade e a época em que foram produzidos.
Diante disso, qual deve ser o foco de estudo do historiador para a análise de um filme?
O historiador não deve deter-se somente ao enredo do filme, mas também lê-lo nas entrelinhas, em seus aspectos implícitos, na sociedade que o produziu e como ela, de alguma maneira, autorretratou-se.
C. 
O historiador não deve deter-se somente ao enredo do filme, mas também lê-lo nas entrelinhas, em seus aspectos implícitos, na sociedade que o produziu e como ela, de alguma maneira, autorretratou-se.
3. 
​​​​​​​“Existe pouca comunicação entre historiadores do cinema e historiadores que utilizam filmes. Embora muitos historiadores sintam a necessidade de compreensão dos filmes 'nos seus próprios termos', eles relutam em estudar o aparato teórico dos estudos de cinema, que, por ser bastante amplo, constitui um obstáculo entre as duas disciplinas.” (VALIM, 2012, p. 284). Assim, ao se estudar historicamente um filme, deve-se ter uma nova técnica de análise que possibilite ao historiador deter-se em alguns aspectos.
Nesse sentido, quais são os principais aspectos que devem ser considerados?
B. 
As circunstâncias de produção, exibição e produção envolvem variadas características que devem ser consideradas na análise de um filme.
4. 
Leia o trecho a seguir.
“Para muitos, a única história que existe é a história vista através das luzes de Hollywood, principalmente. O cinema, muitas vezes, mostra verdades interessantes sobre a condição humana, mas é claro, não substitui a história que é escrita com base em análises e evidências (...). Afinal qual é o limite entre ficção e história? (...) A história pode trabalhar com o cinema e o cinema pode ajudar a história?"(BALDISSERA, 2006, p. 15).
Como se estabelece essa relação entre história e cinema?
A. 
A relação é estabelecida pela reflexão sobre alguns aspectos distintos entre cinema e história, os quais devem estar bem explícitos.
5. 
Segundo Ferro (1992), na análise do cinema e da imagem, o historiador deveria “(...) partir da imagem, das imagens. Não buscar nelas somente ilustração, confirmação ou desmentido do outro saber que é o da tradição escrita. Considerar imagens como tais, com o risco de apelar para outros saberes para melhor compreendê-las. Os historiadores já recolocaram em seu lugar legítimo as fontes de origem popular, primeiro as escritas, depoisas não-escritas: o folclore, as artes e as tradições populares. Resta agora estudar o filme, associá-lo com o mundo que o 
produz” (p. 86).
Nesse contexto, como o historiador poderá associar o filme com o mundo que o produziu? 
D. 
O historiador poderá fazer a associação por meio da imagem, que é um recurso de grande impacto e que se apresenta pronto, sem a necessidade de reelaboração.
*História oral
1. 
Leia atentamente:
1.“História oral é um conjunto de procedimentos que se inicia com a elaboração de um projeto e que continua com o estabelecimento de um grupo de pessoas a serem entrevistadas. O projeto prevê: planejamento da condução das gravações com definição de locais, tempo de duração e demais fatores ambientais; transcrição e estabelecimento de textos; conferência do produto escrito; autorização para o uso; arquivamento e, sempre que possível, a publicação dos resultados que devem, em primeiro lugar, voltar ao grupo que gerou as entrevistas”. (MEIHY; HOLANDA, 2007, p.15).
Mediante o exposto, identifique uma das principais características da história oral apresentada no trecho de forma implícita.
D. 
Entendida como metodologia, a história oral remete a uma dimensão técnica e a uma dimensão teórica. Esta última evidentemente a transcende e concerne à disciplina histórica como um todo.
2. 
Os manuais que tratam de métodos de pesquisa trazem funções e sequências de procedimentos para que a pesquisa auxilie o pesquisador na conquista de seus objetivos. Nesse sentido, a história oral é “(...) um procedimento metodológico que busca, pela construção de fontes e documentos, registrar, através de narrativas induzidas e estimuladas, testemunhos, versões e interpretações” (DELGADO, 2006, p.15, apud ALMEIDA, 2012).
Considerando esse excerto, qual deve ser a premissa norteadora da pesquisa historiográfica?
C. 
A estratégia metodológica, pois dá base à produção de fontes oriundas de depoimentos. A ideia é tratar 
reuniões formais ou informais como alternativas à entrevista de história oral. 
3. 
A história oral, ao longo tempo, recebeu várias críticas. De acordo com Santhiago (2008, p. 36), "entre as questões levantadas, criticava-se principalmente: 1) o fato de um depoimento pessoal jamais ser representativo de uma época ou grupo e trabalhar com uma seletividade não fundada em bases científicas; 2) a falta de confiança em dados transmitidos pela oralidade – que seria, por natureza, falível e subjetiva; 3) a falta do distanciamento necessário à objetividade da pesquisa".
Como os teóricos defensores da história oral argumentam sobre essa questão?
B. 
Os teóricos defendem que há maneiras de se comprovar a confiabilidade de cada depoimento e que todas as experiências individuais são históricas. Assim, a história oral prestigia o sujeito dentro de seu grupo, como agente histórico. 
4. 
Na perspectiva da história oral, a fonte oral pode acrescentar uma dimensão viva, trazendo novas perspectivas à historiografia, pois o historiador, muitas vezes, necessita de documentos variados, não apenas os escritos. Esse processo é perceptível na evolução de uma prática importante que compõe parte da historiografia contemporânea.
Nesse contexto, que elemento torna-se centro de estudo da fonte oral para responder a dimensão viva da história contemporânea? ​​​​​​​
A. 
A história oral centra-se na memória humana e sua capacidade de rememorar o passado enquanto testemunha do vivido. Pode-se entender a memória como a presença do passado com fragmentos representativos desse mesmo passado. 
5. 
“A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado. Porque é afetiva e mágica, a memória não se acomoda a detalhes que a confortam: ela se alimenta de lembranças vagas, telescópicas, globais ou flutuantes, particulares ou simbólicas, sensível a todas as transferências, cenas, censuras ou projeções. A história, porque operação intelectual e laicizante, demanda análise e discursos críticos. A memória instala a lembrança no sagrado, a história a liberta e a torna sempre prosaica (...)" (NORA, 1993, p. 9).
Nesse sentido, como a história oral se posiciona quanto ao uso da fonte centralizada na memória?
E. 
A memória é o objeto principal no trabalho com as fontes orais, pois o estudo é recuperado por intermédio da memória das testemunhas, e sistematizado pelo pesquisador para construção do conhecimento e novos saberes.
*História e música 
1. 
Leia o trecho a seguir.
“Aquilo que hoje chamamos de música popular, em seu sentido amplo, e, particularmente, o que chamamos 'canção' é um produto do século XX. Ao menos sua forma 'fonográfica', com seu padrão de 32 compassos, adaptada a um mercado urbano e intimamente ligada à busca de excitação corporal (música para dançar) e emocional (música para chorar, de dor ou alegria...). A música popular urbana reuniu uma série de elementos musicais, poéticos e performáticos da música erudita (o lied, a chançon, árias de ópera, bel canto, corais etc.), da música 'folclórica' danças dramáticas camponesas, narrativas orais, cantos de trabalho, jogos de linguagem e quadrinhas cognitivas e morais e do cancioneiro 'interessado' do século XVIII e XIX (músicas religiosas ou revolucionárias, por exemplo)” (NAPOLITANO, 2005, p. 08).
Considerando o enunciado anterior, identifique uma das principais características da música popular apresentada de forma implícita no trecho.
A. 
A partir do século XX, a história passou a considerar a música como fonte de produção para a construção do conhecimento. 
2. 
"O que se chama de 'música popular' emergiu do sistema musical ocidental tal como foi consagrado pela burguesia no início do século XIX, e a dicotomia 'popular' e 'erudito' nasceu mais em função das próprias tensões sociais e lutas culturais da sociedade burguesa do que por um desenvolvimento 'natural' do gosto coletivo, em tomo de formas musicais fixas" (NAPOLITANO, 2005, p. 11).
Consoante a esse excerto, qual deve ser a premissa norteadora das pesquisas historiográficas?
E. 
A questão da música popular deve ser entendida dentro do campo musical próprio, vista como uma tendência ativa (e não derivada e menor) deste campo.
3. 
“A música popular permaneceu como uma filha bastarda da grande família musical do Ocidente, e só a partir dos anos 60 passou a ser levada a sério, não apenas como veículo de expressão artística, mas também como objeto de reflexão acadêmica” (NAPOLITANO, 2005, p. 11).
De acordo com esse autor, por que a música popular era vista como uma filha bastarda?​​​​​​​
B. 
Porque os campos que lhe emprestaram seus elementos eram formais. Para os adeptos da música erudita e seus críticos especializados, a música popular expressava uma dupla decadência: a do compositor e a do próprio ouvinte.
4. 
Leia atentamente:
“A consolidação do campo musical popular expressou novas sociabilidades oriundas da urbanização e da industrialização, novas composições demográficas e étnicas, novos valores nacionalistas, novas formas de progresso técnico e novos conflitos sociais, daí resultantes. Mais do que um produto alienado e alienante, servido para o deleite fácil das massas musicalmente sem conhecimentos e politicamente perigosas, a história da música popular no século XX revela um rico processo de luta e conflito estético e ideológico” (NAPOLITANO, 2005, p.14).
Sobre esse processo, assinale a alternativa correta:
A. 
Vários elementos que formam a música popular são temas de discussões, alvo de políticas culturais, foco de apreciações e diferentes, objeto de formatações tecnológicas e comerci
5. 
O uso de canções para a prática de ensino de história permite que se interrogue a música como documento histórico e se compreenda a análise do pensamento do autor, de seu posicionamento político, de sua visão de mundo e de seu desempenho no mercado (David, 2012).
Nesse contexto, qual é a importância da música para o ensino de história?
E. 
A música é e sempre será parte constituinte da cultura humana, seja na guerra, nos ritos religiosos, na composição épica, nas festascomemorativas, seja na educação.
*História e imagem 
1. 
As fontes históricas são representações do mundo elaboradas pelos seus autores dentro de suas condições de produção, do contexto histórico no qual estão inseridos, das suas ideologias e das posições institucionais que assumem. Nesse 
sentido, como o verbal e o visual podem informar e contribuir para o processo de ensino-aprendizagem em História? 
B. 
O visual informa valores, crenças e ideologias que interferem na forma como os estudantes passam a perceber a si mesmos e representar os indivíduos ou grupos sociais em dada sociedade, inclusive aquela em que estão inseridos.
2. 
Na Idade Média, a iconografia tinha função educativa primordial nas sociedades iletradas. No medievo, as imagens são compreendidas como texto, discurso. Por exemplo, uma cena representando Adão, Eva e a serpente no Paraíso tem relação direta com a cultura religiosa do período, significando a queda do homem, a mundanidade do corpo e do sexo, a inferioridade e demonização da mulher, e a punição divina para a desobediência humana (SILVA, 2009, p. 3). Qual a importância do uso da imagem no contexto citado pela autora?
E. 
​​​​​​​A linguagem visual servia para reforçar o ministério da encarnação e os exemplos dos santos, para que os sujeitos pudessem melhor agir e para suscitar sentimentos de devoção, aumentando o número de fiéis da Igreja e as crenças do catolicismo.
3. 
Vivemos em uma sociedade visual com intensas transformações tecnológicas, onde uma avalanche de imagens tem atravessado o espaço social, e o mundo do espetáculo exerce uma influência considerável nas relações sociais. Por todos os lugares em que andamos, encontramos imagens que formam sentidos e criam significados. Tal situação pode interferir na naturalização das imagens por parte de professores e alunos (FEIJÓ, 1997). Como a imagem pode ser utilizada no ensino de História?​​​​​​​
E. 
Os domínios da imagem não existem separados, pois estão inextricavelmente ligados já na sua gênese. Não há imagens como representações visuais que não tenham surgido de imagens na mente daqueles que as produziram.
4. 
Existe uma reflexão pertinente sobre as diversas imagens presentes nos livros didáticos de História e a possibilidade de trabalhá-las de maneira crítica, contribuindo para a construção do conhecimento por parte do aluno e não apenas como forma ilustrativa para deixar o texto e as páginas dos livros mais atraentes (BITTENCOURT, 1997). De que forma podemos organizar uma metodologia de trabalho com o uso de imagens?
B. 
Uma metodologia possível e adequada a ser aplicada é a análise das imagens em sala de aula como, por exemplo, a necessidade de se separar a imagem do texto e da legenda no primeiro momento de discussão de um tema para explorar a ilustração e sua intencionalidade. 
5. 
A fotografia é uma fonte histórica que demanda por parte do historiador um novo tipo de crítica. O testemunho é válido, não importando se o registro fotográfico foi feito para documentar um fato ou representar um estilo de vida. No entanto, parafraseando Jacques Le Goff, há que se considerar a fotografia simultaneamente como imagem/documento e como imagem/monumento. Qual a principal percepção do historiador sobre a fotografia?
A. 
A fotografia não apenas registra práticas humanas, ela mesma é uma prática humana. Ela registra fatos ou sujeitos contextualizados e materializados pela imagem, que se perpetuará ao longo tempo por seu registro, o qual foi realizado com uma intencionalidade.
*A escola dos Annales 
1. 
A chamada escola dos Annales contribuiu para a disciplina histórica ao promover uma série de questionamentos à forma hegemônica como a história era escrita na França no início do século XX. Sendo assim, assinale a alternativa que tem uma dessas contribuições.
E. 
Uma problematização em relação às fontes históricas, rompendo com a ideia de que as fontes históricas eram apenas oficiais e escritas.
2. 
Leia o trecho a seguir.
Um dos nomes mais importantes da escola dos Annales foi o historiador medievalista francês Marc Bloch. Sua proposta epistêmica buscou romper com o paradigma __________ em que a ciência histórica hegemonicamente se assentava desde meados do século XIX, problematizando a própria noção de que a __________ naquele momento definia o ________ como um dado rígido, inalterável.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto é: 
B. 
positivista – história – passado.
3. 
O movimento dos Annales provocou uma série de modificações na concepção de história e na forma de sua escrita. Sobre os participantes dessa renovação historiográfica, são feitas as seguintes considerações:
I. Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram a revista Annales para propor um espaço de discussão sobre novas abordagens, concepções e metodologias da escrita da história.
II. De acordo com Braudel, existem diferentes temporalidades que atravessam uma mesma sociedade, e a compreensão desses tempos históricos é fundamental para alcançar a almejada totalidade.
III. A interdisciplinaridade não foi uma preocupação para os Annales, que se dedicaram unicamente a pensar a disciplina histórica.
Está(ão) correta(s):
C. 
apenas as afirmativas I e II.
4. 
Marc Bloch afirma em Apologia da história que os acontecimentos e os fatos históricos são imutáveis, mas que o conhecimento do passado não, modificando-se a cada conjuntura e de acordo com as perguntas que o historiador elabora em relação ao seu objeto de estudo. Das opções a seguir, qual a que corretamente faz referência ao pensamento do autor? 
A. 
Não há conhecimento sobre o passado que seja incontestável.
5. 
Em seu livro O Mediterrâneo e o mundo mediterrâneo na época de Filipe II (1949), o historiador Fernand Braudel desenvolveu algumas reflexões sobre as temporalidades da história. Aponte a alternativa que explicita corretamente sua proposição.
E. 
Existem dois tempos: o tempo breve e o tempo longo, e todas as sociedades podem ser classificadas a partir dessas experiências temporais.
*A Nova História
1. 
Leia as seguintes afirmações e assinale a alternativa correta.
I - A “Nova História” foi um movimento de historiadores que se preocupavam em elaborar uma história factual e narrativa, centrada em eventos vinculados à infraestrutura.
II - De acordo com a Nova História, a História diz respeito, essencialmente, à política, tanto a passada quanto a do presente.
III - A Nova História enfatizou aspectos vinculados aos fenômenos superestruturais, como as mentalidades.
C. 
Apenas a afirmativa III está correta.
2. 
A Nova História foi caracterizada por promover uma série de novos temas para a historiografia. Pelo mesmo motivo, foi criticada por alguns historiadores, que viam problemas nessa pluralidade temática. Assinale a alternativa que apresenta um dos argumentos que sustentava essa crítica.
Você acertou!
A. 
O abandono da preocupação com a totalidade como explicação histórica, passando da 'história do todo' para a 'história do tudo'.
3. 
A Nova História tinha uma predileção por certa duração temporal para melhor apreender suas temáticas de pesquisa. Assinale a alternativa que apresenta a correlação entre temática e temporalidade, exploradas por esse movimento.
C. 
Mentalidades – longa duração.
4. 
Leia o trecho a seguir:
Enquanto o historiador francês François Dosse afirma que há uma _________ entre os Annales e a Nova História, principalmente pelo _________ da ideia de ___________, Peter Burke acredita que haja uma __________ entre ambas as correntes historiográficas.
Qual alternativa preenche corretamente as lacunas?
E. 
ruptura – abandono – totalidade – continuidade
5. 
Leia o trecho a seguir da obra de Lucien Febvre, Combates pela história:
“Indubitavelmente, a História se faz com documentos escritos. Porém também pode fazer-se, deve-se fazer, sem documentos escritos se estes não existem. [...] Em uma palavra: com tudo o que sendo do homem, depende do homem, serve ao homem, expressa o homem, significa a presença, a atividade, os gostos e as formas de ser do homem”.
Em relação à concepçãode Febvre sobre as fontes históricas, a postura dos historiadores vinculados à Nova História é de:
B. 
concordância.

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