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apostila contabilidade intermediária

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Prévia do material em texto

Contabilidade Intermediária
Autoria
Alexsandra de Matos Gil
CONTABILIDADE
INTERMEDIÁRIA
SEJA BEM-VINDO!
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, 
por quaisquermétodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a 
autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a exten-
são do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria.
ReitoR:
Prof. Cláudio ferreira Bastos
PRó-ReitoR administRativo financeiRo:
Prof. rafael raBelo Bastos
PRó-ReitoR de Relações institucionais:
Prof. Cláudio raBelo Bastos
PRó-ReitoR acadêmico:
Prof. Valdir alVes de Godoy
cooRdenação Pedagógica:
Profa. Maria aliCe duarte G. soares 
cooRdenação nead:
Profa. luCiana r. raMos duarte
ExpEdiEntE
ficha técnica
autoRia: 
alexsandra de Matos Gil
suPeRvisão de PRodução nead:
franCisCo Cleuson do nasCiMento alVes
designeR instRucional:
João Paulo s. Correia
PRojeto gRáfico e diagRamação:
franCisCo Cleuson do n. alVes
Capa: 
franCisCo erBínio alVes rodriGues
tRatamento de imagens:
franCisCo erBínio alVes rodriGues
Revisão textual:
João Paulo s. Correia 
Ficha catalográFica
catalogação na publicação
bibliotEca cEntro univErsitário atEnEu
GIL, Alexsandra de Matos. Contabilidade Intermediária. / Alexsandra de Matos Gil – 
Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2017.
168 p.
ISBN 978-85-5468-108-1
1. Balanço patrimonial. 2. Demonstrativo. 3. Composição da DLPA. 4. Noções da DVA. 
Centro Universitário Ateneu. II. Título.
SEJA BEM-VINDO!
Apresentamos aqui um material focado no estudo detalhado do Curso de Ciências 
Contábeis onde objetivamos mostrar a você os fundamentos intermediários de contabilida-
de, o uso e a aplicação dos conhecimentos das estruturas e das técnicas de elaboração 
das demonstrações nos relatórios gerados.
Em sistemas empresariais, a abordagem dos relatórios financeiros contábeis servi-
rá para proporcionar a você, estudante, os objetivos de aprendizagem de forma clara para 
entender a Contabilidade como instrumento de controle e planejamento empresarial, ad-
quirindo uma visão prática e habilidade para confecção de demonstrativos contábeis mais 
elaborados. Agora, o gestor contábil financeiro passará a compreender a Contabilidade 
como ferramenta de integração das informações para a tomada de decisão gerencial de 
negócio. Passar a compreender a Contabilidade como ferramenta gerencial fundamental 
para gestão dos negócios.
Para o estudo da primeira unidade, uma retomada sobre o que foi explanado nos 
estudos da contabilidade introdutória, os princípios contábeis, a constituição empresarial 
e as participações, gerenciar o Balanço Patrimonial (BP), destacando as operações com 
mercadorias, operações envolvendo ativos não financeiros e gestão advinda de operações 
com contas de resultados informadas no Demonstrativo do Resultado do Exercício. 
Diante desses demonstrativos, entraremos no foco de nosso estudo iniciando, na 
unidade 2, com fundamentos, estruturas e confecção de demonstrativo de fluxo de caixa 
e demonstrativo de origens e aplicações de recursos, estabelecendo uma correção entre 
a contabilidade e as informações transmitidas por esses demonstrativos para a gestão de 
forma atuante.
Passaremos, assim, para as unidades 3 e 4, onde destacaremos a área específica 
das companhias abertas onde são obrigatórias a apresentação e a publicação dos de-
mais demonstrativos, como a Demonstração de Valor Adicionado, Demonstrativo de Lucro 
e Prejuízo Acumulados, Demonstrativo de Mutação de Patrimônio Líquido e Relatórios e 
demonstrativos que poderão vir a auxiliar em uma análise de gestão, como as notas expli-
cativas e os relatórios de auditoria.
Em resumo, passaremos os conhecimentos que lhe ajudarão no processo de estu-
do deste módulo em Ciências Contábeis e assim possibilitarão uma boa verificação de seus 
conhecimentos financeiros contábeis no conhecimento e na gestão empresarial de modo 
atuante, visando a continuidade das empresas.
Bom desempenho!
Sumário
UNIDADE 01 
RETOMANDO AS CARACTERÍSTICAS DO BALANÇO PATRIMONIAL 
E DO DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
1. Relembrando o Balanço Patrimonial ..............................................................8
1.1. Componentes do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido ............... 11
1.2. Estrutura de Plano de Contas e critérios de alocação ..........................16
1.3. Operações em Contas Patrimoniais – Livro Diário ...............................26
1.4. Participações Societárias ......................................................................29
2. Relembrando o Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE ...............33
2.1. Receitas, Despesas, Gastos e Custos .................................................37
2.2. Estrutura do DRE ..................................................................................40
Referências .........................................................................................................46
UNIDADE 02
DEMONSTRATIVO DE FLUXO DE CAIXA E ORIGENS E 
APLICAÇÕES DE RECURSOS
1. Noções de demonstrativos de fluxo de caixa ...............................................49
1.1. Estrutura do Demonstrativo de Fluxo de Caixa ....................................51
1.2. Equivalentes de Caixa – Fluxos das Atividades Operacionais – FAO
 Fluxos das Atividades de Investimento – FAI e Fluxos das
 Atividades de Financiamento – FAF ....................................................55
1.3. Diferença entre Fluxo de Caixa Direto e Indireto ..................................57
1.4. O DFC para a gestão empresarial ........................................................61
2. Noções da demonstração das origens e aplicações dos recursos ...............63
2.1. Estrutura da Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos ...69
2.2. Aplicação dos demonstrativos na gerência empresarial .......................70
3. DFC versus DOAR ........................................................................................73
Referências .........................................................................................................80
UNIDADE 03 
DEMONSTRATIVO DOS LUCROS E DOS PREJUÍZOS ACUMULADOS 
E DEMONSTRATIVO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1. Noções do Demonstrativo de Lucro ou Prejuízos Acumulados – DLPA .......84
1.1. Composição da DLPA ...........................................................................86
1.2. Estrutura da DLPA ..................................................................................93
2. Apresentação da DMPL ................................................................................99
2.1. Elaboração e estrutura da DMPL ........................................................100
2.2. Mutações nas contas patrimoniais apresentadas na DMPL ...............105
3. Aplicação da DMPL e da DLPA de forma gerencial ....................................108
4. Noções de Demonstrativo do Resultado Abrangente – DRA ..................... 112
Referências .......................................................................................................120
UNIDADE 04 
DEMONSTRATIVO DO VALOR ADICIONADO, NOTAS EXPLICATIVAS 
E DEMAIS RELATÓRIOS GERENCIAIS POR OPERAÇÕES PATRIMONIAIS
1. Noções da DVA ..........................................................................................124
1.1. Estrutura da DVA ................................................................................127
2. Relações entre a DVA e a DRE ..................................................................134
2.1. Movimentações patrimoniais ..............................................................135
2.2. Movimentações de resultados ............................................................138
2.3. A DVA como instrumento de análise ...................................................1423. Notas explicativas .......................................................................................144
3.1. Auxílio das Notas Explicativas na tomada de decisão ........................146
4. Relatórios gerenciais ...................................................................................148
5. Parecer de auditoria ....................................................................................152
Referências .......................................................................................................164
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 7
Retomando as caRacteRísticas do balanço patRimonial e do 
demonstRativo do Resultado do exeRcício
Apresentação
A gestão financeira no mundo globalizado é algo que está presente no coti-
diano dos processos de organização. A Contabilidade é considerada uma Ciência 
Social aplicada, caracterizada como Ciência Social dotada pela Administração, 
pela Economia e pelo Direito, com total relação entre estas, possibilitando uma 
melhor gestão de suas finanças e projetos por duas óticas gerenciais, patrimônio 
e valores, uma ligação de conhecimentos que permite uma evolução da sociedade 
com o estudo do patrimônio das entidades, dos fenômenos e das variações pelos 
chamados contabilistas.
Atualmente, ser contador não significa apenas registrar os fatos contábeis, 
mas sim ser administrador e gestor do presente, fatos correntes, deve sim haver 
uma preocupação contínua com o futuro, em explorar a situação corrente visando 
à missão futura da companhia a ele destinada a gerir, o lucro. Todas as decisões, 
visam à meta original de qualquer entidade, sua continuidade, o estabelecer de um 
plano, um planejamento voltado para o futuro da gestão empresarial.
A fim de atingir sua finalidade, a Contabilidade utiliza as seguintes técni-
cas: escrituração (consiste em efetuar, de forma sistematizada, os registros das 
ocorrências que influenciam a evolução cronológica patrimonial por documentos 
comprobatórios); demonstrações contábeis (apresentar todos os registros efetua-
dos em uma forma condensada, que apresente os resultados atingidos pela em-
presa em um determinado período determinado pela Lei nº 6.404/76 e suas altera-
ções); auditoria (técnica que busca ratificar a exatidão dos registros já efetuados e 
apresentados nas demonstrações contábeis através de exames pormenorizados, 
verificando se todos foram efetuados seguindo os princípios fundamentais da Con-
tabilidade); análise de balanço (apresentam, de forma sintética, os resultados da 
empresa, nem sempre os usuários têm condições de interpretá-los). Assim, cabe 
à própria contabilidade decompor, comparar e interpretar os demonstrativos com a 
finalidade de fornecer informações mais ágeis para os usuários.
Uni
8 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que tem por objetivo 
mostrar a situação financeira e patrimonial de uma entidade em uma determinada 
data representando, portanto, uma posição estática dela. Para o Demonstrativo de 
Resultado do Exercício, sempre caminhando paralelo ao Balanço Patrimonial, traz 
em suas composições evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, 
diante do confronto das receitas e das despesas apuradas segundo o regime de 
competência, uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empre-
sa em certo período. Alguns demonstrativos são obrigatórios, mediante a Lei das 
S/A, Lei nº. 6404/76, alterada pela Medida Provisória 449/08, tornando-se Lei sob 
nº 11638/07
• Focar no conhecimento dos demonstrativos que auxiliam na tomada de decisão, 
identificando aqueles que necessitam de publicações em sociedades destacadas 
por suas características de participação;
• Identificar os componentes do Balanço Patrimonial, apontando a estrutura do 
Plano de Contas, bem como as operações ocorridas com mercadorias, financeiros 
e ativos não circulantes;
• Interligação das informações contidas nesses dois demonstrativos focando na 
tomada de decisão gerencial;
• Retomar as características e a aplicação da DRE destacadas por gestão de 
receitas e despesas.
1. RelembRando o balanço patRimonial
As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros 
das transações e outros eventos por meio do grupamento dos mesmos em classes 
amplas de acordo com as suas características econômicas utilizando-se de usuá-
rios de contabilidade por meio da gestão.
O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem por finalidade 
apresentar as posições contábil, financeira e econômica de uma entidade (em 
geral uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática 
(posição ou situação do patrimônio em determinada data). Este apresenta os Ati-
vos (bens e direitos), os Passivos (exigibilidades e obrigações) e o Patrimônio Líquido 
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 9
(resultante da diferença entre o total de Ativos e Passivos). Na Contabilidade e 
no Direito, a palavra "balanço" decorre do equilíbrio ou da igualdade expresso na 
seguinte fórmula contábil: 
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido
A diferença entre o Ativo (+) e o Passivo (-) denomina-se Patrimônio Líqui-
do que aparece vinculado ao Passivo para que haja uma igualdade entre este e o 
Ativo, que chamamos de Equação ou Equilíbrio Patrimonial. 
Quadro 01: A situação líquida evidencia a situação e a análise financeira.
• Ativo > Passivo = Situação Líquida POSITIVA, favorável;
• Ativo = Passivo = Situação Líquida NULA, em equilíbrio;
• Ativo < Passivo = Situação Líquida NEGATIVA, desfavorável.
Fonte: Marion (2015).
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, resumida-
mente, o patrimônio da empresa quantitativa e qualitativamente. 
Art. 178. No Balanço, as contas serão classificadas segundo os 
elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a fa-
cilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da compa-
nhia. Os elementos das demonstrações contábeis do Balanço Patri-
monial são assim conceituados: Ativo: é um recurso controlado pela 
entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera 
que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; Passivo: 
é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos pas-
sados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos 
da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; Patrimônio 
Líquido: é o interesse residual nos Ativos da entidade depois de 
deduzidos todos os seus Passivos (LEI Nº 11.638, p. 2007).
O BP é obrigatório para todos os empresários e sociedades com duas ex-
ceções previstas (empresários rurais e micro) e sua estrutura é uma consequência 
das partidas dobradas aonde para um ou mais crédito existirá um ou mais débito 
de mesmo valor.
10 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Os pequenos empresários são as empresas familiares onde a própria famí-
lia trabalha nela e não tem empregados contratados, e as Empresas de Pequeno 
Porte (EPP) consistem na dispensa desse demonstrativo.
O termo Patrimônio refere-se ao conjunto de bens, direitos e obrigações. 
Juntando as duas partes, obtém-se o Balanço Patrimonial, o equilíbrio do patri-
mônio, igualdade patrimonial. Em sentido amplo, o balanço evidencia a situação 
patrimonial da empresa em determinada data.
No Direito Privado, era chamado, anteriormente pelo Código Comercial Bra-
sileiro, de Balanço Geral. A partir da Lei nº 6404/76, o balanço das companhias 
passou a ser Balanço Patrimonial, procurando diferenciar essa Demonstração 
Contábil do Balanço Financeiro. O Código Comercial foi revogado e substituído 
pelo Código Civil, notadamente pelo Livro II (Do Direito de Empresa) que tem início 
em seu art. 966.
Patrimônio é um conjunto de bens pertencentes a uma pessoa física ou 
jurídica. Enquanto pessoas físicas possuem um conjunto de bens e consumo (ca-
neta, televisão, relógio etc.) as entidades, pessoas jurídicas de fins lucrativos (em-
presas) ou de fins ideais (instituições), possuem outros tipos de bens (mercadorias, 
máquinas etc.).
Quadro 02: Patrimôniode bens empresarial.
Os bens da 
empresa que 
estão em seu 
poder.
+
Os bens da empresa em poder de 
terceiros, ou seja, os seus direitos a 
receber (uma venda feita a prazo). 
Esse dinheiro ainda não está na 
companhia, ele não é um bem, mas 
sim um direito a receber.
+
Os bens de terceiros em poder da 
empresa, suas obrigações (é avali-
ável em dinheiro que lhe pertence, 
mas está em poder de terceiros).
Fonte: Elaborada pela autora (2017).
Diante da estrutura do Patrimônio Empresarial, notamos que, nesse mo-
mento, ainda se torna ampla a análise de estudos desse patrimônio. O Balanço 
Patrimonial é um documento essencial para a análise financeira. Devido a tal fato, 
a normatização estabelece uma subdivisão para os componentes patrimoniais.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 11
1.1. Componentes do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido
Como já mencionado, o Patrimônio Empresarial corresponde ao conjun-
to de bens, direitos e obrigações, onde estes serão destacados diante de uma 
estrutura pré-estabelecida de liquidez, ou seja, o que se transforma em direito 
com mais velocidade, como também uma convenção de lados quando se fala de vi-
sualização de balanço horizontal. Para balanço em forma vertical, segue a ordem 
estrutura de contas apresentadas no plano de contas, onde a sequência será: 
Ativo, seguido de Passivo e, logo depois, o Patrimônio Líquido.
Em contabilidade, Ativo é um termo básico utilizado para expressar o 
conjunto de bens, valores, créditos, direitos e assemelhados, formando 
patrimônio de uma pessoa, singular ou coletiva, em determinado momento, ava-
liado em moeda.
Cumpre ressaltar a evolução da Teoria Contábil na definição de Ativo: 
durante muito tempo se definiram os bens do Ativo como aqueles que a Entidade 
detivesse o chamado Direito de Propriedade (escola do Personalismo, por exemplo). 
Com o advento do Patrimonialismo, qualquer bem que seja utilizado economica-
mente pela Entidade, passou a figurar no Ativo. Para aqueles bens em que a pro-
priedade não é exatamente da entidade, mas está fazendo parte dos seus ativos, 
sua contrapartida figurará no Passivo (Obrigações), geralmente são "bens" nu-
merários.
Esta estrutura está alocada do lado esquerdo do Balanço Patrimonial (no 
caso de visualização de equilíbrio) e nas primeiras contas (no caso de balanço 
estruturado de forma vertical de liquidez). Nessa estrutura, aparecem os bens e os 
direitos a receber pela companhia, diferenciando-se apenas diante de sua posse.
a) Bem ou Bens: podem referir-se a qualquer coisa palpável (por exemplo: 
computador, prédio, casa, carro, dinheiro em sua mão, maquinas etc.). É 
qualquer coisa que satisfaz a necessidade humana e que pode ser avaliada 
economicamente. Subdivididos por sua amplitude como bens tangíveis 
ou corpóreos e intangíveis incorpóreos. 
• Bens tangíveis: representam os bens materiais, têm forma física e são 
palpáveis destinados à instalação (prédios, terrenos, móveis e utensílios), 
destinados à produção (máquinas, equipamentos, instrumentos e acessórios), 
12 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
destinados à transformação (matéria-prima, material secundário e material 
para embalagem), destinados ao consumo (material de escritório, material 
de limpeza e selos postais), destinados à circulação (dinheiro, dinheiro em 
bancos e aplicações financeiras) e destinados à venda (mercadorias e 
produtos comprados para revenda). Estes subdividem-se em bens móveis 
(podem se locomover sem alterar sua estrutura física) e bens imóveis 
(sem poder de locomoção). 
• Bens intangíveis: têm como principal característica a inexistência como 
coisa e seu valor vinculado a um bem tangível ou a uma situação da 
empresa (são incorpóreos e não palpáveis), como a marcas de comércio 
e patentes de invenção.
O Código Civil Brasileiro distingue os bens em móveis (os que podem ser 
movidos por si próprios ou por outras pessoas como animais, máquinas, equipa-
mentos, estoques, entre outros) e bens imóveis (vinculados ao solo e que não 
podem ser retirados sem destruição ou danos, como: edifícios e árvores).
Falando de bens, devemos lembrar que estes não se apresentam contabil-
mente de forma infinita, lembrando que apenas a instituição jurídica se destaca por sua 
forma contínua e infinita. Tratando assim esse raciocínio, existem contas de Ativos su-
jeitas a desgastes por uso ou desuso, classificadas dentro do plano de contas como 
conta de depreciação, amortização e exaustão, bem como observadas em destaque 
especial as provisões de devedores duvidosos (PDD), aparecendo e caracterizando-se 
essas contas como redução das contas a estas vinculadas, possibilitando, dessa forma, 
uma análise real da situação financeira empresarial.
b) Direitos: são valores que é seu por natureza, mais que está de posse 
de outra pessoa, como: uma venda feita a prazo (é direito seu receber 
esse dinheiro, como esse dinheiro ainda não está com você, ele não é um 
bem, mas sim um direito, direito de recebê-lo), o dinheiro no banco (ele 
não está com você) entre outros. Ato da pessoa ou empresa ceder algum 
bem ou serviço em troca do pagamento não imediato, originando um 
direito correspondente. 
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 13
Direitos, portanto, representam bens que estão em mãos de terceiros, como 
os créditos a receber de terceiros.
Todas as contas de Ativo possuem natureza credora e, por isso, suas con-
tas devem aparecer com saldos positivos já que são caracterizadas por bens e 
direitos, ou seja, valores que a empresa possui ou possuirá em breve.
Para o próximo grupo em estudo, denominado de Passivo, ou de forma 
mais clara, as obrigações adquiridas pela companhia, e contabilmente representa-
dos pelas obrigações financeiras que uma empresa tem a pagar, como as contra 
terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas a prazo, com data de 
vencimento e beneficiário certo e conhecido. Todas as contas do Passivo repre-
sentam os valores negativos, os saldos devedores no patrimônio empresarial. 
Neste grupo está incluído, por força de lei, o capital próprio, apesar de não 
ser uma obrigação do patrimônio. A classificação do capital próprio no grupo do 
Passivo é uma mera questão para atender à necessidade da Contabilidade para 
garantir a igualdade entre os dois grupos (Ativo e Passivo).
O Passivo abrange, então, o capital de terceiros (obrigações), o capital pró-
prio e suas variações.
Já para o Patrimônio Líquido, se faz da abertura de uma entidade/em-
presa, quando a mesma precisa de dinheiro para as primeiras operações, esse 
dinheiro vem por meio dos sócios mediante a entrega de uma parcela de dinheiro 
para que a empresa possa começar a andar com as próprias pernas. Logo, esse 
dinheiro não é da empresa, mas sim dos donos delas. Sendo assim, ela tem a 
obrigação de devolver esse dinheiro aos sócios.
14 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Segundo Iudícibus, Marion e Pereira (2013, p. 10), “o dinheiro encontrado 
dentro das organizações corresponde aos recursos dos sócios ou do Patrimônio 
Líquido. Para se achar o percentual desse capital, basta dividir o Patrimônio Líqui-
do pelo Passivo Total”.
O Patrimônio Líquido está configurado no lado do Passivo em virtude do 
capital, das reservas etc., pertence aos proprietários (sócios, acionistas) e não dei-
xa de ser uma obrigação da empresa (pessoa jurídica) para com os proprietários 
(pessoa física).
O Capital é considerado pelas companhias como o conjunto de recursos 
postos à disposição da empresa, seja por terceiros ou por proprietários (Passivo ou 
Patrimônio Líquido). Ou seja, é a soma das riquezas ou dos recursos acumulados 
que se destinam à produção de novas riquezas. Outras contas levam também o 
nome de Capital, mas com representativas diferenciadas, onde destacamos:
• Capital próprio: constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários. 
É a soma do capital social, suas variações, os lucros e as reservas. Aquele 
que se originou da própria atividade econômica da entidade, como lucros 
e reservas do PL.
• Capitalde terceiros: corresponde ao Passivo Real ou Exigível (obriga-
ções) da empresa e representa os investimentos feitos com recursos de 
terceiros.
• Capital a integralizar: os recursos destinados pelos proprietários à 
formação do Capital Social nem sempre estão disponíveis para serem 
transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade (em-
presa) no ato de constituição da mesma. O CS só é integralizado (realizado) 
quando os recursos correspondentes são transferidos do patrimônio dos 
sócios para o patrimônio da companhia.
• Capital total: corresponde à soma do passivo e do Patrimônio Líquido, 
onde representa o total dos recursos utilizados no financiamento das 
atividades.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 15
Calcula-se o percentual de capital dividindo Capital de Terceiros pelo Passivo 
Total, ou Passivo Total – Patrimônio Líquido dividido por Passivo Total.
O Capital Circulante Líquido refere-se aos Ativos e aos Passivos Circu-
lantes (curto prazo) utilizados em função das atividades diárias, é uma medida de 
solvência, onde: 
CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a Administração a 
tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os 
monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de 
comunicados que contribuem, sobremaneira, para a tomada de decisões.
Destacando um estudo dos possíveis usuários desta contabilidade, temos 
como exemplo:
• Investidores: é por meio dos relatórios contábeis que identifica a situação 
econômico-financeira da empresa.
• Fornecedores de bens e serviços: usam os relatórios para analisar a 
capacidade de pagamento da empresa compradora.
• Bancos: utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limite de 
crédito etc.
• Governo: não só usa os relatórios com finalidade de arrecadação de im-
postos como para os dados estatístico no sentido de melhor redimensionar 
a economia (IBGE).
• Sindicatos: utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor, 
fator preponderante para reajuste de salários.
• Outros interessados: podemos assim mencionar os funcionários da 
empresa e até a população em relação aos orçamentos públicos. Tais conheci-
mentos podem ser apontados diante da continuidade e da progressividade da 
empresa e o quanto isso pode influenciar o sucesso de funcionários e mercado 
de venda garantido. Prestação de contas de órgãos de classe, pessoas e 
diversos institutos, como Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Conselho 
Regional de Contabilidade (CRC), concorrentes etc.
16 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
A Contabilidade, diante de seus demonstrativos (Balanço Patrimonial
o mais utilizado), se destaca por transmitir uma informação real e relevante das 
situações patrimonial, financeira e econômica da situação empresarial no mercado 
globalizado.
1. Quando os débitos de uma empresa excedem o seu patrimônio bruto, dizemos 
que a situação líquida é:
a) superavitária.
b) ativa.
c) favorável.
d) defi citária.
2. A diferença entre o capital total à disposição da empresa e os recursos não 
correntes corresponde:
a) ao passivo exigível.
b) ao capital de terceiros.
c) às exigibilidades a longo prazo.
d) ao passivo circulante.
1.2. Estrutura de Plano de Contas e critérios de alocação
O Plano de Contas é a estrutura sobre a qual se constrói e elabora a
escrituração, para mantê-la ordenada de forma a obter, de maneira clara e objeti-
va, os dois instrumentos informativos mais importantes da contabilidade: o Balanço 
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. 
Este deve ser tão detalhado quanto seja o interesse da empresa em in-
formações detalhadas; inexistem regras que estabeleçam o número máximo ou 
o número mínimo de contas que deve conter um plano de contas. Repetimos, o 
grau de detalhamento do plano de contas varia segundo o interesse do contador e 
da empresa levando em consideração sempre a necessidade de registrar todas as 
ocorrências na vida de uma empresa.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 17
O Plano de Contas deve ser suficientemente elástico a fim de permitir a 
inclusão de novas contas sempre que elas se fizerem necessárias.
O objetivo do Plano de Contas é estabelecer normas de conduta para o 
registro das operações da organização e, na sua montagem, devem ser levados 
em conta três objetivos fundamentais:
a) Atender às necessidades de informação da administração da empresa;
b) Observar o formato compatível com os princípios de contabilidade e 
com a norma legal de elaboração do Balanço Patrimonial e das demais 
demonstrações contábeis (Lei nº 6.404/76, a chamada “Lei das S/A”); 
a legislação específica do ramo de atividade da empresa. Observando 
também as alterações ocorridas pela Lei nº 11.638, de 28.12.2007, têm 
como linha mestra a harmonização das demonstrações contábeis com as 
normas internacionais de contabilidade e outras mudanças que também 
ocorreram segundo a Medida Provisória nº 449, especificamente a partir 
da descrição do Art. 15;
c) Adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, 
principalmente às da legislação do Imposto de Renda.
A principal finalidade é de servir de meio de orientação na escrituração 
contábil, possibilitando sua padronização e protegendo a empresa contra erros 
naturais motivados pela ausência de sistematização.
Uma empresa que não possui um plano de contas adequado fatalmente 
dará lugar à abertura de contas indevidas, em duplicidade, com objetivos confusos.
18 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Na contabilidade, é comum as companhias escolherem uma apresentação 
contábil para seus demonstrativos, uma estrutura pré-estabelecida e com normati-
zações específicas, destacadas de formato horizontal que, na maioria das vezes, 
os gestores poderão observar a posição patrimonial empresarial compondo laudos 
de como se apresentam as contas de Ativos e Passivos, respectivamente, dos 
lados esquerdo e direito. A apresentação vertical desse demonstrativo se destaca 
por um estruturado de contas ordenado por liquidez que contabilmente é determi-
nada como o plano de contas contábil.
O Plano de Contas ou Elenco de Contas é o conjunto de contas numeradas 
por ordenação decrescente de liquidez previamente estabelecido que norteia os 
trabalhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir 
de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.
Um instrumento de estrema importância na classificação contábil é o cha-
mado de Plano de Contas. Este é destacado pela importância na gestão de dois 
grandes grupos, apresentados de forma numérica de liquidez, e iniciado pelo grupo 
de Ativos (bens e direitos) passando para o grupo de Passivos (obrigações e Patri-
mônio Líquido). Destacados em dois grandes grupos, subdivisões destacadas con-
tabilmente como CIRCULANTE, contas apreciadas dentro do ano contábil corrente 
(365 dias, podendo optar sob forma de lei com uma expansão para um ciclo de 2 
anos) e as contas do NÃO CIRCULANTES, com administrações após este limite 
e infinitamente comtempladas. Destacamos assim um modelo pré-estabelecido de 
plano de contas:
Quadro 03: Modelo de plano de contas estruturado.
1. ATIVO
1.1. ATIVO CIRCULANTE
1.1.1. Caixa
1.1.1.01 Caixa Geral
1.1.2. Bancos c/ Movimento
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 19
1.1.2.01 Banco Alfa
1.1.3. Contas a Receber
1.1.3.01 Clientes
1.1.3.02 Outras Contas a Receber
1.1.3.09(-) Duplicatas Descontadas
1.1.4. Estoques
1.1.4.01 Mercadorias
1.1.4.02 Produtos Acabados
1.1.4.03 Insumos
1.1.4.04 Outros
1.2. NÃO CIRCULANTE
1.2.1. Contas a Receber
1.2.1.01 Clientes
1.2.1.02 Outras Contas
1.2.2. INVESTIMENTOS
1.2.2.01 Participações Societárias
1.2.3. IMOBILIZADO
1.2.3.01 Terrenos
1.2.3.02 Construções e Benfeitorias
1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas
1.2.3.04 Veículos
1.2.3.05 Móveis
1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada
1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada
1.2.4. INTANGÍVEL
1.2.4.01 Marcas
1.2.4.02 Softwares
1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada
2 PASSIVO
2.1 CIRCULANTE
2.1.1Impostos e Contribuições a Recolher
2.1.1.01 Simples a Recolher
2.1.1.02 INSS
2.1.1.03 FGTS
2.1.2 Contas a Pagar
2.1.2.01 Fornecedores
2.1.2.02 Outras Contas
20 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
2.1.3 Empréstimos Bancários
2.1.3.01 Banco A - Operação X
2.2 NÃO CIRCULANTE
2.2.1 Empréstimos Bancários
2.2.1.01 Banco A - Operação X
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.1 Capital Social
2.3.2.01 Capital Social Subscrito
2.3.2.02 Capital Social a Realizar
2.3.2. Reservas
2.3.2.01 Reservas de Capital
2.3.2.02 Reservas de Lucros
2.3.3 Prejuízos Acumulados
2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores
2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual
3 CUSTOS E DESPESAS
3.1 Custos dos Produtos Vendidos
3.1.1 Custos dos Materiais
3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados
3.1.2 Custos da Mão de Obra
3.1.2.01 Salários
3.1.2.02 Encargos Sociais
3.2 Custo das Mercadorias Vendidas
3.2.1 Custo das Mercadorias
3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas
3.3 Custo dos Serviços Prestados
3.3.1 Custo dos Serviços
3.3.1.01 Materiais Aplicados
3.3.1.02 Mão de Obra
3.3.1.03 Encargos Sociais
3.4 Despesas Operacionais
3.4.1 Despesas Gerais
3. 4.1.01 Mão de Obra
3.4.1.02 Encargos Sociais
3.4.1.03 Aluguéis
3.5 Perdas de Capital
3.5.1 Baixa de Bens do Ativo Não Circulante
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 21
3.5.1.01 Custos de Alienação de Investimentos
3.5.1.02 Custos de Alienação do Imobilizado
4 RECEITAS
4.1 Receita Líquida
4.1.1 Receita Bruta de Vendas
4.1.1.01 De Mercadorias
4.1.1.02 De Produtos
4.1.1.03 De Serviços Prestados
4.1.2 Deduções da Receita Bruta
4.1.2.01 Devoluções
4.1.2.02 Serviços Cancelados
4.2 Outras Receitas Operacionais
4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes
4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos
4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado
Fonte: http://goo.gl/VYd2F
Diante de uma opção de estrutura e como apresentamos academicamente:
Quadro 04: Visão Sistêmica do Balanço Patrimonial Horizontal.
ATIVO
Circulante: compreende contas que estão constantemente em 
giro, em movimento, sua conversão em dinheiro ocorrerá, no 
máximo, até o próximo exercício social.
RLP: incluem-se nessa conta bens e direitos que se transformarão 
em dinheiro após o exercício seguinte.
Permanente: são bens e direitos que não se destinam à venda e 
têm vida útil longa, no caso de bens.
Intangível: são as aplicações de caráter permanente que geram 
rendimentos não necessários à manutenção da atividade principal 
da empresa.
Imobilizado: abrange itens da natureza permanente que serão 
utilizados para a manutenção da atividade básica da empresa.
Intangível: são aplicações que beneficiaram resultados de 
exercícios futuros.
PASSIVO
Circulante: compreende obrigações exi-
gíveis que serão liquidadas no próximo 
exercício social: nos próximos 365 dias 
após o levantamento do balanço.
ELP: relacionam-se nessa conta obriga-
ções exigíveis que serão liquidadas com 
prazo superior a um ano, dividas a longo 
prazo.
PL
São recursos dos proprietários aplica-
dos na empresa. Os recursos significam 
o capital mais o seu rendimento, lucros 
e reservas. Se houver prejuízo, o total 
dos investimentos proprietários será 
reduzido.
Fonte: Marion (2015).
22 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
O balanço patrimonial e as contas nele embutidas devem ser personalizadas 
diante de um plano de contas empresarial único de acordo com as necessidades das 
movimentações patrimoniais a esta empresa alocada, facilitando assim uma análise de 
gestão, a personalização dos fatos contábeis empresariais para os usuários de informa-
ções, que puderam necessitar de detalhamentos específicos, não compreendendo um 
modelo geral de plano de contas estabelecidas pelo Balanço Patrimonial. O principal 
objetivo do plano de contas será estabelecer normas de conduta para o registro 
das operações da organização e sua montagem vem a atender às necessidades 
de informação da gestão diante das normativas exigidas no Código se Pronun-
ciamento Contábil (CPC) para mensuração no que traduz a Lei das S/A, adaptando-se 
tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da 
legislação do Imposto de Renda.
Conceituando-se de forma estruturada diante de parâmetros de curto prazo 
(até um ano corrente) e de longo prazo (acima do ano corrente), o balanço pa-
trimonial se destaca por uma ordenação de contas contábeis, onde os itens de 
maior liquidez são classificados em primeiro plano e os de menor liquidez apare-
cem em último lugar. Destacamos assim uma conta de extrema liquidez como a 
conta caixa, está necessariamente alocada no balanço patrimonial justificando a 
conta inicial do plano de contas bem como os ativos imobilizados, aqueles que não 
possuem intenção imediata de transformar-se em dinheiro vivo, estarão obrigato-
riamente no final do plano de contas do lado do ativo, classificados assim como 
não circulantes. Como as contas recebidas e pagas se renovam constantemente 
(estão sempre girando), estão sempre se tornando mais líquidas ou virando dinheiro 
de tempos em tempos, assim a elas foi dado o nome de circulante ou corrente, 
tanto para o Ativo como para Passivo.
O Plano de Contas deve ser elaborado e possuir contas em número su-
ficiente para registrar todos os valores positivos, todos os valores negativos, 
todos os ingressos e todas as despesas de forma detalhada a fim de não ocor-
rerem confusões. A preparação do Plano de Contas, deve-se iniciar do grupo maior 
para os grupos menores - do geral para o particular. Assim, podemos dizer que 
o nosso plano de contas pode se dividir em quatro grandes grupos: Contas 
Patrimoniais: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido; Contas de Resultado: Receitas 
e Despesas ou visando a elaboração da demonstração do resultado do exercício 
em apenas três: Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido e Contas de Resultado.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 23
Para codificação do Plano de Contas não existem regras estabelecidas 
sobre a forma de codificá-los. Como os números oferecem uma maior facilida 
de ordenamento, adota-se um código numérico.
Segundo o artigo 178 da Lei das S/A, §1º, no Ativo, as contas serão dispostas 
em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, 
iniciando-se pelo estruturado de número “1” (aquilo que se transforma mais rápi-
do em dinheiro). Alguns grupos de contas de circulante e não circulante são tão 
extensos que seria necessário subdividi-los, assim o Conselho Federal de Contabi-
lidade estabeleceu, dentre as normativas de Pronunciamentos Contábeis, algumas 
nomenclaturas específicas para essa subdivisão. Dentre o grupo dos ativos não 
circulantes, agora as contas contábeis poderão também se subdividir em Ativo 
Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
O Ativo Diferido não é mais demonstrado, substituído por Intangível.
Seguindo um pouco mais na explanação sobre o plano de contas, temos o 
segundo grupo em destaque, chamado de Passivo, que diante da normativa da lei 
das S/A, segundo o artigo 178 da Lei das S/A, mas no inciso §2º, agora falando das 
contas contábeis do Passivo, contas classificadas segundo a ordem decrescente 
de exigibilidade, sob estruturado iniciado pelo número “2” de estruturado para o 
plano de contas (aquilo que temos que pagar de acordo com as datas), sendo Passivo 
Circulante, Não Circulante (Exigível a Longo Prazo) e Patrimônio Líquido, com 
estruturado iniciado pelo número “3”, que funciona como meio de equilíbrio da 
situação patrimonial empresarial.
Atualmente, muitas companhias contam com o auxílio da informática para 
facilitar a elaboração do plano de contas e, por consequência, a efetiva alocação 
das contas contábeis dentro do Balanço Patrimonial. Diante dessa necessidade 
empresarial, algumas empresas passam a ofertar programas específicos infor-
matizados para a gestão contábil, de forma mais aplicável e prática diante das 
normatizações exigidas pelos pronunciamentos internacionais de contabilidade. 
Caso haja a necessidade de visualizar esses planos de contas, podem ter acesso 
24 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIAgratuito dentro do site <www.fortesinformatica.com.br> e nele baixar um aplicativo 
acadêmico chamado Fortes AC, que permite a aplicação do Plano de Contas e do 
Balanço Patrimonial como padrão normativo diante da Lei das S/A. 
Antigamente, dentro do Passivo Não Circulante, seguido pelo Exigível a longo 
prazo, existia uma conta contábil chamada de Resultados de Exercícios Futuros 
que, foi extinta, após a normatização internacional das demonstrações contábeis.
O manual do Plano de Contas é um quadro explicativo para o uso 
adequado de cada conta constante do Elenco de Contas. Esse quadro apresenta 
a função e o funcionamento de cada conta e a natureza do saldo de cada uma, 
será adequada diante da necessidade de análise, liquidação e endividamento 
das respectivas contas com detalhamento de análises servindo de guia para o 
contabilista no registro de suas operações, oferecendo ao contabilista informações 
detalhadas de cada conta, orientando-o na padronização dos registros de todos 
os eventos responsáveis pela gestão do patrimônio da empresa.
O acesso a todas essas informações é fundamental para o contabilista, que 
deve conhecer cada uma delas. Assim, as contas contábeis forneceram aos ges-
tores contábeis, financeiros e administrativos o detalhamento das movimentações 
empresariais o qual lhe permitirá determinar em que situação a conta será debitada 
ou creditada bem como identificar a natureza do saldo da conta.
3. Diante do exposto sobre as exigências do Plano de Contas aloque cada conta 
em seu devido local dentro da estrutura numérica de liquidez e calcule o PL da 
companhia do Sr Guilherme Fortunato, que está bastante satisfeito com sua 
riqueza acumulada até o momento. Até meados de setembro de 20XX, quando 
o Sr Guilherme possuía os seguintes dados da contabilidade:
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 25
I. Dois automóveis importados avaliados em R$ 1.800;
II. Um apartamento de 3 dormitórios avaliados em R$ 10.900;
III. Uma casa de campo de R$ 8.000;
IV. Um título de clube a pagar avaliado em R$ 1.200;
V. Dinheiro no bolso de R$ 500 e depósitos em vários bancos de R$ 1.100;
VI. Ações em coligadas da Petrobrás de R$ 900;
VII. Títulos a Receber R$ 1.680;
VIII. Salários a pagar R$ 2.600;
IX. Aparelhos elétricos e eletrônicos avaliados em R$ 1.120.
4. Os seguintes itens representam elementos do patrimônio de uma entidade eco-
nômica a seguir. Diante dos fatos, indique o que se pede.
a) Computador e periféricos do escritório da empresa.
b) Conjunto de escritório com mesa e cadeira giratória.
c) Valor referente a uma duplicata a receber de terceiros.
d) Veículo, ano de fabricação 2010.
e) Empréstimos efetuados junto ao banco.
f) Valor referente a uma duplicata emitida por um fornecedor.
g) Estoque de mercadorias para revenda.
h) Valor referente à folha de pagamento de salários da empresa que serão pagos 
no 5º dia útil do mês seguinte.
i) Valor referente a um adiantamento feito pela empresa a um fornecedor.
j) Valor referente ao ICMS que a empresa deverá recolher no mês seguinte.
k) Móveis e utensílios da empresa.
l) Empréstimos efetuados junto a um sócio da empresa.
m) Valor referente ao FGTS, que deverá ser depositado até o 10º dia útil do mês 
seguinte.
n) Estoque de material de embalagens da empresa. 
• Quais dos itens representam bens da empresa?
26 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
• Quais dos itens representam direitos da empresa? 
• Quais dos itens representam obrigações da empresa?
1.3. Operações em Contas Patrimoniais – Livro Diário
Toda e qualquer operação realizada (compras, vendas, despesas, receitas etc.) 
têm seu reflexo imediato na contabilidade onde são registradas de acordo com a sua 
natureza e os seus respectivos valores. O ato de contabilizar essas operações chama-
-se classificação, onde classificar uma conta representa debitar ou creditar esta conta de 
acordo com a operação realizada, onde nascem os registros nos diversos livros (Diário, 
Razão, Caixa etc.) que, por sua vez, dão origem aos Balanços e Balancetes. O Método 
de Partidas Dobradas consiste em cada lançamento, o valor lançado nas contas de 
débito deve ser sempre igual ao total do valor lançado nas contas a crédito, ou seja, 
não há devedor sem credor correspondente.
Para débitos e créditos, serão apontados em destaque duas regras de igual 
valor de análise para apuração pelo método de partidas dobradas, onde:
1ª Regra: São creditadas as origens de recursos;
 São debitadas as aplicações de recursos.
2ª Regra: Entrada de itens no Ativo são necessariamente debitados;
 Saída de itens no Ativo são creditados;
 Entrada de itens no Passivo e PL são creditados;
 Saída de itens do Passivo e PL são debitados.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 27
A todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. 
Se aumentar de um lado, deve, consequentemente, aumentar do outro.
Os sistemas que atuam na contabilidade empresarial destacam, de forma 
confiável, algumas fórmulas para estabelecer parâmetros para a apuração de 
Livro Diário, como apresentadas a seguir:
• 1ª fórmula: um débito para cada crédito = Transferência de dinheiro do 
caixa para o banco, onde alocamos D: Bancos – C: Caixa.
• 2ª fórmula: um débito e vários créditos = Transferência de dinheiro do caixa 
e aplicação para o banco, onde alocamos D: Bancos – C: Aplicação – C: 
Caixa.
• 3ª fórmula: vários débitos e um crédito = Compra de terrenos e estoques 
com pagamento em dinheiro, onde alocamos D: Terreno – D: Estoques – 
C: Caixa.
• 4ª fórmula: vários débitos e vários créditos = Compra de MP e adianta-
mento a funcionário em dinheiro e cheque, onde alocamos D: MP – D: 
Adiantamento a Funcionário – C: Caixa – C: Banco.
Em consequência do método das partidas dobradas, “a soma dos saldos 
das contas do Ativo deve ser sempre idêntica à soma dos saldos das contas do 
Passivo e PL no Balanço de tal forma que, se esses dois saldos não baterem, 
denuncia um erro de lançamento que precisa ser detectado e corrigido” (MARION, 
2015, p. 22).
Nas Ciências Contábeis, razonete é uma ferramenta e uma representa-
ção gráfica em forma de "T" bastante utilizada pelos contadores. É um instrumento 
didático para desenvolver o raciocínio contábil. Por meio do razonete são feitos os 
registros individuais por conta, dispensando-se o método por balanços suces-
sivos. Como o balanço, o razonete tem dois lados, na parte superior do razonete 
coloca-se o título da conta que será movimentada. Posteriormente, os resultados 
individuais são transferidos para o Balanço Patrimonial para criação do demons-
trativo contábil.
28 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Para cada conta do Balanço Patrimonial abre-se um razonete e nele reali-
za-se a movimentação. De um lado, registram-se os aumentos, de um outro, as 
diminuições. A natureza da conta (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido) determina 
que lado deve ser utilizado para aumentos e que lado deve ser utilizado para di-
minuições. Por exemplo, se a conta for de Ativo, os aumentos serão registrados 
no lado esquerdo do razonete e as diminuições no lado direito. Se a conta for de 
Passivo ou de Patrimônio Líquido, os lados serão invertidos: os aumentos serão 
registrados no lado direito e as diminuições no lado esquerdo.
O saldo de uma conta é o valor da diferença entre a soma dos débitos 
e a soma dos créditos do razonete, que será devedor se a soma dos débitos for 
maior que a soma dos créditos e será credor se a soma dos créditos for maior que 
a soma dos débitos. 
Os saldos dos razonetes são representados obrigatoriamente no BP.
O razonete de receitas e despesas apresentados comumente pelo nome 
de Apuração do Resultado do Exercício será, obrigatoriamente, de saldo ZERO, 
onde este será transportado em forma de lucro ou prejuízo acumulados.
5. Referente ao conceito de razonetes, como podemos intercalar o razonete de 
receitas e despesas (conhecido como razonete de Apuração do Resultado do 
Exercício) com a Conta Contábil de Lucros ou Prejuízos Acumulados? Justifique 
sua resposta por meio de representaçõesem forma de razonetes.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 29
1.4. Participações Societárias
As participações no Capital Social de outras Companhias são representa-
das por “ações (sociedades anônimas) ou quotas (empresa) do capital social. 
Essas participações são classificadas no Balanço Patrimonial diante de ativos cir-
culantes, realizáveis a longo prazo e investimentos” (ALMEIDA, 2007, p. 32).
As companhias utilizam as ações e as transações relacionadas com outras 
sociedades para, por meio destas, conseguir investir seus recursos de forma mais 
adequadas. Contabilmente, esses recursos podem ser investidos diante de regras 
estipuladas por normativas internacionais para aplicação de investimentos e como 
se pode mensurar no plano de contas, consequentemente, dentro das movimenta-
ções patrimoniais. Isso será abordado posteriormente pelos métodos de apuração 
por valor de custos e Métodos de Equivalência Patrimonial – MEP.
A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor 
contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da socieda-
de investidora no Patrimônio Líquido da sociedade investida e no reconhecimento 
dos seus efeitos na DRE. 
O valor do investimento será determinado mediante a aplicação da 
porcentagem de participação no Capital Social sobre o Patrimônio Líquido de 
cada sociedade coligada ou controlada. Diante do Art. 243 da Lei das S/A e suas 
alterações, a lei expressa as normativas que as participações societárias devem se 
enquadrar e as modificações ocorridas durante o período, como segue exemplo:
30 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Quadro 05: Distinção entre as Sociedades diante das participações.
SOCIEDADE COLIGADA SOCIEDADE CONTROLADA
Uma sociedade é coligada a outra quando uma delas 
tem uma influência significativa sobre a outra empre-
sa. Presume uma participação acima de 10% ou mais 
do Capital Social de outra sem controlá-la indepen-
dentemente da natureza jurídica dessas companhias.
A lei não estabelece um percentual mínimo, mas com 
20% do Capital Social já se considera significativa o 
suficiente para ser automaticamente uma coligada. 
Mesmo percentuais menores de participação podem 
levar uma empresa a ser considerada coligada à ou-
tra: basta que uma empresa detenha ou exerça o po-
der de participar nas decisões das políticas financeira 
ou operacional da investida sem controlá-la.
Uma sociedade é controlada por outra quando esta, 
diretamente ou por meio de outras controladas, tem 
os direitos de sócio que lhe assegurem, de modo per-
manente, preponderância nas deliberações sociais e 
o poder de eleger a maioria dos administradores. Em 
outras palavras, a lei não diz que a empresa precisa 
ser dona de mais de 50% das ações com direito a 
voto para ser controladora da outra empresa: basta 
que ela seja a empresa que detenha o poder de ele-
ger a maioria dos diretores da empresa e tomar as 
principais decisões na vida da empresa.
Mas se todas as ações de uma empresa pertencem 
à outra, ela não é apenas controlada, ela passa a ser 
uma subsidiária integral daquela outra empresa.
Fonte: Almeida (2007).
Estão obrigadas a proceder esta avaliação as sociedades anônimas ou 
não que tenham participações societárias relevantes em sociedades controladas, 
sociedades coligadas sobre cuja administração a sociedade investidora tenha 
influência e sociedades coligadas de que a sociedade investidora participe com 
20% ou mais do CS.
A relevância dos investimentos caracteriza-se pela Lei das S/A diante 
das controladas ou coligadas se o valor contábil é igual ou superior a 10% do PL da 
companhia investidora. Em conjunto de sociedades controladas e coligadas, esse 
percentual eleva-se para 15% do PL, adicionalmente, serão computados parte do 
valor contábil do investimento registrado na contabilidade aos saldos de créditos 
da companhia investidora contra as coligadas e as controladas.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 31
Para o investimento em uma sociedade coligada ser avaliado pelo método 
de equivalência patrimonial tem que atender cumulativamente à participação 
relevante e 20% ou mais do Capital Social da investida ou que a investidora tenha 
influência na administração da investida. 
• A partir da apresentação gráfica a seguir, estabeleça a correlação entre 
as sociedades diante do estabelecido entre coligação e controle.
 a) 
 
Sociedade
X
Detém 51% das
ações ordinárias
Detém 65% das
ações ordináriasSociedade
Y
Sociedade
Z
 b) 
 
Sociedade
X
Sociedade
Y
Sociedade
K
Sociedade
L
Sociedade
W
Sociedade
V
Sociedade
Z
Detém 95% das
ações ordinárias
Detém 30% das
ações ordinárias
Detém 52% das
ações ordinárias
Detém 80% das
ações opreferenciais
Detém 21% das
ações ordinárias
Detém 70% das
ações ordinárias
Detém 60% das
ações ordinárias
Resolução:
a) A sociedade X tem o controle direto da sociedade Y e o controle indireto da 
sociedade Z, através da sociedade Y. As sociedades Y e Z são controladas 
da sociedade X.
32 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
b) A sociedade Y é controlada da companhia X. A sociedade K é coligada da Y. 
A sociedade L é controlada direta da sociedade Y e controlada indireta da X. 
A sociedade Z é controlada da X, tendo em vista que a sociedade X detém 
30% das ações ordinárias indiretas por meio da controlada L, mais 21% de 
ações ordinárias. A sociedade Z é coligada de L. A sociedade W é controlada 
direta de Z e indireta de X por meio da sociedade Z. A sociedade V é coligada 
da sociedade Z.
6. O Balanço traz em sua premissa básica estabelecer padrões. Diante disso, 
enumere os conceitos básicos da Contabilidade relacionando os tópicos a seguir 
e marque o item que traz a sequência correta:
I. Objeto de estudo; ( ) Escrituração.
II. Campo de aplicação; ( ) Fornecedor.
III. Finalidade econômica; ( ) Entidade.
IV. Usuário Externo; ( ) Resultado.
V. Técnica Contábil. ( ) Patrimônio.
a) I, III, II, IV e V. 
b) III, IV, I, V e II. 
c) I, II, IV, V e III. 
d) V, IV, II, III e I.
7. Estabeleça a correção da estrutura do plano de contas com a liquidez, o período e 
a base numérica para o estruturado. Faça um pequeno texto diante das notações 
da Lei nº 11.638/07.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 33
8. O Plano de Contas identifica, dentro das organizações, uma ordem hierárquica 
de liquidez e endividamento. Diante do exposto em normativas internacionais de 
contabilidade essa estrutura conceitual poderá ser elaborada especificamente 
para cada companhia diante das movimentações contábeis por ela passada. O 
plano de contas é a base para análise do Balanço Patrimonial como também 
para elaboração e para divulgação de relatório contábil-financeiro. A definição 
de Patrimônio Líquido corresponde à equação fundamental do patrimônio, ou 
seja, representa o valor das contas patrimoniais devedoras deduzidos os valores 
das contas patrimoniais credoras, uma situação empresarial em equilíbrio diante 
da expressão encontrada no Balanço Patrimonial. Diante desse fato, descreva 
como se pode adequar o plano de contas por meio da equação patrimonial do 
Balanço Patrimonial.
2. RelembRando o demonstRativo 
de Resultado do exeRcício – DRE
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório 
elaborado em conjunto com o Balanço Patrimonial e tem como objetivo 
principal apresentar, de forma vertical e resumida, o resultado apurado em conjunto 
de operações de receitas e despesas realizadas em um determinado período, 
normalmente mensal ou anual, seguindo o regime contábil da competência.
O Regime de Competência é destacado como um Princípio Fundamental 
de Contabilidade onde as receitas e as despesas devem ser incluídas na operação 
do resultado do período em que ocorreram, sempre simultaneamente quando se 
correlacionam, independentemente de recebimento ou pagamento.
34 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício 
diante do confronto das receitas, dos custos e das despesas apuradas segundo o 
regime de competência, a demonstraçãodo Resultado do Exercício – DRE oferece 
uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo 
período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral, 
são feitas mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais. 
As DREs podem ser utilizadas como indicadores de auxílio a decisões fi-
nanceiras. Seu objetivo é demonstrar a formação do resultado líquido em um exer-
cício por meio do confronto das receitas, das despesas e dos resultados apurados, 
gerando informações significativas para tomada de decisão. A seguir, destacamos 
definições feitas por alguns autores:
A DRE é extremamente relevante para avaliar o desempenho da 
empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado positivo. O 
lucro é o objetivo principal das empresas (MARION, 2015, p. 129).
A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta, de forma 
resumida, as operações realizadas pela empresa, durante o exercí-
cio social, demonstrada de forma a destacar o resultado líquido do 
período (GONÇALVES, 1996, p. 315).
A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado 
das receitas e das despesas da empresa em determinado período. 
É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas 
subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado – 
lucro ou prejuízo (IUDÍCIBUS, 2013, p. 204).
A DRE oferece uma síntese financeira dos resultados operacionais e 
não-operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas 
anualmente para fins legais de divulgação, em geral, são feitas mensalmente para 
fins administrativos e trimestralmente para fins fiscais.
A DRE apresenta grande utilidade aos investidores, aos bancos, às fi-
nanceiras, ao governo e aos gestores que podem avaliar por meio dela sua capa-
cidade e, quando necessário, modificar a administração da empresa. Quando se 
trata de uma situação real, a empresa terá a possibilidade de uma administração 
voltada para a eficiência e a competência e é flexível aos interesses dos 
usuários de maneira geral.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 35
Na legislação das S/A, uma síntese é apresentada no que se trata das ope-
rações financeiras, operacionais e não operacionais, diante do artigo 187 que 
instituiu a DRE, onde temos em seu texto:
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I. a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das ven-
das, os abatimentos e os impostos;
II. a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercado-
rias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III. as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzi-
das das receitas, as despesas gerais e administrativas, e ou-
tras despesas operacionais;
IV. o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não 
operacionais e o saldo da conta de correção monetária (artigo 
185, § 3º);
IV. o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não 
operacionais; (Redação dada pela Lei nº 9.249, de 1995);
IV. o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras 
despesas;
 (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008);
IV. o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras 
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009);
V. o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a 
provisão para o imposto;
VI. as participações de debêntures, empregados, administradores 
e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou 
fundos de assistência ou previdência de empregados;
VI. as participações de debêntures, de empregados e adminis-
tradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de 
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empre-
gados, que não se caracterizem como despesa (Redação dada 
pela Lei nº 11.638, de 2007);
36 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
VI. as participações de debêntures, empregados, administradores 
e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos finan-
ceiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdên-
cia de empregados, que não se caracterizem como despesa 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008);
VI. as participações de debêntures, empregados, administradores 
e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos finan-
ceiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdên-
cia de empregados, que não se caracterizem como despesa 
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009);
VII. o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por 
ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independen-
temente da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
§ 2º O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas 
avaliações, registrados como reserva de reavaliação (artigo 182, § 
3º), somente depois de realizado poderá ser computado como lucro 
para efeito de distribuição de dividendos ou participações.
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638 de 2007).
Na determinação da apuração do resultado do exercício, as movimentações 
contábeis serão mensuradas, em obediência ao princípio da competência, que, 
diante dos estudos de Oliveira (2008), são caracterizadas como as receitas e os 
rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda 
e os custos, as despesas, os encargos e as perdas, pagos ou incorridos, corres-
pondentes a essas receitas e rendimentos. Então, são mensurados contabilmente 
os fatos na hora que eles ocorrem, independentemente da entrega ou do recebi-
mento do bem, do serviço ou da dívida.
Para melhor visualização, colocamos para você um modelo já com núme-
ros (estabelecidos apenas para visualização) de um período aleatório em análise. 
Observe a figura a seguir.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 37
Quadro 06: Modelo numérico da DRE.
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Mercadorias R$ 100.000
(–) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
 Devolução de vendas
 Abatimentos
 Impostos e contribuições incidentes sobre vendas
R$ 150
R$ 100
R$ 10.000
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA R$ 89.750
(–) CUSTO DAS VENDAS DE MERCADORIAS R$ 50.000
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO R$ 39.750
(–) DESPESAS OPERACIONAIS
 Despesas com vendas
 Despesas administrativas
(–) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
 Despesas financeiras
R$ 1.200
R$ 3.600
R$ 1.000
(+) RECEITAS FINANCEIRAS R$ 350
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS
 (+) Venda de bens e direitos do ativo não circulante
 (–) Custo de venda de bens e direitos do ativo não circulante
(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E CSSLL
 (–) Provisão para IR e CSLL
R$ 34.300
(=) LL ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
 (–) Participações de Administradores, Partes beneficiárias e Fundo de Assistência
R$ 34.300
R$ 10.000
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R$ 24.300
Fonte: Elaborado pela autora (2016).
2.1. Receitas, Despesas, Gastos e Custos
Chamamos de contas de resultado as contas representativas de despe-
sas e receitas. Essas contas terão, obrigatoriamente, ao final de um período con-
tábil, seus saldos zerados contra a conta de Apuração de Resultado do Exercício 
(ARE) e o resultado econômico obtido (lucro ou prejuízo) irá diferenciar o valor 
do Patrimônio Líquido para mais ou para menos. 
38 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
É importante ressaltar que a confrontação dos saldos dessas contas ocorre 
em função do consumo de despesas, custos e perdas, pagos ou incorridos cor-
respondentes a receitas realizadas e rendimentos ganhos no mesmo período de 
tempo, não importando o encaixe ou o desembolso (recebimento ou pagamento).
Para melhor entendimento do que podemos enquadrar nesse demonstrati-
vo, devemos explanar sobre resultados financeiros onde definimos:
• Ganhos ou perdas: sob a ótica contábil, são sacrifícios financeiros 
com os quais uma organização, pessoa ou governo tem que arcar a fim 
de atingir seus objetivos, sendo consideradosesses ditos objetivos, a 
obtenção direta de um produto ou serviço qualquer (como uma matéria 
prima ou um serviço terceirizado dentro da organização), ou utilizados na 
obtenção de outros bens ou serviços a serem respectivamente fornecidos 
ou prestados (como, respectivamente, um processo sobre um conjunto 
de matérias primas visando obter determinado produto para venda ou um 
processo próprio terceirizado de uma etapa de produção).
Quadro 07: Definições relativas a ganhos e perdas.
I.
RECEITAS são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da 
entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumen-
tos do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos 
instrumentos patrimoniais.
II.
CUSTOS são medidas monetárias dos sacrifícios financeiros com os quais uma organização, uma 
pessoa ou um governo, tem de arcar a fim de atingir seus objetivos, sendo considerada a utilização 
de um produto ou serviço qualquer utilizado na obtenção de outros bens ou serviços.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 39
III.
DESPESAS, para a Contabilidade, são os gastos necessários para a 
obtenção de receita. As despesas são gastos que não se identificam com o processo de transforma-
ção ou produção dos bens e dos produtos. 
São decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil.
• Despesa operacional: não computadas nos custos, necessárias à 
atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora.
• Despesas não operacionais: são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas ativida-
des principais ou acessórias que constituam objeto da empresa.
IV.
Despesas de ativos: 
• DESGASTES: ao longo do tempo, com a obsolescência natural 
ou desgaste com uso, os ativos vão perdendo valor, essa perda é apropriada periodicamente 
até que esse ativo tenha valor reduzido a zero, diante da vida útil do bem. Consta no plano de 
contas como 
RETIFICADORA: os cálculos de desgaste deverão obedecer aos critérios determinados pelo 
governo, por meio da SRF, art. 305 do RIR/99.
• DEPRECIAÇÃO: pode ser entendida como o custo ou a despesa 
decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados tangíveis (veículos, móveis, 
imóveis) da empresa, REDUZIDO ATÉ ZERO.
• AMORTIZAÇÃO: desgaste para bens intangíveis.
• EXAUSTÃO: desgaste em bens da natureza bem como extração mineral.
Fonte: Iudícibus (2013).
Alguns desgastes também devem ser abordados sob a forma de despesas, 
destacados no Balanço Patrimonial como:
• Depreciação: pode-se entender como sendo o custo ou a despesa decor-
rente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados tangíveis 
(veículos, móveis, imóveis) da empresa, reduzido a zero. 
• Amortização: desgaste para bens intangíveis.
• Exaustão: desgaste em bens da natureza, bem como extração mineral.
Existem bens que não sofrem gastos por desgaste, chamados bens não- 
depreciáveis: terrenos, salvo em relação a melhoramentos ou construções; prédios 
ou construções não alugadas nem utilizados pelo proprietário na produção dos 
seus rendimentos ou destinados à revenda; bens que normalmente aumentam de 
valor com o tempo, como as obras de arte ou antiguidade.
40 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Algumas contas são apresentadas no plano de contas como “retificadora”, 
aquelas que vêm a reduzir um valor de outra conta contábil, dando aos gestores 
uma noção do real valor da conta. Vejamos um exemplo: nas contas de clientes a 
Receber do Ativo, com saldo de 100, deve vir logo a seguir, caso necessite, uma 
conta que venha a reduzir o saldo desta, chamada de provisão para devedores 
devidos, com saldo de 20 e sinal negativo. Para os gestores, em uma análise 
básica, entende-se que, para os clientes a receber, 20% deles já comunicaram a 
impossibilidade de pagar, neste caso a Companhia só deve contar com o recebi-
mento dos outros 80%. Outro caso de contas redutoras ou retificadoras ocorre com 
os desgastes que deverão obedecer aos critérios determinados pelo governo por 
meio do Sistema da Receita Federal – SRF, art. 305 do RIR/99.
Para a Contabilidade, os custos e as despesas são categorias de gastos. 
Toda despesa é obrigada a ser lançada no débito, já as Receitas são categorias 
de ganhos. Toda Receita é obrigada a ser lançada no crédito.
Para a confecção do Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE, o 
contabilista deve estar ciente da alocação adequada das movimentações contá-
beis dentro do plano de contas com relação às Receitas e às Despesas existentes, 
onde deverão ser apontadas, diante de sua aplicação operacional ou não operacio-
nal para uma melhor análise da gestão.
2.2. Estrutura do DRE
A estrutura do DRE é bem simples. De forma já destacada dentre as 
normas pré-estabelecidas das Sociedades Anônimas, esta apresenta de forma 
vertical a apuração, as movimentações das receitas e as despesas ocorridas 
em um determinado período. Em seu resultado final, está destacado o Lucro Líqui-
do do período, que deve, obrigatoriamente, ser idêntico às variações ocorridas no 
BP em análises de período.
A estrutura é a seguinte:
Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE
FATURAMENTO BRUTO (venda de produtos, quando empresa industrial)
(–) Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI)
= RECEITA de VENDAS BRUTAS (vendas de Mercadorias e Prestação de 
Serviços)
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 41
(–) Impostos e Contribuições Incidentes sobre Mercadorias e Serviços (ISS, 
ICMS, PIS/COFINS)
(–) Descontos Incondicionais Concedidos
(–) Devoluções de Vendas
(+) Reversão dos Impostos Sobre Devoluções de Vendas
(–) Abatimentos sobre Vendas (Sem Reversão dos impostos sobre a parte 
abatida)
= RECEITA de VENDAS LÍQUIDAS
(–) Custo dos Produtos Vendidos (CPV, inclui frete/seguros sobre compras 
de insumos)
(–) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV, inclui frete/seguros sobre compras 
de mercadorias)
(–) Custo dos Serviços Prestados (CSP)
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(–) Despesas Comerciais (incluem publicidade e propaganda, depreciação 
de veículos de vendas/entregas, fretes/seguros sobre vendas, salários de 
vendedores, despesa de provisão para devedores duvidosos etc.)
(–) Despesas Gerais e Administrativas (incluem impostos e aluguéis sobre 
prédios administrativos, depreciações em geral, salários de executivos, 
honorários de diretoria etc.)
(–) Outras Despesas Operacionais (incluem despesas de equivalência patri-
monial, despesas de ajuste ao valor de mercado etc.)
(+) Outras Receitas Operacionais (incluem receitas de equivalência patri-
monial, receitas de ajuste ao valor de mercado, aluguéis ativos, reversão de 
provisão para devedores duvidosos etc.)
(–) Despesas Financeiras (incluem IOF, variações monetárias Passivas, 
descontos Concedidos etc.)
(+) Receitas Financeiras (incluem variações monetárias Ativas, descontos 
obtidos etc.)
(–) Outras Despesas (incluem custo de venda de ativo imobilizado etc.)
(+) Outras Receitas (incluem receita de venda de ativo imobilizado etc.)
42 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO ANTES DA CSLL e IR
(–) Despesa com Provisão de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
(–) Despesa com Provisão de Imposto de Renda
(=) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (as participações 
abaixo devem ser calculadas rigorosamente nesta ordem, sendo que para 
o cálculo da próxima deve ser abatido o valor da participação anteriormente 
calculado)
(–) Debêntures (dedutível do Imposto de Renda)
(–) Empregados (dedutível do Imposto de Renda)
(–) Administradores
(–) Partes Beneficiárias
(–) Fundos de Assistência e Previdência para Empregados
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
( ÷ ) Número de Ações
(=) Resultado Líquido por Ações
A base de cálculo das participações = Resultado Líquido antes das partici-
pações – Prejuízo Acumulado de Exercícios Anteriores.
9. A Demonstração do Resultado do Exercício deverá conter algumas rubricas, 
obedecidas também a determinações legais. Assinale a alternativa a seguir que 
não integraessa Demonstração Contábil.
a) Receitas.
b) Custo dos Produtos Vendidos, das Mercadorias Vendidas ou dos Serviços 
Prestados.
c) Ajustes de Exercícios Anteriores.
d) Despesas e Receitas Financeiras.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 43
10. O demonstrativo da DRE traz em sua premissa básica estabelecer padrões de 
análise financeira de receitas e despesas. Diante dessa afirmativa, enumere 
os conceitos básicos na gestão deste demonstrativo relacionando os tópicos:
 I. Apresentação; ( ) Escritório e Aluguel.
 II. Deduções são; ( ) Lucro Líquido.
 III. Como despesa administrativa temos; ( ) Vertical.
 IV. O Lucro Real é; ( ) Ano Base.
 V. Exercício financeiro é. ( ) Despesas.
 a) I, III, II, IV e V 
 b) III, IV, I, V e II 
 c) I, II, IV, V e III 
 d) V, IV, II, III e I
11. Monte a DRE da Companhia Segurança Ativa a partir dos fatos relacionados 
a seguir e indique qual o valor do faturamento de vendas:
Faturamento de vendas R$ ?
Lucro Antes do IR R$ 5.590
Despesas Administrativas R$ 9.120
Custos de Vendas R$ 22.800
Lucro Bruto R$ 27.770
Lucro Operacional R$ 5.900
Despesas não operacionais R$ 1.360
Receitas não operacionais R$ 1.050
Despesas de Vendas R$ 12.750
Lucro Líquido R$ 2.840
Participações diversas R$ 1.000
Provisão para IR R$ 1.750
Lucro Depois do IR R$ 3.840
44 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Destacamos a Contabilidade como uma ciência social com carácter econô-
mico, político, administrativo e normativo, facilitando assim uma gestão patrimonial 
mais adequada em relação aos valores empresariais. 
A Contabilidade é indispensável e liga-se aos demais conhecimentos de for-
ma a permitir uma evolução da sociedade. De forma clara: o objeto da Contabilida-
de é o Patrimônio; a finalidade da Contabilidade é a de controlar o Patrimônio com 
o objetivo de fornecer informações sobre a sua composição e as suas variações; a 
aplicação da Contabilidade: Comercial - Industrial - Pública - Bancária - Hospitalar 
- Agropecuária - de Seguros - Fiscal - Trabalhista - de Serviços etc.
A Contabilidade sempre existiu para a tomada de decisão financeira, às ve-
zes, confundida nominalmente com contabilidade geral. Podemos, assim, destacar 
como usuários da Contabilidade, os investidores, os administradores e o governo. 
Dentre estes, apontamos as definições de PF (como pessoa natural) e PJ (como 
as empresas em geral). Para uma atual análise dos demonstrativos financeiros 
econômicos os contabilistas entram de forma atuante e real como peça de ajuda 
constante aos gestores.
CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA 45
O Patrimônio será computado pelos bens e pelos direitos (lado esquerdo) 
e obrigações (lado direito). Notando-se que os bens abrangem uma população 
muito extensa, sendo assim subdividimos em Tangíveis/corpóreos e Intangíveis/
incorpóreos. Seguindo o mesmo raciocínio, os bens tangíveis ainda possuem gran-
de volume, então, também os subdividimos em móvel e imóvel. Essas contas são 
alocadas dentro do Balanço Patrimonial em destaque para Circulantes (dentro do 
ano corrente podendo ser ajustado até o próximo exercício) e Não Circulante (do 
próximo exercício para frente).
A Riqueza Líquida ou Situação Líquida empresarial é medida pelo Patri-
mônio Líquido, deve ser estabelecida pela diminuição dos Ativos sob os Passivos. 
Caso a mesma identifique resultado positivo à SL, é favorável; para valor ZERO, 
é uma SL em equilíbrio e, por fim, para uma SL negativa, a empresa encontra-se 
em situação desfavorável. Lembrando que só poderá ser efetuada esta análise 
diante da apuração do Livro Diário diante das alocações dos débitos e dos créditos 
contábeis.
Para destacarmos a composição do BP, citaremos seus alicerces em forma 
de tópicos nos ativos (tudo que a empresa tem), bens (tangíveis móveis e imóveis 
e intangíveis), direitos (a receber) e passivos (obrigações + PL). Por outro lado, 
não devemos esquecer o valor dado ao Patrimônio, caracterizado pelo conjunto de 
bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a uma entidade.
Todos os fatos contábeis destacados no Plano de Contas (ou Elenco de 
Contas) é o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os traba-
lhos contábeis de registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de 
parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis escrituradas por meio 
do Livro Diário.
As participações no Capital Social de outras Companhias são represen-
tadas por ações (sociedades anônimas) ou quotas (empresa) do capital social. A 
distribuição destas deve ser caracterizada por percentuais investidos em outras 
sociedades, onde podem ser classificadas como coligada (investidora tenha influ-
ência significativa, sem controlá-la, quando for titular de 20% ou mais do capital 
votante da investida, sem controlá-la), e para controladas (manter o controle e o 
poder de eleger a maioria dos administradores). 
Em um outro demonstrativo contábil gerencial, a gestão poderá observar as 
movimentações ocorridas nas contas de resultados, receitas e despesas, chama-
dos de Demonstrativo do Resultado do Exercício, onde neste serão apurados, em 
cada final de exercício, o resultado econômico obtido (lucro ou prejuízo) identifican-
do o valor do Patrimônio Líquido. 
46 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Destacamos da DRE os gastos ou percas, onde apresentamos desperdício 
inesperado, desgaste por uso ou desuso de imobilizado, despesas administrati-
vas, financeiras, comerciais e custos operacionais. Já para os ganhos, as receitas 
apresentam-se como resultados de acréscimo não esperados sob a forma de ju-
ros, avaliação pelo MEP, ganhos financeiros entre outros. Todas as receitas são 
creditadas e as despesas debitadas.
A Contabilidade Internacional apontou recentemente mudanças no merca-
do societário, com alterações significativas nos demonstrativos contábeis, tornan-
do-os internacionalmente normatizados, norteando as informações financeiras das 
Companhias. Os países dominantes apresentavam seus demonstrativos na moe-
da mundial, o dólar, e com padrões estabelecidos pelas normas Internacionais de 
Contabilidade. No Brasil, se observa que essas normativas internacionais entram 
em conflito com algumas leis internas no que se trata a Contabilidade, diante desse 
fato, as interpretações e as orientações seguem dando prioridade aos interesses 
da nação. Vejamos o exemplo em que internacionalmente os demonstrativos de-
vem ser expressos em moeda mundial, confrontando assim uma normativa brasi-
leira que exige que estes mesmos demonstrativos devem, obrigatoriamente, ser 
confeccionados na moeda nacional, que é o Real, justificando assim que normas 
particulares necessitam cada vez mais de uma padronização mundialmente aceita 
e reconhecida no meio contábil.
RefeRências 
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços. São Paulo: Atlas, 1987.
BRASIL, H. V.; BRASIL, H. G. Gestão financeira das empresas. Ed. Atlas, Rio 
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BRASIL. CFC. Princípios fundamentais e normas brasileiras de Contabilidade. 
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BRASIL. CPC. Códigos de Pronunciamentos Contábeis. Normas internacionais 
definidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB).
FIPECAFI & ARTHUR ANDERSEN. Normas e práticas contábeis no Brasil. São 
Paulo: Atlas, 1990. 
IUDÍCIBUS, Sérgio; MARION, José Carlos. Curso de Contabilidade para não 
contadores: para áreas de Administração, Economia, Direito. São Paulo: Atlas, 2011.
Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621
Messejana, Fortaleza – CE
CEP: 60871-170, Brasil 
Telefone (85) 3033.5199
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Contabilidade Intermediária
Autoria
Alexsandra de Matos Gil
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