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Roteiros FLUIDOS CORPORAIS 7364-30_44801_R_F1_20232

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Prévia do material em texto

Roteiros 
Fluidos Corporais
Manual de Estágio
Orientações gerais sobre as aulas práticas/relatório e atividades obrigatórias
 � Leia atentamente todos os roteiros. 
 � As normas para entrada nos laboratórios devem ser respeitadas; caso contrário, o 
aluno não poderá participar das aulas (leia a seguir as normas de biossegurança).
 � Para elaboração do relatório, leia com atenção o manual de orientações de aulas 
práticas disponível no AVA.
 � O relatório deve ser elaborado segundo as normas da ABNT.
 � O prazo para postagem do relatório é de 7 dias a contar da última aula prática da 
disciplina, sendo realizada uma única postagem.
 � Observar se o arquivo do relatório foi corretamente anexado, se não está corrom-
pido, em branco, se está disponível e se corresponde à disciplina correta. Relatórios com 
tais erros/falhas não serão considerados para a correção e será atribuída nota zero.
 � Do relatório fazem parte as atividades obrigatórias que só poderão ser anexadas e 
vistadas pelo professor responsável pela(s) aula(s) prática(s).
 � O aluno deve imprimir as folhas com as questões, responder no campo destinado e 
entregar ao docente para vistar durante a aula prática.
 � O professor responsável pela prática deve vistar preferencialmente as atividades 
sempre após o final do período de aula correspondente. 
 � O professor não assinará folhas em branco sob nenhuma circunstância.
 � Folhas com assinaturas do docente rasuradas não serão aceitas.
 � Relatórios que não contarem com as atividades obrigatórias não serão validados.
 � O aluno deve anexar somente as atividades referentes às aulas práticas que 
participou, da mesma forma que deve descrever no relatório somente os procedimentos 
que participou.
 � O número de atividades obrigatórias varia de acordo com a carga horária de cada 
disciplina prática. 
Serviço Social
 � Serão confrontados o relatório e as questões entregues com a frequência 
registrada em sistema; por esse motivo, não deixar de registrar frequência no polo. A nota é 
proporcional à frequência registrada em sistema.
 � O relatório deve ser confeccionado na seguinte ordem: 1. capa; 2. atividades 
obrigatórias; 3. resultados e discussão; 4. referências.
 � Estão descritas na tabela a seguir as orientações para confecção de cada uma das 
etapas necessárias ao relatório. 
 � Para maiores informações/orientações, consulte (AVA>disciplina>manual de 
orientações para a prática).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regras básicas de segurança no laboratório
1. Durante a aula prática, mantenha sempre atenção ao roteiro, tendo-o sempre 
próximo a você. Pode ser efetuada marcação com caneta sob cada item realizado do 
experimento de forma a não se perder durante a execução.
Itens Critérios Pontuação
Atividades obrigatórias
 � Respostas devem estar à caneta.
 � Não apresentar rasuras.
 � Vistadas pelo docente.
 � Anexar somente as atividades obrigatórias referentes 
aos roteiros de prática que realizou.
4,0
Resultados e discussão
 � Descrever os resultados por roteiro realizado, 
relacionando os achados à teoria e referenciando-os.
 � Anexar desenhos, fotos, diagramas, esquemas, 
tabelas, dentre outros recursos que melhor ilustrem 
e descrevam os resultados.
5,0
Elementos pré-textuais 
(capa) e pós-textuais 
(referências)
 � Apresentar capa conforme modelo disponibilizado, 
contendo nome, RA, polo de matrícula, polo de 
prática, data das aulas e nome do docente e disciplina. 
 � Apresentar em ordem alfabética as referências 
utilizadas seguindo normas da ABNT.
1,0
Manual de Estágio
2. Leia sempre o roteiro antes de iniciar a prática e mesmo antes das explicações do 
professor.
3. Observe a localização do material e dos equipamentos de emergência (chuveiro, 
lava-olhos etc.).
4. Não abra qualquer recipiente antes de reconhecer seu conteúdo pelo rótulo.
5. Não pipete líquidos diretamente com a boca, use pipetas adequadas.
6. Não tente identificar um produto químico pelo odor ou pelo sabor.
7. Não deixe de utilizar os equipamentos de proteção.
8. Não adicione água aos ácidos, mas os ácidos à água.
9. Não trabalhe com sandálias, chinelos ou sapatos abertos e com salto no laboratório.
10. Sempre identifique o conteúdo presente nos frascos ou nos tubos utilizados no 
experimento com caneta para vidros. Isso facilita seu descarte adequado por parte dos 
responsáveis pelo laboratório.
11. Mantenha os solventes em recipientes adequados e devidamente tampados, bem 
como materiais inflamáveis longe de fontes de calor (bico de Bunsen).
12. Utilize a capela sempre que manipular reagentes ou solventes que liberem vapores.
13. Conheça as propriedades tóxicas das substâncias químicas antes de empregá-las 
pela primeira vez no laboratório. Caso tenha dúvidas, consulte o professor ou o técnico 
a respeito.
14. Se tiver cabelo longo, prenda-o ao realizar qualquer experiência no laboratório. Não 
se alimente e nem ingira líquidos nos laboratórios.
 
 
 
 
Serviço Social
Instituto de Ciências 
da Saúde
Disciplina: Fluidos corporais
Título da aula: Coleta e processamento de urina
AULA 1
ROTEIRO 1
Objetivo
Rever os conceitos de assepsia e antissepsia na coleta de amostras de urina. Saber 
processar o material biológico de forma adequada e identificar os principais elementos 
urinários.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais Quantidade (por grupo/turma)
Frascos de coleta universal para urina (novo) 2 por grupo
Frasco de coleta universal para urina (contendo 
de 20-50 mL de água acrescido de 10-15 gotas de 
corante amarelo)
1 grupo por grupo
Tubo contendo 4-5 mL de sangue de carneiro 
ou humano
1 para todos os grupos (preparo de amostra) 
Uso do técnico
Centrífuga 1 para a turma
Tubos cônicos para centrifugação de plástico 
ou vidro
3 tubos por grupo
Estante 1 por grupo
Lâminas de vidro 4-5 por grupo
Micropipetas de 10-100 microlitros 4-5 por grupo
Microscópio 1 por grupo
Manual de Estágio
Procedimento
1. Solicitar a cada grupo que eleja um integrante do grupo para a coleta de uma 
amostra de urina (entregar a esse aluno 2 frascos de coleta universal e solicitar que ele 
colha a amostra em ambos os frascos).
2. Quando todos os frascos forem trazidos de volta ao laboratório com a amostra 
de urina devidamente colhida, o docente, com o apoio do técnico, deve separar os 3 
conjuntos de frascos (2 colhidos pelos alunos + 1 preparado pelo técnico) e 
aleatoriamente redistribuí-los aos grupos – lembrar que um frasco deve ser identificado 
como A, outro como B e outro como C (um deles deverá ser da amostra colhida in 
natura, outro deverá ser “batizado” com 10 a 15 gotas de sangue e o terceiro deve ser 
da mistura de água e corante amarelo).
3. Entregar para cada grupo um conjunto com 3 frascos (A, B e C).
4. Os alunos deverão transferir uma alíquota de cada frasco para 1 tubo cônico e 
mergulhar uma fita reativa. Na sequência, proceder com a leitura.
5. Após a leitura da fita, proceder com a centrifugação dos tubos 1500-2000 rpm por 
5 minutos, desprezar o sobrenadante e ressuspender o sedimento.
6. Transferir com auxílio de micropipeta 20 microlitros do sedimento para a lâmina de 
vidro e cobrir com lamínula.
7. Identificar os elementos presentes e pela análise da fita reativa e do sedimento 
apontar quais das três amostras A, B, C é a amostra de urina in natura. A amostra de 
urina com rastros de sangue e a amostra adulterada.
Serviço Social
Instituto de Ciências 
da Saúde
Disciplina: Fluidos corporais
Título da aula: Urinálise (exames físico e 
químico
AULA 1
ROTEIRO 2
Objetivo
Avaliação do exame físico-químico de amostra de urina.
Procedimentos
Exame físico
 � Transferir 10 mL de urina para um tubo de vidro transparente.
 � Avaliar visualmente, colocando o tubo contra a luz e anotar os achados referentes à 
cor, ao aspecto e ao depósito.
 � Realizar a olfação do espécime clínico em questão e anotar o resultado referenteao 
odor.
 � Em seguida, transferir uma gota da urina para o refratômetro (área espelhada), 
cobri-lo e proceder a leitura da densidade pela ocular.
Exame químico
 � Mergulhar rapidamente (2 segundos) a tira reagente na urina, de modo que todas as 
áreas reagentes sejam imersas quase que simultaneamente.
 � Retirar a tira, deslizando pela borda do tubo para remover o excesso de urina dela.
 � Manter a tira na posição horizontal para prevenir mistura de produtos químicos de 
áreas adjacentes.
 � Realizar as leituras em 60 segundos e entre 60 e 120 segundos para leucócitos.
Materiais Quantidade (por grupo/turma)
Frascos de coleta universal para urina (novo) 3-4 por grupo
Tiras reativas Frasco por bancada ou 3-4 por grupo
Manual de Estágio
 � Comparar os resultados obtidos nas áreas reagentes com a tabela de 
referência contida no rótulo do frasco (não realizar leitura após 120 segundos). 
Tira reagente
A reação é enzimática de ponto final. Se não for realizada no tempo correto, altera o 
resultado.
 � Esterases de leucócitos: avaliação de processos infecciosos e inflamatórios do trato 
urinário (ITU). Pode ocorrer com ou sem bacteriúria. Valores de referência: negativo. 
Quando positivo: + a +++ ou traços, pequena, moderada ou grande quantidade.
 � Nitrito: avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU). Valores de 
referência: negativo.
 � Urobilinogênio: avaliação de distúrbios hepáticos e hemolíticos. Valores de 
referência: < 1 mg/dL. Quando positivo: mg/dL.
 � Proteínas: proteinúria: indicador de doença renal. Valores de referência: negativo. 
Quando positivo: + a ++++ ou mg/dL.
 � pH: detecção de possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou 
respiratória. Valores de referência: 5,5 a 6,5.
 � Sangue: detecção e avaliação das hematúrias. Valores de referência: negativo. 
Quando positivo: + a ++++ ou mg/dL. Traços, pequena, moderada ou 
grande quantidade.
 � Densidade: avaliação da capacidade renal de reabsorção e concentração. Valores de 
referência: 1015 a 1025.
 � Cetonas: avaliação de diabetes mellitus (cetoacidose), jejum prolongado. Valores de 
referência: negativo. Quando positivo: traços, pequena, moderada e grande quantidade.
 � Bilirrubina: indicação precoce de hepatopatias. Valores de referência: negativo. 
Quando positivo: + a +++ ou pequena, moderada ou grande quantidade.
Serviço Social
 � Glicose: avaliação de diabetes mellitus e distúrbios de reabsorção 
tubular. Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a ++++ ou mg/dL. 
 
Registrar os resultados no laudo modelo a seguir:
Manual de Estágio
Serviço Social
Instituto de Ciências 
da Saúde
Disciplina: Fluidos corporais
Título da aula: Urinálise (sedimentoscopia com 
lâmina e lamínula)
AULA 2
ROTEIRO 1
Objetivo
Avaliação do sedimento urinário e dos elementos figurados na urina.
Sedimentoscopia
 � Transferir 10 mL de urina para o tubo de centrífuga.
 � Ajustar a centrífuga para 3600 rpm por 5 minutos.
 � Ao final desse período, transferir o sobrenadante para outro frasco.
 � Ressuspender o pellet no volume de urina residual.
 � Transferir uma gota da suspensão para uma lâmina de vidro e cobrir com lamínula.
 � Proceder observação em microscópio de campo claro empregando objetiva de 40x.
 � Anotar e quantificar a presença de cilindros, células (renais, pélvicas, vesicais e de 
descamação), hemácias, leucócitos, muco, espermatozoides, caso estejam presentes.
Adotar como referência:
* Cilindro, células, muco e espermatozoides.
Materiais Quantidade (por grupo/turma)
Frascos de coleta universal para urina (novo) 3-4 por grupo
Lâminas 10 por grupo
Lamínulas 10 por grupo
Tubos cônicos graduados 3-4 por grupo
Microscópio 1 por grupo/aluno
Manual de Estágio
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Leucócitos e hemácias deverão ser contados em 4 a 5 campos de 400x, sendo o resultado 
a média das unidades dos campos lidos.
Ausente Não encontrado
+ (raras) 2-3 unidades por campo
++ (algumas) 4-6 unidades por campo
+++ (várias) 7 unidades por campo
Serviço Social
Instituto de Ciências 
da Saúde
Disciplina: Fluidos corporais
Título da aula: Urinálise (sedimentoscopia com 
câmara de Neubauer) – método de Addis
AULA 2
ROTEIRO 2
Objetivo
O método de Addis permite o exame quantitativo do sedimento urinário em condições 
padronizadas, utilizando o volume exato da urina coletada em 12 horas. É importante para 
acompanhar a evolução das afecções renais, particularmente nas glomerulonefrites, em 
que as contagens têm valor prognóstico.
Metodologia de contagem em câmara de Neubauer
A câmara de Neubauer consiste em uma lâmina de vidro espessa e retangular, em que 
no centro da superfície superior encontramos áreas delimitadas, as quais são separadas 
do resto da lâmina por fossas e duas barras transversais elevadas, presentes em ambos os 
lados da área delimitada.
A profundidade entre a superfície inferior da lamínula que se assenta sobre as barras 
transversais elevadas e a área delimitada é de 0,1 mm. A área delimitada é um quadrado 
de 3 mm de lado, dividido em 9 grandes quadrados cada um com 1 mm de lado. Cada 
quadrado grande possui 1 mm2.
Materiais Quantidade (por grupo/turma)
Frascos de coleta universal para urina (novo) 3-4 por grupo
Câmara de Neubauer 1 por grupo
Lamínulas 10 por grupo
Tubos cônicos graduados 3-4 por grupo
Microscópio 1 por grupo/aluno
Manual de Estágio
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso de contagem hematológica, os leucócitos são contados nos quatro quadrantes 
laterais e as hemácias no quadrante central.
Na uroanálise, são utilizados os quatro quadrantes laterais para contar leucócitos, 
hemácias e células epiteliais, além da análise qualitativa de cristais, bactérias e outras 
estruturas que porventura possam aparecer. Contar as 5 zonas assinaladas e acrescentar 2 
zeros no número de elementos contados.
Como proceder com a amostra
 � Transferir 10 mL de urina para o tubo de centrífuga.
 � Ajustar a centrífuga para 3600 rpm por 5 minutos.
 � Ao final desse período, desprezar o sobrenadante.
Serviço Social
 � Ressuspender o pellet no volume de urina residual.
 � Transferir uma gota da suspensão para uma câmara de Neubauer.
 � Proceder observação em microscópio.
 � Anotar e quantificar a presença de cilindros, células (renais, pélvicas, vesicais e de 
descamação), hemácias, leucócitos, muco, espermatozoides, caso estejam presentes.
Atividade complementar
 � O professor pode projetar imagens de células, cilindros, cristais, bactérias, leveduras, 
hemácias, leucócitos e outros elementos para que os alunos busquem identificar esses 
materiais na amostra biológica.
 � Apresentar e discutir casos clínicos com os alunos.
Hemácias na urina – hematúria
Assim como nas proteínas, a quantidade de hemácias (glóbulos vermelhos) na urina é 
desprezível e não consegue ser detectada pelo exame da fita. Mais uma vez, os resultados 
costumam ser fornecidos em cruzes. O normal é haver ausência de hemácias (hemoglobina).
Como as hemácias são células, elas podem ser vistas em um microscópio. Desse modo, 
além do teste da fita, também podemos procurar por hemácias diretamente pelo exame 
microscópico, uma técnica chamada de sedimentoscopia. Pelo microscópio, consegue-se 
detectar qualquer presença de sangue, mesmo quantidades mínimas não detectadas pela 
fita.
Nesse caso, os valores normais são descritos de duas maneiras:
 � Menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10.000 células por mL.
 
Manual de Estágio
A presença de sangue na urina se chama hematúria e pode ocorrer por diversas doenças, 
tais como infecções, pedras nos rins e doenças renais graves (para saber mais detalhes 
sobre a hematúria, leia: Hematúria – urina com sangue).
Um resultado falso positivo pode acontecer nas mulheres que colhem urina enquanto 
estão no período menstrual. Nesse caso, o sangue detectado não vem da urina, mas sim 
do sangue aindaresidual presente na vagina. Nos homens, a presença de sêmen na urina 
também pode provocar falso positivo.
Uma vez detectada a hematúria, o próximo passo é avaliar a forma das hemácias em 
um exame chamado “pesquisa de dismorfismo eritrocitário”. As hemácias dismórficas são 
hemácias com morfologia alterada, comum em algumas doenças como a glomerulonefrite 
(leia: O que é uma glomerulonefrite?). É possível haver pequenas quantidades de hemácias 
dismórficas na urina sem que isso tenha relevância clínica. Apenas valores acima de 40 a 
50% costumam ser considerados relevantes.
Não é todo laboratório que possui gente capacitada para executar esse exame. Por isso, 
muitas vezes ele não é feito automaticamente. É preciso o médico solicitar especificamente 
essa avaliação.
Leucócitos ou piócitos – Esterase leucocitária
Os leucócitos, também chamados de piócitos, são os glóbulos brancos, nossas células de 
defesa. A presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas 
vias urinárias. Em geral, sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras 
situações, como traumas, uso de substâncias irritantes ou qualquer outra inflamação não 
causada por um agente infeccioso. Podemos simplificar e dizer que leucócitos na urina 
significa pus na urina.
Como também são células, os leucócitos podem ser contados na sedimentoscopia.
Valores normais estão abaixo de 10.000 células por mL ou 5 células por campo.
Serviço Social
Alguns dipsticks apresentam um quadradinho para detecção de leucócitos. Normalmente, 
o resultado vem descrito como “esterase leucocitária”. O normal é estar negativo.
Cristais
Esse é talvez o resultado mais mal interpretado, tanto por pacientes como por alguns 
médicos. A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, fosfato de 
cálcio ou uratos amorfos, não tem nenhuma importância clínica. Ao contrário do que 
se possa imaginar, a presença de cristais não indica uma maior propensão à formação 
de cálculos renais. Dito isso, é importante destacar que, em alguns casos, a presença de 
determinados cristais pode ser um sinal para alguma doença.
Os cristais com relevância clínica são:
 � Cristais de cistina – indicam uma doença chamada cistinúria.
 � Cristais de magnésio-amônio-fosfato (chamado de cristais de estruvita ou 
cristais de fosfato triplo) – podem ser normais, mas também podem estar presentes em 
casos de urina muito alcalina provocada por infecção urinária pelas bactérias Proteus ou 
Klebsiella. Pacientes com cálculo renal por pedras de estruvita costumam ter esses 
cristais na urina.
 � Cristais de tirosina – presentes em uma doença chamada tirosinemia.
 � Cristais de bilirrubina – costumam indicar doença do fígado.
 � Cristais de colesterol – costumam ser um sinal de perdas maciças de proteína 
na urina.
A presença de cristais de ácido úrico, caso em grande quantidade, também deve ser 
valorizada, pois pode surgir em pacientes com gota ou neoplasias, como linfoma ou 
leucemia. Cristais de ácido úrico em pequena quantidade, porém, são comuns e não indicam 
nenhum problema.
Manual de Estágio
Células epiteliais e cilindros
A presença de células epiteliais na urina é normal. São as próprias células do trato urinário 
que descamam. Elas só têm valor quando se agrupam em forma de cilindro, recebendo o 
nome de cilindros epiteliais.
Como os túbulos renais são cilíndricos, toda vez que temos alguma substância (proteínas, 
células, sangue etc.) em grande quantidade na urina, ela se agrupa em forma de um cilindro. 
A presença de cilindros indica que essa substância veio dos túbulos renais e não de outros 
pontos do trato urinário como bexiga, ureter, próstata etc. Isso é muito relevante, por 
exemplo, nos casos de sangramento, em que um cilindro hemático indica o glomérulo 
como origem, e não a bexiga, por exemplo.
Os cilindros que podem indicar algum problema são:
 � Cilindros hemáticos (sangue): indicam glomerulonefrite.
 � Cilindros leucocitários: indicam inflamação dos rins.
 � Cilindros epiteliais: indicam lesão dos túbulos.
 � Cilindros gordurosos: indicam proteinúria.
 � Cilindros hialinos não indicam doença, mas podem ser um sinal de desidratação.
Muco
A presença de muco na urina é inespecífica e normalmente ocorre pelo acúmulo 
de células epiteliais com cristais e leucócitos. Tem pouquíssima utilidade clínica. É mais 
uma observação.
Em relação ao EAS (urina tipo I) é importante salientar que essa é uma análise que 
deve ser sempre interpretada. Os falsos positivos e negativos são muito comuns e não 
dá para se fechar qualquer diagnóstico apenas comparando os resultados com os valores 
de referência.
Serviço Social
Exemplo de exame de urina normal
Apenas como exemplo, o que segue é um modelo de como os laboratórios apresentam 
os resultados do exame sumário de urina. Esse exame está normal.
COR — amarelo citrino 
ASPECTO — límpido
DENSIDADE — 1.015 (normal varia entre 1005 e 1030)
PH — 5,0 (normal varia entre 5,5 a 7,5)
Exame químico
Glicose — ausente 
Proteínas — ausente 
Cetona — ausente 
Bilirrubina — ausente 
Urobilinogênio — ausente 
Leucócitos — ausente 
Hemoglobina — ausente 
Nitrito — negativo
Microscopia do sedimento (sedimentoscopia)
Células epiteliais — algumas
Leucócitos — 5 por campo 
Hemácias — 3 por campo 
Muco — ausente
Manual de Estágio
Bactérias — ausentes 
Cristais — ausentes 
Cilindros — ausentes
Serviço Social
Nome:_______________________________ RA:_______________ Data: ____/____/____ 
ATIVIDADE OBRIGATÓRIA 1
1- Descreva quais os cuidados para uma coleta asséptica de urina visando ao exame de 
urina tipo 1 e uma urina de 24 horas.
2- Qual a relevância clínica para a presença de nitrito na amostra de urina?
Visto do docente: _________________________________
Manual de Estágio
Nome:_______________________________ RA:_______________ Data: ____/____/____ 
ATIVIDADE OBRIGATÓRIA 2
1- Qual a relevância clínica para a presença de cilindros e de leucócitos na amostra de 
urina?
2- Descreva o significado dos termos: poliúria, oligúria, anúria, polaciúria, noctúria 
e disúria.
Visto do docente: _________________________________

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