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TRABALHO DE BIOLOGIA Colégio Dom Amando Professor: Carlos Alunos: Carlos Eduardo Nº 10 Luisa Lelis Nº 17 Hanna Nobre Nº 26 Isabelle Nogueira Nº 27 Lo-Ruama Rodrigues Nº 32 FILO ARTHROPODA CARACTERÍSTICAS GERAIS Os Arthropoda apresentam: - Exoesqueleto quitinoso, sujeito a mudas ou ecdises; - Patas e corpo articulados (Áthron = articulação; podos = pés, patas) e segmentados (metameria homô-noma e heterônoma); - Habitat o mais variado (terrestre), aquático, aéreo, orgânico; - Simetria bilateral, celomados, esquizocélios, triblásticos, protostômios; - Cerca de 1.000.000 de espécies (trata-se do filo mais numeroso); - Importância médica, agronômica, veterinária, alimentar, econômica, etc. CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA Os artrópodes são classificados em 5 classes: Insecta, no qual estão moscas, besouros, baratas, pulgas, piolhos, percevejos, gafanhotos, pernilongos, abelhas, cupins, formigas, etc. Crustacea, tendo como representante camarões, siris, caranguejos, lagostas, pitu, tatuzinhos-de-jardim, baratinhas-de-praia, etc. Arachnida, que tem entre seus componentes aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros. Chilopoda, classe composta pelas lacraias, centopeias. Diplopoda, composta por piolhos-de-cobra ou embuás. Costuma-se classificar os artrópodes levando em conta as divisões do corpo, o número de patas e a existência ou não de antenas e de outros apêndices (pedipalpos e quelíceras, por exemplo). Levando-se em conta esses elementos e a abordagem evolutiva, será adotada a classificação moderna, na qual o filo Arthropoda é subdividido em três subfilos: Uniramia, Chelicerata e Crustácea. Subfilo Uniramia O subfilo Uniramia compreende as classes Chilopoda, Diplopoda, Insecta, Pauropoda e Symphyla. Classe Chilopoda: Os quilópodos (do grego Khylos = mil ou cheilos = lábio e podós = pés) são animais conhecidos popularmente como centopéias ou lacrais. Têm o corpo longo, cilíndrico, ligeiramente achatado dorso ventralmente, segmentado em numerosos anéis, nos quais se prendem as patas articuladas (um par para cada segmento). A divisão do corpo é simples, compreendendo apenas a cabeça e o tronco. Há um par de antenas longas e o primeiro par de patas está adaptado para a inoculação de peçonha (forcípulas). A peçonha (veneno) tem ação bastante dolorosa, mas dificilmente mortal. Classe Diplopoda: Os diplopodos (do grego diplos = duplo e podós = pés) são muito aparentados com os quilópodos. Durante muito tempo diplópodos e quilópodos foram estudados numa classe única, então chamada Myriapoda (do grego myriás = dez mil, e podós = pés). Os diplópodos se caracterizam, todavia por ter dois pares de patas articuladas em cada segmento como consequên-cia da soldadura dos segmentos dois a dois (os quilópodos têm apenas um) e são todos inofensivos, já que não possuem glândulas secretoras de peçonha. Vivem em buracos no solo. Enroscam-se quando agredidos, são vulgarmente conhecidos como gongolôs, embuás ou piolho-de-cobra (piolho, aqui tem sentido de diminutivo irônico). Cientificamente: Julus maximus. Classe Insecta: Os insetos são artrópodos, geralmente com asas, de respiração traqueal, excreção por tubos de Malpighi, díceros, portadores de três pares de patas que partem do tórax (hexápodes) é a classe mais numerosa do filo, pois correspondem a 97% dos Artropoda, ou seja, mais de 900.000 espécies. Os insetos são os animais mais bem-sucedidos da natureza. São também os mais numerosos e sofrem adaptações aos mais diversos ambientes e aos mais diferentes meios de vida. Morfologia externa: Os insetos apresentam o corpo dividido em três regiões: cabeça, tórax e abdômen. Os olhos são compostos facetados ou múltiplos, constituídos de unidades visuais chamados omatídios, podendo existir milhares num só olho composto. Também há olhos simples ditos ocelos. Os ocelos são sensíveis à luz e à sombra, mas não formam imagens. Os olhos compostos formam imagens “quadriculadas” dos objetos, isto é, cada omatídio (unidade visual) “enxerga” uma parte do objeto. Os olhos compostos também percebem (identificam) algumas cores. Características externas de um gafanhoto: Subfilo Chelicerata O subfilo Chelicerata (do grego chele, garra; keros, chifre), é constituído por antrópodes que possuem quelíceras, par de apêndices cefálico afiado utilizado na captura de alimento. É representado pelas classes Merostomata, Pycnogonida e, principalmente, Arachnida. Classe Merostomata: Reúne apenas cinco espécies de um único gênero. O ilustre representante atual é o Limulus, o caranguejo-ferradura: apresenta semelhanças morfológicas com os crustáceos; testes bioquímicos também mostram grandes semelhanças com aracnídeos; encontra-se no Atlântico Norte e Costas da África; carapaça em “ferradura”, entre 20 e 30 cm; 5 a 6 pares de apêndices abdominais modificados, com brânquias; télson em forma de “espiga” para orientar o movimento; alimentam-se de moluscos, vermes e algas; desenvolvem larva achatada, de abdome segmentado e sem cauda; excreção: “glândulas coxais”. Classe Pycnogonida: Os representantes apresentam o corpo dividido em cefalotórax, abdômen e têm aspectos de aranhas. O corpo é pequeno e fino, e a maioria apresenta 4 pares de pernas, embora certas espécies apresentem 5, 6 ou 12 pares. A boca localiza-se no ápice de uma probóscide, que suga o líquido e as partes amolecidas de cnidários hidroides e de outros animais carnosos. Apresentam um coração dorsal simples, sendo destituídos de sistemas excretor o respiratório. Habitam desde o litoral rochoso até profundidades superiores a 7 mil metros. Classe Arachnida: A classe Arachnida inclui as aranhas, os escorpiões, os ácaros e os carrapatos. Apesar de existir grande diversidade de formas entre os aracnídios, eles apresentam muitas características em comum. O corpo é geralmente dividido em cefalotórax e abdome, possuem quatro pares de pernas e são destituídos de antenas e mandíbulas. Principais características: Corpo dividido em cefalotórax e abdômen; Presença de quatro pares de patas (animais octópodos); Ausência de antenas (são áceros); Presença de palpos (apêndices semelhantes a patas, mas sem finalidade de locomoção; servem para prender vítimas e alimentos ou possuem função sexual); Muitas espécies peçonhetas e perigosas. Outras são parasitas (sarna, acne “cravo”, carrapatos), ocorrendo, através de algumas, a transmissão de doenças infectocontagiosas; Na maioria, respiração por filotraquéias (ou pulmões livro), traquéias normais ou ambos os processos. Existe duas ordem que são: Ordem Araneae (aranhas) Ordem Scorpionida (escorpiões) Subfilo Crustacea O termo crustacea deriva do latim crusta, que significa carapaça dura. Existem crustáceos aquáticos, como siri, caranguejo, lagosta, pulga-d’água, cracas, etc., sendo a maioria deles marinha. No entanto, há aqueles que vivem em ambientes dulcícolas e, alguns, como o tatuzinho-de-quintal., vivem em lugares de terra úmida. A maioria dos crustáceos tem o corpo dividido em dois tagmas, o cefalotórax e o abdômen, apresentando dois pares de antenas. O exoesqueleto, além de ser quitinoso, é impregnado de substâncias calcárias que o tornam rígido, constituindo uma carapaça. ANATOMOFISIOLOGIA Subfilo Uniramia – Classe Insecta Sistema digestório: O tubo é completo, contando inclusive com glândulas salivares, fígado e pâncreas (fundidos em hepatopâncreas). O tubo digestivo é composto por: boca, faringe (muscular), esôfago, papo (armazenamento), moela ou proventrículo (trituração), estômago (ventrículo) ligado aos cecos gástricos (produz enzimas digestivas), intestino (absorção), reto e ânus. Aparelhos bucais dos insetos: Sistema respiratório: O sistema respiratório dos insetos é do tipo traqueal. Naparede do corpo (tórax e abdômen) existem orifícios, denominados estigmas, ligados a tubos, traquéias, muito ramificados e que chegam até as proximidades de cada célula do corpo por meio das traquéias e traqueíolas (ramificações finíssimas das traquéias). Alguns insetos possuem sacos aéreos (gafanhotos) - dilatações das traquéias, que servem como reservatório de ar. O ar atmosférico em oxigênio, atinge todas as células do corpo e o gás carbônico por elas produzido se difunde para o meio ambiente. Sistema circulatório: O sistema circulatório dos insetos é do tipo aberto ou lacunar; o coração é dorsal, mandando sangue (também chamado hemolinfa) às lacunas entre os órgãos. A grande diferença entre o sistema circulatório dos insetos e crustáceos é que nos primeiros não existem pigmentos respiratórios, tais como ao hemocianina presente nos crustáceos. A função do sistema circulatório é transportar alimentos e substâncias respiratórias. Portanto, nos insetos, o sistema respiratório não está associado ao circulatório, como acontece em outros animais, inclusive em outros artrópodes. Sistema excretor: A eliminação das excreções que circulam no sangue dos insetos é feita através de estruturas filiformes, os túbulos de Malpighi. Estes túbulos estão mergulhados na cavidade corporal, em contato com o sangue, de onde removem as excreções (ácido úrico, ureia, sais). Seus dutos excretores desembocam no intestino, onde os produtos de excreção são lançados e sendo então, eliminados com as fezes. Sistema nervoso: O sistema nervoso dos insetos é do tipo ganglionar. Apresenta um longo cordão nervoso ventral constituído de gânglios ventrais que estão ligados ao cérebro por um anel nervoso. Sistema reprodutor: São animais de sexos separados que se reproduzem sexuadamente, e que apresentam diformismo sexual. A fecundação é interna e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto, ocorrendo metamorfose. Em alguns insetos pode ocorrer a partenogênese, neotenia ou poliembrionia. Os insetos apresentam três tipos de desenvolvimento: ametábolo, hemimetábolo e holometábolo. Ametábolo: Nesse tipo de desenvolvimento, um indivíduo jovem semelhante ao adulto eclode do ovo. Logo, o desenvolvimento é direto, não havendo metamorfose. Ocorre com insetos da ordem Thysanura, como a Lepisma, conhecida popularmente como traça-de-livros. Hemimetábolo: Outros insetos podem durante seu desenvolvimento, passar por mudanças graduais ou incompletas. Assim que saem do ovo, são chamados ninfas (sem asas e sem sistema reprodutor mas com olhos compostos), tendo alguma semelhança com o adulto. Com as sucessivas mudas, o jovem vai sofrendo uma metamorfose incompleta que culmina com a transformação no adulto, chamado imago. Insetos que sofrem metamorfose incompleta são chamados hemimetábolos (de hemi = “metade” e de metabolé = “mudança”). Holometábolo: Nesse tipo de desenvolvimento, uma larva que pode ser chamada de lagarta (larva bem diferente do adulto) eclode do ovo. A larva alimenta-se ativamente, sofre várias mudas e entra na fase de pupa ou crisálida. A pupa sofre mudanças profundas e transforma-se em um indivíduo adulto. As moscas e as borboletas possuem esse tipo de desenvolvimento. Subfilo Chelicerata – Classe Arachnida Sistema digestório: As aranhas são predadoras principalmente de insetos, saltando sobre eles ou aprisionando-os em suas teias. O sistema digestivo é completo, porém sem mandíbulas, razão pela qual o intestino despeja enzimas sobre a presa, para iniciar a digestão extracorpórea. Quando a presa torna-se liquefeita, é “aspirada” pelo estômago sugador para completar a digestão. Sistema respiratório: A respiração processa-se através de filotraqueias ou “pulmões” foliáceos. Encontramos no abdômen os estigmas das filotraqueias (2 ou 4 pares de cada lado). Estas são um tipo especial de traqueia formada por 15 a 20 lâminas dispostas como as páginas de um livro, alojadas dentro de uma cavidade, que se comunica com o exterior por uma abertura chamada estigma. As lâminas são muito vascularizadas, o que permite a hematose. Quando existe apenas um par de filotraqueias, é comum existir também uma traqueia ramificada que completa a respiração. Sistema circulatório: É do tipo aberta, como nos demais artrópodos, sendo o coração dorsal circundado por um pericárdio. O sangue é incolor contém corpúsculos ameboides e hemocianina dissolvida. Sistema excretor: É realizada por túbulos de Malpighi pares, ligados ao intestino e por um ou dois pares de glândulas coxais situados no assoalho do cefalotórax. O principal produto de excreção é a guanina. Sistema nervoso: Como nos demais artrópodes é do tipo ganglionar e posição ventral. Os orgãos dos sentidos podem ser pêlos sensitivos, olhos e fendas sensitivas. Os olhos são simples (oce-los), os pêlos são abundantes e fornecem informações sobre objetos próximos, gravidade, movimento do ar, etc. Sistema reprodutor: Os sexos são geralmente separados (dióicos) e a fecundação é interna. Nas aranhas, o macho produz uma bolsa de seda com espermatozóides e com o palpo coloca-a no oríficio genital da fêmea. Em alguns casos, o macho é comido pela fêmea após a cópula. Nos escorpiões, o macho deposita um espermatóforo no chão e, durante a dança de corte, “ajeita” a fêmea, de modo que o espermatóforo entre em seu poro genital. Nos escorpiões e nas aranhas, o desenvolvimento é direto, mas nos acarinos é indireto, isto é, aparece uma larva (hexá- poda) seguida de uma ninfa (octópodo) e finalmente o adulto. Subfilo Crustacea Sistema digestório: O sistema digestório dos crustáceos apresenta uma boca, um esôfago curto tubular e um estômago que efetua um trabalho mecânico, uma vez que sua primeira porção possui um moinho gástrico para posterior trituração do alimento, iniciada pelas mandíbulas. O alimento triturado passa para o intestino, no qual ocorre a digestão química com as enzimas produzidas no hepatopâncreas. Sistema respiratório: A troca de gases respiratórios nos crustáceos pequenos ocorre nas áreas mais finas da cutícula (por exemplo, nos apêndices) ou em toda a superfície do corpo, e estruturas especializadas podem estar ausentes. Crustáceos de grande porte apresentam brânquias, projeções delicadas, similares a plumas, com cutícula muito fina. As laterais da carapaça dos decápodes envolvem uma cavidade branquial, aberta anterior e ventralmente. As brânquias podem projetar-se da parede pleural para a cavidade branquial, da articulação dos apêndices torácicos com o corpo ou dos coxopoditos torácicos. As duas últimas posições são típicas dos lagostins. Uma parte da segunda maxila bombeia água para o interior da câmara branquial sobre os filamentos branquiais à altura dos basipoditos das patas e para fora, na porção anterior da câmara branquial. Brânquias Sistema circulatório: Os crustáceos e outros artrópodes possuem um sistema circulatório "aberto" ou lacunar. Isto significa que não há veias, nem separação do sangue do fluido intersticial, tal como nos animais com sistemas circulatórios fechados. A hemolinfa (sangue) deixa o coração através de artérias, circula através da hemocele e retorna aos seios venosos, ou espaços, em lugar das veias, antes de entrar novamente no coração. Os anelídeos possuem um sistema fechado, como o dos vertebrados. Artérias Sistema excretor: Os órgãos excretores dos crustáceos adultos são um par de estruturas tubulares localizadas na porção ventral da cabeça, anterior ao esôfago. São denominadas glândulas antenais ou glândulas maxilares, conforme a localização da abertura no basipodito da antena ou da segunda maxila, respectivamente. Poucos crustáceos adultos apresentam as duas. Os órgãos excretores dos decápodes são glândulas antenais, também chamadas glândulas verdes neste grupo. Os crustáceos não possuem túbulos de Malpighi, os órgãos excretores das aranhas e insetos. Poro excretor Olho Sistema nervoso: O sistema nervoso dos crustáceos e anelídeos têm muito em comum, emborao dos crustáceos apresente um grau mais alto de fusão ganglionar. O cérebro é um par de gânglios supra-esofágicos que enviam nervos aos olhos e dois pares de antenas. Une-se por conectivos ao gânglio subesofágico, uma fusão de pelo menos cinco pares de gânglios de onde partem nervos para a boca, apêndices, esôfago e glândulas antenais. O cordão nervoso ventral duplo tem um par de gânglios em cada somito, de onde partem nervos para os apêndices, músculos e outras partes. Além deste sistema nervoso central, pode haver um sistema nervoso simpático associado ao sistema digestivo. Olho composto Cordão nervoso Sistema reprodutor: São dioicos. Ocorre hermafroditismo nas cracas, ou seja, são monoicas, embora possam praticar fecundação cruzada. Ostracodes efetuam partenogênese, e os machos são raros. Na maioria dos crustáceos, o desenvolvimento é indireto.