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CURSO DE ENFERMAGEM AUDITORIA DE SERVIÇOS Prof. Gustavo Cavalcanti Prof.Marisa B.C.Diniz EQUIPES HOSPITALARES QUE DESENVOLVEM AUDITORIA CCIH? Contas Médicas? Enfermagem? Farmácia? Almoxarifado? Todo Hospital? “ Uma avaliação planejada, independente e documentada, que se utiliza do método de coleta de informação, baseada em evidências objetivas e imparciais para determinar se as exigências acordadas estão sendo feitas e fornece subsídios para a verificação da eficácia do Sistema”. Inclusão de aspectos de avaliação de cumprimento de metas previstas em planos de saúde, de apuração de resultados e de de comprovação de qualidade. Precisam ser levados em consideração para o cumprimento das atividades de controle financeiro, contábil e patrimonial nas instituições conveniadas, contratadas e gestoras do SUS. Auditoria é a avaliação sistemática e formal de uma atividade, por alguém não envolvido diretamente na sua execução, para determinar se essa atividade está sendo levada a efeito de acordo com seus objetivos (Kurcgant, 1991). Auditoria em enfermagem é a avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem, verificada através das anotações de enfermagem no prontuário do paciente e das próprias condições deste. OBJETIVOS DO AUDITOR O auditor tem dois objetivos a serem atingidos: primeiro, relatar à administração superior todos os seus achados; segundo, transformar todo o lugar que ele audita, melhor do que encontrou. Identificar as áreas (unidades) deficientes do serviço, auxiliando para que as decisões quanto ao remanejamento e aumento de pessoal sejam tomadas com base em dados concretos. Identificar áreas de deficiência em relação à qualidade da assistência prestada, percebendo-se, defasagem no atendimento da área. Auditoria retrospectiva É a auditoria feita após a alta do paciente, em que se utiliza o prontuário para avaliação; portanto, os dados obtidos não reverterão em benefícios deste paciente diretamente, mas sim para a assistência de maneira global. Tem a desvantagem de não permitir saber-se o que foi feito e não foi feito. FATORES QUE PODEM SER VISUALIZADOS NO PRONTUÁRIO: Condições do paciente no ato de internação; Método de admissão do paciente; Plano terapêutico individualizado; Atendimento das prescrições médicas; Atendimento de intercorrências, Sistema de elaboração de plano de serviço para cada funcionário dos diversos plantões; relatório de enfermagem - completo, incompleto, em que partes incompletas, e quais as suas causas; FATORES QUE PODEM SER VISUALIZADOS NO PRONTUÁRIO: Sinais vitais checados de acordo com o diagnóstico e necessidade do paciente; Anotações quanto a pequenas alterações do paciente, sistema de observação (frequente ou contínua), reação pós-anestésica e pós-operatória; Descrição da ferida operatória, anotação de acidentes, decisões tomadas para evitar acidentes, decisões tomadas para evitar tais acidentes; FATORES QUE PODEM SER VISUALIZADOS NO PRONTUÁRIO: Anotações dos sinais vitais e sintomas; Transferências e suas causas; comunicação entre equipes; Condições de alta, orientação ao paciente no ato da alta e acompanhamento. Auditoria operacional ou concorrente É a auditoria feita enquanto o paciente está hospitalizado ou em atendimento ambulatorial, e pode ser realizada das seguintes maneiras: Exame do paciente e confronto das necessidades levantadas com a prescrição de enfermagem ou avaliação dos cuidados in loco (acompanhar o funcionário e confrontar com os parâmetros estabelecidos); Entrevista com o próprio funcionário logo após a prestação do cuidado, levando-o à reflexão e servindo como material de auditoria Auditoria operacional ou concorrente Avaliação feita pelo paciente e sua família, verificando a percepção destes quanto à assistência prestada; nesse caso, é importante que sejam selecionados familiares que tenham realmente acompanhando o paciente; Pesquisa junto à equipe médica, verificando o cumprimento da prescrição médica e interferências das condutas de enfermagem na terapêutica médica (trabalho mais difícil e muito mais criterioso, em vista das questões éticas envolvidas). Quanto a forma de intervenção Desvantagens: a dependência administrativa limitando a amplitude das conclusões e das recomendações finais do trabalho. Pode haver envolvimento afetivo do auditor com os elementos realizadores do trabalho, invalidando-o. Vantagens: maior profundidade no trabalho, tanto pelo conhecimento da estrutura administrativa, como das inovações e expectativas dos serviços; como também a sua vinculação permite sugerir soluções apropriadas; Auditoria interna: é realizada por elementos da própria instituição. Quanto a forma de intervenção Desvantagens: o auditor não vivenciar a realidade da instituição, podendo realizar um trabalho superficial, que apresente sugestões pouco adequadas à solução dos problemas existentes. Vantagens: gozar de independência administrativa e afetiva Auditoria externa: é realizada por elemento não-pertencente à instituição, contratando especificamente para a auditoria; QUANTO AO TEMPO: • Auditoria contínua: avalia em períodos determinados, sendo que a revisão seguinte sempre se inicia a partir da última. •Auditoria periódica: examina também em tempos estabelecidos, porém não se prende à continuidade. QUANTO À NATUREZA: • Auditoria normal: se realiza em períodos determinados com os objetivos regulares de comprovação. • Auditoria específica: atende a uma necessidade do momento. Classificação da Auditoria Quanto ao limite: ✓ Auditoria total: abrange todos os setores da instituição. ✓ Auditoria parcial: é limitada a alguns serviços. Classificação da Auditoria Recursos humanos Características dos membros: ✓ Ter noção básica de auditoria; ✓ Conhecer a instituição; ✓ Interesse e compromisso pelo assunto e pelo desenvolvimento do trabalho; ✓ Envolvimento com o cuidado do paciente; ✓ Capacidade de trabalhar em grupo. Classificação da Auditoria Funções da comissão: ✓ Elaboração de normas e objetivos; ✓ Elaboração e revisão do instrumento de auditoria; ✓ Aplicação do instrumento; Tabulação e análise dos dados; ✓ Elaboração do relatório. Recursos materiais: ✓ Local no hospital especialmente destinado ao grupo de auditores. ✓ Possuir arquivos, escrivaninha, formulários, microcomputador com programas específicos para facilitar o trabalho estatístico e elaboração de relatórios. Classificação da Auditoria Limitações da Auditoria A auditoria não tem finalidade punitiva, ela verifica o cuidado, detecta erros e os analisa quanto à natureza e significado. Fornece possíveis indicadores de padrões ou tendências, assim como subsídios para a modificação de procedimentos e técnicas que são responsabilidades administrativas; A Auditoria não tem como objetivo primordial a melhoria dos registros de enfermagem, mas sim a melhoria da assistência ao paciente, embora a partir dos resultados possa ser sugerida ações no sentido de melhorar os registros; A auditoria não tem por finalidade avaliar o desempenho de um indivíduo ou de um grupo. Na enfermagem, por exemplo, a avaliação do desempenho é um processo frequentemente adotado para avaliação do desempenho individual dos elementos que compõem a equipe de enfermagem. O AUDITOR TEM QUE AGIR DE FORMA: M I L P E O AUDITOR TEM QUE AGIR DE FORMA: Moralidade Impessoalidade Legalidade Publicidade Eficiência Para que conquistemos a confiança das pessoas, temos que informar-lhes que discutiremos com elas, imediatamente, todos os problemas encontrados. Que ela terá a oportunidade de regularizar qualquer falha antes da emissão do relatório final; ou que as falhas que não possam ser regularizadas no transcurso dos trabalhos serão informadas à administração superior como em fase de regularização. Com isto você estará criando uma parceria e não um jogo de políciae ladrão. Algumas sugestões durante a auditoria REFERÊNCIAS Motta ALC. Auditoria de Enfermagem nos Hospitais e Operadoras de Planos de Saúde. 4. ed. São Paulo: Iátria; 2008. p. 166. Pellegrini G. Auditoria em faturamento. In: Anais eletrônicos do 15° Congresso Latino Americano de Serviços de Saúde e 3ª Jornada de Gestão e Clínicas Médicas; 2004; São Paulo, Brasil. São Paulo; 2004. Rodrigues VA, Perroca MG, Jericó MC. Glosas hospitalares: importância das anotações de enfermagem. Arq Ciênc Saúde 2014;11(4):210-4. 1 Não fale apenas das coisas erradas que você encontrou, fale também das coisas boas, pois é impossível que não existam virtudes nos ambientes que você está auditando. As pessoas só conseguirão gostar dos auditores internos quando elas entenderem que fazem parte de um sistema de controle interno, dentro do qual elas também contribuem para atingir os resultados positivos ou negativos. Elas participam dos resultados do trabalho de auditoria.
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