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06 - Crimes contra a fé pública-14

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Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 121 
TÍTULO X 
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
CAPÍTULO I 
DA MOEDA FALSA 
Moeda Falsa 
Art. 289 – FALSIFICAR, FABRICANDO-A ou ALTERANDO-A, 
 moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no 
 país ou no estrangeiro: 
 
 Se consuma com a falsificação, não precisa circular. 
 Não exige dolo específico. 
 Se a falsificação for grosseira, não configurará o crime. 
 Se consuma com a falsificação, sendo irrelevante eventual prejuízo a 
terceiro. 
 Não cabe arrependimento posterior. 
 
Reclusão 
3a – 12a 
+ 
Multa 
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, 
 por conta própria ou alheia, 
 importa ou exporta, 
 adquire, vende, 
 troca, cede, empresta, 
 guarda ou introduz na circulação moeda falsa. 
Moeda Falsa 
Privilegiada 
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, 
 como verdadeira, 
 moeda falsa ou alterada, 
 a restitui à circulação, 
 depois de conhecer a falsidade, 
 é punido com detenção, 
 de seis meses a dois anos, e multa. 
Detenção 
6m – 2a 
+ 
Multa 
Falsificação de 
Moeda 
Funcional 
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o 
funcionáriopúblico ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que 
fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: 
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; 
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. 
Reclusão 
3a – 15a 
+ 
Multa 
Desvio 
ecirculação 
antecipada 
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem 
 desvia e faz circular moeda, 
 cuja circulação não estava ainda autorizada. 
Crimes 
assimilados ao 
de moeda falsa 
Art. 290 - FORMAR 
 cédula, nota ou bilhete representativo de moeda 
 com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes 
verdadeiros; 
SUPRIMIR, 
 em nota, cédula ou bilhete recolhidos, 
 para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de 
sua inutilização; 
RESTITUIR à circulação 
 cédula, nota ou bilhete em tais condições, 
 ou já recolhidos para o fim de inutilização: 
Reclusão 
2a - 8a 
+ 
Multa 
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o 
crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o 
dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo. 
Reclusão 
2a - 12a 
+ 
Multa 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 122 
Petrechos 
para 
falsificação de 
moeda 
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, 
 a título oneroso ou gratuito, 
 possuir ou guardar 
 maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto 
especialmente destinado à falsificação de moeda: 
 
 Exceção à impunibilidade dos atos preparatórios. 
 Se cometer o crime de moeda falsa (289), o petrecho para falsificação 
de moeda (291) é absorvido por aquele. 
 
 
Reclusão 
2a - 6a 
+ 
Multa 
Emissão de 
título ao 
portador sem 
permissão 
legal 
Art. 292 - EMITIR, 
 sem permissão legal, 
 nota, bilhete, ficha, vale ou título 
 que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao 
portador 
 ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem 
deva ser pago: 
Detenção 
1 m – 6 m 
ou 
Multa 
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos 
documentos referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de quinze 
dias a três meses, ou multa. 
Detenção 
15d – 3m 
ou 
Multa 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 123 
CAPÍTULO II 
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS 
Falsificação 
de papéis 
públicos 
Art. 293 - FALSIFICAR, fabricando-os ou alterando-os: 
 
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel 
de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; 
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; 
III - vale postal; 
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de 
outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; 
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a 
arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder 
público seja responsável; 
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada 
pela União, por Estado ou por Município: 
Reclusão 
2a – 8a 
+ 
Multa 
§ 1º Incorre na mesma pena quem: 
 
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que 
se refere este artigo; 
 
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, 
fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle 
tributário; 
 
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em 
depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer 
forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade 
comercial ou industrial, produto ou mercadoria: 
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle 
tributário, falsificado; 
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária 
determina a obrigatoriedade de sua aplicação. 
Reclusão 
2a – 8a 
+ 
Multa 
§ 2º - SUPRIMIR, 
 em qualquer desses papéis, 
 quando legítimos, 
 com o fim de torná-los novamente utilizáveis, 
 carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: 
Reclusão 
1a – 4a 
+ 
Multa 
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos 
papéis a que se refere o parágrafo anterior. 
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos 
papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois 
de conhecer a falsidade ou alteração: 
Detenção 
6m – 2a 
ou 
Multa 
Petrechos 
de 
falsificação 
de papéis 
públicos 
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto 
especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos 
noartigo anterior: 
Reclusão 
1a – 3a 
+ 
Multa 
Causa de 
aumento 
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, 
 e comete o crime prevalecendo-se do cargo, 
 aumenta-se a pena de sexta parte. 
+ 1/6 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 124 
CAPÍTULO III 
DA FALSIDADE DOCUMENTAL 
Falsificação do 
selo ou sinal 
público 
Art. 296 - FALSIFICAR, fabricando-os ou alterando-os: 
 
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado 
ou de Município; 
 
II - selo ou sinal 
 atribuído por lei a entidade de direito público, 
 ou a autoridade, 
 ou sinal público de tabelião: 
 
Reclusão 
2a – 6a 
+ 
Multa 
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: 
 
I – quem faz uso do selo ou sinal falsificado; 
 
II – quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo 
de outrem ou em proveito próprio ou alheio. 
 
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, 
siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de 
órgãos ou entidades da Administração Pública. 
§ 2º - Se o agente é funcionário público, 
 e comete o crime prevalecendo-se do cargo, 
 aumenta-se a pena de sexta parte. 
+ 1/6 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 125 
Falsificação de 
documento 
público 
Art. 297 - FALSIFICAR, 
 no todo ou em parte, 
 documento público, ou 
ALTERAR 
 documento público verdadeiro: 
 
 O documento em seu aspecto material é falso, mesmo se o seu 
conteúdo for verdadeiro ou falso. 
 A falsidade deve ser apta a iludir. 
 A perícia é indispensável. 
 
Reclusão 
2a – 6a 
+ 
Multa 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, 
 e comete o crime prevalecendo-se do cargo, 
 aumenta-se a pena de sexta parte. 
+ 1/6 
2º - Para os efeitos penais, EQUIPARAM-SEa documento público o 
 
 emanado de entidade paraestatal 
 o título ao portador ou transmissível por endosso 
 as açõesde sociedade comercial 
 os livros mercantis e o 
 testamento particular. 
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 
 
I – 
 na folha de pagamento 
 ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova 
perante a previdência social, 
 pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; 
 
II – 
 na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado 
 ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência 
social, 
 declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 
 
III – 
 em documento contábil 
 ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da 
empresa perante a previdência social, 
 declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
 
Reclusão 
2a – 6a 
+ 
Multa 
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem OMITE, 
 nos documentos mencionados no § 3o, 
 nome do segurado e seus 
 dados pessoais, a 
 remuneração, a 
 vigência do contrato de trabalho ou 
de 
 prestação de serviços 
ATENÇÃO: Os § 3º e § 4º (falsidade ideológica previdenciária e trabalhista) descrevem condutas iguais às da falsidade 
ideológica, o que muda é o tipo de documento. Então se você achar que é falsidade ideológica, está correto, no entanto decore 
os documentos relacionados e tipifique no 297 (falsidade de documento público). 
Cheque, duplicata, nota 
promissória, letra de câmbio. 
Terceiro setor: Sistema S, 
entidades de apoio, 
organizações sociais e OSCIP. 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 126 
Falsificação de 
documento 
particular 
Art. 298 - FALSIFICAR, 
 no todo ou em parte, 
 documento particular ou 
ALTERAR 
 documento particular verdadeiro Reclusão 
1a – 5a 
+ 
Multa 
Falsificação de 
cartão 
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, EQUIPARA-SE 
 a documento particular 
 o cartão de crédito ou débito. 
 
Cuidado: cartão de crédito ou débito é equiparado a documento 
PARTICULAR, não é público. 
 
Falsidade 
ideológica 
Art. 299 - OMITIR, 
 em documento público ou particular, 
 declaração que dele devia constar, 
 ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa 
 ou diversa da que devia ser escrita, 
 com o fim de 
 prejudicar direito, 
 criar obrigação ou 
 alterar a verdade 
 sobre fato juridicamente relevante: 
 
 O documento em si, em seu aspecto formal, é perfeito, a ideia nele 
lançada que é falsa. O documento é verdadeiro, o conteúdo é falso. 
 Não configura: 
 Declaração de pobreza inverídica (pode ser contestada) 
 Currículo lattes 
 Quando o documento é passível de averiguação, o STJ 
entende que não há crime de falsidade ideológica 
 Tabela no final do título para explicar a diferença entre falsidade 
ideológica (299) e falsidade de documento público ou particular (297 e 
298). 
 
 
Público 
Reclusão 
1a – 5a 
+ 
Multa 
 
Particular 
Reclusão 
1a – 3a 
+ 
Multa 
Parágrafo único - Se o agente é 
 funcionário público, e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo, 
 ou se a falsificação ou alteração é de 
assentamento de registro civil, 
 aumenta-se a pena de sexta parte. 
+ 1/6 
Falso 
reconheciment
o de firma ou 
letra 
Art. 300 - RECONHECER, 
 como verdadeira, 
 no exercício de função pública, 
 firma ou letra 
 que o não seja: 
Público 
Reclusão 
1a – 5a 
+ 
Multa 
 
Particular 
Reclusão 
1a – 3a 
+ 
Multa 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 127 
Certidão ou 
atestado 
ideologicamen
te falso 
Art. 301 – ATESTAR ou CERTIFICAR FALSAMENTE, 
 em razão de função pública, 
 fato ou circunstância que habilite alguém a 
 obter cargo público, 
 isenção de ônus ou de serviço de 
caráter público, 
 ou qualquer outra vantagem: 
 
Exemplo: João, responsável pela emissão de certidões em determinada 
repartição pública, a fim de ajudar seu amigo José, que concorre a um 
cargo público, emite certidão falsa, atestando que ele desenvolveu 
determinados projetos profissionais para a Administração Pública. 
 
Detenção 
2m – 1a 
Falsidade 
material de 
atestado ou 
certidão 
§ 1º - FALSIFICAR, 
 no todo ou em parte, 
 atestado ou certidão, ou 
ALTERAR 
 o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, 
 para prova de fato ou circunstância que 
 habilite alguém a obter cargo 
público, 
 isenção de ônus ou de serviço de 
caráter público, ou 
 qualquer outra vantagem: 
Detenção 
3m – 2a 
 
 
§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena 
privativa de liberdade, a de multa. 
+ Multa 
Falsidade de 
atestado 
médico 
Art. 302 - DAR 
 o médico, 
 no exercício da sua profissão, 
 atestado falso: 
Detenção 
1m – 1a 
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se 
também multa. 
Multa 
Reprodução 
ou adulteração 
de selo ou peça 
filatélica 
Art. 303 – REPRODUZIR ou ALTERAR 
 selo ou peça filatélica 
 que tenha valor para coleção, 
 salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente 
anotada na face ou no verso do selo ou peça: 
Detenção 
1a – 3a 
+ 
Multa 
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou 
peça filatélica. 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 128 
Uso de 
documento 
falso 
Art. 304 - FAZER 
 uso 
 de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, 
 a que se referem os arts. 297 a 302: 
 Se quem usa o documento é o próprio falsificador, o crime do art. 304 
do CP é absorvido (pós fato impunível). 
 A apresentação do documento pode ser para qualquer pessoa, não 
precisa ser funcionário público, mas é necessário que a finalidade seja 
de fazer prova sobre fato relevante. 
 Quando o documento falso é encontrado em poder da pessoa, sem que 
ela, efetivamente, o tenha utilizado (na blitz o policial encontra o 
documento falso jogado no banco de trás) haverá fato atípico em 
relação ao 304, mas não impede a responsabilidade pela falsidade, no 
entanto, se não foi ele quem falsificou, será atípico. 
 Súmula 546 - STJ: A competência para processar e julgar o crime de 
uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao 
qual foi apresentado o documento público, não importando a 
qualificação do órgão expedidor. 
 
Pena - a 
cominada 
à 
falsificaçã
o ou à 
alteração. 
Supressão de 
documento 
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, 
 em benefício próprio ou de outrem, 
 ou em prejuízo alheio, 
 documento público ou particular verdadeiro, 
 de que não podia dispor: 
Público 
Reclusão 
2a – 6a 
+ 
Multa 
 
Particular 
Reclusão 
1a – 5a 
+ 
Multa 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 129 
CAPÍTULO IV 
DE OUTRAS FALSIDADES 
Falsificação do 
sinal 
empregado no 
contraste de 
metal precioso 
ou na 
fiscalização 
alfandegária, 
ou para outros 
fins 
Art. 306 - FALSIFICAR, 
 fabricando-o ou alterando-o, 
 marca ou sinal 
 empregado pelo poder público 
 no contraste de metal precioso ou na fiscalização 
alfandegária, ou 
USAR 
 marca ou sinal dessa natureza, 
 falsificado por outrem: 
Reclusão 
2 – 6 a 
+ 
Multa 
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade 
pública para o fim de 
 fiscalização sanitária, ou para 
 autenticar ou encerrar determinados objetos, ou 
 comprovar o cumprimento de formalidade legal: 
Reclusão 
ou 
Detenção 
1a – 3a 
+ 
Multa 
Falsa 
identidade 
Art. 307 - ATRIBUIR-SE ou ATRIBUIR A TERCEIRO 
 falsa identidade 
 para obter vantagem, 
 em proveito próprio ou alheio, 
 ou 
 para causar dano a outrem: 
 
 Crime é comissivo (praticado por ação), não ocorre se o agente silencia 
acerca da identidade. 
 Se há o emprego de documento de identidade falso, o crime passa a ser 
o de uso de documento falso art.304. 
 
Súmula 522 do STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante 
autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. 
 
 
 
Detenção 
3m – 1a 
ou 
Multa, 
se o fato não 
constitui 
elemento de 
crime mais 
grave. 
 
Art. 308 - USAR, 
 como próprio, 
 passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou 
qualquer documento de identidade alheia ou 
CEDER 
 a outrem, 
 para que dele se utilize, 
 documento dessa natureza, 
 próprio ou de terceiro: 
Detenção 
4m – 2a 
+ 
Multa, 
se o fato não 
constitui 
elemento de 
crime mais 
grave. 
Fraude de lei 
sobre 
estrangeiro 
Art. 309 - USAR 
 o estrangeiro, 
 para entrar ou permanecer no território nacional, 
 nome que não é o seu: 
Detenção 
1a – 3a 
+ 
Multa 
Parágrafo único - ATRIBUIR 
 a estrangeiro 
 falsa qualidade para promover-lhe a entrada em território 
nacional: 
Reclusão 
1a – 4a 
+ 
Multa 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 130 
 
Art. 310 - PRESTAR-SE 
 a figurar como proprietário ou possuidor 
 de ação, título ou valor pertencente a estrangeiro, 
 nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a 
posse de tais bens: 
Detenção 
6m – 3a 
+ 
Multa 
 
Art. 311 – ADULTERAR ou REMARCAR 
 número de chassi ou 
 qualquer sinal identificador de veículo automotor, 
 de seu componente ou equipamento: 
 
De acordo com o entendimento do STF, incide o 311 se o agente coloca 
uma fita adesiva para alterar a identificação da placa de seu automóvel e 
assim poder burlar o rodízio de veículos. 
 
Reclusão 
3a – 6a 
+ 
Multa 
 
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em 
razão dela, a pena é aumentada de um terço. 
+ 1/3 
 
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o 
licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo 
indevidamente material ou informação oficial. 
Reclusão 
3a – 6a 
+ 
Multa 
 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 131 
Falsificação de documento público ou 
particular - 297 e 298 
Falsidade ideológica 
299 
Sobre a coisa Sobre o conteúdo do documento 
Documento não é verdadeiro (estrutura é falsa) 
Documento é verdadeiro, mas as informações são 
falsas (estrutura é verdadeira, conteúdo é falso) 
Altera a forma do documento, 
altera aspectos externos. 
Altera o conteúdo do documento, 
altera aspectos internos. 
Não representa fielmente o que a pessoa 
responsável pela produção do documento colocou. 
Representa fielmente o que a pessoa responsável 
pelo documento colocou, mas há mentira. 
Papel em branco assinado: Se o agente 
falsificador se apodera de documento em branco, 
incorre no 297 ou 298. 
Papel em branco assinado: Se o agente 
falsificador recebe o documento em branco para 
utilizar para determinado fim e usa para fim 
diverso, incorre no 299. 
A perícia é indispensável. 
A perícia é dispensável, pois a falsidade é 
intrínseca. 
Atenção os §§ 2º e 3º do 297 é igual a falsidade ideológica, só que aqui especifica os documentos. 
Também é conhecido por falsidade ideológica trabalhista e/ou previdenciária, mas responde pelo 297, 
não pelo 299. 
EXEMPLOS DE QUESTÕES 
Lúcio, ao acompanhar sua esposa a um posto de saúde, 
apropriou-se de um receituário médico em branco, mas com 
o carimbo do médico que havia atendido sua esposa. Com o 
intuito de faltar ao trabalho, ele preencheu o formulário, 
atestando que deveria ficar cinco dias em repouso. 
Falsidade de documento público 
A fim de auxiliar uma amiga a contratar financiamento para 
aquisição de eletrodomésticos, Alberico, sócio-gerente em 
uma empresa têxtil, valendo-se de sua posição, assina 
declaração afirmando que tal pessoa trabalha de forma 
remunerada naquele estabelecimento empresarial, o que não 
condiz coma realidade. 
Um cidadão, caixa de supermercado, percebeu que um dos 
clientes da loja, um médico, deixara uma folha em branco 
de seu receituário médico cair no chão. O caixa apoderou-se 
da folha em branco e inseriu falso atestado sobre o seu 
estado de saúde, falsificando a assinatura do médico, com o 
objetivo de fazer uso desse atestado médico falso, 
entregando-o a seu empregador para abono de faltas do mês. 
Falsidade de documento particular 
Sebastião, condutor e proprietário de veículo automotor, 
recebe multa do órgão de trânsito estadual (DETRAN) 
cometida por ele. No entanto, ao preencher o documento, 
indica que o condutor era Manuel. Manuel acaba recebendo 
três pontos na carteira em razão do preenchimento incorreto 
de documento oficial do DETRAN. 
A clonagem de cartão de crédito constitui o delito 
denominado. Falsidade de documento particular 
Dentista, não exercente de função pública, que, no regular 
exercício da profissão, dá inverídico atestado escrito a 
paciente amigo, recomendando seu afastamento das 
atividades laborativas, a fim de que o amigo possa 
“emendar" um feriado 
Caio, ao cessar suas atividades empresariais, determina que 
o responsável por inscrever informações na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social dos funcionários inclua no 
documento a informação de que os empregados foram 
demitidos em 01.02.2017, enquanto, na verdade, o vínculo 
empregatício foi rompido em 01.05.2017. Falsificação de 
documento público; 
Alterar por conta própria o nome que consta na carteira 
nacional de habilitação. Falsidade de documento público 
Omite, em documento particular, declaração que dele devia 
constar com o fim de criar uma obrigação. 
O trabalhador que insere declaração falsa, em sua Carteira 
de Trabalho e Previdência Social, para fazer prova, para fins 
de aposentadoria, incorre nas penas previstas para o crime 
de falsificação de documento público. Falsidade de 
documento público 
Fulano da Silva, que está cumprindo a pena em regime 
fechado, apresentou atestado falso de prestação de serviço 
para fim de instruir seu pedido de remição. Diante de tal 
situação, a Lei de Execução Penal prevê que o condenado 
cometeu o crime de falsidade ideológica (130 da LEP). 
João alterou documento verdadeiro emanado de entidade 
paraestatal. Falsidade de documento público 
 
 Maria, com 55 anos de idade, declara, por pura vaidade, num documento público perante uma repartição pública 
estadual que tem 47 anos de idade. Desse modo, tal afirmativa é falsa, e, apesar disso, tal assertiva não provocou 
nenhuma consequência. ATÍPICO 
 Trocar a foto do documento de identificação por outra, própria, mais recente. ATÍPICO 
 O trabalhador que apresenta declaração de pobreza com informações falsas, para obtenção do benefício da justiça 
gratuita, não comete crime de falsidade ideológica nem de uso de documento falso. 
 
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Falsificação de 
papéis públicos 
293 
Falsificação do 
selo ou sinal público 
296 
Falsificação de 
documento público 
297 
 selo destinado a controle 
tributário, papel selado ou 
qualquer papel de emissão 
legal destinado à arrecadação 
de tributo; 
 
 papel de crédito público que 
não seja moeda de curso 
legal; 
 
 vale postal; 
 
 cautela de penhor, caderneta 
de depósito de caixa 
econômica ou de outro 
estabelecimento mantido por 
entidade de direito público; 
 
 talão, recibo, guia, alvará ou 
qualquer outro documento 
relativo a arrecadação de 
rendas públicas ou a depósito 
ou caução por que o poder 
público seja responsável; 
 
 bilhete, passe ou 
conhecimento de empresa de 
transporte administrada pela 
União, por Estado ou por 
Município: 
 
 
 
 
 
 
 selo público destinado a 
autenticar atos oficiais da 
União, de Estado ou de 
Município; 
 
 selo ou sinal atribuído por lei 
a entidade de direito 
público, ou a autoridade, ou 
sinal público de tabelião: 
 
 marcas, logotipos, siglas ou 
quaisquer outrossímbolos 
utilizados ou identificadores 
de órgãos ou entidades da 
Administração Pública. 
 equiparam-se a documento 
público: 
 emanado de entidade 
paraestatal 
 título ao portador ou 
transmissível por 
endosso 
 ações de sociedade 
comercial 
 livros mercantis 
 testamento particular. 
 
 folha de pagamento ou em 
documento de informações 
que seja destinado a fazer 
prova perante a previdência 
social, pessoa que não 
possua a qualidade de 
segurado obrigatório; 
 
 Carteira de Trabalho e 
Previdência Social do 
empregado ou em 
documento que deva 
produzir efeito perante a 
previdência social, 
declaração falsa ou diversa 
da que deveria ter sido 
escrita; 
 
 documento contábil ou em 
qualquer outro documento 
relacionado com as 
obrigações da empresa 
perante a previdência social, 
declaração falsa ou diversa 
da que deveria ter constado. ( 
 
 omite, nos documentos 
mencionados no § 3o, nome 
do segurado e seus dados 
pessoais, a remuneração, a 
vigência do contrato de 
trabalho ou de prestação de 
serviços. 
 
 
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FALSA IDENTIDADE 
307 
USO DE DOCUMENTO FALSO 
304 
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro 
falsa identidade para obter vantagem, em proveito 
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: 
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis 
falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 
297 a 302: 
Não mostra documento Mostra o documento 
João, durante abordagem por um policial militar, 
atribuiu a si nome diverso, a fim de se esquivar de 
mandado de prisão pendente de cumprimento. 
Caio, durante abordagem em blitz policial, 
apresentou documento de identidade falso, 
estando ciente da falsidade do documento. 
A conduta do acusado que, ao ser preso por 
prática de crime contra o patrimônio, se atribui 
falsa identidade. 
Pablo, enquanto se dirigia para o trabalho, foi 
parado em uma blitz realizada pela Polícia 
Militar. O policial pediu ao motorista que se 
identificasse e apresentasse a documentação do 
veículo. Pablo, então, apresentou os documentos 
do automóvel e sua carteira de motorista. Ocorre 
que, em consulta ao sistema próprio, o agente da 
lei verificou que o documento de identificação 
apresentado era falsificado. Considerando apenas 
as informações narradas, é correto afirmar que a 
conduta de Pablo: configura crime de uso de 
documento falso, apenas. 
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante 
autoridade policial é típica, ainda que em situação 
de alegada autodefesa. 
Para ocultar condenações criminais anteriores, ao 
ser qualificado pela Autoridade Policial, Caio fez 
uso de documento falso para identificar-se como 
seu irmão primário Tício. A jurisprudência do STJ 
e do STF vem entendendo que, em tese, há o 
crime de uso de documento falso, eis que a 
conduta não se ampara na garantia constitucional 
de autodefesa. 
 Antônio foi parado em operação de fiscalização de trânsito e entregou sua carteira de identidade ao 
policial, que, na verdade, havia lhe solicitado sua CNH. Tal fato gerou suspeita no policial, que 
decidiu vistoriar o veículo de Antônio e acabou por encontrar uma CNH falsa. Não se pode falar 
em flagrante delito; deve ser instaurado inquérito para apurar o crime de falsificação de 
documento público, não responderá por uso de documento falso. 
 O empregado Xisto Valente não conseguiu acordar no horário habitual para ir ao trabalho na 
segunda-feira. Para não sofrer desconto salarial, procurou um consultório médico particular. Após a 
consulta o médico constatou que não havia nenhuma enfermidade que pudesse justificar sua 
ausência ao trabalho. Após o pagamento de certa quantia, conseguiu um atestado forjado em que o 
médico atestou que o paciente necessitaria de dois dias de repouso, em razão de doença. Após dois 
dias, Xisto entregou o atestado médico ao departamento de pessoal da empresa, tendo sido abonadas 
as suas faltas. Falsidade de atestado médico e uso de documento falso. 
 Silas, maior e capaz, foi abordado por policiais militares e, ao ser questionado acerca do documento 
de identificação, apresentou, como sendo seu, o único documento que carregava, um título de 
eleitor, autêntico, pertencente a terceira pessoa. Nessa situação hipotética, a conduta de Silas ajusta-
se ao crime de uso de documento de identidade alheio (art. 308). 
 
 
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CAPÍTULO V 
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO 
Fraudes em 
certames de 
interesse 
público 
Art. 311-A. UTILIZAR ou DIVULGAR, 
 indevidamente, 
 com o fim de beneficiar a si ou a outrem, 
 ou de comprometer a credibilidade do certame, 
 conteúdo sigiloso de: 
 
I - concurso público; 
 
II - avaliação ou exame públicos; 
 
III - processo seletivo para ingresso no ensino 
superior; ou 
 
IV - exame ou processo seletivo previstos em 
lei: 
Reclusão 
1a – 4a 
+ 
Multa 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer 
meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no 
caput 
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: 
Reclusão 
2a – 6a 
+ 
Multa 
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 se o fato é cometido por funcionário 
público. 
+ 1/3

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