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trabalho de psicopatologia

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1- O que é Pathos e qual sua relação com a HYBRIS?
Disposição afetiva fundamental. Uma de suas possibilidades é a doença. 
Pathos não diz respeito somente ao campo médico, mas também ao campo da psicologia, educação, psicanálise, antropologia, sociologia... Está na essência do ser humano e não só na excepcionalidade do adoecer. Pathos não é hybris ( aberração, desvario e anormalidade). Quando Pathos é tomado como hybris, temos a objetivação ( só sintomatologia e esquecimento do sujeito). Pathos em hybris é a desmedida que levaria ao sofrimento e a confrontação com a morte.
Pathos se torna hybris sem o saber, como se pathos envolvesse somente a
aberração, o desvario e a anormalidade. O conceito de hybris foi identificado como
sendo o campo de estudo do pathos contemporâneo. O conceito de hybris seria
uma dimensão essencial das destinações possíveis dos seres humanos, estando
próximo da idéia das paixões cegas, do desvario, da excepcionalidade
2- Escolha três conceitos de normalidade. Explique e aponte seus limites. 
Normalidade como ausência de doença - Definição precária. A saúde como doença dos orgãos. A pessoa que não é portador de um transtorno mental definido. Critério redundante e baseado numa definição negativa. Segundo este critério, normal é o indivíduo que não é portador de um transtorno mental definido. Para a maioria dos especialistas, trata-se de um critério falho, pois, define a normalidade por aquilo que ela ‘não é’, pelo que lhe falta.
Normalidade como processo - Considera os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças próprias a certos períodos etários.​ Aqui são considerados os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial. Considera-se as estruturações e reestruturações ao longo do tempo, dando grande importância a esses acontecimentos durante crises e mudanças próprias a certos períodos etários. É um critério que recebe particular simpatia da psiquiatria infantil, de adolescentes e geriátrica.
Normalidade subjetiva- Ênfase na percepção subjetiva do próprio sujeito em relação a seu
estado de saúde. 
Usando este critério, o avaliador dá maior ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação ao seu estado de saúde. A principal crítica a este critério é que, alguns sujeitos em fase maníaca sentem-se ‘saudáveis e felizes’, apesar de apresentarem um transtorno mental grave.
Portanto, de modo geral, pode-se concluir que os critérios de normalidade e
de doença em psicopatologia variam consideravelmente em função dos
fenômenos específicos com os quais se trabalha e, também, de acordo com as
opções filosóficas do profissional ou da instituição. Além disso, em alguns
casos, pode-se utilizar a associação de vários critérios de normalidade ou
doença/transtorno, de acordo com o objetivo que se tem em mente. De toda
forma, essa é uma área da psicopatologia que exige postura permanentemente
crítica e reflexiva dos profissionais
3- O que é Semiologia ? Diferencie sinal, sintoma, síndrome e modo de funcionamento. 
É uma área do conhecimento que se dedica a compreender os sistemas de significação desenvolvidos pela sociedade. A semiologia médica ​é o meio originário de onde surgiu a psicopatologia clássica;​ Necessidade de compreender sua “lógica” de compreensão e procedimento clínico, para apontar seus aportes e limitações em síndromes onde a dimensão especificamente humana (anthropos) esteja também em questão.
O sinal tem um caráter de maior objetivação, apresentando características estáveis de um signo indicial (saber). Os sinais e os sintomas não são a doença.​ É um dado objetivo que pode ser observado pelo examinador. Ex: edema, palidez, cianose, tosse.
O sintoma faz parte do campo fenomenal, realidade aparente de uma determinada enfermidade, vem na queixa do paciente (vivência). Uma sensação anormal, subjetiva, não avaliada pelo examinador. Ex: dor, náusea
A síndrome é o conjunto estável de sinais e sintomas (busca de invariância). Reconhecer os conjuntos dos sintomas (clusters). Ocorre de maneira associada. 
A semiologia clínica médica segue uma lógica de utilização de signos indiciais, articulados com procedimentos metodológicos típicos das ciências naturais empíricas. O médico escuta as palavras do paciente em termos de sintomas que apontam para uma síndrome; procura sinais físicos, postula diagnósticos e administra tratamentos para reverter patologias tangíveis
4- Explique a ideia de que fazer psicopatologia não é o mesmo que acumular e descrever sinais/ sintomas. 
Fazer psicopatologia não é apenas fazer o estudo psicológico do patológico ou o estudo da patologia do psíquico. Consiste em qualificar o páthos enquanto disposição fundamental que move o sujeito, constituindo-o na sua humanidade.
Mais do que o sintoma, pensar a disposição do sujeito.
5- Explique a relação entre Pathos e o Pathos de uma época.
O páthos está presente em nosso cotidiano. Sim/pático, Anti/pático, patético, paixão.​
Páthos está ligado a sentimento, afecção, sofrimento, padecer, deixar-se levar por, deixar-se convocar por. O páthos de uma época = formação de um determinado tipo de homem privilegiado em uma determinada época.
O conceito de pathos traz consigo possibilidades e problemas mais amplos que
o sentido de doença, não fazendo parte de um só campo de estudos como a palavra
“patologia” indica. Investigando-se com mais cuidado percebe-se que se trata de
uma dimensão essencial humana. O pathos seria compreendido como uma disposição
(Stimmung) originária do sujeito que está na base do que é próprio do humano. Assim,
o pathos atravessa toda e qualquer dimensão humana, permeando todo o universo
do ser. Não seria então uma surpresa redescobrir o pathos como estando na base
da filosofia que influenciou toda a construção do mundo moderno e, em especial,
da ciência: a filosofia grega. Toda e qualquer tentativa de elucidar o pathos de maneira
mais aprofundada passaria não somente pelas regionalizações do ponto de vista de
áreas de conhecimento específicas, mas pela filosofia na sua totalidade. É do horizonte
do logos que se torna possível um panorama organizador desta questão humana.
Evidencia-se a impossibilidade de que o pathos possa vir a ser objeto de estudo de
uma só disciplina: ele é um conceito inerente ao ser.
6- Explique a ideia de que o pathos age tanto para o melhor quanto para o pior
A paixão pela verdade dos santos, a paixão pelo conhecimento dos cientistas, o crime passional...​
A paixão é o protótipo da psicose. Loucura é quando o sujeito perde a razão.​
As paixões são experiências páthicas = são sofridas, o sujeito se deixa levar por, se deixa convocar por. “É algo além de mim” diz o apaixonado. Experiência de passividade
7- Explique a relação do princípio do cristal, quebra psíquica, evento desencadeador, e o pathos. 
a psique, como um cristal, só mostra suas linhas de estrutura quando se quebra. Não existe, portanto, uma clara oposição entre normal e patológico.
quebra da estrutura e da força dos atos psíquicos humanos no campo. da saúde mental, destruindo os mecanismos de defesa mentais da. pessoa, suas crenças

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