Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AutoCAD Map 3D APLICADO A PROJETOS DE GIS/SIG DEDICATÓRIA Dedico este livro a minha família e aos meus amigos que me acompanham em minha caminhada seja ela reta ou sinuosa. 2 AGRADECIMENTOS Foi em 1995 que tive contato pela primeira vez o AutoCAD Map (versão 2.0). Eu trabalhava na Prefeitura do Rio de janeiro como contratada pela Fundação Padre Leonel Franca. Devo esse início a Carlos Henrique Levy por ter me estimulado dar os primeiros passos com o software e dar as primeiras aulas de AutoCAD Map. Aos coordenadores; Sergio Costa, Maria Luisa Mendonça, Thelma Lima e Silva e Neide Carvalho Monteiro, funcionários do IPP que me apoiaram no lançamento do primeiro livro. Agradeço a Autodesk, espacialmente a Acir Martelo que em meados dos anos 90 me encantou com suas palestras sobre a linha GIS da Autodesk e a Cristina Randazzo que está sempre disposta a ajudar sanando as minhas dúvidas. Jamais poderia esquecer da ajuda de Pedro Antônio Ribeiro Silva (PARS) por ter me dado à oportunidade fazer parte da equipe como gerente de GIS, atuando diretamente com a AutoDesk ministrando treinamentos a revendedores e participando ativamente de eventos na área, e a equipe da PARS, destacando Sergio Bomfim, Luiz Marcio, Dolores Ribas e outros amigos queridos. Dentre os revendedores Autodesk, destaco a Allen Informática, Marcelo Torres e toda a equipe da V53, por terem me apoiando em eventos e treinamentos. Todo o conhecimento que tenho hoje sobre coordenação de projetos de SIG se deve a Marcelo Tílio (Tecgraf Puc-Rio), que me confiou coordenação de projetos que até hoje considero escola em meu percurso profissional. Aos amigos do Tecgraf, Cristiane Carneiro, Maristeli Camargo e Marcelo Chiarela, que por amor ao trabalho e a amizade, me ajudam a produzir as primeiras bases e primeiro aplicativo para o Município de Duas Barras. A ENCE (Escola Nacional de Ciências Estatística), instituição que acompanha desde 1980, quando estudei na Escola Técnica de Geodésia e Cartografia, e retornei em 2006, como aluna do curso de pós-graduação em Análise Ambiental e Gestão do Território. Aos coordenadores Julia Strauch e Professor Scarcello, ao meu orientador João Bosco e as amigas inseparáveis: Flávia Valença, Juliana Bustamante e Tatiana Calçada. Aos professores e amigos da UERJ, Marta Foepel, Vivian e Nadja Castilho, Robson Nunes e Rejane Sousa. As companheiras Esperança, Emilia, Graça e Rejane que me escutam em meus dias ensolarados e chuvosos. A minha família, que representa meu porto seguro. Em especial aos meus pais que deram oportunidade de estudar e canalizaram minhas inquietações para a criatividade. Eles me ensinaram a “pescar” ao invés de simplesmente me entregar o “peixe”. A minha única filha, Juliana Góes, que representa a mola propulsora da minha vida. Por ela fui a luta, me transformei, cresci. Hoje somos mais do que mãe e filha. Somos amigas inseparáveis. 3 Aos leitores e usuários do primeiro livro, Explorando as Ferramentas de Mapeamento do AutoCAD Map, que me pressionaram a escrever um novo livro. Sem vocês acho que seria impossível. Virou uma questão de honra! A todos aqueles que direta e indiretamente, colaboraram para a concretização deste livro. Ao meu Deus, amantíssimo, que me deu determinação, fé e disciplina. 4 REFLEXÃO “Os conceitos de confiança e de fé estão tão intimamente relacionados, que muitas vezes é difícil distinguir um do outro... Quando você tem fé em algo, a confiança lhe permite acreditar que sua fé dará frutos. Quando você tem fé, desenvolve a confiança. Quando você confia, a fé não é mais necessária. Você já conhece.”. Iyanla Vanzant 5 PREFÁCIO Este livro supre uma carência que temos de publicações na língua portuguesa sobre AutoCAD Map 3D e ainda mais sobre sistemas de informação geográfica (SIG). Os conceitos básicos são abordados de forma objetiva e, em seguida, um estudo aprofundado das aplicações do AutoCAD Map 3D a SIG é iniciado. Embora o AutoCAD Map 3D seja um software já bastante utilizado no Brasil, grande parte dos usuários utilizam-no apenas como se fosse o AutoCAD e não tiram proveito das funcionalidades geoespaciais que o tornam uma solução poderosa que une o mundo CAD e o mundo SIG. A união entre CAD e SIG é o principal diferencial do AutoCAD Map 3D em relação às demais soluções de mercado e saber usar os recursos geoespaciais do AutoCAD Map 3D é fundamental para qualquer usuário que queira aventurar-se em análises espaciais, sem ter que abandonar seus dados provenientes, muitas vezes, da área de Engenharia. Este livro, com certeza, o ajudará a dar este passo adicional, caso você já seja usuário do AutoCAD. Se você está buscando uma solução de geoprocessamento, também encontrará aqui o auxílio que precisa para desvendar estas ferramentas no AutoCAD Map 3D. O conceito de interoperabilidade é essencial quando falamos de aplicações geoespaciais. A capacidade de trabalhar com diferentes formatos de dados geoespaciais, vetoriais e raster, também é um diferencial desta plataforma e este livro aborda como integrar estes dados a fim de se criar às análises que são fundamentais no dia-a-dia do profissional que trabalha com SIG. Você conseguirá perceber que o AutoCAD Map 3D não é apenas para aqueles que trabalham com CAD, mas para todo profissional SIG. Os exercícios que são propostos em cada capítulo são pertinentes, simples e elucidam a aplicação das funcionalidades apresentadas. Tomando situações e elementos do mundo real, os exercícios mostram claramente como a tecnologia SIG é aplicada. Além disto, a disponibilização de vídeos de cada um dos exercícios facilita ainda mais o aprendizado, pois o leitor poderá acompanhar a execução dos exercícios através dos vídeos e dirimir suas dúvidas. Enfim, este livro é uma obra completa sobre o AutoCAD Map 3D visto como solução SIG. Sua leitura irá proporcionar o conhecimento que o profissional desta área necessita para trabalhar com bases de dados espaciais, topologias, análises e produção de mapas. Seguramente esta é uma obra única no Brasil e, graças à forma como está organizada, sua leitura será fácil e prazerosa. Cristina Randazzo Engenheira de Soluções da Autodesk Doutora, mestre e bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Minas Gerais. 6 APRESENTAÇÃO Este livro se destina aos profissionais das áreas de Geociências, Engenharia, Geomática e tecnologia da Informação, que utilizam Sistemas de Informações Geográficas, e que necessitam aprender a desenvolver projetos utilizando as potencialidades do AutoCAD Map 3D. O livro apresenta uma estrutura de organização diferente da forma como comumente os livros técnicos de informática se organizam. Para este material preocupou-se em atender 3 necessidades básicas entre os usuários de SIG: A primeira foi em fornecem uma base conceitual a respeito do assunto abordado, imaginando que o usuário poderia ser alguém que está iniciando na área de geoprocessamento e Sistemas de Informações geográficas. Sendo assim, formam transcritos textos de autores conceituados de instituições como INPE, UNESP, IBGE, UFJF, ENCE e outros. A segunda preocupação foi em construir uma seqüência lógica de organização dos assuntos e de exercícios de forma que procurasse adequar não somente a sequência de construção de um projeto, mas também tentando conciliar a estrutura de comandos do Software. O livro se prende a versão de programa, mas sugere-se utilizar AutoCAD Map 3D a partir da versão 2007. A terceira e talvez uma das mais importantes, já que acredito que vai inovar entre os livros técnicos da área, diz respeito aos exercícios propostos pelo livro. De acordo com o capítulo, o número de exercícios pode chegar até sete etapas sequenciais.Todos os arquivos de exercícios estão prontos e receberam numeração que combina número do capitulo com o número do exercício. Caso o usuário deste livro, já seja um conhecedor da ferramenta, mas precisa se ater um pouco mais um determinado capítulo, ele pode suprimir todos os exercícios anteriores, partindo do exercício que antecede o capitulo no qual pretende-se estudar. Se por ventura, o usuário não conseguir executar a sequência de tarefas propostas, ele poderá assistir ao filme (*.AVI) do exercício. Foi feito filme de todos os exercícios do livro. Com este recurso, acredito que facilitará bastante a introdução aos usuários que nunca viram a ferramenta antes. SOBRE O CD: O DVD está organizado em 3 diretórios distintos: Arquivo de Exercícios, Bases Cartográficas e Programas úteis. - Arquivos de Exercícios: Estão alocados arquivos do tipo, DWG e AVI, dos exercícios propostos no livro; - Programas Úteis: Arquivo Winamp para visualizar os arquivos do tipo AVI; - Bases Cartográficas: Estão alocados todos os arquivos da base de dados geográfica de Duas Barras que será utilizado ao longo dos exercícios: CurvasNivel 7 DGN Dwf DWG Equipamentos_sociais Fotos Hidrografia Imagens Limites MalhaViaria Nevegacao_GPS Sdf SedesFazendas SHP_DisplayManger SOBRE DUAS BARRAS: O município de Duas Barras localiza-se na Região Serrana, possui uma população de 10.334 habitantes, distribuída em uma área de 343,5 km2, distante da capital cerca de 100 Km. Esta denominação (Duas Barras) é decorrente de sua localização entre as barras formadas pelo encontro dos Rios Negro e Resende com o Córrego do Baú. Uma particularidade de Duas Barras é o fato de todos os seus rios nascerem dentro do território do município, eliminando desta forma, o risco de contaminação proveniente de outras cidades e municípios, e proporcionando a utilização de suas águas para a exploração para irrigação, piscicultura e outras explorações que requeiram água de boa qualidade. Inicialmente o município de Duas Barras pertencia ao município de Cantagalo e, como tal, teve sua expansão associada à busca de ouro no Rio Macuco e, depois, as plantações de café. Com o declínio da produção cafeeira no estado do Rio de Janeiro, essas cidades, assim como muitas outras, apresentaram um desaquecimento de sua economia, o que gerou êxodo populacional e abandono de propriedades. Entretanto, estes fatos que, aparentemente, são prejudiciais ao município, acabaram por produzir formas na paisagem como casarões e fazendas históricas dos séculos XVII e XIX, que podem ser aproveitadas para revitalização da cidade, através do turismo rural. O interesse por Duas Barras, surgiu em 2004 ao escolher a cidade para descansar um final de semana após concluir curso de SIG no INPE. A exuberância em recursos naturais e culturais despertou meu interesse em produzir um SIG Turístico para o Município – SIG DUAS BARRAS. Em 2007, após concluir curso de pós-graduação em Análise Ambiental e Gestão do Território (ENCE), defendi monografia de conclusão de curso com tema Análise da Vocação Turística – O 8 caso do município de Duas Barras, cujo tema aborda metodologia para identificar vocação turística de setores censitários rurais com base em indicadores de sustentabilidade. A base de dados geográficos produzidas para os projetos de 2004 e 2007, foram em grande parte produzidos no AutoCAD Map 3D. O processo de conversão de base de dados CAD para Base de dados SIG forma utilizados para compor os exercícios propostos por este livro. Que este livro possa ser útil no desvendar do AutoCAD Map 3D que é uma ferramenta poderosa já que atende desde construção da base de dados, correção de erros grosseiros, análises espaciais, produção de mapas temáticos, Atlas e integração com outras plataformas de SIG sem mistérios. Desejo aos usuários sucesso em seus projetos. 9 SOBRE O AUTOR Kátia Góes nasceu na cidade de Salvador (BA) e chegou ao Rio de Janeiro na década de 70, cidade onde iniciou seus estudos e sua jornada profissional. No ensino médio, optou pela formação tecnológica, formando-se em Geodésia e Cartografia pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE). Após a conclusão do curso tecnológico, ingressou na Marinha do Brasil, tornando-se militar do Corpo Feminino da Reserva da Marinha em 1985. Na Marinha especializou-se em maregrafia, levantamentos batimétricos e confecção de cartas náuticas. A partir dos anos 80, passou a atuar junto a iniciativa privada, através da empresa Geomap S/A Estudos Ambientais, dando apoio técnico a levantamentos topográficos, batimétricos e geofísica marinha, em projetos de Águas rasas e profundas, nos poços de exploração de petróleo em Macaé. Em 1995, iniciou os primeiros contatos com SIG (Sistema de Informações Geográficas), participando de projetos na Prefeitura do Rio, através do LabGeo – PUC-Rio. Neste contexto, iniciou suas pesquisas com AutoCAD Map (versão 2.0), escrevendo a primeira apostila de AutoCAD Map em 1997. No ano 2000, já trabalhava para a Distribuidora Autodesk (PARS), como gerente de produto de GIS. Nesta fase, participava diretamente de treinamentos no Brasil e no exterior, treinava revendedores de AutoDesk Map do Brasil, e desenvolvia projetos pilotos para clientes grandes contas. Neste mesmo ano lançou seu primeiro livro: Explorando as Ferramentas de Mapeamento do AutoCAD Map. No segundo semestre de 2000, ingressou na universidade optando pelo curso de Licenciatura em Geografia. Neste mesmo ano, passou a atuar como Coordenadora de projeto de SIG, junto ao TECGRAF Puc-Rio, onde esteve a frente de projetos como Mapa de Sensibilidade Costeira (CENPES) e SIGMA (Infraero). Em 2003, fundou a GEODATA Informática, empresa prestadora de serviço em consultoria de projetos e treinamento. Em 2004, concluiu curso de SIG pelo INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais) e iniciou projeto autônomo de SIG Rural para o município de Duas Barras (RJ), no qual redigiu um artigo sobre o tema e expôs trabalho na 1º ECO – UERJ. Em 2006 iniciou curso de especialização(Latu Senso), em Análise Ambiental e Gestão do Território, pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas, onde desenvolveu monografia na Área de Turismo em Áreas Rurais, com o título: Análise da Vocação Turística – o caso de Duas Barras (RJ). Hoje, atua no mercado como consultora em projetos de SIG e treinamentos na linha GEOESPACIAL da Autodesk. 10 Contato: Katia.goes@katiagoes.com Katia.goes@ig.com.br Portal: www.katiagoes.com Blog: http://katiageo.blogspot.com/ Capítulo 1 – Conceitos Básicos e Projetos 11 SUMÁRIO CAPÍTULO 1 – CONCEITOS BÁSICOS E PROJETOS 11 1.1 – Geoprocessamento e SIG (Base Conceitual) 19 1.1.1 – Fases de Implantação do SIG 19 1.1.2 – Características do SIG 20 1.1.3 – Principais Tipos de dados do SIG 21 1.2 - SIG em AutoCAD Map 23 1.2.1 – Ambientes do AutoCAD Map 23 1.2.2 – Módulos do AutoCAD Map - Task Pane 24 1.2.2.1 - Display Manager 24 1.2.2.2 - Map Explorer 25 1.2.2.3 - Map Book 26 1.2.3 – Manipulando Mapas e Projetos no AutoCAD Map 3D 27 1.2.3.1 - Conceito de Mapa Corrente e Mapa Fonte (Drawing Set) 27 1.2.3.2 - Vinculando Mapa Fonte do Mapa Corrente (projeto) 28 1.2.3.3 - Usando Zoom Extents 32 1.2.3.4 - Usando Quick View 34 1.2.3.5 – Desativando Mapa do Projeto 35 1.2.3.6- Desvinculando Mapa do Projeto 36 1.2.3.7– Drawing Statatistics 38 1.2.3.8 - Drawing Maintenance 39 1.2.3.9 - Drawing Índices 39 1.2.3.10 – Key View 40 Exercícios 1.1: Vinculando Mapas Fonte ao Projeto (Mapa Corrente) 42 Exercícios 1.2: Visualizando mapas vinculados ao Projeto 45 CAPÍTULO 2 – REGISTRANDO SISTEMAS DE COORDENADAS 47 2.1 - Conceitos Básicos 48 2.1.1 – Ciências ligadas a Cartografia 48 2.1.2 – Classificação de Cartas48 2.1.3 – A Esfera Terrestre 49 o Azimute: É o ângulo (medido sobre a superfície terrestre) formado por uma direção que se deseja orientar e o pólo. 51 2.1.4 – Levantamentos 51 2.1.5 - Escala 53 2.1.5.1 – Classificação 53 2.1.6 – Projeção Cartográfica 54 2.1.6.1 – Desenvolvimento da Esfera 54 2.1.6.2 – Classificação das Projeções 55 2.1.6.3 – Projeção de Mercator 56 2.1.6.4 – Sistema UTM 57 2.2 - Configurando Sistemas de Coordenas em AutoCAD Map 59 2.2.1 - Ajustes na Conversão de Sistemas de Coordenadas 60 2.2.2 - Configuração de Sistemas de Coordenada com AutoCAD Map 62 2.2.3 - Definição de um novo sistema de Coordenadas 66 Exercício 2.1: Registrando um sistema de coordenadas a sessão de trabalho 67 Exercício 2.2 Fixando um sistema de coordenadas em um mapa fonte 68 Exercício 2.3: Criando um novo sistema de coordenadas 71 12 CAPÍTULO 3 – IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE ARQUIVOS OUTROS FORMATOS 74 3.1 Importação de Arquivos em AutoCAD Map 76 3.2 – Importação e Exportação de arquivos SHP/ ArcView – ESRI 80 3.3 - Importação e Exportação de arquivos do ArcInfo 81 3.4 - Importação e Exportação de arquivos GML (Geography Markup Language) 83 3.5 - Importação e Exportação de arquivos MIF/MID/TAB (MapInfo) 84 3.6 - Importação e Exportação de arquivos DGN (MicroStation) 86 3.7 – Importação/Exportação de arquivos SDF (Map Guide) 87 Exercício 3.1 : Importando arquivos DGN 90 Exercício 3.2: Importando Arquivos SHP 94 Exercício 3.3: Importando arquivo SHP e transformando o sistema de coordenadas de geográfica para UTM, durante a importação 96 Exercício 3.4: Exportando arquivo DWG para SHP e transformando sistema de coordenadas de UTM para geográfica (Lat/Long) durante a exportação. 99 Exercício 3.5 : Exportando arquivo para SDF 101 CAPÍTULO 4 – UTILIZANDO BANCO DE DADOS 103 4.1 - Modelo de Banco de Dados e SGBD 104 4.2 – Usando Banco de Dados no AutoCAD Map: 106 4.2.1 - Bloco Atributo 106 4.2.2 – Object Data 108 4.2.2.1 - Definindo uma tabela Object Data 108 4.2.2.2 – Edição de campo de tabela object data: adicionando, corrigindo e cancelando. 109 4.2.2.3 - Removendo e Renomeando tabelas 110 4.2.2.4 – Vinculando registros de tabelas Object Data 111 4.2.2.5 - Desvinculando registros de tabela Object Data 112 4.2.2.6 - Editando registros de tabelas 112 4.2.2.7 – Gerando link de Bloco Atributo para tabela Object Data automaticamente 114 4.2.2.8 - Vinculando Object Data durante a digitalização 116 4.2.3 – Banco de Dados Externo (External Database) 118 4.2.3.1 – Vinculando e conectando Banco de Dados 120 4.2.3.2 – Desconectando e Desvinculando Banco de Dados 125 4.2.3.3 - Visualizando e Editando Banco de Dados usando Data View 127 4.2.3.4 - Formatando colunas 128 4.2.3.5 - Editando tabelas 130 4.2.3.6 – Linkando registros de banco de dados às feições gráficas do mapa 134 4.2.3.7 - Usando Data View para visualizar Links com banco de dados 141 4.2.3.8 - Exportando tabelas Object Data para Bancos de dados externo 145 4.3.4 – Vinculando Documentos 148 Exercícios 4.1: Criando Tabela Object Data/ preenchendo a tabela durante digitalização. 150 Exercício 4.2: Convertendo tabelas Object Data (arquivos shapes) para banco de dados externo 154 Exercício 4.3: Convertendo tabelas Object Data (arquivos shapes) para banco de dados externo(2) 158 13 Exercício 4.4: Importanto arquivos shapes e linkado diretamente no banco de dados externo 160 Exercícios 4.5: Vinculando Documentos a entidades do Mapa. 163 CAPÍTULO 5 – CORRIGINDO MAPAS COM CLEANUP 167 5.1 – Definindo as entidades que serão corrigidas (Select Object) 168 5.2 – Definindo quais os tipos de correção que serão aplicados (Cleanup Action) 170 5.3 – Definindo a forma de correção de entidades (CleanUp Methods) 176 5.4 – Marcação de erros (Error Markers) 177 Exercício 5-1: Corrigindo Erros e preparando base para topologia (base GIS) 178 Exercício 5-2: Trechamento de entidades lineares. 181 CAPÍTULO 6 – TOPOLOGIA 185 O capítulo a seguir tem como principal objetivo conceituar, esclarecer a função e os diversos tipos de topologias que podem ser construídas no AutoCAD Map 3D. Para conceituar topologia, foi utilizado textos de Cezar Henrique Barra Rocha. 186 6.1 – Conceito de Topologia 186 6.2 - Vantagens no uso de topologia 188 6.3 - Entendendo topologia no AutoCAD Map: 188 6.3.1- Tipos de Topologia 189 6.3.2 - Criando Topologia 191 6.3.2.1 - Criando Topologia do tipo Node: 191 6.3.2.2 - Criando Topologia do tipo Network 193 6.3.2.3 - Criando Topologia do tipo Polygon 197 6.3.3 – Administrando topologia (Administration) 203 6.3.4 – Visualizando Geometria (Show Topology Geometry) 204 6.3.5 – Editando Topologia (Edit Topology) 205 6.3.5.1 - Editando Topologia do tipo Node (ponto) 206 6.3.5.2 - Editando Topologia do tipo Network (rede)e Polygon (área) 208 Exercícios 6-1: Criando topologia de pontos(Node) 211 Exercício 6-1A - Criando topologia do tipo Nodes para os layers : cemitérios, igrejas, escolas e hospitais. 211 Exercício 6-1B - Criando topologia - NODE para os layers: Pontos Observados e Pontos_Observados_Fotos. 212 Exercícios 6-2 - Criando topologia de rede (Network) 213 Exercício 6-2A - Criando topologia de rede para layer Malha_Viária: 213 Exercício 6-2B - Topologia de rede para layer Hidrografia 215 Exercício 6-2C - Criando topologia de rede para layers:Trilha_GPS_Linha 216 Exercícios 6-3: Criando topologia em polígonos (Polygon) 217 CAPÍTULO 7 – CONSTRUINDO CONSULTAS (QUERIES) 223 Este capítulo se destina a esclarecer quais são os tipos e como funciona o processo de construção de Queries no AutoCAD Map 3D. Queries são muito utilizadas para resgatar ou recortar uma porção ou um tipo dados especifico do Mapa. 224 14 7.1 – Entendendo o Conceito de Query em AutoCAD Map 224 7.2 – Definindo Pesquisas (Define Query) 225 7.2.1 – Tipos de Critérios de Consultas e Pesquisas (Query Types) 225 7.2.1.1 - Critérios de locação (Location): 226 7.2.1.2 - Critério de Propriedade (Property) 227 7.2.1.3 - Critérios de Data (Data) 228 7.2.1.4 - Critério SQL 229 7.2.2 – Tipos Consultas e Pesquisas (Query Mode) 232 7.2.2.1 - Preview 233 7.2.2.2 - Draw 233 7.2.2.3 - Report 233 7.2.2.4 – Options 233 7.2.3 – Alterando a visualização das entidades geométricas durante a pesquisa (Options) 233 7.2.3.1 - Alter Properties 233 7.3 – Executando Consultas (Run Query) 241 7.4 – Biblioteca de Consultas (Query Library) 241 7.5 – Executando Consultas Externas (Run External Query) 242 Exercícios 7-1: Usando query para extrair layers de mapa fonte 243 Exercícios 7-2 : Transformando objetos do mapa em entidades inteligentes. 245 Exercícios 7-3: Criando Query com base em banco de dados Object Data 248 Exercícios 7-4: Gerando consultas com base em External Database 250 Exercícios 7-5: Criando mapa temático 251 Exercícios 7-6: Usando Query para gerar texto 252 Exercícios 7-7: Usando Query para inserir cota (Z) em curvas de nível 253 CAPÍTULO 8 - ANÁLISE ESPACIAL E GEOGRÁFICA 255 A este capítulo cabe conceituar Analise Espacial e Geográfica e esclarecer como esses processos se desenvolvem no AutoCAD Map 3D. Serão demonstrados todos os tipos de analise para topologia do tipo ponto, linha e área. 256 8.1 - Definindo Análise Espacial 256 8.2 - Análise do tipo Buffer 256 8.2.1 - Tipos de Buffers 257 8.2.1.1 - Buffer com Topologia de Ponto 257 8.2.1.2 - Buffer com Topologia de rede 258 8.2.1.3 - Buffer com Topologia de Polígono 258 8.2.2 - Gerando Análise Buffer 259 8.3 - Análise do tipo Overlay 262 8.3.1 - Tipos de análise Overlay 262 8.3.2 - Operações de Análise Overlay 263 8.3.4 - Utilizando Object Data em Análise Overlay 265 8.3.5 – Criando Análise Overlay 266 8.4 Query Topology 268 8.4.1 – Resuldados – Query Topology 269 8.4.2 – Delimitação de Consultas Topológicas 269 8.4.3 - Usando ALTER PROPERTY em consultas topológicas 270 15 8.4.4 - Salvando Consultas Topológicas 270 8.4.5 – Criando Topology Query 270 8.5 - Dissolver 273 8.5.1 – Desmembrando Áreas 273 8.5.2 - Dissolvendo Linhas de Rede (Network Link)274 8.5.3 – Usando Dissolver para desmembrar topologias 275 8.6 Análise de Rede (Network Analysis) 277 8.6.1 - Shortest Path Trace 277 8.6.1.1 - Usando Tempo em análises de percurso 278 8.6.1.2 – Criando Análise de Menor Percurso entre dois pontos (Shortest Path Trace) 278 8.6.2 –Best Route Analysis 281 8.6.2.1 - Usando Tempo em análises de percurso 281 8.6.2.2 - Armazenando a melhor rota 281 8.6.2.3 – Criando o Melhor percurso entre dois ou mais pontos (Best Route) 282 8.6.3 - Flood Trace 284 8.6.3.1 – Usando Analise Flood Trace para testar a integridade da rede. 285 8.6.3.2 – Criando Análise de Inundação (Flood Trace) 285 Exercício 8-1: Usando análise buffer para gerar quadras e áreas de desapropriação 288 Exercício 8-2: Delimitando área de desapropriação 289 Exercício 8-3: Usando analise de rede para identificar o menor percurso entre dois pontos 290 Exercício8-4: Usando analise Dissolver para criar tema Regiões de Governo 292 Exercício 8-5: Utilizando Análise Overlay para identificar trechos da malha viária prejudicada em caso de transbordamento dos Rios 294 CAPÍTULO 9 – CONSTRUINDO MAPAS TEMÁTICOS 297 9.1 - Mapas Temáticos 298 9.2 - Elementos de um mapa temático 298 9.3 – Mapas temáticos quantitativos 299 9.3.1 - Abordagem ordinal 299 9.3.2 - Abordagem interpolar 300 9.3.3 - Abordagem relacional 301 9.4 - Mapas qualitativos ou nominais 301 9.5 - Técnicas de Simbolização 302 9.5.1 - Mapa de dados Pontuais 302 9.5.2 - Mapa de dados lineares 303 9.5.3 - Mapa de Representações de volume através de linhas 303 9.5.4 - Mapa de dados de áreas 304 9.5.5 - Mapa de dados do tipo superfície 304 9.6 - Cartogramas 305 9.7 - Gerando mapas temáticos em AutoCAD Map 305 9.7.1 - Object Thematic Query 305 9.7.1.1 – Construindo mapas temáticos tipo Object Thematic Query 306 9.7.2 - Topology Thematic Query 310 9.7.2.1 – Construindo mapas temáticos tipo Topology Thematic Query 310 9.7.3 – Construindo mapa temático usando Display Manager 314 Exercício 9-1: Gerando mapa temático baseado em uma tabela Object Data 319 16 Exercício 9-2: Gerando mapa temático baseado em topologia 320 Exercício 9-3: Usando Display Manager para gerar mapa temático 322 CAPÍTULO 10 – UTILIZANDO IMAGENS 324 10.1 - Algumas considerações sobre Imagem 325 10.1.1 - FotoInterpretação 325 10.1.2 - Características das Imagens 326 De acordo com IBAMA(2008), podem ser considerados: 326 10.1.3 - Níveis de Aquisição de Dados 328 10.1.4 - Sistemas Orbitais 328 10.2 - Utilizando Imagens no AutoCAD Map 334 10.2 - Formatos aceitos pelo AutoCAD Map 334 10.3 - Introduzindo Imagem ao Projeto – Via Menu Map 335 10.3.1- Configurando gerenciador de memória 335 10.3.2 – Inserção e Redimensionamento de Imagens 337 10.3.3 – Inserindo Imagem 337 10.3.4 - Configurando o fator de escala da imagem 338 10.3.5 - Unloading e Reloading imagens 339 10.3.6 - Desvinculando imagens 339 10.3.7 Visualizando as propriedades de uma imagem 339 10.3.8 - Modificando o diretório da imagem 339 10.3.9 - Ajustando brilho, contraste e fade 340 10.3.10 - Cortando imagem (Clipping) 340 10.3.11 - Modificando cor e transparência de uma imagem 340 10.4 - Inserindo imagem ao projeto – Via Display Manager 341 10.4.1 – Inserindo imagem através do Display Manager 341 10.5 - Integração AutoCAD Map 3D e Google Earth 342 10.5.1 - Importando Imagens do Google Earth 343 10.5.2 - Importando superfícies do Google Earth 345 10.5.4 - Importando Imagem e superfície do Google Earth 348 10.5.5 - Publicando Dados no Google Earth 349 Exercício 10-1: Inserindo imagem LandSat-5. 352 Exercício 10-2: Recortando Imagens 353 Exercício 10-3: Usando Display Manager para inserir Imagem 354 Exercício 10-4: Inserindo Imagem do Google Earth 355 CAPÍTULO 11 - DISPLAY MANAGER 356 11.1 - Current Map 358 11.2 - Mapa Base (Map Base) 358 11.3 – Adicionando Dados (Add Data) 358 11.3.1 - Acessando Features Sources 359 11.3.1.1 - Tipos de dados Feature Source 360 11.3.2 – Acessando Drawings Objects 374 11.3.2.1 – Tipos de dados Drawings Objects 375 17 11.4 – Estilizando Temas 381 11.4.1 - Criando Estilo em Entidades Pontuais 382 11.4.2 - Criando Estilo em entidades linha 387 11.4.2.1 – Criando mapa temático de entidades tipo linha - veja item 11.4.1.1 388 11.4.3 - Criando estilo em entidades Área. 388 11.4.3.1 – Criando Temático de entidade do tipo área - veja item 11.4.1.1 389 11.4.4 - Escala de Zoom para Layers 389 11.5 – Table - Acessando atributos do layer 390 11.5.1 - Data: Em data selecione o layer que deseja investigar; 390 11.5.2 - AutoZoom : 391 11.5.3 - Auto Scroll: 391 11.5.4 - Apply Filter 392 11.5.5 - JOIN 392 11.5.5.1 - Criando Join 392 11.6 – Group - Organizando Layers 395 11.7 - Bulk Copy 396 11.7.1 - Usando Bulk Copy 397 11.7.2 - Transferindo dados entre conexões 397 11.7.3 – Exportando DWG para ORACLE 400 11.8 - METADATA 403 11.8.1 - Preenchendo Metadados 404 11.9 – Inserindo Legenda 405 Exercício 11-1 – Criando conexão com arquivos de outras plataformas. 406 Exercício 11-2 – Estilizando layers 410 Exercício 11-3 – Preparando para gerar MapBook – Melhorando a aparência do mapa inserindo temas complementares e Legenda 418 Exercício 11-4: Criando conexão com Banco Oracle 421 CAPÍTULO 12 – PREPARANDO PARA IMPRESSÃO - MAPBOOK 424 12.1 - Criando Modelo do MapBook 425 12.1.1 - Para Criar Modelos: 425 12.1.2 - Identificação das ViewPorts 426 12.1.3 - Placeholds 427 12.1.3.1 - Identificando PlaceHold 427 12.2 – Criando Mapbook 428 Exercício12-1 – Criando MapBook 436 18 Neste capítulo serão visto alguns conceitos básicos na área de Geoprocessamento e SIG e estrutura de projeto no AutoCAD Map 3D. Para tal, este capítulo se compromete em fazer uma rápida revisão na literatura, retirados de livros e artigos de autores conceituados da área como Cezar Barra Rocha (UFJF) e Meneguette (UNESP), com objetivo de ampliar os horizontes do usuário fornecendo pouco mais de base para compreender o contexto no qual está inserido e não apenas sequência de passos para o uso da ferramenta. Deste modo, este livro pretende apenas iniciar o leitor fornecendo dicas de onde se informar mais a respeito dos aqui abordados. 1.1 – Geoprocessamento e SIG (Base Conceitual) o GEOPROCESSAMENTO - É o processo informatizado de dados georreferenciados. Utiliza programas de computador que permitem o uso de informações cartográficas (mapas e plantas) e informações a que se possa associar coordenadas desses mapas ou plantas. o SIG/GIS - Geographical Information System – É um conjunto poderoso de ferramentas para coletar, armazenar, recuperar, transformar e visualizar dados sobre o mundo real para um objetivo específico. Esta definição enfatiza as ferramentas de GIS: Hardware, softwares, bancos de dados e Sistemas de Gerencia de banco de Dados (Burrough & McDonnel apud Rocha 2000). o Sistema de Informações Geográficas – SIG é um sistema com capacidade para aquisição, armazenamento, tratamento, integração, processamento, recuperação, transformação, manipulação, modelagem, atualização, análise, e exibição de informações digitais georreferenciadas, topologicamente estruturadas, associadas ou não a um banco de dados alfanuméricos (Rocha, 2000). 1.1.1 – Fases de Implantação do SIG Um SIG fornece os meios através do qual a informação geográfica pode ser usada para uma grande variedade de aplicações e por usuários com muita diversidade de habilidades. Para que esses dados possam ser usados no processo de tomada de decisão, sua qualidade deve ser conhecida fidedignamente (Aronoff apud Rocha, 2000). Organizações públicas encarregadas da produção e disseminação da informação geográfica devem estar cientes das questões de responsabilidade que podem surgir quando seus dados são usados. É o gerenciamento de uma estrutura SIG que determinará a qualidade da informação e a extensão de sua distribuição. Para isso ele apresenta uma estrutura para implementação, a qual é considerada como todo o processo de transferênciade tecnologia, desde quando uma organização se torna consciente da tecnologia SIG, até quando esta é adotada. A “adoção” é usada por ele para significar que uma organização incorporou o SIG em suas 19 operações e usa-lo regularmente quando apropriado ‘as suas atividades diárias (apud Meneguette, 2004). 1. Conscientização: as pessoas dentro da organização se tornam cientes da tecnologia SIG e seus benefícios; 2. Desenvolvimento dos requisitos do sistema: a idéia que um SIG poderia beneficiar a organização é reconhecida e em seguida é definido um processo de coletar informações sobre a tecnologia e reconhecimentos dos usuários potenciais e suas necessidades.; 3. Avaliação do sistema: sistemas alternativos são propostos e avaliados. No final desta fase, uma decisão deve ser feita positiva ou negativamente quanto a aquisição do SIG; 4. Desenvolvimento de um plano de implementação: Em seguida deve ser desenvolvido um plano para adquirir o equipamento necessário e pessoal especializado, fazer mudanças organizacionais e financiar o processo; 5. Aquisição do sistema e inicialização: Uma vez executada a etapa anterior, a criação da base de dados deve ser iniciada e os procedimentos de operacionalização devem começar a ser processados. A criação da base de dados é a parte tem o maior custo no processo de implementação. A fim de manter a integridade da informação, é importante criar mecanismos para observar a qualidade dos dados que estão sendo produzidos e quais os processos de atualização que serão adotados para a atualização dos mesmos; 6. Fase Operacional: Nesta fase procedimentos são desenvolvidos para manter a estrutura SIG e os serviços de melhorias do hardware e software, de forma que este continue a dar suporte às necessidades. Questões operacionais, relativas às responsabilidades da estrutura SIG, prover serviços necessários e garantir padrões de desempenho, tornam-se mais proeminentes. Para Arnoff (1989) a atenção deve ser focalizada no componente mais oneroso de implantação do SIG, ou seja, a base de dados, a qual representa 75% ou mais do montante total. A construção da base de dados comumente custa de 5 a 10 vezes o preço de hardware e software somados. 1.1.2 – Características do SIG Um SIG deve reunir as seguintes características: 20 Ter capacidade para coletar e processar dados espaciais obtidos a partir de fontes diversas, tais como: levantamento de campo (incluindo o sistema GPS), mapas existentes, fotogrametria, sensoriamento remoto e outros; Ter capacidade para armazenar, recuperar, atualizar e corrigir os dados processados de uma forma eficiente e dinâmica; Ter capacidade para permitir manipulações e a realização de procedimentos de análise dos dados armazenados, com possibilidade de executar diversas tarefas, tais como, alterar a forma dos dados através de regras de agregação definidas pelo usuário, ou produzir estimativas de parâmetros e restrições para modelos de simulação e gerar informações rápidas a partir de questionamentos sobre os dados e suas inter-relações; Ter capacidade para controlar a exibição e saída de dados em ambos os formatos, gráfico e tabular (Rocha, 2000). 1.1.3 – Principais Tipos de dados do SIG Os Dados utilizados em SIG podem ser divididos em dois grandes grupos: dados gráficos, espaciais ou geográficos, que descrevem as características geográficas da superfície (forma e posição) e dados não gráficos, alfanuméricos ou descritos, que descrevem os atributos destas características. Dados Espaciais - Existem basicamente duas formas distintas de representar dados espaciais em um SIG: Vetorial (Vector) e Matricial (Raster). Vetorial: Os mapas são abstrações gráficas nas quais linhas, sombras e símbolos são usados para representar as localizações de objetos do mundo real. Tecnicamente falando, os mapas são compostos de pontos, linhas e polígonos. Internamente, um SIG representa os pontos, linhas e áreas, como conjunto de pares de coordenadas (X,Y) ou (Longitude, Latitude). Os pontos são representados por apenas um par. Linhas e áreas são representadas por seqüências de pares de coordenadas, sendo que nas áreas o último par coincide exatamente com primeiro. Desta forma, são armazenadas e representadas no SIG as entidades do mundo real são representáveis graficamente, no modelo vetorial. Esta forma de representação é também utilizada por softwares CAD e outros. No entanto, o SIG precisa ser capaz de extrair mais resultados destas informações. Deve ser capaz, por exemplo, de determinar se a edificação está totalmente contida no lote e de indicar qual é o lote que contém o registro de água. Para isto, os SIG’s contam com um conjunto de algoritmos que lhes permitem analisar topologicamente as entidades espaciais. 21 Matricial: O outro formato de armazenamento interno em uso pelos SIG’s é o formato matricial ou Raster. Neste formato, tem-se uma matriz de células, às quais estão associados valores, que permitem reconhecer os objetivos sob a forma de imagem digital. Cada uma das células, denominada pixel, é endereçável por meio de suas coordenadas (linha, coluna). É possível associar o par de coordenadas da matriz (coluna, linha) a um par de coordenadas espaciais, (X,Y) ou (Longitude, latitude). Cada um dos pixels está associado a valores. Estes valores serão sempre numéricos inteiros e limitados, geralmente entre 0 e 255. Os valores são utilizados para definir uma cor para apresentação na tela ou na impressão. Os valores dos pixels representam uma medição de alguma grandeza física, correspondente a um fragmento do mundo real. Por exemplo, em uma imagem obtida por satélite, cada um dos sensores é capaz de captar a intensidade de reflexão de radiação eletromagnética sobre a superfície da Terra em uma específica faixa de freqüências. Quanto mais alta a reflectância, no caso, mais alto será o valor do pixel. Dados Alfanuméricos: Os dados alfanuméricos ainda podem ser subdivididos em dois tipos: Atributos dos Dados Espaciais; Atributos georreferenciados. Atributos dos Dados Espaciais - São os atributos que fornecem informações descritivas acerca das características de algum dado espacial. Estão ligados os elementos espaciais através de identificadores comuns, normalmente chamados de geocódigos, que estão armazenados tanto nos registros alfanuméricos como nos espaciais. Podem fornecer informações qualitativas ou quantitativas associadas às feições espaciais pontos, linhas ou áreas representadas na base de dados. Um exemplo da feição ponto seriam os postes de uma concessionária de energia. Pode-se ter um arquivo de atributos alfanuméricos com informações do tipo de poste, material, diâmetro, estado de conservação, etc. No caso de linhas, tem-se o exemplo de uma rede de abastecimento de água, que permitiria um arquivo associado com informações sobre o tipo de rede, material, diâmetro, vazão: ou o caso de uma estrada, com informações do número de faixas, condições do pavimento e número de acidentes em cada trecho. Análises do tipo: mostre-me todos os postes de concreto, todas as redes de determinado diâmetro ou vazão, ou número de acidentes por trecho de estrada, são facilmente executadas pelo SIG. 22 Atributos Georreferenciados - Como o próprio nome diz, são dados onde a preocupação é apenas georreferenciar alguma característica específica, sem descrever as suas feições espaciais. Como exemplo tem-se os relatórios de acidentes de uma estrada, que estão associados à estrada, ou os relatórios de crimes, associados por delegacia ou bairro. Neste caso, a entidade estrada não poderia ser dividida em trechos com mais ou menos acidentes, como no exemplo do item anterior. Estes dados são armazenados e gerenciados em arquivos separados,sendo associados à base espacial através de registros (Rocha, 2000). 1.2 - SIG em AutoCAD Map O software AutoCAD® Map 3D, a principal plataforma do sistema de informações geográficas (SIG) para criar e gerenciar dados espaciais, preenche a lacuna entre sistemas CAD e SIG, ao fornecer acesso direto aos dados. O AutoCAD® Map 3D possibilita o uso de ferramentas do AutoCAD® para gerenciar uma ampla variedade de projetos e informações geoespaciais (Autodesk, 2009). Em AutoCAD Map, entende-se como projeto, o ambiente onde são realizadas edições, consultas, análises, links com banco de dados, links com outros projetos e configurações de usuários que acessam o projeto. As configurações do projeto ficam armazenadas dentro do arquivo DWG para que todas as vezes em que o arquivo de projeto for aberto, as conexões e os links, inclusive externos, sejam acionados automaticamente. Um projeto pode incluir os seguintes elementos: Mapas (outros projetos) agregados ao projeto (Drawing Set); Banco de Dados (External DataBase); Visualização do Banco de Dados Externo (Data View); Pesquisas pré-construídas (Save Queries); Definição de modo de visualização de dados (Key View); Definição de chaves para banco de dados (Link Template); Tabela de Símbolos(Table Symbol); Tabelas Object Data; Documentos agregados como fotos, tabelas, apresentações,etc; Imagem georreferenciada. 1.2.1 – Ambientes do AutoCAD Map Trabalhar com projeto exige organização. Portanto, antes de iniciar é necessário fazer uma lista dos arquivos vetoriais (mapas), bancos de dados, documentos tais como: fotos, textos e planilhas, 23 que farão parte do projeto e organiza-los em diretórios. Posteriormente, estes arquivos e diretórios serão configurados no AutoCAD Map para toda vez que o projeto for solicitado, os dados sejam disponibilizados automaticamente. Cada vez que um diretório é renomeado ou um dado é modificado de lugar, o AutoCAD Map perde o mapeamento das informações. Desta forma, vale a pena perder um tempo organizando o nome dos diretórios e a distribuição dos dados para evitar re- trabalho no futuro. Você pode utilizar as ferramentas de Customize User Interface (CUI) para personalizar o AutoCAD Map 3D criando diversos ambientes de trabalho. Entretanto, as versões mais recentes já disponibilizam predefinidos pelo menos 3 configurações de ambiente de trabalho. Cada ambiente mostra um conjunto diferente de comandos e barras de ferramentas. Você pode alternar entre o mapa 3D para Geospatial trabalho (o padrão) e do Mapa 3D Desenhos (para ver comandos adaptados às DWG objetos). Se você está acostumado com os menus das versões anteriores, pode utilizar Map Classic. MAP 3D For Geospatial – Preparado para trabalho padrão de SIG, configurado para utilizar com fontes de dados externos como banco de dados espacial tipo Oracle, arquivos SHP, imagens ikonos, banco de dados alfanuméricos, dentro outros. MAP 3D For Drawing - personalizada para criar mapas. Possui ferramentas de edição; MAP Classic – Possui as ferramentas do AutoCAD Map Clássico. Portando ferramentas para edição e acesso a dados externos, incluindo o AutoCAD menu. Independentemente do ambiente que selecionar para trabalhar muitos dos menus AutoCAD Map 3D e AutoCAD comandos estão disponíveis, através da tecla de atalho, disponível na tecla direita do mouse. Nota: para mudar a área de trabalho clique em Menu Exibir / Barra de ferramentas Layout. 1.2.2 – Módulos do AutoCAD Map - Task Pane O Painel de Tarefas (Task Pane), é um menu com estrutura de painel que dá acesso aos principais módulos do AutoCAD Map 3D: Display Manager, Map Explorer e Map Book. 1.2.2.1 - Display Manager Funciona como integrador de dados externos, onde ficam disponíveis ferramentas de visualização capazes de criar layers com estilos tipo: espessura, cor, símbolos, temáticos, etc. com base em entidades geométricas (ponto, linhas, polígonos), alfanuméricas (banco de dados e atributos) e matricial (Imagens e DTM). Os layers são provenientes de dados criadas como Features Layers ou em Object Data Layers. 24 Features layer – são layers criados a partir de informações cuja fonte de dados é banco de dados geoespacial como Oracle, SQL, MySql, etc. Object Drawing Layers - São layers criados a partir de entidades de desenho ou do mapa. Figura 1-1 Neste módulo vale ainda ser citados: Acesso direto a dados externos sem necessidade de realizar importações, evitando assim replicagem de dados e aumento no tamanho do arquivo DWG; Acesso direto a banco de dados oracle, arquivos ESRI, Imagens e outros, potencializando o projeto no AutoCAD Map; Ferramentas de transferência de dados entre conexões distintas; Utilização de escala de visualização; Superposição de estilos; Transparência de layers do tipo área; Classificação de imagens. 1.2.2.2 - Map Explorer Este módulo é mais apropriado para realizar processos de edição, tratamento e conversão da base de dados geográfica e alfanumérica. As bases geográficas tratadas neste módulo, 25 normalmente são desenhos ou mapas em CAD, muitas vezes sem nenhuma preocupação com normas cartográficas. Da mesma forma, neste estágio a base alfanumérica encontra-se armazenadas em tabelas do Excel sem nenhum tipo de preocupação com regras de banco de dados. Usando recursos do Map Explorer estas bases se tornarão bases inteligentes com geometria e atributos vinculados, própria de uma base de dados SIG (Sistema de Informações Geográfica). Neste local também ficam armazenadas ferramentas para: digitalizar informações, para manipular banco de dados, gerar links, criar topologias e gerar análises espaciais e geográficas. Figura 1-2 Em Map Explorer residem ferramentas como: acesso a outras mapas, criação de topologia, construção de bancos de dados do tipo Object Data, inserção de imagem do Raster, geração de consultas e correção de base de dados com Clean Up. 1.2.2.3 - Map Book É o módulo do AutoDesk Map onde são criados os mapas ou coleções do tipo atlas, que serão poderão ser plotados futuramente. Os mapas são criados de forma automática com base na aparência estabelecida no modulo Display Manager. 26 Figura 1-3 Neste módulo os mapas para plotagem (layout) se dividem formando um grande mapa articulado, que podem ser apresentados em cada página separada. Você pode publicar livros no mapa de uma variedade de formatos, tanto para impressão e para visualização online. 1.2.3 – Manipulando Mapas e Projetos no AutoCAD Map 3D 1.2.3.1 - Conceito de Mapa Corrente e Mapa Fonte (Drawing Set) Em projetos de SIG é muito comum utilizar vários mapas para compor um projeto ou ainda criar um projeto com base em composições de outros projetos preexistentes. Esses projetos, com freqüência, têm configurações de limites de coordenadas, sistema métrico e ainda sistema de coordenadas distinto entre si. Neste caso, o AutoCAD Map trata a conversão automática de sistemas para configuração do projeto atual, mantendo a integridade do projeto original (mapa fonte). Mapa Corrente (projeto atual) é o mapa corrente ou o mapa que está sendo construído atualmente. 27 Mapa Fonte (projeto(s) agregado(s)) é o um mapa ou projeto preexistente, que esta vinculada ao projeto, para ser utilizado pelo projeto atual ou corrente. Estes mapas ou projetos ficam vinculados ao projeto atual sobre a condição de XREF (bloco). 1.2.3.2 - Vinculando Mapa Fonte do Mapa Corrente (projeto) Com AutoCAD Map é possível trabalhar com mais de um mapa ao mesmo tempo e recortar somente a parte do mapa que será utilizada pelo projeto corrente. Ao trabalhar com múltiplos mapas normalmente é necessário desempenhar duas operações básicas: visualizar os mapas fonte e posteriormenterecortar a parte de interesse. A criação deste novo mapa poderá ser realizada de diversas formas: A forma mais simples é recortar a área de interesse usando ferramentas CAD ou GIS e A forma mais sofisticada é realizar o recorte através de execução de uma pesquisa, gerando uma consulta de forma que seja possível resgatar entidades através de seus atributos geométricos ou ainda através de seu atributo alfanumérico armazenados em bando de dados. Ao vincular os mapas a área de trabalho, estes arquivos podem ficar ativos ou inativos. Deste modo, é importante ressaltar que se o objetivo da vinculação for construir um novo mapa utilizando ferramentas de Query, então os mapas fontes deverão estar ativados, já que o AutoCAD Map não realiza queries em mapas inativos. Outro ponto interessante que merece ser comentado é o fato de um mapa fonte poder ser compartilhado por mais de um usuário simultaneamente. Ao vincular um mapa ao projeto, o AutoDesk criar um arquivo, no mesmo diretório, com extensão DWK (Lock) que indica que o arquivo está sendo utilizado. Adicionando Mapas Fonte no projeto: Existe 3 formas de vincular mapas fonte ao projeto atual em AutoCAD Map: Manu Map Map Explorer Drag and Drop para Map Explorer Vinculando mapas via Menu Map 1. Entre menu Map – Drawing – Define and Modify Drawing Set; 2. Na caixa de diálogo Define/Modify Set, clique em Attach; 3. Em seguida clique no ícone Create and Edit Aliases, a direita da lista Look In; 4. Na caixa de diálogo Alias Administration, em Alias Drive Details, preencha a caixa de texto com ProjetoDuasBarras para Alias Drive. Não pode haver espaço entre os nomes 28 5. Na caixa de Texto Actual Path, Use Browse para localizar o diretório c:/Duas_Barras; Figura 1-4 6. Clique OK; 7. Clique Add; 8. Clique Close; 9. Na Caixa de diálogo Select Drawing to Set, verifique a lista Look In; 10. Clique em arquivos, em seguida DWG para verificar os mapas disponíveis; 11. Selecione um arquivo na lista e em seguida pressione o botão ADD; 12. Selecione os demais mapas clicando com o primeiro e em seguida com a tecla shift pressionada clicando no último para selecionar todos de uma única vez; 13. Clique OK para finalizar esta etapa; 29 Figura 1-5 14. Na caixa de diálogo Define Modify Drawing Set, lista os mapas selecionas; 15. Clique no mapa Duas Barras e em seguida o botão Drawing Settings; 16. A caixa de diálogo Drawings Settings, possibilita fazer algumas configurações antes do mapa ser adicionado ao projeto corrente; Em Simple Transformation – é possível modificar escala, rotação e ponto de inserção; Na caixa Save Back Extents, mostra os limites do mapa; 17. Na caixa Active Drawing, corra com a barra de rolamento para a direita para verificar a informação sobre sistema de coordenadas; 18. Clique Close para sair desta opção; Figura 1-6 19. Retornando a caixa de diálogo Define/Modify Drawing Set, clique OK para vincular os mapas; 20. Observe no Map Explorer os mapas vinculados ao projeto baixo do diretório Drawings. 30 Vinculando mapas via Menu Map Explorer 1. Em Map Explorer clique com tecla direita do mouse sobre o diretório Drawing; 2. No menu de atalho selecione a opção Attach; 3. Desta opção para adiante o processo se repete conforme mostrado no anterior. Figura 1-7 Vinculando mapas usando Drag and Drop Usar este método só é possível quando já se utilizou anteriormente o método via Menu Map ou via Map Explorer, visto que o programa pergunta, durante o processo de vinculação do mapa, qual o drive alias que o mapa deverá ser associado. 1. Abra a pasta do diretório que contém o mapa de interesse; 2. Posicione-o ao lado da janela principal do AutoDeskMap; 3. Arraste o arquivo DWG do mapa sobre o diretório Drawing do Map Explorer e depois; 31 4. Solte o arquivo; Figura 1-8 5. Quando existir mais um drive alias, o programa pergunta a qual Alias Drive o mapa deve ser vinculado; Figura 1-9 6. Selecione o drive e em seguida pressione OK. 32 1.2.3.3 - Usando Zoom Extents Utilize o comando Zoom Extents para identificar o limite de cada mapa vinculado ou limite de todos os mapas vinculados ao projeto. Para visualizar o mapa vinculado ao projeto utilizamos comando Quick View, que será visto logo adiante. O comando Zoom Extents pode ser solicitado de dois lugares distintos: Via Menu Map ou via Map Explorer. Usando Zoom via Menu Map 1. Entre Map – Drawings – Zoom Drawing Extents; 2. Na caixa de diálogo Zoom Drawing Extents, selecione o mapa que deseja visualizar o limite ou OK para visualizar todo a área. Figura 1-10 Usando Zoom via Map Explorer 1. Clique com a tecla direta do mouse sobre a mapa e selecione o comando Zoom extents. Se desejar selecionar todos os mapas clique no primeiro e com a tecla shift pressionada clique no último mapa da lista e em seguida solicite o comendo Zoom extents. 33 Figura 1-11 1.2.3.4 - Usando Quick View O comando Quick View, é diferente do Zoom Extents porque mostra o conteúdo do mapa vinculado ao projeto. Ele traz o mapa para a tela do computador, sob forma de bloco (XREF), possibilitando assim visualizar as entidades que o compõe. Utilizando Quick View é possível realizar comando como Zoom e Pan, mas não é possível editar o mapa. Após executar um Quick View é necessário executar Zoom Extents para visualizar o mapa. Existem duas formas distintas de aplicar o comando: Via menu Map ou Via Map Explorer. Usando Quick View via Menu Map 1. No Menu Map - Drawing – Quick View Drawings; 2. Na caixa de diálogo Quick View Drawing, selecione o mapa e em seguida pressione OK; 3. Caso desejar verificar todos os mapas vinculados, selecione o primeiro mapa e em seguida o último mapa da lista e em seguida pressione OK. 34 Figura 1-12 Usando Quick View via Map Explorer 1. Clique com a tecla direita sobre o mapa que deseja visualizar e execute o comando Quick View. Caso desejar verificar todos os mapas, clique no primeiro mapa e com a tecla shift pressionada, clique no último mapa; 2. Em seguida clique no comando Quick View disponível no menu de atalho. Figura 1-13 1.2.3.5 – Desativando Mapa do Projeto Este comando desliga o módulo de visualização mantendo na sessão de trabalho. Desativando Mapa do Projeto via Menu Map 1. Entre no Menu Map – Drawing – Define/Modify Drawing Set; 2. Na caixa de diálogo Define/Modify Drawing Set, selecione o mapa que deseja desativar; 3. Em seguida pressione o botão Deactivate; 35 4. Observe que o stutus do mapa muda para NO na coluna Active. Figura 1-14 Desativando Mapa do Projeto via Map Explorer 1. Clique no mapa que deseja desativa; 2. Em seguida clique com tecla direita do Mouse para abrir o menu de atalho; Selecione o comando Deactivate. Figura 1-15 36 1.2.3.6- Desvinculando Mapa do Projeto Este comando desvincula o mapa do projeto, retirando da sessão de trabalho. Desvinculando Mapa do Projeto via Menu Map 1. Entre no Menu Map – Drawing – Define/Modify Drawing Set; 2. Na caixa de diálogo Define/Modify Drawing Set, selecione o mapa que deseja desvincular; 3. Em seguida pressione o botão Detach. 4. Observe que o mapa desaparece da lista de mapas disponíveis no projeto. Figura 1-16 Desvinculando Mapa do Projeto via Map Explorer 1. Selecione o mapa que deseja desvincular; 2. Em seguida clique com a tecla direita do mouse; 3. Ao abrir o menu de atalho, selecione o comando Detach. 4. Observe que o mapa desaparece da lista de mapas disponíveis. 37 Figura 1-17 1.2.3.7– Drawing Statatistics Disponibiliza informações sobre todos os mapas ativos no projeto. Objects Counts – Informa numero e tipo de objetos do mapa fonte; Figura 1-18 Symbols Tables Disponibiliza a tabela de símbolos e seus valore para cada mapa selecionado. Tabela de símbolos inclui blocos, camadas, tipo de linha, estilo de texto. 38 Figura 1-19 Object Data – Para cada mapa disponibiliza informaçõessobre: Link Templates Tabelas Object Atributos Figura 1-20 Features Classes – Informa se o mapa está usando features Classes e o número de features Classes para cada mapa. Figura 1-21 1.2.3.8 - Drawing Maintenance Use esta caixa de diálogo para remover e verificar Lock de mapas, criar índices e verificar quem são os usuários que estão utilizando os mapas. 39 Figura 1-22 1.2.3.9 - Drawing Índices Esta opção existe para facilitar a execução de queries. Como os Índices aumentam o tamanho físico do projeto, a solução alternativa é criar índices somente para as queries mais utilizadas, identificando na caixa de diálogo quais tipos de index deseja que o sistema crie. Figura 1-23 40 1.2.3.10 – Key View Quando se trabalha com múltiplos mapas fonte, geralmente cada mapa traz uma informação specífica. O somatório de todas essas informações específicas de cada mapa é que formará o projeto em construção (projeto corrente). Quase sempre, o mapa fonte traz diversas outras informações que não interessa ao projeto, obrigando utilizar recursos para desligar layer, mudança na escala de aproximação, etc. A ferramenta Key View atua na como uma espécie de filtro, definindo a forma como o mapa fonte deve ser visto, ou seja, da forma como será consultado. Ex: Utilizar o mapa do município de Duas Barras com objetivo de retirar do mapa a informação sobre a malha viária estadual. Definindo Key View 1. Execute Quick View e Zoom Extent na área de interesse; 2. Utlize Zoom Window para deixar o mapa na escala que deseja que ele seja visto; 3. Utilize o comando Dist para medir o tamanho da janela de interesse. A distância não define o tamanho do Zoom, mas o espaço onde deverá conter informações; 4. Meça a distancia do canto inferior esquerdo ao canto inferior direito e reserve o valor para ser usado mais adiante; Figura 1-24 5. Entre no menu Map – Drawing – Define Key View; 41 6. Na caixa de diálogo Define Key View, no campo Width, preencha com a distância Medida no passo 4; 7. No campo Layer digite o nome dos layers que deseja visualizar. Use a vírgula quando houver mais de um ou pressione o botão layers e escolha os layers de interesse com a tecla CTRL pressionada; 8. Após realizar as escolhas digite OK para retornar para caixa de diálogo principal; Figura 1-25 9. Pressione OK novamente para finalizar a configuração. 42 Figura 1-26 10. Para editar a configuração pressione EDIT; 11. Após reeditar pressione Update para finalizar; 12. Pressione OK novamente para finalizar. Visualizando Key View 1. Execute Quick View e Zoom Extents em todos os mapas disponíveis no projeto; 2. Entre no Menu Map – Drawing – Show Key View; 3. Ao abrir a caixa de diálogo Show Key View, selecione o botão Window e faça uma janela na área de interesse. Observe que todos os temas indesejáveis são desligados; 4. Utilize os outros comandos visualização para navegar o mapa; 5. Utilize Regen para limpar a tela. Exercícios 1.1: Vinculando Mapas Fonte ao Projeto (Mapa Corrente) Neste exercício serão vinculados ao projeto os mapas Alem_Paraíba.dwg, Cordeiro.dwg, Cantagalo.dwg e DuasBarras.dwg, que formam criados durante exercício de conversão de arquivos realizados no exercício 5 do capítulo 3. O mapa Duas_Barras.dwg, desenvolvido no exercício 7 também do capítulo 3, será utilizado como mapa base para dar continuidade aos exercícios deste capítulo. Drive Alias – é o nome dado ao atalho ou percurso que o sistema operacional percorre para localizar o diretório de seus arquivos, ou seja, refere-se ao mapeamento de diretórios. 1. Crie um arquivo novo e nomeie como Duas_Barras1-1.dwg; 2. Entre no menu: Map – Drawings – Define/ Modify Drawing Set; 3. Na caixa de diálogo Define /modify Drawing Set, selecione a opção Attach; 4. Clique no ícone, localizado à direita da lista de diretório Look in, Create/Edity Aliases; 43 Figura 1-27 5. Na caixa de diálogo Alias Administration, em Aliases Details, preencha o campo Drive Alias, fornecendo um nome para o drive, onde estão armazenados os mapas que serão utilizados durante o projeto. Para este exercício, preencha o Alias Drive como DuasBarras (não pode ter conter espaços entre os nomes); 6. Em Actual Path, preencha com o caminho que o sistema deve fazer para localizar seus mapas ou use Browser para localizá-lo de forma mais eficaz. Figura 1-28 7. Clique OK para concluir esta etapa; 8. Clique ADD para adicionar o Drive Alias criado as opções de Drive List; 44 Figura 1-29 9. Pressione Close para sair da opção; 10. Retornando a tela anterior, clique na lista para selecionar o drive que você acabou de criar; Para Criar Drive Alias via Map Explorer 1. Clique com a tecla clique com a tecla direita do mouse sobre Drawing; 2. No menu de atalho selecione o comando Attach; 3. Caso não tenha criado o drive no exercício anterior, selecione a opção Create Alias Drive e crie o drive Projetos_DWG. Para Vincular projetos 4. Na caixa de diálogo Select Drawings to Attach, em Look in, selecione o Drive alias; criados em exercícios anteriores – Projeto_DWG; 5. Em Projeto_DWG, entre em cada um dos diretórios dos municípios e selecione as seguintes cartas em respectivos subdiretórios; 6. Selecione os arquivos do tipo DWG disponíveis: Alem_Paraíba, Cantagalo, Cordeiro, Duas Barras e Sapucaia: Alem_Paraiba_Total.dwg; Cantagalo.dwg; Cordeiro.dwg; DuasBarras.dwg. 7. Após selecioná-los clique em ADD; 45 Figura 1-30 8. Em seguida pressione OK para concluir esta etapa. Exercícios 1.2: Visualizando mapas vinculados ao Projeto 1. Em Map Explorer, observe os dois mapas disponíveis como subdiretórios de Drawings; 2. Clique no primeiro mapa da lista e em seguida pressione a tecla direita do mouse para abrir o menu de atalho; 3. No menu de atalho selecione o comando Zoom Extents, 4. Execute um comando de Quick View para se aproxima da área do mapa; 5. Selecione o segundo da lista de mapas disponíveis e faça o mesmo procedimento; 6. Clique com tecla direita para abrir o menu de atalho; 7. No menu de atalho selecione novamente o comando Quick View; 8. Selecione os dois mapas do diretório Drawing de uma única vez; 9. Com a tecla direita do mouse abra o menu de atalho e selecione o comando Zoom Extents. Figura 1-31 46 47 Capítulo 2 – Registrando Sistemas de Coordenadas 48 Este capítulo se destina a citar conceitos sobre Sistemas de Coordenadas, Projeções, Datuns, diferença entre mapas e cartas e tipos de mapas, além de e como este conceitos se processam dentro do AutoCAD Map 3D. Para sustentar as conceitos citados, foram utilizados textos do livro de Ceurio de Oliveira e outros materiais disponíveis na pagina do IBGE, assim como trechos de textos das apostilhas da curso técnico de Geodésia e Cartografia. 2.1 - Conceitos Básicos Cabe ao Cartógrafo encontrar a melhor forma de representar uma superfície esférica (Terra) em um plano (carta), produzindo menor quantidade de erros dentro da finalidade pretendida. A única forma de projetar uma superfície esférica é desenvolvendo esta sobre uma outra superfície e fazer uso de modelos matemáticos para a representação. Estes modelos matemáticos são compostos por parâmetros, como elipsóide, datum, sistema de coordenadas etc. A fim de facilitar o entendimento do usuário, este capítulo destina-se a esclarecer alguns conceitos básicos da cartografia para facilitar a compreensão durante a configuração dos parâmetros das projeções que serão tratados ao longo deste capítulo. 2.1.1 – Ciências ligadas a Cartografia o Cartografia - Ciência de organização de cartas terrestres, marítimas e aéreas de qualquer espécie, abrangendo todas as operações, desde os levantamentos iniciais do terreno até a impressão definitiva das mesmas. (ONU- 1949). Não é ciência nem uma arte, mas é, sem dúvida, um método científicoque se destina a expressar fatos e fenômenos observados na superfície da Terra, e, por extensão, na de outros astros, como a Lua, Marte, etc., através de simbologia própria. o Geodésia - Ciência aplicada que estuda a forma da Terra. o Topografia - Ciência aplicada que determina a forma, dimensão e posicionamento de uma porção limitada da Terra. o Fotogrametria - Divisão da topografia, que realiza levantamentos de pontos através de fotografias (Novaes, 1985) 2.1.2 – Classificação de Cartas Há uma tendência no Brasil, em empregar o termo mapa quando se trata de documento mais simples ou mais diagramático. Ao contrário, o documento mais complexo, ou mais detalhado, tende à denominação de carta. Mapa - Representação gráfica da Terra nos seus aspectos geográficos naturais ou artificiais - que se destinam os fins culturais e ilustrativos. 49 Exemplos: Mapas Gerais - Mapa Mural escala de 1:5.000.000. Mapas Especiais - Mapas meteorológicos e mapas demográficos Mapas Temáticos - Mapas geológicos e mapas geomorfológicos Carta - Representação dos aspectos naturais e artificiais da Terra destinados a fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e a localização geográfica de pontos, áreas e de detalhes. Exemplos: Carta Cadastral – Cartas da IplanRio (Escala grande) Carta Topográfica – Carta da Cidade do Rio de Janeiro (Escala Media) Carta Geográfica – Mapa de estado de São Paulo (Escala pequena) Carta Náutica - Para fins especificamente náuticos Carta Aeronáutica - Para fins especificamente aeronáuticos Atlas - Coleção ordenada de mapas, com o objetivo de representar um espaço dado, e expor um ou vários temas. Exemplos: Atlas Nacionais - Coletânea dos mapas dos estados do Brasil (vegetação, hidrografia, densidade demográfica, etc...). Atlas Referência - Mapas toponímicos Planta - Carta que representa uma área de extensão suficientemente restrita para que sua curvatura não precise ser levada em consideração, e que, em conseqüência, a escala possa ser dada como constante. Globo - Representação cartográfica da superfície terrestre, ou de outro astro, ou ainda do espaço celeste, através da utilização de símbolos de referência, além do colorido (Oliveira, 1983). 2.1.3 – A Esfera Terrestre o A Terra - Gira em torno de seu eixo em: 23 horas, 56 minutos e 4,09 segundos. Seu raio médio é de 6.371 quilômetros. Não se trata de uma esfera perfeita: Existe uma saliência na Região Polar Ártica e um maior achatamento na região Polar Antártica. o Sistema de Coordenadas - Para representar a superfície da Terra é necessário estabelecer um sistema tal que, um ponto representado na carta corresponda a um homólogo na superfície terrestre. Isto se faz através de um sistema de coordenadas. 50 Meridianos - São os arcos de circunferências de círculos máximos que contém os pólos. Os meridianos vão de um pólo a outro, variando entre 0 e 180 graus. Para partida dos meridianos (0 grau), adotou-se o Meridiano de Greenwich (Inglaterra),dividindo a Terra em Este e Oeste. Paralelos - São círculos de igual latitude, paralelos ao Equador, variando entre 0 e 90 graus. Equador - É um paralelo que divide a Terra em dois hemisférios: Norte e Sul. Latitude de um Ponto: É o ângulo, formado entre o plano do Equador e paralelo que contém o ponto. Longitude de um Ponto: É o ângulo medido entre o meridiano de Greenwich e o meridiano do ponto, no plano do Equador. o Sistema de Coordenadas Geográficas: São aquelas cujos parâmetros são: Latitude e Longitude. Lat : ( ) / Long: ( ) o Sistema de Coordenadas planas - retangulares: São aquelas cujos parâmetros são: Eixo das abcissas: (X) / Eixo das ordenadas: (Y). Figura2-1: Paralelos e Meridianos (Oliveira, 1983) 51 o Azimute: É o ângulo (medido sobre a superfície terrestre) formado por uma direção que se deseja orientar e o pólo. Figura2-2 : Azimute (Góes, 2000) o Rumo: É o ângulo (medido sobre a superfície terrestre) formado por uma direção que se deseja orientar, tomada no sentido do ponto que se está, para o que se vê e o pólo mais próximo (Oliveira, 1983). Figura2-3:Azimute (Góes, 2000) 2.1.4 – Levantamentos É o conjunto de operações destinadas à execução de medições, visando à determinação das posições relativas de pontos. Os trabalhos topográficos, até 50 km de raio, podem ser referidos a uma superfície plana, denominada PLANO HORIZONTAL BÁSICO. Quando se tratar de levantamento de maior precisão ou de áreas maiores, sempre, devem ser referidas ao SGB (Sistema Geodésico Brasileiro). o Levantamento Geodésico - compreende o conjunto de atividades dirigidas para as medições e observações de grandezas físicas e geométricas, que conduzem à obtenção de parâmetros. Tais levantamentos são efetuados conforme especificações e normas que objetivam a unicidade desejável para o SGB. o Levantamento Topográfico - São operações através das quais se realizam medições, com a finalidade de serem determinadas posições relativas de pontos da superfície da Terra. 52 1 2 N Az = 100 20 40 N E S O R = 70 25 35 SE Os levantamentos topográficos diferem dos geodésicos, principalmente por não levar em consideração a curvatura da Terra. o Datum - Os levantamentos geodésicos necessitam ser referidos a um ponto de partida, que permita o transporte de valores aos demais. Este ponto inicial é conhecido pela palavra latina DATUM. o Datum Planimétrico - Os levantamentos planimétricos do SGB foram referidos, inicialmente ao Córrego Alegre (MG) e posteriormente ao Chuá (MG) sendo que, atualmente, devido a um compromisso internacional utiliza-se o SAD-69 (Datum da América do Sul 1969). o Datum Altimétrico - As altitudes do SGB eram, inicialmente, referidas ao Marégrafo de Torres (RS), mas, a partir de 1958 passaram a ser referidas ao Marégrafo de Imbituba (SC). As altitudes do SGB inicialmente se referiam ao Marégrafo de Torres (RS) mas, a partir de 1958 passaram a ser referidas ao Marégrafo de Imbituba (SC). o Elipsóide de Referência - É a imagem geométrica da Terra, constituído de pontos coerentes entre si com coordenadas de precisão. Como os cálculos geodésicos necessitavam ser referidos a uma figura matemática, passou-se a usar o elipsóide de revolução (uma elipse girando em torno do eixo menor) como figura de referência. Vários conjuntos de parâmetros foram deduzidos a partir de medições geodésicas, para o elipsóide terrestre. Dentre eles, podemos citar: -WGS ................................................................................................ Satélite de Navegação -CLARKE ................................................. .................................................América do Norte -Internacional (HAYFORD).............................................................................Europa e Brasil - UGGI......................................................................................... América do Sul e Austrália Tanto o Datum de Córrego Alegre quanto o de Chuá, correspondem ao Elipsóide Internacional de Hayford e o Datum SAD-69 ao Elipsóide UGGI- 67 (Novaes, 1984). Elipsóide de Referência (UGGI-67) Figura2-4: Elipsóide (Góes, 2000) 53 a b a = Semi-eixo maior Raio equatorial = 6378160.00 m b = Semi-eixo menor Raio polar = 6356774.72 m 2.1.5 - Escala Escala é uma medida adimensional que representa a relação entre a distância de dois pontos quaisquer do mapa com a correspondente distância na superfície da Terra. Como normalmente é traduzida por fração, significa que essa fração representa a relação entre as distâncias lineares e as mesmas distâncias da natureza, ou melhor: é uma fração em que o numerador (invariavelmente a unidade) representa uma distância no mapa, e o denominador a distância correspondenteno terreno. Se, por exemplo, a escala é de 1:20.000 concebemos que qualquer medida linear na carta é, no terreno, 20.000 vezes maior. Se, na mesma carta, tomarmos uma distância, por exemplo, de 2 cm ( dois centímetros), esta corresponderá, no terreno, a 40.000 cm, que são iguais a 400 metros (DHN, 1965). 2.1.5.1 – Classificação Escala Numérica - É a que vem representada pelo anunciado da própria fração. ESCALA: Equivalência em km de 1 cm no mapa 1: 500 0,005 Km Escalas grandes - mapas cadastrais 1: 1.000 0,010 Km e plantas. 1: 5.000 0,050 Km 1: 10.000 0,100 Km 1: 25.000 0,250 Km 1: 50.000 0,500 Km 1: 100.000 1,000 Km Escalas Médias - cartas topográficas 1: 250.000 2,500 Km 1: 500.000 5,000 Km 1: 1.000.000 10,000 Km Escalas Pequenas - cartas geográficas 1:2.500.000 25,000 Km 1:5.000.000 50,000 Km 1: 20.000.000 200,000 Km Escala Gráfica - É representada por um segmento de reta graduado. Com este tipo de escala podemos medir diretamente no mapa, qualquer distância no terreno , em quilômetros. 54 5 0 5 10 15 1 Km 20 Km Figura 2-5 Problemas: Na contínua utilização de mapas, surgem alguns problemas e em geral eles se referem os três elementos: a medida no terreno (D), a medida no mapa(d) e o denominador da escala (E). Sempre que se conheçam 2 termos desses elementos, o terceiro será determinado por cálculo. Eis a relação: a) Conhecidas a distância no terreno e a escala (o denominador da fração), determinará a distância no mapa; b) Conhecidas a distância no mapa e a escala, determinar a distância no terreno; c) Conhecidas a distância no terreno e a distância no mapa, determinar a Escala. Sendo, por exemplo, D a distância real, d a distância gráfica e E o denominador da escala, têm as seguintes fórmulas, respectivamente. a) d=D/E; b) E=D/d; c) D=E X d. Exemplificando: A Carta do Distrito federal na escala de 1:100.000. Desejamos saber qual a distância entre a Praça dos Três Poderes e a praça Municipal, a qual na carta, representa 52 milímetros. Pela segunda fórmula teremos: 100000 X 52 = 5200000 mm ou 5,20 Km (DHN, 1965). 2.1.6 – Projeção Cartográfica Segundo Oliveira (1983), o globo geográfico é a representação mais fiel que se conhece da Terra. Embora saibamos que nosso planeta não é uma esfera perfeita, o papel da cartografia é assim o de termos que transferir tudo o que existe numa superfície curva, que é a Terra, para uma superfície plana, que é o mapa. 2.1.6.1 – Desenvolvimento da Esfera Desenvolver – Para projeções cartográficas, significa executar o desdobramento de uma superfície em outra, sem deformá-la. Como a esfera não desenvolve sobre o plano, passamos a utilizar superfícies intermediárias, ou auxiliares, que tenham a propriedade de se desenvolver. Essas superfícies são: CILINDRO CONE 55 PLANO SUPERFÍCIES DE DESENVOLVIMENTO Figura2-6: Planos de desenvolvimento (Oliveira, 1983) 2.1.6.2 – Classificação das Projeções o EQUIVALENTES- Tem a propriedade de não deformar a área, conservando assim, uma relação constante com as suas correspondentes na superfície da Terra. o CONFORMES- Tem a propriedade de não deformar os ângulos e, em decorrência dessa propriedade, não deforma pequenas áreas. o EQUIDISTANTES- Tem a propriedade de não apresentar deformação linear, isto é, os comprimentos são apresentados em escala uniforme. o AZIMUTAIS OU ZENITAIS- É uma projeção que dá os azimutes ou as direções da superfície da Terra. Ela se destina invariavelmente, a mapas especiais construídos para fins náuticos. o AFILÁTICAS OU ARBITRÁRIAS- É uma projeção arbitrária, onde as áreas, os ângulos e os comprimentos não são conservados (IBGE, 1998). Exemplos: 56 PROJEÇÃO EQUIVALENTEPROJEÇÃO EQUIVALENTE PROJEÇÃO CONFORMEPROJEÇÃO CONFORME PROJEÇÃO DE MERCÁTORPROJEÇÃO DE MERCÁTOR Figura2-7: Tipos de projeções (Oliveira, 1983) 2.1.6.3 – Projeção de Mercator Os meridianos são representados por linhas retas paralelas e eqüidistantes, e os paralelos formam um sistema de linhas em ângulos retos com os meridianos. No sentido de manter a conformidade, tem-se que adotar o crescimento de cada grau de latitude em direção ao pólo, na mesma proporção que os graus de longitude são acrescidos pela própria projeção. A grande vantagem desta projeção, em suas aplicações náuticas, está no fato de que uma linha de rumo é representada, na carta, por uma linha reta, a qual mantém o mesmo ângulo de orientação, em relação aos meridianos cruzados pelo navio no seu curso em linha reta. Exemplo de deformação de área causada pela Projeção de Mercator: A Groenlândia apresenta uma área maior que o Brasil. 57 Figura 2-8 Figura: Deformações de projeções (Oliveira, 1983) 2.1.6.4 – Sistema UTM Surgiu em 1947, para determinar as coordenadas retangulares nas cartas militares, em escala grande, de todo o mundo. Na realidade, a conhecida UTM não é uma projeção, mas um Sistema de Projeção Transversa de Mercator (conforme de Gauss). Esta projeção estabelece o sistema que a Terra seja dividida em 60 fusos de 6 graus de longitude, os quais têm início no anti-meridiano de Greenwich (180 graus), e que seguem de oeste para leste, até o fechamento neste mesmo ponto de origem. Quanto à extensão em latitude, os fusos se originam no paralelo 80 graus Sul até o paralelo 84 graus Norte. Se em relação à longitude os fusos são de número 60, no que toca à latitude, a divisão consiste em zonas de 4 graus, e isto está vinculado ao tamanho da carta de 1:100.000, e não à projeção. Os fusos são decorrentes da necessidade de se reduzirem às deformações. Além dos paralelos extremos (80S e 84N), a projeção adotada mundialmente é a estereográfica polar universal (Oliveira, 1983). Se fixarmos a nossa atenção em qualquer uma dessas 1.200 quadrículas, verificaremos que os 6 graus de longitude apresentam as seguintes características: os dois meridianos laterais são múltiplos de 6, assim como o meridiano central é de 6 mais 3. Conforme a seguir. 58 Figura2-9: Zonas UTM A figura abaixo demonstra 2 quadrículas localizadas na região sudeste: a primeira, com o meridiano central 51 graus e os dois meridianos laterais de, respectivamente 54 e 48 graus, a segunda, com meridiano central 45 graus e os dois meridianos laterais de, respectivamente, 48 e 42 graus. Quanto aos limites em latitude, temos para ambas as quadrículas, os paralelos de 28 e 20 graus. Figura 2-10: Convergência meridiana (Oliveira, 1983) Todos os meridianos do sistema são curvos, se excetuado cada meridiano central e o Equador. Como as quadrículas se apóiam no meridiano central do fuso, os meridianos curvilíneos se tornam cada vez mais oblíquos, a medida que se aproximam dos meridianos laterais. O ângulo Y, denominado convergência meridiana, varia como o exemplo a figura abaixo. Figura 2-11 59 Vários são os elipsóides adotados no sistema UTM. O que vimos adotando no Brasil é o denominado Elipsóide Nacional Australiano, aceito pela União Geodésica e Geofísica Internacional, em 1967 (UGGI-67). Devemos ainda, observar que o cilindro da projeção não é tangente ao elipsóide, como se da com a projeção transversa de Mercator, mas secante, isto é, o cilindro corta o elipsóide ao longo dos dois meridianos eqüidistantes do meridiano central. As medidas quilométricas, em cada fuso, têm início na interseção do meridiano central com o Equador. As coordenadas de origem são 500 Km na direção leste, e ao em relação ao hemisfério sul, 10.000 Km na direção norte. Quanto ao hemisfério norte, a origem é 0,0 Km. Os valores 10.000 e 500 Km são adicionados as coordenadas N e E, obtidas pelas equações da projeção (Novaes, 1982). 2.2 - Configurando
Compartilhar