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MÓDULO 4
12UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
ensino a distância®
4ª EDIÇÃO
A Educação 
Brasileira Hoje
Eloísa Vidal
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Objetivos do módulo
O módulo Planejamento, Gestão e Legislação Edu-cacional procura apresentar aspectos da política educacional relevantes para quem está cursando 
Secretaria Escolar. Os conteúdos estão organizados em seis 
fascículos, que são: 
F11 – Breve História da Educação Brasileira
F12 – A Educação Brasileira Hoje
F13 – A Organização Escolar, o Currículo e a Gestão 
F14 – Sistemas Informatizados de Monitoramento 
e Controle
F15 – Serviços Educacionais no Ambiente Escolar 
F16 – O Processo Ensino e Aprendizagem
No fascículo 11, o cursista percorrerá de forma sucinta a his-
tória da educação brasileira desde a chegada dos portugueses até 
a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, com destaque para as 
rupturas e percalços vivenciados ao longo de mais de 400 anos. 
O fascículo 12 é dedicado à apresentação da educação 
brasileira no período que compreende a publicação da LDB 
n° 9.394/96 até os dias atuais. 
O fascículo 13 discute o sistema de organização escolar, 
observando os marcos legais e a estrutura básica de uma 
instituição escolar, tendo o currículo como eixo norteador 
e fundamento para o desenvolvimento do trabalho escolar. 
A gestão escolar, envolvendo suas múltiplas dimensões, é 
tema que interessa aos que trabalham na Secretaria Escolar. 
O fascículo 14 apresenta de forma sucinta os sistemas in-
formatizados de monitoramento e controle criados e imple-
mentados pelo Ministério da Educação para coleta de dados 
nas unidades escolares e secretarias municipais de Educação. 
O fascículo 15 descreve os serviços educacionais existentes no 
ambiente escolar e que atendem alunos, professores e gestores. 
O fascículo 16 é dedicado a descrever aspectos relativos 
ao processo ensino-aprendizagem, enfatizando algumas te-
orias e orientações metodológicas advindas dos campos da 
Pedagogia e da Psicologia.
Objetivos do fascículo
Ao concluir este fascículo o aluno deverá ser capaz de: 
•	 Identificar as principais conquistas da LDB de 1996; 
•	 Descrever a organização da educação brasileira a partir da 
LDB de 1996;
•	 Compreender o que é o Fundef e o Fundeb;
•	 Entender o que é um sistema de ensino e como ele se 
organiza; 
•	 Conhecer o sistema de ensino do Estado do Ceará.
Sumário
1. Uma Breve Síntese da LDB 
de 1996 .....................................312
2. Educação na LDB: 
Regime de Colaboração
 e Funcionamento ..................313
3. Educação Básica: Modalidades
 e Organização Escolar.........315
4. A Criação do Fundef .............318
5. O Fundeb ..................................321
6. O Que é e Como se Organiza 
o Sistema de Ensino .............322
7. O Conselho Estadual de 
Educação do Ceará (CEE) ...324
8. A Secretaria da Educação do 
Estado do Ceará (Seduc) .....326
9. O(A) Secretário(a) Escolar 
e a LDB ......................................327
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311Curso Técnico em Secretaria Escolar
Introdução
Com o final da ditadura militar, também chega ao fim o período de repressão às ideias, e, com isso, o Brasil começa a viver um novo momento em torno das questões relativas à educação. O retorno à 
normalidade democrática inicia-se em 1986, com a saída dos militares do 
poder e a eleição de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Em 1988, é promulgada a "Constituição Cidadã", que põe fim às regras 
de exceção criadas no período 1964 – 1985 e passa a ser a Carta Magna do 
país, recuperando os direitos civis e sociais dos brasileiros. 
As discussões sobre uma necessária reforma na educação brasileira 
nunca saíram de cena, no entanto, só com a Constituição Federal de 1988 
é que se encontra a sustentação legal para dar curso aos grandes desafios 
que a educação representa, como resposta aos problemas sociais e econô-
micos do Brasil. 
Essa mesma Constituição instituiu entre outras conquistas:
•	 A gratuidade e a obrigatoriedade para o ensino fundamental, inclusi-
ve para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, e a progressiva 
extensão para o Ensino Médio (Art. 208, incisos I e II).
•	 O regime de colaboração entre as esferas de Governo – União, Distrito 
Federal, estados, municípios – que terão responsabilidades específicas 
e se organizarão para coordenar e financiar os diversos níveis e modali-
dades do ensino (Art. 211, parágrafos 1º e 2º).
•	 A gestão democrática do ensino público (Art. 206, inciso VI).
•	 O financiamento da educação pela aplicação anual dos recursos ar-
recadados da receita resultante de impostos, ficando estabelecidos os 
percentuais mínimos de 18% para a União e 25% para Distrito Federal, 
estados e municípios para ser gastos na manutenção e no desenvolvi-
mento do ensino (Art. 69 da LDB). 
A educação básica terá como fonte adicional de recursos a contribui-
ção social recolhida pelas empresas que compõem o Salário-Educação. A 
contribuição social do Salário-Educação está prevista no artigo 212, §5º da 
Constituição Federal, regulamentada pelas Leis N°s 9.424/96 e 9.766/98, 
pelo Decreto N° 6003/2006 e pela Lei N° 11.457/2007. É calculada com 
base na alíquota de 2,5% sobre o valor total das remunerações pagas ou 
creditadas pelas empresas, a qualquer título, aos segurados empregados, 
ressalvadas as exceções legais. É arrecadada, fiscalizada e cobrada pela Se-
cretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda (RFB/MF). 
O restante é distribuído em cotas pelo FNDE, observada em 90% (no-
venta por cento) de seu valor a arrecadação realizada em cada estado e no 
Distrito Federal, da seguinte forma: 
•	 Cota federal: correspondente a 1/3 do montante dos recursos, é des-
tinada ao FNDE e aplicada no financiamento de programas e projetos 
voltados para a educação básica, de forma a propiciar a redução dos des-
níveis socioeducacionais entre os municípios e os estados brasileiros.
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312 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
•	 Cota estadual e municipal: correspondente a 2/3 do montante dos 
recursos, é creditada mensal e automaticamente em favor das Secre-
tarias de Educação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios 
para o financiamento de programas, projetos e ações voltados para a 
educação básica. A cota estadual e municipal da contribuição social do 
salário-educação é integralmente redistribuída entre os estados e seus 
municípios, de forma proporcional ao número de alunos matriculados 
na educação básica das respectivas redes de ensino apurado no Censo 
Escolar do exercício anterior ao da distribuição. Os 10% restantes do 
montante da arrecadação do salário-educação são aplicados pelo FNDE 
em programas, projetos e ações voltados para a educação básica: (http://
www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=salario_educacao.html) 
Ao longo dos oito anos seguintes (1988 – 1996), os movimentos em tor-
no de uma nova Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Brasileira se 
amplificam, com a participação de todos os segmentos sociais. Em 23 de 
dezembro de 1996, é promulgada a última e atual Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (LDB) também conhecida como Lei Darcy Ribeiro. 
Embora as discussões acerca de uma escola pública de qualidade te-
nham tido forte presença nos pleitos apresentados na nova LDB, o Brasil, 
no limiar do século XXI, ainda se deparava com desafios do século XIX, 
como as questões relacionadas ao acesso escolar por parte da população 
com baixo poder aquisitivo. É nesse contexto, que em 1998, é criado o 
Fundo de Manutenção e Valorização dos Profissionais de Educação (Fun-
def) que vai dar nova organização no financiamentoda educação brasileira. 
1. Uma Breve Síntese da LDB de 1996 
A seguir, apresentamos uma breve síntese dos principais destaques da política educacional presentes na LDB. Em Título I - Da Educa-ção, o Art. 1º da citada lei estabelece que
 a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem 
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas institu-
ições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações 
da sociedade civil e nas manifestações culturais. 
Já o Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional determi-
na no Art. 2º que 
a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios 
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finali-
dade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o ex-
ercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O Art. 3º estabelece como princípios norteadores do ensino:
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber.
III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância.
V.Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
Darcy Ribeiro (1922 - 1997), 
antropólogo e educador 
brasileiro que acreditava 
na infinita possibilidade 
do ser humano. A Lei n° 
9394/96 reflete seus 
sonhos e crenças e introduz 
mudanças relevantes 
na vida educacional 
brasileira. Posterior à 
ditadura militar procura 
romper definitivamente 
com posturas autoritárias 
estabelecendo, na sua 
essência, princípios 
democráticos que estão 
presentes na gestão e na 
autonomia escolar.
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313Curso Técnico em Secretaria Escolar
VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
VII. Valorização do profissional da educação escolar.
VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da 
legislação dos sistemas de ensino.
IX. Garantia de padrão de qualidade.
X. Valorização da experiência extraescolar.
XI. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Este artigo permite vislumbrar um horizonte promissor para a educação 
brasileira, embasada nos mais nobres princípios democráticos, respeitando 
o pluralismo de ideias e concepções, assegurando a gratuidade do ensino 
publico e defendendo um padrão de qualidade. 
Importante destacar também as preocupações com a vinculação entre 
a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais, o que vai impactar de 
forma profunda nas novas propostas curriculares.
2. Educação na LDB: Regime 
de Colaboração e Funcionamento
A LDB prevê em seu artigo 8° que a União, os estados, o Distrito Fe-deral e os municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino, sendo que
§1º. Caberá à União a coordenação da política nacional de educa-
ção, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função 
normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instân-
cias educacionais e § 2º. Os sistemas de ensino terão liberdade de 
organização nos termos desta Lei. 
A Lei organiza a educação em níveis – educação básica e educação supe-
rior (Artigo 21) – e modalidades: educação especial, educação a distância, 
educação de jovens e adultos, educação indígena, educação profissional de 
nível técnico e educação no campo. 
A educação básica é formada pela Educação Infantil, pelo Ensino Fun-
damental e pelo Ensino Médio. A Educação Infantil, primeira etapa da 
educação básica, tem como finalidade 
o desenvolvimento integral da criança até 5 anos de idade, em seus 
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a 
ação da família e da comunidade(...) e será ofertada em creches ou 
entidades equivalentes, para crianças de até 3 anos de idade; e pré-
escolas, para as crianças de 4 a 5 anos de idade.
Na Educação Infantil, não haverá reprovação, devendo a avaliação ser 
realizada mediante acompanhamento contínuo e registro do desenvolvi-
mento da criança.
Os legisladores definem o Ensino Fundamental como direito subjetivo 
e o tornam obrigatório, inclusive para os que nele não ingressaram na idade 
própria. O ensino fundamental regular, com duração mínima de 9 anos, 
tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante: 
Em 2006, a redação 
do artigo 32 da LDB foi 
alterada pela Lei Federal nº 
11.274/2006, passando a ter 
a seguinte forma: “O ensino 
fundamental obrigatório, 
com duração de 9 (nove) 
anos, gratuito na escola 
pública, iniciando-se aos 
6 (seis) anos de idade, terá 
por objetivo a formação 
básica do cidadão”. Isso 
faz com que a Educação 
Infantil se atenha à faixa 
etária de 0 a 5 anos.
A Emenda nº 59/2009 
prevê a obrigatoriedade do 
ensino para a população 
entre 4 e 17 anos e amplia a 
abragência dos programas 
suplementares para todas as 
etapasda educação básica.
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314 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
I. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios 
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo. 
II. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da 
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. 
III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em 
vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de 
atitudes e valores.
IV. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade 
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
O Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração mínima 
de 3 anos, tem como finalidades:
I.A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos ad-
quiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prossegui-
mento de estudos. 
II.A preparação básica para o trabalho e a cidadania do edu-
cando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se 
adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou 
aperfeiçoamento posterior.
III.O aprimoramento do educando como pessoa humana, in-
cluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia 
intelectual e do pensamento crítico. 
IV.A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos 
dos processos produtivos, relacionando a teoria com a práti-
ca no ensino de cada disciplina.
Importante destacar que, com o Decreto nº 5.154 de 2004, foi permiti-
da a possibilidade de ofertar a educação profissional, de forma integrada, 
concomitante com o Ensino Médio ou subsequente.
A educação superior abrange os cursos de extensão, graduação (bacha-
relado e licenciatura), pós-graduação (strito sensu: mestrado, doutorado e 
latu sensu: especialização e aperfeiçoamento) e sequenciais. 
Em 2004, o MEC criou a 
Secretaria de Educação 
Continuada, Alfabetização 
e Diversidade (SECAD). 
Nela estão reunidos temas 
antes distribuídos em 
outras secretarias como 
alfabetização e educação 
de jovens e adultos, 
educação do campo, 
educação ambiental, 
educação escolar indígena, 
e diversidade étnico-racial.
(http://portal.mec.gov.br/
index.php?option=com _con
tent&view=article&id=290&
Itemid=816)
Em 2011 foi incorporada às 
politicas educacionais de 
inclusão e a denominação 
passou a ser Secadi.
Hora da prática
1. Em que contexto surge a LDB de 1996? 
2. Constituição Federal de 1988 deu as bases para a nova LDB. Cite 
pelo menos três aspectos apontados na Constituição que se fize-
ram presentes na LDB. 
3. Em que níveis está organizada a educação brasileira? Descreva 
cada um deles. 
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315Curso Técnico em Secretaria Escolar
3. Educação Básica: Modalidades 
e Organização Escolar
A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos se-mestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros crité-
rios, ou por outras formas de organização. A escola poderá, ainda,organizar 
classes ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes 
de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes 
ou outros componentes curriculares. 
Além dos níveis de ensino previstos na LDB, são propostas algumas moda-
lidades que podem se fazer presentes em qualquer um dos níveis de ensino.
A educação especial destina-se a todos que necessitam de atendi-
mento especial, seja por deficiência ou por genialidade. A educação es-
pecial é um direito, cabendo ao poder público proporcionar a inclusão do 
aluno com necessidades educativas especiais no sistema de ensino.
Os portadores de necessidades especiais são classificados em:
• Portadores de deficiências visual, auditiva, mental, física ou múltipla.
• Portadores de condutas típicas: problemas de condutas decorrentes de 
síndromes e de quadros psicológicos ou neurológicos.
• Portadores de altas habilidades.
A LDB trata a educação especial como modalidade de educação es-
colar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, seja básica 
ou superior.
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316 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
A educação indígena é tratada na LDB como educação diferenciada, 
com normas e ordenamento jurídico próprios e visa à valorização plena das 
culturas dos povos e comunidades indígenas, à afirmação e à manutenção 
de sua diversidade étnica.
A educação de jovens e adultos destina-se àqueles que não tiveram 
acesso à escola regular, fundamental ou médio, na idade própria. Essa mo-
dalidade de ensino prevê cursos e exames.
A educação do campo tem características e necessidades próprias, 
respeitando o espaço cultural dos alunos sem abrir mão de sua pluralidade 
como fonte de conhecimento em diversas áreas. Entre seus objetivos, está 
a valorização do campo com a inclusão social dos moradores – pescadores, 
caiçaras, ribeirinhos, extrativistas e o respeito ao espaço ambiental da flo-
resta, da pecuária, das minas e da agricultura.
A educação profissional de nível técnico visa preparar o educando 
para o mundo do trabalho e tem como objetivo a garantia de permanente 
desenvolvimento de aptidões para a vida social e produtiva.
A educação a distância consiste em uma forma de ensino que possi-
bilita a auto aprendizagem com a mediação de recursos didáticos sistemati-
camente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, 
utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios 
de comunicação.
3.1 Instituições de Ensino
A LDB, no seu artigo 12, estabelece as atribuições legais da escola, quais sejam:
I. Elaborar e executar sua proposta pedagógica.
II. Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros.
III. Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula.
IV.Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente.
V. Prover meios para a recuperação dos alunos de menos rendimento.
VI. Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos 
de integração da sociedade com a escola.
VII. Informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento 
dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
A Lei também especifica as atribuições legais do docente no artigo 13, 
que são: 
I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabeleci-
mento de ensino.
II. Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta ped-
agógica.
III. Zelar pela aprendizagem dos alunos.
IV.Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor 
rendimento.
V. Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de par-
ticipar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à 
avaliação e ao desenvolvimento profissional.
VI. Colaborar com as atividades de articulação da escola com as 
famílias e a comunidade.
Para a conclusão do 
Ensino Fundamental 
na modalidade jovens 
e adultos, o aluno terá, 
obrigatoriamente, 15 
anos, e, para a conclusão 
do Ensino Médio, a idade 
mínima é de 18 anos. 
Para conhecer mais sobre 
educação de jovens e 
adultos, consulte o Parecer 
nº 11/2000, a Resolução 
nº 01/2000, do CNE, a 
Resolução nº 363/2000 
do CEE. É vedada a 
recusa de matrícula de 
concludente de curso 
de educação de jovens 
e adultos em instituição 
de ensino regular. Caso a 
norma não seja cumprida 
pela escola, caberá ao 
CEE efetuar matrícula ex 
officio. É vedada a recusa 
de matrícula de aluno 
oriundo de curso regular 
com insucesso em disciplina 
isolada em curso ou exame 
supletivo, devendo a 
escola que receber o aluno 
proceder aos exames 
solicitados e, se aprovado, 
expedir o certificado, 
respeitando o limite de 
idade de 15 anos para o 
Ensino Fundamental e de 18 
para o Ensino Médio.
Para conhecer mais sobre 
educação profissional de 
nível técnico, consulte 
o Parecer nº 16/1999 a 
Resolução nº 04/1999, 
do CNE e a Resolução nº 
389/2004 do CEE, e, de 
formação inicial a Resolução 
N° 390/2004 do CEE. 
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317Curso Técnico em Secretaria Escolar
Por fim, também na LDB, está previsto que a escola é responsável pela 
universalização do acesso, assim como pela democratização do saber, ca-
bendo-lhe o dever de organizar-se para atingir os objetivos da educação, 
quais sejam: “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum 
para o pleno exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no 
trabalho e em estudos posteriores” (Art. 22).
Para que a educação cumpra sua finalidade, é necessário que todos os 
atos normativos do sistema de ensino e toda ação educativa da escola se-
jam norteados pelos princípios que regem a educação brasileira. Por isso, é 
muito importante que esses princípios sejam conhecidos e internalizados 
por todos os atores que fazem a escola.
3.2 Exigências legais para o exercício profissional na escola
No que tange à formação dos professores, o artigo 62 da LDB afirma que 
a formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em 
nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena, em 
universidades e institutos superiores de educação, admitida como 
formação mínima para o exercício do magistério na Educação Infan-
til e nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, a oferecida 
em Nível Médio, na modalidade Normal.
Os artigos 63 e 64 da LDB são dedicados às agências formadoras e afir-
mam que os institutos superiores de educação manterão: 
cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclu-
sive o curso normal superior, destinado à formação de docentes para 
a Educação Infantil e para as primeiras séries do Ensino Fundamen-
tal, programas de formação pedagógica para portadores de diplo-
mas de educação superior que queiram se dedicar à educação básica 
e programas de educação continuada para os profissionais de edu-
cação dos diversos níveis (Art. 63 da LDB). 
A formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para 
a educação básica será feita em cursos de graduação em Pedago-
gia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, 
garantida, nessa formação, a base comum nacional (Art. 64 da LDB).
Para conhecer mais sobre 
educação a distância, 
consulte o Decreto 
nº 2494/1998 da Presidência 
da República e a Resolução 
nº 360/2000, do CEE. 
Caso o profissional não 
possua a habilitação 
específica para assumir o 
cargo de diretor, deverá 
solicitar ao CEE autorização 
para o exercício da função, 
nos termos da Resolução nº 
374/2003. Caso a carência 
seja de professor habilitado, 
caberá à respectiva Crede 
expedir autorização 
temporária, conforme 
Parecer n° 658/2003, do CEE. 
Para conhecer mais sobre 
educação no campo, 
consulte a Resolução nº 
01/2002 do CNE/CEB.
Hora da prática
1. Enumere os níveis e as modalidades de ensino previstos na LDB 
de 1996. 
2. Quais as competências das instituições de ensino, segundo a LDB?
3. Quaisas atribuições dos professores na mesma lei? 
4. Que exigências legais recaem sobre os professores para atuarem na 
educação básica?
Anísio Teixeira (1900 - 1971) 
foi um baiano que teve 
papel de destaque na 
educação brasileira desde 
a década de 1920, sendo 
um dos signatários do 
movimento dos Pioneiros 
da Educação, em defesa do 
ensino público.
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318 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
4. A Criação do Fundef
No fim de 1996, após longas discussões, algumas delas motivadas desde o 
movimento dos Pioneiros, o Congresso Nacional instituiu o Fundo de Manu-
tenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Ma-
gistério (Fundef), por meio da Lei nº 9424 de 24 de dezembro, na forma pre-
vista no artigo 60, §7º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Produto da Emenda Constitucional n° 14, o Fundef, a partir de janeiro 
de 1998, pode contribuir, de forma marcante, para uma significativa trans-
formação do cenário da educação básica nacional. 
O Fundef é uma conta bancária especial, utilizada exclusivamente para 
depositarem-se os recursos financeiros que vão garantir a manutenção e o 
desenvolvimento do Ensino Fundamental. Os recursos do Fundef são pro-
venientes do Fundo de Participação do Estado (FPE) e Fundo de Partici-
pação dos Municípios (FPM), do Imposto de Circulação sobre Mercadorias 
(ICMS) e do IPI – exportação. 
Àquela época, as estatísticas relativas à educação básica brasileira eram 
vergonhosas, revelando que uma significativa parcela de crianças e jovens 
na idade escolar não frequentavam a escola, em especial nas menores con-
centrações populacionais rurais, com ênfase para as regiões norte e nor-
deste do país. Ou seja, o país, no limiar do século XXI, ainda enfrentava 
problemas de atendimento escolar, fato que as nações desenvolvidas ti-
nham resolvido no século XIX. 
Tecnicamente, o Fundo era um instrumento de natureza contábil. Po-
liticamente, representou um avanço, já que desconcentrava poder e com-
partilhava responsabilidades. Para cumprir sua finalidade sem desvio de 
rumo, foi criado um mecanismo de vigilância da sociedade sobre a utiliza-
ção desses recursos, o Conselho de Controle Social do Fundef.
Embora a Lei do Fundef 
seja de 1996, ele só foi de 
fato implantado em 1998, 
em virtude de problemas 
financeiros no estado do 
Rio de Janeiro.
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319Curso Técnico em Secretaria Escolar
Agravando o quadro de crianças fora da escola, em razão de diversos 
fatores, dentre os quais se destacava a limitada disponibilidade financei-
ra, contribuía para os baixos desempenhos das redes públicas de ensino, 
em especial as redes municipais, a elevada participação de professores 
não habilitados – professores leigos – compondo o quadro dos profissio-
nais do magistério.
Àquela época, também, poucos professores da educação básica dispu-
nham da formação superior em licenciatura plena, registrandose grande 
predominância de docentes com formação de nível médio, na modalidade 
magistério, não atendendo a demanda de professores habilitados por área, 
para as últimas séries do Ensino Fundamental, conforme previa a LDB.
A criação do Fundef tinha como objetivos promover a:
•	 Inclusão das crianças e jovens fora da escola.
•	 Universalização das matrículas no ensino fundamental. 
•	 Qualificação e valorização dos profissionais do magistério.
•	 Adequação e melhoria da rede física das unidades escolares.
•	 Capacitação continuada dos profissionais da educação.
•	 Adequação dos recursos – humanos, materiais e equipamentos – para 
manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental.
O desafio de avançar na inclusão das crianças fora da escola, em sua 
grande maioria, habitantes das mais distantes concentrações rurais, am-
pliar a municipalização do Ensino Fundamental, já que, aos estados, seria 
impossível atender as matrículas dispersas, e assegurar a necessária habili-
tação de professores leigos só seria exequível com o aumento significativo 
de recursos financeiros nesses municípios. O Fundef representa a resposta 
política e financeira a estas questões.
Atenção
Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
São consideradas, pela LDB, despesas com manutenção e desenvol-
vimento do ensino:
•	 A remuneração e o aperfeiçoamento de pessoal docente e outros 
profissionais da educação.
•	 A aquisição, a manutenção, a construção e a conservação de ins-
talações e equipamentos necessários ao ensino. 
•	 A aquisição de material e a contratação de serviços necessários 
ao ensino.
•	 Os levantamentos estatísticos, os estudos e as pesquisas visando 
à qualidade e à expansão do ensino.
•	 A realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento 
dos sistemas de ensino.
•	 A concessão de bolsas de estudos para alunos em escolas privadas.
•	 A amortização e o custeio de crédito destinados a atender exclu-
sivamente o Ensino Fundamental (Art. 70 da LDB).
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320 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
4.1 As contribuições do Fundef
Em primeiro lugar, reconhecendo que os desafios a cumprir iam muito 
além das disponibilidades do momento, foi estabelecido que, na primeira 
década, o Ensino Fundamental, para a população de 7 a 14 anos, definido 
como obrigatório na Constituição Federal, seria selecionado como a prio-
ridade a ser atendida.
Com idêntica preocupação, buscando assegurar paridade de acesso aos 
recursos disponíveis, ficou estabelecido que as transferências para estados 
e municípios seriam proporcionais às matrículas atendidas por cada uni-
dade federada; prevendo-se uma distribuição ponderada à participação de 
matrículas nas zonas rural e urbana e segundo as séries iniciais e finais do 
Ensino Fundamental.
Ao mesmo tempo, concluindo que pouco se poderia avançar na busca 
de qualidade na educação pública sem rever a qualificação dos principais 
atores do processo de ensino-aprendizagem, o Fundef, corretamente, esta-
beleceu que 60% dos recursos deveriam ser aplicados, exclusivamente, na 
valorização dos profissionais do magistério.
Como se pode concluir, após a criação do Fundef, a partir de janeiro de 
1998, muitas e marcantes transformações foram vivenciadas no desenvol-
vimento e na manutenção do Ensino Fundamental brasileiro e, em espe-
cial, nos mais pobres estados da Federação, como o Ceará.
Os dez anos de vigência do Fundef propiciaram a universalização do aces-
so ao Ensino Fundamental; uma significativa elevação no nível de formação 
dos professores dessa etapa de ensino; a melhoria da rede física escolar, 
especialmente nos municípios; e a oferta de programas de formação conti-
nuada para os profissionais da educação. Pode-se afirmar que o Fundef é o 
grande responsável pela inclusão da educação brasileira no século XXI.
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321Curso Técnico em Secretaria Escolar
5. O Fundeb
Desde a criação do Fundef, algumas questões relativas ao financiamento 
da educação básica persistiam na pauta das políticas do setor. Se o Ensino 
Fundamental tinha um fundo contábil com um custo-aluno definido ano 
a ano, que, embora insuficiente, representava uma conquista na busca de 
assegurar o acesso da população de 7 a 14 anos, as duas etapas que se colo-
cam nos extremos da educação básica – Educação Infantil e Ensino Médio 
– permaneciam sem amparo financeiro claramente definido.
A vigência do Fundef pelo período de 10 anos tem seu prazo concluído 
em 2006, e, durante este período, foram muitas as discussões acerca de um 
novo Fundo que contemplasse todos os níveis e modalidades da educação 
básica. Assim, em 19 de dezembro de 2006 por meio da Emenda Constitu-
cional n° 53, o Governo criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento 
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fun-
deb), passando a vigorar a partir de 2007.
O Fundeb é um fundo de natureza contábil, regulamenta-do pela Medida Provisória nº 339, posteriormente convertida na Lei 
nº 11.494/2007. Sua implantação se deu em 1º de janeiro de 2007, de forma 
gradual, com previsão de ser concluída em 2009, quando atingiu todo o 
universo de alunos da educação básica pública presencial, e os percentuais 
de receitas que o compõem alcançaram o patamar de 20% de contribuição.
O Fundeb é hoje o principal mecanismo de financiamento da educação 
básica, compreendendo a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o En-
sino Médio, bem como todas as modalidades de ensino. 
Os recursos do Fundo destinam-se a financiar a educação básica (cre-
che, pré-escola, Ensino Fundamental, Ensino Médio e educação de jovens 
e adultos). Sua vigência é até 2020, atendendo, a partir do terceiro ano de 
funcionamento, 47 milhões de alunos.
O Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb é um 
colegiado que tem como função principal acompanhar e controlar a distri-
buição, a transferência e a aplicação dos recursos do Fundo, no âmbito das 
esferas municipal, estadual e federal.
O Conselho do Fundeb no município deverá ser composto por, no míni-
mo, nove membros, sendo: 2 (dois) representantes do Poder Executivo Mu-
nicipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educação 
ou órgão educacional equivalente; 1 (um) representante dos professores 
da educação básica pública; 1 (um) representante dos diretores das esco-
las básicas públicas; 1 (um) representante dos servidores técnico-adminis-
trativos das escolas básicas públicas; 2 (dois) representantes dos pais de 
alunos da educação básica pública; 2 (dois) representantes dos estudantes 
da educação básica pública, sendo um deles indicado pela entidade de es-
tudantes secundaristas. 
A escolha dos representantes dos professores, diretores, pais de alunos 
e servidores das escolas deve ser realizada pelos grupos organizados ou or-
ganizações de classe que representam esses segmentos e comunicada ao 
chefe do Poder Executivo para que este, por ato oficial, nomeie-os para o 
exercício das funções de conselheiros. 
Se, no município, houver 
um Conselho Municipal de 
Educação e/ou Conselho 
Tutelar, um de seus 
membros também deverá 
integrar o Conselho do 
Fundeb. Embora exista 
o número mínimo de 
nove membros para a 
composição do Conselho 
do Fundeb, na legislação, 
não existe limite máximo, 
devendo, no entanto, ser 
observada a parídade/
equilíbrio na distribuição 
das representações. Sempre 
que um conselheiro deixar 
de integrar o segmento 
que representa, deverá 
ser substituído pelo seu 
suplente ou por um novo 
representante indicado/
eleito por sua categoria. 
Após a substituição de 
membros do conselho, as 
novas nomeações devem 
ser incluídas no sistema 
informatizado de Cadastro 
dos Conselhos do Fundeb 
(http://www.fnde.gov.br/ 
home/index.jsp?arquivo= 
fundeb.html).
No sistema de ensino 
federal, o órgão executivo 
é o Ministério de Educação 
(MEC), e o normativo é 
o Conselho Nacional de 
Educação (CNE).
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322 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
Hora da prática
1. Por que foi criado o Fundef? 
2. Quais os principais objetivos do Fundef? 
3. Que contribuições o Fundef deu nos dez anos de sua existência? 
4. Em que ano e por que foi criado o Fundeb? 
5. Como é administrado o Fundeb? 
6. Com a criação do Fundeb, os recursos para a educação básica au-
mentaram ou diminuiram? Explique sua resposta.
Na esfera estadual, a Seduc é 
o órgão da administração do 
sistema de educação básica, 
e a Secretaria de Ciência 
e Tecnologia (Secitece), do 
sistema de Ensino Superior 
e ensino profissional. 
O Conselho Estadual 
de Educação é o órgão 
normativo, deliberativo 
e consultivo do sistema 
educacional do Ceará.
Na esfera municipal, 
 as Secretarias de Educação 
assumem a administração 
das respectivas redes de 
escolas, e, onde houver 
Conselho Municipal 
de Educação, do seu 
sistema de ensino.
6. O Que é e Como se Organiza 
o Sistema de Ensino
A palavra "sistema" significa conjunto de elementos, concretos ou abstratos, 
intelectualmente organizado. Um sistema é constituído de vários elementos 
que se interrelacionam de forma dinâmica e possuem objetivo comum. 
Todo sistema pressupõe uma cadeia de subsistemas e, ao mesmo tempo, 
se insere em um sistema hierarquicamente superior. No caso do sistema de 
ensino, têm-se os sistemas federal, estaduais e municipais. Tal organização 
está prevista na Constituição Brasileira de 1988 no artigo 211, conforme 
texto a seguir.
a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão em 
regime de colaboração seus sistemas de ensino. A União organizará e 
financiará o sistema federal de ensino e prestará assistência técnica 
e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios. 
A partir da LDB (nº 9394/96), a concepção de descentralização dos ser-
viços educacionais tem sido fortalecida. O sistema federal de ensino age 
de forma supletiva nos estados e municípios e avalia e normatiza o Ensino 
Superior das instituições federais e privadas.
As competências e obrigações da União em relação ao sistema educa-
cional brasileiro estão expressas nos artigos 8º e 9º da LDB, como se pode 
ver a seguir.
Art. 8º. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios orga-
nizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
§1º. Caberá à União a coordenação da política nacional de educa-
ção, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função 
normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instân-
cias educacionais.
§2º. Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos ter-
mos desta Lei.
Art. 9º. A União incumbir-se-á de:
I. Elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os 
estados, o Distrito Federal e os Municípios.
II. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições ofici-
ais do sistema federal de ensino e o dos territórios.
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323Curso Técnico em Secretaria Escolar
III. Prestar assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito 
Federal e aos municípios para o desenvolvimento de seus sistemas 
de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, ex-
ercendo sua função redistributiva e supletiva.
IV. Estabelecer, em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os 
municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o En-
sino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus 
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum.
V. Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação.
VI. Assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar 
nos Ensinos Fundamental, Médio e Superior, em colaboração com os 
sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a mel-
horia da qualidade do ensino.
VII. Baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação.
VIII. Assegurar processo nacional de avaliação das instituições de 
educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem re-
sponsabilidade sobre este nível de ensino.
IX. Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, re-
spectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os 
estabelecimentos do seu sistema de ensino.
§1º. Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de 
Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade per-
manente, criado por lei.
§2°. Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá 
acesso a todos os dados e as informações necessários de todos os 
estabelecimentos e órgãos educacionais.
§3º. As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos 
estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de 
Educação Superior.
Cumprindo o princípio da descentralização, os estados atuam de forma 
autônoma, organizando e normatizando as instituições de Ensino Superior, 
estaduais e municipais,e ainda as escolas públicas e privadas de educação 
básica e profissional. 
Já os municípios organizam e normatizam, de forma autônoma ou em 
parceria com o sistema estadual de ensino, as suas escolas de Educação 
Infantil e Ensino Fundamental.
Essa descentralização é imprescindível em um país de dimensões conti-
nentais como o Brasil e com especificidades regionais e locais tão acentuadas.
6.1 Sistema Estadual de Educação: competências e obrigações
As obrigações do estado com a educação estão estabelecidas no artigo 10 
da LDB, como mostra o texto a seguir. 
Os estados incumbir-se-ão de:
I. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições oficiais 
do seu sistema de ensino.
II. Definir, com os municípios, formas de colaboração na oferta do Ensino 
Fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das 
responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recur-
sos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do poder público.
A Lei nº 9.394/96 estabelece 
que os municípios poderão 
criar o seu sistema de 
ensino, optar, ainda, por 
se integrar ao sistema 
estadual de ensino ou 
compor com ele um sistema 
único de educação básica.
A formação do secretário 
escolar se fará em curso de 
formação inicial ou técnico, 
nos termos da Resolução n° 
388/2004 e n° 389/2004, 
ambas do CEE. Conheça 
mais sobre a Seduc. Visite o 
site: www.seduc.ce.gov.br
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324 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
III. Elaborar e executar políticas e os planos educacionais, em con-
sonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integ-
rando e coordenando as suas ações e as dos municípios. 
IV. Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respec-
tivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabe-
lecimentos do seu sistema de ensino.
V. Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino.
VI. Assegurar o Ensino Fundamental e oferecer, com prioridade o En-
sino Médio.
No que tange às obrigações do município com a educação, é o artigo 11 
da LDB que explicita. Os municípios incumbir-se-ão de:
I. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições oficiais do 
seu sistema de ensino, integrando-se às políticas e aos planos educa-
cionais da União e do Estado.
II. Exercer função redistributiva em relação às suas escolas.
III. Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino.
IV. Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu 
sistema de ensino. 
V. Oferecer a Educação Infantil em creches e pré-escolas e, com prio-
ridade, o Ensino Fundamental, permitida a atuação em outros níveis 
de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as ne-
cessidades de sua área de competência e com recursos acima dos 
percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal.
VI. A manutenção e o desenvolvimento do ensino.
Há que se considerar a necessária colaboração entre os sistemas estadu-
al e municipal em busca da qualidade da educação, especialmente no que 
tange à oferta pública.
7. O Conselho Estadual 
de Educação do Ceará (CEE)
A Lei Federal nº 4.024/61 – LDB adotou a descentralização do ensino como um de seus princípios, instituindo, para isso, os sistemas de ensino, cada Estado e o Distrito Federal deveriam, a partir de então, 
organizar seus respectivos sistemas. No caso do Ceará, foi promulgada a Lei 
nº 6.322/63, dois anos após a LDB, definindo as finalidades, organização e 
competências do Conselho. No Ceará o Conselho foi criado em 04 de junho 
de 1963 e publicou em 1965 a relação dos primeiros conselheiros, dando 
inicio ao seu funcionamento oficial. 
O Art. 230 da Constituição do Estado do Ceará atribui ao Conselho Es-
tadual de Educação os papéis de órgão “normativo, consultivo e deliberati-
vo”, cabendo-lhe a regulamentação do Sistema Estadual de Ensino. 
Como órgão normativo, deliberativo e consultivo do Sistema de Ensino 
do Estado (art. 230 da Constituição do Estado), o Conselho Estadual de Edu-
cação apresenta ações que abrangem a Educação Básica, à qual se integram:
1 - A educação infantil (creches e pré-escola)
2 - O ensino fundamental (de 1ª à 9ª séries)
Conheça mais sobre o CEE. 
Visite o site: 
www.cee.ce.gov.br.
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325Curso Técnico em Secretaria Escolar
3 - O ensino médio (de 1ª à 3ª séries)
4 - A educação de jovens e adultos
5 - A educação profissional, a nível técnico
6 - A educação a distância (ensino fundamental e médio)
7 - A educação especial
O Conselho apresenta ações também para a Educação Superior, no caso 
das Instituições de Ensino Superior mantidas pelo Governo do Estado. 
Suas competências básicas consistem em:
• Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respec-
tivamente, os cursos das instituições de Educação Superior criados 
e mantidos pelo Governo do Estado do Ceará, e da educação básica 
pública e privada.
• Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino.
• Interpretar a legislação de ensino.
• Desconcentrar suas atribuições por meio de comissões de âmbito 
municipal (www.cee.ce.gov.br).
A partir da Lei nº 9.394/96, sua ação é também de acompanhamento, 
avaliação e controle da qualidade da educação, o que o torna de extrema 
importância para a melhoria do sistema e, em especial, da escola.
Segundo a Lei Estadual nº 13.875/2007, o CEE possui as seguintes com-
petências:
•	 Normatizar a área educacional do Estado.
•	 Interpretar a legislação de ensino.
•	 Aplicar sanções.
•	 Aprovar o Plano Estadual de Educação e Planos de Aplicação de recur-
sos destinados à educação.
•	 Autorizar o funcionamento do ensino nas escolas e avaliar a qualidade.
•	 Outras competências:
•	 Pesquisar a realidade educacional, condição cientifica para promover 
mudanças significativas, construtoras da qualidade.
•	 Acompanhar a execução curricular, com o propósito de ajudar cada sala 
de aula a desempenhar com eficácia a sua tarefa.
•	 Contribuir para o poder público e a iniciativa privada para atualizar os 
processos educacionais simultaneamente as inovações do desenvolvi-
mento tecnológico.
•	 Contribuir para que a família, a escola e a sociedade caminhem juntos a 
serviço de cada aluno.
•	 Dentre suas rotinas, as mais frequentes são:
•	 Credenciamento de Instituições de ensino/nucleação
•	 Autorização e reconhecimento de cursos
•	 Autorização para direção de escola 
•	 Aprovação de cursos
•	 Mudança de mantenedor, nome, endereço.
O CEE é organizado em duas Câmaras: uma de educação básica (Educa-
ção Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio); e outra, de educação su-
perior e profissional. Cada Câmara é coordenada por um presidente eleito 
entre seus pares, e as duas formam o Conselho Pleno.
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326 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
O colegiado é composto por 18 conselheiros com mandato de quatro 
anos e uma recondução consecutiva. Os membros são escolhidos entre 
educadores de grande experiência e destaque na área educacional e são 
nomeados pelo governador do estado. A presidência do CEE é exercida por 
um dos conselheiros, nomeado pelo governador para o exercício da função.
O CEE é órgão vinculado à Seduc, com autonomia orçamentária e admi-
nistrativa e, no cumprimento de suas funções normativas, emite Pareceres 
de caráter subjetivo e genérico, Resoluções e Indicações.
8. A Secretaria da Educação 
do Estado do Ceará (Seduc)
Inicialmente chamada de Inspetoria Geral da Instrução Pública, a SE-DUC foi criada em 1916 com o objetivo de a inspeção do ensino pri-mário do Estado da execução das deliberações do Governo para esse 
mesmo ensino. No decorrer de seu processo histórico foi ainda Secretaria 
de Educação e Saúde, além de Secretaria de Educação e Cultura, foi somen-
te em 1996 que a Secretaria de Educação do Estadual do Ceará é assim in-
titulada e se organiza da forma como conhecemos hoje. Seusobjetivos são:
1 - Fortalecer o regime de colaboração, com foco na alfabetização na 
idade certa e na melhoria da aprendizagem dos alunos até o 5º ano;
2 - Garantir o acesso e a melhoria dos indicadores de permanência, 
fluxo e desempenho dos alunos no Ensino Médio. 
3 - Diversificar a oferta do Ensino Médio, articulando-o com a educa-
ção profissional, com o mundo do trabalho e com o ensino superior.
4 - Promover o protagonismo e empreendedorismo estudantil como 
premissa da ação educativa. 
5 - Valorizar os profissionais da educação, assegurando a melhoria 
das condições de trabalho e oportunidades de desenvolvimento 
pessoal e profissional.
6 - Consolidar modelos de gestão focados na autonomia escolar e 
nos resultados de aprendizagem.
7 - Fortalecer a escola como espaço de inclusão, de respeito à diver-
sidade e da promoção da cultura da paz.
Pela lei Estadual n° 13.875, de 07 de fevereiro de 2007, Capítulo IV, arti-
go 43, compete à Secretaria de Educação: 
• definir e coordenar políticas e diretrizes educacionais para o siste-
ma de ensino médio, comprometidas com o desenvolvimento social 
inclusivo e a formação cidadã; 
• garantir, em estreita colaboração com os municípios, a oferta da 
educação básica de qualidade para crianças jovens e adultos resi-
dentes no território cearense; 
• estimular a parceria institucional na formulação e implementação de 
programas de educação profissional para os jovens cearenses; 
• assegurar o fortalecimento da política de gestão democrática, na 
rede pública de ensino do Estado;
• promover o desenvolvimento de pessoas para o sistema de ensino, 
garantindo qualidade na formação e valorização profissional; 
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327Curso Técnico em Secretaria Escolar
• estimular o diálogo com a sociedade civil e outras instâncias gover-
namentais como instrumento de controle social e de integração das 
políticas educacionais; 
• assegurar a manutenção e o funcionamento da rede pública estadual 
de acordo com padrões básicos de qualidade; 
• desenvolver mecanismos de acompanhamento e avaliação do 
sistema de ensino público, com foco na melhoria de resultados edu-
cacionais; 
• promover a realização de estudos e pesquisas para o aperfeiçoamento 
do sistema educacional, estabelecendo parcerias com outros órgãos e 
instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais; 
• exercer outras atribuições correlatas, nos termos do Regulamento.
A Seduc tem sua estrutura descentralizada, cabendo às Coordenadorias 
Regionais de Desenvolvimento da Educação (Crede) desenvolver ativida-
des administrativas, de ensino e de gestão escolar. As 20 Crede funcionam 
como braços operacionais da Seduc nas regiões onde se inserem, articulan-
do-se com as Secretarias Municipais de Educação e com as instituições de 
ensino, públicas e privadas da educação básica.
9. O(A) Secretário(a) Escolar e a LDB
Com a publicação da LDB em 1996, o sistema educacional brasileiro vive um primeiro momento de adaptação às novas exigências legais e precisa se organizar para enfrentar os novos desafios propostos 
pela Lei Darcy Ribeiro.
Se, por um lado, as questões relacionadas ao acesso estão quase com-
pletamente resolvidas, a permanência e o sucesso escolar ainda represen-
tam um desafio para a educação pública no país. Enquanto o acesso está 
intimamente associado à quantidade, a permanência e o sucesso estão re-
lacionados à qualidade da educação, aspecto que ainda se coloca como um 
desafio para o Brasil.
Nesses 20 anos de vigência da LDB, grandes esforços têm sido despen-
didos no sentido de melhorar os indicadores educacionais do país, e várias 
conquistas podem ser registradas. Mas, é no interior de cada escola que, de 
fato, as mudanças podem começar a acontecer e tornarem-se sustentáveis 
em busca da construção de padrões de qualidade que possibilitem a per-
manência e o sucesso de todas as crianças.
Uma escola pública de qualidade para todos os brasileiros representa 
uma conquista de gerações, iniciada com o Movimento dos Pioneiros da 
Educação Nova e que permanece como desafio para as gerações atuais. 
Para que alcancemos a tão desejada qualidade, um dos requisitos fun-
damentais é a adequada formação profissional de todos os que atuam no 
ambiente escolar, incluindo a equipe que trabalha na secretaria escolar. 
Como já vimos em fascículos anteriores, o(a) secretário(a) escolar deve 
possuir um conjunto de competências e habilidades que o(a) torne capaz 
de realizar seu trabalho de forma eficiente e eficaz, colaborando para o su-
cesso escolar de todas as crianças.
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328 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
Resumo
Neste fascículo, foram apresentados o contexto de democratização 
do país, o momento de conquista das liberdades civis e dos direitos 
sociais e uma breve síntese da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional de 1996. 
Entre os destaques da LDB de 1996, está o artigo 1º que estabe-
lece que “a educação abrange os processos formativos que se desen-
volvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas 
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e nas or-
ganizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. 
Importante frisar a forma explícita com que a Lei trata o regime 
de colaboração (União, Distrito Federal, estados e municípios) e o 
funcionamento da educação em níveis e modalidades. 
No que tange ao financiamento da educação básica, a criação do 
Fundef (1996 – 2006) e do Fundeb (2007 – 2020) representa mudanças 
significativas nos indicadores da educação nacional, especialmente no 
atendimento, com o crescimento de matrículas, na formação inicial de 
professores, na melhoria da rede física escolar e na formação continuada. 
Finalmente, procura-se explicar o que é um sistema de ensino e 
como ele se organiza, dando especial destaque ao sistema de ensino 
do Estado do Ceará, ao Conselho de Educação do Ceará (CEE) e a Se-
cretaria de Educação do Ceará (Seduc).
Referências
BARRETO, Elba Sá et alii. Municipalização do Ensino: Implicações Político-
-administrativas. In: CBE - IV Conferência Brasileira de Educação 
(Anais - Tomo 1). São Paulo, Cortez, 1988, pp.245-283.
BRASIL/MEC. A Educação no Brasil na Década de 80. Brasília, 1990.
BRASIL, Senado Federal. Constituição da República Federativa do 
Brasil. Brasília. Centro Gráfico, 1988.
CEARÁ, Constituição do Estado do Ceará. Fortaleza, 1989.
http://www.fnde.gov.br
http://www.portal.mec.gov.br
http://www.cee.ce.gov.br
Expediente 
Fundação Demócrito Rocha (FDR)
Presidente
João Dummar Neto
Diretor Geral
Marcos Tardin
Universidade Aberta 
do Nordeste (Uane)
 Coordenadora Geral
Ana Paula Costa Salmin
Secretário Escolar
Joel Bruno de Lima Silva
Núcleo de Design Editorial (NDE)
Editor de Design
Amaurício Cortez
Projeto Gráfico
Amaurício Cortez 
Giselle Fernandes 
Karlson Gracie 
Miqueias Mesquita
Editoração Eletrônica
Giselle Fernandes 
Miqueias Mesquita
Ilustrações
Karlson Gracie
Catalogação na Fonte
Kelly Pereira
Este fascículo é parte integrante 
do Módulo 4 do Curso Técnico em 
Secretaria Escolar da Fundação 
Demócrito Rocha (FDR) /Universidade 
Aberta do Nordeste (Uane).
ISBN 978-85-7529-820-6
 978-85-7529-848-0
FASCICULO-12.indd 328 27/02/2018 15:07:59

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