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Tema 5 (3 módulos) - Interações entre plantas medicinais, fitoterápicos, medicamentos e alimentos

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Interações entre plantas medicinais/�toterápicos e
medicamentos/alimentos
Profª. Maria Helena Durães Alves Monteiro
Descrição As ocorrências de interações pelo uso associado de plantas medicinais
e fitoterápicos com medicamentos e alimentos.
Propósito Destacar a importância do conhecimento das interações de plantas
medicinais e fitoterápicos com medicamentos e alimentos, para que seu
uso seja racional e orientado nas práticas das diferentes áreas da saúde,
em especial na atuação profissional do farmacêutico.
Objetivos
Módulo 1
Tipos de interações
Definir os tipos de interação de importância
farmacológica e clínica relevantes para o
estudo de plantas medicinais e
fitoterápicos.
Módulo 2
Interações com
medicamentos alopáticos
Descrever as principais interações de
plantas medicinais e fitoterápicos com
medicamentos alopáticos.
Módulo 3
Interações de alimentos e
suplementos
Reconhecer as principais interações de
alimentos e suplementos alimentares.
1 - Tipos de interações
Ao �nal deste módulo, você será capaz de de�nir os tipos de interação de importância farmacológica
e clínica relevantes para o estudo de plantas medicinais e �toterápicos.
Interações: de�nições e classi�cação
O termo “interação” é muito usado em diversas áreas das ciências
farmacêuticas, incluindo a farmacologia, a farmacognosia e a fitoterapia. Antes
de iniciarmos o uso desse termo no contexto dos medicamentos (alopáticos e
fitoterápicos), vamos relembrar o que significa interação?
De forma bem simples, podemos de�nir interação como a
in�uência recíproca de um elemento sobre outro.
Os efeitos fisiológicos ou farmacológicos de substâncias que entram em
contato com nosso organismo, independentemente de sua origem ou via de
administração, estão sujeitos a sofrer (e gerar) influências, diretas ou indiretas,
Neste conteúdo, apresentaremos as interações de plantas medicinais,
fitoterápicos, alimentos e suplementos, relacionando suas definições e
características relevantes para a prática dos profissionais da área de saúde.
Destacaremos os medicamentos fitoterápicos usados para o tratamento de
várias doenças, associando os efeitos adversos e as interações entre
medicamentos e plantas medicinais, alimentos e suplementos alimentares.
Este material pode ser o início de um estudo mais profundo para
profissionais de saúde envolvidos na terapia e que objetivam maximizar os
resultados clínicos, reduzindo os efeitos negativos e tóxicos das plantas e
evitando interações medicamentosas.
Introdução
umas sobre as outras. Com essa definição em mente, vamos iniciar nosso
estudo sobre as interações medicamentosas.
Os princípios utilizados na
identificação das interações
medicamentosas são os mesmos
estudados para os xenobióticos, ou
seja, substâncias químicas estranhas
ao organismo humano que podem ou
não ter efeito nocivo à saúde.
O efeito produzido tem relação com
diversos fatores, como a quantidade
do medicamento, a idade e o tempo de
exposição do indivíduo, as
características fisiológicas e as
condições de adoecimento crônico.
Assim, as interações de plantas medicinais/fitoterápicos com medicamentos,
diretamente ou entre si, e ainda dos alimentos/suplementos alimentares com
medicamentos que apresentem compostos bioativos são de interesse para a
prática dos profissionais da área de saúde que precisam orientar o usuário de
forma correta.
As possibilidades de interação são inúmeras, incluindo medicamentos, drogas,
plantas medicinais, fitoterápicos, alimentos, suplementos alimentares e outros
ingredientes.
Atenção
As interações medicamentosas estão entre as mais investigadas e podem ser
definidas como o evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados
pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico-
ambiental, constituindo causa comum de efeitos adversos.
Os medicamentos, quando administrados em conjunto com outras substâncias,
como outros medicamentos, substâncias químicas ou do ambiente, alimentos,
plantas medicinais e fitoterápicos, podem ter efeitos diferentes dos esperados
caso fossem usados isoladamente, podendo até mesmo interferir em exames
laboratoriais.
Vamos relembrar as definições de medicamento e insumo farmacêutico ativo
(IFA), que inclui o fármaco, de acordo com a Anvisa.
Medicamento
“Produto farmacêutico,
tecnicamente obtido ou
elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa
ou para fins de diagnóstico”
(BRASIL, 2007, n. p.).
É uma forma farmacêutica
terminada que contém o
fármaco, geralmente em
Insumo farmacêutico ativo
(IFA)
“Substância química ativa,
fármaco, droga ou matéria-
prima que tenha
propriedades
farmacológicas com
finalidade medicamentosa,
utilizada para diagnóstico,
alívio ou tratamento,
empregada para modificar

associação com adjuvantes
farmacotécnicos.
ou explorar sistemas
fisiológicos ou estados
patológicos, em benefício
da pessoa na qual se
administra.” (BRASIL, 2020a,
n. p.).
É importante lembrar que as plantas utilizadas para fins medicinais podem ser
encontradas no mercado nacional nas categorias de alimento, suplemento
alimentar e droga vegetal (medicinal), enquanto os medicamentos fitoterápicos
pertencem à categoria regulada nos órgãos oficiais e podem ser encontrados
em farmácias ou drogarias ou serem elaborados em farmácias magistrais.
Dessa forma, é fundamental conhecer a espécie vegetal e as formas
farmacêuticas disponíveis para indicação e/ou prescrição.
Agora, vamos conhecer como as interações se classificam e os mecanismos
pelos quais atuam no organismo humano.
Tipos de interações e seus mecanismos
Para estudar as interações entre os xenobióticos, é necessário conhecer os
principais tipos e seus mecanismos de atuação, pois assim será possível
predizer, identificar e evitar seu surgimento no organismo quando necessário. A
maioria dos mecanismos pode ser categorizada como:
A maioria dos mecanismos pode ser categorizada como:
Interações
químicas
diretas
FarmacodinâmicasFarmacocinéticas
Interações químicas diretas
A formação de dois produtos químicos (substância/complexo químico com
outro) pode modificar a ação de um deles ou de ambos. De forma geral, as
interações químicas diretas requerem a ingestão de ambos os produtos
químicos num período relativamente curto entre eles.
Exemplo
A ligação da tetraciclina (antibiótico) ao carbonato de cálcio (de alimentos ou
suplementos) no intestino delgado forma um produto insolúvel que provoca a
redução ou a perda da ação terapêutica do antibiótico. Outro exemplo é a
atuação dos antídotos, que formam complexos e podem alterar
significativamente a taxa de absorção de outras substâncias químicas pela
alteração do pH ou pelo tempo de esvaziamento gástrico.
Interações farmacodinâmicas
Resultam em mudanças na resposta biológica das duas substâncias
(xenobióticos) envolvidas, mas sem qualquer alteração na concentração
plasmática de qualquer uma delas. Quando os dois xenobióticos possuem ação
farmacológica semelhante, produzem um efeito aditivo ou sinérgico. Porém,
quando dois xenobióticos têm efeitos farmacológicos opostos, produzem uma
resposta reduzida ou nula.
A ocorrência e o resultado de uma interação farmacodinâmica dependem dos
seguintes fatores sobre as substâncias: local (ou locais) de ação, mecanismo da
atividade biológica e previsibilidade da obtenção de níveis adequados nos sítios
de ação. As interações farmacodinâmicas podem ser diretas ou indiretas:
Interações farmacodinâmicas diretas (IFD)
Ocorrem no mesmo sítio de ligação, um receptor extracelular ou uma
enzima, em que cada substância (xenobiótico) exerce o seu efeito
farmacológico. Os dois xenobióticos podem produzir um efeito
fisiológico aditivo ou, no caso de um deles ser um antagonista ou um
agonista mais fraco, o resultado pode ser a diminuição da resposta ao
agonista mais forte.
Interações farmacodinâmicas indiretas
Ocorrem quando dois xenobióticos atuam na mesma via fisiológica
desde o receptor aoefetor, mas em sítios moleculares de ação
diferentes. Ou seja, duas substâncias (xenobióticos) podem afetar cada
uma o mesmo órgão, mas de formas diferentes, e, quando ingeridas em
conjunto, podem aumentar significativamente a propensão para o dano
de órgãos, mesmo que os efeitos tóxicos não sejam detectados
independentemente.
Antagonista
Que impede a ativação do receptor.
Agonista mais fraco
Que ativa receptores que produzem a resposta desejada, porém mais fraca.
Um exemplo de interação farmacodinâmica indireta seria o consumo
concomitante da folha de Ginkgo com um inibidor da ciclo-oxigenase, como a
aspirina. Considerando seu suposto antagonismo de fator de ativação de
plaquetas, ocorreria um aumento da propensão para hemorragias, ou seja, um
efeito aditivo da ação farmacológica.
Se a planta medicinal/o fitoterápico e o medicamento afetam o mesmo receptor
ou o mesmo local de ação, ocorre uma interação potencializando o seu efeito —
o que chamamos de sinergismo. Mas se a sua ação é reduzida ou anulada,
ocorre o antagonismo. Entenda a seguir:
Sinergismo
O sinergismo ocorre nos
casos em que duas ou mais
substâncias (xenobióticos)
administradas
conjuntamente têm o
mesmo efeito
farmacológico. Como
exemplo de efeito aditivo
prejudicial, temos o uso
concomitante de
depressores do sistema
nervoso central (SNC) e
etanol, cujos efeitos vão
desde a redução das
habilidades psicomotoras
até o coma e óbito.
Antagonismo
No antagonismo, a
administração conjunta de
substâncias (xenobióticos)
pode levar à diminuição do
efeito, por exemplo, por
competição ou bloqueio do
receptor. Como exemplo
temos o efeito
farmacológico dos
hipoglicemiantes é reduzido
pela administração conjunta
de glicocorticoides. No
entanto, o antagonismo
torna-se benéfico quando
uma substância é
empregada como corretiva
ou antídoto.
Interações farmacocinéticas
Ocorrem quando uma substância (xenobiótico) afeta a absorção, a distribuição,
o metabolismo ou a excreção de outra substância, resultando em níveis
alterados de uma delas ou dos seus metabólitos. Essas interações incluem
efeitos causados pelas substâncias químicas nas enzimas metabolizadoras e
transportadoras que afetam o período da concentração de uma ou de ambas as
substâncias químicas no organismo. Normalmente ocorrem nos intestinos, no
fígado ou nos rins e são classificadas de acordo com o seu local de ação,
mecanismo de alteração (metabolismo como um todo: absorção, distribuição e
excreção), competição para a ligação de proteínas e efeito sobre a excreção.
Os xenobióticos sofrem frequentemente alterações
metabólicas por enzimas (as do citocromo P450 e a UDP-
glucuronil-transferase (UGTs), por exemplo) resultando na
formação de derivados estruturalmente modificados
(metabólitos) que podem possuir diferentes atividades
farmacológicas (maiores ou menores) quando comparados
com os do composto parental consumido.
Um grupo importante de enzimas xenobióticas metabolizadoras são as enzimas
citocromo P450 (CYP), uma superfamília de hemoproteínas que mediam a
biotransformação de compostos endógenos e exógenos no fígado, no intestino e
em outros locais. Algumas isoenzimas de CYP envolvidas com reações
farmacocinéticas significativas em humanos na metabolização de xenobióticos
são: CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1, CYP3A4, CYP2A6 e CYP2B6.

Toranja
Uma vez que muitos produtos
químicos são substratos para as
mesmas isoenzimas de CYP, um
composto pode inibir a atividade da
enzima metabolizando outro
composto que é ingerido
concomitantemente. Além disso, a
ingestão de uma substância horas
antes de outra pode induzir à
produção de mais enzimas ou inibir a
síntese normal da enzima, afetando a
taxa de metabolismo de uma segunda
substância metabolizada por essa
mesma enzima. O suco de toranja
fornece um exemplo de uma interação
associada às enzimas CYP, por
suprimir o CYP3A4 e alterar a
concentração dos fármacos
metabolizados pela enzima.
No entanto, é importante lembrar que algumas substâncias podem ser
metabolizadas no sangue, nos rins, na pele e no intestino.
Atenção
As interações de fitoterápicos são geralmente do tipo farmacocinéticas que
resultam na inibição ou indução enzimática.
Como vimos, além das enzimas metabolizadoras, outros mecanismos afetam
significativamente essas interações, interferindo na absorção química,
distribuição e excreção. A atuação dos transportadores transmembrana, que
incluem as glicoproteínas P, é um importante mecanismo de interação
farmacocinética. Dependendo da localização e da atividade, podem ter efeito
significativo na concentração de uma substância química no seu local de ação.
Glicoproteínas P
São codificadas pelo gene MDR1 e são responsáveis pela regulação do fluxo de
substâncias que entram e saem das células ou desempenham uma variedade de
funções.
O hipérico ou erva-de-são-joão age no
transportador codificado com MDR1 e
na enzima CYP3A4, o que pode
interferir na ação de
imunossupressores como a
ciclosporina, utilizada por pacientes
que realizaram transplante de órgão,
resultando em reduções significativas
na sua concentração e ocasionando a
rejeição do órgão.
Outro exemplo é a interação com os
contraceptivos orais, que diminuem a
sua efetividade. Isso ocorre porque a
circulação dos níveis de estrogênio
após a ingestão de contraceptivos
orais é parcialmente regulada por
transportadores (codificados com
MDR1), assim o uso concomitante
Transportador codificado com MDR1.
com a erva-de-são-joão pode
ocasionar aumento do efluxo do
hormônio, tornando os níveis do
contraceptivo oral ineficazes.
Outro tipo de interação farmacocinética potencial dos xenobióticos é a ligação
às proteínas plasmáticas, por meio da competição por sítios de ligação a
proteínas que pode alterar a quantidade de substância não ligada (ou seja,
substância-livre ou outra substância) disponível para exercer o seu efeito
farmacológico. O problema é que a deslocação de um xenobiótico altamente
ligado à proteína plasmática por outro composto pode resultar num aumento da
atividade desse composto deslocado. Para investigar a importância clínica, é
necessário avaliar, caso a caso, o potencial de deslocamento de sítios de ligação
de proteínas, a extensão e o local da ligação proteica, e a concentração de cada
substância no sangue.
A excreção renal ou biliar de xenobióticos e a sua
concentração plasmática podem também ser afetadas por
outras substâncias. As alterações na depuração renal de um
xenobiótico podem ocorrer por causa dos efeitos de outra
substância sobre o pH urinário, sobre a secreção ativa de
outra substância no túbulo renal. Alguns ingredientes de
suplementos dietéticos inibem a absorção tubular, alteram
mecanismos moleculares importantes para a excreção de
outros xenobióticos e devem ser considerados como
potenciais causas de efeitos inesperados.
Importância e ocorrência das interações
O consumo de plantas medicinais, fitoterápicos, alimentos e suplementos
alimentares é bastante comum na população, uma vez que esses itens podem
ser facilmente adquiridos em lojas de produtos naturais, mercados, feiras livres
ou comércio digital. A facilidade de acesso aliada a fatores como falta de
informação sobre cuidados, indicações, posologia e ao mito de que “produtos
naturais não fazem mal” contribuem para a ocorrência de efeitos adversos
oriundos de interações indesejadas.
Saiba mais
As características fisiológicas e de hábitos do indivíduo podem favorecer a
ocorrência das interações, como no caso de crianças, gestantes, lactentes e
idosos. Fatores relacionados a medicamentos (posologia e modo de
administração, propriedades farmacocinéticas, farmacodinâmicas e
terapêuticas) e ao indivíduo (idade, sexo, características genéticas, condição da
saúde) podem causar inúmeras interações. Atenção especial deve ser dada
àqueles que têm alguma doença crônica ou que possuem algum agravo à saúde
e que estejam sob tratamento fazendo uso de medicamentosalopáticos.
O consumo de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos de venda livre
aumenta o risco de interações, podendo comprometer a eficácia terapêutica dos
tratamentos. Nesses casos, o acompanhamento clínico é fundamental e
qualquer alteração na prescrição ou posologia dos medicamentos (alopáticos ou
fitoterápicos) deve ser orientada pelo médico.
Entre as interações mais importantes, estão as associadas ao uso combinado de
produtos fitoterápicos em pacientes com doenças crônicas, como as
cardiovasculares, neoplasias e doenças renais crônicas. Essa afirmação é
corroborada pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (2020) que
registra as doenças cardiovasculares (DCV), o diabetes mellitus e os problemas
respiratórios como as principais doenças e agravos à saúde da população
brasileira.
Algumas plantas medicinais afetam a farmacocinética de alguns medicamentos
utilizados nas doenças cardiovasculares, por vários mecanismos de interações.
Dentre elas, podemos citar algumas bastante comuns:
Gengibre (Zingiber officinale
Roscoe).
Alho (Allium sativum L.). Hortelã (Mentha × piperita).
No caso do tratamento do câncer, os mecanismos farmacocinéticos mais
comuns são a inibição mediada por algumas plantas medicinais ou fitoterápicos
e a estimulação de enzimas metabolizadoras de drogas e/ou proteínas de
transporte.
Os pacientes portadores de doença renal crônica apresentam maior risco de
desenvolver doenças cardiovasculares. Por esse motivo, é comum a prescrição
associada de antiplaquetários e anticoagulantes que podem interagir e produzir
efeitos sinérgicos ou aditivos, levando a sangramentos ou hemorragias.
Os fitoterápicos são populares entre as mulheres para aliviar
os sintomas relacionados ao ciclo menstrual e à menopausa
como cansaço, depressão, dores nas articulações e insônia.
Em acréscimo a esses grupos, temos os idosos que, na maioria das vezes, são
usuários de polifarmácia. Como orientação geral, plantas medicinais e
fitoterápicos devem ser evitados pelo risco aumentado de ocorrência de
interações, efeitos tóxicos e colaterais.
Atenção
Como recomendação geral, a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos
deve ser supervisionada pelo profissional médico ou da área de saúde habilitado.
Café com o especialista: interações
medicamentosas
Neste vídeo, os especialistas João Raphael Leite Castello Branco Maia e
Cristiane Paiva Coelho Soares conversarão sobre os tipos de interação, suas
características, os cuidados e riscos das interações medicamentosas.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sobre interações medicamentosas, assinale a alternativa correta.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph'%3ES%C3%A3o%20consideradas%20intera%C3%A7%C3%B5es%20medicamentosas%20todas%20as%20que%20estabel
ambientais.%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3C%2Fdiv%3E%20%0A%
Questão 2
Um usuário, A.M.S, homem, com 56 anos, chega ao posto de saúde do seu
bairro com queixa de forte cefaleia (dor de cabeça) há dois dias. O médico,
ao realizar a anamnese, verifica que ele suspendeu o uso do anti-hipertensivo
sem conhecimento do clínico e iniciou a ingestão de uma planta medicinal, na
forma de chá ofertada pelo seu vizinho. A justificativa do paciente foi a de
que, pelo custo do medicamento, buscou uma opção mais barata e que, por
ser natural, acreditava que “só poderia fazer bem”. Sobre a afirmativa do
usuário, “só poderia fazer bem”, o que um profissional da área de saúde
deveria informar?
A
Interação medicamentosa é um evento clínico em que os
efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro
fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental.
B As interações sempre causam malefícios ao paciente.
C
As interações podem ocorrer apenas pelos mecanismos de
distribuição, biotransformação e excreção.
D
O antagonismo competitivo ocorre em nível de receptores e,
portanto, é considerado como uma interação farmacocinética.
E Os alimentos não fazem interação com medicamentos.
A
O paciente está correto, porque utilizar plantas medicinais não
oferece risco à saúde.
B
O paciente está incorreto, por ter suspendido sem orientação o
medicamento anti-hipertensivo, mas realmente plantas
medicinais só apresentam benefícios.
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20uso%20de%20plantas%20medicinais%20e%20fitoter%C3%A1picos%20deve%20ser%20orientado%20por%20pr
dentistas%2C%20farmac%C3%AAuticos%2C%20enfermeiros)%20em%20seu%20campo%20de%20atua%C3%A7%C3%A3o%20espe
2 - Interações com medicamentos alopáticos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever as principais interações de plantas medicinais e
�toterápicos com medicamentos alopáticos.
Plantas medicinais e �toterápicos
Neste módulo, abordaremos algumas interações medicamentosas de plantas
medicinais e medicamentos fitoterápicos de uso amplo com medicamentos
alopáticos de interesse para a prática clínica nas áreas da saúde. Para tanto,
consideramos o fato de que o uso de plantas medicinais e fitoterápicos traz
benefícios e riscos; destacamos ainda que todas as substâncias ingeridas pelo
indivíduo têm potencial para promover interações.
As interações de plantas/fitoterápicos baseiam-se nos mesmos princípios
farmacocinéticos e farmacodinâmicos das interações fármaco-fármaco. As
interações de importância clínica relevante são as que envolvem os efeitos no
metabolismo via isoenzimas do citocromo P450, o prejuízo das funções hepática
ou renal e outros mecanismos.
C
O paciente está correto por substituir o medicamento sem
orientação médica.
D
O paciente está errado, porque toda alteração no regime de
prescrição deve ser orientada pelo médico, incluindo o uso de
plantas medicinais.
E
O paciente está correto, as plantas medicinais podem substituir
os medicamentos alopáticos sem necessidade de orientação
médica.
Na prática clínica, a polifarmácia é comum. Os pacientes fazem associações dos
medicamentos com vitaminas, plantas medicinais e alimentos. A popularidade
das terapias alternativas, em especial a fitoterapia, é um novo desafio para os
profissionais de saúde, porque as evidências sobre segurança e eficácia são
incompletas, complexas e pouco elucidativas. Assim, a verdadeira prevalência de
interações medicamentosas ainda é desconhecida.
Antes de seguirmos adiante, vamos recordar alguns conceitos
importantes na �toterapia?
Fitoterapia
De acordo com a definição da Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos, o termo “fitoterapia” (do grego phyton, planta, e therapia,
tratamento) é a terapêutica caracterizada pelo uso de plantas
medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, incluindo os
fitoterápicos, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que
de origem vegetal.
Planta medicinal
Planta medicinal é definida como uma espécie vegetal, cultivada ou
não, utilizada com propósitos terapêuticos. É um produto medicinal
acabado e etiquetado, cujos componentes ativos são formados por
partes aéreas, subterrâneas de plantas ou outro material vegetal, ou
ainda por combinações, em estado bruto ou em formas de preparações
vegetais.
Esse insumo tem diferentes formas de apresentação: planta fresca,
alimentos (incluindo cápsulas de acerola, óleo de alho e outros), ervas
secas e chás (considerados alimentos), droga vegetal seca, tinturas e
droga vegetal em pó (disponibilizadas na forma de cápsulas).
Fitoterápicos
Fitoterápicos são medicamentos preparados a partir de plantas
medicinais, obtidos empregando-se exclusivamente derivados da droga
vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco e outros). Não se
considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua
composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem
as associaçõesdessas com extratos vegetais.
Os medicamentos fitoterápicos, assim como todos os medicamentos,
são caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu
uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade.
A eficácia e a segurança de fitoterápicos devem ser validadas
mediante levantamentos etnofarmacológicos, de utilização,
documentações técnico-científicas em bibliografia e/ou
publicações indexadas e/ou estudos farmacológicos e
toxicológicos pré-clínicos e clínicos. A qualidade deve ser
alcançada mediante o controle das matérias-primas, do
produto acabado, materiais de embalagem e estudos de
estabilidade.
Interações plantas medicinais/�toterápicos:
principais espécies botânicas
O Brasil é considerado um país megabiodiverso, conhecido pelo grande número
de espécies vegetais, incluindo as medicinais, amplamente utilizadas pela
população. Muitas vezes, o uso de plantas medicinais está correlacionado à
tradicionalidade e é a principal forma de cuidado em alguns locais.
O potencial terapêutico da flora brasileira ainda está distante de ser registrado na
literatura científica, no entanto os compêndios farmacopeicos têm fundamental
importância como fonte de consulta para orientação dos profissionais da área
de saúde.
Saiba mais
De acordo com os dados oficiais (Sisab/Datasus), em 2017, as atividades e os
procedimentos relacionados a plantas medicinais/fitoterapia foram os mais
ofertados no Brasil, representando 49% do total de atendimentos individuais
realizados no nível de Atenção Primária à Saúde.
Atualmente, o SUS oferta doze medicamentos fitoterápicos que fazem parte da
Relação Nacional de Medicamentos (Rename), disponibilizados na forma de
medicamentos fitoterápicos industrializados, fitoterápicos manipulados, drogas
vegetais e planta medicinal fresca (ver quadro a seguir).
Segundo o Programa Nacional de
Melhoria do Acesso e da Qualidade da
Atenção Básica (PMAQ), os
fitoterápicos mais utilizados na rede
pública são: guaco, espinheira-santa e
isoflavona-de-soja, indicados como
coadjuvantes no tratamento de
problemas respiratórios, gastrite/
úlcera e sintomas do climatério,
respectivamente. Mas o mercado
brasileiro comercializa diversos
medicamentos fitoterápicos, simples
(com apenas uma espécie botânica) e
associados (com duas ou mais
espécies botânicas). Eles têm atuação
em vários sistemas orgânicos
sobretudo para manejo da ansiedade,
depressão, insônia e de outros
quadros relacionados (por exemplo,
Passiflora sp., Valeriana officinalis,
Hypericum perforatum, Piper
methysticum e Melissa officinalis).
Assim, a fim de relacionar as principais espécies botânicas de interesse para
abordar as interações medicamentosas (IM), foram selecionadas plantas que
fazem parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (BRASIL, 2020b),
do Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (MFFB) e do Formulário
Terapêutico Nacional, cujas informações fazem parte de documentos oficiais.
Essas publicações são do Ministério da Saúde do Brasil e estão
disponíveis na internet para consulta.
O quadro a seguir mostra como as informações estão organizadas:
Relação Nacional de Medicamentos (Rename) 2020; Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
(MFFB).
Extraído de: Brasil, 2020b.
Conforme se observa no quadro anterior, não há informação sobre as interações
de algumas plantas. Isso acontece por vários motivos, além da complexidade
dos estudos de investigação e da carência de pesquisas, alguns dados estão
incompletos ou simplesmente não existem, bancos de dados podem estar
desatualizados, entre outros.
É importante lembrar que a utilização de plantas medicinais
e/ou fitoterápicos deve ser acompanhada por profissional da
área de saúde, que pode orientar e prescrever ou indicar os
produtos considerando as reais necessidades do usuário e
seu quadro geral de saúde.
As plantas medicinais e os fitoterápicos se enquadram nos princípios do uso
racional de medicamentos, imprescindível para a saúde integral.
Principais espécies botânicas
As espécies que comentaremos a seguir estão citadas com o nome popular, o
nome científico e a família botânica. As indicações e interações
medicamentosas foram pesquisadas no Memento Fitoterápico da Farmacopeia
Brasileira (MFFB).
Alcachofra (Cynara scolymus L., Asteraceae)
A droga vegetal das folhas da alcachofra, das quais se obtém a infusão e o
extrato seco padronizado, é disponibilizada em cápsulas ou comprimidos. A
alcachofra é indicada, para uso interno, como antidispéptico, antiflatulento,
diurético, auxiliar na prevenção da aterosclerose por atuar como coadjuvante no
tratamento de dislipidemia e como auxiliar nos sintomas da síndrome do
intestino irritável.
Alcachofra (Cynara scolymus L., Asteraceae).
Quanto às interações
medicamentosas, reduz a eficácia de
medicamentos que atuam na
coagulação sanguínea, como ácido
acetilsalicílico (aspirina) e
anticoagulantes cumarínicos
(varfarina). É indutora de enzimas do
citocromo P450 (CYP3A4, CYP2B6 e
CYP2D6), podendo interagir
diminuindo as concentrações
sanguíneas de fármacos de
medicamentos que têm a mesma via
metabólica.
Alho (Allium sativum L., Amaryllidaceae)
Alho (Allium sativum L., Amaryllidaceae)
O alho é indicado como coadjuvante
no tratamento de problemas
respiratórios (bronquite crônica,
asma), sintomas de gripes e
resfriados, expectorante, preventivo de
alterações vasculares, coadjuvante no
tratamento de hiperlipidemia,
hipertensão arterial e auxiliar na
prevenção da aterosclerose.
Os fitoterápicos são contraindicados em associação com anticoagulantes orais
(heparina, agentes trombolíticos, antiagregantes plaquetários e anti-
inflamatórios não esteroidais) por aumentarem o risco de hemorragias e com a
varfarina. Outras interações ocorrem com antirretrovirais, inibidores da protease,
reduzindo as concentrações séricas dessa classe e aumentando o risco de
falhas no tratamento. Além disso, pode diminuir a efetividade da clorzoxazona
por induzir o seu metabolismo.
Barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville.,
Leguminosae)
O barbatimão é indicado como cicatrizante. Em função da presença de taninos
nesse fitoterápico, é recomendado evitar o uso concomitante com sais de prata,
bases proteicas e princípios ativos vasodilatadores.
Barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville., Leguminosae).
Camomila (Matricaria chamomilla L., Asteraceae)
A camomila é indicada como antiespasmódico, ansiolítico, sedativo leve e anti-
inflamatório em afecções da cavidade oral. As interações descritas incluem a
varfarina, as estatinas e os contraceptivos orais.
Camomila (Matricaria chamomilla L., Asteraceae).
Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana DC., Rhamnaceae)
Os fitoterápicos à base de cáscara-sagrada são indicados para tratamento de
curto prazo da constipação intestinal ocasional.
Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana DC.,
Rhamnaceae).
O uso pode causar aceleração do
trânsito intestinal, resultando na
absorção reduzida de fármacos de via
oral e desequilíbrio eletrolítico, como a
hipocalemia (redução do potássio
sérico), que pode potencializar os
efeitos de glicosídeos cardiotônicos
(digoxina, digitálicos ou estrofantina),
fármacos antiarrítmicos (quinidina),
diuréticos tiazídicos,
adrenocorticosteroides ou raiz de
alcaçuz.
Castanha-da-Índia (Aesculus hippocastanum L., Sapindaceae)
Indicada para o tratamento da insuficiência venosa e fragilidade capilar. A
escina, princípio ativo da castanha-da-Índia, tem elevada capacidade de ligação
às proteínas plasmáticas (90%), podendo interferir na farmacocinética de outros
fármacos. O fitoterápico não deve ser administrado com anticoagulantes orais,
por risco de potencializar o efeito anticoagulante. Há relato de caso de
insuficiência renal após administração concomitante à da escina e do antibiótico
gentamicina.
Castanha-da-Índia (Aesculus hippocastanum L., Sapindaceae).
Cimicifuga (Actaea racemosa L., Ranunculaceae)
Éindicada para alívio dos sintomas do climatério, como rubor, fogachos,
transpiração excessiva, palpitações, alterações do humor, ansiedade e
depressão. Quanto às interações, podem ter efeito antagonista sobre
imunossupressores (ciclosporina e azatioprina), podendo ocasionar rejeição de
órgãos e tecidos em pacientes transplantados; o mesmo ocorre com o uso de
atorvastatina.
Cimicifuga (Actaea racemosa L., Ranunculaceae).
Além disso, pode ocorrer interação
com analgésicos, anestésicos e
efeitos aditivos com agentes
gastrointestinais. A cimicifuga deve
ser utilizada com cautela se associada
a outros agentes hipotensores, como
betabloqueadores (metoprolol ou
propranolol) e bloqueadores dos
canais de cálcio (diltiazem ou
verapamil).
Equinácea (Echinacea purpurea (L.) Moench., Asteraceae)
A equinácea é indicada na prevenção e no tratamento coadjuvante dos sintomas
de resfriados. O fitoterápico deve ser administrado com cautela em associação
com fármacos cujo metabolismo é dependente das enzimas CYP.
Equinácea (Echinacea purpurea (L.) Moench., Asteraceae).
Equisetum (Equisetum arvense L., Equisetaceae)
O equisetum é indicado como diurético. O uso de seus extratos pode inibir a
enzima CYP1A2, interferindo possivelmente em fármacos metabolizados por
essa via.
Equisetum (Equisetum arvense L., Equisetaceae).
Erva-de-são-joão/Hipérico (Hypericum perforatum L., Hypericaceae)
Indicado para o tratamento dos estados depressivos leves a moderados. Erva-
de-são-joão é um dos fitoterápicos com maior número de interações
medicamentosas reportadas, como ciclosporina, anticoagulantes cumarínicos,
anticoncepcionais orais, teofilina, digoxina, indinavir e, possivelmente, outros
inibidores de protease e transcriptase reversa, alterando seus efeitos pela
redução significativa das concentrações plasmáticas dos fármacos. O hipérico
atua na indução da via metabólica do citocromo P450 e pode reduzir os níveis
séricos e a eficácia de medicamentos metabolizados por essa via.
Erva-de-são-joão/Hipérico (Hypericum perforatum
L., Hypericaceae).
Há ainda contraindicações como a
associação com inibidores da MAO
(monoaminoxidase), com outros
antidepressivos tricíclicos ou
inibidores seletivos da recaptação da
serotonina (fluoxetina). O uso
concomitante de hipérico em
pacientes tratados com inibidores da
recaptação da serotonina resultou em
sintomas de excesso de serotonina.
Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart.ex Reissek e Maytenus
aquifolia Mart., Celastraceae)
Indicada como antidispéptico, antiácido e protetor da mucosa gástrica. O
Memento Fitoterápico informa que nenhum estudo foi desenvolvido para avaliar
a interação de extratos da espécie com medicamentos.
Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart.ex
Reissek e Maytenus aquifolia Mart., Celastraceae).
No entanto, a espinheira-santa é
contraindicada concomitante a
bebidas alcoólicas e outros
medicamentos. Ela contém
compostos polifenólicos que podem
ser precursores de quinonas ou de
intermediários quinonametídeos e do
triterpenoide quinonametídeo
(pristimerina), que inativam e inibem
as isoenzimas do citocromo P450,
alterando o efeito de diversos
medicamentos.
Além disso, a quercetina, o kaempferol e outros compostos fenólicos também
provocam alterações pela modulação da atividade da PgP (fosfoglicolato
fosfatase), demostrada em ensaios ex vivo.
Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens DC. ex Meissn. e
Harpagophytum zeyheri Ihlenf. & H. Hartmann., Pedaliaceae)
Indicada para alívio de dores articulares moderadas e lombalgia aguda. Estudo
reporta não terem sido observados efeitos induzidos pelo extrato sobre o
sistema enzimático do citocromo P450.
Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens DC. ex Meissn. e Harpagophytum zeyheri Ihlenf. & H.
Hartmann., Pedaliaceae).
Gengibre (Zingiber o�cinale Roscoe, Zingiberaceae)
O gengibre é indicado como antiemético, antidispéptico e nos casos de cinetose.
Gengibre (Zingiber officinale Roscoe,
Zingiberaceae).
O gengibre atua como agonista da
prostaciclina, inibindo a tromboxano-
sintetase e afetando o tempo de
sangramento e demais parâmetros
imunológicos. No entanto, estudo
randomizado duplo-cego sobre os
efeitos de gengibre seco (2g/dia,
oralmente durante 14 dias) na função
plaquetária não mostrou diferenças
nos tempos de sangramento em
pacientes que receberam gengibre ou
placebo.
Ginkgo (Ginkgo biloba L., Ginkgoaceae)
Indicado para vertigem e zumbidos resultantes de distúrbios circulatórios e
distúrbios circulatórios periféricos, como cãibras. É contraindicada a sua
associação com anticoagulantes (varfarina), antiplaquetários (clopidogrel, ácido
acetilsalicílico e outros fármacos anti-inflamatórios não esteroides, AINEs),
inibidores da trombina (etexilato de dabigatrana) e/ou agentes trombolíticos pelo
aumento do risco de hemorragias. Há registro de diminuição da efetividade com
anticonvulsivantes e os efeitos da insulina (aumenta a sua depuração);
omeprazol (diminuição de nível sérico); talinolol (inibição da glicoproteína-P
intestinal); e antiretrovirais (efavirenz, diminuição plasmática por indução da
atividade de CYP3A4). Porém, para outros, há potencialização do efeito, como
dos inibidores da monoaminoxidase, da trazodona (sedação excessiva) e da
papaverina.
Ginkgo (Ginkgo biloba L., Ginkgoaceae)
As interações podem aumentar o risco
de efeitos adversos de alguns
medicamentos, como a nifedipina,
inibidores da recaptação de
serotonina (aparecimento da síndrome
serotoninérgica), risperidona
(priapismo) e papaverina. Quando
associado à buspirona ou ao
Hypericum perforatum, provoca
mudanças no estado mental; em uso
concomitante com os diuréticos
tiazídicos, causa hipertensão arterial.
Guaraná (Paullinia cupana Kunth., Sapindaceae)
Indicado para astenia e como psicoestimulante. O fitoterápico produzido a partir
de extrato seco das sementes de guaraná potencializa a ação de analgésicos e
dos anticoagulantes (inibe a agregação plaquetária aumentando o risco de
sangramento). Pode provocar hipocalcemia e ter o seu efeito potencializado por
etinilestradiol e cimetidina.
Guaraná (Paullinia cupana Kunth., Sapindaceae).
Kava-kava (Piper methysticum G. Forst., Piperaceae)
A droga vegetal é obtida a partir do rizoma e disponibilizada em comprimidos.
Kava-kava (Piper methysticum G. Forst.,
Piperaceae).
Tem indicação para o tratamento
sintomático de estágios leves a
moderados de ansiedade e insônia em
curto prazo (1-8 semanas de
tratamento). O fitoterápico
potencializa os efeitos de substâncias
e fármacos que atuam no sistema
nervoso central como: álcool,
barbitúricos e psicofármacos. Há
também interações relatadas com
alprazolam, cimetidina e terazosina.
Maracujá (Passi�ora incarnata L., Passi�oraceae)
As folhas frescas (in natura), como
droga vegetal em cápsula, extrato
fluido ou tintura, têm indicação como
ansiolítico e sedativo leve. O
fitoterápico quando usado em
associação potencializa os efeitos de
Maracujá (Passiflora incarnata L., Passifloraceae).
barbitúricos (pentobarbital e
hexobarbital), de anticoagulantes
(varfarina) e de substâncias inibidoras
da monoaminoxidase (isocarboxazida,
fenelzina e tranilcipromina).
Sene (Senna alexandrina Mill., Leguminosae)
A droga vegetal obtida de folhas e frutos, na forma de cápsulas, comprimidos ou
extratos (padronizados em senosídeos), é indicada para constipação intestinal
ocasional, por promover o aumento do peristaltismo intestinal. O uso
concomitante do fitoterápico pode reduzir a absorção de fármacos
administrados oralmente, como os anticonceptivos orais. Além disso, a
hipocalemia decorrente da sua utilização potencializa os efeitos de glicosídeos
cardiotônicos (digitálicos), de fármacos antiarrítmicos (quinidina), de diuréticos
tiazídicos, de adrenocorticosteroides ou de raiz de alcaçuz.
Sene (Senna alexandrina Mill., Leguminosae).
Pode ainda exacerbar o desequilíbrio
eletrolítico, resultando em disfunções
cardíacas e neuromuscularese
interação com a nifedipina,
indometacina e outros anti-
inflamatórios não esteroidais. As
antraquinonas presentes podem
alterar a coloração da urina,
resultando em falso positivo para
urobilinogênio e para dosagem de
estrógeno pelo método de Kober.
Saw-palmetto (Serenoa repens (W. Bartram) Small., Arecaceae)
A droga vegetal obtida dos frutos em cápsulas gelatinosas, comprimidos ou
extratos padronizados (70-95% ácidos graxos livres e ésteres etílicos
correspondentes) é indicada para o tratamento sintomático da hiperplasia
prostática benigna.
Saw-palmetto (Serenoa repens (W. Bartram) Small.,
Arecaceae).
O fitoterápico tem efeito
antiandrogênico e antiestrogênico,
podendo apresentar interação com
hormônios utilizados na terapia de
reposição hormonal (TRH).
O seu uso é contraindicado com
anticoagulantes (varfarina, clopidogrel
e ácido acetilsalicílico).
Soja (Glycine max (L.) Merr., Leguminosae)
O extrato padronizado (contendo, no mínimo, 400mg em isoflavonas) obtido das
sementes em cápsulas é indicado como coadjuvante no tratamento do alívio dos
sintomas do climatério (vasomotores, ondas de calor e sudorese). A soja atua na
modulação seletiva de receptores estrogênicos e deve ser evitada a associação
com contraceptivos e fármacos de ação estrogênica.
As isoflavonas genisteína e daidzeína
podem bloquear a tireoide peroxidase,
Soja (Glycine max (L.) Merr., Leguminosae)
inibindo a síntese de tiroxina e
podendo levar ao hipotireoidismo se
utilizado em tratamentos prolongados.
É desaconselhado o uso concomitante
com alguns medicamentos como o
tamoxifeno e a levotiroxina, por reduzir
a absorção no trato digestivo.
O metabolismo das isoflavonas pode ser alterado por substâncias e
medicamentos que interferem na microbiota intestinal.
Trevo-vermelho (Trifolium pratense L., Leguminosae)
O extrato bruto padronizado das inflorescências secas, contendo no mínimo
0,5% de isoflavonas (daidzeína, genisteína, formononetina e biochanina A), na
forma de cápsulas e comprimidos, é indicado para alívio dos sintomas da
menopausa (principalmente fogachos), mastalgia e síndrome pré-menstrual. O
uso da droga bruta ou de suas preparações não é recomendado a pacientes
tratados com tamoxifeno e outros medicamentos antiestrogênicos.
Trevo-vermelho (Trifolium pratense L.,
Leguminosae).
As isoflavonas inibem as isoenzimas
hepáticas CYP1A1, CYP1B1 e CYP2CP,
podendo ocasionar o aumento dos
níveis séricos de alguns fármacos.
Interagem potencialmente com
anticoagulantes (heparina e varfarina)
e antiagregantes plaquetários
(aspirina, clopidogrel e ticlopidina), por
isso é recomendada cautela na sua
utilização em pacientes susceptíveis a
sangramentos ou com distúrbios de
coagulação.
Unha-de-gato (Uncaria tomentosa (Willd. DC.), Rubiaceae)
Unha-de-gato (Uncaria tomentosa (Willd. DC.),
Rubiaceae).
Das cascas são obtidos o decocto
(extrato fluido e extrato seco) para
cápsulas e comprimidos, indicados
como anti-inflamatório.
A administração concomitante com
substâncias ou medicamentos
metabolizados pelo citocromo P450
(varfarina, estrógenos, teofilina e
gengibre) deve ser realizado com
cautela.
Valeriana (Valeriana o�cinalis L., Caprifoliaceae)
A droga vegetal, os extratos (hidroetanólico 40-70% v/v ou aquosos) e a tintura
obtidos das raízes secas, na forma de cápsulas ou comprimidos, é indicada
como sedativo moderado, hipnótico e no tratamento de distúrbios do sono
associados à ansiedade. O fitoterápico pode potencializar o efeito de outros
depressores do sistema nervoso central (SNC), barbitúricos, anestésicos ou
benzodiazepínicos, tiopental. Deve-se evitar o uso associado à ingestão de
bebidas alcoólicas pela possível exacerbação dos efeitos sedativos.
Valeriana (Valeriana officinalis L., Caprifoliaceae).
Veja, agora, um resumo das principais interações em espécies de plantas
medicinais e fitoterápicos amplamente utilizados pela população citados nas
bases de dados indexadas, extraído do Memento Fitoterápico da Farmacopeia
Brasileira (MFFB):
Alho (Allium sativum L. (Amaryllidaceae))
Planta
medicinal/�toterápico
Bulbo (in natura, tintura, alcoolatura,
extrato fluido e cápsulas com o óleo).
Efeito e uso
Propriedades anti-hipertensivas,
antitrombóticas, fibrinolíticas,
antimicrobianas, antidiabéticas e
hipolipemiantes.
Equinácea (Echinacea purpurea (L.) Moen (Asteraceae))
Planta
medicinal/�toterápico
Raiz seca em pó (cápsulas e
comprimidos contendo extrato
etanólico seco).
Efeito e uso
É usado como imunoestimulante e no
tratamento de infecções do trato
respiratório superior.
Gengibre (Zingiber o�cinale Roscoe (Zingiberaceae))
Planta
medicinal/�toterápico
Rizomas (droga vegetal, extrato fluido
e seco, tintura, cápsulas ou
comprimidos).
Efeito e uso
Reduz náuseas e vômitos induzidos
pela gravidez, quimioterapia e íleo pós-
operatório.
Ginkgo (Ginkgo biloba L. (Ginkgoaceae))
Fármacos/medicamentos e efeitos das interações 
Fármacos/medicamentos e efeitos das interações 
Fármacos/medicamentos e efeitos das interações 
Planta
medicinal/�toterápico
Folhas (extrato seco padronizado das
folhas secas, cápsula e comprimido
revestido).
Efeito e uso
É usado para melhorar as funções
cognitivas, distúrbios
cerebrovasculares e vertigem.
Erva-de-são-joão/hipérico (Hypericum perforatum L. (Hypericaceae))
Planta
medicinal/�toterápico
Planta inteira com parte aérea florida
(extrato seco, tintura, cápsulas e
comprimidos).
Efeito e uso
É usado para tratar depressão,
transtorno afetivo sazonal, ansiedade
e insônia, especialmente relacionados
à menopausa.
Sene (Senna alexandrina Mill (Leguminosae))
Planta
medicinal/�toterápico
Raízes (droga vegetal, extratos
padronizados, cápsulas e
comprimidos).
Efeito e uso
Laxante.
Valeriana (Valeriana o�cinalis L. (Caprifoliaceae))
Planta
medicinal/�toterápico
Droga vegetal, extratos, tintura,
cápsulas ou comprimidos.
Efeito e uso
É usado para estresse e insônia como
sedativo e ansiolítico.
Medicamentos �toterápicos X
medicamentos alopáticos: importantes
interações medicamentosas
Fármacos/Medicamentos e efeitos das interações 
Fármacos/medicamentos e efeitos das interações 
Fármacos/medicamentos e efeitos das interações 
Fármacos/medicamentos e efeitos das interações 

Neste vídeo, o especialista falará sobre as interações mais importantes entre
medicamentos alopáticos e fitoterápicos.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O Ministério da Saúde do Brasil, em conjunto com a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), publica periodicamente documentos de
atualização sobre os insumos farmacêuticos e medicamentos, nos quais se
incluem as plantas medicinais e os fitoterápicos. Sobre esses documentos,
assinale a alternativa incorreta.
A
A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais é uma
publicação com a lista de medicamentos para combater as
doenças mais comuns que atingem a população brasileira; nela
constam doze espécies de plantas medicinais.
B
O Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (MFFB)
relaciona todos os insumos empregados na elaboração de
fitoterápicos, cujas monografias estão de acordo com a edição
vigente da Farmacopeia Brasileira, e traz informações
relevantes incluindo os dados sobre interações conhecidas em
que constam 28 espécies de plantas medicinais.
C
O Formulário Terapêutico Nacional contém informações
científicas, isentas de conflitos de interesse e com base em
evidências, sobre os fármacos constantes da Rename, visando
subsidiar profissionais de saúde para a prescrição, a
dispensação e o uso dos medicamentos indispensáveis às
doenças prevalentes.
D
Na Rename são relacionados todos os insumos empregados na
elaboração de fitoterápicos, cujas monografias estão de acordo
com a edição vigente da Farmacopeia Brasileira. Contém as
informações relevantes, incluindo os dados sobre interações
conhecidas em que constam 28 espécies de plantas
medicinais.
E
O FormulárioTerapêutico Nacional contém informações
científicas, isentas de conflitos de interesse e com base em
evidências, sobre os fármacos constantes da Rename, incluindo
detalhadamente as informações conhecidas sobre as
interações medicamentosas.
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20Rename%20%C3%A9%20uma%20rela%C3%A7%C3%A3o%20de%20medicamentos%20de%20interesse%20do%
Questão 2
Sobre as espécies botânicas de interesse para aplicação como medicinais
e/ou fitoterápicos, marque a alternativa correta.
Parabéns! A alternativa E está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EDo%20total%20de%20esp%C3%A9cies%20bot%C3%A2nicas%20que%20fazem%20parte%20dos%20documentos%20
sagrada%2C%20espinheira-santa%2C%20garra-do-
diabo%2C%20guaco%2C%20soja%20e%20unha-de-
gato).%20Dessas%20esp%C3%A9cies%2C%20apenas%20o%20guaco%20n%C3%A3o%20tem%20as%20intera%C3%A7%C3%B5es%
3 - Interações de alimentos e suplementos
A
A Rename relaciona doze espécies e, para todas, há informação
sobre potenciais interações.
B
As espécies botânicas que fazem parte do MFFB
obrigatoriamente constam do Rename.
C
A soja, a babosa, a camomila e a calêndula são muito utilizadas
pela população e têm suas interações descritas.
D
A alcachofra, a camomila, a babosa e a unha-de-gato constam
no MFFB e na Rename.
E
A soja, a alcachofra, a espinheira-santa e a valeriana são muito
utilizadas pela população e têm suas interações descritas.
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as principais interações de alimentos e
suplementos alimentares.
Interações medicamentosas à base de
plantas clinicamente relevantes
A capacidade de alguns alimentos de reduzir ou aumentar a absorção de várias
vitaminas e minerais é conhecida há anos. Quase metade da população usa
regularmente alguns produtos à base de plantas como suplemento dietético,
junto com suplementos vitamínicos e minerais. O uso desses produtos
aumentou significativamente nas últimas duas décadas e várias interações
medicamentosas à base de plantas clinicamente relevantes foram identificadas
no período.
É provável que os mecanismos subjacentes a muitas dessas interações possam
afetar a absorção, a distribuição, o metabolismo e a excreção de
micronutrientes, portanto, é imprescindível considerar os fatores que podem
afetar negativamente o resultado das interações dos componentes de
alimentos/plantas com micronutrientes. Veja um resumo dessas interações no
quadro a seguir.
Componentes da
planta
Micronutriente(s)
Mecanismos de
efeito e interação
Polifenóis de
plantas (PPs)
(catequinas do chá,
floretina,
quercetina)
Ferro
Reduzem a
absorção por meio
de complexação.
Folato, ascorbato
Reduzem a
absorção por meio
da inibição do
transportador de
captação.
Silimarinas Ferro
Reduz a absorção
por meio da
complexação.
Ácido fítico Cálcio, ferro, zinco
Reduz a absorção
por meio da
complexação.
Hyperforin Vitamina D3
Aumenta a
depuração do
plasma por meio da
indução do
metabolismo do
CYP3A4.
Adaptado de Kharaman, Arituluk e Cankaya, 2021.
Com base em pesquisas realizadas em bases de dados indexadas (como o
Birene e o PubMed), cada alimento ou suplemento foi relacionado à
nomenclatura botânica completa (nome científico e família), às principais
interações e advertências. Veja o quadro a seguir.
Alimento/suplemento
alimentar
Forma de
apresentação
Interações e
advertências
Açafrão
Curcuma longa L.
(Zingiberaceae)
Partes das flores
(estigma e pó
seco)
Interage com a
enzima CYP2C9.
Tem alto teor de
oxalatos.
Evitar o uso em caso
de doença renal.
Alcaçuz
Glycyrrhiza glabra L.
(Fabaceae)
Chá (raiz
desidratada)
A glicirrizina
aumenta as
concentrações
plasmáticas e
potencializa os
efeitos
farmacológicos de
costicosteroides
(prednilosona,
hidrocortisona,
dexametasona).
Pode interagir com a
noretisterona
resultando no
aumento da
retenção de líquidos
e da pressão arterial.
Anti-hipertensivos:
os efeitos dos
mineraisocorticoides
(retenção de sódio e
água e hipocalemia)
das plantas reduzem
a eficácia dos
medicamentos
usados para baixar a
pressão arterial. O
efeito hipocalêmico
da planta pode
aumentar o efeito
dos diuréticos de
alça e tiazídicos.
Alimento/suplemento
alimentar
Forma de
apresentação
Interações e
advertências
Alfafa
Medicago sativa L.
(Fabaceae)
Produtos de
sementes
Pode causar
doenças autoimunes
(LES, esclerose
múltipla, artrite
reumatoide),
fotossensibilidade,
efeitos semelhantes
aos do estrogênio e
efeito hipoglicêmico.
Pode causar
doenças autoimunes
(LES, esclerose
múltipla, artrite
reumatoide),
fotossensibilidade,
efeitos semelhantes
ao estrogênio e
hipoglicêmico.
Alho
Allium sativum L.
(Amaryllidaceae)
Alho fresco, pó
seco (> 7g/dia), em
doses maiores do
que a ingestão
alimentar normal
Pode interagir com
anticoagulantes,
anti-hipertensivos,
anti-hiperlipidêmicos
e hidroclorotiazida.
Aveia (farelo)
Avena sativa L.
(Poaceae)
Grão seco
(flocos ou farelo)
Estatinas e
sinvastatina:
diminuem o efeito
da sinvastatina.
Monitorar perfil
lipídico e considerar
ajuste de dose.
Verificar sinais e
sintomas
específicos.
Canela
Cinnamomum cassia
(L.) J.Presl
(Lauraceae)
Extrato de canela
Doses altas ou
tomadas com o
estômago vazio
podem causar
toxicidade hepática.
Testes indicam
função hepática
elevada.
Pode ter efeito
hipoglicêmico e
piorar as condições
do fígado.
Chá preto
Camellia sinensis (L.)
Kuntze (Theaceae)
Chá (dose alta >
600mg/dia ou 2,25-
4,5L/dia)
Pode causar
problemas no fígado
e interagir com
nadolol (beta-
bloqueador) e
diuréticos.
Alimento/suplemento
alimentar
Forma de
apresentação
Interações e
advertências
Espirulina
Produto que
contém algas
verde-azuladas
Pode aumentar o
risco de
sangramento e
interagir com
imunossupressores,
antiplaquetários,
anticoagulantes,
AINEs e outras ervas
que reduzem a
coagulação do
sangue (ginseng,
alho, ginkgo).
Feno-grego
Trigonella foenum-
graecum [Habl.]
Desc. (Fabaceae)
Sementes de feno-
grego inteiras e em
pó (> 5g)
Pode ter efeitos
hipoglicêmicos e
semelhantes ao
estrogênio.
Gengibre
Zingiber officinale
Roscoe
(Zingiberaceae)
Raiz seca, extrato
líquido,
Dose > 10 g/dia
Pode interagir com
anticoagulantes.
Ginseng
Raiz
Panax ginseng C.A.
Mey. (Araliaceae)
Extratos bruto e
padronizado (altas
doses) em
preparações
combinadas
Pode ter efeito
hipoglicemiante e
causar hipertensão,
bem como interagir
com anticoagulantes
e AINEs.
Juntamente com a
cafeína, tem
possíveis efeitos
estimulantes
aditivos.
Graviola
Annona muricata L.
(Annonaceae)
Chá das folhas
Apresentam potente
efeito
hipoglicemiante e
hipotensor.
Melão amargo
Momordica charantia
L. (Curcubitaceae)
Chá de melão
amargo, semente
de melão amargo
em alta dose
Pode ter efeito
hipoglicemiante,
interage com
substâncias
hipoglicemiantes.
Noni
Morinda citrifolia L.
(Rubiaceae)
Suco de Noni, dose
> 400mL
Pode causar
toxicidade hepática
e contém alto teor
de potássio.
Romã
Punica granatum L.
(Lythraceae)
Suco de romã,
extrato de romã
Pode interagir com
anticoagulantes.
Adaptado de Kharaman, Arituluk e Cankaya, 2021.
A evidência do uso desses alimentos/suplementos é baseada em estudos
limitados e principalmente em achados pré-clínicos. É importante informar os
profissionais de saúde e pacientes sobre os suplementos dietéticos mais
populares, para que as decisões sejam baseadas na maximização dos
benefícios e na minimização dos riscos.
Interação medicamento-alimento
O uso concomitante de medicamentos com alimentos e suplementos
alimentares pode ter implicações clínicas importantes, contudo muitas dessas
combinações não produzem interações ou resultam em interações sem
importância clínica.
No cotidiano, alguns medicamentos são preferencialmente
administradosjunto com alimentos para diminuir o efeito
irritante sobre o estômago e essa associação pode aumentar
a absorção do fármaco. Nesses casos, a administração deve
ser feita com estômago vazio, ou seja, uma hora antes ou
duas horas depois das refeições.
Há ainda as preferências alimentares incorporadas na forma de hábitos. Dietas
com elevado teor de proteínas e ingestão crônica de álcool (etanol), por exemplo,
podem aumentar a biotransformação de fármacos. Por outro lado, o maior
consumo de carboidratos, dietas vegetarianas, ingestão aguda de etanol,
consumo de xantinas (café, alguns chás, cacau/chocolate), ácido ascórbico e
tocoferol podem diminuir a biotransformação.
As proteínas e os carboidratos acidificam a urina, aumentando o tempo de
eliminação de fármacos ácidos, como barbitúricos e sulfonamidas, e podem
provocar aumento do efeito farmacológico.
Em dietas pobres em proteínas, como as vegetarianas, o consumo de leite e
derivados alcalinizam a urina, favorecendo a reabsorção de fármacos alcalinos,
prolongando sua meia-vida no organismo e aumentando a excreção de fármacos
ácidos.
Atenção
Da mesma forma, os fármacos podem modificar o metabolismo de nutrientes e,
em alguns casos, alterar o estado de nutrição. Por exemplo, o metotrexato e a
ciclosporina lesam a mucosa intestinal, diminuindo a absorção de cálcio. Os
antiácidos, os laxativos e os antimicrobianos podem causar a perda de
nutrientes.
Nesses e em outros casos, um suplemento dietético pode ser necessário para
restabelecer as condições normais de nutrição do paciente. Elementos como
zinco, magnésio, ácido ascórbico e riboflavina têm grande relevância na
biotransformação hepática de fármacos. O zinco, por exemplo, é um elemento
básico para a atividade de enzimas específicas do processo de
biotransformação.
A seguir, vamos detalhar mais quatro espécies de interesse (citadas pelo nome
popular, nome científico e família botânica) com as respectivas interações que
se somam ao quadro anterior.
Agrião (Nasturtium o�cinale W.T. Aiton,
Brassicaceae)
Agrião.
O agrião contém componentes que
inibem o CYP2E1 que intermedeia a
ativação de pró-carcinógenos. Em um
estudo sobre a possível interação do
agrião, foi demonstrado que 50g da
planta inibem o metabolismo da
substância da clorzoxazona pela
isoenzima CYP2E1, aumentando a sua
exposição em 1,5 vezes. Também para
o paracetamol foi demonstrado que o
agrião inibe o metabolismo oxidativo
pelo CYP2E1. Assim, é esperado que o
agrião também iniba o metabolismo
de outros de seus substratos, tais
como halotano, isoflurano e etanol.
Toranja (suco de grapegruit ou pomelo, Citrus
paradisi, Rutaceae)
O suco de toranja (suco fresco ou processado, geleias, fruta in natura) pode
aumentar a biodisponibilidade de várias drogas (como a felodipina) por inibição
do CYP3A4 intestinal.
Por conseguinte, é de se esperar a
interação causada por qualquer forma
de consumo de toranjas. Após a
suspensão do consumo do suco
dessa fruta, foi observado que em
uma semana, no máximo, o estado
inicial em relação à biodisponibilidade
dos xenobióticos é alcançado
novamente. Entre os medicamentos
para os quais foram descritas as
interações com a toranja, os que
incluem diminuição dos efeitos
terapêuticos são:
hipocolesterolêmicos (sinvastatina),
anti-hipertensivos (nifedipina),
Toranja.
ansiolíticos (buspirona), anti-
histamínicos (fexofenadina), entre
outros.
Bebidas alcoólicas
O álcool é decomposto pela enzima mitocondrial aldeído desidrogenase 2
(ALDH2), que participa da metabolização, total ou parcial, de diversos
medicamentos, cuja ingestão concomitante pode aumentar o risco de ocorrência
de efeitos adversos, como os medicamentos antirretrovirais.
Essas interações farmacocinéticas diretas entre o consumo
ocasional e moderado de álcool e os medicamentos são
menos frequentes. Em geral, os estudos sobre as interações
consideram o consumo crônico da bebida.
Medicamentos como certas cefalosporinas podem inibir a ALDH2. O consumo
simultâneo desses medicamentos com álcool causa uma acumulação de
acetaldeído tóxico, levando à manifestação de sintomas como rubor, dor de
cabeça, taquicardia e náuseas.
A administração simultânea de álcool e ácido acetilsalicílico (AAS) provoca um
prolongamento do tempo de sangramento, que pode aumentar a perda de
sangue gastrointestinal. Além disso, a ingestão simultânea de aspirina com
álcool numa refeição pode resultar em maior absorção de álcool se comparada a
uma situação similar sem aspirina.
O álcool tem um efeito depressivo sobre o sistema nervoso central (SNC) e, se
associado com outros medicamentos depressores ou sedativos, pode levar a um
aumento da sedação. Além disso, o uso concomitante com as sulfonilureias
pode acentuar a hipoglicemia; com a metformina, pode aumentar o risco de
acidose láctica.
Saiba mais
O consumo crônico de álcool provoca aumento de várias isoenzimas do
citocromo P450 no fígado, em especial, a CYP2E1, responsável pela formação de
metabólitos tóxicos de alguns medicamentos (paracetamol, halotano).
O consumo de álcool com medicamentos está associado ao aumento de
reações adversas, mesmo nas doses terapêuticas. Assim, o consumo crônico de
álcool associado à dose terapêutica elevada de paracetamol pode ocasionar
danos hepáticos agudos, favorecidos também pela nutrição insuficiente ou por
baixas reservas de glutationa.
Bebidas com cafeína
As bebidas contendo cafeína incluem café, chá preto, guaraná e bebidas à base
de cola, bem como várias "bebidas energéticas". A cafeína é degradada por meio
da CYP1A2, podendo interferir no metabolismo de outros substratos, como a
clozapina e a teofilina. Logo, pacientes tratados com clozapina devem ser
aconselhados a evitar o consumo de bebidas com cafeína. Além disso, existem
medicamentos, tais como os contraceptivos orais, que aumentam a
concentração sérica da cafeína e, assim, são capazes de induzir insônia,
taquicardia e tremor.
Medicamentos �toterápicos X alimentos e
suplementos alimentares: importantes
interações medicamentosas
Neste vídeo, o especialista Magno Maciel Magalhães apresentará importantes
interações entre plantas medicinais e fitoterápicos com alimentos e
suplementos alimentares.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um adolescente de 18 anos, diabético e usando hipoglicemiante, iniciou
recentemente uma mudança nos seus hábitos alimentares para perda de
peso. Como é um usuário frequente das redes sociais, selecionou dali uma
dieta com altos níveis de proteína. Sobre possíveis interações entre essa
dieta e o medicamento em uso, assinale a alternativa incorreta.
A
As dietas ricas em proteínas podem aumentar a
biotransformação de fármacos.
B
As dietas ricas em carboidratos podem diminuir a
biotransformação de fármacos.
C
As dietas ricas em proteínas podem diminuir a
biotransformação de fármacos.
D
As proteínas e os carboidratos acidificam a urina, aumentando
o tempo de eliminação de fármacos ácidos.
Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAs%20dietas%20ricas%20em%20prote%C3%ADnas%20aumentam%20a%20biotransforma%C3%A7%C3%A3o%20de%
Questão 2
Uma pessoa, ao tomar um lanche no final da tarde, pediu um chá preto com
canela. A partir do que estudamos neste módulo, quais seriam os efeitos
possíveis das interações desses dois ingredientes?
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20ch%C3%A1%20preto%20pode%20interagir%20com%20o%20nadolol%2C%20um%20beta-
bloqueador%2C%20al%C3%A9m%20de%20diur%C3%A9tico.%20J%C3%A1%20a%20canela%20tem%20efeito%20hipoglic%C3%AAm
Considerações �nais
A redução do risco de ocorrência de interações envolve algumas condutas que
os profissionais da área de saúde devem adotar ao selecionar e monitorar os
esquemas terapêuticos, a saber: identificação das característicasdo paciente,
conhecimento dos mecanismos de ação farmacológica dos medicamentos em
uso, avaliação das opções e ajustes terapêuticos quando não houver
possibilidade de substituir ou suspender um deles.
Plantas medicinais e fitoterápicos devem ser administrados com precaução,
principalmente para os casos livres de prescrição e quando usados
concomitantemente com certos tipos de alimentos, agentes químicos não
medicinais, álcool e tabaco.
E
As proteínas e os carboidratos acidificam a urina e podem
aumentar o efeito farmacológico dos fármacos ácidos.
A Ambas as espécies têm efeito protetor sobre o fígado.
B
O chá preto tem efeito hipoglicemiante e a canela pode interagir
com diuréticos.
C
A canela tem efeito hipoglicemiante e o chá preto pode interagir
com medicamento beta-bloqueador.
D O chá preto e a canela podem interagir com diuréticos.
E Ambas as espécies têm efeito hipoglicemiante.
Muitas interações não apresentam consequências graves e outras que são
perigosas em potência ocorrem apenas em pequena proporção de pacientes.
Entretanto, pessoas com múltiplas doenças, disfunção renal ou hepática e que
usam muitos medicamentos são mais suscetíveis, como a população idosa
frequentemente com perfil de polifarmácia.
Os profissionais de saúde devem estar sempre atentos ao melhor regime
terapêutico, com base nas informações científicas disponíveis sobre as
interações entre plantas medicinais, fitoterápicos, alimentos e suplementos.
Podcast
Neste podcast, o especialista Magno Maciel Magalhães apresentará os
principais pontos abordados no conteúdo.
Explore +
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo:
Visite o site da Fitobula, Fitoterapia Clínica e Soluções.
Consulte o Formulário de fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 2. ed.,
2021, disponível no site da Anvisa.
Referências
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SAÚDE. BIREME. Descritores em Ciência da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde.
Consultado na internet em: 24 set. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Conceitos e definições. 21 set. 2020a. Consultado na internet em: 24 set. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Memento
fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília, DF: Anvisa, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução-RDC nº 16, de 2 de março de 2007. Aprova Regulamento Técnico
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política nacional de
plantas medicinais e fitoterápicos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. (Série
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
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