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Filosofia politica na idade antigA

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FILOSOFIA POLÍTICA NA IDADE ANTIGA: PLATÃO E ARISTÓTELES
Adilson Manuel Rungo 
INTRODUÇÃO
A filosofia política exerceu um papel fundamental na construção do pensamento ocidental, influenciando as concepções sobre o Estado, a justiça, o poder e a organização social ao longo da história. Um período de grande importância para o desenvolvimento dessa área do conhecimento foi a Idade Antiga, que se estendeu desde o surgimento da filosofia na Grécia até o declínio do Império Romano. Nesse contexto, dois dos mais renomados filósofos políticos surgiram: Platão e Aristóteles.
A Idade Antiga foi uma época marcada por importantes transformações sociais, políticas e culturais. Durante esse período, a cidade-estado grega floresceu, proporcionando um ambiente fértil para o surgimento de debates filosóficos sobre o papel do indivíduo na sociedade e sobre a organização política ideal. Platão e Aristóteles, notáveis pensadores gregos, dedicaram-se a investigar e refletir sobre tais questões, deixando um legado intelectual que perdura até os dias atuais.
Este trabalho tem como objetivo aprofundar o estudo das filosofias políticas de Platão e Aristóteles na Idade Antiga, buscando compreender suas visões sobre a organização política e social, a natureza humana e a busca pela justiça. É fundamental compreender as contribuições de Platão e Aristóteles para a filosofia política, uma vez que suas teorias exerceram grande influência no pensamento político subsequente. Suas reflexões e concepções sobre o Estado e a ética continuam a suscitar debates e reflexões, auxiliando na compreensão das estruturas políticas atuais e proporcionando uma base sólida para a análise crítica da sociedade em que vivemos.
1. VIDA E OBRA DE PLATÃO
Platão, um dos mais importantes filósofos da Grécia Antiga, nasceu em Atenas por volta de 427 a.C. e faleceu em 347 a.C. Ele foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles, desempenhando um papel crucial na transmissão e desenvolvimento do pensamento filosófico. Acredita-se que ele pertencia a uma família aristocrática e recebeu uma educação privilegiada, tendo acesso a conhecimentos em matemática, poesia, música e ginástica.
A partir de sua juventude, Platão tornou-se um seguidor de Sócrates, um filósofo conhecido por seu método de questionamento e sua preocupação com a busca pela verdade. Após a morte de Sócrates, Platão se dedicou a preservar e difundir os ensinamentos de seu mestre, bem como a desenvolver sua própria filosofia.
Em 387 a.C., Platão fundou a Academia em Atenas, uma instituição de ensino filosófico que se tornou um importante centro de estudos durante vários séculos. A Academia foi um ambiente propício para o desenvolvimento e debate de ideias, permitindo a Platão aprofundar sua investigação sobre diversos campos do conhecimento, incluindo a política, a ética, a epistemologia e a metafísica.
A obra de Platão é ampla e complexa, sendo apresentada principalmente em forma de diálogos filosóficos. Dentre suas obras mais conhecidas estão "A República", "O Banquete" e "Fédon". Em seus escritos, ele explora questões como a natureza do ser humano, a busca pela verdade, a justiça, a política e a teoria das ideias.
Platão influenciou significativamente o pensamento ocidental, deixando um legado filosófico duradouro. Sua teoria das ideias, sua Alegoria da Caverna e sua visão do Estado ideal foram algumas das contribuições mais importantes. Ele acreditava que a verdadeira sabedoria deveria orientar o governo, defendendo a ideia de que o governante ideal deveria ser um filósofo-rei.
A influência de Platão na filosofia e em outras áreas do conhecimento é indiscutível, e suas ideias continuam a ser discutidas e estudadas até os dias de hoje. Ele foi um dos pilares da filosofia política na antiguidade e seu legado filosófico moldou a forma como entendemos a sociedade, o conhecimento e a busca pela verdade.
2. O PENSAMENTO POLITICO E FILOSOFICO DE PLATÃO
2.1. Palavras-chaves do pensamento de Platão
A filosofia política de Platão abrange uma série de conceitos fundamentais, incluindo ética, política e a noção de "homem político". Esses elementos estão intrinsecamente interligados em sua obra, revelando sua visão sobre a organização social e política ideal.
Platão acreditava que a ética era o ponto de partida para a construção de uma sociedade justa e harmoniosa. Em sua filosofia, a busca pela virtude e pela sabedoria era essencial para a formação de um indivíduo moralmente correto. Para Platão, a virtude não consistia apenas em agir corretamente, mas também em compreender a natureza do bem e do mal. Ele via a ética como um guia para a vida humana, uma vez que a conduta virtuosa levaria à felicidade individual e ao bem-estar coletivo.
No contexto político, Platão desenvolveu a ideia de um Estado ideal em sua obra mais famosa, "A República". Ele concebeu um sistema político baseado na justiça e na meritocracia, no qual o governante ideal seria um filósofo-rei. Para Platão, o conhecimento filosófico era o requisito fundamental para uma liderança justa e eficiente. O filósofo-rei seria aquele que possuísse o conhecimento das ideias eternas e seria capaz de governar visando o bem comum, desprendido de interesses particulares.
Além disso, Platão defendia uma concepção hierárquica da sociedade, em que os cidadãos seriam agrupados de acordo com suas habilidades e aptidões. Ele propunha a divisão da sociedade em três classes: governantes filósofos, guardiões e produtores. Cada classe teria funções específicas e contribuiria para o equilíbrio e a estabilidade do Estado.
Platão também desenvolveu a ideia de um "homem político", que era aquele indivíduo que reconhecia a importância da vida em comunidade e da participação ativa na política. Segundo Platão, o ser humano é um ser social por natureza e encontra sua plena realização na interação com os outros membros da sociedade. O "homem político" seria aquele que se engaja no bem-estar coletivo, buscando a justiça e contribuindo para o funcionamento adequado do Estado.
Em resumo, a filosofia política de Platão envolveu uma concepção ética que buscava a virtude como base para uma vida correta. Ele defendeu a ideia de um Estado ideal governado por filósofos-reis, que utilizariam o conhecimento filosófico para promover a justiça e o bem comum. Além disso, Platão destacou a importância do engajamento político do "homem político", reconhecendo-o como um elemento essencial para uma sociedade justa e harmoniosa.
2.2. Origem do estado 
Para Platão, a origem do Estado está intimamente ligada à sua visão filosófica e à busca pela justiça. Em sua obra "A República", ele apresenta uma teoria sobre como o Estado surge e qual seria sua forma ideal. Platão argumenta que a origem do Estado está relacionada a uma necessidade humana básica: a autossuficiência. Segundo ele, os indivíduos se juntam em comunidades e formam cidades a fim de suprir suas necessidades materiais e garantir a segurança. A partir desse ponto, Platão desenvolve a ideia de que o Estado é uma criação humana, fruto do contrato social estabelecido entre os cidadãos.
No entanto, Platão vai além e defende que a origem do Estado ideal não é meramente prática ou utilitária. Para ele, o Estado é uma expressão da natureza humana e de seu anseio por uma vida virtuosa e justa. Ele acreditava que os seres humanos são seres sociais por natureza e que a vida em comunidade é a melhor forma de alcançar a realização pessoal e o bem-estar coletivo.
Platão também argumentava que o Estado surge a partir da necessidade de superar a injustiça e a desordem presentes no estado de natureza. Ele via a sociedade como um organismo complexo, composto por diferentes classes e indivíduos com habilidades distintas. 
O Estado ideal, para Platão, é aquele em que cada indivíduo desempenha sua função específica de acordo com suas capacidades, promovendo a harmonia e a justiça. Dessa forma, a origem do Estado em Platão está relacionada tanto a necessidades práticas quanto a aspirações éticas e sociais. Ele concebia o Estado ideal comouma forma de organização política capaz de promover a justiça, a virtude e o bem comum, surgindo a partir da natureza social e política do ser humano.
2.3. Estado ideal e a estrutura politica
No Estado ideal de Platão, a sociedade é dividida em três classes: governantes filósofos, guardiões e produtores. Os governantes filósofos são aqueles que possuem um conhecimento profundo da verdade e das ideias eternas. Eles são dotados de sabedoria e governam com base na razão, buscando o bem comum e a justiça. Para Platão, os filósofos têm uma natureza especial que os capacita a liderar e guiar a sociedade.
A classe dos guardiões é responsável pela defesa e segurança do Estado. Esses indivíduos devem ser corajosos, leais e ter um forte senso de dever para proteger a sociedade contra ameaças externas. Eles são educados de acordo com princípios morais e éticos, preparando-se para cumprir sua função de defesa e manutenção da ordem.
Os produtores, por sua vez, são responsáveis pela produção e sustentação da sociedade. Eles são os agricultores, artesãos e comerciantes que fornecem os recursos necessários para a subsistência do Estado. Embora a classe dos produtores seja considerada inferior em termos de conhecimento e sabedoria, seu trabalho é valorizado e necessário para o funcionamento da sociedade como um todo. 
A estrutura política do Estado ideal de Platão é caracterizada por uma rigorosa hierarquia, na qual cada classe desempenha seu papel específico de acordo com suas habilidades e capacidades. Os filósofos-reis governam com sabedoria, os guardiões protegem a sociedade e os produtores fornecem os recursos materiais. Essa divisão de trabalho visa alcançar a harmonia e a justiça na sociedade, com cada indivíduo cumprindo sua função de maneira virtuosa.
É importante ressaltar que a concepção de Platão sobre o Estado ideal não se limita a uma estrutura política, mas abrange também questões educacionais. Para ele, a educação desempenha um papel fundamental na formação dos cidadãos e na busca pela virtude. Através da educação, os indivíduos são preparados para exercer suas funções de maneira adequada, desenvolvendo virtudes como a sabedoria, a coragem e a justiça. 
Embora a estrutura política apresentada por Platão no Estado ideal tenha sido alvo de críticas e questionamentos ao longo dos séculos, sua concepção continua a ser estudada e discutida até hoje. Sua abordagem hierárquica e sua ênfase na liderança dos filósofos-reis têm sido objeto de debates sobre a natureza da justiça, a relação entre conhecimento e poder, e os desafios práticos de implementar um sistema político baseado em princípios ideais.
3. VIDA E OBRA DE ARISTOTELES 
Aristóteles, um dos filósofos mais influentes da história, nasceu em Estagira, na antiga Macedônia, em 384 a.C., e faleceu em 322 a.C. Ele foi discípulo de Platão na Academia de Atenas durante cerca de 20 anos e posteriormente fundou sua própria escola filosófica, conhecida como Liceu.
Aristóteles nasceu em uma família de médicos e desde jovem demonstrou grande interesse por diversas áreas do conhecimento. Ele estudou na Academia de Platão, onde adquiriu conhecimento em filosofia, matemática, lógica e ciências naturais. No entanto, ao longo do tempo, ele começou a se distanciar do pensamento de seu mentor e desenvolveu suas próprias teorias. Após a morte de Platão, Aristóteles foi convidado pelo rei da Macedônia, Filipe II, a se tornar o tutor de seu filho, o futuro Alexandre, o Grande. Durante essa época, Aristóteles teve a oportunidade de aprofundar seus estudos em biologia e ciências naturais, realizando pesquisas e coletando informações sobre a flora e fauna da região.
Em 335 a.C., Aristóteles retornou a Atenas e fundou o Liceu, uma escola filosófica onde ele ensinava e discutia uma ampla gama de assuntos, abrangendo desde filosofia e ética até política, lógica e ciências naturais. Ele desenvolveu um sistema filosófico abrangente que influenciou profundamente o pensamento ocidental. Aristóteles escreveu numerosas obras, mas infelizmente apenas uma parte delas sobreviveu até os dias de hoje. Suas obras mais conhecidas incluem "Ética a Nicômaco", "Política", "Física" e "Metafísica". Ele explorou uma variedade de tópicos, desde a natureza da realidade e do conhecimento até a moralidade, a política e a biologia.
Aristóteles acreditava que a busca pela virtude e pela felicidade era o objetivo principal da vida humana. Ele desenvolveu uma ética baseada no conceito de virtude moral e argumentou que a virtude é alcançada por meio do hábito e da prática de ações virtuosas. No campo político, Aristóteles defendeu a ideia de que o Estado é natural e essencial para a realização plena do indivíduo. Ele propôs uma forma de governo misto, combinando elementos da monarquia, aristocracia e democracia, a fim de evitar os excessos e os perigos de cada forma isolada de governo.
4. O PENSAMENTO POLITICO E FILOSOFICO DE ARISTOTELES 
A filosofia política de Aristóteles abrange uma ampla gama de temas, incluindo a natureza do Estado, a classificação dos regimes políticos e a ideia de justiça.
4.1. Natureza do estado
Para Aristóteles, a natureza do Estado está intrinsecamente ligada à natureza humana. Ele acreditava que os seres humanos são naturalmente seres políticos, destinados a viver em comunidades organizadas. O Estado é considerado uma instituição natural que visa promover o bem comum e a realização dos indivíduos. Aristóteles argumentava que o Estado é uma comunidade política que busca alcançar a felicidade e a virtude através da cooperação e da governança justa.
4.2. Classificação dos regimes políticos
Aristóteles classificou os regimes políticos com base na forma de governo e nos interesses que predominam. Ele reconheceu três formas puras de governo: monarquia, aristocracia e democracia. Cada forma de governo pode se degenerar em uma versão pervertida: a monarquia pode se tornar uma tirania, a aristocracia pode se transformar em oligarquia e a democracia pode se deteriorar em demagogia. Aristóteles enfatizou a importância de se buscar o equilíbrio e a moderação nos regimes políticos, evitando os extremos e promovendo o interesse comum.
4.3. A ideia de justiça 
Aristóteles também desenvolveu a ideia de justiça, que desempenha um papel central em sua filosofia política. Para ele, a justiça envolve a distribuição equitativa dos bens e benefícios na sociedade, levando em consideração as diferenças de mérito e contribuição de cada indivíduo. Aristóteles distinguia entre justiça distributiva, que se refere à distribuição de bens e recompensas com base na contribuição e mérito, e justiça corretiva, que busca corrigir desigualdades e injustiças através de punição proporcional.
Em resumo, a filosofia política de Aristóteles aborda a natureza do Estado como uma instituição natural destinada a promover o bem comum e a realização individual. Ele classificou os regimes políticos com base na forma de governo e nos interesses predominantes. Além disso, Aristóteles enfatizou a importância da justiça como um princípio fundamental na organização política, buscando a distribuição equitativa e proporcional dos bens e benefícios na sociedade.
5. ANSLISE COMPARATIVA ENTRE O PENSAMENTO DE PLATÃO E ARISTORTELES
A filosofia política de Platão e Aristóteles, embora compartilhem algumas semelhanças, apresenta diferenças significativas em termos de concepção do Estado, visão sobre a ética e papel do indivíduo na sociedade.
Em relação à visão do Estado, Platão defende um Estado ideal governado por filósofos-reis. Ele acredita que somente aqueles que possuem conhecimento e sabedoria são capazes de governar com justiça e promover o bem comum. Por outro lado, Aristóteles propõe um modelo mais realista, onde o Estado deve ser governado por uma classe de cidadãos virtuosos. Ele reconhece que nenhum sistema político é perfeito, mas defende a busca por um governo que equilibre os interesses de todos os cidadãos.
Em relação à ética, Platão enfatiza a importância da busca pela virtude e da realização pessoal por meio da contemplaçãodas ideias eternas. Ele considera a justiça como a virtude principal e busca estabelecer um sistema político que promova a harmonia e o bem-estar com base na distribuição equitativa dos recursos. Aristóteles, por sua vez, centra-se na ética da virtude e na busca pela felicidade através do desenvolvimento de hábitos virtuosos. Ele acredita que a virtude é adquirida por meio da prática e do equilíbrio entre as virtudes morais e intelectuais.
No que diz respeito ao papel do indivíduo na sociedade, Platão enfatiza a importância das classes e funções sociais bem definidas. Ele acredita que cada indivíduo deve desempenhar um papel específico na sociedade de acordo com suas habilidades e capacidades. Por outro lado, Aristóteles valoriza a participação ativa do indivíduo na política e na vida social. Ele defende a importância da liberdade e da participação dos cidadãos na tomada de decisões políticas.
Em termos de teoria política, Platão e Aristóteles compartilham a ideia de que o Estado é necessário para alcançar a justiça e o bem comum. Ambos reconhecem a importância da educação na formação dos cidadãos virtuosos e defendem a ideia de que o Estado deve promover a virtude e o desenvolvimento humano.
Em resumo, enquanto Platão busca estabelecer um Estado ideal governado por filósofos-reis e enfatiza a importância da contemplação e da distribuição equitativa dos recursos, Aristóteles propõe um modelo mais pragmático, onde o Estado é governado por cidadãos virtuosos e valoriza a participação ativa do indivíduo na política. Suas diferenças filosóficas refletem diferentes visões sobre a natureza humana, a organização social e os objetivos da vida política.
CONCLUSÃO 
A filosofia política de Platão e Aristóteles na antiguidade clássica continua a ser objeto de estudo e reflexão até os dias de hoje. Esses dois grandes pensadores deixaram um legado significativo, abordando temas como a natureza do Estado, a ética, a justiça e o papel do indivíduo na sociedade. Ao longo de nossa conversa, exploramos as principais ideias de cada filósofo e analisamos as diferenças e semelhanças entre suas abordagens.
Platão, em sua busca pelo Estado ideal, propôs uma estrutura hierárquica liderada pelos filósofos-reis. Ele acreditava que a busca pela verdade e a contemplação das ideias eternas eram fundamentais para alcançar a justiça e o bem comum. Sua visão enfatizava a importância da educação e da distribuição equitativa dos recursos na sociedade. Por outro lado, Aristóteles ofereceu uma perspectiva mais realista e pragmática, defendendo a ideia de um Estado governado por cidadãos virtuosos. Ele valorizava a participação ativa do indivíduo na política e buscava o equilíbrio entre as virtudes morais e intelectuais.
Embora as abordagens de Platão e Aristóteles possam diferir em certos aspectos, ambos compartilham o objetivo de buscar a justiça e o bem-estar coletivo. Eles reconhecem a importância do Estado como uma instituição que busca promover o bem comum e a realização individual. Ambos destacam a relevância da educação na formação dos cidadãos virtuosos e na busca pela felicidade. Suas teorias filosóficas influenciaram profundamente o pensamento ocidental e deixaram um impacto duradouro na história da filosofia política.
Ao analisar as ideias de Platão e Aristóteles, podemos refletir sobre a complexidade e a diversidade do pensamento político. Suas abordagens nos convidam a questionar e a repensar nossas próprias concepções sobre o Estado, a ética e a justiça. Suas teorias também nos lembram da importância de considerar a natureza humana, a diversidade social e os desafios práticos ao buscar implementar sistemas políticos ideais.
Além disso, a filosofia política de Platão e Aristóteles nos convida a refletir sobre o papel do indivíduo na sociedade. Enquanto Platão enfatiza a importância das classes e funções sociais bem definidas, Aristóteles valoriza a participação ativa e a liberdade dos cidadãos na tomada de decisões políticas. Essas perspectivas diferentes nos incentivam a pensar sobre como equilibrar as necessidades coletivas e os direitos individuais em nossa própria sociedade.
Em última análise, a filosofia política de Platão e Aristóteles nos desafia a pensar criticamente sobre os fundamentos e as estruturas de nossos sistemas políticos. Suas ideias continuam a ser fonte de inspiração e debate, alimentando discussões sobre a natureza do Estado, a busca pela justiça e a realização humana. Ao explorar essas teorias, somos convidados a refletir sobre como podemos construir sociedades mais justas, equitativas e harmoniosas, levando em consideração tanto as complexidades da natureza humana quanto as aspirações coletivas em direção ao bem comum.
BIBLIOGRAFIA
BRIATE, Manuel & GEQUE, Eduardo. Pre-Universitário 12. Editora Person.
CHABISSE, Ernesto & COSSA, José. Filosofia 12ª Classe. Textos Editores.
www.wikpédia.pt
www.infoescola.br 
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