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Profa. Dra. Talita Silva UNIDADE II Didática e Formação Docente Unidade II 5. A organização didática da aula: práticas e procedimentos 6. Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais O que vamos estudar na disciplina? Considero que um projeto de organização didática de uma aula significativa [...] “a aula, lugar privilegiado da vida pedagógica, refere-se às dimensões do processo didático – Ensinar, Aprender, Pesquisar e Avaliar – , preparado e organizado pelo professor e seus alunos” (VEIGA, 2008, p. 267). A organização didática da aula: práticas e procedimentos Fonte: https://www.redalyc.org/journal/1171/117153744005/html/ Segundo Meirieu (2006), o espaço escolar não é apenas um local em que se passam anos, mas consiste em um ambiente de alteridade. As reflexões de Meirieu nos levam a compreender que o aprender e o ensinar são construídos na interação, no diálogo na ação coletiva, em que as experiências de cada indivíduo contribuem para compreensões de si, do mundo e do próprio conhecimento que está sendo produzido. A organização didática da aula: práticas e procedimentos Fonte: https://jornal.usp.br/radio- usp/escola-e-ambiente-fundamental-na- formacao-de-relacoes-interpessoais/ A organização didática da aula: práticas e procedimentos Ensinar e aprender são processos concomitantes para a construção do conhecimento Fonte: https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/institucional/33- not%C3%ADcias/8608-alfabetizacao-e-tema-de-i-ensinar-e-aprender-i ensinar e aprender Ensinar e aprender segundo as correntes pedagógicas (VEIGA, 2008, adaptado) A organização didática da aula: práticas e procedimentos Tendências Período Características Postura tradicional Década de 1920 O professor apresenta-se como modelo de autoridade e a ser imitado pelos estudantes. Processo ensino- aprendizagem pautado na memória e simbologia hierárquica – Professor/Cultura/Aluno Postura escolanovista Década de 1920 O professor coordena as ações do aluno, o qual deve expressar-se com criatividade e liberdade Postura libertadora Década de 1950 O professor, pautado nas ideias freirianas, estabelece um diálogo problematizador, em que todos educam-se concomitantemente Postura tecnicista Década de 1960 O professor, pautado nas premissas de Taylor, estabelece ações e técnicas, que visam a tornar os estudantes cada vez mais eficientes Ensinar e aprender segundo as correntes pedagógicas (VEIGA, 2008, adaptado) A organização didática da aula: práticas e procedimentos Postura crítico-reprodutivista Década de 1970 O professor realiza uma mediação cultural durante o processo ensino-aprendizagem, cuja interlocução com o estudante não é priorizada Postura histórico-crítica Década de 1970 O professor segue um caminho diferente do que se coloca nas posturas escolanovistas e crítico-reprodutivistas, propondo uma aproximação entre o docente e o estudante durante o processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de uma postura que parte da visão de que a escola é determinada socialmente Postura construtivista Década de 1920 O professor – com base na teoria de Piaget e Claparède, representantes do escolanovismo na Europa – busca revitalizar a centralidade no estudante durante todo o processo de ensinar e aprender Como podemos observar, as correntes pedagógicas são transversalizadas basicamente por duas formas de ensinar e aprender, que ora se alternam na centralidade professor-conteúdo a ser dado, ora priorizam a interação entre professor e estudante, com ênfase no protagonismo do aprendiz. Esclarecidos possíveis simplificações e/ou equívocos, apresentamos, a seguir, dois grupos sobre as tendências e posturas pedagógicas: Grupo 1: refere-se às posturas pedagógicas que concebem o ensinar e o aprender como elementos distintos, em que o ensinar cabe ao professor e o aprender, ao estudante. Grupo 2: refere-se às posturas pedagógicas que associam o ensinar e o aprender, isto é, esses elementos acontecem em comunhão durante todo o processo e alternam-se entre professor e estudante, ou seja, ao ensinar se pode aprender ou vice-versa. A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos Ensinar e aprender Processos distintos Ensinar e aprender Processos síncronos 1 2 Tradicional Escolanovista Tecnicista Reprodutivista Libertadora Histórico-crítica Construtivista Separe as tendências pedagógicas conforme os grupos: ( 1 ) Grupo 1: refere-se às posturas pedagógicas que concebem o ensinar e o aprender como elementos distintos. ( 2 ) Grupo 2: refere-se às posturas pedagógicas que associam o ensinar e o aprender. ( ) Tradicional ( ) Reprodutivista ( ) Construtivista ( ) Libertadora A sequência correta é: a) 1, 2, 1, 2. b) 1, 1, 1, 2. c) 1, 1, 2, 2. d) 2, 2, 1, 1. e) 2, 1, 2, 1. Interatividade Separe as tendências pedagógicas conforme os grupos: ( 1 ) Grupo 1: refere-se às posturas pedagógicas que concebem o ensinar e o aprender como elementos distintos. ( 2 ) Grupo 2: refere-se às posturas pedagógicas que associam o ensinar e o aprender. ( 1 ) Tradicional ( 1 ) Reprodutivista ( 2 ) Construtivista ( 2 ) Libertadora A sequência correta é: a) 1, 2, 1, 2. b) 1, 1, 1, 2. c) 1, 1, 2, 2. d) 2, 2, 1, 1. e) 2, 1, 2, 1. Resposta A sala de aula transcende seu caráter estático e espacial, uma vez que, dentro dela, estão sujeitos históricos e culturais que expressam suas ideias e buscam consolidar conhecimentos e projetar suas expectativas frente à vida social. Assim, a aula consiste em um fenômeno cultural, que promove sociabilidade em seu interior com objetivos de aprendizagem sistematizados, organizados e formalizados para o desenvolvimento de habilidades e competências dos participantes do processo de ensino e aprendizagem. A organização didática da aula: práticas e procedimentos Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/21 586/volta-as-aulas-preparar-a-sala- de-aula-e-uma-forma-de-acolhimento A organização didática da aula: práticas e procedimentos Uma sala de aula não é um grupo de pessoas escolhidas em razão de suas afinidades. Não é, tampouco, um conjunto de pessoas que compartilham as mesmas convicções ideológicas ou religiosas. Não é uma família cujos membros são unidos por relações de filiação. Não é um bando submetido ao comando de um líder, nem um cenário de televisão onde o espetacular é a lei. É um espaço e um tempo estruturados por um projeto específico que alia ao mesmo tempo e indissociavelmente a transmissão de conhecimentos e a formação dos cidadãos (MEIRIEU , 2006, p. 68). Nesta perspectiva, podemos compreender a sala de aula como a dimensão física, local destinado para a realização de ações pedagógicas; enquanto a aula possui uma dimensão de organização do processo educativo, tempo e espaço da aprendizagem (VEIGA, 2008). A organização didática da aula: práticas e procedimentos Fonte: https://www.cart acapital.com.br/ educacao/sala- de-aula-google/ A B C D E F G H I J K L M N O P R S T U V W X Y Z A organização didática da aula: práticas e procedimentos CONFIGURAÇÕES DA AULA Escola Primária Ensino Simultâneo Método Intuitivo Escola Europeia Medieval Aula social e tecnologia Aula crítica e emancipatória Aula tecnicista Escola Nova Sala de aula – surgimento tímido. Aula – alfabetização e ofícios sacerdotais. Sala de aula – inserção de tecnologias. Aula – motivação de condições para aprendizagem. Sala de aula – abrigo do ensino primário público. Aula – atendimento à educação brasileira. Sala de aula – organização por classes e idades. Aula – surgimento e apoio com materiais didáticos. Sala de aula – símbolo de renovação no período republicano brasileiro. Aula – ambiente aluno e recursos didáticos. Sala de aula – serviço de interesses dos indivíduos e de classes. Aula – métodos e técnicas de ensino. Sala de aula – espaço para qualificação de mão de obra.Aula – ampliação de uso de materiais livros didáticos. Sala de aula – instrumento para camadas dominadas. Aula – assume a presença do aluno e do professor para aprendizagem. Configurações da aula Fonte: Adaptado de: (VEIGA, 2008) O professor deve utilizar aula e sala de aula como elementos inerentes à construção de seu trabalho pedagógico, em um contexto colaborativo, planejado e com propostas de avaliar o desenvolvimento de todo o processo vivido. A organização didática da aula: práticas e procedimentos Segundo Dussel e Caruso (2003, p. 26): habitar a sala de aula significa formar esse espaço de acordo com gostos, opções, margens de manobra; considerar alternativas, eleger algumas e descartar outras. Habitar um espaço é, portanto, uma posição ativa. Libâneo (2008, p. 47) afirma que “o professor tem com o aluno um compromisso social e ético, no seu processo de formação”. A organização didática da aula: práticas e procedimentos Fonte: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/vamos-falar-de-etica/321425944 Percebemos que as metodologias adotadas pelos professores devem considerar o caráter ético em suas ações, cuja responsabilidade seja conduzir os estudantes para uma formação cidadã e a fim de que sejam partícipes autônomos e altruístas na família, no trabalho e na vida social. As relações de sala de aula, fundamentalmente socioculturais, devem contribuir para a formação cultural e científica da sociedade, compromisso indispensável para conquistas participativas e democráticas. A organização didática da aula: práticas e procedimentos Não se pode perder de vista que a tarefa pedagógica é realizada em um espaço e tempo político, em que se deslocam relações de poder, acordos, desacordos e negociações, daí a necessidade de articular tais elementos com a ética. Desta forma, pensar na dimensão ética da docência, especificamente durante o processo de ensino e aprendizagem, é considerar seus princípios na elaboração e prática pedagógica, uma vez que a construção do conhecimento é uma exigência ética, de compartilhamento e respeito do outro e de ideias diferentes. Em consonância com esta concepção, Rios (2011) afirma que ética consiste em uma dimensão estruturante do trabalho competente e coerente do professor. A organização didática da aula: práticas e procedimentos UM BOM TRABALHO PERSPECTIVA TÉCNICA PERSPECTIVA POLÍTICAPERSPECTIVA ÉTICA Podemos entender que o diálogo em sala de aula não somente exterioriza ideias, mas coloca o sujeito em contato com o outro, estabelecendo consensos e dissensos em relação às várias temáticas que emergem do processo de ensino e aprendizagem. A organização didática da aula: práticas e procedimentos Fonte: https://www.flaticon.com/br/icone- gratis/dialogo_748562 Fonte: https://www.flaticon.com/br/icone- gratis/dialogo_554787 Portanto, a organização didática como propulsora das interações colaborativas reconhece a prática educativa: A organização didática da aula: práticas e procedimentos [...] como um processo histórico, existencial, social, político, cultural de transmissão de valores e criação de valores, conhecimentos e saberes para uma socialização que desenvolva consciência e autonomia dos sujeitos em modos próprios de sentir, pensar e decidir (FREIRE, 1996, p. 175). Fonte: https://integra.univesp.br/courses/2763/pages/texto-base- trabalho-em-grupo-versus-aprendizagem-colaborativa-existe-diferenca Práticas educativas embasadas na teoria pedagógica freiriana Humanização: centrada nas ações das pessoas, suas aspirações, subjetividades e pontos de vista. Conscientização: efetivada no ajuste e organização dos entraves coletivos e dicotomias geradas pelas diversas percepções de mundo. Constituição política: processada nas ações socioculturais, tomadas de decisão, atuações autônomas e cidadãs. Formação profissional cidadã: relacionada à articulação entre conhecimento técnico, científico e social. A organização didática da aula: práticas e procedimentos Nessa perspectiva, sobre a organização didática e os procedimentos podemos afirmar: I. Refletir sobre o papel sociopolítico da educação, da escola e do ensino. II. Compreender o processo de ensino e suas múltiplas determinações; instrumentalizar teórica e prática. III. Estabelecer estudos que auxiliem os professores na sala aula, fazendo com que o processo de ensino seja caracterizado pela condição existente entre o professor e o aluno. Estão corretas: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III. e) II. Interatividade Nessa perspectiva, sobre a organização didática e os procedimentos podemos afirmar: I. Refletir sobre o papel sociopolítico da educação, da escola e do ensino. II. Compreender o processo de ensino e suas múltiplas determinações; instrumentalizar teórica e prática. III. Estabelecer estudos que auxiliem os professores na sala aula, fazendo com que o processo de ensino seja caracterizado pela condição existente entre o professor e o aluno. Estão corretas: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III. e) II. Resposta Para que as mudanças ocorram, é necessário interagir com os sujeitos e promover interações, uma vez que as práticas inovadoras e criativas partem dessas ações, pois estão fundamentadas: A dimensão ontológica – relaciona-se ao ser e à sua realidade; A dimensão epistemológica – refere-se ao conhecimento humano; e A dimensão metodológica – refere-se aos movimentos realizados durante o processo ensino-aprendizagem. Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Cunha (2006, p. 40-41) propõe espaços renovadores para a educação a partir da associação de inovação e novas tecnologias, sugerindo que: Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais [...] a inovação requer uma ruptura necessária que permita reconfigurar o conhecimento para além das regularidades propostas pela modernidade. Ela pressupõe, pois, uma ruptura paradigmática e não a inclusão de novidades, inclusive as tecnológicas. Nesse sentido envolve uma mudança na forma de entender o conhecimento. Fonte: https://uoledtech.com. br/blog/o-que-e-e-o- que-nao-e-inovacao De acordo com Rajadell (2012), embora tenham diferentes processos de criatividade, esses termos estão relacionados à concretização de um produto; segundo a autora, temos a seguinte definição: Criatividade: presente em todos os sujeitos, já que eles podem gerar ideias, desde as mais simples às mais complexas. Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Inovação: capacidade sistemática e organizativa de transformar boas ideias em exitosas (produto). Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/3 -formas-de-estimular-a-criatividade-de- acordo-com-a-ciencia Fonte: https://tellus.org.br/conteudos/artigos/5-principios-inovacao/ Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Olhar críticoInovação Criatividade Na busca por articular criatividade e inovação a serviço de ambientes escolares cada vez mais autônomos e engajados com as novas tecnologias e demandas da contemporaneidade, temos algumas ações: formulação de perguntas interessantes e originais; questionamento e problematização da informação; percepção de contradições e lacunas no conhecimento; estabelecimento de relações remotas e pertinentes; proposição de várias alternativas e hipóteses ante os problemas a resolver; solução inovadora de problemas; elaboração personalizada de respostas e proposições; procura de informações e realização de atividades que vão além das solicitadas pelo professor. Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Em outras palavras, gerar condições para um espaço criativo nas escolas requer considerar nos estudantes a capacidade de investigar, questionar, indagar, divergir, motivar, arriscar, vivenciar, construir e transformar novas possibilidades de aprender e elaborar oconhecimento. Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais INVESTIGAR DIVERGIR INDAGAR QUESTIONAR MOTIVAR VIVENCIAR ARRISCAR CONSTRUIR TRANSFORMAR NOVAS POSSIBILIDADES DE APRENDER E ELABORAR O CONHECIMENTO Diante deste contexto, as instituições de Ensino Superior devem ser o primeiro local de formação docente para a criatividade e inovação. Castro (2015) a partir disso, faz as seguintes recomendações, as quais devem permear a prática docente como manifestação criativa: Planificar e integrar o currículo dos cursos de formação docente com base nas dimensões da criatividade e inovação; Trabalhar o caráter interdisciplinar, com proposta de integração de conhecimentos e transformação do espaço escolar em um ambiente motivador, desafiador e estratégico; Promover práticas criativas que consolidem o ato educativo inovador, cujas resoluções de problemas sejam colaborativas, dialógicas e originais; Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Utilizar estratégias que propiciem o pensamento crítico, a observação e a construção de criatividade, elevando à qualidade do processo de ensino e aprendizagem; Promover intercâmbios de vivências entre os docentes de diferentes cursos da própria instituição e de outras, através de eventos diversos para promoção de metodologias inovadoras; Trazer para o campo da pesquisa e extensão a temática da criatividade e inovação, a fim de fortalecer a formação de professores e a participação engajada dos futuros profissionais das demandas da sociedade atual. Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Fonte: Adaptado de: http://smeduquedecaxias.rj.gov. br/smeportal/index.php/professo res-inovadores/ Ações Educativas Professores Inovadores As recomendações apresentadas reafirmam a relação da inovação com a qualidade e o engajamento da educação, considerando seu caráter histórico-social pautado em atitudes que confiram conhecimentos produzidos além dos padrões escolares, assim como procedimentos pedagógico-formativos que se expressem através das (re)configurações dos saberes e diminuição de dualidades, como: Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais TEORIA X PRÁTICA POPULAR X ERUDITO CIÊNCIA X CULTURA EDUCAÇÃO X TRABALHO A partir das contribuições da inovação e criatividade na formação de professores, pretende-se romper com o dualismo: I. Popular e erudito II. Ciência e cultura III. Teoria e prática IV. Educação e trabalho V. Didática e modelos pedagógicos A alternativa que não corresponde é: a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V. Interatividade A partir das contribuições da inovação e criatividade na formação de professores, pretende-se romper com o dualismo: I. Popular e erudito II. Ciência e cultura III. Teoria e prática IV. Educação e trabalho V. Didática e modelos pedagógicos A alternativa que não corresponde é: a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V. Resposta Segundo Baptista (apud VEIGA, 2008, p. 88), é “possível ensinar criatividade na medida em que se estimula, motiva e/ou facilita o pensamento criativo do aprendiz”. Nesta perspectiva, a construção do conhecimento com base na dimensão criativa envolve as seguintes fases: Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais INSIGHT Observação do meio com curiosidade e interesse PREPARAÇÃO Observação do problema, aspectos negativos e relações de proporção INCUBAÇÃO Raciocínio e elaboração de conexão. Intuição ativa ILUMINAÇÃO Revelação da solução criativa de forma repentina VERIFICAÇÃO Momento de conferir e avaliar a validade da iluminação. Finalização da ideia criada 1 2 3 4 5 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento prescritivo da ação pedagógica nacional e da política curricular da Educação Básica, aponta a criatividade como elemento necessário nos currículos das instituições de ensino de todo o país. Apresentamos, a seguir, os principais momentos em que a criatividade é requerida no documento citado: Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Contexto da BNCC Concepção de criatividade Introdução Apresentação das 10 competências para Educação Básica Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas), com base nos conhecimentos das diferentes áreas (p. 9) Direitos de Aprendizagem – Educação Infantil Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais (p. 38) Campo de Experiência “Traços, sons, cores e formas” – Educação Infantil [...] Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura, e potencializem suas singularidades [...] (p. 41) Campo de Experiência “Corpo, gestos e movimentos” – Educação Infantil Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e adequação) como instrumento de interação com o outro e com o meio (p. 54) Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Contexto da BNCC Concepção de criatividade Linguagens Ensino Fundamental Multiletramentos Práticas contemporâneas de linguagem por parte dos estudantes podem ter lugar, mas deve-se ter em mente mais do que um “usuário da língua/das linguagens”, na direção do que alguns autores vão denominar de designer: alguém que toma algo que já existe (inclusive textos escritos), mescla, remixa, transforma, redistribui, produzindo novos sentidos, processo que alguns autores associam à criatividade. Parte do sentido de criatividade em circulação nos dias atuais (“economias criativas”, “cidades criativas” etc.) (p. 70) Ensino Médio Juventudes e Criatividade Proporcionar uma cultura favorável ao desenvolvimento de atitudes, capacidades e valores que promovam o empreendedorismo (criatividade, inovação, organização, planejamento, responsabilidade, liderança, colaboração, visão de futuro, assunção de riscos, resiliência e curiosidade científica, entre outros (p. 465). Esta etapa da escolarização deve ser desencadeada a partir de desafios e problemas abertos e contextualizados, para estimular a curiosidade e a criatividade na elaboração de procedimentos e na busca de soluções de natureza teórica e/ou experimental (p. 551) Projeto de Vida Utilizar, propor e/ou implementar soluções (processos e produtos) envolvendo diferentes tecnologias, para identificar, analisar, moderar e solucionar problemas complexos em diversas áreas da vida cotidiana, explorando de forma efetiva o raciocínio lógico, o pensamento computacional, o espírito de investigação e a criatividade (p. 475) Um elemento que pode contribuir para a criatividade e inovação são as Tecnologias Digitais da Comunicação e Informação (TDCI), uma vez que “a tecnologia tem de ser compreendida como resultado da inteligência humana e, portanto, há que se colocar a serviço do sujeito aprendiz e da educação” (OLIVEIRA apud VEIGA, 2008, p. 124). Ao contrário do que afirma o senso comum, a tecnologia precisa da ação humana, assim como está a serviço dela; Em se tratando de educação, professores devem utilizar as novas tecnologias a fim de tornar mais robusto e consistente o conhecimento, enquanto os estudantes precisam estar no centro das movimentações tecnológicas para construçãodo conhecimento e inserção autônoma na sociedade contemporânea. Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Fonte: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe- o-mcti/noticias/2023/05/residencia-em-tic-vai- capacitar-mais-15-mil-profissionais-em- tecnologia-da-informacao-e-comunicacao Sobre a necessidade de ampliação da formação e papel do professor no contexto das tecnologias, Moran (2015, p. 43) pontua que o docente reafirma seu papel de mediador do processo de construção do conhecimento, articulando momentos presenciais e virtuais: Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Fonte: https://vivescer.org.br/do-presencial-para-o- online-como-combater-a-indisciplina-em-aulas-virtuais/ “o professor continuará ‘dando aula’, e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da internet, até mesmo fora do horário específico da aula.” A BNCC apresenta a importância das tecnologias digitais na competência 5 das 10 competências gerais para Educação Básica: Competência 5 – Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (BNCC, 2018, p. 9). Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Fonte: http://objetosdeaprendizagem.com.br/tecnolo gia-na-base-nacional-comum-curricular/ Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Componente curricular Ano Temática Habilidade Matemática 3º Geometria (EF03MA16) Reconhecer figuras congruentes, usando sobreposição e desenhos em malhas quadriculadas ou triangulares, incluindo o uso de tecnologias digitais (p. 289) Matemática 3º Probabilidadee Estatística (EF03MA28) Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas em um universo de até 50 elementos, organizar os dados coletados utilizando listas, tabelas simples ou de dupla entrada e representá-los em gráficos de colunas simples, com e sem uso de tecnologias digitais (p. 289) Matemática 5º Geometria (EF05MA18) Reconhecer a congruência dos ângulos e a proporcionalidade entre os lados correspondentes de figuras poligonais em situações de ampliação e de redução em malhas quadriculadas e usando tecnologias digitais (p. 297) História 4º Circulação de pessoas, produtos, e culturas (EF04HI08) Identificar as transformações ocorridas nos meios de comunicação (cultura oral, imprensa, rádio, televisão, cinema, internet e demais tecnologias digitais de informação e comunicação) e discutir seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais (p. 413) Português 3º ao 5º Leitura e Escrita (EF05LP13) Assistir, em vídeo digital, à postagem de vlog infantil de críticas de brinquedos e livros de literatura infantil e, a partir dele, planejar e produzir resenhas digitais em áudio ou vídeo (p. 121) O professor poderá utilizar as TICs como elemento mediador de sua prática educativa, empregando, pedagogicamente, esses recursos, a partir de uma perspectiva significativa e transformadora da aprendizagem escolar. Diante dessa afirmativa, analise as proposições a seguir: I. A utilização das tecnologias pelo professor, na sua prática pedagógica em sala de aula, deverá vir acompanhada por uma metodologia adequada às necessidades dos educandos. II. O trabalho pedagógico, utilizando o recurso das TICs, deverá ser desempenhado, prioritariamente, por um professor especialista, de modo que a escola esteja em consonância com essa tendência educativa. III. A escola, por ser considerada um ambiente que propicie a discussão, reflexão e construção do conhecimento. IV. Não é necessário investimento na formação do educador para a realização do trabalho pedagógico com as TICs. É correto o que se afirma apenas em: a) I e III. b) I e IV. c) II, III e IV. Interatividade d) III e IV. e) I, II e III. O professor poderá utilizar as TICs como elemento mediador de sua prática educativa, empregando, pedagogicamente, esses recursos, a partir de uma perspectiva significativa e transformadora da aprendizagem escolar. Diante dessa afirmativa, analise as proposições a seguir: I. A utilização das tecnologias pelo professor, na sua prática pedagógica em sala de aula, deverá vir acompanhada por uma metodologia adequada às necessidades dos educandos. II. O trabalho pedagógico, utilizando o recurso das TICs, deverá ser desempenhado, prioritariamente, por um professor especialista, de modo que a escola esteja em consonância com essa tendência educativa. III. A escola, por ser considerada um ambiente que propicie a discussão, reflexão e construção do conhecimento. IV. Não é necessário investimento na formação do educador para a realização do trabalho pedagógico com as TICs. É correto o que se afirma apenas em: a) I e III. b) I e IV. c) II, III e IV. Resposta d) III e IV. e) I, II e III. CASTRO, M. S. Desenvolvimento da criatividade no Ensino Superior: percepções da criatividade docente e discente na formação acadêmica. Revista Liberato, Novo Hamburgo, v. 16, n. 26, p. 107-122, jul./dez. 2015. 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A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos Interatividade Resposta A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos A organização didática da aula: práticas e procedimentos Interatividade Resposta Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Interatividade Resposta Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Espaços inovadores em sala de aula: criatividade e ambientes digitais Interatividade Resposta Referências Referências Referências Número do slide 48
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