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FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DAS DOEÇAS DO METABOLISMO E GLÂNDULAS ENDÓCRINAS PATOLOGIAS Diabetes tipo I e II; Hipertiroidismo e hipotiroidismo; Obesidade Magreza REFERÊNCIAS PARA ESTUDAR ESCOT-STUMP, Silvia. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento. 5. ed. Manole, Barueri -SP, 2007; CUPPARI, Lilian. Nutrição: nutrição clínica no adulto. Manole, Barueri -SP, 2003; Sociedade Brasileira de Diabetes; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. http://www.diabetes.org.br/publico/ https://www.endocrino.org.br/ DIABETES MELLITUS TIPO I E II DEFINIÇÃO Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. Diabetes Tipo I; Diabetes Tipo II; Diabetes Gestacional. DEFINIÇÃO Diabetes Tipo I: é a deficiência absoluta de insulina com incapacidade total de produzir esse hormônio. Aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Diabetes Tipo II: é a resistência à insulina, em que ocorre falha em seu uso apropriado, combinando-se com uma deficiência relativa de insulina. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. DEFINIÇÃO Diabetes Gestacional: Essa forma de DM é definida como intolerância aos CHO no início da gestação ou quando reconhecida pela primeira vez durante a gravidez. Os fatores de risco são: história de obesidade, aborto ou morte fetal em gestações anteriores, idade materna superior aos 40 anos, história familiar de DM, além de história de prematuridade, malformações congênitas ou excesso de ganho de peso. Na maioria dos casos, a glicemia retorna ao normal após o parto. ETIOLOGIA Diabetes Tipo I: O surgimento segue alguma infecção viral: caxumba; Idiopática: sem causa específica; Genética; Destruição autoimune das células beta do pâncreas. ETIOLOGIA Diabetes Tipo II: Genética; Sedentarismo; Obesidade; Idade: idosos; Doenças do pâncreas. Destruição autoimune das células beta do pâncreas. Aumento da resistência periférica à insulina. FATORES DE RISCO Diabetes Tipo I: Genética: parentes próximos; Diabetes Tipo II: Pré-diabetes: diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada; Pressão alta; Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue; Acima do peso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura; Pais ou irmão com diabetes; FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO Diabetes Tipo II: Outra condição de saúde associada ao diabetes, como a doença renal crônica, endocrinopatias; Bebê com peso superior a quatro quilos ou diabetes gestacional; Síndrome de ovários policísticos; Distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar; Apneia do sono; Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides. FISIOLOGIA FISIOPATOLOGIA SINAIS E SINTOMAS Diabetes Tipo I: Poliúria: maior frequência urinária; Polidipsia: sede excessiva; Polifagia: fome intensa; Debilidade; Fadiga; Irritabilidade; Perda de peso súbita. Diabetes Tipo II: 30% são assintomáticos; Discreta poliúria: maior frequência urinária; Discreta polidipsia: sede excessiva; Discreta perda de peso; Fadiga constante; Perda progressiva da visão; Impotência sexual; Infecção urinária de repetição. SINAIS E SINTOMAS COMPLICAÇÕES Cardiopatia aterosclerótica; Insuficiência cardíaca; AVC; Cegueira; IRC; Doenças vasculares e amputações; Neuropatia: cetoacidose diabética. DIAGNÓSTICO Exame de sangue: Glicemia em jejum: acima de 126mg/dL; Dextro: acima de 200mg/dL; Teste oral de tolerância à glicose: Curva Glicêmica – sangue coletado a cada 30 min. e ingestão de xarope de glicose nos intervalos. História clínica. TRATAMENTO CLÍNICO Monitoramento e controle dos níveis de glicose sanguínea; Medicamentoso; Insulinoterapia: DM tipo I Planejamento alimentar; Atividade física. ráfico 02. Ação das Insulinas Exógenas - 1 x/dia pela manhã - 3 x/dia 15 min. antes de cada refeição principal TRATAMENTO CLÍNICO Insulinoterapia: - 2 x/dia (manhã e noite) - 3 x/dia 45 min. antes de cada refeição principal TRATAMENTO DIETOTERÁPICO Objetivos: Atingir e manter níveis glicêmicos próximos da normalidade, mediante equilíbrio da alimentação com tratamento medicamentoso e/ou insulina; Manter níveis de glicemia em jejum entre 80 – 120mg/dL e entre 100 – 140mg/dL antes de dormir; Atingir níveis séricos satisfatórios de lipídeos e manter PA estável para reduzir risco de doença vascular; TRATAMENTO DIETOTERÁPICO Objetivos: Fornecer calorias adequadas para manutenção ou obtenção de peso razoável para adulto e índices normais de crescimento e desenvolvimento para crianças e adolescentes; Prevenir e tratar complicações agudas no DM; RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Calorias: 25 - 30kcal/kg/dia – manutenção de peso; Conforme as necessidades individuais de energia. Carboidratos: 45 - 60% do VET; CHO preferencialmente complexos. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Proteínas: 0,8 – 1,0g/kg/dia; 50% de PTN de alto valor biológico. 10 - 20% do VET. Lipídeo: 30% do VET; SUFA < 7%; MUFA – 12 a 15%; ►PUFA < 10%; ►Colesterol < 200mg/dia. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Líquidos: 2L/dia. Sódio: 2400 – 3000mg/dia; Limitar em 2400mg/dia em caso de HAS leve a moderada. Fibras: 25 – 30g/dia. CONTAGEM DE CHO É o método que leva em consideração a quantidade em gramas dos CHO consumidos em cada uma das refeições (desjejum, almoço, jantar e lanches), ajustando a dose de insulina de ação ultra-rápida ou rápida que será administrada em cada refeição e no total do dia. Normalmente 1 UI (unidade de insulina) cobre 15g de CHO; Conta-se a quantidade de CHO de uma refeição para saber quantas unidades de insulina são necessárias para cobrir a quantidade de CHO ingerida. CONTAGEM DE CHO RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS No DM tipo 1 deve ser utilizado plano alimentar considerando a insulinoterapia, outros medicamentos e atividade física; Utilize adoçante como substituto do açúcar: sacarina, aspartame, acesulfame e sucralose; Aumente a ingestão de fibras consumindo feijão, vegetais, farinha de aveia, frutas com casca e bagaço, leguminosas; Redução da ingestão de sódio, colesterol e gorduras saturadas; Oferta de AGw3 para controle dos lipídios e glicose séricos; Vitaminas e minerais não necessitam ser suplementados quando alimentação for adequada a menos que haja deficiência comprovada; Estudos apontam que suplementação de cromo podem melhorar a tolerância à glicose; RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS É importante o espaçamento das refeições (distribuindo a ingestão de CHO ao longo do dia); Desaconselhar pular refeições ou muito tempo em jejum; Recomenda-se níveis mais elevados de cromo, magnésio e potássio quando os níveis séricos estiverem baixos, porém não necessidade de suplementação diária. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS TABELA DE ÍNDICE GLICÊMICO OBRIGADO! HIPERTIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO DEFINIÇÕES Tireoide: É uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão (ou popularmente, gogó). É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no adulto); Age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional; É fundamental estar em perfeito estado de funcionamentopara garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo; É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo. DEFINIÇÕES Hipertireoidismo: Se caracteriza pela produção excessiva dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina); É uma condição clínica causada pelo excesso de hormônios tireoidianos circulantes, devido a um aumento da produção ou da liberação destes. DEFINIÇÕES Hipotireoidismo: Se caracteriza pela produção deficiente dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina); É a situação em que há uma quantidade insuficiente de hormônios tireoidianos circulantes no organismo; Isto leva a alteração no metabolismo dos diversos órgãos do corpo levando a sintomas clínicos e alterações laboratoriais. DEFINIÇÕES ETIOLOGIA Hipotireoidismo: Tireoidite Crônica de Hashimoto: doença em que o organismo produz anticorpos contra a própria glândula tireóide, levando a redução de sua função e diminuição da produção de hormônios; Tratamentos da glândula tireóide: cirurgia de tireoidectomia, Iodo radioativo ou radioterapia cervical; Congênito: por da ausência de glândula tireóide ao nascer ou mau funcionamento da mesma; Uso de alguns medicamentos assim como o excesso de ingestão de Iodo na dieta. Hipertireoidismo: Doença de Graves: patologia que acomete a tireóide, em que há produção de anticorpos que atacam a glândula simulando o hormônio TSH, um estimulador do funcionamento da tireóide; Bócio nodular tóxico: doença que apresenta nódulos tireoidianos (único ou múltiplos) que produzem hormônios independentemente do controle do organismo. ETIOLOGIA FATORES DE RISCO Idade idosa; Sexo feminino; Ingestão excessiva ou carência de iodo: bócio; Hereditariedade; Gestação: aparecimento de nódulos; Doenças prévias. FISIOLOGIA TSH: hormônio tireoidestimulante - tireotrofina TRH: Hormônio liberador de tireotrofina FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA Hipertireoidismo: Aumenta o consumo de O 2 e a produção metabólica de calor; Aumenta o catabolismo das proteínas (fraqueza muscular); Aumento do débito e da freqüência cardíaca (aumenta a expressão de receptor β1 no coração); Hiperexcitabilidade neuronal distúrbios psicológicos. FISIOPATOLOGIA Hipotireoidismo: Diminuição da taxa metabólica e do consumo de O2 (intolerância ao frio); Diminuição da síntese proteica (unhas e cabelos fracos); Bradicardia: retardamento do ritmo cardíaco; Retardamento do crescimento ósseo e de tecidos – crianças baixas para idade; Alterações no sistema nervoso: adulto - lentidão em reflexos, fala e crianças – cretinismo (doença mental grave). SINAIS E SINTOMAS SINAIS E SINTOMAS COMPLICAÇÕES Hipotireoidismo: Anemias; Hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e coronariopatia; Desordem gastrointestinais, neurológicos, endócrinos, metabólicos e renais; Disfunções respiratórias; Dislipidemia; Glaucoma; Retardo mental, surdez e deficiência no crescimento em recém- nascidos com hipotireoidismo. COMPLICAÇÕES Hipertireoidismo: Abortos e alterações no feto; Impedimento de ovulação; Arritmias cardíacas; Osteoporose; Alteração na visão e cegueira; Tempestade tireoidiana: produção excessiva de hormônio levando ao coma e morte. DIAGNÓSTICO Exame de sangue: TSH: hormônio tireoestimulante - hipotir. hipert. T4 livre e total: tiroxina; T3 livre e total: triiodotironina; USG da tireoide; Biopsia; História clínica. TRATAMENTO CLÍNICO Hipertireoidismo Medicação antireoidiana; Terapia com iodo radioativo; Cirurgia: tireoidectomia; Planejamento alimentar; Hipotireoidismo Reposição hormonal; Planejamento alimentar; TRATAMENTO DIETOTERÁPICO HIPERTIREOIDISMO Objetivos: Prevenir/tratar complicações decorrentes da taxa metabólica acelerada, inclusive desmineralização óssea; Repor reservas de glicogênio. Recuperar o peso perdido; Corrigir o balanço nitrogenado negativo; Repor as perdas de líquidos decorrentes da diarreia, diaforese e aumento da frequência respiratória; Monitorar intolerância à gordura e esteatorréia; RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS HIPERTIREOIDISMO Calorias: 40kcal/kg/dia; Carboidratos: 55 - 60% do VET; Líquidos: 3 - 4L/dia. Proteínas: 1,0 – 1,75g/kg/dia; Lipídeo: 30 - 35% do VET; Fibras: 25 – 30g/dia. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS HIPERTIREOIDISMO A dieta deve incluir 950ml de leite por dia, para fornecimento de níveis adequados de cálcio, fósforo e vit. D; Excluir estimulantes contendo cafeína; Suplemente a dieta com vit. A, C, complexo B; Exclua o consumo de álcool, pode causar hipoglicemia; Pode haver necessidade de lanches frequentes. Objetivos: Controlar o ganho de peso devido taxa metabólica mais lenta; Medir peso frequente para verificar perda/retenção de líquido; Corrigir as razões do desequilíbrios, ex: baixa ingesta de iodo; Corrigir anemia por deficiência de ferro ou vit. B12, se houver; Melhorar os níveis de energia e reduzir fadiga. TRATAMENTO DIETOTERÁPICO HIPOTIREOIDISMO RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS HIPOTIREOIDISMO Calorias: 25 - 30kcal/kg/dia; De acordo com estado nutricional, idade, sexo e estatura. Carboidratos: 55 - 60% do VET; Fibras: 25 – 30g/dia. Proteínas: 0,8 – 10g/kg/dia; Lipídeo: 25 - 30% do VET; Líquidos: 2L/dia, verifique necessidade de restrição. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS HIPOTIREOIDISMO Ofereça suporte adequado de fibras e alimentos laxantes; Ofereça níveis adequados de iodo; Ofereça zinco, cobre e tirosina em quantidades adequadas para favorecer funcionamento adequado da tireoide; Recomende que os vegetais sejam cozidos para diminuir ação bociogênica. Repolho, mandioca, couve-flor, brócolis e soja podem bloquear absorção de iodo; Incentive o uso de sal iodado. OBRIGADO! OBESIDADE DEFINIÇÃO Enfermidade crônica, que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura a um nível tal que a saúde esteja comprometida. A obesidade representa o aumento da adiposidade corporal enquanto que o sobrepeso significa apenas aumento exclusivo de peso. A obesidade pode ser reflexo da dificuldade que os homens ainda enfrentam de se alimentar para se sentirem melhor e mais saudáveis. ETIOLOGIA Multifatorial, que atua na origem e na manutenção da obesidade: Fator nutricional: consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras; Aspectos genéticos; Distúrbio metabólico e endócrinos; Problemas psicossociais; Problemas culturais; Fatores comportamentais e estilo de vida; Parar de fumar; Diminuição do nível de atividade e sedentarismo; Envelhecimento. ETIOLOGIA FATORES DE RISCO Predisposição genética; Ambiente de convivência contribui com 40 – 60%; Pais obesos mais que dobra o risco de obesidade na vida adulta em crianças com menos de 10 anos obesas ou não; Crianças com mais de 3 anos obesas, tendem a ser obesas na fase adulta; CLASSIFICAÇÃO As síndromes da obesidade podem ser classificadas de diversas maneiras: Classificação anatômica: baseada no tamanho, no número e na distribuição dos adipócitos e do tecido adiposo; Classificação etiológica: baseada na identificação de doenças específicas e em situações causadoras da obesidade (lesão hipotalâmica, doenças endócrinas como a doença de Cushing e síndrome do ovário policísticos). FISIOLOGIA DO CONTROLE DO APETITE Leptina e insulina Grelina OrexígenoAnorexígeno Determinantes da obesidade: Deficiência congênita da leptina; Deficiência do receptor da leptina; Defeito na POMC: neuropeptídeo precursor do hormônio estimulador do MSH-α; Defeito no Mc4r: receptor de melanocortina (função inibitória). FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA Formas clínicas da obesidade, deacordo com a distribuição de gordura ou com o seguimento corporal predominante: Obesidade androide (troncular ou central): lembra o formato de uma maçã, apresenta alto risco cardiovascular; Obesidade ginóide: depósito aumentado de gordura nos quadris, comparada com uma pêra. Apresenta risco de artroses e varizes; Generalizada. FISIOPATOLOGIA SINAIS E SINTOMAS Manifestações sistêmicas: Cardiovasculopatias: edema de extremidades, veias varicosas; Respiratórias: apnéia do sono, cansaço; Endócrinas: DM, dislipidemia, infertilidade; Gastrintestinais: hérnia de hiato, litíase biliar; Dermatológica: estrias, calo plantar, dermatite perianal; Geniturinárias: anormalidades menstruais e anovulação; Musculoesqueléticas: osteoartrose de coluna e joelho; Psicossociais: inferioridade, isolamento social. COMPLICAÇÕES DCNT: HAS, DM tipo II, doenças cardiovasculares, dislipidemia, câncer; Intolerância a glicose; Resistência a insulina; Depressão; Cardiopatia coronariana; Colelitíase; Esteatose hepática; Morte prematura. DIAGNÓSTICO História clínica; Anamnese detalhada; Exame físico completo (IMC, circunferência da cintura, relação cintura-quadril, pregas cutâneas); Contextualização epidemiológica; Exames bioquímicos; Estes exames visam, primariamente, excluir causas orgânicas e avaliar suas complicações associadas. TRATAMENTO CLÍNICO Mudança de estilo de vida; Planejamento alimentar; Atividade física; Medicamentoso: tratamentos acima não surtem resultados; Cirurgia da obesidade (bariátrica): obesidade mórbida. TRATAMENTO CIRÚRGICO Balão intragástrico; Banda gástrica ajustável: anel de silicone reduzindo volume estomacal; TRATAMENTO CIRÚRGICO Derivação gastrojejunal com Y-de-Roux: estômago separado em dois compartimentos por grampeamento e ligado ao jejuno, diminuindo porção absortiva. TRATAMENTO DIETOTERÁPICO Objetivos: Obter perda modesta e sustentável de gordura corpórea; Atenuar os riscos associados à morbimortalidade; RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Calorias: 20kcal/kg de peso atual/dia; Redução de 500 – 1000kcal/dia do consumo habitual.; Não inferior a 1200kcal/dia. Carboidratos: 55 - 60% do VET; CHO preferencialmente complexos; Apenas 20% de CHO simples. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Proteínas: 0,8 – 1,0g/kg/dia; 50% de PTN de alto valor biológico. 15 - 20% do VET. Lipídeo: 20 - 25% do VET; SUFA < 7%; MUFA – 13%; ►PUFA < 10%; ►Colesterol até 300mg/dia. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Líquidos: 1500ml para cada 1000kcal/dia. Fibras: 20 – 30g/dia. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Esquematize 6 a 8 pequenas refeições em intervalos frequentes; Diminua a ingestão total de sal se houver retenção de líquidos; Ingerir cereais ricos em fibras durante o café da manhã modera o apetite na hora do almoço; Diminua o consumo de álcool, pois contribui para a obesidade; Use abundantemente frutas e vegetais in natura, que contém elevado teor de água; Pode haver necessidade adicional de vit. D; Ensine lanches com baixas calorias; Planeje metas de perda de peso; Estimule comer devagar e refeições durar por 20 min.; RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Mostre a diferença entre fome verdadeira e fome emocional; Tomar copo de agua quando sentir fome e esperar 20 minutos, se persistir é fome; Sopa antes das refeições ou bebidas adoçadas com frutose podem diminuir o apetite; Adoçantes não colóricos podem ajudar na redução de peso. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS OBRIGADO! DESNUTRIÇÃO DEFINIÇÃO A desnutrição pode ser definida como uma condição clínica decorrente de uma deficiência, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais; Estar abaixo do peso é estar com IMC abaixo do recomendado para faixas etárias específicas; Desnutrição energético-proteica: uma gama de condições clínicas patológicas, com deficiência simultânea de PTN e Cal., em variadas proporções, que acomete preferencialmente crianças de pouca idade e comumente associada com infecções. ETIOLOGIA A desnutrição pode apresentar caráter primário ou secundário, dependendo da causa que a promoveu: Causas primárias: A pessoa come pouco ou “mal”. Ou seja, tem uma alimentação quantitativa ou qualitativamente insuficiente em calorias e nutrientes. ETIOLOGIA Causas secundárias: A ingestão de alimentos não é suficiente porque as necessidades energéticas aumentaram ou por qualquer outro fator não relacionado diretamente ao alimento. Exemplos: presença de verminoses, câncer, anorexia, alergia ou intolerância alimentares, digestão e absorção deficiente de nutrientes, DM, IRC, AIDS, internações. FATORES DE RISCO Desmame precoce - crianças; Socioeconômicos; Culturais; Renda e disponibilidade de alimentos; Condições sanitárias insatisfatórias e práticas inadequadas de higiene – verminoses que diminuem absorção de nutrientes; Doenças catabólicas. Formas de apresentação: baseia-se em critérios clínicos e laboratoriais. Marasmo – restrição calórica alimentar; Kwashiorkor – restrição protéica; Kwashiorkor – marasmático. FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA CARACTERÍSTICAS PARA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL CARACTERÍSTICAS PARA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL SINAIS E SINTOMAS CONSEQUÊNCIAS A desnutrição leva a uma série de alterações na composição corporal e no funcionamento normal do organismo. Quanto mais grave for o caso, maiores e também mais graves serão as repercussões orgânicas. As principais alterações são: Grande perda muscular e dos depósitos de gordura, provocando debilidade física; Emagrecimento: peso inferior a 60% ou mais do peso ideal (adultos) ou do peso normal (crianças). Desaceleração, interrupção ou até mesmo involução do crescimento; Alterações psíquicas e psicológicas: a pessoa fica retraída, apática, estática, triste; Alterações de cabelo e de pele: o cabelo perde a cor (fica mais claro), a pele descasca e fica enrugada; Alterações sangüíneas, provocando, dentre elas, a anemia; CONSEQUÊNCIAS Alterações ósseas, como a má formação; Alterações no sistema nervoso: estímulos nervosos prejudicados, número de neurônios diminuídos, depressão, apatia; Alterações nos demais órgãos e sistemas respiratório, imunológico, renal, cardíaco, hepático, intestinal etc; Mais sujeita a infecções, por causa da perda muscular e, especialmente, da queda nas defesas corporais; Aumento da morbidade e da mortalidade, além de hospitalização e convalescência prolongadas. CONSEQUÊNCIAS DIAGNÓSTICO Avaliação clínica (observação de características como peso, altura, idade, sinais de emagrecimento); Avaliação nutricional; Avaliação bioquímica e imunológica; Avaliação metabólica; Diagnóstico nutricional. TRATAMENTO CLÍNICO Planejamento alimentar; Educação nutricional; Reeducação alimentar; Orientações sobre higiene alimentar e pessoal; Tratamento da doença de base; Tratamento das complicações associadas. TRATAMENTO DIETOTERÁPICO Objetivos: Recuperar o estado nutricional; Normalizar as alterações orgânicas ocasionadas pela desnutrição; Promover o crescimento (no caso das crianças) e o ganho de peso. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Calorias: De acordo com sexo, idade, peso, altura, atividade e fatores de estresse se tiver; Acrescente 500kcal/dia na dieta para promover ganho de 0,5kg/semana; Marasmo: 25 – 30kcal/kg/dia progredindo gradualmente para 35 - 40kcal/kg/dia para prevenir superalimentação. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Carboidratos: 55 - 60% do VET; Pode ser ofertado CHO simples. Proteínas: 0,8 – 1,0g/kg/dia; 50% de PTN de alto valor biológico; 1,5g/kg/dia: desnutrição grave; Kwashiorkor: 2,5 – 3g/kg/dia. RECOMENDAÇÕESDIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Lipídeo: 25 - 30% do VET; Líquidos: 2L/dia, de acordo com a idade; Fibras: 20 – 30g/dia; RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Ensinar a família sobre o correto aproveitamento dos alimentos, aproveitamento máximo/total dos alimentos e a alimentação saudável; A dieta deve proporcionar quantidades adequadas de zinco para estimular o apetite; Há necessidade de suplementação vitamínico-mineral; Planeje refeições e lanches levando em consideração o apetite e as preferências; RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E NUTRICIONAIS Incentive o consumo de lanches a cada 2-3 horas; Identifique temperos, condimentos e outros ingredientes que realçam o sabor, para estimulação dos sentidos; Identificação de alimentos altamente energéticos (doces); Adicionar ou “esconder” calorias e PTN pode ser viável, por ex.: use o leite em pó em sopas ou purês. OBRIGADO!