Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA 
DAS DOEÇAS DO METABOLISMO 
E GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
PATOLOGIAS
 Diabetes tipo I e II;
 Hipertiroidismo e hipotiroidismo;
 Obesidade
 Magreza
REFERÊNCIAS PARA ESTUDAR
 ESCOT-STUMP, Silvia. Nutrição
relacionada ao diagnóstico e
tratamento. 5. ed. Manole,
Barueri -SP, 2007;
 CUPPARI, Lilian. Nutrição:
nutrição clínica no adulto.
Manole, Barueri -SP, 2003;
 Sociedade Brasileira de
Diabetes;
 Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia.
http://www.diabetes.org.br/publico/
https://www.endocrino.org.br/
DIABETES MELLITUS 
TIPO I E II
DEFINIÇÃO
 Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não
produz insulina ou não consegue empregar
adequadamente a insulina que produz.
Diabetes Tipo I;
Diabetes Tipo II;
Diabetes Gestacional.
DEFINIÇÃO
 Diabetes Tipo I: é a deficiência absoluta de insulina com
incapacidade total de produzir esse hormônio. Aparece
geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser
diagnosticado em adultos também.
 Diabetes Tipo II: é a resistência à insulina, em que ocorre
falha em seu uso apropriado, combinando-se com uma
deficiência relativa de insulina. Ele se manifesta mais
frequentemente em adultos, mas crianças também podem
apresentar.
DEFINIÇÃO
 Diabetes Gestacional:
 Essa forma de DM é definida como intolerância aos CHO no
início da gestação ou quando reconhecida pela primeira vez
durante a gravidez.
 Os fatores de risco são: história de obesidade, aborto ou
morte fetal em gestações anteriores, idade materna superior
aos 40 anos, história familiar de DM, além de história de
prematuridade, malformações congênitas ou excesso de
ganho de peso.
 Na maioria dos casos, a glicemia retorna ao normal após o
parto.
ETIOLOGIA
 Diabetes Tipo I:
O surgimento segue alguma infecção viral: caxumba;
 Idiopática: sem causa específica;
Genética;
Destruição autoimune das células beta do pâncreas.
ETIOLOGIA
 Diabetes Tipo II:
Genética;
 Sedentarismo;
Obesidade;
 Idade: idosos;
Doenças do pâncreas.
Destruição autoimune das células beta do pâncreas.
Aumento da resistência periférica à insulina.
FATORES DE RISCO
 Diabetes Tipo I:
Genética: parentes próximos;
 Diabetes Tipo II:
Pré-diabetes: diminuição da tolerância à glicose ou
glicose de jejum alterada;
Pressão alta;
Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no
sangue;
Acima do peso, principalmente se a gordura estiver
concentrada em volta da cintura;
Pais ou irmão com diabetes;
FATORES DE RISCO
FATORES DE RISCO
 Diabetes Tipo II:
 Outra condição de saúde associada ao diabetes, como a
doença renal crônica, endocrinopatias;
 Bebê com peso superior a quatro quilos ou diabetes
gestacional;
 Síndrome de ovários policísticos;
 Distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão,
transtorno bipolar;
 Apneia do sono;
 Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.
FISIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
SINAIS E SINTOMAS
 Diabetes Tipo I:
Poliúria: maior frequência urinária;
Polidipsia: sede excessiva;
Polifagia: fome intensa;
Debilidade;
 Fadiga;
 Irritabilidade;
Perda de peso súbita.
 Diabetes Tipo II:
 30% são assintomáticos;
 Discreta poliúria: maior frequência urinária;
 Discreta polidipsia: sede excessiva;
 Discreta perda de peso;
 Fadiga constante;
 Perda progressiva da visão;
 Impotência sexual;
 Infecção urinária de repetição.
SINAIS E SINTOMAS
COMPLICAÇÕES
 Cardiopatia aterosclerótica;
 Insuficiência cardíaca;
 AVC;
 Cegueira;
 IRC;
 Doenças vasculares e amputações;
 Neuropatia: cetoacidose diabética.
DIAGNÓSTICO
 Exame de sangue:
Glicemia em jejum: acima de 126mg/dL;
Dextro: acima de 200mg/dL;
 Teste oral de tolerância à glicose: Curva Glicêmica –
sangue coletado a cada 30 min. e ingestão de xarope de
glicose nos intervalos.
 História clínica.
TRATAMENTO CLÍNICO
 Monitoramento e controle dos níveis de glicose sanguínea;
 Medicamentoso;
 Insulinoterapia: DM tipo I
 Planejamento alimentar;
 Atividade física.
ráfico 02. Ação das Insulinas Exógenas
- 1 x/dia pela manhã
- 3 x/dia 15 min. antes de cada refeição principal
TRATAMENTO CLÍNICO
 Insulinoterapia:
- 2 x/dia (manhã e noite)
- 3 x/dia 45 min. antes de cada refeição principal
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
 Objetivos:
Atingir e manter níveis glicêmicos próximos da
normalidade, mediante equilíbrio da alimentação com
tratamento medicamentoso e/ou insulina;
Manter níveis de glicemia em jejum entre 80 – 120mg/dL e
entre 100 – 140mg/dL antes de dormir;
Atingir níveis séricos satisfatórios de lipídeos e manter PA
estável para reduzir risco de doença vascular;
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
 Objetivos:
 Fornecer calorias adequadas para manutenção ou
obtenção de peso razoável para adulto e índices normais
de crescimento e desenvolvimento para crianças e
adolescentes;
Prevenir e tratar complicações agudas no DM;
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Calorias:
25 - 30kcal/kg/dia – manutenção de peso;
Conforme as necessidades individuais de energia.
 Carboidratos:
45 - 60% do VET;
CHO preferencialmente complexos.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Proteínas:
0,8 – 1,0g/kg/dia; 50% de PTN de alto valor biológico.
10 - 20% do VET.
 Lipídeo:
 30% do VET;
 SUFA < 7%;
 MUFA – 12 a 15%;
►PUFA < 10%;
►Colesterol < 200mg/dia.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Líquidos:
2L/dia.
 Sódio:
2400 – 3000mg/dia;
 Limitar em 2400mg/dia em caso de HAS leve a moderada.
 Fibras:
25 – 30g/dia.
CONTAGEM DE CHO
 É o método que leva em consideração a quantidade em
gramas dos CHO consumidos em cada uma das refeições
(desjejum, almoço, jantar e lanches), ajustando a dose de
insulina de ação ultra-rápida ou rápida que será
administrada em cada refeição e no total do dia.
 Normalmente 1 UI (unidade de insulina) cobre 15g de CHO;
 Conta-se a quantidade de CHO de uma refeição para saber
quantas unidades de insulina são necessárias para cobrir a
quantidade de CHO ingerida.
CONTAGEM DE CHO
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 No DM tipo 1 deve ser utilizado plano alimentar considerando
a insulinoterapia, outros medicamentos e atividade física;
 Utilize adoçante como substituto do açúcar: sacarina,
aspartame, acesulfame e sucralose;
 Aumente a ingestão de fibras consumindo feijão, vegetais,
farinha de aveia, frutas com casca e bagaço, leguminosas;
 Redução da ingestão de sódio, colesterol e gorduras
saturadas;
 Oferta de AGw3 para controle dos lipídios e glicose séricos;
 Vitaminas e minerais não necessitam ser suplementados
quando alimentação for adequada a menos que haja
deficiência comprovada;
 Estudos apontam que suplementação de cromo podem
melhorar a tolerância à glicose;
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 É importante o espaçamento das refeições (distribuindo a
ingestão de CHO ao longo do dia);
 Desaconselhar pular refeições ou muito tempo em jejum;
 Recomenda-se níveis mais elevados de cromo, magnésio e
potássio quando os níveis séricos estiverem baixos, porém
não necessidade de suplementação diária.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
TABELA DE ÍNDICE GLICÊMICO
OBRIGADO!
HIPERTIREOIDISMO E 
HIPOTIREOIDISMO
DEFINIÇÕES
 Tireoide:
 É uma glândula em forma de
borboleta (com dois lobos), que
fica localizada na parte anterior
pescoço, logo abaixo da região
conhecida como Pomo de
Adão (ou popularmente, gogó).
É uma das maiores glândulas do
corpo humano e tem um peso
aproximado de 15 a 25 gramas
(no adulto);
 Age na função de órgãos importantes como o coração,
cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e
desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação
dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na
concentração; no humor; e no controle emocional;
 É fundamental estar em perfeito estado de funcionamentopara garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo;
 É responsável pela produção dos hormônios T3
(triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os
sistemas do nosso organismo.
DEFINIÇÕES
 Hipertireoidismo:
 Se caracteriza pela produção excessiva dos hormônios T3
(triiodotironina) e T4 (tiroxina);
 É uma condição clínica causada pelo excesso de
hormônios tireoidianos circulantes, devido a um aumento
da produção ou da liberação destes.
DEFINIÇÕES
 Hipotireoidismo:
 Se caracteriza pela produção deficiente dos hormônios
T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina);
 É a situação em que há uma quantidade insuficiente de
hormônios tireoidianos circulantes no organismo;
 Isto leva a alteração no metabolismo dos diversos
órgãos do corpo levando a sintomas clínicos e
alterações laboratoriais.
DEFINIÇÕES
ETIOLOGIA
 Hipotireoidismo:
 Tireoidite Crônica de Hashimoto: doença em que o organismo
produz anticorpos contra a própria glândula tireóide, levando a
redução de sua função e diminuição da produção de hormônios;
 Tratamentos da glândula tireóide: cirurgia de tireoidectomia, Iodo
radioativo ou radioterapia cervical;
 Congênito: por da ausência de glândula tireóide ao nascer ou
mau funcionamento da mesma;
 Uso de alguns medicamentos assim como o excesso de ingestão
de Iodo na dieta.
 Hipertireoidismo:
Doença de Graves: patologia que acomete a tireóide, em
que há produção de anticorpos que atacam a glândula
simulando o hormônio TSH, um estimulador do
funcionamento da tireóide;
Bócio nodular tóxico: doença que apresenta nódulos
tireoidianos (único ou múltiplos) que produzem hormônios
independentemente do controle do organismo.
ETIOLOGIA
FATORES DE RISCO
 Idade idosa;
 Sexo feminino;
 Ingestão excessiva ou carência de iodo: bócio;
 Hereditariedade;
 Gestação: aparecimento de nódulos;
 Doenças prévias.
FISIOLOGIA
TSH: hormônio tireoidestimulante - tireotrofina
TRH: Hormônio liberador de tireotrofina
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
 Hipertireoidismo:
 Aumenta o consumo de O 2 e a produção metabólica de calor;
 Aumenta o catabolismo das proteínas (fraqueza muscular);
 Aumento do débito e da freqüência cardíaca (aumenta a
expressão de receptor β1 no coração);
 Hiperexcitabilidade neuronal distúrbios psicológicos.
FISIOPATOLOGIA
 Hipotireoidismo:
 Diminuição da taxa metabólica e do consumo de O2
(intolerância ao frio);
 Diminuição da síntese proteica (unhas e cabelos fracos);
 Bradicardia: retardamento do ritmo cardíaco;
 Retardamento do crescimento ósseo e de tecidos – crianças
baixas para idade;
 Alterações no sistema nervoso: adulto - lentidão em reflexos, fala
e crianças – cretinismo (doença mental grave).
SINAIS E SINTOMAS
SINAIS E SINTOMAS
COMPLICAÇÕES
 Hipotireoidismo:
 Anemias;
 Hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e coronariopatia;
 Desordem gastrointestinais, neurológicos, endócrinos,
metabólicos e renais;
 Disfunções respiratórias;
 Dislipidemia;
 Glaucoma;
 Retardo mental, surdez e deficiência no crescimento em recém-
nascidos com hipotireoidismo.
COMPLICAÇÕES
 Hipertireoidismo:
 Abortos e alterações no feto;
 Impedimento de ovulação;
 Arritmias cardíacas;
 Osteoporose;
 Alteração na visão e cegueira;
 Tempestade tireoidiana: produção excessiva de hormônio
levando ao coma e morte.
DIAGNÓSTICO
 Exame de sangue:
 TSH: hormônio tireoestimulante - hipotir. hipert.
 T4 livre e total: tiroxina;
 T3 livre e total: triiodotironina;
 USG da tireoide;
 Biopsia;
 História clínica.
TRATAMENTO CLÍNICO
Hipertireoidismo
 Medicação antireoidiana;
 Terapia com iodo radioativo;
 Cirurgia: tireoidectomia;
 Planejamento alimentar;
Hipotireoidismo
 Reposição hormonal;
 Planejamento alimentar;
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
HIPERTIREOIDISMO
 Objetivos:
Prevenir/tratar complicações decorrentes da taxa
metabólica acelerada, inclusive desmineralização óssea;
Repor reservas de glicogênio. Recuperar o peso perdido;
Corrigir o balanço nitrogenado negativo;
Repor as perdas de líquidos decorrentes da diarreia,
diaforese e aumento da frequência respiratória;
Monitorar intolerância à gordura e esteatorréia;
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS HIPERTIREOIDISMO
 Calorias:
 40kcal/kg/dia;
 Carboidratos:
 55 - 60% do VET;
 Líquidos:
 3 - 4L/dia.
 Proteínas:
1,0 – 1,75g/kg/dia;
 Lipídeo:
30 - 35% do VET;
 Fibras:
25 – 30g/dia.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS HIPERTIREOIDISMO
 A dieta deve incluir 950ml de leite por dia, para fornecimento
de níveis adequados de cálcio, fósforo e vit. D;
 Excluir estimulantes contendo cafeína;
 Suplemente a dieta com vit. A, C, complexo B;
 Exclua o consumo de álcool, pode causar hipoglicemia;
 Pode haver necessidade de lanches frequentes.
 Objetivos:
 Controlar o ganho de peso devido taxa metabólica mais lenta;
 Medir peso frequente para verificar perda/retenção de líquido;
 Corrigir as razões do desequilíbrios, ex: baixa ingesta de iodo;
 Corrigir anemia por deficiência de ferro ou vit. B12, se houver;
 Melhorar os níveis de energia e reduzir fadiga.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
HIPOTIREOIDISMO
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS HIPOTIREOIDISMO
 Calorias:
25 - 30kcal/kg/dia;
De acordo com
estado nutricional,
idade, sexo e estatura.
 Carboidratos:
55 - 60% do VET;
 Fibras:
25 – 30g/dia.
 Proteínas:
0,8 – 10g/kg/dia;
 Lipídeo:
25 - 30% do VET;
 Líquidos:
2L/dia, verifique
necessidade de
restrição.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS HIPOTIREOIDISMO
 Ofereça suporte adequado de fibras e alimentos laxantes;
 Ofereça níveis adequados de iodo;
 Ofereça zinco, cobre e tirosina em quantidades adequadas
para favorecer funcionamento adequado da tireoide;
 Recomende que os vegetais sejam cozidos para diminuir
ação bociogênica. Repolho, mandioca, couve-flor, brócolis
e soja podem bloquear absorção de iodo;
 Incentive o uso de sal iodado.
OBRIGADO!
OBESIDADE
DEFINIÇÃO
 Enfermidade crônica, que se caracteriza pelo acúmulo
excessivo de gordura a um nível tal que a saúde esteja
comprometida.
 A obesidade representa o aumento da adiposidade
corporal enquanto que o sobrepeso significa apenas
aumento exclusivo de peso.
 A obesidade pode ser reflexo da dificuldade que os
homens ainda enfrentam de se alimentar para se
sentirem melhor e mais saudáveis.
ETIOLOGIA
 Multifatorial, que atua na origem e na manutenção da
obesidade:
Fator nutricional: consumo excessivo de alimentos ricos
em gorduras;
Aspectos genéticos;
Distúrbio metabólico e endócrinos;
Problemas psicossociais;
 Problemas culturais;
 Fatores comportamentais e estilo de vida;
 Parar de fumar;
Diminuição do nível de atividade e sedentarismo;
Envelhecimento.
ETIOLOGIA
FATORES DE RISCO
 Predisposição genética;
 Ambiente de convivência contribui com 40 – 60%;
 Pais obesos mais que dobra o risco de obesidade na
vida adulta em crianças com menos de 10 anos obesas
ou não;
 Crianças com mais de 3 anos obesas, tendem a ser
obesas na fase adulta;
CLASSIFICAÇÃO
 As síndromes da obesidade podem ser classificadas de
diversas maneiras:
Classificação anatômica: baseada no tamanho, no
número e na distribuição dos adipócitos e do tecido
adiposo;
Classificação etiológica: baseada na identificação de
doenças específicas e em situações causadoras da
obesidade (lesão hipotalâmica, doenças endócrinas
como a doença de Cushing e síndrome do ovário
policísticos).
FISIOLOGIA DO CONTROLE DO APETITE
Leptina 
e 
insulina
Grelina
OrexígenoAnorexígeno
 Determinantes da obesidade:
Deficiência congênita da leptina;
Deficiência do receptor da leptina;
Defeito na POMC: neuropeptídeo precursor do
hormônio estimulador do MSH-α;
 Defeito no Mc4r: receptor de melanocortina (função
inibitória).
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
 Formas clínicas da obesidade, deacordo com a
distribuição de gordura ou com o seguimento corporal
predominante:
Obesidade androide (troncular ou central): lembra o
formato de uma maçã, apresenta alto risco
cardiovascular;
Obesidade ginóide: depósito aumentado de gordura nos
quadris, comparada com uma pêra. Apresenta risco de
artroses e varizes;
Generalizada.
FISIOPATOLOGIA
SINAIS E SINTOMAS
 Manifestações sistêmicas:
Cardiovasculopatias: edema de extremidades, veias varicosas;
Respiratórias: apnéia do sono, cansaço;
 Endócrinas: DM, dislipidemia, infertilidade;
Gastrintestinais: hérnia de hiato, litíase biliar;
Dermatológica: estrias, calo plantar, dermatite perianal;
Geniturinárias: anormalidades menstruais e anovulação;
Musculoesqueléticas: osteoartrose de coluna e joelho;
Psicossociais: inferioridade, isolamento social.
COMPLICAÇÕES
 DCNT: HAS, DM tipo II, doenças cardiovasculares,
dislipidemia, câncer;
 Intolerância a glicose;
 Resistência a insulina;
 Depressão;
 Cardiopatia coronariana;
 Colelitíase;
 Esteatose hepática;
 Morte prematura.
DIAGNÓSTICO
 História clínica;
 Anamnese detalhada;
 Exame físico completo (IMC, circunferência da cintura,
relação cintura-quadril, pregas cutâneas);
 Contextualização epidemiológica;
 Exames bioquímicos;
 Estes exames visam, primariamente, excluir causas
orgânicas e avaliar suas complicações associadas.
TRATAMENTO CLÍNICO
 Mudança de estilo de vida;
 Planejamento alimentar;
 Atividade física;
 Medicamentoso: tratamentos acima não surtem resultados;
 Cirurgia da obesidade (bariátrica): obesidade mórbida.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
 Balão intragástrico;
 Banda gástrica ajustável: anel de silicone reduzindo
volume estomacal;
TRATAMENTO CIRÚRGICO
 Derivação gastrojejunal com Y-de-Roux: estômago
separado em dois compartimentos por grampeamento e
ligado ao jejuno, diminuindo porção absortiva.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
 Objetivos:
Obter perda modesta e sustentável de gordura
corpórea;
Atenuar os riscos associados à morbimortalidade;
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Calorias:
20kcal/kg de peso atual/dia;
Redução de 500 – 1000kcal/dia do consumo habitual.;
Não inferior a 1200kcal/dia.
 Carboidratos:
55 - 60% do VET;
CHO preferencialmente complexos;
Apenas 20% de CHO simples.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Proteínas:
0,8 – 1,0g/kg/dia; 50% de PTN de alto valor biológico.
15 - 20% do VET.
 Lipídeo:
20 - 25% do VET;
SUFA < 7%;
MUFA – 13%;
►PUFA < 10%;
►Colesterol até 300mg/dia.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Líquidos:
1500ml para cada 1000kcal/dia.
 Fibras:
20 – 30g/dia.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Esquematize 6 a 8 pequenas refeições em intervalos
frequentes;
 Diminua a ingestão total de sal se houver retenção de
líquidos;
 Ingerir cereais ricos em fibras durante o café da manhã
modera o apetite na hora do almoço;
 Diminua o consumo de álcool, pois contribui para a
obesidade;
 Use abundantemente frutas e vegetais in natura, que contém 
elevado teor de água;
 Pode haver necessidade adicional de vit. D;
 Ensine lanches com baixas calorias;
 Planeje metas de perda de peso;
 Estimule comer devagar e refeições durar por 20 min.;
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Mostre a diferença entre fome verdadeira e fome emocional;
 Tomar copo de agua quando sentir fome e esperar 20
minutos, se persistir é fome;
 Sopa antes das refeições ou bebidas adoçadas com frutose
podem diminuir o apetite;
 Adoçantes não colóricos podem ajudar na redução de peso.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
OBRIGADO!
DESNUTRIÇÃO
DEFINIÇÃO
 A desnutrição pode ser definida como uma condição
clínica decorrente de uma deficiência, relativo ou
absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais;
 Estar abaixo do peso é estar com IMC abaixo do
recomendado para faixas etárias específicas;
 Desnutrição energético-proteica: uma gama de
condições clínicas patológicas, com deficiência
simultânea de PTN e Cal., em variadas proporções, que
acomete preferencialmente crianças de pouca idade
e comumente associada com infecções.
ETIOLOGIA
 A desnutrição pode apresentar caráter primário ou
secundário, dependendo da causa que a promoveu:
Causas primárias:
A pessoa come pouco ou “mal”. Ou seja, tem uma
alimentação quantitativa ou qualitativamente
insuficiente em calorias e nutrientes.
ETIOLOGIA
Causas secundárias:
A ingestão de alimentos não é suficiente porque as
necessidades energéticas aumentaram ou por
qualquer outro fator não relacionado diretamente ao
alimento.
Exemplos: presença de verminoses, câncer, anorexia,
alergia ou intolerância alimentares, digestão e
absorção deficiente de nutrientes, DM, IRC, AIDS,
internações.
FATORES DE RISCO
 Desmame precoce - crianças;
 Socioeconômicos;
 Culturais;
 Renda e disponibilidade de alimentos;
 Condições sanitárias insatisfatórias e práticas inadequadas de
higiene – verminoses que diminuem absorção de nutrientes;
 Doenças catabólicas.
 Formas de apresentação: baseia-se em critérios clínicos
e laboratoriais.
Marasmo – restrição calórica alimentar;
Kwashiorkor – restrição protéica;
Kwashiorkor – marasmático.
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
CARACTERÍSTICAS PARA DIAGNÓSTICO 
DIFERENCIAL
CARACTERÍSTICAS PARA DIAGNÓSTICO 
DIFERENCIAL
SINAIS E SINTOMAS 
CONSEQUÊNCIAS
 A desnutrição leva a uma série de alterações na
composição corporal e no funcionamento normal do
organismo. Quanto mais grave for o caso, maiores e
também mais graves serão as repercussões orgânicas. As
principais alterações são:
Grande perda muscular e dos depósitos de gordura,
provocando debilidade física;
Emagrecimento: peso inferior a 60% ou mais do peso
ideal (adultos) ou do peso normal (crianças).
 Desaceleração, interrupção ou até mesmo involução do
crescimento;
 Alterações psíquicas e psicológicas: a pessoa fica
retraída, apática, estática, triste;
 Alterações de cabelo e de pele: o cabelo perde a cor
(fica mais claro), a pele descasca e fica enrugada;
 Alterações sangüíneas, provocando, dentre elas, a
anemia;
CONSEQUÊNCIAS
 Alterações ósseas, como a má formação;
 Alterações no sistema nervoso: estímulos nervosos prejudicados,
número de neurônios diminuídos, depressão, apatia;
 Alterações nos demais órgãos e sistemas respiratório,
imunológico, renal, cardíaco, hepático, intestinal etc;
 Mais sujeita a infecções, por causa da perda muscular e,
especialmente, da queda nas defesas corporais;
 Aumento da morbidade e da mortalidade, além de
hospitalização e convalescência prolongadas.
CONSEQUÊNCIAS
DIAGNÓSTICO
 Avaliação clínica (observação de características como
peso, altura, idade, sinais de emagrecimento);
 Avaliação nutricional;
 Avaliação bioquímica e imunológica;
 Avaliação metabólica;
 Diagnóstico nutricional.
TRATAMENTO CLÍNICO
 Planejamento alimentar;
 Educação nutricional;
 Reeducação alimentar;
 Orientações sobre higiene alimentar e pessoal;
 Tratamento da doença de base;
 Tratamento das complicações associadas.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
 Objetivos:
Recuperar o estado nutricional;
Normalizar as alterações orgânicas ocasionadas pela
desnutrição;
Promover o crescimento (no caso das crianças) e o
ganho de peso.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Calorias:
De acordo com sexo, idade, peso, altura, atividade e
fatores de estresse se tiver;
Acrescente 500kcal/dia na dieta para promover
ganho de 0,5kg/semana;
Marasmo: 25 – 30kcal/kg/dia progredindo
gradualmente para 35 - 40kcal/kg/dia para prevenir
superalimentação.
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Carboidratos:
55 - 60% do VET;
Pode ser ofertado CHO simples.
 Proteínas:
0,8 – 1,0g/kg/dia; 50% de PTN de alto valor biológico;
1,5g/kg/dia: desnutrição grave;
Kwashiorkor: 2,5 – 3g/kg/dia.
RECOMENDAÇÕESDIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Lipídeo:
25 - 30% do VET;
 Líquidos:
2L/dia, de acordo com a idade;
 Fibras:
20 – 30g/dia;
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Ensinar a família sobre o correto aproveitamento dos
alimentos, aproveitamento máximo/total dos alimentos e
a alimentação saudável;
 A dieta deve proporcionar quantidades adequadas de
zinco para estimular o apetite;
 Há necessidade de suplementação vitamínico-mineral;
 Planeje refeições e lanches levando em consideração o
apetite e as preferências;
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS E 
NUTRICIONAIS
 Incentive o consumo de lanches a cada 2-3 horas;
 Identifique temperos, condimentos e outros ingredientes
que realçam o sabor, para estimulação dos sentidos;
 Identificação de alimentos altamente energéticos
(doces);
 Adicionar ou “esconder” calorias e PTN pode ser viável,
por ex.: use o leite em pó em sopas ou purês.
OBRIGADO!

Mais conteúdos dessa disciplina