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CLASSIFICAÇÕES DAS ENFERMIDADES INFECCIOSAS DOS SUÍNOS NA OIE Prof. Marília Gomes IN 50/2013 Doenças erradicadas ou nunca registradas no País, que requerem notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial Múltiplas espécies Encefalite japonesa Vírus da Família Flaviviridae • Incubação de 4 a 14 dias • Zoonose • Transmitida por mosquito (Culex) • Locais com água e escuros/noite • Hosp: pássaros selvagens e suínos • Endêmica na Ásia Sintomas nos suínos • Sem sinais clínicos Matrizes/creche/engorda: • Esterilidade • Degeneração testicular Varrões: •Fetos mumificados •Natimortos •Edema subcutâneo •Hidrocefalia •Fraqueza •Sinais neurológicos - ataques e convulsões Leitões de maternidade: Assintomático Sintomas leves • Febre alta • Rigidez no pescoço • Confusão mental • Inflamação aguda no SNC •Óbito (1 a cada 3) Sintomas graves • Laboratorial • Elisa • Diferencial • Parvovirose, Aujeszky, PRRS, influenza, peste suina clássica e alguns enterovírus Diagnósticos • Tratamento • Sintomático • Sem cura • Controle e prevenção • Vacinação - viajantes +30 dias Tratamento, controle e prevenção Triquinelose Nematoide Trichinella spiralis • Consumo de carne crua ou mal cozida • Inativação a -15°C por 20 dias ou cocção 60°C por longo tempo • Infecção na mucosa gastrointestinal • Migração das larvas para os músculos • Formação de cistos resistentes • Novo ciclo Diarreia Dor abdominal Fadiga Náusea Vômito 1° fase, 2 dias após infecção, reprodução das fêmeas no intestino Febre alta Dor muscular Fraqueza Inchaço no rosto Dor de cabeça Fotossensibilização Conjuntivite 2° fase, 2 a 3 semanas, larvas migram para os músculos • Miocardite: Inflamação do coração • Encefalite: Inflamação do cérebro • Meningite: Inflamação das meninges • Pneumonia: Inflamação dos pulmões Complicações ao chegar em outros tecidos • Diferencial • Outras infecções alimentares • Exame de fezes não detecta parasita • Biópsia do músculo detecta a larva Diagnósticos • Anti-helmínticos • Albendazol • Mebendazol • Anti-inflamatórios corticosteroide • Analgésicos Tratamentos Miíase Chrysomya bezziana - Verme do Velho Mundo • Áreas tropicais do Velho Mundo • Sudeste Asiático, África tropical e subtropical, alguns países do Oriente Médio, Índia, Península Malaia, Ilhas Indonésias e Filipinas, e Papua Nova Guiné. • Preocupação para Austrália e para as Américas • Melhor proliferação em clima quente (+-29°C - ciclo em 24 dias) • Fêmea adulta colocam ovos em feridas superficiais (150-200) • Umbigos mal curados • Feridas cirúrgicas • Machucados • Mucosas • Ovos eclodem (24h) e as larvas penetram (15cm) no tecido vivo e se alimentam dele (5 a 7 dias) • Técnica dos insetos estéreis • Saneamento adequado da área • Uso de inseticidas organofosforados como coumaphos, diclofenthion e fenclorofos • Remoção das larvas com pinça Controle, profilaxia e tratamentos Suídeos Síndrome reprodutiva e respiratória suína Virus Arterivirus • Porco de orelha azul • Sus scrofa • Nunca registrada no Brasil • América do Norte • Europa • Significativa economicamente • Aerossóis, contato direto e fômites • Secreções • Incubação: 14 dias • Excretam vírus por até 200 dias Sintomas Suínos reprodutores: anorexia, febre (40°C-42°C), letargia, morte, andar em círculos, abortos na fase final da gestação, natimortos, leitões mumificados e nascimento de leitões fracos. Em alguns casos, cianose de abdômen, vulva e orelhas em porcas. Sintomas Leitões de maternidade: nascimento de leitegadas de tamanho variável, aumento das taxas de natimortos, leitões mumificados, abortos e leitões nascidos fracos. Alguns leitões apresentam edema de pálpebra, diarreia, tremor congênito e debilidade. A mortalidade perinatal pode ser alta. Sintomas Leitões em crescimento e terminação: Anorexia, letargia, febre (40°C-42°C), retardo no crescimento, pelos eriçados, cianose na pele e orelhas, aumento da mortalidade, sinais respiratórios como dispneia. Diagnóstico diferencial • Peste Suína Clássica (PSC) • Doença de Aujeszky (DA) • Peste Suína Africana (PSA) • Circovirose • Parvovirose • Influenza suína • Leptospirose • Infecções por enterovírus suíno e citomegalovírus Diagnóstico laboratorial • RT-PCR • Isolamento viral Peste suína africana Família Asfarviridae • Ciclo – carrapato - vegetação - porcos selvagens e javalis • Contato direto com excretas de suínos infectados • Fômites Endêmico na África Sus scrofa domesticus Sus scrofa scrofa Sintomas • Infecções leves: • Perda de peso • Caquexia • Sinais de pneumonia • Úlceras cutâneas • Articulações inchadas Sintomas • Infecções agudas: • Febre alta • Perda de peso • Andar cambaleante • Depressão • Tosse • Respiração descompassada • Extremidades azuladas • Hemorragias • Aborto • Coma • Morte Diagnóstico diferencial • Peste Suína Clássica (PSC) Diagnóstico laboratorial • Elisa • Isolamento viral: sangue, linfonodos, baço ou soro Gastroenterite transmissível Coronavírus • Perdas econômicas significativas • Quase 100% de letalidade em leitões de até 2 semanas • O vírus vive bem em clima frio • Desinfetantes são eficazes (base de iodo, compostos de amônio quaternário e peróxido) • Possibilidade de endemia dentro da granja (alta morbidade, baixa mortalidade) Sintomas • Matrizes Surtos agudos Vômito Diarreia Perda de apetite variável Recuperação em 5 a 7 dias Sintomas • Leitões em lactação Diarreia aquosa grave Desidratação intensa Morte em 2 a 3 dias (quase 100%) Aparência úmida e suja Sintomas • Creche e engorda Diarreia aquosa grave Recuperação natural Baixa mortalidade Atraso no abate (5 a 10 dias) Fatores que interferem • Muito vírus excretado nas fezes • Baias sujas • Drenagem insuficiente • Falta de vazio sanitário • Temperatura ambiental baixa Diagnóstico e tratamento • Diagnóstico diferencial: diarreia epidêmica • Diagnóstico laboratorial • PCR nas fezes • Pesquisa de anticorpo no intestino (post-mortem) • Tratamento sintomático Controle e profilaxia • Vacinação (pouco eficaz) • Higienização adequada dos recintos • Quarentena dos animais Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito Múltiplas espécies ANTRAZ • Bactéria Bacillus anthracis • Carbúnculo hemático • Zoonose • Fômites e animais • Inalação de esporos • Ingestão de alimento ou carne • Período de incubação: 20 dias • Transmissão após início dos sintomas • Compromete intestino e pulmões • Podem levar a óbito • Tipos de infecção nos suínos: Antraz faríngeo Antraz intestinal Antraz sistêmico • Aparecimento dos sintomas: 12h a 5 dias • Sintomas dependem: Forma de transmissão Resposta do sistema imunológico Quantidade de esporos • Leitão de maternidade, creche e engorda: Morte súbita sem sinais (pescoço edemaciados e esbranquiçado) Febre e incoordenação Fezes sanguinolentas Hemorragia nasal • Matrizes (doença aguda): Morte súbita Febre com dispneia Garganta edemaciada, linfonodos do pescoço e abdômen aumentados e hemorrágicos Fezes sanguinolentas Hemorragia nasal Incoordenação • Detecção precoce de surtos • Quarentena das instalações • Eutanásia de animais doentes • Eliminação de fômites contaminados • Implantação de programas de biosseguridade • Suspeita diagnóstica: tecido hemorrágicos e linfonodos do pescoço e abdômen aumentados e hemorrágicos • Cuidado com necropsia • Tem vacina • Penicilina é eficaz Doença de Aujeszky • Pseudo-raiva • Família Alphaherpesviridae • Herpesvirus suideo 1 • Sus scrofa são hospedeiros definitivos • Latência elevada • Pode passar para os fetos • Porcas Tosse e pneumonia Sintomas nervosos Falha reprodutiva Abortos e natimortos Leitões mumificados Ninhadas débeis ao nascimento Sintomas• Leitões lactantes Sintomas nervosos Tosse e espirros Pneumonia Mortalidade elevada Leitões pouco viáveis Sintomas • Engorda Febre Espirros e tosse Pneumonia Doença respiratória ou rinite grave Sintomas nervosos Meningite Normalmente a mortalidade é baixa Sintomas Fatores que interferem • Suínos subclínicos • Sêmen contaminado • Transmissão por aerossóis a km • Contato direto ou aerossóis • Curso d'água e chorume contaminados • Transmissão por pessoas e veículos • Estresse e outras doenças • Ausência de vazio sanitário • Diagnóstico laboratorial (Elisa) • Não existe tratamento • Prevenção de doenças secundárias Diagnóstico e tratamento • Vacinação contra um surto de doença aguda ou preventivamente • Aquisição de animais de sistemas livres da doença • Vacinação na quarentena • Eliminação dos doentes Controle e profilaxia Febre aftosa Gênero Aphthovirus • Altamente infecciosa • Baixa mortalidade • A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3 e ASIA1 • Europa, África, América do Sul, Ásia • Último caso registrado no Brasil foi em 2006 (A, O, C) • Resistentes ao ambiente • Sensíveis a alterações de pH, sol, desinfetante • Contato direto, alimento, água e fômites • Transmitido por saliva, urina, fezes, sêmen e leite • Infecção digestiva ou respiratória • Recuperação natural entre 3 e 4 semanas • Tratamento sintomático • Sacrifício dos doentes • Vacinação (2026 pais livre sem vacinação) Sintomas • Dificuldade para mastigar e engolir • Febre • Inquietação • Laminite • Aftas pouco evidentes OBRIGADA
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