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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA Departamento de Biologia Curso de Ciências Biológicas Disciplina: Ecologia de Comunidades Professor: Sérgio de Faria Lopes Aluna: Maria Isabel Araújo de Lucena ____________________________________________________________ Atividade Predação e Competição Predação (Capítulo 14) 1. Quais as estratégias de presas e predadores para aumentar suas eficiências de defesas e predações, respectivamente? As presas desenvolveram estratégias na fauna estruturais como espinhos, comportamentais como Tanatose e Cripsia e Quimicas como odores e aposematismo. Já na flora as estratégias contra a herbivoria estão inclusas defesas estruturais como espinhos e pêlos, mas também produções de substâncias alelopáticas. 2. Considerando uma situação hipotética em que um predador-chave é retirado de uma comunidade. Quais seriam os efeitos na comunidade? Se um predador-chave é retirado de uma comunidade vai possibilitar o crescimento desenfreado de sua pressa, que pode assim comprometer a existência de outras espécies do ecossistema. 3. Sobre o mecanismo de coevolução, responda: a) Quais as pressões seletivas impostas na dinâmica presa-predador? As presas frequentemente enfrentam uma pressão seletiva para desenvolver mecanismos de defesa e evasão para escapar dos predadores. Isso pode incluir camuflagem, mimetismo, velocidade, resistência física, desenvolvimento de toxinas ou venenos, e assim por diante. À medida que as presas evoluem para se tornar mais eficazes em evitar predadores, os predadores enfrentam uma pressão seletiva para desenvolver estratégias mais eficientes de captura e predação. Os predadores enfrentam pressões seletivas para aprimorar suas habilidades de caça, como velocidade, agilidade, sentidos aguçados e técnicas de emboscada. Conforme os predadores se tornam mais eficazes em caçar presas, as presas podem enfrentar uma pressão seletiva para se tornarem mais evasivas ou desenvolverem mecanismos de defesa mais sofisticados. b) O que ocorre quando a presa ou predador não evolui na velocidade de seu antagonista? Se não ocorrem as evoluções no ritmo do seu antagonista a presa ou o predador irá ficar em desvantagem, sendo afetada diretamente sua taxa de sobrevivência. Podendo levar essa espécie a uma redução do nicho. Ou até extinção em casos de espécies-chave. c) Como a coevolução é regulada no contexto da predação? A coevolução no contexto da predação é regulada por uma série de fatores e mecanismos que moldam as interações entre presas e predadores ao longo do tempo. Entre eles podemos citar: Pressões Seletivas Recíprocas: Presas e predadores exercem pressões seletivas um sobre o outro. Quando predadores eficazes estão presentes, as presas que possuem características de evasão ou defesa são selecionadas positivamente. Por outro lado, predadores bem-sucedidos são aqueles que desenvolvem habilidades de predação mais eficazes. Variação Genética: A variação genética dentro de populações de presas e predadores é fundamental para a coevolução. A variabilidade genética permite que algumas presas tenham características que as tornam menos vulneráveis aos predadores, enquanto outros predadores podem ter habilidades mais eficazes para capturar presas. Isso impulsiona a evolução contínua. Seleção Estabilizadora: Pode haver pressões seletivas que favoreçam a estabilidade nas interações presa-predador. Por exemplo, em algumas situações, a seleção pode favorecer predadores que não são excessivamente especializados, permitindo que alternem entre diferentes presas, ou presas que possuem defesas gerais em vez de adaptações específicas para um predador em particular. 4. Explique como o ciclo presa-predador podem ser regulados. À medida que os predadores se tornam mais eficazes na captura de presas, a abundância de presas pode diminuir. Isso, por sua vez, pode levar a uma redução na população de predadores devido à escassez de alimento. Quando a população de predadores diminui, a pressão de predação sobre as presas também diminui, permitindo que a população de presas se recupere. Competição (Capítulo 16) 1. Conceitue competição e disserte sobre os seus efeitos a nível de comunidade. Competição é um conceito que se refere à interação entre duas ou mais espécies que compartilham recursos limitados em um mesmo ambiente. Esses recursos podem incluir alimentos, água, abrigo, luz solar, espaço e outros elementos essenciais para a sobrevivência e reprodução das espécies envolvidas. A competição ocorre quando as espécies disputam esses recursos e, muitas vezes, leva a efeitos significativos em nível de comunidade. Alguns dos principais efeitos da competição a nível de comunidade são: Exclusão Competitiva: A competição pode levar à exclusão competitiva, onde uma espécie mais eficaz na exploração dos recursos exclui ou suprime outra espécie menos eficaz. Isso pode resultar na eliminação local de uma das espécies competidoras. Esse processo é conhecido como princípio de exclusão competitiva, proposto por G. F. Gause. Distribuição Espacial: A competição pode influenciar a distribuição espacial das espécies em um habitat. Espécies competidoras frequentemente evitam áreas onde a competição é mais intensa, levando à segregação de recursos e à coexistência em diferentes partes do ambiente. Estrutura de Comunidade: A competição pode moldar a estrutura das comunidades biológicas. Por exemplo, em um ecossistema aquático, a competição entre diferentes espécies de peixes pode afetar quais espécies predominam em um determinado lago ou rio. Diversidade de Espécies: A intensidade da competição pode influenciar a diversidade de espécies em uma comunidade. Em alguns casos, a competição intensa pode levar à exclusão de várias espécies competidoras, resultando em uma comunidade com menos diversidade. No entanto, em outros casos, a competição pode manter a diversidade, desde que as espécies tenham nichos ecológicos ligeiramente diferentes. Dinâmica de População: A competição pode afetar as dinâmicas populacionais, influenciando o tamanho das populações ao longo do tempo. Quando a competição é intensa, as populações podem ser limitadas pelo acesso a recursos, levando a flutuações nas abundâncias de espécies competidoras. Ciclos de Competição: Em algumas situações, a competição pode levar a ciclos de abundância de espécies competidoras. Isso ocorre quando as populações de duas espécies competidoras oscilam ao longo do tempo à medida que uma espécie aumenta e suprime a outra, e vice-versa. 2. Diferencie e exemplifique competição por exploração e interferência Direta. Esses tipos de competição se diferenciam na maneira como as espécies competem por recursos e como essas interações ocorrem. A competição por exploração envolve a competição indireta por recursos compartilhados, com base na exploração dos recursos antes que outras espécies o façam, enquanto a competição por interferência direta envolve interações mais agressivas e diretas, muitas vezes incluindo confrontos físicos e comportamentos de confronto para afastar outras espécies dos recursos. Ambos os tipos de competição são importantes na regulação das populações e na estruturação das comunidades ecológicas. Exemplo de competição por exploração: Em uma floresta, várias espécies de árvores competem por acesso à luz solar. À medida que as árvores crescem e suas copas se tornam mais densas, elas bloqueiam a luz solar umas das outras, reduzindo a quantidade de luz disponível para as árvores sob a sombra das outras. Isso é um exemplo de competição por exploração. Exemplo de competição por interferência direta: Em muitas aves, como os pássaros territorialistas, como o pardal, os machos estabelecem territórios e usam vocalizações e comportamento agressivo para afastar outros machos da mesma espécie. Isso garante acesso a recursos, como locais de nidificação e alimentos, e é um exemplo de competição por interferência direta. 3. Explique como nichos sobrepostospodem levar exclusão competitiva. Quando duas espécies têm nichos ecológicos altamente sobrepostos e competem intensamente por recursos, isso pode levar à exclusão competitiva, onde uma das espécies é excluída localmente do ambiente. Esse processo é um dos mecanismos-chave que influenciam a estrutura das comunidades e a coexistência de espécies em ecossistemas, e é conhecido como o "princípio de exclusão competitiva", proposto por G. F. Gause. A exclusão competitiva é uma das razões pelas quais as espécies tendem a se especializar e ocupar nichos ecológicos ligeiramente diferentes para evitar uma competição intensa. Um exemplo disso é quando duas espécies compartilham recursos semelhantes, como alimento, abrigo ou espaço, elas competem diretamente pelo acesso a esses recursos. Como os recursos são limitados, essa competição intensa pode levar a uma redução na disponibilidade de recursos para ambas as espécies. 4. Geralmente, a competição é sempre associada a uma visão agressiva de disputa. Porém, visualmente falando, espécies de plantas parecem conviver harmoniosamente com outras espécies. Esta situação é verdadeira? Explique com base em processos explicados no capítulo. Embora a competição entre plantas possa parecer menos agressiva e visível do que a competição entre animais, ela ainda desempenha um papel importante na estrutura das comunidades vegetais. As plantas desenvolveram uma variedade de estratégias para competir eficazmente por recursos em seus habitats, e essas interações de competição são fundamentais para a ecologia das plantas e a diversidade de comunidades vegetais. No entanto, a aparência harmônica do ambiente vegetal pode, às vezes, ser enganosa quanto à complexidade das interações competitivas que ocorrem. As plantas desenvolveram uma série de estratégias para competir por recursos. Por exemplo, algumas plantas podem ter raízes mais profundas para acessar água e nutrientes em camadas mais profundas do solo, enquanto outras podem produzir substâncias químicas que inibem o crescimento de plantas concorrentes (alelopatia).
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