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Autor: Ronaldo Fonseca AVALIAÇÃO PSA_2 UNIP 2023 CORRIGIDA Pergunta 1 Leia a figura a seguir. Disponível em <http://www.juniao.com.br/>. Acesso em 18 jul. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A figura tem como objetivo responsabilizar o racismo pelo desmatamento, que tem causado sérios problemas ambientais. II. A figura ilustra que o racismo tem raízes profundas. III. O racismo, segundo a figura, é irrelevante na sociedade brasileira, pois está representado por um tronco cortado. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: b. II. Pergunta 2 Leia a tirinha a seguir. Disponível em <https://www.listasliterarias.com/2022/04/10-melhores-tirinhas-do- armandinho.html>. Acesso em 17 ago. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O objetivo da tirinha é criticar as leituras fantasiosas, que provocam excesso de imaginação nas crianças. II. A tirinha transmite a mensagem de que a leitura pode levar a questionar a realidade e a tentar transformá-la. III. Na tirinha, fica evidente que o garoto não tem maturidade para compreender o livro e, por isso, é necessária a orientação de uma pessoa adulta. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: d. II. Pergunta 3 Leia o artigo de Flavia Boggio, publicado na Folha de S. Paulo. Novos termos da era digital Por que usar ‘gosthing’ e ‘shade’ se temos palavras melhores em português? A língua portuguesa já mudou bastante ao longo do tempo e continua em transformação. Cada região, sexo, grupo social e faixa etária cria seus próprios termos e expressões. Outros, aparentemente, surgiram da cultura das redes, em especial nos populares aplicativos de relacionamento. O namoro, ou a ficada, como nossos antepassados chamavam, tornou-se um universo de múltiplas camadas, que confundem qualquer astrofísico. Hoje, existem crush, contatinho, ficante premium e ficante platinum unlimited. Muitos desses termos, no entanto, batizam ações praticadas antes da Idade da Pedra Polida. E têm nomes muito melhores em português. Ghosting, por exemplo, expressão derivada de ghost — fantasma, em inglês — é usada para o ato de uma pessoa, durante um relacionamento, simplesmente sumir, sem deixar pistas. O que poucos falam é que nossas avós já chamavam de dar no pé, chá de sumiço, saiu para comprar cigarro e nunca voltou ou "ele, o boto". Jogar um shade, que é usado para quando se humilha alguém sem deixar claro, já era conhecido como dar uma indireta, passivo agressivo ou, como nossas avós chamavam antes, dar tapa com luva de pelica. O mansplaining, por exemplo, usado quando o homem explica algo a uma mulher sem ela ter solicitado, é o macho palestrinha, ou homem enxerido, como diziam os incas. Já o manspreading, que define o ato de o homem ocupar um espaço maior do que deveria, como abrir as pernas ao se sentar, era chamado pelos medievais de macho folgado ou homem com caxumba. O termo mooning, referente ao modo “não perturbe” do celular, usado quando alguém dá uma desaparecida, é o famoso dar um tempo, como falado pelos antigos persas. Bropriating, que consiste na prática masculina de se apropriar de ideias de mulheres, é praticado desde os tempos dos hebreus, que chamavam de plágio mesmo, ou coisas como xerocar e kibar. Já o zombieing, oriunda de zombie — zumbi, em português —, é utilizada para quando a pessoa que deu um ghosting, reaparece e volta a mandar mensagens, ressurgida dos mortos. É o famoso “oi, sumida”, usado no tempo dos fenícios. Para quem acha esses novos termos uma grande de uma idiotice, foi criado o termo cringe, que os neandertais já chamavam de pessoa presa ao passado e velho ranzinza. BOGGIO, F. Novos termos da era digital. Folha de S. Paulo, 20 jul. 2023, p. C9. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. De acordo com a autora, a inclusão de termos estrangeiros moderniza e enriquece a língua portuguesa, pois contribui para a inserção do Brasil na era digital. II. Ao fazer referência a povos antigos, como “persas”, “fenícios” e “incas”, a autora tem por objetivo criticar aqueles que não aceitam o uso dos estrangeirismos e impedem a evolução da língua portuguesa. III. O objetivo do texto é criticar a invasão de termos estrangeiros na nossa língua, estimulada pelo uso em redes sociais, lembrando que existem termos em português que expressam as mesmas ideias. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: c. III. Pergunta 4 Leia o texto a seguir. Sites de apostas abrem mercado de bilhões para fintechs Alavancadas pelo Pix, plataformas devem transacionar R$ 84 bilhões neste ano Por André Ítalo Rocha – 27 nov. 2022 Quem assistiu à partida entre Flamengo e Bragantino, pela série A do Brasileirão, na semana passada, não passou ileso aos anúncios de pelo menos seis sites de apostas esportivas durante a transmissão: Betano, Bet Nacional, 1Xbet, Mr. Jack Bet, PixBet e Pari Match – seja nas placas de publicidade luminosa na lateral, em tapetes estendidos ao lado das traves ou nas próprias camisas dos clubes. Isso sem contar nas que anunciaram no intervalo do jogo, como a SportingBet. Se a profusão de nomes nesse mercado chama atenção para uma demanda em alta entre os fãs de esportes e até despertou os políticos para a possibilidade de uma regulação, há outro segmento que tem se beneficiado desse “boom” de maneira mais discreta: os bancos e as fintechs que fazem a ponte para que os sites tenham o Pix como ferramenta para receber as apostas e pagar os prêmios. Antes de o Pix existir, os sites de apostas – praticamente todos com sede no exterior – ficavam restritos aos cartões de crédito, que frequentemente tinham os pagamentos cancelados porque as operadoras consideravam as transações suspeitas. Outra alternativa era fazer uma transferência internacional por conta corrente, cuja aprovação poderia levar horas. O trâmite é tão lento que era comum o usuário desistir de apostar, já que as partidas têm data e hora para acontecer. "O mercado de sites de apostas cresceu cinco vezes ao longo dos últimos quatro anos no Brasil e o Pix é o principal responsável por isso", afirma André Gelfi, presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), associação que reúne 13 sites que operam no Brasil. A estimativa do IBJR é que o mercado brasileiro some R$5,8 bilhões em faturamento em 2023, com R$84 bilhões em movimentação de apostas, valor próximo do que a PagSeguro, por exemplo, transaciona em pagamentos em um trimestre. Segundo Gelfi, mais de 90% do que se movimenta hoje é feito via Pix. Não por acaso, tem site que põe o Pix no nome, como a PixBet. Para disponibilizar o Pix aos sites de apostas, os bancos e as fintechs cobram uma comissão, que pode variar conforme o porte do cliente e o volume transacionado. A Pay4Fun, por exemplo, uma instituição de pagamentos focada em atender clientes do mercado de entretenimento, trabalha no Brasil com alguns dos principais players globais, como Bet365 e Betano, e cobra taxas que variam de 2% a 4% para os depósitos dos usuários e de 1,5% a 3% para o resgate dos prêmios. Só no ano passado, a companhia registrou 4,95 milhões de transações com Pix. (...) Se o Brasil avançar na regulação dos sites – um debate impulsionado pelos esquemas de manipulação envolvendo jogadores –, é possível que uma parte desse mercado de pagamentos não consiga mais operar. Uma das discussões em Brasília envolve a exigência de que as instituições tenhamalgum tipo de autorização do Banco Central para atuar. "Isso traria segurança para o mercado e deixaria os sites mais confortáveis porque o BC seria um selo de qualidade", afirma Gelfi, do IBJR. Marcello Reis, chefe da área comercial da Anspacepay, acredita que a regulação seria bem- vinda porque a experiência mundial mostra que regras bem definidas ampliam a demanda, ao deixar a clientela mais segura para fazer apostas. "Isso pode garantir o crescimento do mercado nos próximos anos", avalia. Disponível em <https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/sites-de-apostas-abrem- mercado-de-bilhoes-para-fintechs.ghtml>. Acesso em 28 jun. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A regulação dos sites de apostas vem sendo cogitada como uma forma de impedir esquemas de manipulação envolvendo jogadores. II. Os bancos e as fintechs que fazem a ponte para que os sites tenham o Pix têm se beneficiado com o crescimento do mercado de apostas no Brasil, que, segundo estimativas, deve movimentar R$ 84 bilhões em 2023. III. Antes de o Pix existir, era impossível realizar apostas on-line, pois os sites têm sede no exterior e não aceitam transações em reais. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. I e II, apenas. Pergunta 5 Leia o texto a seguir. “Inteligência artificial não é nem inteligente nem artificial”, diz Nicolelis Victor Gaspodini – 8 jul. 2023. O neurocientista Miguel Nicolelis afirmou, em entrevista para a Folha de S. Paulo, que a “inteligência artificial” não é “nem inteligente nem artificial”. O pesquisador também fez críticas ao escritor israelense Yuval Harari, autor do livro “Sapiens”, e à ferramenta ChatGPT. “Do ponto de vista científico, digo isso há anos, e agora Noam Chomsky usa a mesma frase, a inteligência artificial não é nem inteligente nem artificial. Não é artificial porque é criada por nós, é natural. E não é inteligente porque a inteligência é uma propriedade emergente de organismos interagindo com o ambiente e com outros organismos. É um produto do processo darwiniano de seleção natural. O algoritmo pode andar e fazer coisas, mas não é inteligente por definição”, explica Nicolelis. O cientista trabalha há 30 anos com redes neurais, mecanismo por trás dos atuais algoritmos de aprendizado de máquina. Referência em interfaces entre cérebro e máquina, atuou no desenvolvimento de neuropróteses capazes de restaurar movimentos do corpo. Na abertura da Copa de 2014, no Rio de Janeiro, um cadeirante chutou a bola ao gol com o auxílio de um equipamento desenvolvido por ele. De acordo com Nicolelis, “é absurdo” afirmar que modelos de linguagem como o ChatGPT são dez vezes mais inteligentes que um ser humano. “De certa maneira, o ChatGPT é um grande plagiador, porque pega o material feito por um monte de gente, mistura e gera algo que chama de produto novo, mas, na realidade, é em grande parte influenciado pelo produto intelectual de milhares e milhares de seres humanos. Para o sistema capitalista atual, moderno, a inteligência artificial é a grande ferramenta de marketing porque gera uma total desigualdade no relacionamento com a força de trabalho. Um patrão pode dizer: tenho um aplicativo de inteligência artificial, se o trabalhador não aceitar o salário que estou disposto a pagar, que é 10% do que ganha hoje, demito e uso o aplicativo. Existe toda uma ideologia de substituição do trabalho humano, que não pode ser feita 100%, não há como”, afirma o pesquisador. Sobre a obra “Sapiens”, de Yuval Harari, Nicolelis diz que o escritor israelense “mistura coisas de outras áreas sem ter conhecimento profundo”. “No Sapiens, ele mistura as referências e interpreta os nossos resultados de uma maneira que não tem absolutamente nada a ver com o que fizemos. É um trabalho em que gastei 30 anos da minha vida. Ele fala que, no futuro, vamos colocar essa coisa chamada de interface cérebro-cérebro, que era algo experimental que fiz entre ratos, fiz entre macacos e fizemos entre seres humanos, para reabilitação. Mas não é que eu vou trocar meus sentimentos com outras pessoas. É uma troca de comandos motores, coisas apropriadas para reduzir a lógica digital. Ele fez uma interpretação disso como se eu estivesse lendo a mente de alguém, o que nunca vai acontecer. Ele fala: ‘nós vamos viver até os 200 anos’, ‘vamos acabar com o envelhecimento’. Tudo isso é fantasia”, explica Nicolelis. Disponível em <https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/a-inteligencia- artificial-nao-e-nem-inteligente-nem-artificial- diz- nicolelis/?fbclid=IwAR0I8BaoLfEnI5Qr3bcjjtc00ckPTsIK5n8Fjl-prC6vEZQwbE- 0667vzaU>. Acesso em 08 jul. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Segundo Miguel Nicolelis, as ferramentas de inteligência artificial têm grande impacto no mercado de trabalho, com evidentes benefícios para todos os trabalhadores, pois a máquina tende a ser mais rápida e eficiente. II. O termo “inteligência”, de acordo com Nicolelis, não se aplica às ferramentas recentemente desenvolvidas porque se trata de um conceito que pressupõe a interação entre organismos e entre eles e o meio. III. Na visão de Nicolelis, o ChatGPT não elabora textos; ele apenas faz um compilado das informações que estão no seu banco e, por isso, é um plagiador. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: e. II e III. Pergunta 6 Leia o texto a seguir. Arte e cultura como meio de inclusão social A cultura e a arte podem ser vistas como instrumentos valiosos de inclusão social, pois servem de complemento às diversas formas de desenvolvimento da aprendizagem e do conhecimento. Entretanto, a desigualdade e o preconceito continuam sendo grandes barreiras na construção social do nosso país. Nem todos os cidadãos conseguem ter acesso à arte e à cultura, já que poucas instituições têm se preocupado com a acessibilidade das pessoas a espaços culturais. E nesse contexto a educação pode entrar como principal agente mediador entre o conhecimento e o indivíduo. Mesmo que de modo imperceptível, nós sempre estamos em constante contato com a arte e a cultura. Seja pela música que ouvimos, pelos quadros que vemos nas estações de metrô ou até mesmo quando passamos pelos grafites nos muros da cidade. De forma muito espontânea, acabamos absorvendo essa produção cultural. A arte e a cultura também podem ser utilizadas como mecanismos de inclusão social, por meio do aprendizado ou do consumo. Por isso, incluir a arte e a cultura é fundamental para a formação cultural e social dos indivíduos, pois elas despertam nas pessoas a possibilidade de expressarem seus sentimentos e construírem sua própria identidade. Desse modo, o desenvolvimento da arte pode ser mais bem explorado na formação educacional como uma área do conhecimento capaz de transformar, agregar e compor novos valores e experiências na formação dos alunos. A arte e a cultura, quando desenvolvidas no ambiente escolar, podem contribuir com a queda (até mesmo com a erradicação) da discriminação, da desigualdade e dos preconceitos. Fica clara a importância de promover eventos gratuitos nas escolas, oficinas artísticas, aulas mais acessíveis para todos, incluir programas culturais para os alunos e as suas famílias, bem como promover a conscientização contínua no espaço educacional. Disponível em <https://icult.org.br/cultura-arte-inclusao-social/>. Acesso em 30 jul. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A relação positiva entre arte e educação melhora o poder de abstração dos indivíduos, sem, contudo, ter influência na melhor capacitação para o mercado de trabalho. II. A arte e a cultura são plenamente acessíveis a todas as camadasda população brasileira, pois estão presentes no cotidiano das pessoas, como, por exemplo, nos grafites dos centros urbanos. III. Ações de valorização da arte e da cultura no ambiente educacional podem desenvolver a potencialidade do indivíduo e reduzir preconceitos. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: d. III. Pergunta 7 Leia a análise da pesquisa conduzida pelo Instituto Cactus sobre saúde mental, divulgada em agosto de 2023, e a tirinha. Autoestima baixa e ansiedade: saúde mental de jovens é pior que de outros grupos, aponta estudo (...) Os jovens brasileiros com idades entre 16 e 24 anos estão entre os mais afetados por problemas de saúde mental, resultando em consequências como baixa autoestima, isolamento social e até conflitos familiares. (...) De acordo com Luciana Barrancos, gerente executiva do Instituto Cactus, no caso do recorte específico de dados sobre jovens, o objetivo do levantamento é permitir identificar comportamentos, hábitos e preocupações associados à saúde mental, que são singulares desse grupo, colaborando para a criação de soluções de acordo com as necessidades. As descobertas do estudo Os dados mais recentes apontam que questões relacionadas a uma má saúde mental afetaram diretamente a vida dos adolescentes e jovens adultos entrevistados. A maioria (78%) relatou ter se sentido feio ou pouco atraente ao menos uma vez nas últimas duas semanas anteriores à data da coleta. Destes, a maioria (73%) também relatou se sentir pouco inteligente, e quase metade (45%) afirmou não ter saído com amigos no período. O estudo avalia que as percepções estão associadas a questões importantes de saúde mental, já que aqueles que reportaram baixa autoestima também demonstraram baixo interesse e prazer nas atividades do dia a dia (80%), sensação de cansaço e falta de energia (90%). Além disso, uma parcela indicou ter brigado com seus familiares no período (70%). Os jovens entrevistados também fazem mais uso de psicoterapia do que a média dos outros grupos (7,6% contra 5,1%) e utilizam menos medicamentos de uso contínuo (9,4% contra 16,6%). A pesquisa não avaliou se uma parcela maior precisaria da intervenção medicamentosa. BBC NEWS BRASIL. Autoestima baixa e ansiedade: saúde mental de jovens é pior que de outros grupos, aponta estudo. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/crg7lg4r6g5o>. Acesso em 4 ago. 2023 (com adaptações). Disponível em <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=62&eve nto=6>. Acesso em 15 ago. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A baixa autoestima, retratada na tirinha, e a falta de estímulo para a execução de tarefas cotidianas são, segundo o estudo, problemas que afetam jovens brasileiros de 16 a 24 anos. II. O estudo atribui os problemas mentais dos jovens, como ansiedade, ao pouco uso de medicamentos e à sua substituição por psicoterapia. III. A tirinha e o estudo apontam como solução para a insegurança dos jovens o espelhamento positivo, especialmente dos amigos e dos familiares. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: a. I. Pergunta 8 Leia o texto de Carol Queiroz, de 18 de abril de 2023, e a charge a seguir. A evasão escolar é uma tragédia silenciosa que amplifica desigualdades sociais e impacta a economia brasileira, segundo a pesquisa “Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades”, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan SESI), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os dados coletados no estudo mostram que a evasão escolar atinge mais de 500.000 jovens acima de 16 anos por ano. No Brasil, apenas 60,3% completam o ciclo escolar até os 24 anos. Entre os mais pobres, o número dos que concluem o ensino médio é de 46% contra 94% dos estudantes mais ricos. O estudo, que reuniu mais de 100 experiências nacionais e internacionais de combate a esse problema, mostra que a estimativa é que cada aluno que deixa de terminar o ensino médio gera um prejuízo de 395 mil reais para si e para a sociedade. Se o Brasil tivesse índices como os do Chile, onde a taxa de conclusão de jovens no ensino médio fica em torno de 93%, o ganho anual na economia seria de R$135 bilhões. Distorção idade-série, baixo aprendizado, desigualdade social e econômica, falta de orientação sobre carreiras e, como consequência, um baixo engajamento dos alunos com os estudos são alguns dos principais obstáculos a serem vencidos na luta contra a evasão de jovens do Ensino Médio brasileiro – caracterizado pela baixa qualidade do ensino e elevadas taxas de reprovação e evasão. Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/evasao-escolar-no-ensino-medio- atinge-meio-milhao-de-jovens-por-ano- aponta-estudo/>. Acesso em 20 jul. 2023. Disponível em <https://www.todamateria.com.br/evasao-escolar/>. Acesso em 20 jul. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. No Brasil, a evasão escolar também revela as desigualdades sociais, pois menos de 50% dos mais pobres concluem o ensino médio até os 24 anos. II. De acordo com o estudo, o custo de um aluno para terminar o ensino médio no Brasil é de R$395 mil. III. O texto e a charge não apresentam relação, uma vez que o texto aborda a questão da evasão escolar, e a charge critica a baixa qualidade do ensino e a falta de domínio do vocabulário por parte dos estudantes. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: a. I, apenas. Pergunta 9 Leia o texto de autoria de Marcelo Soares, publicado em fevereiro de 2007, e a tirinha do personagem Hagar, de autoria de Dik Browne. A praga do juridiquês Por que não facilitar a vida do leitor que não é advogado? Imagine, por um instante, que o amigo leitor viva no Amazonas. Acorda pela manhã, serve uma bela xícara de café e abre o jornal A Crítica. Depara-se com esse parágrafo de abertura numa notícia: “O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) decidiu pelo improvimento dos embargos de declaração interpostos pela prefeita do município de Barcelos (a 396 quilômetros de Manaus), Alberta Maria Oliveira de Deus. O relator do processo, juiz federal Antônio Francisco do Nascimento, considerou-os meramente protelatórios e, por isso, além de aplicar multa de quatro salários mínimos a Alberta e à vice-prefeita, Rosely Fonseca Chaves, por litigância de má-fé, em julgamento do Processo 15/2006, pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fosse comunicado da decisão para tornar sem efeito uma Ação Cautelar que tramita naquela Corte em que foi concedida liminar mantendo as duas políticas nos cargos”. Caso o amigo não devolva o café à xícara, que é coisa muito feia, pode ponderar a forma como a Madame Natasha do mestre Elio Gaspari traduziria a notícia: a prefeita tentou enrolar para não ser cassada, perdeu e ainda por cima levou uma multa. É tão difícil assim facilitar a vida do leitor que não é bacharel em Direito, mas tem o direito de saber quando um político se ferra? Por que esse tipo de aberração aparece impressa num jornal, num tempo em que até entidades de classe de juízes buscam combater os excessos do preciosismo jurídico? Pela minha observação, isso acontece nos casos a seguir. 1) Cópia do release na íntegra. Muitas vezes, e especialmente no interior do Brasil, as assessorias de imprensa do Judiciário são ocupadas por funcionários que conhecem a fundo o vocabulário jurídico, mas muitas vezes não lembram de traduzi-lo para o português antes de passar a notícia adiante. Às vezes, na pressa, o repórter tasca na página do jeito que veio e pronto. Acho que não é release na íntegra, porque a notíciaestá assinada. 2) Disposição de esconder a notícia. É quando se enterra propositalmente a notícia embaixo de camadas de jargão ou de detalhes irrelevantes ao fato principal. Acontece com uma frequência muito menor do que as teorias da conspiração supõem – mas acontece. Não me parece ser o caso, visto que o jornal é um dos principais do estado e a notícia se refere a uma cidade pequena. Mas vá saber. 3) Insegurança do repórter. Esse me parece o mais provável. Todo especialista em uma área – destaco aqui os do Direito, mas médicos, hackers, leitores de gibi, saudosistas de Jornada nas Estrelas e fãs de metal melódico também fazem isso – espera que uma notícia sobre sua área de especialidade seja escrita da maneira mais precisa possível. Isso é um objetivo imensamente louvável. Ocorre que há preciosistas que não consideram uma matéria precisa se ela não reproduzir letra por letra o jargão específico da área – que, por natureza, só é compreendido por quem é “do ramo”. Existe um meio termo: o repórter fazer todas as perguntas necessárias para entender do que se trata e escrever a notícia em bom português, com precisão suficiente para explicar a situação da melhor maneira possível sem resvalar no jargão. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2007-fev- 21/nao_facilitar_vida_leitor_nao_advogado>. Acesso em 31 jul. 2023 (com adaptações). BROWNE, D. O melhor de Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM, 1997. p.76. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A tirinha, ao mostrar de maneira irônica a dificuldade de compreender a linguagem de um advogado, cheia de jargões, opõe-se à crítica feita pelo artigo sobre a elaboração de notícias na área jurídica. II. O texto e a tirinha mostram como uma informação apresentada sem clareza, com termos específicos e redação complexa, poderia ser expressa de maneira mais direta e compreensível a todos. III. No artigo, a crítica sobre a dificuldade de jornalistas e assessores de imprensa em redigir notícias mais compreensíveis sobre a área jurídica é amplificada pelo fato de que até mesmo entidades de classe de juízes buscam combater os excessos do preciosismo jurídico. IV. O artigo aponta como a causa mais provável para o uso da linguagem específica e de jargões na notícia a insegurança do repórter associada ao desejo de precisão das informações. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: a. II, III e IV. Pergunta 10 Leia o texto a seguir. Censo 2022: 5 revelações sobre a população brasileira Mariana Alvim A última edição da pesquisa censitária realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi feita em 2010, e, pela lei, ela não poderia demorar mais de 10 anos para ser feita – ou seja, deveria ter ocorrido em 2020. Mas a nova edição só foi realizada entre 1º de agosto de 2022 e 28 de maio de 2023 (fase de coleta e de apuração de dados) e divulgada agora. (...) A seguir, confira cinco destaques das primeiras informações reveladas pelo Censo 2022, que visitou 106,8 milhões de endereços em todo o Brasil. 1. População aumentou, mas taxa foi a menor já registrada A população do Brasil superou 203 milhões (203.062.512), segundo o Censo 2022. É um acréscimo de 12,3 milhões de pessoas ao total registrado no Censo 2010 (190.755.799). (...) Ao mesmo tempo, a taxa média de crescimento anual da população brasileira foi a menor já registrada desde 1872: 0,52%. No Censo 2010, essa taxa era de 1,17%. 2. Centro-Oeste passou a ser a região com a maior taxa de crescimento (...) Embora todas as regiões, assim como o Brasil, estejam com taxa média de crescimento anual cada vez menor, o Centro-Oeste aparece no Censo 2022 com taxa duas vezes maior do que a média nacional. Enquanto a taxa brasileira anual foi de 0,52%, a do Centro-Oeste foi de 1,23% — a maior no Brasil. Em 2010, a taxa de crescimento do Centro-Oeste foi de 1,9%. Nos Censos de 2010 e 2000, a região que tinha a maior taxa de crescimento era a região Norte, cuja taxa caiu bastante na edição atual: de 2,09 em 2010 para 0,75 em 2022. Somente com novos dados do Censo e de futuras pesquisas será possível explicar esse crescimento no Centro-Oeste, mas alguns municípios nos dão pistas. Por exemplo, considerando as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, aquela que teve a maior taxa de crescimento da população foi uma cidade goiana: Senador Canedo, com taxa anual de 5,23%. (...) No Censo 2022, além das regiões já citadas, o Nordeste aparece com taxa anual de crescimento de 0,24%; o Sudeste, de 0,45%; e o Sul, de 0,74%. 3. Sudeste ainda concentra quase metade da população Apesar de a taxa média de crescimento anual do Sudeste ser a segunda menor do país, atrás do Nordeste, a região é casa para 41,8% da população brasileira — somando 84,8 milhões de habitantes. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são os três estados mais populosos do Brasil e que pertencem à região, concentram 39,9% da população brasileira. Em seguida, a maior região em população é o Nordeste (26,9%), seguida por Sul (14,7%), Norte (8,5%) e Centro-Oeste (8%). 4. Capitais como Rio de Janeiro e Salvador diminuíram em população, enquanto outras cresceram A lista dos municípios mais populosos é liderada por São Paulo (11.451.245 habitantes), Rio de Janeiro (6.211.423) e Brasília (2.817.068). Mas o Rio de Janeiro é um dos exemplos de capitais que viram sua população diminuir entre as edições de 2010 e 2022: caiu de 6.320.446 para 6.211.423 (-1,7%). Também registraram diminuição Fortaleza (-1%), Salvador (-9,6%), Belo Horizonte (-2,5%), Recife (-3,2%), Porto Alegre (-5,4%) e Belém (-6,5%). Enquanto isso, algumas capitais tiveram aumento da população, como São Paulo (1,8%), Brasília (9,6%), Manaus (14,5%), Curitiba (1,2%), São Luís (2,3%) Maceió (2,7%), Campo Grande (14,1%), Teresina (6,4%) e João Pessoa (15,3%). 5. Número de moradores por domicílio diminuiu As últimas três edições do Censo mostram que o número de moradores por domicílio (a chamada densidade domiciliar) vem diminuindo: em 2000, a média era de 3,76 moradores por lar; em 2010, esse número era 3,31; e em 2022, 2,79. Isso se relaciona a outro dado revelado pelo novo Censo: o número de domicílios aumentou 34% desde 2010, chegando a 90,7 milhões — ou seja, a população parece estar dividida em um maior número de lares, diminuindo o número de moradores em cada um deles. O Norte tem a maior densidade domiciliar (3,3 moradores por domicílio), seguida pelo Nordeste (2,9), Centro-Oeste (2,78), Sudeste (2,69) e Sul (2,64). Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-66037873>. Acesso em 21 jul. 2023 (com adaptações). Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. I. Os dados do Censo 2022 apontam que a população brasileira aumentou, mas a taxa média de crescimento anual vem diminuindo desde 1960. II. O Centro-Oeste apresentou a maior taxa de aumento de população no último Censo e, por isso, é a região mais populosa do Brasil. III. Pelo gráfico, observa-se que a população brasileira da década de 1970 era praticamente a mesma de 1920. IV. O Censo 2022 apontou diminuição do número de pessoas por domicílio, fato que vem ocorrendo desde 2000. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: e. I e IV, apenas. Pergunta 11 Um método analítico utilizando Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) foi desenvolvido e validado para a determinação simultânea dos teores de atenolol, furosemida, losartana e espironolactona associados em formulação magistral. As determinações foram efetuadas no comprimento de ondade 225nm, utilizando coluna C- 18 e fase móvel constituída de metanol-água (75:25), pH 3,0. Os limites de quantificação (LQ) obtidos foram: 0,75µg/mL para atenolol, 0,45µg/mL para espironolactona, 0,30µg/mL para furosemida e 0,45µg/mL para losartana. As figuras a seguir foram obtidas durante os estudos de validação do método. Figura 1. Cromatograma da solução padrão contendo atenolol, furosemida, losartana e espironolactona. Figura 2. Cromatogramas da solução placebo contendo mistura dos excipientes da formulação magistral (A) e da solução da amostra da formulação magistral (B). ANDERSON, J. F. F. Desenvolvimento e validação de método analítico por CLAE para determinação quantitativa de anti-hipertensivos e estudo de interação entre componentes da formulação. Programa de Pós-Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Dissertação de Mestrado (com adaptações). Disponível em <https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2845/1/Juliana%20Fontes%20Fernand es%20Anderson.pdf>. Acesso em 17 set. 2023. Considerando os dados apresentados e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. Os limites de quantificação dos fármacos mostram que o método é preciso. II. A figura 1 evidencia a linearidade do método. III. A análise foi realizada pela técnica de CLAE de fase reversa. IV. A figura 2 mostra que o método é específico. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. III e IV, apenas. Pergunta 12 Para a identificação do barbatimão em cascas (ou Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville), na Farmacopeia Brasileira (6ª edição), estão previstas as descrições macroscópica e microscópica, além da Cromatografia em Camada Delgada com revelação com lâmpada UV a 254nm e, a seguir, a nebulização da placa com cloreto férrico a 1% (p/v) em álcool metílico. Já para a dosagem de seus taninos totais, são preconizadas a Espectrofotometria no Visível e a CLAE. A monografia exige, no mínimo, 8% de taninos totais, expressos em pirogalol, dos quais, no mínimo, 0,2 mg/g equivalem a ácido gálico e 0,3 mg/g correspondem a galocatequina, em relação à droga seca. As estruturas químicas desses compostos são mostradas a seguir. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informações sistematizadas da Relação Nacional de plantas medicinais de interesse ao SUS. Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, Fabaceae – Barbatimão. Brasília, 2021 (com adaptações). Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/informacoes_sistematizadas_relacao_stryp hnodendron_adstringens.pdf>. Acesso em 17 set. 2023. Considerando os dados apresentados e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. A revelação com cloreto férrico na identificação por CCD é justificada pela presença de fenóis nas substâncias presentes no barbatimão. II. Entre as técnicas físico-químicas de controle de qualidade do barbatimão, encontra-se a Cromatografia de Camada Delgada (CCD), uma técnica barata e rápida que permite a análise qualitativa da droga vegetal. III. As técnicas propostas para a avaliação qualitativa e quantitativa previstas na monografia do barbatimão não permitem a constatação de contaminantes e adulterantes da droga vegetal vendida no mercado. IV. Para dosar os taninos totais do barbatimão, é utilizada a Espectrofotometria no Visível, um método separativo baseado na medida da área dos picos obtidos. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: a. I e II, apenas. Pergunta 13 Leia o texto a seguir. As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) são aquelas causadas pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTHA no mundo, e a maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitos intestinais oportunistas, além das intoxicações exógenas causadas pelo consumo de substâncias químicas presentes nos alimentos. A Vigilância Epidemiológica das doenças de transmissão hídrica e alimentar (VE-DTHA) é realizada a partir do monitoramento de casos e surtos e compreende a VE de algumas doenças de notificação compulsória como cólera, botulismo, febre tifoide, toxoplasmose adquirida na gestação e congênita, surtos DTHA e das de notificação em unidades sentinelas, como doenças diarreicas agudas, rotavírus e síndrome hemolítico-urêmica. Além dessas, há alguns eventos de saúde pública (ESPs) que se constituem ameaça à saúde pública e, devido à transmissibilidade por água/alimentos, à presença de sinais e sintomas gastrointestinais ou à transversalidade das ações de prevenção e controle, estão diretamente relacionadas com a VE-DTHA e devem ser monitorados em conjunto, como é o caso daqueles relacionados à doença de Chagas (transmissão oral), brucelose e intoxicação exógena. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigilância epidemiológica das doenças de transmissão hídrica e alimentar. Manual de treinamento. Brasília, 2021. Disponível em <https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/doencas- transmitidas-por- alimentos-dta/manual_dtha_2021_web.pdf>. Acesso em 17 set. 2023. A respeito de aspectos que devem ser do conhecimento de profissionais de saúde visando a esse tipo de notificação, relacionados a algumas das doenças de que trata a VE-DTHA, avalie as afirmativas. I. A transmissão da Doença de Chagas por via oral ocorre quando há ingestão de alimentos in natura contaminados acidentalmente com o parasito. O diagnóstico da fase aguda da doença deve ser realizado por exame parasitológico direto. II. A febre tifoide, também conhecida como “doença das mãos sujas”, é causada pela Salmonella typhi, e sua ocorrência está relacionada às condições de saneamento básico inadequadas e aos hábitos de higiene precários. O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por meio de exame de sangue, fezes, aspirado medular e urina (a indicação do melhor exame varia de acordo com a fase clínica), com isolamento e identificação das cepas de Salmonella spp. III. O botulismo resulta da ação de uma potente neurotoxina produzida pelo Clostridum botulinum (C. botulinum), cuja forma esporulada é amplamente distribuída na natureza, no solo e em sedimentos de lagos e mares. Pode ser encontrada em vegetais, mel, vísceras de crustáceos e no intestino de mamíferos e peixes. Para o diagnóstico laboratorial, os exames visam a identificar a presença de toxina botulínica ou de agente etiológico em material procedente dos casos e em alimentos suspeitos. IV. A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, com manifestações clínicas variadas e compõe as doenças diarreicas agudas (DDA). Seu diagnóstico laboratorial é realizado a partir do cultivo de amostras de fezes ou vômito. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: e. I, II, III e IV. Pergunta 14 O Fator de Proteção Solar (FPS) é estabelecido por meio de testes, e seu cálculo envolve a relação entre a Dose Mínima Eritematosa (DME) na pele protegida com determinado fotoprotetor e a DME na pele sem esse fotoprotetor. Essas definições estão previstas em legislação, como na RDC Nº 629, de 10 de março de 2022, que trata de protetores solares e produtos multifuncionais em cosméticos. Vejamos. 3) DEFINIÇÕES Para os fins do presente Regulamento Técnico, entende-se por: (...) 3.4. Dose Mínima Eritematosa (DME): dose mínima de radiação ultravioleta requerida para produzir a primeira reação eritematosa perceptível com bordas claramente definidas, observadas entre 16 e 24 horas após a exposição à radiação ultravioleta, de acordo com a metodologia adotada. (...) 3.6. Fator de Proteção Solar (FPS): valor obtido pela razão entre a dose mínima eritematosa em uma pele protegida porum protetor solar (DMEp) e a dose mínima eritematosa na mesma pele quando desprotegida (DMEnp). FPS= DMEp/DMEnp Entre as exigências previstas nessa RDC, encontramos que a determinação do FPS deve ser realizada seguindo unicamente métodos in vivo. Em relação à rotulagem dos produtos, essa norma prevê, por exemplo, o que lemos a seguir. Art. 15. A rotulagem dos protetores solares deverá conter as seguintes advertências e instruções de uso: I. é necessária a reaplicação do produto para manter a sua efetividade; II. ajuda a prevenir as queimaduras solares; III. para crianças menores de 6 (seis) meses, consulte um médico; IV. este produto não oferece nenhuma proteção contra insolação; V. evite exposição prolongada das crianças ao sol; VI. aplique abundantemente antes da exposição ao sol; VII. reaplique sempre, após sudorese intensa, nadar ou banhar-se, secar-se com toalha e durante a exposição ao sol; VIII. se a quantidade aplicada não for adequada, o nível de proteção será significativamente reduzido. Considerando as informações apresentadas e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. Para que o nível de proteção não seja significativamente reduzido, a quantidade aplicada pelo usuário não pode ser menor do que aquela utilizada nos testes in vivo para a determinação do FPS. II. Após usar adequadamente e na quantidade correta um protetor solar com FPS 30, uma pessoa que leva 5 minutos para apresentar eritema sem protetor levaria, teoricamente, em torno de 150 minutos para desenvolvê-lo. O FPS multiplicaria por 30 o tempo em que poderia ficar exposta ao sol. III. O tempo de exposição para o desenvolvimento de eritema não é, necessariamente, o mesmo para todos os indivíduos que usam um produto com FPS 30, ainda que ele seja usado adequadamente e na quantidade correta. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. I, II e III. Pergunta 15 Leia o caso clínico e as informações a seguir. JBS, 62 anos, foi hospitalizado em uma unidade de terapia intensiva após intensa rigidez e dor muscular com incapacidade de locomoção. Na triagem hematológica e bioquímica de rotina, apresentou o que segue. • Hemograma normal. • Creatinina de 1,7mg/ dL (normal < 1,3). • Alanina aminotransferase 55U/L (normal < 41). • Soro creatinoquinase (CK) sérica 1991U/L (normal < 190). • Proteinúria. Na análise do prontuário desse paciente, verificou-se que ele tinha hipertensão arterial, tratada por mais de 10 anos com: • Losartana 100mg/dia; • Hidroclorotiazida 25mg/dia. Cerca de 10 dias antes da hospitalização o paciente recebeu o diagnóstico de hiperlipidemia e a prescrição de rosuvastatina 40mg/dia, via oral. Após internação, a estatina foi suspensa, verificando-se melhora do quadro clínico do paciente. Na avaliação de causalidade pelo Algoritmo de Naranjo, obteve-se pontuação 7 para rabdomiólise e 6 para dano hepático e dano renal. Martins, A.C., Giordani, F., Guaraldo, L., Rozenfeld, S. Eventos adversos a medicamentos – Parte I (com adaptações). Disponível em <https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handLe/icict/18758/Eventos_Adversos_a_Medicament os_aula_1.pdf?sequence=5&isAllowed=y>. Acesso em 15 set. 2023. O algoritmo de Naranjo é uma das ferramentas disponíveis para a avaliação da probabilidade de reação adversa a medicamentos (RAM), baseada em questionário que pode fornecer, segundo a pontuação final, os seguintes resultados: • definitiva ou provada (maior ou igual a 9); • provável (entre 5 e 8); • possível (entre 1 e 4); • duvidosa (menor ou igual a zero). Considerando os dados apresentadas e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. O caso clínico mostra evidências da interação entre a rosuvastatina e os dois fármacos dos quais o paciente faz uso crônico para tratar a hipertensão arterial, caracterizando a possível reação adversa a medicamentos, indicada pelo resultado do algoritmo de Naranjo. II. Os resultados de creatinina e de proteinúria são sugestivos do dano renal e os resultados de aspartato aminotransferase e de alanina aminotransferase indicam o dano hepático, enquanto a CK aumentada em dez vezes e os sinais/sintomas clínicos do paciente mostram a rabdomiólise. III. O caso clínico evidencia 3 RAMs em função ao uso da rosuvastatina (rabdomiólise, dano renal e dano hepático), todos registrados na literatura para o fármaco. O risco de ocorrência dessas reações aumentou em função da idade do paciente. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: b. II e III. Pergunta 16 Saúde foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como ausência de doença ou enfermidade. Conforme o Artigo 196 da Constituição Federal (CF) de 1988, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. A integralidade de atenção é uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde previstas no Artigo 198 da CF. Nesse contexto, a Portaria Nº 971, de 03 de maio de 2006, aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), considerando, entre outros, o parágrafo único do Artigo 3º da lei que criou o SUS (Lei Nº 8080/90), que diz respeito às ações destinadas a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social, como fatores determinantes e condicionantes da saúde. Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. A homeopatia, a acupuntura, a fitoterapia e a astrologia são práticas integrativas e complementares previstas na Portaria Nº 971/2006, com base no conceito de Saúde da OMS e no princípio da integralidade do SUS. PORQUE II. Conforme a Lei Nº 8080/90, ou Lei do SUS, a integralidade de assistência é entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Pergunta 17 Leia o texto a seguir, sobre o livro que deu origem à série da Netflix intitulada “Império da dor”, que estreou em agosto de 2023. Como baixa tolerância à dor causou epidemia nos EUA 27 de janeiro 2022. Nas primeiras décadas do século 21, cerca de 500 mil americanos morreram por conta de overdose relacionada a algum opioide, seja de uso ilegal ou receitado por um médico, segundo o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês). No livro O Império da Dor, publicado em 2021, o jornalista americano Patrick Radden Keefe destaca que hoje os opioides "são a principal causa de mortes acidentais no país". "Eles ceifam mais vidas do que acidentes de trânsito e até mais do que ferimentos à bala", destaca. Radden Keefe, que participa do Hay Festival em Medellín e Cartagena, analisa em seu trabalho as origens dessa epidemia, que foi declarada uma emergência nacional de saúde pública. O jornalista investigativo da revista The New Yorker traça o início da crise até o surgimento do primeiro analgésico opioide de uso geral, OxyContin, em 1996. Seu trabalho se concentra na trama sombria por trás da criação e comercialização deste popular analgésico pela família Sackler, uma das dinastias mais ricas dos Estados Unidos. E revela como as estratégias agressivas de marketingusadas para promover o OxyContin - uma droga mais poderosa que a morfina e altamente viciante - levaram ao que o CDC chama de "primeira onda" da crise: a dos opioides prescritos. O vício em OxyContin e outros analgésicos opiáceos, como Vicodin e Percocet, levaram centenas de milhares de americanos a recorrer a outro opioide, desta vez ilegal: a heroína (a "segunda onda" da crise). Eventualmente, muitos viciados mudaram para opioides sintéticos, em particular a fentanila (a "terceira onda" que ainda está acontecendo, matando cerca de 136 pessoas por dia, de acordo com o CDC). (...) Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60162018>. Acesso em 28 ago. 2023. Em relação à legislação sanitária brasileira, assim como outros opioides, a oxicodona e aqueles citados na matéria da BBC constam na Portaria Nº 344, de 12 de maio de 1998, que aprovou o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Conforme a RDC Nº 607, de 23 de fevereiro de 2022, que dispõe sobre a atualização do Anexo I da Portaria Nº 344/98, preparações medicamentosas na forma farmacêutica de comprimidos de liberação controlada à base de OXICODONA, contendo não mais que 40 miligramas dessa substância, por unidade posológica, ficam sujeitas a prescrição em RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA”. Disponível em <http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/6401115/RDC_607_2022_.pdf/1fd03586- 7836-4075-9f13-89bfac07c68f>. Acesso em 24 ago. 2023. As estruturas químicas de algumas substâncias de interesse para o tema, constantes da Portaria Nº 344/98, e seus respectivos status nessa norma são mostrados a seguir. MORFINA – LISTA A1. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfina#/media/Ficheiro:Morfine.png>. Acesso em 24 ago. 2023. CODEÍNA – LISTA A2. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Code%C3%ADna#/media/Ficheiro:Codein_- _Codeine.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. HEROÍNA – LISTA F1 (USO PROSCRITO NO BRASIL). Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Hero%C3%ADna#/media/Ficheiro:Heroin_- _Heroine.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. COCAÍNA – F1 (USO PROSCRITO NO BRASIL). Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna#/media/Ficheiro:Kokain_- _Cocaine.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. FENTANILA – LISTA A1. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fentanil#/media/Ficheiro:Fentanyl.svg>. Acesso em 24 ago. 2023 https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfina#/media/Ficheiro:Morfine.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Hero%C3%ADna#/media/Ficheiro:Heroin_-_Heroine.svg https://pt.wikipedia.org/wiki/Hero%C3%ADna#/media/Ficheiro:Heroin_-_Heroine.svg https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna#/media/Ficheiro:Kokain_-_Cocaine.svg https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna#/media/Ficheiro:Kokain_-_Cocaine.svg OXICODONA – LISTA A1. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxicodona#/media/Ficheiro:Oxycodone.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. NALOXONA – LISTA C1. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Naloxona#/media/Ficheiro:Naloxone.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. Com base na leitura do texto, nas informações das figuras e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: b. A oxicodona é mais potente do que a morfina e tem grande semelhança estrutural com a codeína, a qual pode ser obtida a partir da metilação da morfina. Pergunta 18 Leia o texto e o infográfico a seguir. Segundo medicamento contra o Alzheimer pode ser aprovado ainda neste ano nos EUA Pacientes que tomaram o medicamento no estudo tiveram progressão da doença 35% mais lenta do que aqueles que receberam placebo. Meg Tirrell, da CNN, 17/07/2023. https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxicodona#/media/Ficheiro:Oxycodone.svg https://pt.wikipedia.org/wiki/Naloxona#/media/Ficheiro:Naloxone.svg A aprovação total neste mês do medicamento Leqembi, para tratamento do Alzheimer, marcou uma mudança histórica no tratamento da doença: pela primeira vez, os médicos têm uma medicação para prescrever que comprovadamente retarda a perda de memória e da capacidade de realizar tarefas diárias. Um segundo medicamento pode se juntar ao lecanemab –cujo nome comercial é Leqembi– no mercado até o fim do ano: o donanemab, da Eli Lilly. A fabricante afirmou em um comunicado à imprensa que concluiu a submissão do medicamento à Food and Drug Administration (FDA) dos EUA –órgão semelhante à Anvisa no Brasil– e espera uma ação regulatória até o fim do ano. Estima-se que mais de 6 milhões de norte-americanos tenham Alzheimer, com cerca de 1 milhão estimado nos estágios sintomáticos iniciais, em que essas drogas mostraram benefícios. (...) Tanto o Leqembi quanto o donanemab funcionam eliminando os acúmulos de uma proteína no cérebro chamada amiloide, uma marca registrada da doença de Alzheimer. (...) Lilly avaliou pacientes em grupos com base em seus níveis de outra proteína associada ao Alzheimer, chamada tau, e a redução de 35% na progressão da doença foi observada naqueles com níveis baixos a médios, considerados em estágios menos avançados da doença do que aqueles com níveis mais altos. Quando aqueles com níveis mais altos foram incluídos, o benefício foi de 22% em relação ao placebo. (...) Para o chefe de pesquisa da Lilly, Daniel Skovronsky, os resultados do estudo donanemab respondem a algumas questões-chave e indicam maneiras de alcançar maiores benefícios para os pacientes com Alzheimer. (...) Lilly está realizando um teste em pacientes que ainda não apresentam sintomas da doença de Alzheimer para ver se os resultados são mais fortes, e Skovronsky disse que esses resultados lhes dão mais confiança de que o estudo será bem-sucedido. (...) Leqembi também está em um estudo de prevenção em pessoas com risco elevado de Alzheimer. (...) As drogas são administradas por infusão intravenosa, sendo o Leqembi a cada duas semanas e donanemab a cada quatro. As maiores preocupações de segurança são o inchaço ou sangramentos no cérebro normalmente observados na ressonância magnética, conhecidos como anormalidades de imagem relacionadas ao amiloide, ou ARIA. Donanemab teve uma taxa de ARIA de qualquer tipo de 37%, em comparação com 15% para pacientes com placebo. Enquanto Lilly disse que a maioria dos casos foi leve a moderada, alguns foram graves e houve três mortes de pacientes no grupo donanemab e um no placebo, considerado relacionado ao tratamento. No estudo de Fase 3 de Leqembi, 22% dos pacientes apresentaram ARIA de qualquer tipo, em comparação com 10% no placebo. Algumas mortes de pacientes também foram relatadas em estudos de extensão de Leqembi. Os pacientes também podem apresentar reações à infusão. E os remédios não são baratos: Leqembi custa US$26.500 por ano antes do seguro. (...) A Lilly não revelou qual será o preço do donanemab depois de aprovado, já que os fabricantes de medicamentos normalmente não comentam sobre os preços antes da aprovação. Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/saude/segundo-medicamento-contra-o- alzheimer-pode-ser-aprovado-ainda-neste- ano-nos-eua/>. Acesso em 31 ago. 2023. Disponível em <https://www.estadao.com.br/saude/alzheimer-remedio-da-eli-lilly-retarda- avanco-da-doenca-mostra-estudo-nprm/>. Acesso em 31 ago. 2023. Considerando as informações apresentadas e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. Lecanemab e Donanemab são mAbs, ou seja, são anticorpos monoclonais, os quais são caracterizados pelas altas especificidade e afinidade pelo antígeno alvo. II. A fase 3 da pesquisa clínica, na qual 22% dos pacientes apresentaram ARIAcom o uso de Leqembi, é caracterizada por estudos pós-comercialização, ou de Farmacovigilância, explorando as novas reações adversas e detectando as reações adversas raras. III. A doença de Alzheimer, um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, manifesta- se por deterioração cognitiva e da memória e comprometimento progressivo das atividades da vida diária, além de vários sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: b. I e III, apenas. Pergunta 19 Conforme previsto no Regulamento Técnico da RDC Nº 67, de 8 de outubro de 2007 (BRASIL, 2007), entre os itens que o farmacêutico responsável por uma farmácia que manipula medicamentos deve observar na avaliação da prescrição consta a “identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI, concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e respectivas unidades”. Considere que um farmacêutico magistral tenha recebido uma prescrição solicitando a preparação da fórmula a seguir. Insumo farmacêutico Concentração ou volume Hidróxido de alumínio 6,0% p/v CMC sódica (média viscosidade) 0,5% p/v Metilparabeno 0,18% (p/v) Propilparabeno 0,02% (p/v) Sacarina sódica 0,1% (p/v) Essência de menta (sol.alcoólica 5%) 3,0mL Água purificada q.s.p. 50,0mL Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmativas. I. O produto deve ser preparado na forma farmacêutica suspensão, e a CMC sódica, cuja quantidade a ser pesada será 250,00mg, é o agente suspensor. II. Devem ser pesados 6,0g de hidróxido de alumínio, o insumo farmacêutico ativo da fórmula. III. A sacarina sódica é o edulcorante da fórmula, enquanto o metilparabeno e o propilparabeno são os conservantes. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: a. I e III. Pergunta 20 Leia o texto de Secoli et al. (2010) sobre a análise de custo-efetividade (ACE) e analise o exemplo a seguir. A ACE é uma metodologia de síntese em que os custos são confrontados com desfechos clínicos. O objetivo da ACE é avaliar o impacto de distintas alternativas, que visem identificá- las com melhores efeitos do tratamento, geralmente, em troca de menor custo. Portanto, uma característica importante é que os estudos de ACE são sempre comparativos e explícitos e se destinam a selecionar a melhor opção para atingir a eficiência. Nesse tipo de análise, os custos são medidos em unidades monetárias e os desfechos em unidades clínicas, tais como mortalidade ou hospitalizações evitadas - uma vantagem importante, tendo em vista que esses desfechos, frequentemente, são de uso corrente pelos clínicos. Os resultados da ACE são expressos por um quociente, em que o numerador é o custo e o denominador a efetividade (custo/efetividade). Desse modo, a ACE é expressa em termos do custo por unidade clínica de sucesso. Por exemplo, custo por anos de vida ganhos, ou por mortes evitadas, ou por dias sem dor, ou por ausência de complicação, ou ainda por hospitalizações evitadas. (...) A finalidade das análises de ACE é identificar a alternativa custo-efetiva. Exemplo Alternativas Custo (R$) Efetividade (Dias sem sintoma) Terapia A 2.000 5 Terapia B 6.000 3 Terapia C 4.800 6 Terapia D 3.000 4 Disponível em SECOLI. et al. Avaliação de Tecnologia em Saúde. A análise de custo- efetividade. Arq. Gastroenterol. v. 47, n. 4, 2010 (com adaptações). Disponível em <https://www.scielo.br/j/ag/a/XMCBx7ybCbs7FYBxrcvwYCS/?format=pdf&lang=pt>. Ace sso em 03 set. 2023. Considerando as informações e o exemplo apresentados, avalie as afirmativas. I. A terapia A é custo-efetiva em relação às demais, já que exige menor gasto para obter um dia sem sintoma, e pode ser chamada de alternativa dominada. II. A terapia B é a menos recomendável, já que tem a pior relação custo-efetividade, pois implica maior gasto para obter um dia sem sintoma, e pode ser chamada de alternativa dominante. III. As terapias C e D são custo-efetivas em relação à terapia B, mas não em relação à terapia A, para a qual os resultados da análise apontam ser a terapia de escolha, caso não existam interferências de outros fatores. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: d. III. Autor: Ronaldo Fonseca AVALIAÇÃO PSA_2 UNIP 2023 CORRIGIDA Pergunta 1 Pergunta 2 Pergunta 3 Pergunta 4 Pergunta 5 Pergunta 6 Pergunta 7 Pergunta 8 Pergunta 9 Pergunta 10 Pergunta 11 Pergunta 12 Pergunta 13 Pergunta 14 Pergunta 15 Pergunta 16 Pergunta 17 Pergunta 18 Pergunta 19 Pergunta 20
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