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AULA 2 METODOLOGIAS DE AUDITORIA EXTERNA Prof. Liezer Veloso 2 INTRODUÇÃO Sabendo que o enfoque da auditoria é examinar as demonstrações contábeis e conceder maior credibilidade aos dados e informações reportados nela, é necessário compreender que muitos fatores precisam ser observados para que esse objetivo seja alcançado. É vital em nossos estudos jamais deixar de lado o objetivo da auditoria, pois ele revela que as decisões a serem tomadas, em todas, prezam por alcançar, estruturar e remanejar os meios e processos necessários para o parecer. Para isso, essa etapa trará um roteiro com as fases da auditoria, permitindo que criemos um planejamento e estruturemos um cronograma que possa ser aplicado para obter exatidão na auditagem. Além do roteiro de auditoria, será apresentado aspectos como relevância, materialidade, riscos, distorção, alguns testes de auditoria e a opinião do auditor (relatório de auditoria). CONTEXTUALIZANDO A complexidade dos processos das organizações revela que os desafios da auditoria são grandes, pois selecionar e estruturar um planejamento que possa examinar e confrontar as informações e os dados reportados nas DCs precisa de muita técnica e experiência do auditor. Para tanto, os procedimentos de auditoria e todo o aparato normativo revela que os caminhos podem ser facilitados, ao passo que a equipe de auditoria observa de forma obediente e aplica todo conhecimento em prol de evidenciar a fidedignidade das informações. Sabe-se que o planejamento é uma ferramenta utilizada por inúmeras ciências, pois criar o caminho a ser trilhado é a melhor forma de observar as estratégias a cada passo a ser dado. Para isso, o roteiro de auditoria serve para criar um caminho que levará os auditores ao encontro do seu relatório, ou melhor, o roteiro apresentará as fases que lhe possibilitará escavar provas e evidências que lhe concederão condições de expressar sua opinião. Os riscos de auditoria precisam ser notórios a cada auditagem, pois quando estes forem menores, mais exato será o parecer do auditor, em conformidade com aquilo que foi relatado pela empresa e confirmação dele. Todavia, ao contrário, ao identificar que as DCs podem apresentar distorções significativas, o auditor precisa apontá-las em seu relatório, utilizando-se das possibilidades em que sua opinião poderá ser expressa, segundo as orientações da NBC. 3 TEMA 1 – ROTEIRO SINTÉTICO DA REALIZAÇÃO DA AUDITORIA Como o objeto da auditoria consiste em examinar as demonstrações contábeis (DCs), é vital compreender que o surgimento destas tem relação direta com fatores internos e externos. Para tanto, as informações reportadas foram oriundas de um fluxo de informações dentro dos parâmetros do controle interno da organização. A auditoria ocorre por solicitação da administração da empresa – conselho fiscal, diretoria executiva ou pelo conselho de administração. Todavia, algumas organizações não necessitam passar por auditoria. A obrigatoriedade recai sobre as registradas na CVM e as de grande porte (ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais) no exercício social anterior) em consonância a Lei n. 6.404/1976 e alterações pela Lei n. 11.638/2007. A prestação do serviço de auditoria independente, antes do aceite pelos auditores, passa pela ciência acerca dos procedimentos, métodos e do controle interno que a organização que será auditada utilizada. Tal razão é vital para análise dos auditores porque, de forma simples, não havendo controles e obediência aos preceitos contábeis e legais, os valores concernidos nas DCs podem não apresentar informações fidedignas. Assim, o grau de confiança é reduzido, ao passo que a coleta dos dados e a escrituração da empresa não foi executada corretamente dentro dos moldes contábeis. Estabelecido o grau de confiança dos controles internos, qual seja, o sistema de coleta de informação e dos controles internos permite com razoável eficiência e eficácia que todas as alternativas e possibilidades sejam informadas para as mutações da situação patrimonial a aplicação da auditoria se faz por testes, provas seletivas, amostragens estatísticas que objetivam a obtenção de provas e evidências necessárias para a formação da opinião do auditor acerca das demonstrações contábeis. (Attie, 2018, p. 17) Após a favorável análise de que os procedimentos e os controles internos da organização atendem aos códigos contábeis, os processos de auditoria poderão ser executados. Os testes, as evidências e as provas precisam ser registrados nos papéis de trabalho, os quais consistem em elementos de prova da execução do serviço do auditor, que diante destes tem possibilidades para emitir seu parecer. 4 Como roteiro resumido, para sucesso da auditoria as seguintes etapas precisam ser planejadas, controladas e executadas dentro de todas as normas aplicáveis. Importante aqui a Resolução CFC n. 1.204/2009, que aprova a NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria. Quadro 1 – Etapas da Auditoria Etapa inicial • Solicitação dos serviços de auditoria por empresa interessada. • Dimensionamento dos trabalhos de auditoria. • Carta-proposta dos serviços de auditoria. Etapa da execução da auditoria • Planejamento do trabalho. • Estudo e avaliação dos sistemas de controles internos. • Testes de procedimentos de controles internos. • Seleção e programa de trabalho da auditoria. • Aplicação dos procedimentos de auditoria. • Evidenciação dos exames efetuados. Etapa de conclusão da auditoria • Avaliação das evidências obtidas. • Emissão do parecer de auditoria. • Elaboração dos relatórios de auditoria. Fonte: elaborado com base em Attie, 2018, p. 17. 1.1 Etapas da auditoria Em atendimento à Instrução CVM n. 308 (arts. 26 a 29 e art. 31), que deve ser solicitada a auditoria, compete a entidade contratar a auditoria independente (firma ou pessoa física) e os auditores não podem prospectar clientes. Tal fato faz prevalecer a soberania da independência da auditoria em relação ao auditado. Para dimensionar o trabalho de auditoria e avaliar os honorários, como também as complexidades e os procedimentos que deverão ser realizados pelos auditores, eles precisam conhecer: tipo e ramo da empresa; quais produtos e serviços ela oferta ao mercado; o número de empregados; a localização dos ativos fixos (imobilizado) e os estoques nos centros de distribuições; a cartela de clientes e seu respectivo faturamento; a estrutura organizacional e seus documentos; aspectos da escrituração contábil (quantidade de lançamentos e os principais registros por operações) e o sistema completo do controle interno. Após o dimensionamento, é possível estipular prazos e valores para execução da auditoria. Nesse momento, o auditor envia uma carta proposta para realização, com o escopo dos serviços que serão executados. Caso a entidade aceite, a próxima etapa consiste na celebração do contrato de prestação de serviço, em conformidade aos preceitos da NBC PA 200; da Resolução CFC n. 1.311/2010 e da NBC TA 210 (R1). 5 O planejamento do trabalho de auditoria é vital, pois é necessário fazer o levantamento das tarefas de auditoria que deverão ser realizados, como também a amplitude de documentos e o levantamento das provas segregadas pelas áreas de atuação da auditoria. Um exame preliminar é importante, pois objetiva avaliar os processos e itens cruciais antes do encerramento do exercício social e da elaboração das DCs. Os itens podem compreender: o conhecimento dos controles internos, inspeção física do imobilizado, seleção das contas a serem confirmadas, contagens físicas de estoque e realização de alguns examesde auditoria nas contas patrimoniais e de resultados. Após, é realizado o exame final, momento de pós-fechamento do exercício social em que as DCs foram finalizadas. Aqui, finaliza-se os exames iniciados na fase anterior, examina-se as variações dos saldos e busca-se por transações incomuns e faz-se o acompanhamento e exame das confirmações selecionadas e respondidas, a análise dos inventários e confirmação conforme as demonstrações e a conclusão da auditagem. O estudo e a avaliação dos sistemas de controles internos possibilita mensurar a eficácia e eficiência dos processos internos da organização; quanto melhor for o controle interno, mais eficaz as informações das DCs será, visto que a escrituração será decorrente do fluxo mais assertivo, objetivo e claro dentro da organização. Para tanto, observa-se o quão é adequado os registros contábeis por meio do controle interno. “Os testes de procedimentos de controles internos são executados para determinar que as informações obtidas pelo estudo e avaliação dos controles internos estão vigentes, são reais e permitem que todas as transações de igual natureza tenham idênticos processos e registros” (Attie, 2018, p. 20). A seleção e o programa de trabalho da auditoria ocorrem após a validação e o entendimento do controle interno. Agora, é projetado os procedimentos de auditoria para averiguar a razoabilidade das operações e o impacto nas DCs. Observa-se a natureza – tipo ou espécie de procedimento de auditoria que deverá ser aplicado, bem como estipula-se a quantidade de operações da mesma espécie e o período que será examinado, e a profundidade, que diz respeito à quantidade de dados a ser examinada. Por meio da evidenciação dos exames efetuados, conquistados pelos procedimentos de auditoria, o auditor obtém dados e informações para firmar e pautar sua opinião. Todas as evidências devem ser indexadas aos papéis de trabalho para constituir provas de sua conclusão. 6 A etapa da conclusão ocorre inicialmente com avaliação das evidências obtidas e documentadas nos papéis de trabalho: “o auditor, com a aplicação e o exercício de seu julgamento profissional, realiza a avaliação das provas e da validade dos dados submetidos a julgamento” (Attie, 2018, p. 20). Depois, o auditor avalia o tipo de parecer de auditoria que será relatado em relação às DCs, elabora este em conformidade com a NBC TA 700. Após o parecer (opinião) do auditor, a última etapa consiste na elaboração dos relatórios de auditoria, o qual, além de contemplar o parecer, apresenta as DCs, as notas explicativas e os relatórios auxiliares que podem indicar os exames por áreas ou processos, suas revisões e toda gama informacional que seja útil à administração e melhoria dos controles internos, caso necessário e identificado pela auditagem. Saiba mais Principais etapas da auditoria independente. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bcLPR0nR93c>. Acesso em: 8 jun. 2022. 1.2 Processo da auditoria O processo de auditoria possibilita criar uma linha lógica para buscar evidências, documentos e comprovação para que a opinião do auditor possa ser expressa, visto que o objetivo de processo de auditagem é a emissão do parecer técnico do auditor. Dessa forma, o parecer deve ser redigido com base em informações factuais. Figura 1 – Roteiro sinóptico do processo auditorial Fonte: elaborado com base em Attie, 2018, p. 23. 2 Análise da afirmação 3 Avaliação da afirmação 4 Obtenção de elementos comprobatórios 5 Formação de opinião 1 Afirmação 7 Afirmação representa o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado e Exercício (DRE), a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) e demais DCs, e ainda, o controle de estoque, os controles e documentos de pessoal, documentos financeiros, entre outros. Ou seja, afirmação pode ser entendido como qualquer item apresentado pela empresa que traga uma informação – situação financeira, econômica, patrimonial. Afirmação diz respeito ao que a empresa relata, reporta, informa, demonstra, ao que afirma existe, existiu ou ocorrerá. TEMA 2 – ANÁLISE DA AFIRMAÇÃO Na análise da afirmação, o auditor precisará elencar os meios de levantar elementos que comprovem tal afirmação. “Procura-se, por intermédio da leitura e visualização de cada fator, buscar a origem dos dados, a complexidade, a relevância e o levantamento de perguntas a cada afirmação que venha a auxiliar a confecção de um bom planejamento de trabalho” (Attie, 2018, p. 24). Para uma análise da afirmação assertiva, ela precisa passar por quatro estágios: revisão analítica; planejamento; conhecimento e conteúdo do planejamento. 2.1 Revisão analítica A revisão analítica possibilita identificar a abrangência da auditoria. Aqui o auditor precisa avaliar os riscos que tenham maior significância, ponderando sua atenção e estipulando exames com maior profundidade. Assim, os riscos dão sentido e o cerne para poder criar os procedimentos de auditoria. Cada dado precisa ser questionado intensamente, com isso é possível extrair da organização informações mais pertinentes para análise e exame, revelando quais objetos serão auditados (caixa, fornecedores, estoque, DRE…). “Em complemento, a revisão analítica pode apontar os locais, departamentos e filiais cuja escolha deva recair para as visitas e exames de auditoria em função de fatores históricos, aspectos de controle e volumes operacionais”. (Attie, 2018, p. 25). Os dados precisam ser colocados em prova: quais aspectos podem conter por trás desse valor? Há outros locais? Contém outros mecanismos de controles? Esse valor pode acarretar quais problemas nas análises? 8 2.2 Planejamento Para o sucesso da auditagem, a execução eficaz da auditoria é dependente de um planejamento bem elaborado. Assim, os objetivos propostos terão um curso fluente e capaz de conduzir papéis e procedimentos de auditoria para que seu objetivo seja alcançado – emissão do parecer do auditor. O planejamento é o alicerce para a ação dos planos de trabalho e serve como guia, base, roteiro para que todo processo de análise, verificação e confirmação das DCs aconteça. De tal modo, todos os fatos, meios, recursos, condições, restrições, sujeitos e objetos devem ser conhecidos antecipadamente e dispostos em conformidade ao julgamento do plano a ser elaborado pelo auditor. Nessa fase, os aspectos descritos no Quadro 2 a seguir são importantes. Quadro 2 – Fatores a serem considerados para o Planejamento de Auditoria • o conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior; • o conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade; • os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades; • a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados; • a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas; • o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos; • a natureza, o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e outros informes a serem entregues à entidade; e • a necessidade de atender a prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos demais usuários externos. • obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as demonstrações contábeis do exercício atual; • exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de abertura do exercício atual; • verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercícioanterior; • identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira; e • identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior, revelados ou não revelados. Fonte: Attie, 2018, p. 25-26. No planejamento da auditoria, compete ao auditor e sua equipe identificar quais as estratégias que trarão melhor resultado para o sucesso da auditagem. Para tanto, as estratégias devem conduzir para a elaboração de um plano de trabalho que tenha eficiência e eficácia nos procedimentos e exames. 9 2.3 Conhecimento Conhecer o terreno que será trilhado é a melhor forma de ponderar a velocidade e a força ao pisar. O auditor precisa ter ciência dos aspectos mais relevantes e essenciais da organização, visto que cada empresa apresenta peculiaridades que impactam e modificam meios e formas pelas quais a auditoria se desencadeará. Assim, o porquê de como e o que a empresa faz tem sentido e faz relação às DCs. Para tanto, precisa-se conhecer as operações, os processos, as forças que atuam internamente e externamente e o fluxo de trabalho. Isso possibilita ao auditor ter um caminho mais claro e admitir um planejamento mais assertivo, de modo que a execução e o resultado dos exames possam ser maximizados, concedendo maior grau de confiança. Na fase do conhecimento, os seguintes aspectos são cruciais, a serem visualizados na empresa: controles internos contábeis; obediência aos princípios e métodos de contabilidade; clareza das atividades realizada pela entidade; fatores econômicos – políticas governamentais, taxas de juros e condições de financiamentos, inflação e desemprego; toda legislação aplicável para entidade – impostos, taxas, contribuições sociais e regulamentações do setor; práticas operacionais da empresa – natureza e tipo de atividade, localização dos bens, unidades e filiais, clientes e fornecedores, licenças, marcas, sistemas de informações e controles gerenciais; competência da administração – estrutura corporativa, relacionamento entre as partes relacionadas, limite de alçada e responsabilidade, grau de autonomia da administração para tomada de decisão; práticas contábeis adotadas; sistema contábil e de controle interno; áreas importantes da entidade; volume de transações; complexidade das transações; entidades associadas, filiais e partes relacionadas; participação do trabalho de outros auditores independentes, auditores internos e especialistas; exigências e prazos estabelecidos por órgãos reguladores. 2.4 Conteúdo do planejamento Em conformidade com os aspectos anteriores, o pré-planejamento poderá ser visualizado e desenhado, facilitando o entendimento dos esforços necessários para execução da auditoria. Diante de sua experiência, o auditor poderá visualizar caminhos, estratégias, complexidades e “enigmas” visualizados inicialmente em 10 tudo o que se tornou notório até aqui, para após isso elaborar um programa específico para auditar. Agora, engajado em realizar um plano eficaz, o auditor deverá redigir claramente todas as peças que conduzirão seus trabalhos, levando como premissas as orientações contidas na NBC TA 320 (R1) Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria. Os elementos a seguir devem fazer parte de todo conteúdo abrangidos pelo planejamento (Attie, 2018, p. 37-41): cronograma; procedimentos de auditoria; relevância e planejamento; riscos de auditoria; pessoal designado; épocas oportunas dos trabalhos; horas estimas para a execução dos trabalhos; supervisão e revisão; indagações à administração para concluir o planejamento; revisões e atualizações no planejamento e nos programas de auditoria; planejamento da primeira auditoria; saldos de abertura; procedimentos contábeis adotados; uniformidade dos procedimentos contábeis; eventos relevantes subsequentes ao exercício anterior; revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. O planejamento de auditoria possibilitará executar uma profunda varredura na organização. Dessa forma, os aspectos aqui analisados e programados poderão ser confirmados pelos procedimentos de auditoria. No cronograma, o auditor deverá deixar claramente todas as áreas, setores, atividades e unidades que passarão pelo seu exame, elencando etapas e épocas. Assim, os serviços declarados no contrato da prestação de serviços de auditoria deverão ser discriminados no cronograma, perfazendo a independência e transparência da auditoria, servindo de comprovação dos compromissos assumidos com os que serão realizados. TEMA 3 – AVALIAÇÃO DA AFIRMAÇÃO Finalizado a etapa de análise, o desafio agora é angariar provas e documentos para sua avaliação. Aqui, o auditor deve identificar quais métodos e medidas poderão ser utilizados para realizar a avaliação da afirmação. Se desejar avaliar a conta estoque, ele poderá trilhar alguns caminhos – observar o controle de estoque no sistema gerencial, conferir os controles dos inventários realizados e anotados fisicamente, visitar in loco as unidades que contêm estoques e armazéns, avaliar os controles internos acerca dos trâmites de estocagem etc. Para determinar os métodos e medidas compatíveis e suficientes, é necessário examinar as circunstâncias que influem na determinação 11 dessa suficiência. A natureza, o momento e a profundidade dos testes de auditoria são, em essência, parte de um processo de identificação para verificar o objeto da auditoria. Não obstante isso, o auditor deve considerar diversos fatores capazes de afetar a auditoria, para poder planejar a abrangência de auditoria nos diversos setores, individualmente. (Attie, 2018, p. 41) É preciso que os auditores observem a gama de condições, restrições e meios que podem inferir em seus exames, os quais impactarão diretamente na qualidade da emissão do seu parecer. O nível de controle interno da empresa serve como fonte de credibilidade para o auditor. Após avaliar o grau de confiança dos controles, o auditor poderá estabelecer a intensidade e quantidade de teste de procedimentos e teste de saldos substantivos que vai realizar. Erros e irregularidades são minimizados ao passo que os controles são mais robustos, como também as análises e a extensão da auditoria a ser aplicada é projetada em relação ao grau de exatidão dos controles internos. Todavia, mesmo que haja um controle em conformidade e considerado blindado pelos auditores, estes precisam encontrar outras evidências que revelem fidedignidade dos dados reportados quanto a erro, fraude e irregularidades. Tal questão é importante visto que os administradores pelo poder recebido podem algumas vezes driblar os controles (conluio). A subjetividade inerente diz respeito ao julgamento do empregado que executará as atividades, ao passo que a atividade seja rotineira e sem muita complexidade para executar/decidir, ou seja, ele executa seguindo os procedimentos e normas da empresa, sem necessitar aplicar senso crítico ou dispor de experiência. Todavia, atividades que necessitem de aplicação complexa de raciocínio, análise técnica e um julgamento pessoal podem aumentar o risco de auditoria. A operação do caixa é rotineira e não exige procedimentos complexos de auditoria, todavia, ao se observar a atividade da gestão de estoque de uma construtora com contrato de longo prazo, por exemplo, exige-se maior análise acerca do custeio e da formação do preço e custo do projeto (imóvel, empreendimento). Outro aspecto que pode inferir na avaliação da afirmação é a integridade dos administradores. Ocorre, como noticiado em muitos canais, comportamentos de gerentes e presidentes (CEOs, executivos), os quais agiram contrários aos moldes aceitos pela empresa e disciplinados pela governança corporativa e pelos controles internos. Dessa forma, os procedimentos de auditoria devem levar em conta o que possa conter conflitos de interesses12 (organização X executivos), assim os dados reportados poderão ter vieses subjetivos dos objetivos dos executivos (manipulação dos procedimentos para maximização dos dividendos). Caso essa afirmativa aconteça, os procedimentos de auditoria deverão ser aplicados, teste e análises devem ser mais profundos, ocasionando uma expansão temporal na auditagem, e as considerações dos administradores não devem fazer parte, visto que não são confiáveis. O que deve ocorrer é uma administração idônea e a concordância em preservar os interesses dos investidores e da sociedade em geral. Auditor e administrador se unem para viabilizar todo processo de auditagem, assim conferindo eficiência e eficácia do CEO e dos procedimentos adotados pela organização. A ponderação da relevância diz respeito ao impacto que os eventos e dados refletem nas DCs. Dessa forma, o plano de auditoria é pautado em examinar áreas e processos em que houve maior relevância no que se reporta. Áreas com menor impacto terão procedimentos e testes de forma reduzida, todavia, sem deixar de lado a asseguração razoável. 3.1 Relevância, risco e materialidade na auditoria Segundo a NBC 200 (R1) (2016), “risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção” (NBC 200 (R1), 2016). Ainda, “risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções” (NBC 200 (R1), 2016). “Risco inerente é aquele comum a qualquer atividade empresarial. Apresenta-se com ênfase na parte operacional.” (Lins, 2017, p. 255). Aqui os riscos podem ser significativos, pois a empresa não tem um controle interno para o processo; assim, uma atividade pode conter erro ou fraude, pela ausência de controles. Desembolso com serviços de transporte executivo podem ter maior superavaliação do que o desembolso com fatura de energia elétrica. Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com 13 a estrutura de relatório financeiro aplicável. As distorções podem originar-se de erro ou fraude (NBC 200 (R1), 2016). Os conceitos extraídos da NBC 200 (R1) são de extrema importância, pois essa normativa deixa claro que pode ocorrer distorções que não sejam detectadas pelos procedimentos de auditoria; todavia, os esforços do auditor devem ser para reduzir esses riscos. Para tanto, ele atua com um “ceticismo profissional que é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria”. Assim, seu “julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria” (NBC 200 (R1), 2016). Fazendo uso do julgamento e ceticismo profissional, o auditor procura reduzir os riscos de auditoria por meio de mecanismos para reduzir os riscos de detecção, perfazendo que as distorções possam ser conhecidas e orientadas às devidas correções nas DCs. Dessa forma, a relevância expressa-se pela intensidade que distorções, erros e irregularidades podem impactar na exatidão das informações contidas nas DCs. Outro aspecto ainda a respeito da relevância norteia a representatividade dos valores e das contas nos demonstrativos reportados de forma simples. Um estoque contabilizado em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) tem mais representatividade que outro ativo qualquer de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Essa comparação denomina-se ponderação do risco relativo; nesse exemplo, o outro ativo tem relatividade de risco e o estoque tem relevância. A materialidade representa os limites mínimos estipulados para que uma conta passe pelo exame de auditoria. Pode-se imaginar que essa conta deverá ser auditada se os valores apresentados no ativo representam acima de 1,00% do ativo total. Os percentuais devem ser estipulados na fase do planejamento. A materialidade é importante para o auditor manter o valor atento a processos e contas que causam maiores impactos no patrimônio da entidade. Saiba mais Auditoria Contábil – Materialidade e Relevância nos Trabalhos de Auditoria. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=CeFiGZaqsno>. Acesso em: 8 jun. 2022. 14 TEMA 4 – OBTENÇÃO DE ELEMENTOS COMPROBATÓRIOS Nesta etapa, compete ao auditor e sua equipe utilizar os meios que representa os procedimentos de auditoria mais eficazes para obter elementos comprobatórios de seu exame. Deve-se levar em conta a natureza das afirmações, a confiabilidade das evidências que necessita alcançar, a finalidade de cada revisão e a facilidade de aplicação dos procedimentos da auditoria. “Essa é a fase de concretização de trabalho que transforma o programa detalhado de auditoria, indicado por uma série de procedimentos específicos, na colheita de provas que serão evidenciadas nos papéis de trabalho” (Attie, 2018, p. 50). Para reunir os elementos que comprovam seu parecer, o auditor se utiliza dos testes de auditoria para realizar os exames de forma mais assertiva. Pode ser realizado um teste em todas as transações ou se aplicado um processo de amostragem para seleção de uma parte que tenha relevância. O maior desafio nessa fase aos auditores envolve o entendimento da natureza e a extensão da verificação, que seja imperativa, determinando o alcance, a abrangência, a quantidade, as condições e os limites dos fatos e transações que deverão ser testados, pois, quando utilizado de amostragem, sempre ocorre a dúvida da exatidão e representatividade da parte em relação ao todo, gerando receio no parecer do auditor. Os testes de auditoria pode ser: • testes de procedimentos, que tem por finalidade avaliar se os controles da empresa concedem credibilidade aos dados concernidos nas DCs. Assim, compreende-se que todas as transações idênticas seguiram o mesmo fluxo para contabilização. Aqui não se leva em conta os valores, mas sim os procedimentos realizados para registros dos fatos. Dessa forma, é necessário verificar se as práticas do controle interno estão sendo ou foram realizadas de igual modo a todos os eventos; • teste de saldos representa os testes que podem ser feitos para levantar o saldo das contas por meio de informações de controles extracontábeis. Assim, a confirmação do saldo por outro instrumento garante exatidão do saldo relatado na DC. O objetivo é obter provas satisfatórias e convincentes de que as transações resultaram os valores reportados. Os aspectos que norteiam o teste de saldos é confrontar a existência real do saldo, ou seja, as transações existiram de fato e o saldo é resultante delas (existência 15 real). As transações e os valores realmente são correspondentes à entidade (propriedade) que reporta. Os saldos foram avaliados e aferidos pelos métodos corretos (avaliação e aferição); • Testes de transações “consistem basicamente no exame da documentação que, em conjunto, suportam os lançamentos e saldos contábeis” (Lins, 2017, p. 77). Objetiva reunir todo o universo documental daquela transação (exemplo: todas notas fiscais de vendas a prazo) e, posteriormente, realiza uma seleção aleatória de um rol de clientes para fazer o confronto do saldo. Após a seleção, o auditor realiza os procedimentosde auditoria para fazer o exame e a análise. TEMA 5 – FORMAÇÃO DA OPINIÃO A última etapa do roteiro de auditoria compreende atingir o seu objetivo, que consiste na emissão de um parecer (opinião) do auditor acerca dos dados e informações que estão sendo reportados. Aqui, a eficiência e eficácia das fases anteriores podem conduzir e refletir na exatidão ou superficialidade do parecer. Para tanto, a fase de planejamento e análise precisa ser cuidadosamente projetada, pois tem como ênfase aliciar meios para reunir provas cabíveis que darão um suporte profundo para a emissão da opinião do auditor. Assim, os testes realizados pelo auditor possibilitarão confirmar os saldos e os procedimentos executados, se atendem ou não às normas aplicáveis. Com isso, as informações estão ou não em conformidades, e refletem a posição patrimonial, financeira e econômica na data em que foram geradas. O parecer de auditoria é um instrumento para o auditor expressar sua opinião e deve ser redigido dentro dos parâmetros de auditoria. Ele precisa declarar os meios técnicos e os processos de auditoria que utilizou no trabalho de campo que possibilitou conduzir todo o processo de levantamento de provas e confirmação dos dados, por meio dos quais obteve evidências palpáveis e fidedignas que oportunizam agora expressar a representatividade e o grau de confiança do que foi reportado. Aos leitores do parecer, o texto possibilita compreender os processos de auditoria e meios realizados pela auditoria independente e quais as conclusões obtidas; de forma resumida, as partes interessadas são informadas. A NBC TA 700 – Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis, a NBC TA 701 – Comunicação 16 dos Principais Assuntos de Auditoria no Relatório do Auditor Independente e a NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente representam a normatização base para que o auditor possa conduzir a redação de seu parecer. Obediências a essas NBC trarão maior exatidão e padronização quanto ao formato em que deverá ser expressa sua opinião e roteirização para evidenciar o processo de forma clara e objetiva, oportunizando a qualquer leitor o entendimento e objetividade daquilo que compreendeu sua confirmação. Quadro 3 – Tipos de pareceres • Parecer sem ressalvas: esse parecer é emitido pelo auditor no momento em que ele executou todos os procedimentos de auditoria na dimensão que considerou necessária e não encontrou qualquer evidência que ocasionasse efeitos na opinião emitida. O parecer sem ressalva se refere a um exame em que não foram evidenciadas divergências. • Parecer com ressalvas: o parágrafo modelo referente à opinião precisa ser modificado. Isso é feito de modo a favorecer o entendimento quanto à natureza da ressalva e seu reflexo sobre a posição patrimonial e financeira. Também é preciso considerar o resultado das operações, as alterações do patrimônio líquido, os fluxos de caixa e os valores adicionais, quando forem aplicáveis, se o tal reflexo conseguir ser definido. A ressalva ainda pode ser considerada tão significativa a ponto de impossibilitar o auditor de apresentar uma opinião referente às demonstrações contábeis. • Parecer com opinião adversa: esse parecer é redigido pelo auditor quando ele adquiriu dados satisfatórios para opinar que as demonstrações financeiras não apresentam corretamente a situação patrimonial e financeira, o resultado das operações, as variações do patrimônio líquido e também as origens e a aplicação dos recursos, conforme as técnicas contábeis adotadas. Isso ocorre quando o auditor conclui que a operação é tão relevante que não se enquadra na emissão de um parecer com ressalvas. • Parecer com abstenção de opinião: é redigido quando o auditor não conseguiu executar todos os procedimentos de auditoria que considerou necessários e, por esse motivo, não houve a possibilidade de formar opinião referente a algum elemento das demonstrações contábeis. Dessa forma, não é emitida qualquer opinião. Fonte: Alves, 2017, p. 209-210. Em atendimento à NBC TA 700, os relatórios de auditoria apresentam os seguintes tópicos: Título; Destinatário; Opinião do auditor; Base para opinião; Continuidade operacional; Principais assuntos de auditoria; Outras informações; Responsabilidades pelas demonstrações contábeis; Responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis; Localização da descrição das responsabilidades do auditor independente pela auditoria das demonstrações contábeis; Outras responsabilidades relativas à emissão do relatório; Nome do sócio ou responsável técnico; Assinatura do auditor; Endereço do auditor independente; Data do relatório do auditor. 17 Saiba mais Nas indicações a seguir, há dois relatórios de auditoria nos quais é possível visualizar as temáticas apresentadas até o momento. 1º Exemplo de Relatório. Sobre Demonstrações Contábeis 31 de dezembro 2022 e 2021 da empresa MagazineLuiza. Acesse o link: <https://ri.magazineluiza.com.br/Download/ITR- DFP?=1ma7Uig6SY1ApD3uYujvpw==> 2º Exemplo de Relatório. Sobre Demonstrações Contábeis 31 de dezembro 2015. Acesse o link: <https://transparencia.cfp.org.br/wp- content/uploads/sites/8/2015/12/Relat%C3%B3rio-dos-Auditores-Independentes- sobre-as-demonstra%C3%A7%C3%B5es-contabeis-de-31-dez-2015-Audi- Link.pdf> FINALIZANDO A opinião do auditor só poderá ser expressa com maior convicção, ao passo que os procedimentos e métodos de auditoria trouxerem essa convicção ao julgamento profissional do auditor. Uma análise fraca, incompleta, não concede convicção, tão pouco dá confirmações de que o auditor precisa. Dessa forma, a experiência profissional do auditor, o conhecimento técnico e a observação a todas as normas aplicáveis oportuniza um entendimento profundo acerca dos ricos, das complexidades e de como criar um processo de auditagem eficiente e eficaz. A qualidade do relatório com a opinião do auditor é ampliada ou reduzida, sendo diretamente proporcional à qualidade dos procedimentos aplicados por ele. Atividade de fixação 1. (Auditor-Fiscal da Receita Federal – 2003) Dadas as situações a seguir, identifique, na respectiva ordem, quais os tipos de parecer de auditoria mais adequados a cada situação: I. O auditor constatou que a empresa Alpha S.A. somente faturava parte de suas mercadorias vendidas e que boa parte das mercadorias compradas entravam sem documentação hábil. II. O auditor constatou que a empresa Beta S.A. não estava reconhecendo os juros e variações monetárias de seus contratos de financiamentos no 18 Banco Empresta Tudo S.A., efetuando a contabilização somente no pagamento do empréstimo. III. O auditor, ao executar os trabalhos na empresa Gama S.A., encontrou divergências no cálculo da provisão para contingências trabalhistas. Ao analisar a relevância dos números, percebeu que estes não afetavam as demonstrações contábeis. IV. O auditor, ao avaliar as demonstrações financeiras da empresa Ômega S.A., não conseguiu compor o saldo das contas de financiamentos concedidos, nem das contas de investimento. a. Com ressalva, adverso, abstenção de opinião e sem ressalva. b. Adverso, abstenção de opinião, sem ressalva e com ressalva. c. Adverso, com ressalva, sem ressalva e abstenção de opinião. d. Abstenção de opinião, sem ressalva, com ressalva e adverso. e. Abstenção de opinião, com ressalva, sem ressalva e adverso. 2. (Adaptado Casa da Moeda – Auditor – 2009) Sobre as técnicas de auditoria, na ótica das normas do Conselho Federal de Contabilidade, analise as afirmações a seguir. I. O planejamento de auditoria pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade. II. Uma vez estabelecidos, os programas de trabalho do auditor são imutáveis, a menos que a administraçãoda entidade concorde com sua revisão e atualização. III. O auditor, ao aplicar os testes de saldo, deve objetivar a obtenção de evidências quanto à existência, à efetividade e à continuidade dos controles internos e exatidão dos processos. IV. Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados, o auditor pode empregar técnicas de amostragem não estatísticas. Está correto o que se afirma APENAS em: a. I e III. b. I e IV. c. II e III. d. II e IV. e. III e IV. 19 3. (Auditor-Fiscal da Previdência Social – 2002) Na realização dos serviços de auditoria, a avaliação do controle interno é de fundamental importância para o auditor. Assim sendo, pode-se afirmar que: a. há relação do controle interno com o número de testes a serem aplicados pela auditoria. Dessa forma, se o controle interno for eficiente, menor será o número de testes, mas o auditor nunca deverá deixar de aplicá-los. No entanto, se o controle interno for deficiente, o auditor deverá aplicar número maior. b. empresa que apresente controle interno deficiente, segundo a avaliação do auditor, dispensa a aplicação de teste, pois o controle interno não interfere nessa análise. c. o número de testes é puramente subjetivo, ou seja, depende da experiência do auditor. d. os testes de auditoria não guardam correlação com a avaliação do controle interno da empresa. e. empresa que apresente controle interno eficiente, segundo a avaliação do auditor, dispensa a aplicação de testes de auditoria. 20 REFERÊNCIAS ALVES, A. Auditoria contábil avançada. Porto Alegre: SAGAH, 2017. ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018. FAVERO, F. Responsabilidade civil dos auditores independentes: uma análise da sua função e critérios para sua responsabilização. São Paulo : Almedina, 2018 LINS, L. dos S. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa – contém exercícios. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017. NBC TA 200 (R1). Objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 2016. 21 GABARITO ATIVIDADE DE FIXAÇÃO 1. C 2. B 3. A.
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