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Pincel Atômico - 30/10/2023 19:40:11 1/4 JOSÉ RAIMUNDO SOARES MOTA Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 24 (23001) Atividade finalizada em 10/06/2023 16:23:27 (1015541 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: LITERATURA: TEORIA E METODOLOGIA DE ENSINO [873314] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 1,11 pontos [capítulos - 6] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em Letras-Português - Grupo: FPD-MAIO2023 - SGegu0A300523 [93041] Aluno(a): 91209464 - JOSÉ RAIMUNDO SOARES MOTA - Respondeu 7 questões corretas, obtendo um total de 0,97 pontos como nota [359834_1506 23] Questão 001 (PUC – PR, adaptado) Leia os fragmentos abaixo, retirados do livro Muitas vozes (1999), de Ferreira Gullar, para responder à questão. Meu poema é um tumulto: a fala que nele fala outras vozes arrasta em alarido. (...) A água que ouviste num soneto de Rilke os ínfimos rumores no capim o sabor do hortelã (…) da manhã tudo isso em ti se deposita e cala. Até que de repente um susto ou uma ventania (que o poema dispara) chama esses fósseis à fala. Meu poema é um tumulto, um alarido: basta apurar o ouvido. I. É um exemplo de metapoesia, um dos vários temas recorrentes nesta obra. II. A intertextualidade surge como uma das muitas vozes presentes no poema. III. Fósseis, no poema, é uma referência aos mortos do eu poético, que também são vozes do poema. IV. Apurar o ouvido, no último verso, remete à percepção do material de que se compõe o poema. V. Esse é um dos poucos poemas de Ferreira Gullar, nesta obra, em que a morte se faz presente. Assinale a alternativa CORRETA. Todas as assertivas são verdadeiras. As assertivas I, II e V são verdadeiras. Somente as assertivas I e IV são verdadeiras. Somente a assertiva I é falsa. X As assertivas I, II, III, IV são verdadeiras. Pincel Atômico - 30/10/2023 19:40:11 2/4 [359834_1573 18] Questão 002 (UNCISAL-2016) SONETO 204 AO RAPPER De cor, mulato, pardo, negro, preto. O branco é simplesmente branco, e só. Você quer mais respeito, não quer dó. Quer ser um cidadão, não quer o gueto. No Sul, no Pelourinho, no Soweto, lutando contra o falso status quo da máscara, a gravata e o paletó: A letra é mais comprida que um soneto. Seu canto já foi blues, quase balada; Foi soul, foi funk e reggae; agora é bala perdida em tiroteio de emboscada. Xerife do xadrez, você não cala: leva a periferia pra parada, de sola entra no som da minha sala. Acerca da estrutura métrica e rimática do poema acima, um soneto de autoria de Glauco Mattoso, pode-se afirmar a presença de versos decassílabos, com esquema de rimas em ABBA BAAB CDE CDE. versos em redondilhas menores, com esquema de rimas em ABBA CDDC EFG EFG. X versos decassílabos, com esquema de rimas em ABBA BAAB CDC DCD. versos alexandrinos, com esquema de rimas em ABAB CDCD EFG EFG. versos em redondilhas maiores, com esquema de rimas em ABBA BAAB CDE CDE. [359834_1500 41] Questão 003 (Enem - 2010) Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de “Bicho urbano”, poema sobre sua relação com as pequenas e grandes cidades. BICHO URBANO Se disser que prefiro morar em Pirapemas ou em outra qualquer pequena cidade do país estou mentindo ainda que lá se possa de manhã lavar o rosto no orvalho e o pão preserve aquele branco sabor de alvorada. A natureza me assusta. Com seus matos sombrios suas águas suas aves que são como aparições me assusta quase tanto quanto esse abismo de gases e de estrelas aberto sob minha cabeça. (GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1991.) Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a opção em que se observa esse recurso. “me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas” Pincel Atômico - 30/10/2023 19:40:11 3/4 “ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no orvalho” “A natureza me assusta / Com seus matos sombrios suas águas” “suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto” X “e o pão preserve aquele branco / sabor de alvorada.” [359836_1500 48] Questão 004 (ENEM/2018) Eu sobrevivi do nada, do nada Eu não existia Não tinha uma existência Não tinha uma matéria Comecei existir com quinhentos milhões e quinhentos mil anos Logo de uma vez, já velha Eu não nasci criança, nasci já velha Depois é que eu virei criança E agora continuei velha Me transformei novamente numa velha Voltei ao que eu era, uma velha. PATROCÍNIO, S. In: MOSÉ, V. (Org) Reino dos bichos e dos animais é meu nome. Rio de Janeiro: Azougue, 2009. Nesse poema de Stela do Patrocínio, a singularidade da expressão lírica manifesta-se na X transgressão à razão, ecoada na desconstrução de referências temporais. incorporação de elementos fantásticos, explicitada por versos incoerentes. associação de imagens desconexas, articuladas por uma fala delirante. expressão autobiográfica, fundada no relato de experiências de alteridade. representação da infância, redimensionada no resgate da memória. [359834_1506 25] Questão 005 (Unemat) Leia o poema "As lições de R. Q.", de Manoel de Barros, abaixo transcrito, e resolva o que se pede. Aprendi com Rômulo Quiroga (um pintor boliviano): A expressão reta não sonha. Não use o traço acostumado. A força de um artista vem das suas derrotas. Só a alma atormentada pode trazer para a voz um formato de pássaro. Arte não tem pensa: O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo. Isto seja: Deus deu a forma. Os artistas desformam. É preciso desformar o mundo: Tirar da natureza as naturalidades. Fazer cavalo verde, por exemplo [...] Considerando no contexto das tendências dominantes da poesia de Manoel de Barros, no Livro sobre nada (1996) pode-se afirmar que, neste texto, o "eu lírico" vê o mundo como: frustração, uma vez que o artista é um derrotado, e Deus, uma ameaça. ânsia de integração em uma sociedade em que o sujeito só é reconhecido pela excentricidade e estranheza. X transfiguração do mundo, que corresponde à experiência dos próprios sentidos. oportunidade de manisfestar seu desapego tanto pelo sagrado como pelo profano. Pincel Atômico - 30/10/2023 19:40:11 4/4 esvaziamento do sentido de Arte, de Natureza e da ausência de sonhos. [359834_1506 22] Questão 006 Quanto à escrita poética e sua circulação na rede digital, é correto afirmar que: As leituras de poesia no livro impresso e nas mídias digitais não se diferenciam quanto à acessibilidade desses dois suportes. As mídias digitais transformam qualquer um em poeta, inclusive com reconhecimento pela crítica especializada. As tecnologias não trouxeram inovações em relação à escrita e leitura de textos. Na rede, os elementos autor, produto (poesia) e consumidor (leitor) se distanciam pelo fato de não estarem próximos fisicamente. X Com o advento das novas tecnologias digitais, houve uma modernização em relação à escrita e leitura de poesias na rede. [359834_1506 17] Questão 007 Os poetas integrantes da poesia a partir de 1970, em sua maioria: são vinculados à especialização e à tribalização, apenas. são basicamente tradutores e críticos, excluindo-se outras especialidades. X são professores universitários, editores, tradutores e críticos. assemelham-se aos amadores que muito se observavam na poesia marginal. são amadores pelo advento da escrita poética nas mídias digitais. [359835_1500 44] Questão 008 (ENEM/ 2020/ Digital) Caso pluvioso A chuva me irritava. Até que um dia descobri que maria é que chovia. A chuva era maria. E cada pingo de maria ensopava o meu domingo. E meus ossos molhando, me deixava como terra que a chuva lavra e lava. E eu era todo barro, sem verdura... maria, chuvosíssima criatura! Ela chovia em mim, em cadagesto, pensamento, desejo, sono, e o resto. Era chuva fininha e chuva grossa, Matinal e noturna, ativa... Nossa! ANDRADE, C. D. Viola de bolso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1952 (fragmento). Considerando-se a exploração das palavras “maria” e “chuvosíssima” no poema, conclui-se que tal recurso expressivo é um(a) registro social típico de variedades regionais. marca de informalidade característica do texto literário. variante particular presente na oralidade. inovação lexical singularizante da linguagem literária. X traço linguístico exclusivo da linguagem poética.
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