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Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil

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Prévia do material em texto

Impactos ambientais e geração de 
resíduos na construção civil
Apresentação
Os impactos decorrentes das atividades de construção, reformas, reparos e demolições de obras 
são diversos e compreendem, principalmente:
- geração de um grande volume de resíduos;
- incômodos sonoros e visuais;
- alterações na qualidade do ar, da água e do solo;
- consumo de recursos como água e energia;
- alterações nas condições de saúde, bem-estar e segurança dos trabalhadores, entre outros.
Esses impactos podem ser minimizados por meio da adoção de práticas mais sustentáveis nos 
canteiros de obras, que, além dos aspectos ambientais, produzem benefícios de ordem econômica e 
social.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre os principais aspectos e impactos 
ambientais decorrentes das atividades em canteiros de obras, a geração de resíduos na construção 
civil, incluindo sua classificação e destinação adequada, e as formas de reaproveitamento de 
entulhos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever os principais aspectos e impactos ambientais de canteiros de obras.•
Definir a importância da geração de resíduos na construção civil.•
Reconhecer as formas de reaproveitamento de resíduos da construção civil.•
Desafio
Na etapa de planejamento da gestão de resíduos em canteiros de obras, deve-se realizar uma 
prévia caracterização das atividades geradoras de resíduos e dos resíduos predominantes, bem 
como a verificação das possibilidades de reciclagem e aproveitamento. Outros aspectos que devem 
ser considerados são: arranjo físico do canteiro de obras, movimentação interna, definição dos 
locais e formas de acondicionamento, sinalização, registro das coletas e seleção das empresas para 
remoção dos resíduos e destinação final.
Suponha que você foi designado pela empresa em que trabalha para ser responsável técnico da 
construção de um edifício de 10 andares, na cidade de São Paulo, cujas características são:
- área do pavimento tipo = 300 m2;
- área total = 3.800 m2 (considerando pavimentos tipos, estacionamento no subsolo e outras áreas 
edificadas).
Você está elaborando um planejamento da gestão dos resíduos no canteiro de obras e pretende 
analisar o quantitativo dos resíduos que podem ser gerados.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/598d5333-a649-42f1-ab08-73e91a95aab2/5b30b1a7-cafa-4ba4-a8d3-9b91bbc3154c.png
Você deve, então, determinar:
a) O volume aproximado de resíduos total a ser gerado (m3).
b) O volume aproximado de resíduos de cada classe (m3), conforme as proporções apresentadas na 
Tabela 1.
c) O número de caçambas metálicas que serão coletadas para os resíduos de Classe A, compostos 
por concreto, argamassas, tijolos e componentes cerâmicos (considere a capacidade de 5 m3 para 
cada caçamba).
Infográfico
A gestão de resíduos da construção civil é regulamentada pela Resolução CONAMA n.º 307/2002, 
que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos visando à redução, reutilização e reciclagem de 
resíduos, de forma a minimizar os impactos ambientais gerados pelo setor construtivo. Nessa 
resolução, os resíduos são classificados em quatro classes (A, B, C e D). A separação dos resíduos, 
de acordo com sua natureza, deve ser realizada pelos geradores (pessoas físicas ou jurídicas, 
públicas ou privadas) na origem ou em áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, 
devendo ser respeitados os critérios de triagem, acondicionamento, transporte e destinação de 
cada classe de resíduos.
No Infográfico a seguir, você irá aprender sobre a classificação dos resíduos da construção civil, de 
acordo com o estabelecido pela Resolução CONAMA n.º 307/2002.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/5c5d0ff1-0615-4c59-b643-f66b456dfc02/d72a69fc-9348-4ecd-af07-e47a35a096d1.png
Conteúdo do livro
As atividades da construção civil, compreendendo as etapas de construção, manutenção e 
demolição de edifícios e obras de infraestrutura, são responsáveis pela geração de diversos 
impactos ambientais negativos. Esses impactos estão relacionados principalmente ao elevado 
consumo de recursos naturais, à expressiva geração de resíduos e às interferências causadas pela 
infraestrutura do canteiro de obras no ambiente urbano. O consumo de recursos naturais e a 
geração de resíduos estão relacionados, uma vez que grande parte dos resíduos da construção 
é derivada do desperdício de materiais, resultando em maior demanda para a extração de matérias-
primas. A falta de gerenciamento dos resíduos, com a adoção de práticas para sua reutilização 
ou reciclagem, também contribui para a ineficiência do uso de materiais.
No capítulo Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil, da obra Materiais de 
construção I, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você irá ver, além dos aspectos 
mencionados, diretrizes ambientais e formas de aproveitamento de resíduos, visando a um canteiro 
de obras mais sustentável.
Boa leitura.
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO I
Juliana Dorn Nóbrega 
Impactos ambientais 
e geração de resíduos 
na construção civil
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever os principais aspectos e impactos ambientais de canteiros 
de obras.
 � Definir a importância da geração de resíduos na construção civil.
 � Reconhecer as formas de reaproveitamento de resíduos da construção 
civil.
Introdução
Com o crescimento das cidades e das atividades da construção civil, 
tornaram-se imprescindíveis a priorização das questões ambientais e a 
busca de um desenvolvimento mais sustentável em ambientes urbanos. 
E a adoção de diretrizes sustentáveis nas atividades de construção requer 
o entendimento dos aspectos e impactos ambientais dos canteiros de 
obras, bem como da importância da geração de resíduos e as suas formas 
de reaproveitamento. Além disso, é fundamental definir políticas públicas 
que estabeleçam o comprometimento dos diversos intervenientes do 
setor (poderes públicos, setor construtivo e sociedade), com estímulo ao 
desenvolvimento na ciência, tecnologia e inovação, a conscientização e 
capacitação dos profissionais, entre outras medidas.
Neste capítulo, inicialmente são abordados os aspectos e impactos am-
bientais dos canteiros de obras. Em seguida, apresentamos alguns aspectos 
da geração dos resíduos da construção civil, incluindo a classificação e a 
destinação desses materiais de maneira apropriada. E, por fim, são descritas 
soluções para o reaproveitamento dos resíduos, como reúso, reciclagem, 
incineração e destinação final, além de alguns aspectos que devem ser 
observados nos processos de demolição e desconstrução dos edifícios.
1 Principais aspectos e impactos ambientais 
de canteiros de obras
A etapa de construção responde por uma parcela significativa dos impactos 
causados pela construção civil no ciclo de vida de um edifício, podendo 
interferir no meio físico, biótico e antrópico, no local em que a construção é 
edificada e na vizinhança da obra (CARDOSO; ARAÚJO; DEGANI, 2006).
A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº. 001, 
de 23 de janeiro de 1986, define impacto ambiental como: 
[…] qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do 
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante 
das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I — a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II — as atividades sociais e econômicas;
III — a biota;
IV — as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V — a qualidade dos recursos ambientais (BRASIL, 1986, documento on-line).
O entendimento da intensidade e da frequência dos impactos ambientais 
resultantes das atividades nos canteirosde obras, bem como suas consequências 
para os meios físico, biótico e antrópico, é fundamental para avaliar as neces-
sidades de desenvolvimento em pesquisa e tecnologia no setor construtivo, 
com os objetivos de adotar medidas mitigatórias (ações de natureza gerencial, 
soluções tecnológicas e capacitação dos profissionais) e priorizar os impactos 
que precisam ser reduzidos ou eliminados. Além disso, essa análise torna-se 
fundamental para definir os prazos e os custos envolvidos e avaliar a viabi-
lidade técnico-econômica para implementação de ações mais sustentáveis 
nos canteiros.
Muitos trabalhos têm alertado para os riscos referentes às perdas em 
canteiros de obras, à geração excessiva de resíduos e aos lançamentos não 
monitorados, e, embora outros aspectos ambientais não estejam recebendo a 
devida atenção no meio acadêmico e profissional, não são menos importantes, 
como emissão de ruídos e vibrações, contaminação do solo, ar e água, consumo 
de recursos naturais (principalmente água e energia), emissão de material 
particulado, etc. (CARDOSO; ARAÚJO; DEGANI, 2006).
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil2
Os aspectos ambientais decorrentes das atividades da construção civil 
foram subdivididos por Degani (2003) e Araújo (2009) em quatro categorias 
(Quadro 1): 
1. recursos; 
2. incômodos e poluições; 
3. resíduos; 
4. infraestrutura do canteiro de obras. 
Aspectos ambientais
Recursos � Consumo de recursos (inclui perda incorporada e 
embalagens)
 � Consumo e desperdício de água
 � Consumo e desperdício de energia
Incômodos e 
poluições
 � Geração de resíduos perigosos
 � Geração de resíduos sólidos
 � Emissão de vibração
 � Emissão de ruídos
 � Lançamento de fragmentos
 � Emissão de material particulado
 � Risco de geração de faíscas no qual há gases 
dispersos
 � Desprendimento de gases, fibras, etc.
 � Renovação do ar
 � Manejo de materiais perigosos
Resíduos � Perda de materiais por entulho
 � Manejo de resíduos
 � Destinação de resíduos (inclui descarte de resíduos 
renováveis)
 � Manejo e destinação de resíduos perigosos
 � Queima de resíduos no canteiro
Quadro 1. Aspectos ambientais derivados das atividades desenvolvidas nos canteiros de 
obras
(Continua)
3Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
Fonte: Adaptado de Araújo (2009) e Degani (2003).
Aspectos ambientais
Infraestrutura do 
canteiro de obras
 � Remoção de edificações
 � Supressão da vegetação
 � Risco de desmoronamentos
 � Existência de ligações provisórias (exceto águas 
servidas)
 � Esgotamento de águas servidas
 � Risco de perfuração de redes
 � Geração de energia no canteiro
 � Existência de construções provisórias
 � Impermeabilização de superfícies
 � Ocupação de via pública
 � Armazenamento de materiais
 � Circulação de materiais, máquinas, equipamentos e 
veículos
 � Manutenção e limpeza de ferramentas, máquinas, 
equipamentos e veículos
Quadro 1. Aspectos ambientais derivados das atividades desenvolvidas nos canteiros de 
obras
De acordo com os autores, os aspectos ambientais provocam impactos 
ambientais nos meios físico, biótico e antrópico, alterando as suas propriedades 
naturais (Quadro 2).
De modo semelhante, Costa et al. (2017) classificam os aspectos ambientais 
nos canteiros de obras em: 
a) consumos; 
b) emissões e resíduos; 
c) interface com o meio exterior; 
d) qualidade intrínseca do canteiro.
A seguir, serão discutidos os aspectos ambientais e suas relações com os 
impactos ambientais gerados, assim como algumas diretrizes para a redução 
dos impactos.
(Continuação)
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil4
Fonte: Adaptado de Araújo (2009) e Degani (2003).
Impactos ambientais
Meio físico
Solo � Alteração das propriedades físicas
 � Contaminação química
 � Indução de processos erosivos
 � Esgotamento de reservas minerais
Ar � Deterioração da qualidade do ar
 � Poluição sonora
Água � Alteração da qualidade das águas 
superficiais
 � Aumento da quantidade de sólidos
 � Alteração da qualidade das águas 
subterrâneas
 � Alteração dos regimes de escoamento
 � Escassez de água
Meio biótico � Interferências na fauna local
 � Interferências na flora local
 � Alteração da dinâmica dos ecossistemas 
locais
 � Alteração da dinâmica do ecossistema 
global
Meio 
antrópico
Trabalhadores � Alteração nas condições de saúde
 � Alteração nas condições de segurança
Vizinhança � Alteração da qualidade paisagística
 � Alteração nas condições de saúde
 � Incômodo para a comunidade
 � Alteração no tráfego de vias locais
 � Pressão sobre serviços urbanos (exceto 
drenagem)
 � Alteração nas condições de segurança
 � Danos a bens edificados
 � Interferência na drenagem urbana
Sociedade � Escassez de energia elétrica
 � Pressão sobre serviços urbanos (exceto 
drenagem)
 � Aumento do volume de aterro de resíduos
 � Interferência na drenagem urbana
Quadro 2. Impactos ambientais derivados das atividades desenvolvidas nos canteiros de 
obras
5Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
Aspecto ambiental: recursos
De acordo com John, Oliveira e Lima (2007 apud ARAÚJO, 2009), a constru-
ção civil consome até 75% da totalidade dos recursos extraídos da natureza, 
sendo a maior parte não renovável, considerado assim quando a sua taxa de 
extração é superior à taxa de reposição natural no meio ambiente. Portanto, o 
elevado consumo de recursos naturais, utilizados como matéria-prima para os 
materiais de construção, tem como consequências a escassez e o esgotamento 
das jazidas, além de alterações na fauna e na flora do entorno desses locais 
de exploração (DEGANI, 2003). Para a redução na quantidade de insumos 
utilizados, deve-se promover ações e estratégias para a diminuição dos des-
perdícios de materiais.
Além dos materiais construtivos, a construção civil utiliza água e energia 
elétrica, equipamentos e processos em suas atividades. A maior demanda e os 
desperdícios de água e energia durante as obras de construção provocam uma 
pressão sobre o fornecimento desses serviços pelas concessionárias locais.
Para a redução do consumo de recursos (materiais, água e energia) e para 
a extensão da vida útil dos empreendimentos, algumas diretrizes são estabe-
lecidas (ARAÚJO, 2009; CBCS, 2014; COSTA et al., 2017):
 � redução de perdas de materiais na execução dos serviços, no recebi-
mento, no transporte interno, na estocagem e no manuseio de materiais 
no canteiro de obras;
 � desenvolvimento de critérios para compra dos materiais, componentes e 
sistemas construtivos a partir de fontes confiáveis e que incluam infor-
mações sobre a análise do ciclo de vida (procedência, processamento, 
uso e manutenção) e de desempenho técnico;
 � redução do consumo de água, energia e gás nas instalações provisórias; 
aproveitamento de águas pluviais; aproveitamento de águas cinzas; 
redução de consumo de energia nas atividades; e uso de fontes alter-
nativas de energia;
 � preferência pela utilização de materiais reutilizáveis ou recicláveis, 
quando possível;
 � maximização da vida útil de componentes e edifícios.
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil6
Aspecto ambiental: incômodos e poluições
Esse aspecto compreende, entre outros, a geração de resíduos perigosos, a 
emissão de ruídos e vibrações, a emissão de material particulado e o des-
prendimento de gases, que resultam em impactos ambientais relacionados 
principalmente às alterações na qualidade do ar, do solo e da água, bem 
como nas condições de saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores e da 
comunidade em geral.
Os resíduos perigosos podem impactar o meio ambiente de diversas ma-
neiras, como (ARAÚJO, 2009): 
 � contaminação química do solo por penetração de substâncias tóxicas, 
como tintas e solventes; 
 � deterioração da qualidade do ar pelo desprendimento de gases tóxicos 
por compostos orgânicos voláteis; 
 � poluição de águas subterrâneas, pela percolação de resíduos perigosos 
no solo, atingindoo lençol freático; 
 � alteração das condições de saúde do trabalhador pela inalação ou pelo 
manejo inadequado de substâncias nocivas à saúde. 
Os resíduos perigosos podem contaminar outros resíduos inertes, como 
na demolição de obras, caso não haja uma separação adequada entre eles.
Já a emissão de ruídos e vibrações pelo uso de máquinas e equipamentos 
nas obras, além de representar um incômodo aos trabalhadores e à vizinhança, 
pode causar problemas auditivos pela exposição ao ruído por períodos pro-
longados e provocar lesões no sistema nervoso, muscular e circulatório dos 
trabalhadores em virtude das vibrações. Ademais, as vibrações são capazes de 
causar patologias e comprometer a segurança estrutural de edificações vizinhas.
O material particulado emitido pelas atividades da construção prejudica 
a visibilidade do ambiente e pode causar efeitos nocivos aos seres humanos, 
como irritações nos olhos, na boca, na pele, e problemas respiratórios ou car-
díacos. Para o meio ambiente, consegue alterar a ecologia aquática, deteriorar 
a qualidade do ar, poluir o solo e prejudicar as funções naturais das plantas 
(ARAÚJO, 2009).
Algumas diretrizes para a minimização dos impactos mencionados são 
(COSTA et al., 2017):
7Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
 � redução da emissão de materiais particulados por meio de práticas sim-
ples, como o uso de caminhão-pipa na fase de terraplanagem, cobertura 
das caçambas com lona e aspersão de água nas áreas com atividades 
que emitam materiais particulados;
 � armazenamento individualizado dos materiais perigosos no almoxari-
fado, descarte dos resíduos perigosos em baias específicas, manutenção 
de kits de emergência no canteiro e destinação adequada dos resíduos;
 � utilização de equipamento de proteção individual e de novas tecnologias 
para redução dos ruídos e vibrações, além do monitoramento de ruídos.
Aspecto ambiental: resíduos
A elevada geração de resíduos de construção e demolição (RCD) — também 
chamados de entulhos — nos canteiros de obras exige sejam manejados e des-
tinados de maneira correta, incluindo aqueles considerados resíduos perigosos.
Em geral, os RCD são acondicionados temporariamente em caçambas 
metálicas localizadas nas vias públicas, nas quais a presença de material 
orgânico, produtos perigosos e de embalagens vazias pode reter água e outros 
líquidos, favorecendo a proliferação de insetos, animais peçonhentos e vetores 
de doenças (KARPINSK et al., 2009).
Os depósitos irregulares dos RCD nas cidades, como em lotes vagos, re-
presentam uma grave preocupação pública, pelos gastos e impactos ambientais 
por eles promovidos. Como impactos, têm-se o comprometimento ambiental 
e paisagístico do ambiente urbano, a perda de vegetação, o comprometimento 
do tráfego de pedestres e veículos, a atração para lançamento de resíduos 
não inertes incluindo material orgânico, a proliferação de animais nocivos 
e a obstrução dos sistemas de drenagem (BOURSCHEID; SOUZA, 2010; 
KARPINSK et al., 2009).
Além dos aspectos mencionados, outra preocupação refere-se ao manejo dos 
resíduos perigosos, como tintas, cimento amianto, resinas, etc., que compõem 
os resíduos da construção, constituídos em sua maioria por materiais como 
argamassa, alvenaria e concreto, e que, ao serem depositados em conjunto 
com os materiais inertes, podem contaminá-los, promovendo uma maior 
preocupação ambiental.
Algumas medidas para mitigação dos impactos mencionados são (COSTA 
et al., 2017):
 � controle da geração, estocagem e descarte de resíduos;
 � aproveitamento de resíduos da construção;
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil8
 � descarte adequado dos resíduos perigosos, não sendo permitida a dispo-
sição em aterros de resíduos domiciliares, áreas de “bota fora”, encostas, 
corpos d’água, lotes vagos e áreas protegidas por lei.
Aspecto ambiental: infraestrutura do canteiro de obras
As atividades de construção, reforma, reparo e demolição interferem no local 
da obra e na vizinhança, como no trânsito local, no fluxo de pedestres, nos 
processos erosivos e riscos de desmoronamento, nas alterações nas condições 
de saúde e segurança dos trabalhadores e dos indivíduos na vizinhança, e nas 
alterações na qualidade paisagística, pela presença de equipamentos de grande 
porte, tapumes e construções provisórias (ARAÚJO, 2009).
Para melhorar a qualidade nos canteiros de obras, Costa et al. (2017) de-
finiram algumas diretrizes, como: proteções em máquinas e equipamentos; 
proteções contra choques elétricos; proteções em escavações; equipamentos 
de proteção coletiva; limpeza nos ambientes de trabalho e no entorno da obra 
(de preferência com águas reaproveitadas); proteção contra queda de materiais; 
comunicação visual externa e interna; comunicação com a comunidade na 
qual a obra está inserida.
2 Geração de resíduos na construção civil
Os resíduos do setor construtivo surgem desde a fabricação dos materiais e 
componentes, na qual os recursos naturais são transformados em produtos 
utilizados nas construções, até os ambientes urbanos, durante a fase de cons-
trução de uma obra, nas fases de manutenção e reabilitação durante a vida 
útil de um edifício ou uma infraestrutura e, finalmente, na fase de demolição 
ao final de sua vida útil. Também são considerados resíduos de construção 
aqueles provenientes da preparação e da escavação de terrenos.
Dentro do termo genérico RCD (resíduos de construção, manutenção e demo-
lição) podem ser encontrados produtos de diferentes origens e natureza, os 
quais causam impactos distintos no meio ambiente, tais como: argamassas a 
base de cimento e cal, resíduos de cerâmica vermelha (como tijolos e telhas), 
cerâmica branca (especialmente a de revestimento), concreto armado ou não, 
solo, rocha, metal, madeira, papel, plásticos diversos, material betuminoso, 
vidro, gesso em pasta e placa, tintas e adesivos, restos de embalagens, cimento 
amianto, produtos de limpeza de terrenos, entre outros (DEGANI, 2003, p. 37).
9Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
A composição dos resíduos é bastante heterogênea e varia significativamente 
entre os países, pois depende das matérias-primas locais e das tecnologias 
construtivas utilizadas. Mesmo entre as cidades brasileiras, pode-se observar 
uma grande variabilidade na composição dos resíduos, como apresentado no 
Quadro 3.
Fonte: Adaptado de Carneiro (2005 apud KARPINSK et al., 2009).
Material
Origem
São 
Paulo 
(SP)
Ribeirão 
Preto 
(SP)
Salvador 
(BA)
Florianópolis
(SC)
Passo 
Fundo 
(RS)
Concreto 
e 
argamassa
33 59 53 37 15
Solo e 
areia
32 — 22 15 20
Cerâmica 30 23 14 12 38
Rochas — 18 5 — —
Outros 5 — 6 36 23
Quadro 3. Composição, em percentagens, do RCD de algumas cidades brasileiras
Classificação dos resíduos
A Resolução Conama nº. 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretrizes, 
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, de 
acordo com a qual os resíduos devem ser classificados em quatro tipos (Classes 
A, B, C ou D) e receber as suas respectivas destinações adequadas.
Além dos materiais mencionados na resolução como resíduos perigosos, 
outros exemplos são as baterias, os biocidas incorporados a madeiras tratadas 
e os sulfatos provenientes da dissolução de gessos (DEGANI, 2003).
A ABNT NBR 10004:2004 apresenta uma classificação dos resíduos só-
lidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, 
descrita a seguir.
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil10
 � Resíduos Classe I — Perigosos: os resíduos que apresentam pelo menos 
uma das características, como inflamabilidade, corrosidade, reatividade, 
toxicidade ou patogenicidade.
 � Resíduos Classe II — Não perigosos:
 ■ Classe II A — Não inertes: resíduos que não se enquadram nas clas-
sificações de Classe I ou Classe II B e que podem ter propriedades 
como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
 ■Classe II B — Inertes: resíduos que, quando submetidos a um contato 
dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura 
ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados 
a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, 
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
São exemplos de resíduos não inertes (Classe II A) e inertes (Classe II B) 
os resíduos domiciliares e as frações minerais de resíduos da construção civil 
(como concreto, rocha, asfalto), respectivamente (PALAMIN, 2016).
No Quadro 4, você pode conferir a classificação e a destinação de resíduos.
Classe Caracterização Destinação
Classe A Resíduos reutilizáveis ou recicláveis 
como agregados, como:
 � de construção, demolição, reformas 
e reparos de pavimentação e de 
outras obras de infraestrutura, 
inclusive solos provenientes de 
terraplanagem; 
 � de construção, demolição, 
reformas e reparos de edificações: 
componentes cerâmicos 
(tijolos, blocos, telhas, placas de 
revestimento, etc.), argamassa e 
concreto; 
 � de processo de fabricação e/ou 
demolição de peças pré-moldadas 
em concreto (blocos, tubos, meios-
fios, etc.) produzidas nos canteiros 
de obras
Reutilizados ou 
reciclados na forma 
de agregados, ou 
encaminhados a áreas 
de aterro de resíduos da 
construção civil, sendo 
dispostos de modo a 
permitir a sua utilização 
ou reciclagem futura
Quadro 4. Classificação e destinação dos resíduos da construção civil
(Continua)
11Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
Fonte: Adaptado de Brasil (2002).
Classe Caracterização Destinação
Classe B Resíduos recicláveis para 
outras destinações, como: 
 � plásticos;
 � papel/papelão;
 � metais;
 � vidros;
 � madeiras e outros
Reutilizados, 
reciclados ou 
encaminhados a áreas 
de armazenamento 
temporário, sendo 
dispostos de modo a 
permitir a sua utilização 
ou reciclagem futura
Classe C Resíduos para os quais não foram 
desenvolvidas tecnologias ou 
aplicações economicamente 
viáveis que permitam a sua 
reciclagem/recuperação, como 
os produtos oriundos do gesso
Armazenados, 
transportados e 
destinados em 
conformidade com 
as normas técnicas 
específicas
Classe D Resíduos perigosos oriundos do 
processo de construção, como:
 � tintas; 
 � solventes; 
 � óleos e outros;
Resíduos contaminados ou 
prejudiciais à saúde oriundos de:
 � demolições;
 � reformas e reparos de clínicas 
radiológicas; 
 � instalações industriais e outros;
 � telhas e demais objetos e materiais 
que contenham amianto ou outros 
produtos nocivos à saúde
Armazenados, 
transportados, 
reutilizados e 
destinados em 
conformidade com 
as normas técnicas 
específicas
Quadro 4. Classificação e destinação dos resíduos da construção civil
(Continuação)
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil12
Causas e impactos da geração de resíduos e 
ações sustentáveis
A parcela dos RCD representa aproximadamente 30% dos resíduos urbanos 
gerados nas grandes cidades, podendo chegar a 60% em algumas regiões, 
provocando impactos na qualidade ambiental e na vida útil dos aterros para 
os quais são normalmente destinados (ARAÚJO, 2009; BOURSCHEID; 
SOUZA, 2010). Com o crescimento das cidades e a consequente limitação 
dos espaços urbanos, a necessidade de reduzir os resíduos sólidos torna-se 
cada vez mais imperativa.
As soluções normalmente utilizadas para a disposição dos entulhos de 
construção são os aterros ou lixões, no entanto esse descarte muitas vezes é feito 
irregularmente em encostas de rios, vias e logradouros públicos, representando 
um risco à saúde pública pela degradação da qualidade do meio ambiente e 
pela multiplicação de vetores de doenças. Outros problemas derivados dessa 
questão são a degradação da paisagem urbana, as interferências no tráfego de 
veículos e pedestres, o aumento dos custos municipais para recolha do entulho, 
o comprometimento dos sistemas de drenagem pela deposição dos materiais 
e os entupimentos dos componentes de drenagem (além da possibilidade de 
arraste de contaminantes), e o estímulo a descartes de resíduos não inertes 
nesses locais (KARPINSK et al., 2009). Dados da Associação Brasileira de 
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) referentes ao 
ano de 2012 mostraram que aproximadamente 65 milhões de toneladas de 
resíduos sólidos urbanos foram gerados no Brasil, dos quais menos de 50% 
foram adequadamente destinados a aterros sanitários (PALAMIN, 2016).
Segregação e destinação final
É importante ressaltar que, de acordo com a Resolução Conama nº. 307/2002, 
os resíduos devem ser classificados nas Classes A, B, C ou D e destinados 
corretamente segundo esse critério, não sendo permitida a disposição em aterros 
de resíduos domiciliares, áreas de “bota fora”, encostas, corpos d’água, lotes 
vagos e áreas protegidas por lei (COSTA et al., 2017). Os resíduos Classe C (que 
não apresentam viabilidade técnico-econômica para reciclagem/recuperação) 
e Classe D (perigosos) devem ser destinados em conformidade com normas 
técnicas específicas.
13Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
Para assegurar uma destinação adequada dos resíduos, é importante que sua 
segregação seja realizada nos canteiros de obras ou em áreas de transbordo e 
triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos (ATT) para que, 
então, recebam uma disposição final e sejam possivelmente reaproveitados ou 
reciclados. Os resíduos Classe D (perigosos) devem ser descartados em baias 
específicas no canteiro de obras, para evitar a contaminação das outras classes 
de resíduos, preservar a saúde e segurança dos trabalhadores e da vizinhança, 
e evitar a poluição do meio ambiente.
Não se deve queimar resíduos nos canteiros, pois isso provoca o despren-
dimento de gases tóxicos e a deterioração da qualidade do ar no ambiente 
urbano. A geração de ácido clorídrico pela queima de material PVC, por 
exemplo, pode causar ferimentos graves. Outro exemplo é a queima de ma-
deiras pintadas que, constituindo uma fonte de contaminação por chumbo, 
produz alguns efeitos adversos à saúde, como falta de apetite, gosto metálico 
na boca, desconforto muscular, mal-estar, dor de cabeça e cólicas abdominais 
intensas (ARAÚJO, 2009).
O uso das práticas de separação e destinação dos materiais segundo a sua 
natureza contribui para a preservação da saúde da comunidade e a redução 
do uso do sistema de coleta dos municípios, além de prolongar a vida útil 
de aterros sanitários, uma vez que assegura condições para a reciclagem e 
o reaproveitamento dos resíduos (COSTA et al., 2017). Além dos aspectos 
mencionados, a gestão de resíduos no canteiro de obras cria um ambiente mais 
organizado e racional no canteiro, introduzindo novos comportamentos, van-
tagens institucionais (como boa imagem da empresa) e vantagens econômicas 
diretas (PINTO, 2000 apud KARPINSK et al., 2009).
Uso ineficiente dos materiais de construção e 
geração de resíduos
Grande parte do volume de resíduos descartados na fase da construção está 
associada às perdas e aos desperdícios de materiais nos canteiros de obras. 
Para as fases de manutenção, reabilitação e demolição, as perdas ocorrem pela 
própria quantidade de recursos aplicados (DEGANI, 2003) — o uso excessivo 
e ineficiente dos materiais, além de representar um alto custo ao construtor, 
promove maiores impactos ao meio ambiente, pelo aumento do consumo de 
produtos e aumento dos volumes de resíduos enviados às áreas de disposição 
final (ARAÚJO, 2009).
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil14
A redução da geração de resíduos mostra-se como a alternativa mais efi-
caz para a diminuição do impacto ambiental, além de representar a melhor 
escolha do ponto de vista econômico (KARPINSK et al., 2009). A redução 
dos desperdícios depende principalmente da precisão do projeto, do planeja-
mento da execução, dos cuidados no transporte, manuseio e armazenamento 
dos materiais seguindo orientações de normastécnicas e dos fabricantes, da 
escolha do sistema construtivo, do grau de industrialização, da qualidade dos 
materiais e da eficiência da mão de obra.
O sistema de construção com materiais pré-moldados, por exemplo, reduz 
o uso de formas e as sobras de ferragens e erros dimensionais, em comparação 
com os sistemas construtivos convencionais (BOURSCHEID; SOUZA, 2010). 
O emprego de concreto usinado diminui as perdas de cimento e agregados 
para a produção de concreto no local da obra, e a coordenação modular e os 
sistemas construtivos baseados em montagem evitam a necessidade de cortes 
e ajustes na obra, proporcionando a redução dos resíduos e o aumento na 
produtividade (CBCS, 2014).
Aspectos legais
A Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de Re-
síduos Sólidos (PNRS), que dispõe sobre “[…] as diretrizes relativas à gestão 
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, 
às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos 
econômicos aplicáveis [...]” (BRASIL, 2010, documento on-line).
De acordo com tal lei, os resíduos da construção civil são aqueles “[...] 
gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de cons-
trução civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos 
para obras civis [...]” (BRASIL, 2010, documento on-line).
As empresas de construção civil estão sujeitas à elaboração de um plano 
de gerenciamento de resíduos sólidos, conforme estabelecido pela PNRS, que 
deve apresentar um conteúdo mínimo, como: descrição do empreendimento 
ou atividade; diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, 
contendo a origem, o volume e a caracterização dos resíduos; caracterização 
dos passivos ambientais; explicitação dos responsáveis e definição dos pro-
cedimentos operacionais relativos a cada etapa do gerenciamento de resíduos 
sólidos; medidas saneadoras dos passivos; entre outros.
15Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
A Resolução Conama nº. 307, de 5 de julho de 2002, estabelece “[...] di-
retrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção 
civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos 
ambientais [...]” (BRASIL, 2002, documento on-line), em que os resíduos devem 
ser geridos, classificados em Classes A, B, C ou D e destinados conforme a 
sua natureza. Essa resolução também estabelece obrigações para os gerado-
res (pessoas físicas ou jurídicas, público ou privadas) e para os municípios. 
Os geradores devem ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, 
secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.
Os municípios são responsáveis pela implementação de um Plano Integrado 
de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil, o qual deve estabelecer 
diretrizes técnicas e procedimentos para o Programa Municipal de Geren-
ciamento dos Resíduos da Construção Civil e Planos de Gerenciamento de 
Resíduos da Construção Civil de grandes geradores. As diretrizes técnicas e os 
procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores 
deverão ser estabelecidos pelo Programa Municipal de Gerenciamento dos 
Resíduos da Construção Civil.
Os planos de gerenciamento de resíduos da construção civil para cada 
empreendimento têm como objetivo estabelecer procedimentos necessários 
para o manejo e a destinação ambiental adequada dos resíduos, devendo 
contemplar as seguintes etapas: 
a) caracterização, com a identificação e a quantificação dos resíduos; 
b) triagem, que deve ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na 
origem, ou nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, 
respeitadas as classes de resíduos; 
c) acondicionamento, que deve ser garantida pelo gerador após a geração 
até a etapa de transporte, assegurando as condições para reciclagem e 
reutilização, quando possível; 
d) transporte, de acordo as normas técnicas vigentes para o transporte 
de resíduos; 
e) destinação, de acordo com o estabelecido na resolução.
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil16
Veja a seguir as Normas Regulamentadoras relacionadas à gestão dos resíduos da 
construção civil.
 � ABNT NBR 15112:2004. Resíduos da construção civil e resíduos volumosos — Áreas 
de transbordo e triagem — Diretrizes para projeto, implantação e operação.
 � ABNT NBR 15113:2004. Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes — 
Aterros — Diretrizes para projeto, implantação e operação.
 � ABNT NBR 15114:2004. Resíduos sólidos da construção civil — Áreas de reciclagem 
— Diretrizes para projeto, implantação e operação.
 � ABNT NBR 15115:2004. Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção 
civil — Execução de camadas de pavimentação — Procedimentos.
 � ABNT NBR 15116:2004. Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção 
civil — Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural 
— Requisitos.
3 Formas de reaproveitamento de resíduos 
da construção civil
O gerenciamento de RCD envolve algumas alternativas para disposição dos 
resíduos visando a práticas mais sustentáveis, e a minimização da geração de 
resíduos deve ser sempre priorizada nos canteiros de obras. Depois da redução 
dos resíduos, é preciso priorizar as soluções na seguinte ordem (Figura 1): 
reutilização, reciclagem e incineração (EUROPEAN COMISSION, 2018; 
KARPINSK et al., 2009). Quando o resíduo não puder ser aproveitado, a 
destinação final consiste no aterramento.
A redução da geração de resíduos representa a alternativa mais eficaz no 
que diz respeito à diminuição dos impactos ambientais e mais vantajosa eco-
nomicamente para os construtores e para a sociedade em geral (KARPINSK 
et al., 2009).
A reutilização é o processo de reaplicação de um resíduo, sem que seja 
transformado (BRASIL, 2002). Durante a renovação e a demolição, compo-
nentes construtivos que ainda têm um valor funcional podem ser utilizados 
em um projeto atual ou futuro, ou, ainda, vendidos (KIBERT, 2016).
17Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
Segundo Bourscheid e Souza (2010), o solo de boa qualidade retirado nas 
operações de escavação da obra, por exemplo, é reaproveitado como material 
de aterro para outro local ou utilizado em contenções de enrocamento (quando 
constituído por blocos de rocha). Ficam excluídos os solos de má qualidade, 
como os orgânicos e as argilas moles (BOURSCHEID; SOUZA, 2010).
Outro exemplo de reutilização de materiais na construção civil apresentado 
pelos autores refere-se à reutilização de tábuas de madeira de construções 
antigas em novas construções, assim como a de tábuas utilizadas na confec-
ção do concreto para a confecção de novas formas, andaimes ou construções 
provisórias.
A reciclagem constitui o processo de reaproveitamento de um resíduo 
após ter sido reprocessado e transformado em um novo produto (BRASIL, 
2002). O processamento envolve, por exemplo, a britagem do concreto e de 
outros resíduos inertes para a geração de agregados, além do derretimento de 
metais ou vidros para formar novos produtos. O processo de reciclagem pode 
ser realizado no canteiro de obras, no entanto é mais comum encaminhar os 
resíduos a usinas de reciclagem para o seu processamento (WRAP, 2019).
A incineração é o processo utilizado para recuperação de energia dos 
materiais sem gerar substâncias tóxicas, quando é cuidadosamente operacio-
nalizada (KARPINSK et al., 2009). Exemplos de resíduos incinerados são as 
madeiras quimicamente não contaminadas, papéis e plásticos.
Figura 1. Hierarquia da disposição de resíduos da construção 
e demolição.
Fonte: Adaptada de Peng et al. (apud KARPINSK et al., 2009).
Im
pa
ct
o 
am
bi
en
ta
l
Alto
Baixo
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil18
Em muitos projetos de construção, materiais recicláveis ou reaproveitáveis, 
como madeira, concreto e alvenaria, metais e drywall, correspondem até 
75% do totalde resíduos, havendo oportunidades para um reaproveitamento 
significativo (KIBERT, 2016). A seleção de uma opção de gerenciamento 
de resíduos é bastante variável, dependendo dos requisitos regulatórios, das 
questões econômicas, ambientais, técnicas, de saúde pública, entre outros 
(EUROPEAN COMISSION, 2018).
Em projetos de renovação de edifícios, os materiais podem ser removidos 
pelo processo de demolição ou desconstrução (também chamada de demolição 
seletiva): a primeira compreende a destruição completa de uma obra existente, 
resultando em uma mistura de materiais dificilmente segregados; e a segunda 
consiste na desmontagem dos componentes e da estrutura dos edifícios no 
sentido inverso ao da sua construção, com o objetivo de reutilizá-los ou conduzi-
-los para a reciclagem (Figura 2). Ainda que a última alternativa seja mais 
demorada e dispendiosa, a recuperação de materiais e componentes com vida 
útil residual significativa pode compensá-la financeiramente (KIBERT, 2016).
Figura 2. Tipos de materiais e reaproveitamentos a partir da demolição seletiva.
Fonte: Adaptada de Lauritzen (2019).
19Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
Antes de uma demolição ou desconstrução, deve-se realizar uma auditoria 
da obra para identificar os materiais e componentes que podem ser reapro-
veitados e os resíduos perigosos. Janelas, portas e ladrilhos são exemplos de 
componentes construtivos que podem ser removidos de maneira a preservar a 
sua integridade. Os resíduos de demolição também podem ser reaproveitados 
por reciclagem, sendo imprescindível a separação dos materiais perigosos 
(como tintas, solventes, óleos e lubrificantes) para a não contaminação dos 
demais resíduos (KIBERT, 2016). A auditoria também visa a estimar a quan-
tidade dos resíduos que serão gerados.
Um dos obstáculos para a reciclagem e o reúso de resíduos RCD reside na 
falta de confiança na qualidade dos materiais reciclados de RCD, o que restringe 
a sua demanda. Para aumentar a confiança no processo de gerenciamento e 
na qualidade dos resíduos RCD, podemos tomar algumas ações, como me-
lhoria na identificação dos resíduos, separação na fonte e coleta, na logística 
e no processamento, gerenciamento da qualidade, além da implementação 
de políticas públicas apropriadas (EUROPEAN COMISSION, 2018). Outro 
fator limitante consiste na falta de conhecimento por parte dos gestores de 
obras sobre as soluções tecnológicas disponíveis, apesar dos diversos estudos 
que vêm sendo desenvolvidos quanto a essa temática (COSTA et al., 2017).
O incentivo à reutilização e ao reúso de materiais deve ser estabelecido a 
partir de políticas públicas, incentivos fiscais, desenvolvimento tecnológico e 
científico, divulgação das diretrizes sustentáveis aplicadas ao gerenciamento 
dos resíduos sólidos, capacitação de profissionais, entre outras medidas.
Confira no Quadro 5 mais informações sobre tipos de resíduos, reúso, 
reciclagem e armazenamento.
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil20
Tipos de 
resíduos Observações sobre reúso, reciclagem e armazenamento
Madeira � Os resíduos de madeira têm origem nas atividades de 
construção, demolição e manutenção de edifícios, incluindo 
portas, assoalhos, esquadrias, escoras, trabalhos temporários, 
entre outros. Eles podem ser reutilizados diretamente ou 
enviados para áreas de reciclagem (para limpeza, remoção 
dos pregos e redimensionamento) ou para transformação 
em madeira compensada
 � A segregação da madeira (em local seco apropriado para 
armazenagem) e a sua reutilização na forma original devem 
ser encorajadas
 � É preciso identificar os materiais passíveis de reutilização no 
próprio canteiro de obras
 � As madeiras tratadas com materiais químicos podem conter 
resíduos perigosos e não devem ser misturadas com os 
resíduos de madeiras sem tratamento
Tijolos e 
azulejos
 � A segregação dos resíduos de tijolos e azulejos deve ser 
encorajada, assegurando uma área apropriada para o 
armazenamento
 � Esses resíduos podem ser reciclados em agregados 
O processamento dos resíduos pode ser realizado no próprio 
canteiro de obras ou em usinas
Concreto, 
tijolo, 
asfalto, solo 
e rochas
 � Materiais inertes como concreto, tijolo, asfalto, solos e rochas 
correspondem à maior parte dos resíduos de construção, 
demolição e escavação
 � Resíduos de demolição e escavação podem ser britados e 
peneirados no próprio canteiro de obras ou em usinas, para 
serem utilizados como agregados ou para reúso para aterro 
em outros locais de escavação
 � Todos esses materiais podem ser direcionados para a mesma 
área de segregação. No entanto, devem ser armazenados 
separadamente, quando possível, uma vez que têm maior 
valor quando segregados
 � Deve-se analisar quais materiais podem ser segregados e 
se é necessário algum equipamento suplementar na obra, 
como uma usina móvel para processar os resíduos de 
demolição em agregados reciclados
 � Resíduos inertes contaminados devem ser segregados e 
dispostos separadamente, pois não podem ser reciclados
Quadro 5. Alguns tipos de resíduos e observações sobre o reúso, reciclagem e armaze-
namento
(Continua)
21Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
Fonte: Adaptado de WRAP (2019).
Tipos de 
resíduos Observações sobre reúso, reciclagem e armazenamento
Embalagens � As embalagens representam um grande volume dos 
resíduos das construções, sendo os paletes de madeira, 
papelão e plásticos os materiais predominantes. Muitos 
fabricantes fornecem suporte para recolha ou reciclagem 
das embalagens
 � A segregação e o armazenamento das embalagens 
dependem de instruções específicas das empresas que os 
coletarão
Placas de 
gesso
 � Esses materiais são resíduos não inertes, devendo ser 
dispostos separadamente dos resíduos inertes, como tijolos 
e concreto
 � Quando não há destinação adequada no município, o 
gerador pode procurar soluções com o fabricante
Quadro 5. Alguns tipos de resíduos e observações sobre o reúso, reciclagem e armaze-
namento
(Continuação)
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10004:2004. Resíduos 
sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
ARAÚJO, V. M. Práticas recomendadas para a gestão mais sustentável de canteiro de obras. 
2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia 
de Construção Civil, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
BOURSCHEID, J. A.; SOUZA, R. L. Resíduos de construção e demolição como material 
alternativo. Florianópolis: IFSC, 2010.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro 
de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto 
ambiental. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CO-
NAMA_RES_CONS_1986_001.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil22
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho 
de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos 
da construção civil. Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/a3p/_arqui-
vos/36_09102008030504.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.
htm. Acesso em: 30 jan. 2020.
CARDOSO, F. F.; ARAÚJO, V. M.; DEGANI, C. M. Impactos ambientais dos canteiros de 
obras: uma preocupação que vai além dos resíduos. In: ENCONTRO NACIONAL DE 
TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO: A CONSTRUÇÃO DO FUTURO, 11., 2006, 
Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: UFSC/ANTAC, 2006.
CBCS. Aspectos da construção sustentável no Brasil e promoção de políticas públicas: 
subsídios para a promoção da construção civil sustentável. [S. l.]: CBCS, 2014.
COSTA, D. B. etal. Diagnóstico das necessidades prioritárias de pesquisas e soluções 
tecnológicas para canteiros de obra de baixo impacto ambiental. In: SERRA, S. M. P. et 
al. (org.). Tecnologias para canteiro de obras sustentável. São Carlos: Scienza, 2017.
DEGANI, C. M. Sistemas de gestão ambiental em empresas construtoras de edifícios. 2003. 
Dissertação (Mestrado Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia de Construção 
Civil, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
EUROPEAN COMISSION. EU construction and demolition waste protocol and guidelines. 
2018. Disponível em: https://ec.europa.eu/growth/content/eu-construction-and-
-demolition-waste-protocol-0_en. Acesso em: 30 jan. 2020.
KARPINSK, L. A. et al. Gestão diferenciada de resíduos da construção civil: uma abordagem 
ambiental. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2009.
KIBERT, C. J. Sustainable construction: green building design and delivery. 4th ed. New 
Jersey: Wiley, 2016.
LAURITZEN, E. K. Construction, demolition and disaster waste management: an integrated 
and sustainable approach. Boca Raton: Taylor & Francis, 2019.
PALAMIN, C. M. Subsídios para elaboração de um plano de gestão e gerenciamento de 
resíduos da construção civil em cidades de pequeno porte. 2016. Dissertação (Mestrado 
em Engenharia) – Escola de Engenharia, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2016.
WRAP. How to re-use, reclaim and recycle construction materials on-site: a guide for site 
engineers, agents and foremen. 2019. Disponível em: http://www.wrap.org.uk/sites/
files/wrap/how%20to%20A5%20brochure%20low-res1.pdf. Acesso em: 30 jan. 2020.
23Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil
Todos os links para sites da Web fornecidos neste livro foram testados, o que levou 
à comprovação de seu funcionamento no momento da publicação do material. No 
entanto, pelo fato de a rede ser extremamente dinâmica e suas páginas estarem 
constantemente mudando de local e conteúdo, os editores declaram não ter qualquer 
responsabilidade sobre a qualidade, a precisão ou a integralidade das informações 
referidas em tais links.
Impactos ambientais e geração de resíduos na construção civil24
Dica do professor
Os resíduos de trabalhos de construção e demolição são constituídos por materiais diversos, como 
tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e 
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, 
fiação elétrica, etc. (Resolução CONAMA n.º 307/2002), sendo que mais de 50% são constituídos 
por concreto. Os resíduos classificados como de Classe A, de acordo com a Resolução CONAMA 
n.º 307/2002, podem ser reutilizados ou reciclados como agregados, em substituição aos 
agregados naturais.
Nesta Dica do Professor, você irá aprender sobre os agregados reciclados de resíduos da 
construção civil, incluindo o processo de beneficiamento, os tipos de agregados e suas principais 
aplicações.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/5f58b13b8be7bbf74121b986a8aa7a44
Exercícios
1) Os aspectos ambientais são os elementos de atividades, produtos ou serviços que podem 
interagir com o meio. Estão relacionados com os impactos ambientais, que são definidos 
como qualquer alteração adversa ou benéfica no meio ambiente.
Analise as sentenças abaixo e relacione os aspectos ambientais da construção civil com seus 
relativos impactos ambientais:
I – Geração de resíduos perigosos;
II – Consumo de recursos;
III – Emissão de vibração;
IV – Perda de materiais por entulho.
( ) Esgotamento de reservas minerais.
( ) Alteração da qualidade da água subterrânea.
( ) Aumento do volume de aterros de resíduos.
( ) Alteração nas condições de saúde.
Selecione a alternativa que representa corretamente a ordem dessa correlação.
A) I – II – III – IV.
B) IV – III – II – I.
C) IV – III – I – II.
D) II – I – IV - III.
E) III – II – I - IV.
Os aspectos ambientais são os elementos de atividades, produtos ou serviços que podem interagir 
com o meio. Estão relacionados com os impactos ambientais, que são definidos como qualquer 
alteração adversa ou benéfica no meio ambiente.
A lista dos impactos ambientais é apresentada no quadro a seguir:
2) 
Para o aspecto ambiental destinação de resíduos, você deve selecionar os impactos ambientais que 
podem ser gerados para o meio antrópico.
Selecione a alternativa que indica a numeração correta:
A) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6 – 10 – 13.
B) 3 – 4 – 5 – 6 – 8 – 10 – 13 – 14.
C) 1 – 2 – 3 – 4 – 6 – 9 – 10 – 13.
D) 1 – 3 – 4 – 6 – 8 – 9 – 10 – 13.
E) 1 – 3 – 4 – 5 – 6 – 7 – 9 – 14.
3) A Resolução CONAMA n.o 307/2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, estabelece 
"diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, 
disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais".
O gerenciamento de resíduos é o sistema de gestão que visa a reduzir, reutilizar ou reciclar 
resíduos, pelo desenvolvimento e implementação de ações necessárias ao cumprimento das 
etapas previstas em programas e planos (Resolução CONAMA n.o 307/2002).
Selecione a alternativa condizente com as definições estabelecidas por essa resolução.
A) Os resíduos da construção civil são classificados em resíduos Classe I (perigosos) e Classe II 
(não perigosos). Os resíduos Classe II são subdivididos nas Classes II A (não inertes) e II B 
(inertes).
B) Os resíduos de Classe B são os reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: 
componentes cerâmicos, argamassa e concreto.
C) Os resíduos de Classe A incluem os resíduos de obras de pavimentação, inclusive de solos 
provenientes de terraplenagem.
D) Os solos de pavimentos não se enquadram nas classes de resíduos definidas pela Resolução 
CONAMA n.o 307/2002.
E) Os resíduos da construção civil podem ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, 
quando classificados como resíduos de Classe A.
4) Os geradores de resíduos são pessoas (físicas ou jurídicas, públicas ou privadas) responsáveis 
por atividades ou empreendimentos que gerem resíduos das atividades de construção, 
reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes 
da remoção de vegetação e escavação de solos.
A Resolução CONAMA n.o 307/2002 define os instrumentos para a gestão de resíduos da 
construção civil, possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores.
Sobre os instrumentos aplicáveis, selecione a alternativa correta.
A) O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, previsto pela 
Resolução CONAMA n.o 307/2002, estabelece diretrizes técnicas e procedimentos para o 
exercício das responsabilidades de pequenos e grandes geradores.
B) O Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil é o instrumento para a 
implementação da gestão de resíduos da construção civil, devendo ser elaborado por cada um 
dos Estados brasileiros.
C) Os Planos Integrados de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil devem integrar o 
Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil para pequenos 
geradores, e os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de grandes 
geradores.
D) Os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil elaborados por grandes 
construtores deverão contemplar as etapas de caracterização, triagem e acondicionamento. 
Transporte e destinação são estabelecidos pelos Programas Municipais de Gerenciamento de 
Resíduos da Construção Civil.
E) A elaboração do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil pelos 
Municípios e Distrito Federal independe das diretrizes definidas pelo Plano de Resíduos 
Sólidos municipal, regional ou distrital.
5) O reaproveitamento de resíduos da construção, por reciclagem, reúso dos materiais ou 
recuperação de energia por incineração,proporciona um canteiro de obras de baixo impacto 
ambiental.
A escolha por cada tipo de alternativa para o reaproveitamento dos resíduos depende da 
classificação dos materiais, das tecnologias disponíveis e das soluções/mercados disponíveis 
próximos ao empreendimento.
Selecione a alternativa correta quanto ao reaproveitamento de alguns resíduos de 
construção.
A) Como o gesso é classificado como resíduo inerte, seus produtos podem ser dispostos com 
outros materiais também inertes, como tijolos e concretos.
B) Os resíduos de asfalto são classificados como não inertes e não são recicláveis, devendo ser 
dispostos conforme normas específicas.
C) Os resíduos de madeira quimicamente tratada podem ser reutilizados no próprio canteiro de 
obras ou serem incinerados para recuperação de energia.
D) Os resíduos de alvenaria e os de concreto, apesar de serem materiais inertes, devem 
necessariamente ser dispostos em baias diferentes, para possibilitar sua reciclagem em 
agregados.
E) O solo nas operações de escavação da obra pode ser reaproveitado como material de aterro 
ou utilizado em obras de contenção por enroncamento.
Na prática
Entre os impactos ambientais causados pelo setor da construção civil, significativa atenção deve ser 
dada à geração de resíduos nos canteiros de obras. A partir da identificação das causas dos 
desperdícios de materiais nas obras de edificações e infraestruturas, é possível priorizar algumas 
ações de forma a reduzir os desperdícios e, assim, o volume total dos resíduos gerados. Algumas 
causas de desperdícios são: falta de detalhamento e incompatibilidade entre os diversos projetos 
de uma obra, perdas no recebimento, transporte, armazenamento e manuseio dos materiais e falta 
de adoção de sistemas construtivos mais eficientes.
Confira, Na Prática, algumas ações que podem ser adotadas para promover o uso mais eficiente de 
materiais em canteiros de obras e, consequentemente, reduzir o volume de resíduos que são 
gerados.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Política Nacional de Resíduos Sólidos
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei n.º 12.305, de 2 de agosto de 2010, 
dispõe sobre "diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, 
incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos 
econômicos aplicáveis".
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Sistema de geolocalização de usinas de reciclagem de 
resíduos da construção civil e demolição
Algumas usinas de reciclagem cadastradas na Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da 
Construção Civil e Demolição (ABRECON) podem ser consultadas no site a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Análise dos aspectos e impactos ambientais dos canteiros de 
obras e suas correlações
Neste boletim técnico, apresenta-se um estudo detalhado dos aspectos ambientais decorrentes dos 
canteiros de obras e a matriz de correlação de aspectos e impactos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
https://abrecon.org.br/mapa/
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Resolução n.º 307, de 5 de julho de 2002
A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n.º 307, de 5 de julho de 2002, 
estabelece "diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil".
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Reciclagem de entulho – os três processos na usina
Neste vídeo, você irá aprender sobre os principais processos de uma usina de reciclagem de 
resíduos de construção e demolição, que compreendem basicamente os processos de triagem, 
moagem e peneiramento, gerando agregados de diferentes granulometrias.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.pcc.usp.br/files/text/publications/BT_00544.pdf
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307
https://www.youtube.com/embed/57s2bJAcxPo

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