Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação AVALIAÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS Professores : Dr. Júlio César Dainezi de Oliveira Me. Heloisa Helena da Silva Machado Objetivos de aprendizagem • Propiciar conceitos importantes utilizados na avaliação e no gerenciamento de riscos. • Identificar a classificar os riscos ocupacionais. • Conhecer e compreender os elementos e a execução da avaliação de risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Termos e Definições • Identificação e Classificação de Riscos • Avaliação de Riscos Introdução A competitividade do mercado em âmbito mundial faz com que empresas de diferentes segmentos e setores busquem continuamente por ferramentas que auxiliem na gestão e na melhoria dos processos produtivos. Com isto, a implantação de sistemas de gestão com particularidades específicas e que atendam às necessidades de cada empresa torna-se fundamental para a melhoria da qualidade, da responsabilidade socioambiental e do aumento da lucratividade. Gestão pode ser conceituada como a administração dos recursos disponíveis de uma organização, visando o melhor aproveitamento de estruturas, tecnologias, capital financeiro e humano a fim de cumprir os seus objetivos e as suas metas. O gerenciamento de uma empresa é realizado considerando-se ações de planejamento e ações de liderança e controle, cujo conjunto define metas, planeja os passos para cumpri-las, diagnostica e busca resoluções para os problemas que possam surgir em curto, médio e longo prazos, além de melhoria dos diferentes processos produtivos e operacionais. As atividades humanas e o seu desenvolvimento estão diretamente relacionados aos riscos inerentes aos diferentes processos, portanto, é fundamental o conhecimento e a gestão dos riscos e dos potenciais perigos que envolvem as suas áreas de atuação, tanto em ambientes internos quanto externos. A gestão dos riscos ocupacionais está diretamente ligada à saúde do trabalhador no ambiente de trabalho e tem por objetivo identificar e analisar as possíveis ameaças que podem afetá-lo direta ou indiretamente. Para tanto, é necessário conhecer a natureza dos eventos, o quanto eles podem ocorrer e com qual gravidade para, então, implementar as ações preventivas e minimizadoras dos riscos. Assim, esta disciplina apresentará informações sobre os riscos ocupacionais, as técnicas e as ferramentas de avaliação e análise de risco, de forma que você possa compreender a importância do gerenciamento dos riscos tanto para os trabalhadores quanto para as organizações. Na primeira Unidade, conheceremos os conceitos importantes utilizados na avaliação e no gerenciamento de riscos, como identificar e classificar os riscos ocupacionais, e entenderemos os elementos e a execução da avaliação de risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://getfireshot.com Bons estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Termos e Definições A gestão de uma empresa ou organização inclui também as questões relacionadas à segurança e à saúde do trabalhador e às da própria organização. Quando falamos em gerenciamento de riscos, podemos abordar as condições físicas, humanas e financeiras de uma empresa. De forma genérica, podemos dizer que o gerenciamento de risco consiste no controle de situações que possam causar danos à empresa e às pessoas que nela atuam, e avaliação de risco verifica se as decisões e as medidas adotadas são razoáveis para evitar os danos. No que diz respeito à saúde ocupacional, o gerenciamento de risco é uma importante ferramenta utilizada na prevenção de acidentes, sendo as avaliações focadas na segurança e na saúde do trabalhador e as decisões voltadas para a implementação de ações e medidas de proteção adequadas, bem como o uso de equipamentos específicos (GALANTE, 2015). A avaliação de riscos deve ser rotina na empresa e ocorrer, principalmente, se houver mudanças no processo produtivo ou no arranjo físico dessa empresa. Por exemplo, instalação de uma nova máquina, alteração de procedimentos operacionais, introdução de nova substância química no processo, entre outros. Um Sistema de Gerenciamento de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) ou em Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) tem como base a avaliação de risco e deve estar integrado ao gerenciamento da empresa. É por meio desse sistema que a empresa desenvolve e implementa as políticas de SST/SSO (GALANTE, 2015; BARSANO; BARBOSA, 2014). Para o bom entendimento tanto do sistema de gerenciamento quanto das especificidades de cada etapa que o envolvem, é necessário que sejam compreendidos os principais termos e as suas relações no contexto da avaliação e da análise de riscos. A Norma da Série de Avaliação da Segurança e Saúde no Trabalho OHSAS - 18001:2007, (OHSAS, 2007), assim como as normas ABNT ISO GUIA 73:2009 (ABNT, 2009) e ABNT NBR ISO 31000 (ABNT, 2013), entre outras normas, apresentam terminologias e definições encontradas na legislação e nas orientações referentes à avaliação, à análise e ao gerenciamento de riscos. Abordaremos aqui os principais e os que são mais utilizados quando se trata de segurança e saúde do trabalhador. Acidentes do trabalho : na maioria das vezes, afetam apenas uma pessoa e são ocorrências que não ultrapassam os limites da empresa. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial Doenças profissionais : são os danos à saúde humana originados da exposição a determinados agentes físicos, químicos e biológicos, em consequência do desenvolvimento da atividade profissional. Ação corretiva : ação para eliminar a causa de uma não-conformidade detectada ou de outra situação indesejável. A ação corretiva tem lugar para evitar recorrências. Ação preventiva : ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade ou de outra potencial situação indesejável. Tem como objetivo prevenir ocorrências. Ambiente externo ou contexto externo : características e informações relacionadas ao ambiente externo do sistema de referência estudado. Contexto no qual a organização desenvolve as suas atividades e busca atingir os seus objetivos. De forma concreta, inclui ruas, bairros, cidade e país. De forma abstrata, envolve cultura, costumes, sociedade, política, leis, economia e maturidade tecnológica. Ambiente interno ou contexto interno : ambiente em que o sistema de referência está inserido. Envolve de forma concreta toda a estrutura física e lógica da organização e, de forma abstrata, envolve pessoas, cultura organizacional, processos internos, atividades desenvolvidas na organização, estrutura organizacional, funções, responsabilidades, políticas, estratégias, objetivos, sistemas de informação e processo para tomada de decisão (formal e informal). Ameaça : é qualquer anúncio, ato, indicação, circunstância, perigo ou evento com o potencial de prejudicar, amedrontar, causar dano, gerar perdas, consequências negativas ou incerteza nos objetivos da organização. A ameaça é um dos componentes do risco. Na ABNT ISOGUIA 73:2009 (ABNT, 2009), os termos “fonte de risco” e“evento” têm significados aproximados aos utilizados neste livro para ameaça. Análise de riscos : atividade intrínseca ao processo de avaliação de riscos, destinada à explicação de como o risco apresenta-se em um determinado sistema de referência (organização). Ocorre após a identificação dos riscos e fornece os dados necessários para a avaliação de riscos propriamente dita. É nesta etapa que se quantifica e se qualifica o risco e as suas variáveis (ameaça, vulnerabilidade, probabilidade, impacto e controles), fornecendo estimativas confiáveis para a avaliação. As estimativas produzidas durante a análise de riscos servirão de parâmetro de comparação para futuras avaliações de risco. Avaliação de risco : processo de avaliação do risco resultante de um perigo, tendo em consideração a adequação de quaisquer controles já existentes e de decisão sobre se o risco é ou não aceitável. Pode-se dizer que é o processo de estimativa da magnitude do risco a partir da comparação de resultados com os critérios preestabelecidos, e a decisão sobre qual o nível de aceitação ou de tolerância ao risco. Causa : origem do evento, acidente ou falha resultante do risco, ocasionada por erro humano ou material. Confiabilidade : é a probabilidade de um equipamento, sistema ou processo ter desempenho aceitável por tempo predeterminado em condições preestabelecidas. Critérios de risco : parâmetros utilizados no processo de avaliação de riscos, considerando os objetivos da organização, os ambientes interno e externo e outros fatores que podem influenciar na ocorrência dos eventos de risco. Dano/consequência : gravidade da perda humana, material, ambiental ou financeira em consequência da perda do controle do risco. Estratégia de tratamento do risco : forma como a organização avalia os riscos e define se as ações e os procedimentos são de adequação, de modificação ou de implantação de controle. O processo de tratamento do risco envolve ações individuais ou combinadas, como: alteração da probabilidade ou do impacto, controle da ameaça ou redimensionamento das vulnerabilidades. A estratégia de tratamento do risco também pode ser referenciada como mitigação do risco, prevenção ou atitude perante o risco. Evento ou evento de risco : ocorrência (ou a sua ausência) ou mudança em um conjunto específico de circunstâncias com ou sem impacto para a organização, é causado por fatores humanos, naturais, técnicos ou biológicos. Gestão de riscos : ações ou processos coordenados que conduzem e controlam as questões referentes a riscos em uma empresa ou organização. Identificação de riscos : atividade estruturada e coordenada com o objetivo de reconhecer, localizar, apontar, entender, nomear, distinguir e diferenciar os riscos de uma organização e os seus componentes (ameaça, vulnerabilidade, probabilidade, impacto e controles). https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Identificação do perigo : processo de reconhecer a existência de um perigo e definir as suas características. Incidente : acontecimento relacionado com o trabalho que causa ou pode causar dano para a saúde. Ou evento ou fato negativo com potencial de causar danos. Local de trabalho : todo e qualquer local físico no qual são realizadas atividades relacionadas com o trabalho e que estão sob o controle da organização. Local de trabalho, para os efeitos da SST, é todo lugar onde as pessoas exercem atividades a serviço da empresa ou da organização. Exemplo: viajando (conduzindo, voando, em embarcações ou em comboios), trabalhando na propriedade de um cliente ou trabalhando em casa. Fonte: OHSAS (2007). Perigo ( risco/hazard ) : fonte, situação, ato ou variável com potencial para causar danos em termos de lesões ou de ferimentos, assim como danos para a saúde, ou uma combinação destes, ou danos aos equipamentos e às estruturas. Plano de gestão da segurança : forma, maneira ou sequência de atividades dentro da estrutura de gestão da segurança e que especifica a abordagem, os componentes de gestão e os recursos humanos, técnicos e organizacionais a serem utilizados para gerenciar a segurança frente aos riscos identificados na organização. Política de gestão da segurança : declaração da organização contendo as suas intenções e as diretrizes gerais relacionadas aos riscos envolvidos em suas atividades e como eles serão tratados pela estrutura de gestão da segurança. Política de SST : conjunto de intenções e de orientações gerais de uma organização, relacionadas com o seu desempenho da SST, como formalmente expressas pela gestão de topo. Probabilidade : é a chance de uma falha ocorrer e acontecer um acidente, sendo essa falha originada de um equipamento ou de um erro humano. Risco aceitável : risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de SST. Risco residual : ocorre quando um risco não pode ser eliminado sem que seja eliminada a atividade envolvida, assim, o tratamento do risco é realizado com o objetivo de tornar esse risco aceitável, transformando-o, então, em residual ou remanescente. Risco : combinação da probabilidade da ocorrência de um acontecimento perigoso ou a exposição e a severidade das lesões, ferimentos ou danos possíveis à saúde causadas pelo acontecimento ou pela exposição à determinada situação ou substância. Pode ser definido também como um efeito (positivo ou negativo) da incerteza nos objetivos e tem como variáveis: ameaça, vulnerabilidade, probabilidade, impacto e controles, sendo classificados de diferentes formas e por diferentes critérios. Saúde e Segurança do Trabalho (SST) ou Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) : condições e fatores que afetam, ou podem afetar, a segurança e a saúde dos empregados e de outros trabalhadores (incluindo os trabalhadores temporários e o pessoal subcontratado), dos visitantes e de qualquer outra pessoa que se encontre no local de trabalho. Sistema de Gestão da SST ou da SSO : parte do sistema de gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar a política de SST/SSO e gerir os seus riscos para a SST/SSO. Vulnerabilidade : debilidade, predisposição ou fragilidades intrínsecas a uma organização, a uma estrutura ou a um equipamento, resultando em suscetibilidade a uma ameaça (fonte de risco), possibilitando acesso a bens ou pessoas, o que pode vir a causar consequências, danos ou perdas (impacto). Organizações distintas têm níveis de exposição também distintos para as mesmas vulnerabilidades. A vulnerabilidade é um dos componentes do risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Segundo a OHSAS 18001 (2007), o risco ainda poder ser interpretado de três maneiras. Risco aceitável : aquele que foi reduzido a um nível tolerável pela empresa, considerando as suas obrigações legais e a sua própria política de saúde e de segurança do trabalho. Risco potencial : associado à capacidade do organismo de suportar ou de resistir em caso de exposição ao perigo. Risco efetivo : é a chance provável de o trabalhador estar exposto a um risco potencial. Identificação e Classificação de Riscos O risco ocupacional pode ser definido como a probabilidade de um trabalhador sofrer algum tipo de dano físico ou de saúde no exercício de sua atividade profissional. Os riscos são relativos às características da atividade desenvolvida, ao tipo de equipamento utilizado, ao tipo do processo produtivo, entre outros fatores. Segundo a Portaria nº 3.214/1978 (BRASIL, 1978), os riscos ocupacionais podem ser classificados da maneira como será apresentada a seguir. • Operacionais • Riscos de acidentes: qualquer situação que possa afetar o trabalhador físicaou psiquicamente, como a falta de uso de equipamentos de segurança, riscos de incêndio, iluminação, ventilação ou arranjo físico inadequados, entre outros. • Comportamentais e ambientais Riscos físicos: exposição dos trabalhadores a calor, frio, pressão, umidade, radiação e vibração que possam afetar, direta ou indiretamente, a segurança e a saúde do indivíduo. Riscos químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam ser absorvidos pelo organismo de diferentes formas e por diferentes vias em consequência da atividade e da exposição do indivíduo. Riscos biológicos: exposição a bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros. Riscos ergonômicos: fatores que influenciam nas características psicofisiológicas do trabalhador que possam causar desconforto ou efeitos negativos à sua saúde, como repetitividade, ritmo excessivo de trabalho, levantamento de pesos, entre outros. Os riscos ocupacionais são divididos em cinco grupos representados por diferentes cores. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com No Quadro a seguir é apresentada a classificação dos principais riscos ocupacionais e a sua divisão por grupo e por cores-padrão correspondentes. Quadro 1 - Classificação dos principais riscos ocupacionais Fonte: USP ([2018], on-line)¹. Mapa de Riscos Ocupacionais O mapa de riscos ocupacionais é elaborado a partir da identificação dos riscos possíveis no ambiente de trabalho, considerando todas as variáveis e as possíveis vulnerabilidades decorrentes ou não do processo produtivo, a partir de informações obtidas junto aos trabalhadores de todos os setores, principalmente os que estão expostos aos riscos, e com a colaboração do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), caso esteja implantado na empresa (PONZETTO, 2002; NOVELLO; NUNES; MARQUES, 2011; CONKLIN, 2017). Segundo o Anexo IV da Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, o mapa de riscos tem por objetivos: a. reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa; b. possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores, em como estimular sua participação nas atividades de prevenção (BRASIL, 1994, on-line). A visualização gráfica dos riscos identificados facilita o entendimento, a informação, a orientação e a prevenção no ambiente de trabalho. Deve estar sempre visível e fixada em locais acessíveis, possuir linguagem clara e objetiva. Para a representação dos riscos, são utilizados círculos de tamanhos e cores diferentes, considerando as informações da classificação por grupos conforme a Portaria nº 3.214/1978, que indicam os fatores e os locais vulneráveis a perigos a partir da presença de agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Os círculos podem ser desenhados ou colados e devem ser fixados na parte do mapa correspondente ao risco indicado. Seu tamanho varia de grande a pequeno, considerando a intensidade do tipo de risco (Figura 1). Figura 1 – Simbologia dos riscos e gravidade Fonte: Novello; Nunes; Marques (2011). Pode ainda ocorrer o critério de incidência , ou seja, a existência de dois ou mais riscos de diferentes tipos em um mesmo local (GOIÁS, 2017). Neste caso, o círculo representativo de riscos deverá ser dividido em partes iguais, conforme a quantidade encontrada de tipos de riscos (Figura 2). O risco ainda pode ser: • Pontual: inerente a apenas um local específico ou a um equipamento, por exemplo. • Difuso: espalha-se por todas as direções, afetando uma seção ou um setor inteiro. Por exemplo, a dispersão de vapores e gases. Para representar um risco difuso, o círculo deve ser colocado no meio do setor com setas nas bordas distribuídas em todas as direções, indicando que aquele problema espalha-se pela área toda, conforme demonstrado na Figura 3. Figura 3 – Representação Figura 2 – Círculo representativo para critério de incidência gráfica do risco difuso Fonte: os autores. Fonte: os autores. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com A classificação não é padronizada e aplicada a todos os tipos de empresas ou de organizações, e deve ser desenvolvida e adequada considerando as características específicas de cada caso, contemplando as particularidades desde a estrutura até a cultura organizacional. Fonte: os autores. Lembre-se que o mapa é dinâmico e os círculos podem aparecer e desaparecer, mudar de cor e tamanho de acordo com as alterações do ambiente, das tarefas, dos equipamentos, entre outras situações. Portanto, deve ser revisado periodicamente a cada modificação significativa que possa alterar a representação gráfica vigente ou nas trocas de gestão da CIPA, se for o caso. Elaboração do Mapa de Riscos O mapeamento dos riscos compreende as seguintes etapas: elaboração do mapa; análise dos riscos; elaboração do relatório; apresentação do trabalho; implantação e acompanhamento e avaliação. O mapa de risco é elaborado por uma pessoa capacitada e treinada para realizar o mapeamento dos riscos ambientais, com características específicas bem desenvolvidas (GOIÁS, 2017): • observação; • percepção; • criatividade; • visão global; • objetividade, poder de síntese; • capacidade de comunicação; • educação/discrição; • bom senso; • capacidade de organização; • receptividade à segurança; • persistência/agente de mudança; • simpatia. Etapas de Elaboração Conforme disposto na Portaria nº 25/1994, a elaboração do mapa de riscos deverá respeitar as seguintes etapas: a. Conhecer o processo de trabalho no local analisado: • os trabalhadores: número, saúde, sexo, idade, treinamento profissional e de segurança; • os instrumentos e materiais de trabalho; • as atividades exercidas; • o ambiente. b. Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação (aqui apresentado no Quadro 1). c. Identificar as medidas preventivas existentes e a sua eficácia: • medidas de proteção coletiva; https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com • medidas de organização do trabalho; • medidas de proteção individual; • medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório. d. Identificar os indicadores de saúde: • queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; • acidentes de trabalho ocorridos; • doenças profissionais diagnosticadas; • causas mais frequentes de ausência ao trabalho. e. Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. f. Elaborar o mapa de riscos sobre o layout da empresa, indicando por meio de círculo: • o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada no Quadro 1; • o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; • a especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico - repetitividade, ritmo excessivo), que deve ser anotada também dentro do círculo; • a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos diferentes de círculos. A elaboração e a fixação do mapa de riscos nos locais de trabalho têm caráter obrigatório para todas as empresas que possuem CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ou para empresas que deveriam ter instituído a CIPA ou para organizações em que ela esteja inoperante, sob a pena de punição caso o mapa não se encontre em suas dependências. Avaliação de Riscos A avaliação de riscos pode ser definida como o processo de avaliação dos riscosinerentes ao local de trabalho com o objetivo de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Analisa sistematicamente todas as características e aspectos que envolvem o trabalhador e o ambiente de trabalho, observando os fatores com potencial para causar lesões ou danos; a possibilidade de https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com eliminação de perigos; e verificando quais as medidas preventivas existentes ou que deveriam existir para controle dos riscos (POPOV; LYON; HOLLCROFT, 2016; NUNES, [2018], on-line)². Assim, pode-se dizer que a avaliação de riscos consiste em um exame minucioso e crítico do local do ambiente interno e externo da empresa, a fim de identificar elementos, processos, situações e outros fatores com potencial para causar danos, principalmente à saúde do trabalhador. Segundo Nunes ([2018], on-line) ² , Popov, Lyon e Hollcroft (2016), a avaliação de risco deve responder a perguntas como: a. O que pode acontecer? b. Em que tipo de situação ou circunstância? c. Quais seriam as consequências? d. Qual a probabilidade dessas consequências acontecerem? e. O risco está efetivamente controlado? f. Para o controle do risco são necessárias mais ações? Quais? Etapas da Avaliação de Risco Em todo o mundo, a avaliação de riscos ocupacionais é dividida em etapas baseadas nos mesmos princípios. Alguns países apresentam etapas mais concisas, e outras apresentam mais detalhes. No Canadá, o documento que se refere à Saúde e Segurança no Trabalho - Identificação e Eliminação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos (CCOHS, 2012) estabelece as seguintes etapas. 1. Avaliação de risco : processo geral de identificação de perigos, análise e avaliação de risco. Fornece uma base para a avaliação de risco e decisões sobre controle de risco. 2. Identificação de perigo : processo de encontrar, listar e caracterizar os perigos. A informação pode incluir dados atuais e históricos, análise teórica, opiniões informadas e as preocupações das partes interessadas. 3. Análise de risco : processo para compreender a natureza dos perigos e determinar o nível de risco, inclui também a estimativa de risco. Nova Zelândia e Austrália definem a avaliação de risco como o processo de comparação de um risco estimado em relação a determinados critérios utilizados para determinar o seu significado, sendo o controle de risco as ações que implementam decisões de avaliação de risco, podendo envolver, por sua vez, monitoramento, reavaliação e cumprimento de decisões (STANDARDS, 2009). O processo de avaliação é dividido em cinco etapas, que compreendem: 1. análise dos aspectos do trabalho com potencial de danos e a identificação dos trabalhadores passíveis de exposição ao perigo; 2. análise, classificação e priorização dos riscos existentes em ordem de importância; 3. identificação das medidas para eliminação ou controle dos riscos; 4. elaboração de um plano de prioridades e implementação das medidas preventivas e de proteção, determinando competências e prazos de execução das tarefas e os locais de aplicação; 5. acompanhamento, revisão periódica e alterações sempre que ocorrerem mudanças significativas que possam influenciar no ambiente, no desenvolvimento do trabalho ou na saúde do trabalhador. No Brasil, a Norma ABNT NBR ISO 31000 (2013) estabelece os princípios e as diretrizes da gestão de riscos, apoiada por normas como a NR-5, a NR-7 e a NR-9, que tratam da prevenção, da proteção e do controle de acidentes e riscos ambientais, entre outras normas que abordam questões específicas, como o uso de equipamentos de proteção. As etapas da avaliação de risco no Brasil compreendem: 1. identificação dos riscos e perigos; https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com 2. avaliação e classificação; 3. identificação dos locais e do número de trabalhadores em risco potencial; 4. identificação e implantação das ações preventivas, corretivas e de controle; 5. acompanhamento e revisão das ações implementadas e dos riscos identificados. Segundo Nunes ([2018], on-line) ² , a execução da avaliação de risco deve ser feita por pessoas treinadas, com conhecimento das tarefas desenvolvidas no ambiente analisado. Tal execução deve levar em consideração não apenas as informações genéricas dos riscos e perigos, mas também: • os métodos utilizados no desenvolvimento das atividades; • qual a exposição potencial e real dos trabalhadores ao risco; • local, tempo e frequência da tarefa realizada inerente ao risco; • interações e sinergias com outras atividades; • a cultura organizacional e individual que influenciam diretamente ou indiretamente as ações dos trabalhadores; • o ciclo de vida do produto, processo ou serviço; • treinamento dos trabalhadores para desenvolvimento da atividade, operação de maquinário, ação em casos de emergência; • condições do ambiente interno e externo onde são realizadas as tarefas e possíveis influências, como clima, temperatura, entre outros. Nunes ([2018], on-line) ² afirma que “ao determinar o nível de risco associado ao perigo, o empregador e o comitê de saúde e segurança (quando apropriado) podem decidir se um programa de controle é necessário e a que nível”. A NR-9 (BRASIL, 1978, on-line) estabelece o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) como obrigatoriedade da elaboração e da implementação por parte de todos os empregadores e instituições, com o objetivo de preservar a saúde 9.3.3. – O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis: a) a sua identificação; b) a determinação e localização das possíveis geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f ) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes. Para saber mais acerca da Norma Regulamentadora 9 (NR-9), Programa de prevenção de riscos ambientais, acesse: < https://www.pncq.org.br/ uploads/2016/NR_MTE/NR%209%20-%20PPRA.pdf >. Fonte: os autores. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.pncq.org.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0V2mIT79aCTn7cncSdFPGI Formulário de Avaliação de Risco Como já discutimos antes, não existe um padrão para a avaliação de risco, apenas princípios básicos que são seguidos no mundo todo, e cada empresa ou organização deve escolher o método que melhor adequa-se à sua realidade, considerando a sua atividade, ambiente e cultura organizacional. O Canadian Centre of Occupational Health and Safety (CCOHS - Centro Canadense de Saúde e Segurança Ocupacional) apresenta como sugestão seis pontos de avaliação a serem considerados e que podem ser aplicados a qualquer empresa ou organização, conforme apresentado no Quadro a seguir. Quadro 2 - Informações a serem consideradas na avaliação de riscos Fonte: CCOHS (2017, traduzido pelos autores). Após considerar as informações do Quadro 1, o responsável ou a equipe de execução da avaliação de risco deve preencher um formulário pré-definido para registro das informações. A avaliação pode variar de acordo com a situação, e pode ser utilizada uma lista de verificação, uma matriz de avaliação ou outro método decidido pela equipe. É fundamental a documentação dos resultados da avaliação, pois as informações servirão de base para a orientação quanto às medidas preventivas,corretivas ou de controle a serem implementadas na empresa, bem como no monitoramento revisão dos riscos identificados. No Quadro a seguir é apresentado o exemplo de formulário de avaliação de risco criado pelo CCOHS. Quadro 3 - Exemplo de Formulário de Avaliação de Risco - CCOHS https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Fonte: CCOHS (2012, tradução dos autores). Os registros devem atestar que o perigo foi revisado com cautela e os seus riscos foram determinados corretamente, que as medidas implementadas são adequadas e que houve revisão e monitoramento de todos os perigos no local de trabalho. Uma avaliação cuidadosa em relação à exposição individual ao risco deve ser realizada para trabalhadores de grupos especiais, como grupos vulneráveis, trabalhadores novos ou inexperientes no desenvolvimento da atividade, ou, ainda, para os que estão diretamente envolvidos na atividade geradora do risco (CHAGAS; SALIM; SERVO, 2011; BARSANO; BARBOSA, 2014; CCOHS, 2012). “A classificação de risco é a linha de base para a seleção de ações de segurança a serem implementadas e para definir esse prazo, ou seja, a urgência da implementação das medidas corretivas de segurança” (CCOHS, 2012, p. 10, tradução dos autores). Vale ressaltar que uma base consistente para a avaliação de risco de uma empresa ou organização parte do estabelecimento de critérios de aceitabilidade dos riscos, o que deve envolver a consulta aos trabalhadores e às outras partes interessadas, além de levar em conta a legislação vigente e a orientação de órgãos pertinentes à segurança e à saúde do trabalhador, quando necessário. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/atividades Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação ATIVIDADES 1. Em relação às terminologias referentes à avaliação, à análise e ao gerenciamento de riscos, analise as assertivas a seguir. I) Ação corretiva: ação para eliminar a causa de uma não-conformidade detectada ou de outra situação indesejável. As ações corretivas têm lugar para evitar recorrências. II) Ação preventiva: ocorre quando um risco não pode ser eliminado sem que seja eliminada a atividade envolvida, assim, o tratamento do risco é realizado com o objetivo de tornar esse risco aceitável, tornando-o, então, residual ou remanescente. III) Vulnerabilidade: fonte, situação, ato ou variável com potencial para causar danos em termos de lesões ou de ferimentos, assim como danos para a saúde, ou uma combinação destes, ou danos aos equipamentos e às estruturas. IV) Risco aceitável: risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de SST. V) Dano ou consequência: gravidade da perda humana, material, ambiental ou financeira em consequência da perda do controle do risco. É correto o que se afirma em : a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) I, IV e V, apenas. d) II, IV e V, apenas. e) I, II, IV e V, apenas. 2. O mapa de riscos ocupacionais é elaborado a partir da identificação dos riscos possíveis no ambiente de trabalho. Considerando a representação gráfica do mapa de riscos, assinale a alternativa incorreta . a) A cor verde representa os riscos físicos, entre eles: umidade, ruído e pressões. b) Gases, vapores e neblinas são classificados como riscos químicos e são representados pela cor marrom. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial c) Os riscos ergonômicos são representados pela cor amarela. d) O círculo de representação dos riscos em determinado local pode indicar mais de um risco. e) O risco difuso é representado por um círculo negro com setas apontando para todas as direções. 3. A avaliação de risco não tem um padrão predeterminado, mas princípios norteadores utilizados em todo o mundo. Em relação a uma etapa da avaliação de risco, assinale a alternativa incorreta . a) Identificação dos riscos e perigos. b) Avaliação e classificação. c) Identificação dos locais e do número de trabalhadores em risco potencial. d) Inventário do estoque de matéria-prima. e) Acompanhamento e revisão das ações implementadas e dos riscos identificados. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/resumo Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação RESUMO Para a compreensão do tema, precisamos entender os termos e as definições utilizados na legislação e na literatura sobre a segurança e a saúde do trabalhador, em que destacamos: ação corretiva; ação preventiva; análise de riscos; avaliação de risco e vulnerabilidade. Saúde e Segurança do Trabalho (SST) : são condições e fatores que afetam, ou podem afetar a segurança e a saúde dos empregados e de outros trabalhadores (incluindo os trabalhadores temporários e o pessoal subcontratado), dos visitantes e de qualquer outra pessoa que se encontre no local de trabalho. O risco ocupacional pode ser definido como a probabilidade de um trabalhador sofrer algum tipo de dano físico ou de saúde no exercício de sua atividade profissional. Os riscos são relativos às características da atividade desenvolvida, ao tipo de equipamento utilizado, ao tipo do processo produtivo, entre outros fatores. Podem ser divididos em cinco grupos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes. O risco ainda pode ser: • pontual: inerente a apenas um local específico ou um equipamento, por exemplo; • difuso: espalhar-se por todas as direções, afetando uma seção ou um setor inteiro, como a dispersão de vapores e gases, por exemplo. O mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos identificados na empresa, sendo atribuído um círculo com as cores de cada risco e tamanhos variando de pequeno a grande, indicando a qual grupo o risco pertence e qual a sua gravidade. Quanto maior o círculo, mais grave o risco de exposição. No caso de ocorrência de dois ou mais riscos, o círculo deverá apresentar as cores de todos os riscos identificados. A avaliação de riscos pode ser definida como o processo de avaliação dos riscos inerentes ao local de trabalho com o objetivo de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. O processo de avaliação pode ser dividido em cinco etapas que compreendem: 1. análise dos aspectos do trabalho com potencial de danos e a identificação dos trabalhadores passíveis de exposição ao perigo; 2. análise, classificação e priorização dos riscos existentes em ordem de importância; 3. identificação das medidas para eliminação ou controle dos riscos; 4. elaboração de um plano de prioridades e implementação das medidas preventivas e de proteção, determinando competências e prazos de execução das tarefas e os locais de aplicação; 5. acompanhamento, revisão periódica e alterações sempre que ocorrerem mudanças significativas que possam influenciar no ambiente, no desenvolvimento do trabalho ou na saúde do trabalhador. No Brasil, a Norma ABNT NBR ISO 31000 estabelece os princípios e as diretrizes da gestão de riscos, apoiada por normas como a NR-5, a NR-7 e a NR-9, que tratam da prevenção, da proteção e do controle de acidentes e de riscos ambientais, entre outras normas que abordam questões específicas, comoo uso de equipamentos de proteção. Uma avaliação cuidadosa em relação à exposição individual ao risco deve ser realizada para trabalhadores de grupos especiais, como grupos vulneráveis, trabalhadores novos ou inexperientes no desenvolvimento da atividade, ou, ainda, para os que estão diretamente envolvidos na atividade geradora do risco. A avaliação de risco é determinante na implantação de medidas preventivas, corretivas e de controle de riscos. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/eu-indico Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Material Complementar Leitura Gerenciamento de Riscos Baseado em Fatores Humanos e Cultura de Segurança Autor: Gerardo Portela da Ponte Junior Editora: Campus Sinopse : este livro apresenta os conceitos sobre cultura de segurança e fatores humanos de forma prática no gerenciamento de riscos e na segurança de empreendimentos tecnológicos. Estes temas incluem aspectos subjetivos, normalmente estranhos ao dia a dia dos engenheiros e dos técnicos em suas atividades. Os capítulos abrangem tais conceitos, sintetizando-os e indicando uma metodologia aplicável a qualquer empreendimento tecnológico. O estudo de caso escolhido para o emprego da metodologia é a análise de segurança do sistema de escape e o abandono de uma unidade de exploração e de produção de óleo e gás offshore, que é do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading). Comentário : o objetivo do autor é demonstrar o conceito atualizado de gerenciamento de riscos e segurança, bem como a importância e os meios de inserção dos conceitos de cultura de segurança e de fatores humanos nas estratégias de proteção, assim como a sua aplicabilidade em quaisquer empreendimentos tecnológicos. Na Web Site do governo do Canadá que contempla a legislação e fornece orientações para a segurança e a saúde no local de trabalho, além de identificação, classificação, avaliação e análise de riscos ocupacionais, tudo de acordo com as premissas mundiais sobre a questão. Disponível em: Acesse Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ccohs.ca%2Ftopics%2Fprograms%2Fprograms%2Fhazards%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw00-Uj4iul_VTeP8-WA5PEx https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/refer%C3%AAncias Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. ISO GUIA 73:2009 - Gestão de Riscos– Vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2009. _____ . Norma NBR ISO 31000 - Gestão de Riscos. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Controle de Riscos. Prevenção de Acidentes no Ambiente Ocupacional. São Paulo: Érica, 2014. BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego – MTE. Secretaria de Inspeção do Trabalho. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Disponível em: <http://w w w.camara.gov.br/sileg/integras/839945.pdf>. Acesso em: 9 abr. 2018. _____ . Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994. Aprova o texto da Norma Regulamentadora n.º 9 - Riscos Ambientais, que passa a ter a seguinte redação: NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em: <https://w ww .agencia.cnptia.embrapa.br/R eposit orio/ Portaria+n.+25+SSST+MTb+29+dezembro+1994+Aprova+a+NR+9+sobre+o+Programa+de+ Prevencao+e+riscos+ambientais_000gvpl14yq02wx7ha0g934vgrnn5ero.PDF>. Acesso em: 9 abr. 2018. CANADIAN CENTRE OF OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY – CCOHS. CAN/CSA-Z1002-12 (R2017) - Occupational health and safety - Hazard identification and elimination and risk assessment and control. Canada: CCOHS/CSA, 2012. CHAGAS, A. M. R.; SALIM, C. A.; SERVO, L. M. S. (orgs.). Saúde e segurança no trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores. 2. ed. São Paulo: IPEA/Fundacentro, 2012. CONKLIN, T. Pre-Accident Investigations: An Introduction to Organizational Safety. Illinois: The American Society of Safety Engineers, 2017. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.camara.gov.br%2Fsileg%2Fintegras%2F839945.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1RwpMR8hQoVAA8PzRoLIig http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.camara.gov.br%2Fsileg%2Fintegras%2F839945.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1RwpMR8hQoVAA8PzRoLIig http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.camara.gov.br%2Fsileg%2Fintegras%2F839945.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1RwpMR8hQoVAA8PzRoLIig http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.agencia.cnptia.embrapa.br%2FRepositorio%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2gL4y3laO1LEqMHV1o9uCg http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.agencia.cnptia.embrapa.br%2FRepositorio%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2gL4y3laO1LEqMHV1o9uCg http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.agencia.cnptia.embrapa.br%2FRepositorio%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2gL4y3laO1LEqMHV1o9uCg http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.agencia.cnptia.embrapa.br%2FRepositorio%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2gL4y3laO1LEqMHV1o9uCg GALANTE, E. B. F. Princípios de gestão de riscos. Curitiba: Appris, 2015. GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS. Secretaria de Estado, Gestão e Planejamento – SEGPLAN. Gerência de Saúde e Prevenção da Superintendência Central de Recursos Humanos. Manual de Elaboração: Mapa de Riscos. Goiânia: SEGPLAN, 2017. Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-11 /manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf >. Acesso em: 9 abr. 2018. NOVELLO, R.; NUNES, R. S.; MARQUES, R. S. R. Análise de Processos e a Implantação do Mapa de Risco Ocupacional em Serviços de Saúde: um estudo no serviço de hemoterapia de uma instituição pública federal. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO. 2011, 7, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: CNEG, 2011. OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY ASSESSMENT SERIES - OHSAS. OHSAS 18001:2007 - Sistemas de Gestão de Segurança e da Saúde do Trabalho - Requisitos. Lisboa: OHSAS, 2007. (Série de Avaliação da Saúde e da Segurança do Trabalho). PONZETTO, G. Mapa de Riscos Ambientais. São Paulo: LTR, 2002. POPOV, G.; LYON, B. K.; HOLLCROFT, B. Risk Assessment: A practical guide to assessing operational risks. Canada: John Wiley & Sons, 2016. STANDARDS AUSTRALIA. Standards New Zealand. Ministry of Business, Innovation & Employment. Risk Management Standard. AS/NZS 31000:2009 – Risk Management - Principles and Guidelines. Sydney/Wellington: AS/NZS, 2009. REFERÊNCIAS ON-LINE ¹Em: <http://cipa.fmrp.usp.br/Html/MapaRisco.htm>. Acesso em: 9 abr. 2018. ²Em:<https://oshwiki.eu/wiki/Occupational_safety_and_health_risk_assessment_methodologies>. Acesso em: 9 abr. 2018. ³Em:< http://www.protecao.com.br/noticias/acidentes_do_trabalho /prevencao_de_acidentes_no_trabalho:_pressoes_causam_danos_ao_trabalhador/JyyAAAyJAA/10616>. Acesso em: 9 abr. 2018. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2012-11%2Fmanual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3AHGSdIkix-l5Y57DFX_Ue http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2012-11%2Fmanual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3AHGSdIkix-l5Y57DFX_Ue http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.protecao.com.br%2Fnoticias%2Facidentes_do_trabalho%2Fprevencao_de_acidentes_no_trabalho%3A_pressoes_causam_danos_ao_trabalhador%2FJyyAAAyJAA%2F10616&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw20g1s8K-67hQvX_UBGXjrm http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.protecao.com.br%2Fnoticias%2Facidentes_do_trabalho%2Fprevencao_de_acidentes_no_trabalho%3A_pressoes_causam_danos_ao_trabalhador%2FJyyAAAyJAA%2F10616&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw20g1s8K-67hQvX_UBGXjrm https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/aprofundando Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação APROFUNDANDO PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO TRABALHO: PRESSÕES CAUSAM DANOS AO TRABALHADOR Quando pensamos em riscos e perigos no local do trabalho, é normal que nos venha à mente os perigos físicos, palpáveis, como o risco de explosão de uma caldeira, um vazamento de gás, o mau funcionamento de uma máquina, a falta de equipamentos de proteção. Entretanto, há outros riscos com os quais a maioria das empresas não está preparada para atender, como os riscos psíquicos e emocionais provenientes do cotidiano no trabalho. Segundo a revista Proteção (2016, on-line)3, de acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2011, 211 mil pessoas foram afastadas do trabalho por doenças mentais, sendo as empresas de call center as mais recorrentes. Segundo o Ministério da Saúde, entre os principais problemas apresentados estão baixa estima, problemas com estresse, depressão ou uso de drogas psicoativas, e muitos desses transtornos estão relacionados diretamente ao volume de trabalho, ao acúmulo de funções e ao assédio moral. Ainda segundo a revista, uma ex-funcionária de um call center relaciona o desenvolvimento de problemas de ansiedade, depressão e doenças de pele às exigências na empresa, uma vez que a cobrança por alcance de metas era contínua, mesmo que as metas fossem alcançadas, a ponto de ter cronometrados os momentos de afastamento do ponto de trabalho para tomar água ou ir ao banheiro. Ao final, para que o tratamento fosse efetivo, ela teve que se desligar da empresa. Outro caso foi a tentativa de suicídio de uma funcionária da empresa por não aguentar a pressão que envolvia o batimento de metas e os tempos cronometrados. A oferta de alternativas que permitam autonomia, relações saudáveis e reconhecimento pessoal contribuem para inibir o avanço dos transtornos relacionados ao trabalho em quaisquer setores profissionais. Para tanto, é necessário o conhecimento das ocorrências e das suas causas. O Ministério da Previdência Social e o Ministério do Trabalho e Emprego apresentam anualmente o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT), importante instrumento para análise e direcionamento das políticas públicas voltadas para a segurança e a saúde do trabalho. Os dados estatísticos de acidentes de trabalho disponíveis no Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho pelo Ministério da Previdência Social são organizados em tabelas e com referência à Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0). Os indicadores de acidentes de trabalho são avaliados para mensurar e analisar a exposição dos trabalhadores aos níveis de risco inerentes à atividade econômica, permitindo a análise de fatos e de tendências históricas dos acidentes e os seus impactos nas empresas e na vida dos trabalhadores. Esse anuário é um instrumento de suma importância para o planejamento e a implementação de ações nas áreas de segurança e saúde do trabalhador. O conhecimento por parte das instituições públicas e da sociedade civil sobre os aspectos fáticos, sociais e econômicos que envolvem os acidentes de trabalho contribui para que o Poder Público aperfeiçoe e direcione as políticas públicas de segurança e de saúde do trabalho, conferindo-lhes maior eficácia. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fview%2Fexpedienteunicesumar%2Fp%25C3%25A1gina-inicial&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw086V6F5xmP9H59FzTAbq6f Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; OLIVEIRA, Júlio César Dainezi de; MACHADO, Heloisa Helena da Silva. Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Júlio César Dainezi de Oliveira; Heloisa Helena da Silva Machado. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 37 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gerenciamento 2. Risco 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-1326-9 CDD - 22 ed. 368.01 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação ANÁLISE DE RISCO Professores : Dr. Júlio César Dainezi de Oliveira Me. Heloisa Helena da Silva Machado Objetivos de aprendizagem • Conhecer e compreender os conceitos e definições aplicados na análise de risco. • Entender como determinar categoria e probabilidade de ocorrência do risco. • Conhecer e entender a estimativa como a base do estudo da análise de risco. • Conhecer e compreender a diferença entre os três grupos de técnicas de análise de risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Análise de Risco: Conceitos e Definições • Determinação do Risco • Estimativa, Aceitabilidade, Controle e Redução do Risco • Análise de Risco Qualitativa, Quantitativa e Híbrida Introdução Os estudos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador estão em constante processo de transformação, devido ao surgimento de novas tecnologias, novos processos e novos produtos, resultante do processo de evolução dos processos produtivos, visando à sustentabilidade socioambiental e ao aumento daprodutividade das empresas. Os acidentes revelam as disfunções organizacionais, levam à reflexão e ao questionamento da capacidade de análise e de diagnóstico e nos fazem repensar sobre a segurança e as medidas preventivas aplicadas e, ainda, sobre o quanto pode ser atribuído ao erro humano. A fim de minimizar estas questões, foram desenvolvidas técnicas de análise de risco a partir das práticas da engenharia da confiabilidade e de programas de segurança utilizados nas áreas militares e suas adaptações a outras áreas. A análise de risco consiste na verificação dos pontos críticos que possam culminar em ocorrências não desejáveis, durante a execução de determinada atividade, podendo causar dano à saúde e à segurança do trabalhador, à empresa e ao meio ambiente. A partir da análise de risco podem ser descritos o risco associado a cada possibilidade existente, os cenários de falha, as probabilidades, os acidentes e as consequências, com destaque àqueles com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. É importante compreender que cada local, atividade ou equipamento apresenta riscos diferentes para diferentes situações e, portanto, é fundamental o conhecimento do ambiente, das pessoas envolvidas, das técnicas e dos processos realizados e das informações dos trabalhadores relacionadas aos riscos, uma vez que são eles que vivenciam as situações do dia a dia da atividade. A análise de risco complementa o gerenciamento de riscos e pode ser utilizada como base para processos decisórios de diferentes áreas, levando ao desenvolvimento de teorias, metodologias e ferramentas práticas de aplicação que podem ser utilizadas em atividades de indústria, comércio e serviços, agências governamentais das diversas esferas até na vida pessoal. Nas aulas das Unidades II, serão apresentados conceitos e definições utilizadas na análise de riscos ocupacionais. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://getfireshot.com Bons estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Análise de Risco: Conceitos e Definições A avaliação de risco consiste, como estudamos anteriormente, em um processo sistemático que avalia o impacto, as ocorrências e as consequências das atividades humanas, enquanto a análise de risco é o processo que auxilia na identificação e no gerenciamento dos potenciais riscos associados a um determinado evento ou situação, e na decisão sobre as ações preventivas, corretivas e mitigadoras a serem implantadas. A definição de análise de risco como sinônimo da avaliação de risco é comum, devido a divergências de suas definições em diferentes países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a avaliação de risco é definida como etapa da análise de risco, sendo o contrário no Canadá. Para a Society of Risk Analysis (Sociedade de Análise de Risco): A análise de risco é amplamente definida para incluir avaliação de risco, caracterização de risco, comunicação de risco, gerenciamento de riscos e políticas relacionadas ao risco, no contexto de riscos de interesse para os indivíduos, para organizações públicas e privadas e para a sociedade no âmbito regional, nacional ou global (SRA, 2017, on-line - traduzido pelos autores)1. A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, as condições químicas e físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas (CASAL, 2017). Basicamente, deve responder a questões como: • O que pode dar errado e por quê? • Qual a probabilidade de dar errado? • Qual a magnitude das consequências? • Quais ações poderão ser aplicadas? https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial Neste contexto, analisar um risco envolve a determinação de valor quantitativo ou qualitativo para o risco. A valoração quantitativa é realizada por meio de cálculo da probabilidade de ocorrência e da gravidade das consequências potenciais, enquanto a análise qualitativa considera as ameaças identificadas, a extensão da vulnerabilidade e as medidas de ação utilizadas em caso de ocorrências, com base na percepção da equipe responsável pela segurança e sem o uso de métodos matemáticos (BROWN, 1998; CARDELLA, 2008; CASAL, 2017). Para tanto são utilizadas metodologias ou técnicas de análise que permitem a identificação, a mensuração, a identificação, a correção, a prevenção e o tratamento dos riscos, possibilitando ao gestor identificar, ainda, os pontos vulneráveis no sistema de proteção. A partir dessas informações, é possível equilibrar o nível de risco de forma adequada às operações da empresa, considerando um conjunto de fatores ambientais, físicos, humanos e operacionais que compõem a situação no momento de um acidente (cenário ambiental), de forma a evitar o desperdício de recursos na prevenção e mitigação dos riscos (CARDELLA, 2008; SILVA, 2011; NUNES, 2016). Tipos de Análise de Risco A análise de risco pode ser dividida em áreas diferentes: segurança (processos e instalações); saúde e ecológica (ou ambiental). Análise de Risco na Segurança (Processos e Instalações) O estudo da análise de risco na segurança consiste na avaliação da relação causa- efeito do perigo e seu risco, compreendendo as situações de baixa probabilidade, acidentes de alta consequência e efeitos imediatos. O foco é a segurança do indivíduo e a prevenção de perdas que possam ocorrer no ambiente de trabalho, principalmente dentro dos limites da empresa. As etapas do processo de análise de risco na segurança contemplam: • Identificação dos perigos relacionados: https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com • Materiais, equipamentos e procedimentos, considerando a localização, armazenamento, tipo do material, substâncias utilizadas nos procedimentos, frequência de uso, número de pessoas envolvidas; • Início das ocorrências identificadas (mau funcionamento, falhas, erro humano). • Estimativa de Probabilidade e Frequência: • Probabilidade de ocorrência de acidentes e suas causas internas e externas. • Análise de Consequência: • Avaliação da natureza e magnitude dos efeitos adversos resultantes dos eventos identificados. • Avaliação e Determinação de Risco: • Análise integrada de probabilidades de ocorrências e consequências, resultando em estimativa de riscos de segurança. A análise de risco na segurança, geralmente, é aplicada à segurança de processos químicos, transporte de produtos perigosos, na gestão ambiental, entre outros. Análise de Risco na Saúde Com foco na saúde humana, principalmente fora do ambiente de trabalho, sendo que as relações de causa e efeito não são facilmente estabelecidas e devem ser consideradas tanto as características inerentes ao risco quanto à susceptibilidade do organismo exposto ao risco (ANVISA, 2017). Segundo Moraes (2010), o processo de análise de risco na saúde deve contemplar em suas etapas: • Análise dos Dados e Identificação do Perigo: • Características específicas de agentes químicos, físicos e biológicos no meio ambiente do local ou área em estudo; • Quantidades e concentrações; • Condições ambientais. • Estudos de Dose-Resposta ou Toxicidade: • Relação exposição e dose; • Relação dose e efeitos adversos.• Estudo de Exposição: • Condições de exposição, rotas e dispersão; • Potenciais de contaminação em relação aos indivíduos, incluindo subgrupos sensíveis; • Tempo de exposição, quantidade e concentração. • Caracterização de Risco: • Análise da toxicidade e dados de exposição para qualificação e quantificação dos riscos; • Análise de incertezas. A aplicação da análise de risco na saúde é verificada em casos de contaminação do subsolo, no vazamento de gases tóxicos, na contaminação de alimentos, entre outros. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Análise de Risco Ecológico ou Ambiental Nesse caso, a análise risco está focada nos impactos em habitats e ecossistemas e é caracterizada por interações complexas e sinergias entre ecossistemas, diferentes populações e comunidades, em âmbitos macro e micro, considerando também a cadeia alimentar. Outra especificidade é a grande incerteza na relação causa-efeito das ocorrências, uma vez que a área afetada depende do tipo de ocorrência, do local e ainda das condições climáticas, entre outros fatores que podem influenciá- la direta e indiretamente. As considerações nas etapas do processo de análise dos riscos ecológicos são: • Formulação do Problema: • Identificação da fauna e flora existente na área de estudo, com destaque às espécies ameaçadas de extinção; • Identificação dos meios aquáticos; • Estudos terrestres, como tipo de solo, relevo etc.; • Identificação dos potenciais contaminantes e possíveis alterações na área em estudo. • Estudos de Exposição: • Identificação das comunidades, população e habitats expostos ao risco ou perigo; • Tempo e concentrações de exposição. • Estudos de toxicidade e efeitos ecológicos: • Análise das águas superiores e subterrâneas, análise de solo e da atmosfera local; • Determinação da toxicidade. • Caracterização do Risco e Perigo: • Identificação do risco ou perigo a partir da integração das informações coletadas em campo; • Estabelecimento da causa-efeito; • Identificação do grau de incerteza para os riscos A análise de risco ecológico ou ambiental é utilizada em estudos ambientais, controle de fabricação de substâncias, licenciamento ambiental, determinação de locais para instalação de atividades industriais, monitoramento ambiental. RELATÓRIO DE ACIDENTES AMBIENTAIS 2014 Anualmente a CGEMA compila e disponibiliza o “Relatório – Acidentes Ambientais registrado pelo Ibama” no link: < http://www.ibama.gov.br/ documentos/publicacoe s>. O intuito do Relatório de Acidente Ambientais é o de reunir e analisar as informações sobre acidentes ambientais ocorridos no Brasil e informados ao Ibama. Os dados são apresentados de forma a facilitar a compreensão, por meio de gráficos, tabelas e explicações de fácil entendimento. O objetivo do relatório é orientar os envolvidos, direta ou indiretamente, no tema sobre os tipos de acidentes de maior ocorrência no país. Fonte: Ibama (2014, on-line)². https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ibama.gov.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0z9Uu8qj9BDOjW_de6eyAL Determinação do Risco A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano e da sua gravidade potencial. Algumas metodologias utilizam o agrupamento de categorias para gravidade e probabilidade, o que permite a comparação e avaliação dos danos em conjunto (BSI, 2004, on-line)³. Para tanto é necessário que sejam definidas as categorias de forma a permitir uma aplicação consistente por diferentes gestores em diferentes momentos. A BS 8800:2004, guia de Sistemas e Gerenciamento de Saúde e Segurança Ocupacional, da British Standard adota termos como “provável”, “improvável” e “muito improvável” para estimar de forma simplificada a probabilidade do dano e uma variação de “muito baixo” a “muito alto” para determinação da gravidade do risco e a categoria do risco em relação à sua tolerância. Risco é qualquer ocorrência que resulte em perdas, prejuízo ou danos aos envolvidos, sendo o risco operacional a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Fonte: os autores. Categorização do Risco https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com A definição das categorias dos danos deve ser realizada com cautela e deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo. A equipe responsável pela avaliação e análise de riscos no ambiente de trabalho deve ser treinada de forma a estar apta a considerar esses dois tipos de risco, sem que seja focado apenas um ou outro (BSI, 2004, on-line)³. No Quadro 1, é apresentado o exemplo de categorização da gravidade dos níveis de danos segundo a BS 8800:2004. Quadro 1 - Exemplo de categoria de danos Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³. A empresa ou organização deve considerar sua realidade e objetivos na definição das categorias de riscos que serão utilizados, uma vez que cada tipo de atividade apresenta características específicas e nem sempre o que vale para uma valerá para outra, mesmo que sejam do mesmo setor. Probabilidade de Ocorrência do Dano Para determinar a probabilidade do dano, é necessário levar em consideração as medidas de controle existente e possíveis alterações, o que implica também a consideração de recursos disponíveis para as adequações necessárias. Caso seja uma empresa nova, a análise inicial deve considerar uma previsão dos riscos e as medidas de controle que serão implementadas. As medidas devem ser embasadas na legislação vigente, seguindo as práticas e orientações publicadas pelas agências reguladoras e implementando controles apropriados a riscos específicos. Segundo a BSI (2004, on-line)3, além das informações específicas das atividades, a análise da probabilidade do risco deve considerar questões, como: a. frequência e duração da exposição de um indivíduo ao perigo; b. vulnerabilidade do indivíduo ou grupo de indivíduos (por exemplo, pessoal jovem ou inexperiente, mães grávidas, pessoas que trabalham sozinhas); c. falhas potenciais de serviços, como fornecimento de água e energia; d. falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança; e. exposição aos elementos; f. proteção oferecida pelo EPI e se este é usado corretamente; g. erros não intencionais ou violações intencionais de procedimentos, cometidos pelo indivíduo que realiza a atividade ou por terceiros, seja por falta de conhecimento, capacidade física, por subestimar os riscos, por comportamento, entre outros. Destaca-se que deve ser considerado o comportamento das pessoas em tarefas de rotina ou situações de emergência; h. falhas potenciais de causa comum que aumentem a probabilidade de ocorrência de danos. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Vale ressaltar que as organizações não devem confiar apenas em dados históricos uma vez que não podem refletir as condições atuais de equipamentos, da forma de trabalho, do ambiente e das pessoas. Entretanto, para os casos de danos à saúde, uma análise histórica pode apresentar informações úteis sobre os padrões de ausência, facilitando a priorização do risco (BSI, 2004, on-line) ³ . O Quadro 2 traz uma categorização dos danos simplificada indicada pela norma BS 8800:2004: Quadro 2 - Exemplos de categorias para probabilidade de danos. Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³. As organizações podem utilizar diferentes definições para as categorias de probabilidadee de risco, desde que sejam adequadas à realidade e às circunstâncias da organização, garantindo que “o intervalo seja apropriado tanto para incidentes específicos relacionados à segurança como para efeitos da saúde que possam se manifestar após uma exposição prolongada ao perigo ou algum tempo após a ocorrência do perigo” (BSI, 2004, on-line)³: Onde existe uma série de formas possíveis de desenvolver um cenário perigoso, é apropriado selecionar uma amostra representativa para avaliação de risco. Deve-se tomar cuidado, no entanto, para garantir que a amostra selecionada seja efetivamente representativa e que as medidas de controle adequadas e suficientes para os casos amostrados também sejam adequadas e suficientes em outros casos potenciais (BSI, 2004, p. 48, traduzido pelos autores) ³ . https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Estimativa, Aceitabilidade, Controle e Redução do Risco Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, estimativa é: avaliação ou cálculo aproximado de algo; parecer sobre uma pessoa ou situação, baseado nas evidências existentes. De forma genérica, podemos afirmar que a estimativa é uma previsão do que, como e quando algo pode ocorrer e quais as consequências resultantes do fato. A estimativa varia de uma situação ruim, passando pela ideal, culminando na situação ótima e possibilita determinar o quanto um risco é aceitável ou não e, então, decidir sobre as medidas de controle e redução do risco e de seus danos potenciais a serem implementadas. Por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal realiza a Operação Carnaval com base no número de acidentes e locais de maior frequência que ocorreram em anos anteriores, no mesmo período. A partir dessas informações, conseguem montar um plano de ação preventiva e corretiva (legislação de trânsito com multas, por exemplo) e de ação efetiva, como mais policiamento no período para fiscalizar e coibir as infrações, visando reduzir os riscos e minimizar as consequências, em caso de ocorrência. Utilizando a analogia, seria uma situação ruim o aumento do número de acidentes e de mortes nas estradas durante o período. Situação ideal seria a redução dos números em relação ao ano anterior, e situação ótima seria uma grande redução (40% ou mais) no número de acidentes e mortes em relação ao ano anterior, conforme determinado pela equipe responsável da elaboração do plano aplicado. Estimativa do Risco Na análise de riscos, deve-se dar atenção especial aos riscos associados a consequências mais nocivas e extremamente prejudiciais, estimando e classificando, também, os riscos que tenham ou não controle no local, o que deixa ainda mais claro a importância de manter os controles para as situações críticas (BSI, 2004, on-line) ³ . No Quadro 3 é apresentado um método simples para estimar os riscos, considerando a probabilidade e gravidade potencial de danos, combinadas aos níveis de gravidade e categoria do risco, já estudadas na aula anterior. Quadro 3 - Estimador de risco simples Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores) ³ . https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Nos casos em que um evento perigoso tenha potencial para causar danos a vários indivíduos, ou em que um número de pessoas esteja exposto ao mesmo risco individual, embora realizem atividades em momentos e locais diferentes, deve-se avaliar se o risco é tolerável para o indivíduo. Ao identificar as medidas a serem adotadas, deve-se levar em consideração que quanto maior o número de indivíduos expostos maior será o benefício alcançado pela medida implementada, sendo maior o benefício do investimento. As medidas de controle a serem implementadas devem considerar a susceptibilidade específica de cada indivíduo para avaliar se haverá necessidade de adaptação, como usar um painel com divisão em cores em locais onde trabalham pessoas com daltonismo (pessoas que não enxergam cores, ou têm limitações para enxergá-las). Aceitabilidade do Risco (Tolerabilidade) A análise de risco permite avaliar o risco antes de determinar qual o nível de risco deve ser considerado aceitável, tolerável ou inaceitável. Para um resultado mais exato acerca dessa aceitabilidade são utilizadas metodologias quantitativas. Nas metodologias semi-quantitativas ou qualitativas, a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a realidade da organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente. A BS 8800:2004 apresenta uma avaliação simplificada da tolerabilidade ao risco com base em uma relação entre o nível do risco e a avaliação da aceitabilidade, conforme demonstrado no quadro a seguir. Quadro 4 - Exemplo de avaliação da tolerabilidade ao risco Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores) ³ A tolerabilidade dos riscos de perigos específicos deve considerar o total de indivíduos expostos ao risco, aos riscos associados e a diferentes perigos atribuídos ao mesmo risco, além da exposição ao risco individual de pessoas pertencentes aos grupos especiais e vulneráveis (BSI, 2004, on-line) ³ . Controle e Redução do Risco Regras gerais podem ser estabelecidas para a tomada de decisão em relação às ações de controle e redução do risco, considerando as várias categorias de tolerabilidade, a prioridade das ações, a realidade e condições de cada organização, incluindo capital humano e financeiro disponível para a aplicação em segurança e saúde dos trabalhadores (BARSANO; BARBOSA, 2014). As organizações devem determinar seus próprios níveis de risco e escolher o nível de detalhamento das informações, que pode, ainda, incluir metas e prazos para a implementação de controles adicionais (BSI, 2004, on-line) ³ . https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com O risco de riscos individuais deve ser tolerável, independentemente da exposição individual ao perigo. Um risco inaceitável não se torna tolerável se a exposição for limitada a pouco tempo. Fonte: BSI (2004, on-line) ³ . A determinação dos níveis do risco é a base para decidir sobre a necessidade de implantação de controles aprimorados e a escala de tempo para a ação, sendo que o controle e sua urgência são proporcionais ao risco. Outro fator importante a ser considerado é o número de indivíduos expostos, diretamente relacionados ao risco e aos riscos associados. No Quadro 5, são apresentadas as orientações básicas para a seleção de controle de riscos da norma BSI 8800:2004. Quadro 5 - Um plano simples de controle baseado em risco Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores) ³ O processo de avaliação e análise de risco deve ser a base para a identificação das situações e cenários que exigem planos de emergência e de evacuação, incluindo equipamentos, assistência de emergência e outras ações necessárias para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. Embora a identificação de perigos e riscos sejam elementos essenciais do processo de análise de risco, apenas a aplicação de medidas de controle adequadas reduz os riscos. Em muitos casos, isso não exigirá mais do que comparar os controles em vigor em relação ao que é exigido por boas práticas estabelecidas e autorizadas (BSI, 2004, p. 58, on-line) ³ . A análise de risco deve ser detalhada o suficiente para a identificação dos perigos e medidas de controle necessárias para redução dos danos potenciais. Desta forma, pode-se afirmar que seu “resultado deve ser um inventário de ações, em ordem de prioridade, para elaborar, manter ou melhorar controles” (BSI, 2004, on-line) ³ . https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Análise de Risco
Compartilhar