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Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação AVALIAÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS Professores : Dr. Júlio César Dainezi de Oliveira Me. Heloisa Helena da Silva Machado Objetivos de aprendizagem • Propiciar conceitos importantes utilizados na avaliação e no gerenciamento de riscos. • Identificar a classificar os riscos ocupacionais. • Conhecer e compreender os elementos e a execução da avaliação de risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Termos e Definições • Identificação e Classificação de Riscos • Avaliação de Riscos Introdução A competitividade do mercado em âmbito mundial faz com que empresas de diferentes segmentos e setores busquem continuamente por ferramentas que auxiliem na gestão e na melhoria dos processos produtivos. Com isto, a implantação de sistemas de gestão com particularidades específicas e que atendam às necessidades de cada empresa torna-se fundamental para a melhoria da qualidade, da responsabilidade socioambiental e do aumento da lucratividade. Gestão pode ser conceituada como a administração dos recursos disponíveis de uma organização, visando o melhor aproveitamento de estruturas, tecnologias, capital financeiro e humano a fim de cumprir os seus objetivos e as suas metas. O gerenciamento de uma empresa é realizado considerando-se ações de planejamento e ações de liderança e controle, cujo conjunto define metas, planeja os passos para cumpri-las, diagnostica e busca resoluções para os problemas que possam surgir em curto, médio e longo prazos, além de melhoria dos diferentes processos produtivos e operacionais. As atividades humanas e o seu desenvolvimento estão diretamente relacionados aos riscos inerentes aos diferentes processos, portanto, é fundamental o conhecimento e a gestão dos riscos e dos potenciais perigos que envolvem as suas áreas de atuação, tanto em ambientes internos quanto externos. A gestão dos riscos ocupacionais está diretamente ligada à saúde do trabalhador no ambiente de trabalho e tem por objetivo identificar e analisar as possíveis ameaças que podem afetá-lo direta ou indiretamente. Para tanto, é necessário conhecer a natureza dos eventos, o quanto eles podem ocorrer e com qual gravidade para, então, implementar as ações preventivas e minimizadoras dos riscos. Assim, esta disciplina apresentará informações sobre os riscos ocupacionais, as técnicas e as ferramentas de avaliação e análise de risco, de forma que você possa compreender a importância do gerenciamento dos riscos tanto para os trabalhadores quanto para as organizações. Na primeira Unidade, conheceremos os conceitos importantes utilizados na avaliação e no gerenciamento de riscos, como identificar e classificar os riscos ocupacionais, e entenderemos os elementos e a execução da avaliação de risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://getfireshot.com Bons estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Termos e Definições A gestão de uma empresa ou organização inclui também as questões relacionadas à segurança e à saúde do trabalhador e às da própria organização. Quando falamos em gerenciamento de riscos, podemos abordar as condições físicas, humanas e financeiras de uma empresa. De forma genérica, podemos dizer que o gerenciamento de risco consiste no controle de situações que possam causar danos à empresa e às pessoas que nela atuam, e avaliação de risco verifica se as decisões e as medidas adotadas são razoáveis para evitar os danos. No que diz respeito à saúde ocupacional, o gerenciamento de risco é uma importante ferramenta utilizada na prevenção de acidentes, sendo as avaliações focadas na segurança e na saúde do trabalhador e as decisões voltadas para a implementação de ações e medidas de proteção adequadas, bem como o uso de equipamentos específicos (GALANTE, 2015). A avaliação de riscos deve ser rotina na empresa e ocorrer, principalmente, se houver mudanças no processo produtivo ou no arranjo físico dessa empresa. Por exemplo, instalação de uma nova máquina, alteração de procedimentos operacionais, introdução de nova substância química no processo, entre outros. Um Sistema de Gerenciamento de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) ou em Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) tem como base a avaliação de risco e deve estar integrado ao gerenciamento da empresa. É por meio desse sistema que a empresa desenvolve e implementa as políticas de SST/SSO (GALANTE, 2015; BARSANO; BARBOSA, 2014). Para o bom entendimento tanto do sistema de gerenciamento quanto das especificidades de cada etapa que o envolvem, é necessário que sejam compreendidos os principais termos e as suas relações no contexto da avaliação e da análise de riscos. A Norma da Série de Avaliação da Segurança e Saúde no Trabalho OHSAS - 18001:2007, (OHSAS, 2007), assim como as normas ABNT ISO GUIA 73:2009 (ABNT, 2009) e ABNT NBR ISO 31000 (ABNT, 2013), entre outras normas, apresentam terminologias e definições encontradas na legislação e nas orientações referentes à avaliação, à análise e ao gerenciamento de riscos. Abordaremos aqui os principais e os que são mais utilizados quando se trata de segurança e saúde do trabalhador. Acidentes do trabalho : na maioria das vezes, afetam apenas uma pessoa e são ocorrências que não ultrapassam os limites da empresa. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial Doenças profissionais : são os danos à saúde humana originados da exposição a determinados agentes físicos, químicos e biológicos, em consequência do desenvolvimento da atividade profissional. Ação corretiva : ação para eliminar a causa de uma não-conformidade detectada ou de outra situação indesejável. A ação corretiva tem lugar para evitar recorrências. Ação preventiva : ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade ou de outra potencial situação indesejável. Tem como objetivo prevenir ocorrências. Ambiente externo ou contexto externo : características e informações relacionadas ao ambiente externo do sistema de referência estudado. Contexto no qual a organização desenvolve as suas atividades e busca atingir os seus objetivos. De forma concreta, inclui ruas, bairros, cidade e país. De forma abstrata, envolve cultura, costumes, sociedade, política, leis, economia e maturidade tecnológica. Ambiente interno ou contexto interno : ambiente em que o sistema de referência está inserido. Envolve de forma concreta toda a estrutura física e lógica da organização e, de forma abstrata, envolve pessoas, cultura organizacional, processos internos, atividades desenvolvidas na organização, estrutura organizacional, funções, responsabilidades, políticas, estratégias, objetivos, sistemas de informação e processo para tomada de decisão (formal e informal). Ameaça : é qualquer anúncio, ato, indicação, circunstância, perigo ou evento com o potencial de prejudicar, amedrontar, causar dano, gerar perdas, consequências negativas ou incerteza nos objetivos da organização. A ameaça é um dos componentes do risco. Na ABNT ISOGUIA 73:2009 (ABNT, 2009), os termos “fonte de risco” e“evento” têm significados aproximados aos utilizados neste livro para ameaça. Análise de riscos : atividade intrínseca ao processo de avaliação de riscos, destinada à explicação de como o risco apresenta-se em um determinado sistema de referência (organização). Ocorre após a identificação dos riscos e fornece os dados necessários para a avaliação de riscos propriamente dita. É nesta etapa que se quantifica e se qualifica o risco e as suas variáveis (ameaça, vulnerabilidade, probabilidade, impacto e controles), fornecendo estimativas confiáveis para a avaliação. As estimativas produzidas durante a análise de riscos servirão de parâmetro de comparação para futuras avaliações de risco. Avaliação de risco : processo de avaliação do risco resultante de um perigo, tendo em consideração a adequação de quaisquer controles já existentes e de decisão sobre se o risco é ou não aceitável. Pode-se dizer que é o processo de estimativa da magnitude do risco a partir da comparação de resultados com os critérios preestabelecidos, e a decisão sobre qual o nível de aceitação ou de tolerância ao risco. Causa : origem do evento, acidente ou falha resultante do risco, ocasionada por erro humano ou material. Confiabilidade : é a probabilidade de um equipamento, sistema ou processo ter desempenho aceitável por tempo predeterminado em condições preestabelecidas. Critérios de risco : parâmetros utilizados no processo de avaliação de riscos, considerando os objetivos da organização, os ambientes interno e externo e outros fatores que podem influenciar na ocorrência dos eventos de risco. Dano/consequência : gravidade da perda humana, material, ambiental ou financeira em consequência da perda do controle do risco. Estratégia de tratamento do risco : forma como a organização avalia os riscos e define se as ações e os procedimentos são de adequação, de modificação ou de implantação de controle. O processo de tratamento do risco envolve ações individuais ou combinadas, como: alteração da probabilidade ou do impacto, controle da ameaça ou redimensionamento das vulnerabilidades. A estratégia de tratamento do risco também pode ser referenciada como mitigação do risco, prevenção ou atitude perante o risco. Evento ou evento de risco : ocorrência (ou a sua ausência) ou mudança em um conjunto específico de circunstâncias com ou sem impacto para a organização, é causado por fatores humanos, naturais, técnicos ou biológicos. Gestão de riscos : ações ou processos coordenados que conduzem e controlam as questões referentes a riscos em uma empresa ou organização. Identificação de riscos : atividade estruturada e coordenada com o objetivo de reconhecer, localizar, apontar, entender, nomear, distinguir e diferenciar os riscos de uma organização e os seus componentes (ameaça, vulnerabilidade, probabilidade, impacto e controles). https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Identificação do perigo : processo de reconhecer a existência de um perigo e definir as suas características. Incidente : acontecimento relacionado com o trabalho que causa ou pode causar dano para a saúde. Ou evento ou fato negativo com potencial de causar danos. Local de trabalho : todo e qualquer local físico no qual são realizadas atividades relacionadas com o trabalho e que estão sob o controle da organização. Local de trabalho, para os efeitos da SST, é todo lugar onde as pessoas exercem atividades a serviço da empresa ou da organização. Exemplo: viajando (conduzindo, voando, em embarcações ou em comboios), trabalhando na propriedade de um cliente ou trabalhando em casa. Fonte: OHSAS (2007). Perigo ( risco/hazard ) : fonte, situação, ato ou variável com potencial para causar danos em termos de lesões ou de ferimentos, assim como danos para a saúde, ou uma combinação destes, ou danos aos equipamentos e às estruturas. Plano de gestão da segurança : forma, maneira ou sequência de atividades dentro da estrutura de gestão da segurança e que especifica a abordagem, os componentes de gestão e os recursos humanos, técnicos e organizacionais a serem utilizados para gerenciar a segurança frente aos riscos identificados na organização. Política de gestão da segurança : declaração da organização contendo as suas intenções e as diretrizes gerais relacionadas aos riscos envolvidos em suas atividades e como eles serão tratados pela estrutura de gestão da segurança. Política de SST : conjunto de intenções e de orientações gerais de uma organização, relacionadas com o seu desempenho da SST, como formalmente expressas pela gestão de topo. Probabilidade : é a chance de uma falha ocorrer e acontecer um acidente, sendo essa falha originada de um equipamento ou de um erro humano. Risco aceitável : risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de SST. Risco residual : ocorre quando um risco não pode ser eliminado sem que seja eliminada a atividade envolvida, assim, o tratamento do risco é realizado com o objetivo de tornar esse risco aceitável, transformando-o, então, em residual ou remanescente. Risco : combinação da probabilidade da ocorrência de um acontecimento perigoso ou a exposição e a severidade das lesões, ferimentos ou danos possíveis à saúde causadas pelo acontecimento ou pela exposição à determinada situação ou substância. Pode ser definido também como um efeito (positivo ou negativo) da incerteza nos objetivos e tem como variáveis: ameaça, vulnerabilidade, probabilidade, impacto e controles, sendo classificados de diferentes formas e por diferentes critérios. Saúde e Segurança do Trabalho (SST) ou Segurança e Saúde Ocupacional (SSO) : condições e fatores que afetam, ou podem afetar, a segurança e a saúde dos empregados e de outros trabalhadores (incluindo os trabalhadores temporários e o pessoal subcontratado), dos visitantes e de qualquer outra pessoa que se encontre no local de trabalho. Sistema de Gestão da SST ou da SSO : parte do sistema de gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar a política de SST/SSO e gerir os seus riscos para a SST/SSO. Vulnerabilidade : debilidade, predisposição ou fragilidades intrínsecas a uma organização, a uma estrutura ou a um equipamento, resultando em suscetibilidade a uma ameaça (fonte de risco), possibilitando acesso a bens ou pessoas, o que pode vir a causar consequências, danos ou perdas (impacto). Organizações distintas têm níveis de exposição também distintos para as mesmas vulnerabilidades. A vulnerabilidade é um dos componentes do risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Segundo a OHSAS 18001 (2007), o risco ainda poder ser interpretado de três maneiras. Risco aceitável : aquele que foi reduzido a um nível tolerável pela empresa, considerando as suas obrigações legais e a sua própria política de saúde e de segurança do trabalho. Risco potencial : associado à capacidade do organismo de suportar ou de resistir em caso de exposição ao perigo. Risco efetivo : é a chance provável de o trabalhador estar exposto a um risco potencial. Identificação e Classificação de Riscos O risco ocupacional pode ser definido como a probabilidade de um trabalhador sofrer algum tipo de dano físico ou de saúde no exercício de sua atividade profissional. Os riscos são relativos às características da atividade desenvolvida, ao tipo de equipamento utilizado, ao tipo do processo produtivo, entre outros fatores. Segundo a Portaria nº 3.214/1978 (BRASIL, 1978), os riscos ocupacionais podem ser classificados da maneira como será apresentada a seguir. • Operacionais • Riscos de acidentes: qualquer situação que possa afetar o trabalhador físicaou psiquicamente, como a falta de uso de equipamentos de segurança, riscos de incêndio, iluminação, ventilação ou arranjo físico inadequados, entre outros. • Comportamentais e ambientais Riscos físicos: exposição dos trabalhadores a calor, frio, pressão, umidade, radiação e vibração que possam afetar, direta ou indiretamente, a segurança e a saúde do indivíduo. Riscos químicos: substâncias, compostos ou produtos que possam ser absorvidos pelo organismo de diferentes formas e por diferentes vias em consequência da atividade e da exposição do indivíduo. Riscos biológicos: exposição a bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros. Riscos ergonômicos: fatores que influenciam nas características psicofisiológicas do trabalhador que possam causar desconforto ou efeitos negativos à sua saúde, como repetitividade, ritmo excessivo de trabalho, levantamento de pesos, entre outros. Os riscos ocupacionais são divididos em cinco grupos representados por diferentes cores. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com No Quadro a seguir é apresentada a classificação dos principais riscos ocupacionais e a sua divisão por grupo e por cores-padrão correspondentes. Quadro 1 - Classificação dos principais riscos ocupacionais Fonte: USP ([2018], on-line)¹. Mapa de Riscos Ocupacionais O mapa de riscos ocupacionais é elaborado a partir da identificação dos riscos possíveis no ambiente de trabalho, considerando todas as variáveis e as possíveis vulnerabilidades decorrentes ou não do processo produtivo, a partir de informações obtidas junto aos trabalhadores de todos os setores, principalmente os que estão expostos aos riscos, e com a colaboração do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), caso esteja implantado na empresa (PONZETTO, 2002; NOVELLO; NUNES; MARQUES, 2011; CONKLIN, 2017). Segundo o Anexo IV da Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, o mapa de riscos tem por objetivos: a. reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa; b. possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores, em como estimular sua participação nas atividades de prevenção (BRASIL, 1994, on-line). A visualização gráfica dos riscos identificados facilita o entendimento, a informação, a orientação e a prevenção no ambiente de trabalho. Deve estar sempre visível e fixada em locais acessíveis, possuir linguagem clara e objetiva. Para a representação dos riscos, são utilizados círculos de tamanhos e cores diferentes, considerando as informações da classificação por grupos conforme a Portaria nº 3.214/1978, que indicam os fatores e os locais vulneráveis a perigos a partir da presença de agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Os círculos podem ser desenhados ou colados e devem ser fixados na parte do mapa correspondente ao risco indicado. Seu tamanho varia de grande a pequeno, considerando a intensidade do tipo de risco (Figura 1). Figura 1 – Simbologia dos riscos e gravidade Fonte: Novello; Nunes; Marques (2011). Pode ainda ocorrer o critério de incidência , ou seja, a existência de dois ou mais riscos de diferentes tipos em um mesmo local (GOIÁS, 2017). Neste caso, o círculo representativo de riscos deverá ser dividido em partes iguais, conforme a quantidade encontrada de tipos de riscos (Figura 2). O risco ainda pode ser: • Pontual: inerente a apenas um local específico ou a um equipamento, por exemplo. • Difuso: espalha-se por todas as direções, afetando uma seção ou um setor inteiro. Por exemplo, a dispersão de vapores e gases. Para representar um risco difuso, o círculo deve ser colocado no meio do setor com setas nas bordas distribuídas em todas as direções, indicando que aquele problema espalha-se pela área toda, conforme demonstrado na Figura 3. Figura 3 – Representação Figura 2 – Círculo representativo para critério de incidência gráfica do risco difuso Fonte: os autores. Fonte: os autores. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com A classificação não é padronizada e aplicada a todos os tipos de empresas ou de organizações, e deve ser desenvolvida e adequada considerando as características específicas de cada caso, contemplando as particularidades desde a estrutura até a cultura organizacional. Fonte: os autores. Lembre-se que o mapa é dinâmico e os círculos podem aparecer e desaparecer, mudar de cor e tamanho de acordo com as alterações do ambiente, das tarefas, dos equipamentos, entre outras situações. Portanto, deve ser revisado periodicamente a cada modificação significativa que possa alterar a representação gráfica vigente ou nas trocas de gestão da CIPA, se for o caso. Elaboração do Mapa de Riscos O mapeamento dos riscos compreende as seguintes etapas: elaboração do mapa; análise dos riscos; elaboração do relatório; apresentação do trabalho; implantação e acompanhamento e avaliação. O mapa de risco é elaborado por uma pessoa capacitada e treinada para realizar o mapeamento dos riscos ambientais, com características específicas bem desenvolvidas (GOIÁS, 2017): • observação; • percepção; • criatividade; • visão global; • objetividade, poder de síntese; • capacidade de comunicação; • educação/discrição; • bom senso; • capacidade de organização; • receptividade à segurança; • persistência/agente de mudança; • simpatia. Etapas de Elaboração Conforme disposto na Portaria nº 25/1994, a elaboração do mapa de riscos deverá respeitar as seguintes etapas: a. Conhecer o processo de trabalho no local analisado: • os trabalhadores: número, saúde, sexo, idade, treinamento profissional e de segurança; • os instrumentos e materiais de trabalho; • as atividades exercidas; • o ambiente. b. Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação (aqui apresentado no Quadro 1). c. Identificar as medidas preventivas existentes e a sua eficácia: • medidas de proteção coletiva; https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com • medidas de organização do trabalho; • medidas de proteção individual; • medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório. d. Identificar os indicadores de saúde: • queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; • acidentes de trabalho ocorridos; • doenças profissionais diagnosticadas; • causas mais frequentes de ausência ao trabalho. e. Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. f. Elaborar o mapa de riscos sobre o layout da empresa, indicando por meio de círculo: • o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada no Quadro 1; • o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; • a especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico - repetitividade, ritmo excessivo), que deve ser anotada também dentro do círculo; • a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos diferentes de círculos. A elaboração e a fixação do mapa de riscos nos locais de trabalho têm caráter obrigatório para todas as empresas que possuem CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ou para empresas que deveriam ter instituído a CIPA ou para organizações em que ela esteja inoperante, sob a pena de punição caso o mapa não se encontre em suas dependências. Avaliação de Riscos A avaliação de riscos pode ser definida como o processo de avaliação dos riscosinerentes ao local de trabalho com o objetivo de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Analisa sistematicamente todas as características e aspectos que envolvem o trabalhador e o ambiente de trabalho, observando os fatores com potencial para causar lesões ou danos; a possibilidade de https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com eliminação de perigos; e verificando quais as medidas preventivas existentes ou que deveriam existir para controle dos riscos (POPOV; LYON; HOLLCROFT, 2016; NUNES, [2018], on-line)². Assim, pode-se dizer que a avaliação de riscos consiste em um exame minucioso e crítico do local do ambiente interno e externo da empresa, a fim de identificar elementos, processos, situações e outros fatores com potencial para causar danos, principalmente à saúde do trabalhador. Segundo Nunes ([2018], on-line) ² , Popov, Lyon e Hollcroft (2016), a avaliação de risco deve responder a perguntas como: a. O que pode acontecer? b. Em que tipo de situação ou circunstância? c. Quais seriam as consequências? d. Qual a probabilidade dessas consequências acontecerem? e. O risco está efetivamente controlado? f. Para o controle do risco são necessárias mais ações? Quais? Etapas da Avaliação de Risco Em todo o mundo, a avaliação de riscos ocupacionais é dividida em etapas baseadas nos mesmos princípios. Alguns países apresentam etapas mais concisas, e outras apresentam mais detalhes. No Canadá, o documento que se refere à Saúde e Segurança no Trabalho - Identificação e Eliminação de Perigos e Avaliação e Controle de Riscos (CCOHS, 2012) estabelece as seguintes etapas. 1. Avaliação de risco : processo geral de identificação de perigos, análise e avaliação de risco. Fornece uma base para a avaliação de risco e decisões sobre controle de risco. 2. Identificação de perigo : processo de encontrar, listar e caracterizar os perigos. A informação pode incluir dados atuais e históricos, análise teórica, opiniões informadas e as preocupações das partes interessadas. 3. Análise de risco : processo para compreender a natureza dos perigos e determinar o nível de risco, inclui também a estimativa de risco. Nova Zelândia e Austrália definem a avaliação de risco como o processo de comparação de um risco estimado em relação a determinados critérios utilizados para determinar o seu significado, sendo o controle de risco as ações que implementam decisões de avaliação de risco, podendo envolver, por sua vez, monitoramento, reavaliação e cumprimento de decisões (STANDARDS, 2009). O processo de avaliação é dividido em cinco etapas, que compreendem: 1. análise dos aspectos do trabalho com potencial de danos e a identificação dos trabalhadores passíveis de exposição ao perigo; 2. análise, classificação e priorização dos riscos existentes em ordem de importância; 3. identificação das medidas para eliminação ou controle dos riscos; 4. elaboração de um plano de prioridades e implementação das medidas preventivas e de proteção, determinando competências e prazos de execução das tarefas e os locais de aplicação; 5. acompanhamento, revisão periódica e alterações sempre que ocorrerem mudanças significativas que possam influenciar no ambiente, no desenvolvimento do trabalho ou na saúde do trabalhador. No Brasil, a Norma ABNT NBR ISO 31000 (2013) estabelece os princípios e as diretrizes da gestão de riscos, apoiada por normas como a NR-5, a NR-7 e a NR-9, que tratam da prevenção, da proteção e do controle de acidentes e riscos ambientais, entre outras normas que abordam questões específicas, como o uso de equipamentos de proteção. As etapas da avaliação de risco no Brasil compreendem: 1. identificação dos riscos e perigos; https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com 2. avaliação e classificação; 3. identificação dos locais e do número de trabalhadores em risco potencial; 4. identificação e implantação das ações preventivas, corretivas e de controle; 5. acompanhamento e revisão das ações implementadas e dos riscos identificados. Segundo Nunes ([2018], on-line) ² , a execução da avaliação de risco deve ser feita por pessoas treinadas, com conhecimento das tarefas desenvolvidas no ambiente analisado. Tal execução deve levar em consideração não apenas as informações genéricas dos riscos e perigos, mas também: • os métodos utilizados no desenvolvimento das atividades; • qual a exposição potencial e real dos trabalhadores ao risco; • local, tempo e frequência da tarefa realizada inerente ao risco; • interações e sinergias com outras atividades; • a cultura organizacional e individual que influenciam diretamente ou indiretamente as ações dos trabalhadores; • o ciclo de vida do produto, processo ou serviço; • treinamento dos trabalhadores para desenvolvimento da atividade, operação de maquinário, ação em casos de emergência; • condições do ambiente interno e externo onde são realizadas as tarefas e possíveis influências, como clima, temperatura, entre outros. Nunes ([2018], on-line) ² afirma que “ao determinar o nível de risco associado ao perigo, o empregador e o comitê de saúde e segurança (quando apropriado) podem decidir se um programa de controle é necessário e a que nível”. A NR-9 (BRASIL, 1978, on-line) estabelece o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) como obrigatoriedade da elaboração e da implementação por parte de todos os empregadores e instituições, com o objetivo de preservar a saúde 9.3.3. – O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis: a) a sua identificação; b) a determinação e localização das possíveis geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f ) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes. Para saber mais acerca da Norma Regulamentadora 9 (NR-9), Programa de prevenção de riscos ambientais, acesse: < https://www.pncq.org.br/ uploads/2016/NR_MTE/NR%209%20-%20PPRA.pdf >. Fonte: os autores. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.pncq.org.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0V2mIT79aCTn7cncSdFPGI Formulário de Avaliação de Risco Como já discutimos antes, não existe um padrão para a avaliação de risco, apenas princípios básicos que são seguidos no mundo todo, e cada empresa ou organização deve escolher o método que melhor adequa-se à sua realidade, considerando a sua atividade, ambiente e cultura organizacional. O Canadian Centre of Occupational Health and Safety (CCOHS - Centro Canadense de Saúde e Segurança Ocupacional) apresenta como sugestão seis pontos de avaliação a serem considerados e que podem ser aplicados a qualquer empresa ou organização, conforme apresentado no Quadro a seguir. Quadro 2 - Informações a serem consideradas na avaliação de riscos Fonte: CCOHS (2017, traduzido pelos autores). Após considerar as informações do Quadro 1, o responsável ou a equipe de execução da avaliação de risco deve preencher um formulário pré-definido para registro das informações. A avaliação pode variar de acordo com a situação, e pode ser utilizada uma lista de verificação, uma matriz de avaliação ou outro método decidido pela equipe. É fundamental a documentação dos resultados da avaliação, pois as informações servirão de base para a orientação quanto às medidas preventivas,corretivas ou de controle a serem implementadas na empresa, bem como no monitoramento revisão dos riscos identificados. No Quadro a seguir é apresentado o exemplo de formulário de avaliação de risco criado pelo CCOHS. Quadro 3 - Exemplo de Formulário de Avaliação de Risco - CCOHS https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Fonte: CCOHS (2012, tradução dos autores). Os registros devem atestar que o perigo foi revisado com cautela e os seus riscos foram determinados corretamente, que as medidas implementadas são adequadas e que houve revisão e monitoramento de todos os perigos no local de trabalho. Uma avaliação cuidadosa em relação à exposição individual ao risco deve ser realizada para trabalhadores de grupos especiais, como grupos vulneráveis, trabalhadores novos ou inexperientes no desenvolvimento da atividade, ou, ainda, para os que estão diretamente envolvidos na atividade geradora do risco (CHAGAS; SALIM; SERVO, 2011; BARSANO; BARBOSA, 2014; CCOHS, 2012). “A classificação de risco é a linha de base para a seleção de ações de segurança a serem implementadas e para definir esse prazo, ou seja, a urgência da implementação das medidas corretivas de segurança” (CCOHS, 2012, p. 10, tradução dos autores). Vale ressaltar que uma base consistente para a avaliação de risco de uma empresa ou organização parte do estabelecimento de critérios de aceitabilidade dos riscos, o que deve envolver a consulta aos trabalhadores e às outras partes interessadas, além de levar em conta a legislação vigente e a orientação de órgãos pertinentes à segurança e à saúde do trabalhador, quando necessário. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/atividades Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação ATIVIDADES 1. Em relação às terminologias referentes à avaliação, à análise e ao gerenciamento de riscos, analise as assertivas a seguir. I) Ação corretiva: ação para eliminar a causa de uma não-conformidade detectada ou de outra situação indesejável. As ações corretivas têm lugar para evitar recorrências. II) Ação preventiva: ocorre quando um risco não pode ser eliminado sem que seja eliminada a atividade envolvida, assim, o tratamento do risco é realizado com o objetivo de tornar esse risco aceitável, tornando-o, então, residual ou remanescente. III) Vulnerabilidade: fonte, situação, ato ou variável com potencial para causar danos em termos de lesões ou de ferimentos, assim como danos para a saúde, ou uma combinação destes, ou danos aos equipamentos e às estruturas. IV) Risco aceitável: risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de SST. V) Dano ou consequência: gravidade da perda humana, material, ambiental ou financeira em consequência da perda do controle do risco. É correto o que se afirma em : a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) I, IV e V, apenas. d) II, IV e V, apenas. e) I, II, IV e V, apenas. 2. O mapa de riscos ocupacionais é elaborado a partir da identificação dos riscos possíveis no ambiente de trabalho. Considerando a representação gráfica do mapa de riscos, assinale a alternativa incorreta . a) A cor verde representa os riscos físicos, entre eles: umidade, ruído e pressões. b) Gases, vapores e neblinas são classificados como riscos químicos e são representados pela cor marrom. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial c) Os riscos ergonômicos são representados pela cor amarela. d) O círculo de representação dos riscos em determinado local pode indicar mais de um risco. e) O risco difuso é representado por um círculo negro com setas apontando para todas as direções. 3. A avaliação de risco não tem um padrão predeterminado, mas princípios norteadores utilizados em todo o mundo. Em relação a uma etapa da avaliação de risco, assinale a alternativa incorreta . a) Identificação dos riscos e perigos. b) Avaliação e classificação. c) Identificação dos locais e do número de trabalhadores em risco potencial. d) Inventário do estoque de matéria-prima. e) Acompanhamento e revisão das ações implementadas e dos riscos identificados. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/resumo Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação RESUMO Para a compreensão do tema, precisamos entender os termos e as definições utilizados na legislação e na literatura sobre a segurança e a saúde do trabalhador, em que destacamos: ação corretiva; ação preventiva; análise de riscos; avaliação de risco e vulnerabilidade. Saúde e Segurança do Trabalho (SST) : são condições e fatores que afetam, ou podem afetar a segurança e a saúde dos empregados e de outros trabalhadores (incluindo os trabalhadores temporários e o pessoal subcontratado), dos visitantes e de qualquer outra pessoa que se encontre no local de trabalho. O risco ocupacional pode ser definido como a probabilidade de um trabalhador sofrer algum tipo de dano físico ou de saúde no exercício de sua atividade profissional. Os riscos são relativos às características da atividade desenvolvida, ao tipo de equipamento utilizado, ao tipo do processo produtivo, entre outros fatores. Podem ser divididos em cinco grupos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes. O risco ainda pode ser: • pontual: inerente a apenas um local específico ou um equipamento, por exemplo; • difuso: espalhar-se por todas as direções, afetando uma seção ou um setor inteiro, como a dispersão de vapores e gases, por exemplo. O mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos identificados na empresa, sendo atribuído um círculo com as cores de cada risco e tamanhos variando de pequeno a grande, indicando a qual grupo o risco pertence e qual a sua gravidade. Quanto maior o círculo, mais grave o risco de exposição. No caso de ocorrência de dois ou mais riscos, o círculo deverá apresentar as cores de todos os riscos identificados. A avaliação de riscos pode ser definida como o processo de avaliação dos riscos inerentes ao local de trabalho com o objetivo de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. O processo de avaliação pode ser dividido em cinco etapas que compreendem: 1. análise dos aspectos do trabalho com potencial de danos e a identificação dos trabalhadores passíveis de exposição ao perigo; 2. análise, classificação e priorização dos riscos existentes em ordem de importância; 3. identificação das medidas para eliminação ou controle dos riscos; 4. elaboração de um plano de prioridades e implementação das medidas preventivas e de proteção, determinando competências e prazos de execução das tarefas e os locais de aplicação; 5. acompanhamento, revisão periódica e alterações sempre que ocorrerem mudanças significativas que possam influenciar no ambiente, no desenvolvimento do trabalho ou na saúde do trabalhador. No Brasil, a Norma ABNT NBR ISO 31000 estabelece os princípios e as diretrizes da gestão de riscos, apoiada por normas como a NR-5, a NR-7 e a NR-9, que tratam da prevenção, da proteção e do controle de acidentes e de riscos ambientais, entre outras normas que abordam questões específicas, comoo uso de equipamentos de proteção. Uma avaliação cuidadosa em relação à exposição individual ao risco deve ser realizada para trabalhadores de grupos especiais, como grupos vulneráveis, trabalhadores novos ou inexperientes no desenvolvimento da atividade, ou, ainda, para os que estão diretamente envolvidos na atividade geradora do risco. A avaliação de risco é determinante na implantação de medidas preventivas, corretivas e de controle de riscos. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/eu-indico Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Material Complementar Leitura Gerenciamento de Riscos Baseado em Fatores Humanos e Cultura de Segurança Autor: Gerardo Portela da Ponte Junior Editora: Campus Sinopse : este livro apresenta os conceitos sobre cultura de segurança e fatores humanos de forma prática no gerenciamento de riscos e na segurança de empreendimentos tecnológicos. Estes temas incluem aspectos subjetivos, normalmente estranhos ao dia a dia dos engenheiros e dos técnicos em suas atividades. Os capítulos abrangem tais conceitos, sintetizando-os e indicando uma metodologia aplicável a qualquer empreendimento tecnológico. O estudo de caso escolhido para o emprego da metodologia é a análise de segurança do sistema de escape e o abandono de uma unidade de exploração e de produção de óleo e gás offshore, que é do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading). Comentário : o objetivo do autor é demonstrar o conceito atualizado de gerenciamento de riscos e segurança, bem como a importância e os meios de inserção dos conceitos de cultura de segurança e de fatores humanos nas estratégias de proteção, assim como a sua aplicabilidade em quaisquer empreendimentos tecnológicos. Na Web Site do governo do Canadá que contempla a legislação e fornece orientações para a segurança e a saúde no local de trabalho, além de identificação, classificação, avaliação e análise de riscos ocupacionais, tudo de acordo com as premissas mundiais sobre a questão. Disponível em: Acesse Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ccohs.ca%2Ftopics%2Fprograms%2Fprograms%2Fhazards%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw00-Uj4iul_VTeP8-WA5PEx https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/refer%C3%AAncias Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. ISO GUIA 73:2009 - Gestão de Riscos– Vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2009. _____ . Norma NBR ISO 31000 - Gestão de Riscos. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Controle de Riscos. Prevenção de Acidentes no Ambiente Ocupacional. São Paulo: Érica, 2014. BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego – MTE. Secretaria de Inspeção do Trabalho. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Disponível em: <http://w w w.camara.gov.br/sileg/integras/839945.pdf>. Acesso em: 9 abr. 2018. _____ . Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994. Aprova o texto da Norma Regulamentadora n.º 9 - Riscos Ambientais, que passa a ter a seguinte redação: NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em: <https://w ww .agencia.cnptia.embrapa.br/R eposit orio/ Portaria+n.+25+SSST+MTb+29+dezembro+1994+Aprova+a+NR+9+sobre+o+Programa+de+ Prevencao+e+riscos+ambientais_000gvpl14yq02wx7ha0g934vgrnn5ero.PDF>. Acesso em: 9 abr. 2018. CANADIAN CENTRE OF OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY – CCOHS. CAN/CSA-Z1002-12 (R2017) - Occupational health and safety - Hazard identification and elimination and risk assessment and control. Canada: CCOHS/CSA, 2012. CHAGAS, A. M. R.; SALIM, C. A.; SERVO, L. M. S. (orgs.). Saúde e segurança no trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores. 2. ed. São Paulo: IPEA/Fundacentro, 2012. CONKLIN, T. Pre-Accident Investigations: An Introduction to Organizational Safety. 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B. F. Princípios de gestão de riscos. Curitiba: Appris, 2015. GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS. Secretaria de Estado, Gestão e Planejamento – SEGPLAN. Gerência de Saúde e Prevenção da Superintendência Central de Recursos Humanos. Manual de Elaboração: Mapa de Riscos. Goiânia: SEGPLAN, 2017. Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-11 /manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf >. Acesso em: 9 abr. 2018. NOVELLO, R.; NUNES, R. S.; MARQUES, R. S. R. Análise de Processos e a Implantação do Mapa de Risco Ocupacional em Serviços de Saúde: um estudo no serviço de hemoterapia de uma instituição pública federal. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO. 2011, 7, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: CNEG, 2011. OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY ASSESSMENT SERIES - OHSAS. OHSAS 18001:2007 - Sistemas de Gestão de Segurança e da Saúde do Trabalho - Requisitos. Lisboa: OHSAS, 2007. (Série de Avaliação da Saúde e da Segurança do Trabalho). PONZETTO, G. Mapa de Riscos Ambientais. 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Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2012-11%2Fmanual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3AHGSdIkix-l5Y57DFX_Ue http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.sgc.goias.gov.br%2Fupload%2Farquivos%2F2012-11%2Fmanual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3AHGSdIkix-l5Y57DFX_Ue http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.protecao.com.br%2Fnoticias%2Facidentes_do_trabalho%2Fprevencao_de_acidentes_no_trabalho%3A_pressoes_causam_danos_ao_trabalhador%2FJyyAAAyJAA%2F10616&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw20g1s8K-67hQvX_UBGXjrm http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.protecao.com.br%2Fnoticias%2Facidentes_do_trabalho%2Fprevencao_de_acidentes_no_trabalho%3A_pressoes_causam_danos_ao_trabalhador%2FJyyAAAyJAA%2F10616&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw20g1s8K-67hQvX_UBGXjrm https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/aprofundando Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação APROFUNDANDO PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO TRABALHO: PRESSÕES CAUSAM DANOS AO TRABALHADOR Quando pensamos em riscos e perigos no local do trabalho, é normal que nos venha à mente os perigos físicos, palpáveis, como o risco de explosão de uma caldeira, um vazamento de gás, o mau funcionamento de uma máquina, a falta de equipamentos de proteção. Entretanto, há outros riscos com os quais a maioria das empresas não está preparada para atender, como os riscos psíquicos e emocionais provenientes do cotidiano no trabalho. Segundo a revista Proteção (2016, on-line)3, de acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2011, 211 mil pessoas foram afastadas do trabalho por doenças mentais, sendo as empresas de call center as mais recorrentes. Segundo o Ministério da Saúde, entre os principais problemas apresentados estão baixa estima, problemas com estresse, depressão ou uso de drogas psicoativas, e muitos desses transtornos estão relacionados diretamente ao volume de trabalho, ao acúmulo de funções e ao assédio moral. Ainda segundo a revista, uma ex-funcionária de um call center relaciona o desenvolvimento de problemas de ansiedade, depressão e doenças de pele às exigências na empresa, uma vez que a cobrança por alcance de metas era contínua, mesmo que as metas fossem alcançadas, a ponto de ter cronometrados os momentos de afastamento do ponto de trabalho para tomar água ou ir ao banheiro. Ao final, para que o tratamento fosse efetivo, ela teve que se desligar da empresa. Outro caso foi a tentativa de suicídio de uma funcionária da empresa por não aguentar a pressão que envolvia o batimento de metas e os tempos cronometrados. A oferta de alternativas que permitam autonomia, relações saudáveis e reconhecimento pessoal contribuem para inibir o avanço dos transtornos relacionados ao trabalho em quaisquer setores profissionais. Para tanto, é necessário o conhecimento das ocorrências e das suas causas. O Ministério da Previdência Social e o Ministério do Trabalho e Emprego apresentam anualmente o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT), importante instrumento para análise e direcionamento das políticas públicas voltadas para a segurança e a saúde do trabalho. Os dados estatísticos de acidentes de trabalho disponíveis no Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho pelo Ministério da Previdência Social são organizados em tabelas e com referência à Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0). Os indicadores de acidentes de trabalho são avaliados para mensurar e analisar a exposição dos trabalhadores aos níveis de risco inerentes à atividade econômica, permitindo a análise de fatos e de tendências históricas dos acidentes e os seus impactos nas empresas e na vida dos trabalhadores. Esse anuário é um instrumento de suma importância para o planejamento e a implementação de ações nas áreas de segurança e saúde do trabalhador. O conhecimento por parte das instituições públicas e da sociedade civil sobre os aspectos fáticos, sociais e econômicos que envolvem os acidentes de trabalho contribui para que o Poder Público aperfeiçoe e direcione as políticas públicas de segurança e de saúde do trabalho, conferindo-lhes maior eficácia. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fview%2Fexpedienteunicesumar%2Fp%25C3%25A1gina-inicial&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw086V6F5xmP9H59FzTAbq6f Unidade 1 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; OLIVEIRA, Júlio César Dainezi de; MACHADO, Heloisa Helena da Silva. Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Júlio César Dainezi de Oliveira; Heloisa Helena da Silva Machado. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 37 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gerenciamento 2. Risco 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-1326-9 CDD - 22 ed. 368.01 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un1/pagina-inicial Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação ANÁLISE DE RISCO Professores : Dr. Júlio César Dainezi de Oliveira Me. Heloisa Helena da Silva Machado Objetivos de aprendizagem • Conhecer e compreender os conceitos e definições aplicados na análise de risco. • Entender como determinar categoria e probabilidade de ocorrência do risco. • Conhecer e entender a estimativa como a base do estudo da análise de risco. • Conhecer e compreender a diferença entre os três grupos de técnicas de análise de risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Análise de Risco: Conceitos e Definições • Determinação do Risco • Estimativa, Aceitabilidade, Controle e Redução do Risco • Análise de Risco Qualitativa, Quantitativa e Híbrida Introdução Os estudos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador estão em constante processo de transformação, devido ao surgimento de novas tecnologias, novos processos e novos produtos, resultante do processo de evolução dos processos produtivos, visando à sustentabilidade socioambiental e ao aumento daprodutividade das empresas. Os acidentes revelam as disfunções organizacionais, levam à reflexão e ao questionamento da capacidade de análise e de diagnóstico e nos fazem repensar sobre a segurança e as medidas preventivas aplicadas e, ainda, sobre o quanto pode ser atribuído ao erro humano. A fim de minimizar estas questões, foram desenvolvidas técnicas de análise de risco a partir das práticas da engenharia da confiabilidade e de programas de segurança utilizados nas áreas militares e suas adaptações a outras áreas. A análise de risco consiste na verificação dos pontos críticos que possam culminar em ocorrências não desejáveis, durante a execução de determinada atividade, podendo causar dano à saúde e à segurança do trabalhador, à empresa e ao meio ambiente. A partir da análise de risco podem ser descritos o risco associado a cada possibilidade existente, os cenários de falha, as probabilidades, os acidentes e as consequências, com destaque àqueles com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. É importante compreender que cada local, atividade ou equipamento apresenta riscos diferentes para diferentes situações e, portanto, é fundamental o conhecimento do ambiente, das pessoas envolvidas, das técnicas e dos processos realizados e das informações dos trabalhadores relacionadas aos riscos, uma vez que são eles que vivenciam as situações do dia a dia da atividade. A análise de risco complementa o gerenciamento de riscos e pode ser utilizada como base para processos decisórios de diferentes áreas, levando ao desenvolvimento de teorias, metodologias e ferramentas práticas de aplicação que podem ser utilizadas em atividades de indústria, comércio e serviços, agências governamentais das diversas esferas até na vida pessoal. Nas aulas das Unidades II, serão apresentados conceitos e definições utilizadas na análise de riscos ocupacionais. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://getfireshot.com Bons estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Análise de Risco: Conceitos e Definições A avaliação de risco consiste, como estudamos anteriormente, em um processo sistemático que avalia o impacto, as ocorrências e as consequências das atividades humanas, enquanto a análise de risco é o processo que auxilia na identificação e no gerenciamento dos potenciais riscos associados a um determinado evento ou situação, e na decisão sobre as ações preventivas, corretivas e mitigadoras a serem implantadas. A definição de análise de risco como sinônimo da avaliação de risco é comum, devido a divergências de suas definições em diferentes países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a avaliação de risco é definida como etapa da análise de risco, sendo o contrário no Canadá. Para a Society of Risk Analysis (Sociedade de Análise de Risco): A análise de risco é amplamente definida para incluir avaliação de risco, caracterização de risco, comunicação de risco, gerenciamento de riscos e políticas relacionadas ao risco, no contexto de riscos de interesse para os indivíduos, para organizações públicas e privadas e para a sociedade no âmbito regional, nacional ou global (SRA, 2017, on-line - traduzido pelos autores)1. A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, as condições químicas e físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas (CASAL, 2017). Basicamente, deve responder a questões como: • O que pode dar errado e por quê? • Qual a probabilidade de dar errado? • Qual a magnitude das consequências? • Quais ações poderão ser aplicadas? https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial Neste contexto, analisar um risco envolve a determinação de valor quantitativo ou qualitativo para o risco. A valoração quantitativa é realizada por meio de cálculo da probabilidade de ocorrência e da gravidade das consequências potenciais, enquanto a análise qualitativa considera as ameaças identificadas, a extensão da vulnerabilidade e as medidas de ação utilizadas em caso de ocorrências, com base na percepção da equipe responsável pela segurança e sem o uso de métodos matemáticos (BROWN, 1998; CARDELLA, 2008; CASAL, 2017). Para tanto são utilizadas metodologias ou técnicas de análise que permitem a identificação, a mensuração, a identificação, a correção, a prevenção e o tratamento dos riscos, possibilitando ao gestor identificar, ainda, os pontos vulneráveis no sistema de proteção. A partir dessas informações, é possível equilibrar o nível de risco de forma adequada às operações da empresa, considerando um conjunto de fatores ambientais, físicos, humanos e operacionais que compõem a situação no momento de um acidente (cenário ambiental), de forma a evitar o desperdício de recursos na prevenção e mitigação dos riscos (CARDELLA, 2008; SILVA, 2011; NUNES, 2016). Tipos de Análise de Risco A análise de risco pode ser dividida em áreas diferentes: segurança (processos e instalações); saúde e ecológica (ou ambiental). Análise de Risco na Segurança (Processos e Instalações) O estudo da análise de risco na segurança consiste na avaliação da relação causa- efeito do perigo e seu risco, compreendendo as situações de baixa probabilidade, acidentes de alta consequência e efeitos imediatos. O foco é a segurança do indivíduo e a prevenção de perdas que possam ocorrer no ambiente de trabalho, principalmente dentro dos limites da empresa. As etapas do processo de análise de risco na segurança contemplam: • Identificação dos perigos relacionados: https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com • Materiais, equipamentos e procedimentos, considerando a localização, armazenamento, tipo do material, substâncias utilizadas nos procedimentos, frequência de uso, número de pessoas envolvidas; • Início das ocorrências identificadas (mau funcionamento, falhas, erro humano). • Estimativa de Probabilidade e Frequência: • Probabilidade de ocorrência de acidentes e suas causas internas e externas. • Análise de Consequência: • Avaliação da natureza e magnitude dos efeitos adversos resultantes dos eventos identificados. • Avaliação e Determinação de Risco: • Análise integrada de probabilidades de ocorrências e consequências, resultando em estimativa de riscos de segurança. A análise de risco na segurança, geralmente, é aplicada à segurança de processos químicos, transporte de produtos perigosos, na gestão ambiental, entre outros. Análise de Risco na Saúde Com foco na saúde humana, principalmente fora do ambiente de trabalho, sendo que as relações de causa e efeito não são facilmente estabelecidas e devem ser consideradas tanto as características inerentes ao risco quanto à susceptibilidade do organismo exposto ao risco (ANVISA, 2017). Segundo Moraes (2010), o processo de análise de risco na saúde deve contemplar em suas etapas: • Análise dos Dados e Identificação do Perigo: • Características específicas de agentes químicos, físicos e biológicos no meio ambiente do local ou área em estudo; • Quantidades e concentrações; • Condições ambientais. • Estudos de Dose-Resposta ou Toxicidade: • Relação exposição e dose; • Relação dose e efeitos adversos.• Estudo de Exposição: • Condições de exposição, rotas e dispersão; • Potenciais de contaminação em relação aos indivíduos, incluindo subgrupos sensíveis; • Tempo de exposição, quantidade e concentração. • Caracterização de Risco: • Análise da toxicidade e dados de exposição para qualificação e quantificação dos riscos; • Análise de incertezas. A aplicação da análise de risco na saúde é verificada em casos de contaminação do subsolo, no vazamento de gases tóxicos, na contaminação de alimentos, entre outros. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Análise de Risco Ecológico ou Ambiental Nesse caso, a análise risco está focada nos impactos em habitats e ecossistemas e é caracterizada por interações complexas e sinergias entre ecossistemas, diferentes populações e comunidades, em âmbitos macro e micro, considerando também a cadeia alimentar. Outra especificidade é a grande incerteza na relação causa-efeito das ocorrências, uma vez que a área afetada depende do tipo de ocorrência, do local e ainda das condições climáticas, entre outros fatores que podem influenciá- la direta e indiretamente. As considerações nas etapas do processo de análise dos riscos ecológicos são: • Formulação do Problema: • Identificação da fauna e flora existente na área de estudo, com destaque às espécies ameaçadas de extinção; • Identificação dos meios aquáticos; • Estudos terrestres, como tipo de solo, relevo etc.; • Identificação dos potenciais contaminantes e possíveis alterações na área em estudo. • Estudos de Exposição: • Identificação das comunidades, população e habitats expostos ao risco ou perigo; • Tempo e concentrações de exposição. • Estudos de toxicidade e efeitos ecológicos: • Análise das águas superiores e subterrâneas, análise de solo e da atmosfera local; • Determinação da toxicidade. • Caracterização do Risco e Perigo: • Identificação do risco ou perigo a partir da integração das informações coletadas em campo; • Estabelecimento da causa-efeito; • Identificação do grau de incerteza para os riscos A análise de risco ecológico ou ambiental é utilizada em estudos ambientais, controle de fabricação de substâncias, licenciamento ambiental, determinação de locais para instalação de atividades industriais, monitoramento ambiental. RELATÓRIO DE ACIDENTES AMBIENTAIS 2014 Anualmente a CGEMA compila e disponibiliza o “Relatório – Acidentes Ambientais registrado pelo Ibama” no link: < http://www.ibama.gov.br/ documentos/publicacoe s>. O intuito do Relatório de Acidente Ambientais é o de reunir e analisar as informações sobre acidentes ambientais ocorridos no Brasil e informados ao Ibama. Os dados são apresentados de forma a facilitar a compreensão, por meio de gráficos, tabelas e explicações de fácil entendimento. O objetivo do relatório é orientar os envolvidos, direta ou indiretamente, no tema sobre os tipos de acidentes de maior ocorrência no país. Fonte: Ibama (2014, on-line)². https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ibama.gov.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0z9Uu8qj9BDOjW_de6eyAL Determinação do Risco A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano e da sua gravidade potencial. Algumas metodologias utilizam o agrupamento de categorias para gravidade e probabilidade, o que permite a comparação e avaliação dos danos em conjunto (BSI, 2004, on-line)³. Para tanto é necessário que sejam definidas as categorias de forma a permitir uma aplicação consistente por diferentes gestores em diferentes momentos. A BS 8800:2004, guia de Sistemas e Gerenciamento de Saúde e Segurança Ocupacional, da British Standard adota termos como “provável”, “improvável” e “muito improvável” para estimar de forma simplificada a probabilidade do dano e uma variação de “muito baixo” a “muito alto” para determinação da gravidade do risco e a categoria do risco em relação à sua tolerância. Risco é qualquer ocorrência que resulte em perdas, prejuízo ou danos aos envolvidos, sendo o risco operacional a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Fonte: os autores. Categorização do Risco https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com A definição das categorias dos danos deve ser realizada com cautela e deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo. A equipe responsável pela avaliação e análise de riscos no ambiente de trabalho deve ser treinada de forma a estar apta a considerar esses dois tipos de risco, sem que seja focado apenas um ou outro (BSI, 2004, on-line)³. No Quadro 1, é apresentado o exemplo de categorização da gravidade dos níveis de danos segundo a BS 8800:2004. Quadro 1 - Exemplo de categoria de danos Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³. A empresa ou organização deve considerar sua realidade e objetivos na definição das categorias de riscos que serão utilizados, uma vez que cada tipo de atividade apresenta características específicas e nem sempre o que vale para uma valerá para outra, mesmo que sejam do mesmo setor. Probabilidade de Ocorrência do Dano Para determinar a probabilidade do dano, é necessário levar em consideração as medidas de controle existente e possíveis alterações, o que implica também a consideração de recursos disponíveis para as adequações necessárias. Caso seja uma empresa nova, a análise inicial deve considerar uma previsão dos riscos e as medidas de controle que serão implementadas. As medidas devem ser embasadas na legislação vigente, seguindo as práticas e orientações publicadas pelas agências reguladoras e implementando controles apropriados a riscos específicos. Segundo a BSI (2004, on-line)3, além das informações específicas das atividades, a análise da probabilidade do risco deve considerar questões, como: a. frequência e duração da exposição de um indivíduo ao perigo; b. vulnerabilidade do indivíduo ou grupo de indivíduos (por exemplo, pessoal jovem ou inexperiente, mães grávidas, pessoas que trabalham sozinhas); c. falhas potenciais de serviços, como fornecimento de água e energia; d. falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança; e. exposição aos elementos; f. proteção oferecida pelo EPI e se este é usado corretamente; g. erros não intencionais ou violações intencionais de procedimentos, cometidos pelo indivíduo que realiza a atividade ou por terceiros, seja por falta de conhecimento, capacidade física, por subestimar os riscos, por comportamento, entre outros. Destaca-se que deve ser considerado o comportamento das pessoas em tarefas de rotina ou situações de emergência; h. falhas potenciais de causa comum que aumentem a probabilidade de ocorrência de danos. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Vale ressaltar que as organizações não devem confiar apenas em dados históricos uma vez que não podem refletir as condições atuais de equipamentos, da forma de trabalho, do ambiente e das pessoas. Entretanto, para os casos de danos à saúde, uma análise histórica pode apresentar informações úteis sobre os padrões de ausência, facilitando a priorização do risco (BSI, 2004, on-line) ³ . O Quadro 2 traz uma categorização dos danos simplificada indicada pela norma BS 8800:2004: Quadro 2 - Exemplos de categorias para probabilidade de danos. Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³. As organizações podem utilizar diferentes definições para as categorias de probabilidadee de risco, desde que sejam adequadas à realidade e às circunstâncias da organização, garantindo que “o intervalo seja apropriado tanto para incidentes específicos relacionados à segurança como para efeitos da saúde que possam se manifestar após uma exposição prolongada ao perigo ou algum tempo após a ocorrência do perigo” (BSI, 2004, on-line)³: Onde existe uma série de formas possíveis de desenvolver um cenário perigoso, é apropriado selecionar uma amostra representativa para avaliação de risco. Deve-se tomar cuidado, no entanto, para garantir que a amostra selecionada seja efetivamente representativa e que as medidas de controle adequadas e suficientes para os casos amostrados também sejam adequadas e suficientes em outros casos potenciais (BSI, 2004, p. 48, traduzido pelos autores) ³ . https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Estimativa, Aceitabilidade, Controle e Redução do Risco Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, estimativa é: avaliação ou cálculo aproximado de algo; parecer sobre uma pessoa ou situação, baseado nas evidências existentes. De forma genérica, podemos afirmar que a estimativa é uma previsão do que, como e quando algo pode ocorrer e quais as consequências resultantes do fato. A estimativa varia de uma situação ruim, passando pela ideal, culminando na situação ótima e possibilita determinar o quanto um risco é aceitável ou não e, então, decidir sobre as medidas de controle e redução do risco e de seus danos potenciais a serem implementadas. Por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal realiza a Operação Carnaval com base no número de acidentes e locais de maior frequência que ocorreram em anos anteriores, no mesmo período. A partir dessas informações, conseguem montar um plano de ação preventiva e corretiva (legislação de trânsito com multas, por exemplo) e de ação efetiva, como mais policiamento no período para fiscalizar e coibir as infrações, visando reduzir os riscos e minimizar as consequências, em caso de ocorrência. Utilizando a analogia, seria uma situação ruim o aumento do número de acidentes e de mortes nas estradas durante o período. Situação ideal seria a redução dos números em relação ao ano anterior, e situação ótima seria uma grande redução (40% ou mais) no número de acidentes e mortes em relação ao ano anterior, conforme determinado pela equipe responsável da elaboração do plano aplicado. Estimativa do Risco Na análise de riscos, deve-se dar atenção especial aos riscos associados a consequências mais nocivas e extremamente prejudiciais, estimando e classificando, também, os riscos que tenham ou não controle no local, o que deixa ainda mais claro a importância de manter os controles para as situações críticas (BSI, 2004, on-line) ³ . No Quadro 3 é apresentado um método simples para estimar os riscos, considerando a probabilidade e gravidade potencial de danos, combinadas aos níveis de gravidade e categoria do risco, já estudadas na aula anterior. Quadro 3 - Estimador de risco simples Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores) ³ . https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Nos casos em que um evento perigoso tenha potencial para causar danos a vários indivíduos, ou em que um número de pessoas esteja exposto ao mesmo risco individual, embora realizem atividades em momentos e locais diferentes, deve-se avaliar se o risco é tolerável para o indivíduo. Ao identificar as medidas a serem adotadas, deve-se levar em consideração que quanto maior o número de indivíduos expostos maior será o benefício alcançado pela medida implementada, sendo maior o benefício do investimento. As medidas de controle a serem implementadas devem considerar a susceptibilidade específica de cada indivíduo para avaliar se haverá necessidade de adaptação, como usar um painel com divisão em cores em locais onde trabalham pessoas com daltonismo (pessoas que não enxergam cores, ou têm limitações para enxergá-las). Aceitabilidade do Risco (Tolerabilidade) A análise de risco permite avaliar o risco antes de determinar qual o nível de risco deve ser considerado aceitável, tolerável ou inaceitável. Para um resultado mais exato acerca dessa aceitabilidade são utilizadas metodologias quantitativas. Nas metodologias semi-quantitativas ou qualitativas, a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a realidade da organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente. A BS 8800:2004 apresenta uma avaliação simplificada da tolerabilidade ao risco com base em uma relação entre o nível do risco e a avaliação da aceitabilidade, conforme demonstrado no quadro a seguir. Quadro 4 - Exemplo de avaliação da tolerabilidade ao risco Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores) ³ A tolerabilidade dos riscos de perigos específicos deve considerar o total de indivíduos expostos ao risco, aos riscos associados e a diferentes perigos atribuídos ao mesmo risco, além da exposição ao risco individual de pessoas pertencentes aos grupos especiais e vulneráveis (BSI, 2004, on-line) ³ . Controle e Redução do Risco Regras gerais podem ser estabelecidas para a tomada de decisão em relação às ações de controle e redução do risco, considerando as várias categorias de tolerabilidade, a prioridade das ações, a realidade e condições de cada organização, incluindo capital humano e financeiro disponível para a aplicação em segurança e saúde dos trabalhadores (BARSANO; BARBOSA, 2014). As organizações devem determinar seus próprios níveis de risco e escolher o nível de detalhamento das informações, que pode, ainda, incluir metas e prazos para a implementação de controles adicionais (BSI, 2004, on-line) ³ . https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com O risco de riscos individuais deve ser tolerável, independentemente da exposição individual ao perigo. Um risco inaceitável não se torna tolerável se a exposição for limitada a pouco tempo. Fonte: BSI (2004, on-line) ³ . A determinação dos níveis do risco é a base para decidir sobre a necessidade de implantação de controles aprimorados e a escala de tempo para a ação, sendo que o controle e sua urgência são proporcionais ao risco. Outro fator importante a ser considerado é o número de indivíduos expostos, diretamente relacionados ao risco e aos riscos associados. No Quadro 5, são apresentadas as orientações básicas para a seleção de controle de riscos da norma BSI 8800:2004. Quadro 5 - Um plano simples de controle baseado em risco Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores) ³ O processo de avaliação e análise de risco deve ser a base para a identificação das situações e cenários que exigem planos de emergência e de evacuação, incluindo equipamentos, assistência de emergência e outras ações necessárias para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. Embora a identificação de perigos e riscos sejam elementos essenciais do processo de análise de risco, apenas a aplicação de medidas de controle adequadas reduz os riscos. Em muitos casos, isso não exigirá mais do que comparar os controles em vigor em relação ao que é exigido por boas práticas estabelecidas e autorizadas (BSI, 2004, p. 58, on-line) ³ . A análise de risco deve ser detalhada o suficiente para a identificação dos perigos e medidas de controle necessárias para redução dos danos potenciais. Desta forma, pode-se afirmar que seu “resultado deve ser um inventário de ações, em ordem de prioridade, para elaborar, manter ou melhorar controles” (BSI, 2004, on-line) ³ . https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Análise de RiscoQualitativa, Quantitativa e Híbrida A análise de risco possibilita o planejamento antecipado de riscos, perigos e recursos a serem aplicados em segurança, o que pode gerar, além de bem-estar do trabalhador tanto pela segurança em si quanto pela participação no processo, uma economia de somas consideráveis em dinheiro, considerando os prejuízos potenciais relacionados à falta de segurança. Há uma diversidade nos procedimentos de análise de risco e técnicas adequadas para diferentes circunstâncias e pode ser dividida em três categorias: As técnicas qualitativas baseiam-se em processos de estimativa analítica e na capacidade dos gerentes de segurança-engenheiros. De acordo com técnicas quantitativas, o risco pode ser considerado como uma quantidade, que pode ser estimada e expressa por uma relação matemática, sob a ajuda de dados de acidentes reais registrados em um local de trabalho. As técnicas híbridas apresentam uma grande complexidade devido ao seu caráter ad hoc que impede uma ampla divulgação (MARHAVILAS; KOULOURIOTIS; GEMENI, 2011, p. 478). Análise Qualitativa de Riscos https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com A análise de risco qualitativa utiliza uma classificação de riscos pré-estabelecida e prioriza os riscos, considerando a probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos resultantes dos perigos identificados. Para Sotille (2013, on-line)⁴, a análise qualitativa implica avaliação da medida do entendimento do risco, a qualidade, a confiabilidade e a integridade das informações disponíveis sobre o risco, considerando que prioriza os riscos a partir dos danos potenciais. Parte de uma análise subjetiva que deve: • Documentar os riscos por nível e prioridade; • Determinar que eventos de risco terão resposta; • Determinar a probabilidade e as consequências dos riscos identificados, incluindo os riscos associados; • Determinar quais riscos devem ser quantificados ou quais devem receber ação imediata; • Determinar a classificação geral de riscos e suas respectivas medidas preventivas, corretivas ou de mitigação. A análise de risco qualitativa define os perigos potenciais, determina a extensão de vulnerabilidades e consequências possíveis e as medidas a serem adotadas quando houver ocorrências. Não envolve probabilidades numéricas ou previsões de perda e se constitui na base para a decisão do uso da análise quantitativa. Análise Preliminar de Riscos (APR), Lista de Verificação (Check-List), Estudo de Perigo e Operabilidade - HAZOP (do inglês, Hazard and Operability Studies) são algumas das técnicas de análise de risco qualitativa mais utilizadas. Análise Quantitativa de Risco A análise quantitativa pode ser entendida como uma análise numérica dos riscos de maior prioridade, utilizada para desenvolver a análise probabilística dos riscos identificados e já priorizados em uma análise qualitativa anterior. Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco (VOSE, 2008). Para tanto, são utilizados equipamentos específicos para identificar a exposição do indivíduo a determinado risco e, a partir da análise dos números, são estabelecidas as medidas de controle, tempo de exposição de exposição do trabalhador e ações de monitoramento. A confiabilidade, por exemplo, é definida quantitativamente e pode representar a probabilidade de um sistema desempenhar, adequadamente, suas funções, considerando determinadas condições de operação em certo período de tempo (VOSE, 2008). Entre as técnicas de análise de risco quantitativa mais utilizadas, podemos citar o Modelo de Risco Proporcional (ou modelo de Cox), Matriz de Decisão e Avaliação Quantitativa de Riscos (QRA). Análise Híbrida de Risco As técnicas híbridas ou análise quali-quantitativa fazem uso das duas análises explicadas anteriormente: a partir da priorização da análise qualitativa, analisa-se, numericamente, a probabilidade de ocorrência do dano em relação àquele risco. As técnicas mais utilizadas na análise de risco ocupacional são Análise de Árvore de Falhas (AAF), Processo Hierárquico Analítico (AHP - do inglês Analytic Hierarchy Process ) e Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA - do inglês Failure Mode and Effect Analysis ). Análise Qualitativa: • Riscos agrupados por categorias; • Priorização dos riscos; • Identificação dos riscos que exigem resposta em curto prazo; • Lista dos riscos de maior prioridade para análise e respostas adicionais; https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com • Lista de observação dos riscos de baixa prioridade. Análise Quantitativa: • Análise numérica da probabilidade de ocorrência do dano e suas consequências; • Lista por prioridade dos riscos quantificados. Análise Híbrida ou Análise Quali-Quantitativa: • Uso de uma ou mais técnicas de análise qualitativa e quantitativa na avaliação de riscos, resultando na priorização e na análise probabilística de ocorrência do dano. Fonte: os autores. De forma geral, podemos afirmar que a análise qualitativa é uma metodologia subjetiva, baseada na percepção do indivíduo em relação às características dos riscos presentes no ambiente ou de informação prévia de determinado produto, equipamento ou determinada substância. Enquanto a análise quantitativa é a mensuração do risco, é medir por meio de instrumentos e analisar numericamente de forma a determinar com maior exatidão o grau de comprometimento da saúde do trabalhador ou do ambiente. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/atividades Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação ATIVIDADES 1. A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, condições químicas e físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. Leia e analise as assertivas: I) A análise de risco de segurança consiste na avaliação causa-efeito do perigo e seu risco. II) O foco da análise de risco da saúde humana é a relação do indivíduo com os processos e as instalações da organização. III) A análise de segurança ambiental é caracterizada pelo estudo das interações complexas e sinérgicas entre ecossistemas, populações e comunidades. IV) Na análise de segurança da saúde devem ser consideradas tanto as características inerentes ao risco quanto a susceptibilidade do organismo exposto ao risco. Assinale a alternativa que aponte a(s) correta(s) : a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas IV. d) Apenas II e III. e) Apenas I, III e IV. 2. A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano e da sua gravidade potencial. Considerando a definição das categorias dos danos, analise as assertivas e assinale a alternativa incorreta : a) O risco operacional da possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. b) A análise da probabilidade do risco deve considerar o uso de equipamentos de proteção individual. c) As falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança não interferem na determinação da probabilidade do risco. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial d) A probabilidadedo dano é determinada, considerando a ocorrência do dano. e) A categoria do dano deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo. 3. A partir das estimativas realizadas para um risco ou um grupo de riscos pode-se determinar o quanto aceitável ou não é um risco e, então, implementar medidas de controle e redução do risco e de seus danos potenciais. Nesse contexto, leia e analise as afirmativas: I) Na análise de riscos, deve-se estimar e classificar também os riscos que tenham ou não controle no local. II) A estimativa dos riscos pode ser realizada, considerando probabilidade e gravidade potencial de danos, combinadas aos níveis de gravidade e categoria do risco. III) Nas metodologias semi-quantitativas ou qualitativas a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a realidade da organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente. IV) Quando o risco está associado a consequências extremamente nocivas, é necessária uma avaliação adicional para aumentar a confiança na probabilidade real de danos. É correto o que se afirma: a) Apenas em I e II. b) Apenas em II e III. c) Apenas em III e IV. d) Apenas em I, III e IV. e) Em I, II, III e IV. 4. Há uma diversidade nos procedimentos de análise de risco e técnicas adequadas para diferentes circunstâncias. A análise de risco quantitativa : a) Baseia-se em processos de estimativa analítica e na capacidade dos gerentes de segurança-engenheiros. b) Deve identificar os perigos e medidas de controle existentes para redução dos danos potenciais. c) Utiliza uma classificação de riscos pré-estabelecida e prioriza os riscos, considerando a probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos resultantes dos perigos identificados. d) Prioriza o risco e analisa, numericamente, a probabilidade de ocorrência do dano em relação àquele risco. e) Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/resumo https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação RESUMO A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, condições químicas e físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. Pode ser dividida por áreas: segurança (processos e instalações), saúde (com foco na saúde humana) e ecológica (ou ambiental). A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano e da sua gravidade potencial. A definição das categorias dos danos deve ser realizada com cautela, variando de dano rápido a extremo e deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo. Para determinar a probabilidade do dano, é necessário levar em consideração as medidas de controle existentes e possíveis alterações, o que implica também a consideração de recursos disponíveis para as adequações necessárias. A probabilidade varia de muito provável a muito improvável e é estabelecida segundo a frequência da ocorrência. A estimativa é uma previsão do que, como e quando algo pode ocorrer e quais as consequências resultantes do fato. Ela varia de uma situação ruim, passando pela ideal e culminando na situação ótima, determinada a partir da probabilidade e gravidade potencial de danos, combinado aos níveis de gravidade e categoria do risco. A análise de risco permite avaliar o risco antes de determinar qual o nível de risco deve ser considerado aceitável, tolerável ou inaceitável. Para resultado mais exato acerca desta aceitabilidade, são utilizadas metodologias quantitativas. Nas metodologias semi- quantitativas ou qualitativas, a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a realidade da organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente. No que diz respeito ao controle do risco, as regras gerais podem ser estabelecidas para a tomada de decisão em relação às ações de controle e redução do risco, considerando as várias categorias de tolerabilidade, a prioridade das ações, a realidade e condições de cada organização, incluindo capital humano e financeiro disponível para a aplicação em segurança e saúde dos trabalhadores. Há uma diversidade nos procedimentos de análise de risco e técnicas adequadas para diferentes circunstâncias e podem ser divididas em três categorias: qualitativas, quantitativas e híbridas (qualitativas-quantitativa, semi-quantitativas). Qualitativa: utiliza uma classificação de riscos pré- estabelecida e prioriza os riscos considerando a probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos resultantes dos perigos identificados; Quantitativa: análise numérica dos riscos de maior prioridade, utilizada para desenvolver análise probabilística dos riscos identificados e já priorizados em análise qualitativa anterior. Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco; Híbrida: utiliza as duas técnicas - a partir da priorização da análise qualitativa, analisa-se, numericamente, a probabilidade de ocorrência do dano em relação àquele risco. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/eu-indico Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Material Complementar Leitura O Acidente e a Organização Autor: Michel Llory e René Montmayeul - Tradução de Marlene Machado Zica Vianna Editora: Fabrefactum, 2014 Sinopse : a obra surgiu a partir da vontade do coletivo “Chaos” de elaborar e promover uma nova abordagem a partir dos riscos de acidente. O livro apresenta a análise organizacional da segurança abordada em estudos universitários tornando-a mais acessível ao leitor. Traz uma abordagem que estabelece pontes entre os saberes dispersos em diferentes áreas e métodos utilizados para a prevenção de acidentes. Acreditando que uma análise organizacional tem grande competência de utilização em prevenção de acidentes de trabalho, o livro é direcionado a todos que trabalham em ambientes industriais de risco e a todos os interessados pelos riscos e perigos do espaço público. O livro aborda também questões sobre o erro humano, o qual trata como uma espécie de dogma, que deve ser descartado para que ocorra uma análise organizacional da segurança. Apresentando seis acidentes em https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial localidades diferentes, o livro é dividido em três capítulos e a conclusão final. Por meio da realização de análise sobre os acidentes e com foco na organização como forma de prevenção dos mesmos,a publicação trabalha com a ideia de que prevenção é algo que não pode acontecer somente após o acidente, mas que deve ser algo para prever possíveis acidentes. A obra apresenta também os fundamentos e os princípios da análise organizacional. Tragédias, Crimes e Práticas Infrativas Decorrentes da não Observância de Normas Técnicas Brasileiras – NBR 29 Edição Autor: Mauricio Ferraz de Paiva Editora: Target Editora, 2015 Sinopse : essa publicação aborda, por meio da apresentação de casos reais, como o cumprimento de normas técnicas NBR – ABNT estão diretamente ligadas à segurança, à saúde e à qualidade de vida em nosso dia a dia. Discute, também, com essas normas geram economia: reduzindo a crescente variedade de produtos e procedimentos; facilitam a comunicação, proporcionando meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente e melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços; protegem o consumidor, provendo a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos e serviços; eliminam as barreiras técnicas e comerciais, evitando a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando, portanto, o intercâmbio comercial. Na Web Breve documentário sobre o maior acidente químico do mundo, ocorrido em 3 de dezembro de 1984, na cidade de Bhopal, Índia, quando um vazamento em um tanque de armazenamento subterrâneo de uma fábrica de pesticidas lançou ao ar 40 toneladas do gás isocianato de metila. Acesse link disponível em: < https://www.youtube.com /watch?v=yZMKAKSMFcY >. Acesse Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://www.youtube.com/watch?v=yZMKAKSMFcY https://www.youtube.com/watch?v=yZMKAKSMFcY https://www.youtube.com/watch?v=yZMKAKSMFcY https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/refer%C3%AAncias Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação REFERÊNCIAS AGÊNCIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Gestão de Riscos e Investigação de Eventos Adversos Relacionados à Assistência à Saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Caderno 7. p. 1-92. Brasília: ANVISA, 2017. Disponível em:<http://por tal .anvisa. gov.br/documents/33852 /3507912/Caderno+7++Gest%C3%A3o+de+Riscos+e+Investiga%C3%A7 %C3%A3o+de+Eventos+Adversos+Relacionados+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+S a%C3%BAde/6fa4fa91-c652-4b8b-b56e-fe466616bd57>. Acesso em: 09 abr. 2018. BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Controle de Riscos: Prevenção de Acidentes no Ambiente Ocupacional. São Paulo: Érica, 2014. BROWN, A. E. P. Análise de Risco. Boletim Técnico do GSI/NUTAU/USP , a. III, jan./fev. 1998. Disponível em: <http://w w w.lmc.ep.usp.br/grupos/gsi/wp-content/boletim/3-1.pdf>. Acesso em: 09 abr. 2018. CARDELLA, B. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes - Uma Abordagem Holística. São Paulo: Editora Atlas, 2008. CASAL, J. Evaluation of the Effects and Consequences of Major Accidents in Industrial Plants. 2. ed. Amsterdã: Elsevier, 2017. MARHAVILAS, P. K., KOULOURIOTIS, D.; GEMENI, V. Risk Analysis and Assessment Methodologies in the Work Sites: On a Review, Classification and Comparative Study of the Scientific Literature of the Period 2000-2009. Journal of Loss Prevention in the Process Industries , 24, 2011, 477- 523. Disponível em: < http://risktr.com/dokumanlar/risk%20analysis%20and%20assessment%20 methodologies%20in%20th%20work%20sites.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fportal.anvisa%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1vBoGg8XaCa7htXPFV-meU http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fportal.anvisa%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1vBoGg8XaCa7htXPFV-meU http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.lmc.ep.usp.br%2Fgrupos%2Fgsi%2Fwp-content%2Fboletim%2F3-1.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1YQfEOtoH1u75Ava0oHlMx http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.lmc.ep.usp.br%2Fgrupos%2Fgsi%2Fwp-content%2Fboletim%2F3-1.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1YQfEOtoH1u75Ava0oHlMx http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.lmc.ep.usp.br%2Fgrupos%2Fgsi%2Fwp-content%2Fboletim%2F3-1.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1YQfEOtoH1u75Ava0oHlMx http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Frisktr.com%2Fdokumanlar%2Frisk%2520analysis%2520and%2520assessment%2520&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2ohrsKfJOQxqMX0zlgQ9JO MORAES, G. Sistemas de gestão de riscos. Princípios e diretrizes. ISO 31000/2009. Comentada e ilustrada. ed. v. 1. Rio de Janeiro: GVC, 2010. NUNES, I. L. Occupational safety and health risk assessment methodologies. European Agency for Safety and Health at Work – OSHA , Portugal, 2016. Disponível em: < https://oshwiki.eu/wiki/ Occupational_safety_and_health_risk_assessment_methodologies>. Acesso em: 09 abr. 2018. SILVA, A. L. C. A segurança do trabalho como uma ferramenta para a melhoria da qualidade. 2011.147 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria – RS, 2011. Disponível em: <http://repositorio.ufsm.br/bitst r eam/ handle/1/8206/SILVA %2c%20ANDRE%20LUIS%20CABRAL.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 09 abr. 2018. VOSE, D. Risk Analysis: A quantitative guide. England: John Willey & Sons, 2008. REFERÊNCIAS ON-LINE 1 Em: <http://www.sra.org/>. Acesso em: 9 abr. 2018. 2 Em: < http://www.ibama.gov.br/phocadownload/relatorios/acidentes_ambientais/ibama-2014- relatorio_acidentes_ambientais.pdf>. Acesso em: 9 abr. 2018. 3 Em: <https://www.tsoshop.co.uk/bookstore.asp?FO=1159993&DI=521476>. Acesso em: 9 abr. 2018. 4 Em: <http://www.pmtech.com.br/PMP/Qualitativa.pdf>. Acesso em: 9 abr. 2018. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Frepositorio.ufsm.br%2Fbitstream%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1m7iib3hIOX40WG4ghzcwy http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Frepositorio.ufsm.br%2Fbitstream%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1m7iib3hIOX40WG4ghzcwy http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ibama.gov.br%2Fphocadownload%2Frelatorios%2Facidentes_ambientais%2Fibama-2014-&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0PezK1mJx47jJZIU07RG2Z https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/aprofundando Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação APROFUNDANDO O entendimento de forma geral é que as ações de sustentabilidade geram custos altos, entretanto ainda é lenta a percepção de que os custos das consequências do não investimento em ações preventivas e melhorias de gestão é ainda maior. A responsabilidade de um gestor de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde - Responsabilidade Social (QSMS-RS) e Sustentabilidade vai além das ações internas, principalmente, ao analisar o valor da imagem de uma empresa e o quanto ela pode ser desgastada diante de um grande acidente ambiental, ou perante os altos custos de afastamento de trabalhadores por acidentes de trabalho, ou, ainda, pelo prejuízo financeiro pela falta de qualidade dos produtos entregues ao mercado. Ao pontuar a gestão da saúde e segurança do trabalhador, temos que associar aos custos das ocorrências a percepção e a influência destas aos demais colaboradores não envolvidos e suas consequências psicológicas. Acidentes de trabalho podem ser fatais ou causar mutilações e, quando acontece, o fator psicológico dos colaboradores é afetado bem como toda a sua produção. É fundamental que o gestor de QSMS-RS não sedeixe levar pela complacência e abra exceções em diferentes casos. O controle das exceções em uma atividade com 200 ou 2000 colaboradores acaba por tornar-se insustentável, principalmente, quando prazos e metas não são atingidos. Não é que o gestor deva ser a pessoa mais amada ou mais odiada, mas deve ser a mais consciente e cumprir o que lhe foi delegado pela organização, principalmente no que diz respeito à proteção da vida e do meio ambiente. Essa é sua função, e abrir exceções é não cumprir a função adequadamente, quebrar as regras que garantem o bom andamento dos trabalhos e implantação da cultura de segurança e sustentabilidade na empresa. Roche (2017) relata um acidente de vazamento de H2s - sulfeto de hidrogênio ou gás sulfídrico, também chamado de assassino silencioso, por não apresentar odor e ser altamente inflamável, considerado um dos mais temidos agentes de riscos encontrados em alguns campos de petróleo. Em um final de semana, a manutenção de uma empresa identificou defeito em uma válvula em uma estação transferência de produto e, a equipe que estava deixando o turno decidiu verificar sem autorização de permissão de trabalho, devido à pressa em sair. Não houve preparação, uso de EPI e conhecimento dos procedimentos de segurança a serem aplicados à ocorrência e, ainda com a liberação do gestor de segurança que “só dessa vez”, autorizou a verificação sem o cumprimento dos procedimentos padrões. Ao chegarem ao local, o primeiro trabalhador desceu em um espaço confinado para verificação do problema da válvula e desmaiou. Na intenção de resgatar o companheiro, desceram o segundo, o terceiro e assim sucessivamente até o quinto membro da equipe, sem sucesso. Ninguém deu o alerta e, somente após o quinto homem ter descido, o ultimo membro assistindo à situação, não desceu e chamou a emergência. A equipe de resgate não tinha treinamento para esse tipo de ocorrência, mas muito boa vontade em ajudar. O regaste do único homem com vida foi feito com máscaras, entretanto, ao retirá-lo do espaço confinado lhe deram água o que resultou numa reação ácida na garganta do indivíduo que também faleceu. Destaca-se que a mistura H20+H2s =ÁCIDO e nunca poderia ter acontecido. Os acontecimentos foram esclarecidos por meio da investigação do acidente, que também detectou que a válvula com defeito já https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial tinha dado problemas antes e o pessoal da manutenção não colocou o problema no rol de prioridades ficando para depois. Procedimentos e normas de segurança devem ser redigidos. Pessoas morrem, sofrem mutilações, ou outras danos por falta de procedimentos claros, treinamentos e conhecimentos das normas de segurança, principalmente, de suas especificidades. Diante do fato, chamamos atenção para a reflexão: Quanto vale uma vida humana? Quanto custou este acidente à imagem da empresa? O quanto as nossas ações ou omissões podem interferir ou mesmo ser agente causador de um acidente? Qual o seu nível de responsabilidade nas ocorrências do seu ambiente de trabalho? Você poderia alterar resultados ruins ou contribuir para melhorar ainda mais os bons? REFERÊNCIAS ROCHE, Roberto. Complacência mata! 2017. Disponível em: <http://sustentahabilidade.com/complacencia-mata/>. Acesso em: 9 abr. 2018. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fview%2Fexpedienteunicesumar%2Fp%25C3%25A1gina-inicial&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw086V6F5xmP9H59FzTAbq6f Unidade 2 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; OLIVEIRA, Júlio César Dainezi de; MACHADO, Heloisa Helena da Silva. Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Júlio César Dainezi de Oliveira; Heloisa Helena da Silva Machado. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 3 7 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gerenciamento 2. Risco 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-1326-9 CDD - 22 ed. 368.01 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un2/pagina-inicial Unidade 3 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO APLICADAS À GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR Professores : Dr. Júlio César Dainezi de Oliveira Me. Heloisa Helena da Silva Machado Objetivos de aprendizagem • Conhecer a APR e suas aplicações. • Compreender a AFF e suas aplicações. • Aprender sobre as técnicas e as suas relações. • Estudar a metodologia HAZOP e suas aplicações. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial • Saber sobre o FMEA e suas aplicações. Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Técnicas de análise de risco: Análise preliminar de risco (APR) • Técnicas de análise de risco: Análise de árvore de falhas (AAF) • Técnicas de análise de risco: Técnica de Incidentes Críticos (TIC): What if – lista de verificação (checklist) • Técnicas de análise de risco: HAZOP • Técnicas de análise de risco: FMEA Introdução No contexto do gerenciamento de riscos, a aplicação de técnicas e ferramentas contribui para o entendimento das situações que se apresentam, além de facilitar a identificação e a aplicação das ações de prevenção, minimização ou mitigação de ocorrências potencialmente perigosas. As técnicas de análise de risco são fundamentais no processo decisório das organizações no que diz respeito aos recursos destinados à segurança organizacional, ações para evitar acidentes, perdas e danos e saúde e segurança dos trabalhadores. Não há uma única técnica ou metodologia para a análise de risco, mas, sim, técnicas que podem ser aplicadas em conjunto, com características específicas, utilizadas para atender às necessidades de cada organização. A seguir, conheceremos as principais técnicas utilizadas na análise de risco ocupacional em diferentes países e reconhecidas pelas organizações de referência em Segurança e Saúde Ocupacional: • Análise Preliminar de Risco (APR): análise inicial de uma situação; • Análise Preliminar de Perigo (APP): identificação prematura de perigos existentes; • Análise de Árvore de Falhas (AAF): obtenção do conjunto de causas (falhas) de um determinado evento e identificação da probabilidade de ocorrência doevento indesejado; • Técnica de Incidentes Críticos (TIC): avalia os riscos potenciais a partir de acontecimentos anteriores; https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://getfireshot.com • What-If : abordagem primária na identificação de riscos; • Lista de Verificação (Checklist): utilizada para compensar os limites da memória e atenção humana; • Hazard and Operability Study (HAZOP) : estudo sistemático dos perigos e operabilidade do processo ou operação; • Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) : Análise do Modo e Efeito de Falha - metodologia utilizada na avaliação e minimização de riscos a partir da análise de causa-efeito e risco de cada tipo de falha. Bons estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 Unidade 3 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Técnicas de Análise de Risco: Análise Preliminar de Risco (APR) Os elementos que determinam a busca de técnica para o gerenciamento de riscos e o controle de perdas podem ser analisados sob três aspectos: tecnológicos, econômicos e sociais. Os aspectos tecnológicos compreendem o desenvolvimento de processos mais complexos, uso de novos materiais, novas técnicas, produtos e substâncias ou condições operacionais. Os aspectos econômicos estão relacionados ao aumento das plantas industriais e à busca permanente pela redução dos custos de processo de forma a garantir a efetividade da empresa em um mercado competitivo e global. Os fatores sociais apresentam significativa importância ao analisarmos a concentração demográfica próxima às áreas industriais, o aumento da preocupação da sociedade com a preservação do meio ambiente e segurança da vida no planeta. As técnicas de análise de risco contemplam os três aspectos e são ferramentas que auxiliam no gerenciamento de riscos para avaliação, revisão, reformulação de práticas de segurança industrial, de padrões e regulamentações, de critérios de aceitabilidade de riscos, de identificação e quantificação de perigos, além da elaboração e implantação de ações preventivas, corretivas e sistemas de resposta para emergências (AMORIM, 2010). De acordo com a ISO GUIA 73:2009, a Análise de risco é processo de compreender a natureza do risco e determinar o nível de risco. A análise de riscos fornece uma base para a avaliação de risco e as decisões sobre o tratamento de risco e inclui a estimativa de risco. Trata-se do estudo quantitativo de riscos baseado em técnicas de identificação de perigos, estimativa de frequências e consequências, análise de vulnerabilidade e na estimativa do risco. Fonte: adaptado de ABNT (2009). https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial A análise de risco deve ser realizada quando existem perigos potencias que podem resultar em danos graves às pessoas ou à empresa, quando são identificados acidentes frequentes com vítimas ou quando os riscos não são conhecidos. As regras de segurança devem ser claras e estabelecidas a partir do conhecimento e tratamento dos riscos. Ainda devem ser considerados para a escolha do tipo de análise a ser utilizada: • Qualidade e detalhamento das informações. • Informações atualizadas. • Custos da análise. • Tempo entre as decisões e a implementação das ações necessárias. • Disponibilidade de pessoal qualificado para executar o processo. Entre as principais técnicas de análise utilizadas no âmbito da saúde e segurança do trabalhador, podemos citar: • Análise Preliminar de Riscos (APR). • Análise Preliminar de Perigo (APP). • Análise de Árvore de Falhas (AAF). • Técnica de Incidentes Críticos (TIC). • What-If / Checklist. • Hazop . • Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE ou FMEA). Análise Preliminar de Risco (APR) A Análise Preliminar de Risco (APR) é uma técnica utilizada na análise inicial de uma situação e pode ser combinada a outras técnicas e metodologias. De caráter qualitativo, tem por objetivos determinar os riscos e as medidas preventivas antes da fase de operação efetiva. O desenvolvimento da metodologia da APR consiste na revisão geral da segurança a partir de um padrão pré-determinado, para identificação das causas e efeitos de cada risco, medidas de prevenção, correção ou categorização dos riscos, culminando na priorização das ações a serem aplicadas. Pode se dizer que é o estudo realizado durante a fase de concepção de uma nova medida ou sistema de segurança, ou da implantação de um novo processo, ou da modificação de um layout, entre outras situações, de forma a determinar quais os riscos, perigos e consequências futuras poderão se apresentar relacionados a mudanças. A Análise Preliminar de Riscos tem início na identificação antecipada de fatores que representem perigo e analisa detalhadamente as etapas do processo, permitindo a determinação das ações mais adequadas para eliminar ou minimizar as possibilidades de ocorrências indesejadas (AMORIM, 2010). A APR é uma das técnicas mais utilizadas atualmente e devido à sua alta eficácia e pelo envolvimento de diversos profissionais, faz parte do cotidiano tanto de profissionais como de estudantes do setor de segurança e saúde do trabalho. O âmbito da Análise Preliminar de Risco é bastante amplo, mas, dentre os principais objetivos, podemos citar: • Identificação aprofundada dos riscos no ambiente de trabalho. • Orientação clara e objetiva da equipe de colaboradores. • Estabelecimento de procedimentos que visem à segurança. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com • Organização e sistematização das tarefas desenvolvidas no processo. • Planejamento amplo de cada etapa e de cada tarefa. • Orientação e capacitação da equipe quanto aos riscos da atividade laboral. • Prevenção de acidentes, causados por falha mecânica ou humana. Para cada perigo identificado, a APR busca determinar quais são os eventos associados, as causas e suas consequências e, ainda, as ações preventivas a serem adotadas conforme a causa e a sua consequência. Segundo Amorim (2010, p. 4), “à medida que cada perigo é identificado, as causas em potencial, os efeitos e a gravidade dos acidentes, bem como as possíveis medidas corretivas e/ou preventivas, são também descritas”. Como etapas básicas da APR, podemos citar: I - Identificação dos riscos potenciais. II - Avaliação das ações de controles aplicáveis aos riscos de identificados, incluindo a avaliação de erros humanos. III - Identificação das consequências. E estas etapas devem considerar: 1. Revisão de problemas conhecidos: a partir de experiências anteriores ou em processos similares. 2. Revisão da missão da organização: rever as ações e procedimentos para o cumprimento dos objetivos. 3. Identificar os principais riscos: aqueles com potencial para danos diretos e imediatos às pessoas envolvidas, danos a equipamentos e perdas materiais. 4. Determinar os riscos iniciais: após determinar o risco principal, identificar o risco inicial e a série sequencial dos riscos relacionados. 5. Revisão dos métodos de controle: identificar quais as ações de eliminação e controle existentes, quais são eficientes e quais podem ser melhoradas ou eliminadas. 6. Indicação dos responsáveis: indicar quais os responsáveis pelas ações corretivas, com determinação da atividade individual a ser desenvolvida. 7. Identificação de eventos naturais que podem afetar a organização, considerando a sua região de operação,como ventos, inundações e instabilidade do solo. Vale destacar que a APR é responsabilidade do supervisor da empresa executante. Entretanto, é de fundamental importância a participação coletiva dos colaboradores e a assessoria da equipe do SESMT para seja aplicada corretamente. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Na Figura 1, a seguir, é apresentado um exemplo da APR para poda de árvores em área energizada, com uso de escada. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Análise Preliminar de Perigos (APP) Análise Preliminar de Perigo é uma técnica qualitativa utilizada para a identificação prematura de perigos existentes em unidades industriais, ou na execução de serviços e processos pode ser classificada a partir da frequência, severidade e risco da ocorrência. De uma forma mais simplificada, pode-se dizer que complementa a APR, sendo sua matriz formada pelos perigos e riscos identificados relacionados às consequências e frequência das ocorrências. Quanto à consequência, é considerada a categoria de severidade de cada perigo identificado relacionando as consequências da ocorrência (AMORIM, 2010): IV - Catastrófica: morte, incapacidade permanente total, perda do equipamento/ instalações, danos graves ao meio ambiente (não recuperável), perda financeira elevada, danos à imagem da empresa. III - Crítica: lesões graves com incapacidade parcial grave, perda parcial do equipamento, danos sérios às instalações, grandes perdas financeiras, danos sérios ao meio ambiente. II - Marginal: lesões graves com incapacidade parcial leve, danos leves aos equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente (facilmente recuperável), perdas financeiras indiretas e pequenas. I - Desprezível: lesões leves (tratamento médico e retorno imediato ao trabalho), danos leves aos equipamentos, não prejudicial ao meio ambiente. E para a frequência, considera-se a categoria provável da ocorrência (Amorim, 2010): a. Frequente: uma ou mais ocorrências a cada ano de operação do sistema / vários registros em situações similares anteriores. b. Provável: uma ocorrência durante a vida útil do sistema / pelo menos um registro em situações anteriores e nenhuma modificação no sistema ou nos procedimentos que reduza a chance de ocorrência. c. Ocasional: a ocorrência do cenário depende de uma única falha (humana ou equipamento) / sem registro em situações similares anteriores (pelo menos 30 dias). d. Remota: falhas múltiplas no sistema (humanas e/ou equipamentos) / falha estrutural / mecânica de equipamentos rotativos. e. Extremamente Remota: falha estrutural de equipamentos estáticos / falhas múltiplas de sistemas de proteção. A combinação das categorias de frequência com as de severidade possibilita a construção da Matriz de Riscos, tendo como resultado informações qualitativas referentes à aceitabilidade do risco de cada cenário identificado na análise, conforme demonstrado na Figura 2 a seguir. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Figura 2 - Matriz de Riscos Fonte: adaptado de Amorim (2010). Considerando as cores utilizadas, podemos identificar: • Verde: riscos aceitáveis. • Amarelo: riscos aceitáveis, com implementação de medidas a médio e longo prazo. • Vermelho: riscos inaceitáveis com implementação de soluções imediatas. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Técnicas de Análise de Risco: Análise de Árvore de Falhas (AAF) A Análise de Árvore de Falhas – AAF (Failure Tree Analysis – FTA) é um processo lógico dedutivo, desenvolvido a partir de um evento pré-definido para identificar as suas possíveis causas, analisado usando a lógica booleana para combinação de uma série de eventos de nível inferior. A árvore de falhas tem por objetivo a obtenção do conjunto de causas (falhas) de um determinado evento e a identificação da probabilidade de ocorrência do evento indesejado, a partir da análise de dados quantitativos, utilizando um diagrama lógico ou análise booleana simplificada. A análise da AAF pode ser realizada de três formas: 1. Desenvolver a árvore e efetuar a análise simples sem o uso de cálculos. 2. Desenvolver a árvore e efetuar a análise simples e fazer os cálculos em calculadoras portáteis ou réguas de cálculo. 3. Desenvolver a árvore e utilizar um computador para efetuar os cálculos. Uma árvore de eventos tem início a partir de um iniciador indesejável (perda de fornecimento crítico, falha de componente etc.) e segue possíveis eventos adicionais do sistema até uma série de consequências finais. A cada novo evento, um novo nó na árvore é adicionado com as probabilidades possíveis para tomar o rumo de qualquer um dos ramos já existentes. Isso permite a visão das probabilidades de uma série de “eventos topo”, decorrentes do evento inicial. A árvore é escrita usando símbolos de porta lógica (dispositivo que executa uma operação lógica) convencionais. Identifica-se, então, o conjunto de corte, ou seja, uma combinação de eventos que causam o evento superior. Se nenhum evento pode ser extraído de um Conjunto de Corte sem causar o evento superior, então o Conjunto de Corte é chamado de Conjunto de Corte Mínimo (CQE ACADEMY, [2018]). Os símbolos de evento utilizados na AAF são agrupados como eventos, portões e símbolos de transferência. São eles: Figura 3 - Símbolos de eventos usados na AFF Fonte: os autores. • Evento básico : falha ou erro em um componente ou elemento do sistema (exemplo: interruptor preso na posição aberta). • Evento externo : normalmente esperado para ocorrer (não por si só uma falha) • Evento não desenvolvido : um evento sobre o qual a informação insuficiente está disponível ou que não tem nenhuma consequência. • Evento de condicionamento : condições que restringem ou afetam portões lógicos (exemplo: modo de operação efetivo). https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Um portão de evento intermediário pode ser usado imediatamente acima de um evento primário, para fornecer mais espaço para digitar a descrição do evento. A AAF é uma abordagem de cima para baixo. Os símbolos de portão (do inglês: gate) descrevem a relação entre eventos de entrada e saída: Figura 4 - Símbolos de portão (entrada e saída) Fonte: os autores. • OR gate (portão OU) - a saída ocorre se ocorrer alguma entrada • AND gate (portão E) - a saída ocorre apenas se todas as entradas ocorrerem (as entradas são independentes) • OR gate exclusivo - a saída ocorre exclusivamente se uma entrada ocorrer • Prioridade AND gate - a saída ocorre se as entradas ocorrem em uma sequência específica determinada por um evento de condicionamento Figura 5 – Símbolos de transferência • Portão de inibição - a saída ocorre se a entrada ocorre sob uma condição de Fonte: os autores. habilitação especificada por um evento de condicionamento. Os símbolos de transferência são usados na conexão das entradas e saídas de árvores de falhas relacionadas, como a árvore de falhas de um subsistema em seu sistema. Os eventos em uma árvore de falhas estão associados a probabilidades estatísticas de eventos que dependem da relação entre a função de risco do evento e um intervalo de tempo pré-determinado para análise do evento (CQE ACADEMY, [2018]). A análise da AAF pode ser dividida em cinco etapas: 1. Definir o evento indesejado, foco do estudo: selecionar a falha ou o evento indesejável e determinar a possibilidade de ocorrer. Alguns eventos são de identificar, mas outros podem exigir o conhecimento de profissionais específicos. 2. Compreender o sistema: uma vez selecionado o evento não desejado,todas as causas com probabilidades de afetar o evento indesejável são estudadas e analisadas. É necessário revisar os fatores de influência e determinar as condições de eventos ou falhas específicas que podem contribuir para a ocorrência do evento indesejado. 3. Construir a árvore de falhas: fazer a diagramação dos eventos contribuintes e das falhas, de modo que fique clara a inter- relação entre eles e sua relação com o evento de estudo, de forma a conhecer todos os efeitos causadores (e, se possível, suas probabilidades). A árvore de falhas é baseada nos portões AND e OR que definem suas principais características. 4. Avaliar a árvore de falhas: avaliação e análise para identificar todos os perigos possíveis que afetam o sistema de forma direta ou indireta e aplicar o gerenciamento de riscos e identificar as ações necessárias para a melhoria do sistema. 5. Controle dos perigos identificados: é muito específico e difere de um sistema para outro, mas o ponto-chave é verificar todos os métodos possíveis para diminuir a probabilidade de ocorrência do evento. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Dentre os benefícios do uso da AAF na análise de risco, destacam-se: • Conhecimento detalhado de uma instalação ou sistema. • Compreensão da lógica que leva ao evento indesejável. • Identificação da frequência de ocorrência de uma determinada hipótese acidental. • Identificação das causas básicas de um evento acidental e das falhas mais prováveis que contribuem para a ocorrência de um acidente maior. • Detecção de falhas potenciais, difíceis de serem reconhecidas. • Priorização das causas que levaram ao evento principal e à criação de listas de equipamentos/procedimentos críticos para implementação de medidas por nível de importância. • Monitoramento e controle do desempenho do sistema de segurança. • Minimização e otimização de recursos. • Tomada de decisão quanto ao controle dos riscos associados à ocorrência de um determinado acidente, com base na frequência de ocorrência calculada e nas falhas contribuintes de maior significância. Na figura 6, é apresentado um exemplo da aplicação da diagramação da AAF para o caso de uma explosão de um aquecedor de água. Figura 6 - Exemplo de AAF para o evento: explosão do aquecedor de água Fonte: CQE Academy ([2018], tradução dos autores). A metodologia da Árvore de Falhas avalia falhas múltiplas e pode ser configurada para eventos positivos (não acidentes). Fonte: os autores. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Técnicas de Análise de Risco: Técnica de Incidentes Críticos (TIC) – What If – Lista de Verificação (Checklist) Técnica de Incidentes Críticos – TIC A Técnica de Incidentes Críticos (TIC), em inglês: Critical Incident Technic (CIT), avalia os riscos potenciais a partir de acontecimentos anteriores de incidentes críticos ocorridos no processo, na organização ou em sistemas, com foco na análise comportamental dos indivíduos envolvidos. A TIC consiste em um conjunto de procedimentos usados para coletar, por meio de observações, informações comportamentais avaliadas como críticas, a partir de critérios definidos previamente. As observações são utilizadas para resolver problemas básicos e desenvolver princípios psicológicos, sendo considerado como crítico aquele incidente que contribuir, positiva ou negativamente, para um determinado evento ou fenômeno. As informações normalmente são coletadas a partir entrevistas, nas quais os indivíduos contam sobre a experiência vivida (SERENKO; STACH, 2010). uma morte súbita na linha do dever, lesões graves de um tiroteio, uma ameaça física ou psicológica para a segurança ou o bem-estar de um indivíduo ou comunidade, independentemente do tipo de incidente. Além disso, um incidente crítico pode envolver qualquer situação ou evento enfrentado por pessoal de emergência ou de segurança pública (respondedores) ou indivíduo que cause uma situação angustiante, https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com mudança ou ruptura dramática ou profunda em seu funcionamento físico (fisiológico) ou psicológico. Muitas vezes, existem emoções estranhamente fortes associadas ao evento que têm potencial para interferir com a habilidade dessas pessoas de funcionar na cena de crise ou longe dela. O método da TIC é flexível e depende de cinco áreas principais (SERENKO; STACH, 2010): 1. Determinação e análise do incidente. 2. Coleta dos detalhes do incidente dos participantes envolvidos. 3. Identificação dos problemas e consequências resultantes. 4. Resolução dos problemas a partir da identificação de diferentes soluções possíveis. 5. Avalição da solução adotada a fim de identificar se esta solucionará a causa raiz da situação e não causará mais problemas. Para Davis (1998) e Serenko e Stach (2010), a TIC apresenta algumas desvantagens, entre elas o fato de depender da lembrança dos incidentes pelos usuários, os quais deverão apresentar informações precisas e verdadeiras em seus relatos. Outro fator a ser considerado é a relação tempo e análise dos fatos, o que faz com que o método tenha uma inclinação para uso em casos de acontecimentos recentes. E, por fim, visto que o método é baseado em incidentes e relata informações sobre a situação cotidiana, ele não é considerado muito representativo. WHAT-IF (WI ou SWIFT) A metodologia What-If ou Structured What If Techincal (SWIFT), técnica de análise geral e qualitativa, tem aplicação simples e é utilizada como abordagem primária na identificação de riscos de processos, projetos, operações e sistemas. Constitui-se em um método de análise de riscos prospectivo que faz uso de brainstorming estruturado com palavras-guia e instruções para identificar riscos com o objetivo de ser mais rápido do que métodos mais intensivos, para uma abordagem em primeira instância na detecção exaustiva de riscos, tanto na fase de processo, projeto ou pré-operacional, não sendo sua utilização unicamente limitada às empresas de processo. Brainstorming: técnica de discussão em grupo que se vale da contribuição espontânea de ideias por parte de todos os participantes, no intuito de resolver algum problema ou de conceber um trabalho criativo. O brainstorming é uma dinâmica de grupo que é usada em várias empresas como uma técnica para resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e para estimular o pensamento. Fonte: os autores. O principal objetivo dessa técnica é verificar as possíveis omissões em procedimentos e normas e avaliar o comportamento e capacitação do pessoal envolvido nas atividades no ambiente de trabalho, visando identificar os riscos e os tratamentos aplicados. Lista de Verificação (CHECKLIST) https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com A lista de verificação é utilizada na redução das falhas ao compensar os limites da memória e atenção humana. Tem por objetivo garantir que as tarefas sejam completamente realizadas e de forma consistente e adequada, uma vez que estabelece tarefas a serem realizadas em determinado dia e hora ou, ainda, considerando outras variáveis, com documentação da tarefa realizada. A metodologia é simples e consiste na identificação das atividades e tarefas a serem desenvolvidas, diagramadas em formulário e relacionadas a respostas diretas, como: SIM, NÃO ou NÃO APLICÁVEL. As respostas devem ser adequadas à realidade de cada atividade, tarefa ou organização. No exemplo a seguir será apresentado um modelo de lista de verificação utilizada para a norma NR-11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3https://getfireshot.com Figura 7 - Lista de Verificação NR-11 / Fonte: Neto ([2018], on-line)². Técnicas de Análise de Risco: HAZOP https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com HAZOP, do inglês: Hazard and Operability Study , Estudo de Perigos e Operabilidade, consiste em um estudo sistemático de um processo ou operação complexos com o objetivo de identificar problemas com potenciais riscos aos indivíduos envolvidos e avaliar os problemas que apresentem riscos aos equipamentos. Essa metodologia é baseada na avaliação do design do processo a partir de sua divisão em seções simplificadas, denominadas “nós” para análise individual. Trata-se de uma análise qualitativa que visa estimular a imaginação dos participantes para identificação de possíveis riscos e problemas operacionais. Para Dunjó et al. (2010), o sucesso do método está em separar o processo, a planta ou a organização em seções gerenciáveis, garantindo a análise de todos os equipamentos da unidade. Na figura 8, é apresentada as principais etapas para o desenvolvimento do HAZOP. Figura 8 - Etapas para o desenvolvimento do HAZOP Fonte: Sella (2014, p. 18). O principal objetivo do método, quando aplicado aos riscos operacionais, é a identificação dos perigos e a minimização ou eliminação completa destes, a partir de implantação de medidas adequadas para neutralizar as fontes de riscos potenciais. O HAZOP deve ser aplicado a processos com informações suficientes, disponíveis e que não sejam susceptíveis a mudanças significativas, sendo que os dados formarão os “nós” que terão o foco do estudo especificado, a “intenção do projeto”. A extensão de cada nó deve ser apropriada para a complexidade do sistema e magnitude dos perigos que ele possa representar. Para cada nó, deverá ser utilizada uma lista de palavras-chave padronizadas e parâmetros de processo para identificar possíveis desvios, e para cada desvio são identificadas as causas e consequências com probabilidade de ocorrência. Só então são verificadas se as medidas de controle existentes são suficientes e adequadas ou se há necessidade de implantação de medidas e ações adicionais. A metodologia HAZOP atua em duas frentes diferentes: https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com 1. Problemas de segurança: perigos que oferecem risco aos operadores e/ ou aos equipamentos de instalação. 2. Problemas de operabilidade: embora não ofereçam perigo, podem causar perdas na produção ou afetar a qualidade do produto ou a eficiência do processo. No Quadro 1, a seguir, são apresentadas as palavras-chave ou palavras-guia e os parâmetros de processo, respectivamente. Quadro 1 - Palavras-chave do HAZOP *Palavras-chave aplicadas às operações em lote ou sequenciais. Fonte: BSI (2002, on-line, tradução dos autores). “Os estudos de tipo HAZOP também podem considerar as palavras-chave e os elementos de identificação aos quais são aplicáveis ou considerar os parâmetros associados aos elementos da planta e aplicando-lhes sistematicamente as palavras- guia” (BSI, 2002, on-line). Para produzir uma avaliação abrangente do processo, deve-se combinar as palavras- chave com os parâmetros: fluxo, pressão, temperatura, reação, nível e composição. A seguir, no Quadro 2, é apresentada uma visão geral da combinação da palavra- chave e o parãmetro associado. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Quadro 2 - Combinação de palavras-chave e parâmetros associados utilizados em HAZOP Fonte: BSI (2002, on-line, tradução dos autores). “Quando uma palavra-guia é significativamente aplicável a um parâmetro, por exemplo, NÃO FLUXO, MAIS TEMPERATURA, sua combinação deve ser registrada como um desvio de potencial credível (a partir da intenção do projeto) que requer a palavra REVEJA” (BSI, on-line, 2002, tradução dos autores). Segundo a British Standard Institution (2002), o sucesso do método depende dos membros da equipe executora, considerando sua atenção e capacidade de identificação dos problemas. Portanto, é importante que as reuniões de equipe tenham tempo limitado com intervalos entre elas. O Estudo de Risco e Operacionalidade (HAZOP) pode ser utilizado em diferentes momentos do ciclo de vida do processo, do desenvolvimento do processo ao encerramento da planta, incluindo avaliação de perigo de quaisquer modificações propostas durante a operação. O nível de detalhamento aumenta à medida que o processo é desenvolvido. A equipe que realizará o estudo de HAZOP deve ser multidisciplinar, devido às características específicas de cada processo e das atividades desenvolvidas a partir do estudo. Entretanto, deve ser o menor possível e com consistentes habilidades e experiências dos profissionais envolvidos. Cada membro da equipe deve ter papel bem definido, sendo que a duplicação de funções deve ser evitada. O número recomendado para a composição da equipe é de cinco pessoas, sendo maior conforme o tamanho da organização ou da complexidade do processo em estudo. No Quadro 3, é apresentado um exemplo de uma distribuição básica das funções para uma equipe de HAZOP. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Quadro 3 - Equipe de HAZOP Fonte: BSI (2002, on-line, tradução dos autores). A seguir, na Figura 9, é apresentado um exemplo de planilha de um estudo de HAZOP. Figura 9 - Exemplo de planilha de HAZOP Fonte: Segurança do trabalho ([2018], on-line)³. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Técnicas de Análise de Risco: FMEA FMEA ( Failure Mode and Effect Analysis ), em português: Análise do Modo e Efeito de Falha, trata-se de uma metodologia utilizada na avaliação e minimização de riscos, a partir da análise de causa-efeito e risco de cada tipo de falha, para implementação de ações corretivas ou propostas de melhorias, visando evitar a ocorrência de falhas no processo produtivo ou no produto (ROUSAND; HOYLAN, 2004). Um FMEA pode ser o primeiro passo em um estudo de confiabilidade e envolve a revisão de todos os processos, tarefas, atividades, tanto quanto for possível a identificação do modo de falha e seus efeitos. Uma planilha específica de FMEA registra cada componente, modos de falha e seus efeitos resultantes no resto do processo ou sistema (PALADY, 2016). O método é uma análise qualitativa que pode ser colocado em uma base quantitativa ao combinar modelos matemáticos de taxa de falha com um banco de dados estatístico. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Um FMEA pode ser analisado sob diferentes aspectos: • FMEA DE PRODUTO (ou de projeto): são consideradas as falhas inerentes ao produto a partir das especificações do projeto, com o objetivo de evitar falhas no produto ou no processo decorrentes do projeto. • FMEA DE PROCESSO : são consideradas as falhas no planejamento e execução do processo e tem foco nas falhas do processo, baseadas nas não conformidades do produto em relação às especificações do projeto. • FMEA DE SISTEMA : são considerados sistemas e subsistemas nas fases conceituais e de projeto e tem por objetivo identificar os modos de falha entre funções do sistema, incluindo as interações entre sistemas e os seus elementos. • FMEA DE SERVIÇOS : são considerados os serviços antes de serem executados junto ao consumidor e busca identificar tarefas críticas ou significantes que colaborem na elaboração de planos de controle e na eliminação de gargalos nos processos e tarefas. Há ainda o FMEA de procedimentos administrativos, por meio do qual são analisadas as falhas potenciais das etapasdo processo, a fim de diminuir os riscos de falhas. O FMEA é estendido ao FMECA (teste de falha, efeitos e análise de criticalidade) para indicar que a análise de criticidade também é realizada. Uma atividade FMEA bem executada possibilita a identificação de potenciais modos de falha com base na comparação com produtos e processos similares, ou ainda baseados na lógica de falha, sendo um método amplamente utilizado em indústrias nas diferentes fases do ciclo de vida do produto. A análise de efeitos, por sua vez, refere-se ao estudo das consequências dessas falhas em diferentes níveis (PALADY, 2016). O documento FMEA é uma lista de componentes, funções ou serviços com potencial para falhar. Para cada item, determina-se a ocorrência, os efeitos e os modos de falha e, ainda, calcula-se o risco relacionado à falha. “O valor do risco (RPN) é um múltiplo de 3 variáveis (Ocorrência, Severidade e Detecção), sendo estas três variáveis tabeladas conforme o tipo de FMEA que está sendo utilizado”(SILVEIRA, [2018], on-line). Termos Usados em FMEA Segundo Langford (1995) e Palady (2016) os principais termos utilizados em FMEA são: • Falha : a perda de uma função em condições declaradas. • Modo de falha : a forma ou modo específico da ocorrência de uma falha. Deve descrever, claramente, um estado de falha (final) do item em análise. É o resultado do mecanismo de falha (causa do modo de falha). • Causa e/ou mecanismo de falha : os defeitos nos requisitos, projeto, processo, controle de qualidade, manipulação ou aplicação parcial, que são a causa subjacente ou a sequência de causas que iniciam um processo (mecanismo) que leva a um modo de falha, durante um determinado período de tempo. • Efeito de falha : as consequências imediatas de uma falha na operação, função ou funcionalidade, ou status de algum item. • Níveis de escritura (lista de materiais ou repartição funcional) : o identificador para o nível do sistema e, portanto, a complexidade do item. A complexidade aumenta à medida que os níveis estão mais próximos de um. • Efeito local : o efeito de falha na medida em que se aplica ao item em análise. • Próximo efeito de nível superior : o efeito de falha na medida em que se aplica ao nível de recorte mais próximo. • Efeito final : o efeito de falha no nível de recorte mais elevado ou no sistema total. • Detecção : os meios de detecção do modo de falha por mantenedor, operador ou sistema de detecção incorporado, incluindo o período de dormência estimado (se aplicável). • Probabilidade : a probabilidade de a falha ocorrer. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com • Número de Prioridade de Risco (RPN), do inglês: Risk Priority Number : é o risco calculado que fica associado ao modo de falha, a partir da multiplicação dos índices de severidade, ocorrência e detecção. É a multiplicação: Gravidade (do evento); Probabilidade (do evento que ocorre); Detecção (Probabilidade de o evento não ser detectado antes de o usuário estar ciente disso). • Gravidade : as consequências de um modo de falha. A gravidade considera a pior consequência potencial de uma falha, determinada pelo grau de lesão, danos à propriedade, danos ao sistema e/ou tempo perdido para reparar a falha. • Observações/mitigação/ações : as informações adicionais, incluindo a mitigação ou as ações propostas para reduzir um risco ou justificar um nível de risco ou cenário. A FEMEA é uma metodologia híbrida, sendo qualitativa na fase de levantamento sistemático dos modos de falha, a determinação de seus efeitos e dos componentes, e é quantitativa durante o cálculo do NPR, em que: NPR = severidade x ocorrência x detecção Determinação da Probabilidade (P) Na execução de uma FMEA, deve-se observar a causa de um modo de falha e a probabilidade de sua ocorrência, a partir de análise e cálculos/FEM, considerando itens ou processos semelhantes e os modos de falha que foram documentados para eles no passado. Todas as causas potenciais para um modo de falha devem ser identificadas e documentadas. Exemplos de causas são: erros humanos no manuseio, falhas induzidas pela fabricação, desgaste abrasivo, algoritmos errados, condições de operação inadequadas (HARDING, 2014). Um modo de falha recebe um Ranking de Probabilidade a partir de sua ocorrência, considerando a avaliação demonstrada no Quadro 4. Quadro 4 - Avaliação para elaboração do Ranking de Probabilidade Fonte: Edward (2010, s. p., tradução dos autores). Determinação da Gravidade (S) Significa determinar a gravidade para o efeito final adverso do cenário mais desfavorável, sendo que esses e efeitos devem ser escritos de forma que o usuário possa ver e perceber as falhas funcionais. Exemplos desses efeitos finais são: perda total de função x, desempenho degradado, funções em modo invertido e funcionamento errado. Cada efeito final recebe um número de gravidade (S) de I (sem efeito) a V (catastrófica), com base no custo e/ou perda de vida ou qualidade de vida. Estes números priorizam os modos de falha (juntamente com probabilidade e detectabilidade) (Quadro 5). https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Quadro 5 - Número de Gravidade Fonte: Edward (2010, s. p., tradução dos autores). Detecção (D) de Falha Trata-se do meio ou método pelo qual se detecta uma falha, isolada pelo operador e/ ou mantenedor e o tempo que pode demorar, sendo fundamental para o controle de manutenção e especialmente importante para vários cenários de falha. Pode envolver modos de falha latente/inativa (por exemplo: sem efeito direto do sistema) ou falhas latentes (por exemplo: mecanismos de falha de deterioração). Deve ficar claro como o modo de falha ou causa pode ser descoberto por um operador, sob condições de operação normal do sistema ou pela equipe de manutenção, por alguma ação de diagnóstico ou teste automático do sistema incorporado (Quadro 6). Quadro 6 - Avaliação de detecção de falha Fonte: Edward (2010, s. p., tradução dos autores). Período de Inatividade ou Latência É o tempo médio que um modo de falha demora para ser detectado ou conhecido, por exemplo: • Segundos, detectados automaticamente pelo computador de manutenção. • 8 horas, detectado por meio de inspeção. • 2 meses, detectado pelo bloco de manutenção programada. • 2 anos, detectado pela tarefa de revisão x. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Indicação Se a falha não detectada permitir que o sistema permaneça em um estado seguro/ operacional, uma segunda situação de falha deve ser explorada para determinar se uma indicação será ou não evidente para todos os operadores e quais as medidas corretivas que podem ou devem tomar. As indicações para o operador devem ser descritas da seguinte forma: • Normal: uma indicação que é evidente para um operador quando o sistema ou o equipamento está funcionando normalmente. • Anormal: uma indicação que é evidente para um operador quando o sistema falhou. • Incorreta: uma indicação errada para um operador devido ao mau funcionamento ou falha de um indicador (isto é, instrumentos, dispositivos de detecção, dispositivos de aviso sonoros ou visuais etc.). Nível de Risco (P * S) e (D) O risco é a combinação da Probabilidade e Gravidade do Efeito Final, no qual a probabilidade e a gravidade incluem o efeito da não detectabilidade (tempo de latência). O cálculo exato pode não ser fácil em todos os casos, como aqueles em que múltiplos cenários (com múltiplos eventos) são possíveis e detecbilidade desempenha um papel crucial. Nesse caso, a análise de árvores de falhas e/ou árvores de eventos podem ser necessárias para determinar a probabilidade e os níveis de risco exatos. Os níveis de Risco Preliminar podem ser selecionadoscom base em uma Matriz de Riscos, e quanto maior for o nível de Risco, mais precisão e mitigação são necessárias para fornecer evidências e reduzir o risco para um nível aceitável. O alto risco deve ser indicado para o gerenciamento de nível superior, que são responsáveis pela tomada de decisão final. Exemplo de Aplicação da FMEA Para exemplificar a aplicação do método da FMEA, utilizaremos um exemplo da aplicação a uma tarefa simples: tomar banho. Após a identificação e análise dos itens de FMEA, realizou-se a hierarquização dos itens, adotando a escala de 1 a 10, comumente usada em FMEA, para determinar a Probabilidade (P), a Gravidade (S), a Detecção (D) e, então, o Nível de Risco ou índice de risco, conforme demonstrado na Tabela 1 a seguir. Tabela 1 - Formulário de FMEA – Ação: tomar banho Fonte: adaptado de Rodrigues (2004). https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com Quanto maior o índice de risco, maior a urgência de adotar ações corretivas. Fonte: os autores. Ao finalizar o preenchimento do formulário, determina-se a ação preventiva ou corretiva a ser adotado, prazo e responsável pela execução da ação (Quadro 7). Quadro 7 - Ações preventivas Fonte: adaptado de Rodrigues (2004). Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/unidade-3 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/atividades Unidade 3 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação ATIVIDADES 1. As técnicas de análise de risco são fundamentais no processo decisório das organizações no que diz respeito aos recursos destinados à segurança organizacional, ações para evitar acidentes, perdas e danos e saúde e segurança dos trabalhadores. Analise as assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que aponte a(s) correta(s). I) Os elementos que determinam a busca de técnicas para o gerenciamento de riscos e o controle de perdas podem ser analisados sob o aspecto tecnológico, econômico e social. II) O aspecto tecnológico compreende o desenvolvimento de processos mais complexos, uso de novos materiais, novas técnicas, produtos e substâncias ou condições operacionais. III) Sob o aspecto econômico, avalia-se o aumento das plantas industriais, não importando a redução dos custos de processo, uma vez que o crescimento garante a efetividade da empresa em um mercado competitivo e global. IV) Os aspectos sociais envolvem a análise da sociedade, a preservação do meio ambiente e segurança da vida no planeta. V) As técnicas de análise de riscos são ferramentas que auxiliam no gerenciamento de riscos para avaliação, revisão, reformulação de práticas de segurança industrial, entretanto, não contemplam padrões e regulamentações já previstas, visto que são adequadas à realidade de cada atividade, processo ou organização. Assinale a alternativa correta. a) Apenas I, II e IV. b) Apenas I, III e V. c) Apenas II, IV e V. d) Apenas II, III, IV e V. e) I, II, III, IV e V. 2. A Análise de Árvore de Falhas – AAF (Failure Tree Analysis – FTA) é um processo lógico dedutivo, desenvolvido a partir de um evento pré-definido para identificar suas possíveis causas, analisado usando a lógica booleana para combinação de uma série de eventos de nível inferior. Analise as assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que aponte a(s) correta(s). I) A árvore é escrita usando símbolos de porta lógica (dispositivo que executa uma operação lógica) convencionais. Identifica- se. Então. o conjunto de corte, ou seja, uma combinação de eventos que causam o evento superior. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial II) Os símbolos de transferência são usados na conexão das entradas e saídas de árvores de falhas relacionadas, como a árvore de falhas de um subsistema em seu sistema. III) Os símbolos de portão (do inglês: gate) descrevem a relação entre eventos de entrada e saída. IV) Os eventos em uma árvore de falhas estão associados a probabilidades estatísticas de eventos que dependem da relação entre a função de risco do evento e um intervalo de tempo pré-determinado para análise do evento. V) Dentre os benefícios do uso da AAF na análise de risco, podemos citar o conhecimento detalhado de uma instalação ou sistema e a compreensão da lógica que leva ao evento indesejável. Assinale a alternativa correta. a) Apenas I e II. b) Apenas III e V. c) Apenas I, III e IV. d) Apenas II, IV e V. e) I, II, III, IV e V. 3. Analise as definições, relacione com a técnica de análise de risco correspondente e assinale a alternativa correta. 1) TIC 2) WHAT-IF 3) Checklist ( ) Consiste em um conjunto de procedimentos usados para coletar, por meio de observações, informações comportamentais avaliadas como críticas, a partir de critérios definidos previamente. ( ) É uma técnica de análise geral e qualitativa, tem aplicação simples e é utilizada como abordagem primária na identificação de riscos de processos, projetos, operações e sistemas. ( ) Método flexível e dependente de cinco áreas principais, entre elas: coleta dos detalhes do incidente dos participantes envolvidos e resolução dos problemas, a partir da identificação de diferentes soluções possíveis. ( ) Tem por objetivo garantir que as tarefas sejam completamente realizadas, de forma consistente e adequada, por meio do estabelecimento de tarefas a serem realizadas em determinado dia e hora, ou ainda considerando outras variáveis. ( ) As informações devem ser diagramadas em formulário específico e relacionadas a respostas diretas. a) 1, 2, 3, 1 e 2. b) 1, 2, 1, 3 e 3. c) 2, 2, 3, 1 e 1. d) 3, 3, 2, 2 e 1. e) 2, 3, 1, 2 e 3. 4. O principal objetivo do método, quanto à aplicação aos riscos operacionais, é a identificação dos perigos e a minimização ou eliminação completa destes, a partir de implantação de medidas adequadas para neutralizar as fontes de riscos potenciais. A ordem correta das etapas de um estudo HAZOP é : a) Identificação das causas – associação do parâmetro à palavra-chave – identificação das consequências – recomendações e/ou observações – aplicação da matriz de riscos. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com b) Identificação das causas – aplicação da matriz de riscos - associação do parâmetro à palavra-chave – identificação das consequências – recomendações e/ou observações. c) Associação do parâmetro a palavra guia, Identificação das causas, Identificação das consequências, Aplicação da matriz de riscos, Recomendações e/ou observações. d) Identificação das consequências - identificação das causas – associação do parâmetro à palavra-chave - aplicação da matriz de riscos - recomendações e/ou observações. e) Aplicação da matriz de riscos - associação do parâmetro à palavra-chave - identificação das consequências - identificação das causas - recomendações e/ ou observações. 5. Análise do Modo e Efeito de Falha é uma metodologia utilizada na avaliação e minimização de riscos, a partir da análise de causa-efeito e risco de cada tipo de falha, para implementação de ações corretivas ou propostas de melhorias, visando evitar a ocorrência de falhas no processo produtivo ou no produto. Analise as assertivas e, em seguida, assinale a alternativa INCORRETA . a) Na execução de uma FMEA, deve-se observar a causa de um modo de falha e a probabilidade de sua ocorrência, a partir de análise e cálculos / FEM, considerando itens ou processos semelhantes e os modos de falha queforam documentados para eles no passado. b) Detecção de falha é o meio ou método pelo qual se detecta uma falha, isolada pelo operador e/ou mantenedor e o tempo que pode demorar, sendo fundamental para o controle de manutenção e especialmente importante para vários cenários de falha. c) Nível é risco é a combinação da Probabilidade e Gravidade do Efeito Final, a probabilidade e a gravidade, excluindo o efeito da não detectabilidade (tempo de latência). d) Causa de falha são defeitos nos requisitos, projeto, processo, controle de qualidade, manipulação ou aplicação parcial, que são a causa subjacente ou a sequência de causas, as quais iniciam um processo (mecanismo) que leva a um modo de falha, durante um determinado período de tempo. e) Na FMEA de processo, são consideradas as falhas no planejamento e execução do processo, e tem foco nas falhas do processo, baseada nas não conformidades do produto em relação às especificações do projeto. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/resumo Unidade 3 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação RESUMO As técnicas de análise de risco contemplam aspectos tecnológicos, econômicos e sociais. São ferramentas que auxiliam no gerenciamento de riscos para avaliação, revisão, reformulação de práticas de segurança industrial, de padrões e regulamentações, de critérios de aceitabilidade de riscos, de identificação e quantificação de perigos, além da elaboração e implantação de ações preventivas, corretivas e sistemas de resposta para emergências. Entre as principais técnicas de análise utilizadas no âmbito da saúde e segurança do trabalhador, podemos citar: • Análise Preliminar de Riscos (APR). • Análise Preliminar de Perigo (APP). • Análise de Árvore de Falhas (AAF). • Técnicas de Incidentes Críticos (TIC). • What-If. • Hazop. • Lista de Verificação ( Checklist ). • Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA). A APR consiste na revisão geral da segurança a partir de um padrão pré-determinado, para identificação das causas e efeitos de cada risco, medidas de prevenção, correção ou categorização dos riscos, culminando na priorização das ações a serem aplicadas. A APP, por sua vez, pode ser classificada a partir da frequência, severidade e risco da ocorrência e, de forma simplificada, pode-se dizer que complementa a APR. A AAF tem por objetivo a obtenção do conjunto de causas (falhas) de um determinado evento e a identificação da probabilidade de ocorrência do evento indesejado, a partir da análise de dados quantitativos utilizando um diagrama lógico ou análise booleana simplificada. A TIC consiste em um conjunto de procedimentos usados para coletar por meio de observações, informações comportamentais avaliadas como críticas a partir de critérios definidos previamente. What-If tem aplicação simples e é utilizada como abordagem primária na identificação de riscos de processos, projetos, operações e sistemas. O Checklist tem por objetivo garantir que as tarefas sejam completamente realizadas e de forma consistente e adequada, uma vez que estabelece tarefas a serem realizadas em determinado dia e hora ou, ainda, considerando outras variáveis, com documentação da tarefa realizada. HAZOP baseia-se na avaliação do design do processo, a partir de sua divisão em seções simplificadas. Trata-se de uma análise qualitativa que visa estimular a imaginação dos participantes para identificação de possíveis riscos e problemas operacionais. FMEA é utilizada na avaliação e minimização de riscos para implementação de ações corretivas ou propostas de melhorias, visando evitar a ocorrência de falhas no processo produtivo ou no produto. Um FMEA pode ser o primeiro passo em um estudo de confiabilidade e envolve a revisão de todos os processos, tarefas, atividades, tanto quanto for possível a identificação do modo de falha e seus efeitos. As técnicas de análise de risco são fundamentais no processo decisório das organizações no que diz respeito aos recursos destinados à segurança organizacional, ações para evitar acidentes, perdas e danos e saúde e segurança dos trabalhadores. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/eu-indico Unidade 3 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Material Complementar Leitura HAZOP na Prática Autor: Fernando Jorge Bozetto Editora: Livre Expressão para Todos Sinopse : o estudo de HAZOP é a ferramenta mais preparada para ajudar as empresas a identificarem perdas de contenção, possibilitando reduzir os riscos de segurança e operacionalidade a níveis aceitáveis. A aplicação deste estudo exige uma documentação atualizada e o envolvimento dos funcionários de produção/manutenção e engenharia, trazendo um valor agregado sem precedentes, visto que, além de tornar o ambiente de trabalho seguro, torna os profissionais conhecedores do negócio em que trabalham. Outra grande adição de valor deste estudo é a comprovação da empresa perante os órgãos governamentais e companhias seguradoras. Assim como o Lean Manufacturing é o estado da arte para a condução de processos produtivos e o STOP (Safety Training ObservationProgram), para a orientação de como se deve trabalhar seguro, o HAZOP é o caminho para garantir perda de contenção zero. A unidade industrial que possuir esses três pilares implantados estará, seguramente, um passo à frente de qualquer organização no atingimento de resultados positivos e sem acidentes. FMEA: Análise dos Modos de Falha e Efeitos - Prevendo e Prevenindo Problemas Antes que Ocorram Autor: Paul Palady Editora: IMAM Sinopse : conteúdo - Pré-requisitos para FMEA; Construindo FMEA; Interpretando o FAMA; Estratégias de Implementação da FMEA; Ligação do FMEA com o Programa de Desenvolvimento do Projeto; Apêndice A - Formulários de FMEA Específicos ao Setor; Apêndice B - Ferramentas Suporte à Confiabilidade e à Qualidade para Planejamento, Construção e Análise do FMEA. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/refer%C3%AAncias Unidade 3 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação REFERÊNCIAS ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO GUIA 73:2009. Gestão de riscos – Vocabulário. Rio de Janeiro, 2009. AMORIM, E. L. C. Apostila de Ferramentas de Análise de Risco . Alagoas, Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Unidade Acadêmica Centro de Tecnologia (CTEC), 2010. Disponível em: <https:// sites.google.com/site/elcaufal/disciplinas/programacao- estruturada>. Acesso em: 9 abr. 2018. BSI – BRITISH STANDARD INSTITUTION. BS IEC 61882:2002 – Hazard and Operability Studies (HAZOP Studies) – Application Guide. British Standards Institution. 2002. Disponível em: <https:// www.bsigroup.com/en-GB/about-bsi/>. Acesso em: 27 nov. 2017. CQE ACADEMY. Quality Risk Management Tools . [2018]. Disponível em: <http://www.cqeacademy. com/cqe-body-of-knowledge /product-process-design/quality-risk-management-tools/>. Acesso em: 9 abr. 2017.DAVIS, J. A. Providing Critical Incident Stress Debriefing (CISD) to Individuals and Communities in Situational Crisis. American Academy of Experts in Traumatic Stress , 1998 Disponível em: <http://www.aaets.org/article54.htm>. Acesso em: 9 abr. 2018. DUNJÓ, J.; FTHENAKISBC, V.; VÍLCHEZA, J. A.; ARNALDOSA, J. Hazard and operability (HAZOP) analysis. A literature review. J ournal of Hazardous Materials , ed. 1-3., n. 173, p. 19–32, 2010. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article /pii/S0304389409013727>. Acesso em: 10 abr. 2018. EDWARD B. 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Nos dias atuais é incompreensível o aceite de diagnósticos ou propostas de gestão que não contemplem claramente questões de saúde e segurança humana e ambiental sem que seja realizada uma criteriosa análise de risco e seu gerenciamento. Quando acontece o problema logo a imagem da empresa é prejudicada dado o volume de críticos, ambientalistas, ONGs, ativistas dos direitos humanos, a imprensa e, principalmente, as mídias sociais. As empresas responsáveis pelo ocorrido apresentam soluções rápidas, decisões e implementação de ações de sustentabilidade sem, no entanto, esclarecer os fatos. Questões como: qual a base dessas decisões e propostas antes e depois dos fatos? Os riscos potenciais foram identificados previamente? Existe um plano de emergência? O risco apresenta-se de múltiplas formas, e tem dimensão social, econômica, ambiental ou política, mas levar a sério a análise de risco ambiental nas tomadas decisões ainda é uma questão de tempo, conscientização e, acima de tudo, de recursos financeiros. Para tanto, os esforços para o desenvolvimento de uma gestão sustentável nas diferentes esferas da sociedade devem ser redobrados, destacando os conceitos comuns para expressar as múltiplas facetas do risco e como gerenciá-lo, visando a melhoria da forma de diálogo entre as partes interessadas e a disseminação da relação direta entre saúde, segurança e sustentabilidade. Tanto ao gerenciamento como ao desempenho de uma gestão de sustentabilidade, devem ser aplicados mecanismos de acompanhamento que facilitem a detecção de tendências, identificação de lucros e boas práticas, e ainda permitam denunciar a negligência, a corrupção e as práticas que perpetuam condições de risco. As regras atuais que regem as relações econômicas internacionais e a nova ordem econômica mundial devem ser avaliadas e aplicadas visando a redução de riscos ambientais e, principalmente, para as comunidades envolvidas. Novos desafios associados aos processos de globalização econômica, migrações internacionais e grandes projetos de infraestrutura, associados às alterações globais ambientais, potencializam e aceleram as ameaças existentes, fazendo surgir novos cenários de riscos em diferentes países: ocupação desordenada em áreas urbanas; complexidade dos processos de degradação ambiental; desenvolvimento tecnológico sem controle adequado; entre outros. Organizações de diferentes áreas de atuação, independente de seu tamanho ou faturamento, devem saber investir, gerir e entender a dimensão da sua parte de responsabilidade para somente então, buscar a responsabilidade sócio ambiental dentro do conceito da Sustentabilidade Corporativa. O primeiro passo deve ser o entendimento de que o gerenciamento de riscos ambientais é essencial para os processos de tomada de decisão, monitoramento de obrigações legais, manutenção e proteção da integridade do meio ambiente, para garantir a saúde e segurança dos colaboradores direta e indiretamente relacionados às atividades da organização, a eficiência e efetividade da saúde financeira e da imagem empresarial. REFERÊNCIAS ROCHE, R. Acidentes Ambientais: a gestão sustentável e as análises de risco. SustentaHabilidade – Gestão da Inovação Social, julho, 2017. Disponível em: <http://sustentahabilidade.com/acidentes-ambientais-gestao-sustentavel-e-as-analises-de-risco/>. Acesso em: 20 abr. 2018. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fview%2Fexpedienteunicesumar%2Fp%25C3%25A1gina-inicial&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw086V6F5xmP9H59FzTAbq6f Unidade 3 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; OLIVEIRA, Júlio César Dainezi de; MACHADO, Heloisa Helena da Silva. Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Júlio César Dainezi de Oliveira;Heloisa Helena da Silva Machado. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 56 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gerenciamento 2. Risco 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-1326-9 CDD - 22 ed. 368.01 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un3/pagina-inicial Unidade 4 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação GERENCIAMENTO DE RISCOS Professores : Dr. Júlio César Dainezi de Oliveira Me. Heloisa Helena da Silva Machado Objetivos de aprendizagem • Conhecer e compreender os conceitos e métodos aplicados ao gerenciamento de riscos. • Compreender a construção do processo de gerenciamento de riscos. • Conhecer e compreender a interface do Sistema de Gerenciamento da Saúde e Segurança do Trabalho com o Sistema de Gestão da Qualidade e o Sistema de Gestão Ambiental. • Conhecer o Ciclo PDCA e compreender sua aplicação à gestão de riscos. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Gerenciamento de Riscos: Conceitos e Métodos • O Processo de Gerenciamento de Riscos: ISO 31000 • Interface da Saúde e Segurança Operacional com a Gestão da Qualidade e a Gestão Ambiental • O Ciclo PDCA como Ferramenta de Gestão de Riscos Introdução Os riscos podem vir de várias fontes, incluindo incerteza nos mercados financeiros, falhas de projetos em qualquer fase (do desenvolvimento do projeto ao descarte final de um produto ou finalização de uma atividade), responsabilidades legais, risco de crédito, acidentes, causas naturais e desastres, ataque deliberado de um adversário, ou eventos de causa raiz incerto ou imprevisível. A metodologia, definições e objetivos variam de acordo com o método de gerenciamento de riscos a ser utilizado, considerando a área de aplicação: gerenciamento de projetos, segurança, engenharia, processos industriais, carteiras financeiras, avaliações atuariais ou saúde pública e segurança. Estratégias para gerenciar ameaças (incertezas com consequências negativas) são utilizadas para evitar a ameaça, reduzir o efeito negativo ou a probabilidade da ameaça, e eliminar algumas ou todas as consequências potenciais ou reais de uma ameaça específica que podem afetar negativamente o processo, a empresa, a saúde do trabalhador e ao meio ambiente. Para fechar o conteúdo da disciplina veremos as bases do gerenciamento de risco, considerando normas internacionais, a relação da gestão da saúde e segurança do trabalho com a gestão da qualidade e a gestão ambiental, e ainda a aplicação da ferramenta de gestão Ciclo PDCA à gestão de riscos. Bons estudos! Avançar https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://getfireshot.com Unidade 4 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Gerenciamento de Riscos Gestão pode ser definida como uma ação que busca manter as relações sinérgicas entre pessoas, organizações estruturas organizacionais e os recursos existentes. No âmbito do gerenciamento de riscos, a gestão envolve as atividades coordenadas para direcionar e controlar uma organização em relação ao risco (ABNT, 2009a). O gerenciamento de riscos tem por objetivos o aumento da ocorrência da probabilidade e do impacto dos eventos positivos; e, a redução da probabilidade e o impacto dos eventos negativos no projeto, processo, organização e na saúde do trabalhador. A ABNT ISO 73:2009, além de fornecer as definições utilizadas no gerenciamento de risco, incentiva uma compreensão das atividades relacionadas à gestão de riscos e à padronização de termos na gestão de riscos em processos e atividades. O gerenciamento de riscos é específico da aplicação. Em algumas circunstâncias, pode ser necessário complementar o vocabulário deste Guia. Onde os termos relacionados ao gerenciamento de risco são usados em um padrão, é imperativo que seus significados pretendidos no contexto do padrão não sejam mal interpretados, mal interpretados ou mal utilizados (ABNT, 2009a). A ABNT ISO 73:2009 é um guia genérico e é compilado para abranger o campo geral de gerenciamento de riscos, sendo os termos organizados relacionados ou relativos: • Ao risco. • À gestão de risco. • Ao processo de gestão de riscos. • À comunicação e à consulta. • Ao contexto. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial • À avaliação dos riscos. • A identificação de risco. • À análise de risco. • À avaliação de risco. • Ao tratamento de risco. • Ao monitoramento e à medição. A gestão de risco segue a partir de um processo de priorização, onde os riscos com a maior perda (ou impacto) e maior probabilidade de ocorrência são tratados primeiro e os riscos com menor probabilidade de ocorrência e menor perda são tratados em ordem decrescente. Na prática, equilibrar o processo de avaliação do risco e os recursos utilizados para mitigar os riscos com uma alta probabilidade de ocorrência pode ser difícil, e a comparação da menor perda versus um risco com perda elevada, ou a menor probabilidade de ocorrência, pode ser mal processada. O gerenciamento ideal de risco minimiza os gastos (ou mão de obra ou outros recursos) e também minimiza os efeitos negativos dos riscos. Aplicar os recursos destinados ao gerenciamento de riscos em outras áreas vistas como mais lucrativas nem sempre é o melhor negócio. Fonte: os autores. Termos Utilizados em Gerenciamento de Riscos A partir da ABNT (2009a), entre os principais termos utilizados, destacamos: • Estrutura de gerenciamento de riscos : conjunto de componentes que fornecem as bases e os arranjos organizacionais para a concepção, implementação, monitoramento, revisão e melhoria contínua do gerenciamento de riscos em toda a organização. • Política de gestão de risco : declaração das intenções gerais e direção de uma organização relacionada ao gerenciamento de riscos. • Plano de gestão de riscos : esquema dentro da estrutura de gerenciamento de riscos especificando a abordagem, os componentes de gerenciamento e recursos a serem aplicados à gestão de risco. • Processo de gerenciamento de risco : aplicação sistemática de políticas, procedimentos e práticas de gestão para as atividades de comunicação, consultoria, estabelecimento do contexto e identificação, análise, avaliação, tratamento, monitoramento e revisão do risco. • Contexto externo : ambiente externo em que a organização busca alcançar seus objetivos: • O ambiente cultural, social, político, jurídico, regulamentar, financeiro, tecnológico,econômico, natural e competitivo, seja internacional, nacional, regional ou local. • Principais impulsionadores e tendências que tenham impacto nos objetivos da organização. • Relações com o contexto externo, e percepções e valores de partes interessadas externas. • Contexto interno : ambiente interno em que a organização busca alcançar seus objetivos: https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com • Governança, estrutura organizacional, funções e responsabilidades. • Políticas, objetivos e estratégias que estão em vigor para alcançá-los. • As capacidades, entendidas em termos de recursos e conhecimentos (por exemplo, capital, tempo, pessoas, processos, sistemas e tecnologias). • Sistemas de informação, fluxos de informação e processos de tomada de decisão (tanto formal como informal). • Relações com o contexto interno, e percepções e valores de stakeholders internos. • A cultura da organização. • Padrões, diretrizes e modelos adotados pela organização. • Forma e extensão das relações contratuais. • Critérios de risco : termos de referência contra os quais o valor de um risco é avaliado. Os critérios de risco são baseados em objetivos organizacionais e externo e contexto interno, podendo ser derivados de padrões, leis, políticas e outros requisitos. • Tratamento de risco : processo para modificar o risco. O tratamento de risco pode envolver: • Evitar o risco, decidir não iniciar ou continuar com a atividade que origina o risco. • Assumir ou aumentar o risco para prosseguir uma oportunidade. • Remover a fonte de risco. • Alterar a probabilidade. • Alterar as consequências. • Compartilhar o risco com outra parte ou partes [incluindo contratos e financiamento de risco. • Mantendo o risco por decisão informada. Tratamentos de risco que lidam com consequências negativas, às vezes, são chamados de “mitigação de risco”, “eliminação de risco”, “prevenção de riscos” e “redução de risco”. O tratamento de risco pode criar novos riscos ou modificar os riscos existentes. • Prevenção de riscos : decisão informada de não se envolver ou retirar uma atividade para não ser exposta a um risco particular. A prevenção de riscos pode ser baseada no resultado da avaliação de risco e/ou obrigações legais e regulamentares. • Reveja : atividade empreendida para determinar a adequação, adequação e eficácia do assunto para atingir os objetivos estabelecidos. A revisão pode ser aplicada a uma estrutura de gerenciamento de risco, processos de gerenciamento de risco, risco ou controle. • Relatório de risco : forma de comunicação destinada a informar partes interessadas internas ou externas específicas fornecendo informações sobre o estado atual do risco e sua gestão. Não podemos deixar de destacar o gerenciamento de riscos intangíveis onde são identificados riscos com probabilidade de 100% de ocorrência e ignorados pela organização, dada incapacidade de sua identificação. Por exemplo, o risco de envolvimento de processo pode ser um problema quando procedimentos operacionais ineficazes são aplicados. Estes riscos reduzem diretamente a produtividade dos trabalhadores, diminuem a relação custo-eficácia, rentabilidade, serviço, qualidade, reputação, valor da marca e qualidade dos ganhos. A gestão de riscos intangíveis permite que o gerenciamento de riscos crie valor imediato a partir da identificação e redução de riscos que reduzam a produtividade (HILLSON; SIMON, 2012). Princípios e Métodos Risco é definido como a possibilidade de ocorrência de um evento afetar negativamente a realização de um objetivo. Portanto, o risco em si tem a incerteza, nesse contexto, o Gerenciamento de Riscos auxilia em seu controle e monitoramento. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com Cada empresa ou organização busca aplicar métodos e técnicas adequados a sua realidade, levando a diferentes componentes de controle interno e, consequentemente, a diferentes resultados. De forma geral, as metodologias utilizadas contemplam os seguintes elementos executados em uma ordem semelhante a: 1. Identificar e caracterizar ameaças. 2. Avaliar a vulnerabilidade de ativos críticos à ameaças específicas. 3. Determinar o risco (ou seja, a probabilidade esperada e as consequências de tipos específicos de ataques em ativos específicos). 4. Identificar maneiras de reduzir esses riscos. 5. Priorizar medidas de redução de risco. Segundo o PMBOK (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2013), o gerenciamento dos riscos aplicado ao projeto inclui os processos de planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e controle de riscos de um projeto, em que: • Planejar o gerenciamento dos riscos – consiste em definir como conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos de um projeto. • Identificar os riscos – identificação dos riscos que podem afetar o projeto e documentação das suas características. • Realizar a análise qualitativa dos riscos - priorização de riscos para análise ou ação posterior a partir da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. • Realizar a análise quantitativa dos riscos - análise numérica do efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto. • Planejar as respostas aos riscos - desenvolvimento de opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto. • Controlar os riscos – implementação de planos de respostas, acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos riscos e avaliação da eficácia do processo de gerenciamento durante todo o projeto. Destaca-se que esses processos interagem entre si e com os de outras áreas, o que exige uma equipe capacitada e multidisciplinar para a execução das atividades relacionadas ao gerenciamento de riscos. No que diz respeito aos princípios da gestão de riscos, a Organização Internacional de Normalização (2007), do inglês ISO - I nternational Organization for Standardization , identifica os seguintes princípios de gestão de riscos, onde o gerenciamento de risco deve: • Criar valor - os recursos gastos para mitigar o risco devem ser menores do que a consequência da inação. • Ser parte integrante dos processos organizacionais. • Faça parte do processo de tomada de decisão. • Abordar explicitamente a incerteza e os pressupostos. • Ser um processo sistemático e estruturado. • Basear-se na melhor informação disponível. • Ser customizável. • Levar em consideração os fatores humanos. • Seja transparente e inclusivo. • Ser dinâmico, iterativo e sensível à mudança. • Ser capaz de melhoria contínua e aprimoramento. • Ser reavaliado continuamente ou periodicamente. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com Segundo a NBR ISO 31000 (ABNT,2009), o sucesso da gestão de riscos depende da eficácia da estrutura de gestão que determina os fundamentos e os arranjos que deverão ser aplicados a toda a organização e em todos os níveis. A estrutura auxilia na gerência eficaz dos riscos por meio da aplicação do processo de gestão em níveis e considerando as especificidades da organização. A estrutura assegura que a informação sobre riscos seja relatada de forma adequada e possa ser utilizada como base nos processos decisórios, sendo clara as responsabilidades em todos os níveis da organização. A estrutura do gerenciamento de risco é formada pelos seguintes componentes: 1. Mandato e comprometimento. 2. Concepção da estrutura para gerencias riscos. 3. Implementação da gestão de riscos. 4. Monitoramento e análise crítica da estrutura. 5. Melhoria contínua da estrutura. Na Figura 1 é apresentada a inter-relação e a interatividade dos componentes da estrutura do gerenciamento de risco. Figura1 - Relacionamento entre os componentes da estrutura para gerenciar riscos Fonte: NBR ISO 31000 (ABNT, 2009). https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com O Processo de Gerenciamento de Riscos: Iso 31000 De acordo com a ABNT (2009b, p. 5). A gestão de riscos pode ser aplicada a toda uma organização, em suas várias áreas e níveis, a qualquer momento, bem como a funções, atividades e projetos específicos. Embora a prática de gestão de riscos tenha sido desenvolvida ao longo do tempo e em muitos setores a fim de atender às necessidades diversas, a adoção de processos consistentes em uma estrutura abrangente pode ajudar a assegurar que o risco seja gerenciado de forma eficaz, eficiente e coerentemente ao longo de uma organização. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com Figura 2 – Gerenciamento de risco Fonte: adaptado de Wikia ([2017], on-line)¹ Todas as atividades de uma organização envolvem risco. As organizações gerenciam o risco, identificando-o, analisando-o e, em seguida, avaliando se o risco deve ser modificado pelo tratamento do risco, a fim de atender a seus critérios de risco. Ao longo de todo este processo, elas comunicam e consultam as partes interessadas e monitoram e analisam criticamente o risco e os controles que o modificam, a fim de assegurar que nenhum tratamento de risco adicional seja requerido. Esta Norma descreve este processo sistemático e lógico em detalhes. Fonte: NBR ISO 31000 (ABNT, 2009). De acordo com o padrão ISO 31000 (ABNT, 2009b) - Gerenciamento de Riscos - Princípios e diretrizes de implementação, aplicado no Brasil nos termos da ABNT 31000 – Gestão de Riscos – Princípios e Diretrizes, o processo de gerenciamento de risco pode ser realizado em várias etapas conforme descrito a seguir: 1. Estabelecimento do contexto : a. Identificação de risco em um domínio de interesse selecionado. b. Planejamento o restante do processo. c. Mapeamento: • Do escopo social da gestão de riscos; • Da identidade e os objetivos da partes interessadas; • Da base sobre a qual os riscos serão avaliados, restrições. d. Definição de um quadro para a atividade e uma agenda de identificação. e. Desenvolvimento de uma análise dos riscos envolvidos no processo. f. Mitigação ou Solução de Riscos usando recursos tecnológicos, humanos e organizacionais disponíveis. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com 2. Identificação dos riscos potenciais Os riscos são eventos que, quando desencadeados, causam problemas ou benefícios e por isso, a identificação do risco pode começar com a fonte dos problemas. • Análise de origem – as fontes de risco podem ser internas ou externas ao sistema, que é o alvo do gerenciamento de riscos. No caso de fontes externas, deve-se usar a mitigação em vez de gerenciamento, pois, por sua própria definição, trata-se de riscos com fatores de tomada de decisão que não podem ser gerenciados, como o clima, as partes interessadas em um projeto, os funcionários de uma empresa. • Análise de problemas - os riscos estão relacionados a ameaças identificadas e estas podem existir com diferentes entidades de acionistas, clientes ao governo. Quando a fonte ou problema é conhecido, os eventos que uma fonte pode desencadear ou os eventos que podem levar a um problema podem ser investigados. Para Hopkin (2012), o método escolhido para identificar os riscos depende de fatores como cultura, prática e conformidade da indústria e são formados por modelos ou o desenvolvimento de modelos para identificação de origem, problema ou evento. Os métodos mais comuns de identificação de risco são: I - Identificação de risco baseada em objetivos. II - dentificação do risco baseada em cenários. III - Identificação de risco baseada em taxonomia. IV - Verificação de risco comum. V - Rastreamento de risco. 3. Avaliação de risco Avaliação dos riscos quanto à sua gravidade de impacto potencial e a probabilidade de ocorrência. A dificuldade fundamental na avaliação de risco é determinar a taxa de ocorrência, uma vez que a informação estatística não está disponível em todos os tipos de incidentes passados, sendo escassa no caso de eventos catastróficos, dada a sua infrequência e para os ativos intangíveis dadas suas características. A avaliação dos riscos deve, portanto, produzir informações para que as decisões de gerenciamento de risco possam ser priorizadas nos objetivos globais da empresa. 4. Tratamento dos riscos Consiste na seleção de uma ou mais opções para modificar os riscos e a implementação dessas opções que podem fornecer novos controles ou modificar os existentes. Tratar riscos envolve um processo cíclico composto por: avaliação do tratamento de riscos já realizado; decisão se os níveis de risco residual são toleráveis; se não forem toleráveis, a definição e implementação de um novo tratamento para os riscos; e, avaliação da eficácia desse tratamento. Uma vez que os riscos forem identificados e avaliados, todas as técnicas para gerenciar o risco se enquadram em uma ou mais dessas quatro principais categorias: • Evitar (eliminar, retirar ou não se envolver). • Redução (otimizar - mitigar). • Compartilhamento (transferência - terceirizar ou segurar). • Retenção (aceita e orçamento). 5. Monitoramento e análise crítica Devem ser planejados como parte do processo de gestão de riscos e envolver a checagem ou vigilância regulares. Podem ser periódicos ou acontecer em resposta a um fato específico. As responsabilidades relativas ao monitoramento e à análise crítica devem ser claramente definidas e os processos de monitoramento e análise crítica da organização devem contemplar todos os aspectos do processo da gestão de riscos visando: • A garantia da eficácia e eficiência dos controles. • A obtenção de informações adicionais para melhorar o processo de avaliação dos riscos. • A análise dos eventos e outros fatores como forma de aprendizado. • A detecção de mudanças no contexto externo e interno, incluindo alterações nos critérios de risco e no próprio risco, as quais podem requerer revisão dos tratamentos dos riscos e suas prioridades. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com • A identificação dos riscos emergentes. 6. Registros do processo de gestão de riscos As atividades de gestão de riscos devem ser rastreáveis e os registros não apenas cumprem essa função como também fornecemos fundamentos para a melhoria de metodologias e ferramentas ou ainda, todo o processo. Os resultados da análise de risco e os planos de gerenciamento devem ser atualizados periodicamente para avaliar se as medidas de controle em vigor ainda são aplicáveis e efetivas e se há possíveis mudanças que possam impactar negativamente na plano de gerenciamento em execução. • ISO 9001:2015 – Sistema de gestão da Qualidade: Requisitos. Norma internacional que especificas requisitos para implementação e operação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). Disponível em: < https://files.comunidades.net/lodineimarchini/iso2015_versao_completa.pdf >. • ISO 14001:2015 – Sistemas da Gestão Ambiental – Requisitos com orientações para uso. Norma internacional, pertencente à série de normas ISO 14000, que especifica requisitos para implementação e operação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Disponível em: < http://www. ciesp.com.br/wp- content/uploads/2015/09/dma-iso-14001-2015-v4. pdf >. Fonte. os autores. Interface da Saúde e Segurança https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Ffiles.comunidades.net%2Flodineimarchini%2Fiso2015_versao_completa.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3nQU-D8xucmnWN2_mxoZLXhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0aoS2On2FqjUKrV3THQkEo http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0aoS2On2FqjUKrV3THQkEo Operacional com a Gestão da Qualidade e a Gestão Ambiental A palavra OHSAS significa Occupational Health ans Safety Assessments Series oficialmente publicada pela BSI – British Standards Institution. É uma norma de Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) que visa proteger e assegurar que os colaboradores de uma organização tenham um ambiente de trabalho saudável e seguro. A OHSAS 18001 determina os critérios mínimos para melhores práticas em gestão de saúde e segurança ocupacional. OHSAS 18001, Série de Avaliação de Saúde e Segurança Ocupacional (oficialmente BS OHSAS 18001) é um Padrão Britânico aplicado internacionalmente para sistemas de gerenciamento de segurança e saúde ocupacional. Existe para ajudar todos os tipos de organizações a implementar um desempenho de segurança e saúde ocupacional sólido. Um sistema de gerenciamento de segurança e saúde ocupacional (OHSMS) promove um ambiente de trabalho seguro e saudável, fornecendo uma estrutura que ajude as organizações a: • Identificar e controlar riscos de saúde e segurança. • Reduzir o potencial de acidentes. • Estar em conformidade legal com os auxílios. • Melhorar o desempenho geral. Os padrões OHSAS 18000 fornecem às organizações os elementos de um sistema efetivo de gerenciamento de segurança que pode ser integrado com outros sistemas de gestão e auxilia as organizações na obtenção de melhores resultados de saúde e segurança ocupacional, além de alcançar objetivos econômicos. A BS OHSAS 18001 (BRITISH STANDARDS INTITUTION, [2018], on-line)2 especifica os requisitos para um sistema de gerenciamento de SST visando o desenvolvimento e implementação de uma política e objetivos que considerem os requisitos legais e informações sobre riscos de SST. Aplica-se a todos os tipos e tamanhos de organizações e acomoda diversas condições geográficas, culturais e sociais. A BS OHSAS 18002 orienta para o estabelecimento, implementação ou melhoria de um sistema de gerenciamento baseado na OHSAS 18001. OHSAS 18001 pode ser alinhado com os sistemas de gerenciamento ISO 9001 e ISO 14001 existentes, formando o Sistema de Gestão Integrado (SGI) . Historicamente, um grande número de empresas inicia com o Sistema de Gerenciamento de Qualidade (SGQ), conforme a Norma ISO 9001, adicionando os requisitos do Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) determinado na Norma ISO 14001. A tendência é que as organizações passem a implementar os três padrões ao mesmo tempo visando minimizar custos e interrupções (OIT, 2011). https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com Assista ao vídeo sobre PGR - o novo substituto do PPRA. Link Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=tU9-hhTh3Bc). Nova Norma: ISO 45001-DIS A I nternational Organization for Standardization (ISO) publicará um novo padrão proposto para sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho (SST): ISO 45001- DIS. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o ISO 45001 seguirá a estrutura padrão do sistema gerenciamento, com requisitos que objetivam permitir que uma organização possa fornecer um ambiente de trabalho seguro e saudável, evitando lesões relacionadas ao trabalho e/ou saúde física, com melhoria proativa do desempenho da gestão de saúde e segurança ocupacional. O padrão ISO 45001 utilizará a mesma estrutura comum, definições e texto básico utilizados para as revisões atuais da norma ISO 14001 e ISO 9001, padrões de sistema de gestão ambiental e de qualidade, que está em consonância com o chamado Anexo SL; que são as regras que regem o desenvolvimento de todos os padrões de gerenciamento ISO. Dessa forma, a estrutura do padrão terá a seguinte composição: 1. Escopo. 2. Referências normativas. 3. Termos e definições. 4. Contexto da organização. 5. Liderança. 6. Planejamento. 7. Apoio, suporte. 8. Operação. 9. Avaliação de desempenho. 10. Melhoria. Diferenças ISO 9001:2015 - ISO 14001:2015 - ISO 45001:DIS https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com https://www.youtube.com/watch?v=tU9-hhTh3Bc https://www.youtube.com/watch?v=tU9-hhTh3Bc%29. Todos os padrões para sistemas de gerenciamento seguirão a estrutura anteriormente mencionada e também nesta ordem e com estas palavras, no entanto, dentro dessas cláusulas, distinguem-se subcláusulas que diferem por assunto, como “qualidade” ou “ambiente”. Por meio de subcláusulas adicionais ou palavras-chave modificadas, o padrão é específico para este tópico (ISO, 2018). Para mostrar como isso funciona, no quadro 1 é apresentada uma comparação entre os padrões ISO 9001:2015, 14001:2015 e 45001:DIS, onde as adições ou os termos modificados estão marcados em vermelho (ISO, 2018) Quadro 1 – Comparação entre os padrões ISO 9001:2015, 14001:2015 e 45001:DIS https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com Fonte: ISO (2018, tradução nossa). Uma vez que o ISO 45001 tenha sido aceito como padrão oficial, a certificação OHSAS 18001 será retirada e as organizações com a certificação mais antiga terão que fazer uma aplicação separada para obter uma certificação para ISO 45001, ILO-OSH, ou para outros padrões aceitos após o vencimento de sua certificação existente. A decisão de uma organização de adotar um determinado padrão geralmente se baseia, por exemplo, em sua própria política, nos requisitos do cliente, etc. Em alguns países, os esquemas de certificação aplicados à OHSAS 18001 podem ser adaptados ao ISO 45001. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com O Ciclo PDCA como Ferramenta de Gestão de Riscos Analisar os riscos significa compreender como funcionam e ter informações para antecipar os eventos e evitar, minimizar ou mitigar suas consequências. Para tanto existem diferentes técnicas que são escolhidas individualmente ou combinadas, e aplicadas de forma a atender às necessidades de cada organização ou empresa. As técnicas ou metodologias possuem características específicas, pontos fortes e fracos, algumas avaliam as causas e outras as consequências, constituindo análises qualitativa ou quantitativa ou ainda uma combinação das duas. Além das técnicas e métodos de análise, é necessário o uso de ferramentas de gestão para a compreensão e análise dos dados a serem utilizados no processo decisório. O Ciclo PDCA, círculo/ciclo de Deming ou ciclo de Shewart, é uma metodologia de gestão em quatro passos, criada por Walter Andrew Shewart nos anos de 1920 e é a ferramenta mais utilizada em diferentes níveis e funções da organização, como também é facilmente adaptada a diferentes situações, podendo ser utilizada até para a gestão da sua vida pessoal. Ciclo PDCA A ferramenta Ciclo PDCA tem por objetivo a melhoria do nível de gestão por meio do controle de processos e atividades, implementando uma padronização nas informações e reduzindo as possibilidades de erros nos processos decisórios. E ainda, a melhoria contínua dos processos ou das etapas de um processo, tendo relação direta com os fundamentos da cultura japonesa referente à melhoria contínua, a Filosofia Kaizen, que busca identificar as causas e implementar as soluções para os problemas. O processo consiste em atividades planejadas, que se repetem e não têm um fim pré-determinado. PDCA é a sigla (em inglês) para as etapas da metodologia: P : do verbo“Plan”, ou planejar (metas, objetivos, métodos, procedimentos e padrões),ou seja, estabelecer um plano. D : do verbo “Do”, fazer ou executar (as tarefas planejadas), colocar o planejamento em prática. C : do verbo “Check”, checar, analisar ou verificar (os resultados das tarefas executadas), ou seja, comparar os resultados da prática com o planejado. A : do verbo “Action”, agir de forma a corrigir eventuais erros ou falhas, ou implementar ações para adequação das diferenças do planejamento inicial. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com A figura 3 traz a representação o ciclo PDCA com cada uma de suas fases especificadas. Figura 3 - Ciclo PDCA Fonte: Portal Administração (2017, on-line)³. O Ciclo PDCA Aplicado à SST Ao aplicar o ciclo PDCA em segurança e saúde do trabalho, você perceberá que o ciclo não será diferente, uma vez que segurança constitui-se de uma série de ações com o objetivo de prevenir e evitar acidentes no ambiente de trabalho. O ciclo PDCA na segurança do trabalho é o norte para a preservação da vida. P = Plan / Planejamento O planejamento consiste no estabelecimento de um plano com base nas diretrizes da empresa, contemplando os objetivos, os caminhos e os métodos a serem seguidos; identificação e correção dos problemas encontrados, por meio de uma ação corretiva eficiente. Nessa primeira etapa deve constar a descrição do(s) problema(s), as questões que deverão ser respondidas, as previsões de respostas às questões e o desenvolvimento de um plano de ação. O ponto de partida deve ser o mapeamento das atividades e pontos de risco à SST, a partir da identificação dos problemas, das prioridades de ação, medidas de proteção utilizadas, fontes de informação e divulgação, criação de programas de prevenção, metas e prazos para implementação das medidas. D = Do / Executar Nessa etapa o planejamento deve ser colocado em prática, ou seja, é a execução do plano de ação de acordo com o plano pré- estabelecido, sendo que quaisquer alterações necessárias no plano devem ser anotadas e avaliadas na próxima fase, juntamente com as outras informações e observações coletadas no processo. Devem estar claras as respostas às perguntas: • O que fazer? – executar as ações planejadas. • Quem vai fazer? – pessoa ou equipe que executará a ação. • Onde? – local de execução da ação. • Quando? – respeitar os prazos estabelecidos. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com • Por quê? – os executores devem conhecer as razões da execução do processo. • Como? – respeitar aos critérios de execução estabelecidos. • Quanto? – referência à execução dentro dos custos planejados. O responsável pela execução do plano de ação deve seguir à risca o que foi proposto na primeira etapa, assim evitará que imprevistos e erros aumentem a estatística negativa do processo. Implantação de equipamentos de segurança, placas de sinalização, folhetos informativos, procedimentos e programas, cursos de formação para novos funcionários ou para operação de novos equipamentos, por exemplo, atendem ao plano previsto para aumento da SST, assim como o estabelecimento de advertências e punições aos que não cumprirem as regras, evitando a ocorrência de eventos não desejados. C = Check / Verificar A verificação da etapa de execução consiste na identificação de diferenças entre executado e planejado, e comparação com as previsões feitas no planejamento no intuito de avaliar se os objetivos propostos foram alcançados ou não. No caso de SST, a comparação do executado com o planejado pode ser realizada pela identificação no número de acidentes ocorridos no período de execução do plano de ação ou pela ausência deles e pela observação do cumprimento das etapas e dos objetivos. A = Act / Ação Nessa etapa são realizadas as ações para correção das falhas encontradas no processo ou capazes de prevenir as causas dos problemas para que não possam acontecer novamente. A identificação de objetivos não cumpridos dentro das metas estabelecidas indica que a correção dever ser realizada e o Ciclo PDCA reiniciado. É assim que se renova o projeto e podem ser estabelecidos programas de prevenção de acidentes, procedimentos de segurança, alteração de arranjo físico, substituição de profissionais, implantação de novas tecnologias, exclusão de fatores que incorrem para o erro, entre outros. É nessa etapa que o ciclo se reinicia sendo caracterizado pelo processo de melhoria contínua. Ela envolve a busca de soluções para eliminação dos problemas e a escolha da que seja mais efetiva, além do desenvolvimento dessa execução. O ciclo deve ser repetido, passando pelas quatro etapas até que um plano de ação efetivo e consistente seja implementado para alcançar os objetivos esperados. Ao utilizar o ciclo PDCA você não deve: 1. Fazer sem planejamento. 2. Parar após uma volta. 3. Executar e não verificar. 4. Não implementar ações corretivas. 5. Não pessoas qualificadas para execução. 6. Não dominar os métodos. As mudanças implementadas pelo Ciclo PDCA podem ser reversíveis: podem retornar ao estágio inicial sem afetar o sistema ou processo; ou, irreversíveis: aquelas que não poderão ser desfeitas. Outro fator de extrema importância é o fato de que o profissional responsável pela elaboração e execução do Ciclo PDCA tenha conhecimento da metodologia e da organização ou empresa na qual será aplicada. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com A cada volta acontece um progresso e desta maneira nunca se voltará ao mesmo ponto nas mesmas condições. Gerenciar a saúde e a segurança raramente pode ser alcançado por intervenções pontuais sendo necessária uma abordagem sustentada e sistemática e isso nem sempre exige uma gestão formal de saúde e segurança. As diferentes metodologias utilizadas contém as etapas: Planejar, Fazer, Verificar e Agir. O Ciclo PDCA ajuda a alcançar um equilíbrio entre os sistemas e aspectos comportamentais da gestão. Também trata de saúde e segurança gestão como parte integrante da boa gestão em geral, em vez de como um sistema autônomo. As descrições de alto nível podem variar, dependendo da organização, processo, ou setor analisado, sendo que o plano deve ser adequado a cada situação. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/unidade-4 https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/atividades Unidade 4 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação ATIVIDADES 1. Gestão pode ser definida como uma ação que busca manter as relações sinérgicas entre pessoas, organizações estruturas organizacionais e os recursos existentes. Analise as assertivas e assinale a alternativa INCORRETA. a) O gerenciamento de riscos tem por objetivos o aumento da ocorrência da probabilidade e do impacto dos eventos positivos; e, a redução da probabilidade e o impacto dos eventos negativos no projeto, processo, organização e na saúde do trabalhador. b) De forma geral, as metodologias utilizadas no gerenciamento de riscos contemplam os seguintes elementos executados em uma ordem, entre esses elementos estão: monitoramento e análise crítica da estrutura e melhoria contínua da estrutura. c) Reveja: atividade empreendida para determinar a adequação, adequação e eficácia do assunto para atingir os objetivos estabelecidos. A revisão pode ser aplicada a uma estrutura de gerenciamento de risco, processo de gerenciamento de risco, risco ou controle. d) Realizar análise a qualitativa dos riscos - priorização de riscos para análise ou ação posterior a partir da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. e) O sucesso da gestão de riscos depende da eficácia daestrutura de gestão que determina os fundamentos e os arranjos que deverão ser aplicados a toda a organização e em todos os níveis. 2. A gestão de riscos pode ser aplicada a toda uma organização, em suas várias áreas e níveis, a qualquer momento, bem como a funções, atividades e projetos específicos. Analise as assertivas a seguir: I) O Estabelecimento do contexto compreende: a identificação de risco em um domínio de interesse selecionado; planejamento o restante do processo; e, mapeamento. II) Tratamento dos riscos consiste na seleção de uma ou mais opções para modificar os riscos e a implementação dessas opções que podem fornecer novos controles ou modificar os existentes. III) Monitoramento e análise crítica devem ser planejados como parte do processo de gestão de riscos e envolver a checagem ou vigilância regulares. IV) A dificuldade fundamental na avaliação de risco é determinar a taxa de ocorrência, uma vez que a informação estatística não está disponível em todos os tipos de incidentes passados sendo escassa no caso de eventos catastróficos, dada a sua infrequência e para os ativos intangíveis dadas suas características. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial Assinale a alternativa correta: a) Apenas I. b) Apenas II e III. c) Apenas IV. d) Apenas II, III e IV. e) I, II, III e IV. 3. OHSAS 18001, Série de Avaliação de Saúde e Segurança Ocupacional (oficialmente BS OHSAS 18001) é um Padrão Britânico aplicado internacionalmente para sistemas de gerenciamento de segurança e saúde ocupacional. Analise as assertivas a seguir: I) Um sistema de gerenciamento de segurança e saúde ocupacional (OHSMS) promove um ambiente de trabalho seguro e saudável, fornecendo uma estrutura que ajude as organizações, entre outros, a reduzir o potencial de acidentes. II) Os padrões OHSAS 18000 fornecem às organizações os elementos de um sistema efetivo de gerenciamento de segurança que pode ser integrado com outros sistemas de gestão. III) A BS OHSAS 18001 especifica os requisitos para um sistema de gerenciamento de SST visando o desenvolvimento e implementação de uma política e objetivos que considerem os requisitos legais e informações sobre riscos de SST. IV) OHSAS 18001 não pode ser alinhado com os sistemas de gerenciamento ISO 9001 e ISO 14001 dadas as especificidades de cada padrão. V) A OHSAS 18001 determina os critérios mínimos para melhores práticas em gestão de saúde e segurança ocupacional. Assinale a alternativa correta: a) Apenas I e III. b) Apenas II e IV. c) Apenas II, IV e V. d) Apenas I, II, III e V e) Apenas II, III, IV e V. 4. O Ciclo PDCA, círculo/ciclo de Deming ou ciclo de Shewart, é uma metodologia de gestão em quatro passos, criada por Walter Andrew Shewart nos anos de 1920 e é a ferramenta mais utilizada em diferentes níveis e funções da organização, como também é facilmente adaptada a diferentes situações, podendo ser utilizada até para a gestão da sua vida pessoal. Sobre o PDCA é INCORRETO afirmar que : a) Tem relação direta com os fundamentos da cultura japonesa referente à melhoria contínua, a Filosofia Kaizen. b) Não é uma ferramenta cíclica e suas etapas são independentes. c) “A” corresponde a ação, e nessa etapa são realizadas as ações para correção das falhas encontradas no processo. d) O ponto de partida na fase de planejamento deve ser o mapeamento das atividades e pontos de risco à SST. e) “C” do verbo “Check”, checar, analisar ou verificar (os resultados das tarefas executadas), ou seja, comparar os resultados da prática com o planejado https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/resumo Unidade 4 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação RESUMO Gestão pode ser definida como uma ação que busca manter as relações sinérgicas entre pessoas, organizações estruturas organizacionais e os recursos existentes. O gerenciamento de riscos tem por objetivos o aumento da ocorrência da probabilidade e do impacto dos eventos positivos; e, a redução da probabilidade e o impacto dos eventos negativos no projeto, processo, organização e na saúde do trabalhador. De forma geral, as metodologias utilizadas no gerenciamento de riscos contemplam: identificação e caracterização de ameaças; avaliação da vulnerabilidade; determinação do risco; identificação e priorização de medidas de redução de risco. De acordo com o padrão ISO 31000 - Gerenciamento de Riscos - Princípios e diretrizes de implementação, aplicado no Brasil nos termos da ABNT 31000 – Gestão de Riscos – Princípios e Diretrizes, o processo de gerenciamento de risco pode ser realizado em várias etapas: estabelecimento do contexto; identificação dos riscos potenciais; avaliação dos riscos; tratamento dos riscos; monitoramento e análise crítica; e, registros do processo de gestão de riscos. A OHSAS 18001 é um Padrão Britânico aplicado internacionalmente para sistemas de gerenciamento de segurança e saúde ocupacional e pode ser alinhado com os sistemas de gerenciamento ISO 9001 e ISO 14001 existentes, formando o Sistema de Gestão Integrado (SGI) . A ISO 45001, ainda não publicada, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), terá requisitos para permitir que uma organização possa fornecer um ambiente de trabalho seguro e saudável, evitando lesões relacionadas ao trabalho e/ou saúde física, com melhoria proativa do desempenho da gestão de saúde e segurança ocupacional. O Ciclo PDCA, círculo/ciclo de Deming, é uma metodologia de gestão em quatro passos, que tem por objetivo a melhoria do nível de gestão por meio do controle de processos e atividades, implementando uma padronização nas informações e reduzindo as possibilidades de erros nos processos decisórios. Tem por objetivo a melhoria contínua dos processos ou das etapas de um processo, e está diretamente relacionado com os fundamentos da gestão da qualidade. O processo consiste em atividades planejadas, que se repetem e não têm um fim pré-determinado. PDCA é a sigla (em inglês) para as etapas da metodologia: 1. P : do verbo “Plan”, ou planejar (metas, objetivos, métodos, procedimentos e padrões), ou seja, estabelecer um plano. 2. D : do verbo “Do”, fazer ou executar (as tarefas planejadas), colocar o planejamento em prática. 3. C : do verbo“Check”, checar, analisar ou verificar (os resultados das tarefas executadas), ou seja, comparar os resultados da prática com o planejado. 4. A : do verbo “Action”, agir de forma a corrigir eventuais erros ou falhas, ou implementar ações para adequação das diferenças do planejamento inicial. Gerenciar a saúde e a segurança raramente pode ser alcançado por intervenções pontuais sendo necessária uma abordagem sustentada e sistemática e isso nem sempre exige uma gestão formal de saúde e segurança. O Ciclo PDCA ajuda a alcançar um equilíbrio entre os sistemas e aspectos comportamentais da gestão. Também trata da gestão da saúde e segurança do trabalhador como parte integrante da gestão geral, em vez de como um sistema autônomo. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/eu-indicoUnidade 4 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação Material Complementar Leitura Assalto ao Banco Central Sinopse : filme baseado em fatos reais. Ladrões cometeram um assalto ao Banco Central do Brasil, em Fortaleza, no Ceará, entre 6 e 7 de agosto de 2005. Foi o segundo maior assalto a banco do mundo e o maior assalto a um banco brasileiro. A escavação para se fazer o túnel que possibilitou a invasão demorou cerca de três meses. Segundo a Polícia Federal, com base em estimativas a partir do peso das notas roubadas (3,5 toneladas), foram roubados aproximadamente R$164,7 milhões. Todas as notas empilhadas daria uma altura de quase 33 metros. O fato só foi percebido no início do expediente na segunda-feira dia 8 de agosto. Foi o maior assalto a banco da história do Brasil Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/refer%C3%AAncias Unidade 4 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação REFERÊNCIAS ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO GUIA 73:2009 . Gestão de riscos – Vocabulário. Rio de Janeiro, 2009a. __________. ISO GUIA 31000:2009 . Rio de Janeiro, 2009b. __________ . ISO GUIA 9001:2015 . Rio de Janeiro, 2015. __________ . ISO GUIA 14001:2015 . Rio de Janeiro, 2015. __________ . ISO 45001-DIS . Rio de Janeiro, 2018. HILLSON, D.; SIMON, P. Practical Risk Management: The ATOM Methodology . Management Concepts. Vienna, VA. 2 Edition. USA, Oakland: Berrett-Koehler Publishers, 2012. HOPKIN, P. Fundamentals of Risk Management: Understanding, evaluating and implementing. Second Edition. Philadelphia: Kogan Page, 2012. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION – ISO. Committee Draft of ISO 31000 Risk management . International Organization for Standardization, 2007. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION – ISO. ISO Management System Standards . 2018. Segurança e Saúde no Trabalho: Um instrumento para uma melhoria contínua . 19 Edição. 2011. Tradução: WWF - World Wide Funds. Revisão técnica: Luís Rodrigues (ACT). 2011. Disponível em: <http://www.dnpst.eu/uploads/relatorios /relatorio_oit_2011_miolo.pdf>. Acesso em: 10 abril 2018. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - PMI. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®) — Quinta Edição. 2013. REFERÊNCIAS ON-LINE ¹ Em: < http://bmet.wikia.com/wiki/File:Risk-Management-Process-2.jpg >. Acesso em: 9 abril 2018. ² Em: < https://www.bsigroup.com/pt-BR/OHSAS-18001-Saude-e-Seguranca-Ocupacional/ >. Acesso em: 9 abril 2018. ³ Em: < http://www.portal-administracao.com/2014/08/ciclo-pdca-conceito-e-aplicacao.html >. Acesso em: 9 abril 2018. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fbmet.wikia.com%2Fwiki%2FFile%3ARisk-Management-Process-2.jpg&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1-SYoaCQqTKTugNmHKKXfS https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.bsigroup.com%2Fpt-BR%2FOHSAS-18001-Saude-e-Seguranca-Ocupacional%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3LqAk6fyCEIGlfIMplUDG- http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.portal-administracao.com%2F2014%2F08%2Fciclo-pdca-conceito-e-aplicacao.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3gqzv47zVuu9hqXGPUsSLf https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/aprofundando Unidade 4 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação APROFUNDANDO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO (SGI) Um sistema tem por definição: conjunto de elementos, concretos ou abstratos, intelectualmente organizados. Desse contexto parte a compreensão do real significado do Sistema de Gestão Integrado (SGI), que relaciona diretamente os processos e práticas aplicadas nas empresas, focadas no objetivo de oferecer maior segurança ao trabalhador, menos impactos ao meio ambiente e uso consciente dos recursos naturais, e a melhoria na qualidade dos serviços. A implementação de um Sistema de Gestão Integrado deve partir dos cargos superiores da organização, que deve compreender que os benefícios serão alcançados a médio e longo prazos, e a necessidade de investimentos financeiros, em recursos humanos e tempo. Os indicadores a serem avaliados são: Qualidade: o que é oferecido aos clientes, atendimento a expectativas, e cumprimento das promessas feitas sobre produtos e serviços. Ambiente de trabalho e papel social: qualidade de saúde dos funcionários, segurança durante os processos e a manutenção de um ambiente favorável à produtividade exigida pela companhia; o que a sua empresa representa na geração de renda do local em que atua, por meio da oferta de empregos entre outras ações sociais. Meio-ambiente: consumo de água e energia, observando a economia de recursos naturais. Devido à amplitude da cadeia de tarefas e da disparidade entre elas, pode-se perceber que uma empresa, por menor que seja, não pode ser analisada e gerida apenas por um dos indicadores, mas sim pela integração deles. Os resultados de um setor que impactam diretamente nos outros devem ser analisados em conjunto para garantir a eficiência, a eficácia e a efetividade da empresa no mercado. O Sistema de Gestão Integrada (SGI) contempla três importantes certificações: • ISO 9001 (Gestão da Qualidade): objetiva a otimização de processos envolvidos na atividade da empresa, para economia de tempo, gestão de riscos, e alcance do melhor desempenho em todas as áreas de atuação. • ISO 14001 (Gestão Ambiental): foca no ponto de equilíbrio entre o lucro e a exploração de recursos naturais, visando a redução do impacto na natureza sem o comprometimento da rentabilidade. https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial • OHSAS 18001 (Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional): adequação do ambiente de trabalho de forma a garantir a segurança e saúde física e intelectual do funcionário sem prejuízos à produção. A implementação de um SGI contribui para o cumprimento das normas exigidas, com base em um sistema orgânico, fluído e transparente. Assim, as soluções de Tecnologia da Informação (T) e o desenvolvimento de softwares que contemplam as rotinas e tarefas de um SGI são indispensáveis para a manutenção da empresa, reduzindo o volume de informações analisadas e facilitando os processos de tomada de decisão. “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia” (William Edwards Deming). REFERÊNCIA : SISTEMA GESTÃO. O Blog do empreendedor Moderno. [2017]. Disponível em: < http://www.sistemagestao.net/o-que-e-sgi/ >. Acesso em: 21 mar. 2018. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.sistemagestao.net%2Fo-que-e-sgi%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3uNOOTfTl1AX0AOo346pNo https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fview%2Fexpedienteunicesumar%2Fp%25C3%25A1gina-inicial&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw086V6F5xmP9H59FzTAbq6fUnidade 4 Pagina inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; OLIVEIRA, Júlio César Dainezi de; MACHADO, Heloisa Helena da Silva. Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Júlio César Dainezi de Oliveira; Heloisa Helena da Silva Machado. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 45 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gerenciamento 2. Risco 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-1326-9 CDD - 22 ed. 368.01 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial https://sites.google.com/unicesumar.com.br/gerenciamento-riscos-ocup-un4/pagina-inicial