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Projetos sustentáveis

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Projetos sustentáveis
Apresentação
Atualmente, uma das maiores preocupações são os severos impactos ambientais decorrentes da 
escassez de recursos naturais, em razão do consumo desenfreado. Por isso, é importante que o 
profissional de Arquitetura esteja atento ao bem-estar de seus clientes, incentivando a utilização de 
técnicas sustentáveis nas edificações. Por meio de técnicas simples, implementadas nas fases 
iniciais do projeto, é possível criar uma edificação que necessita de um consumo reduzido de 
recursos para se manter.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as estratégias utilizadas para a execução de 
edificações sustentáveis, em projetos tanto de pequena escala como de grande escala, por 
exemplo, cidades sustentáveis.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Aplicar estratégias sustentáveis em projetos.•
Reconhecer estratégias sustentáveis em projetos de pequena escala.•
Identificar estratégias sustentáveis em projetos de grande escala.•
Desafio
Alternativas sustentáveis, além de minimizar os impactos ambientais, reduzem significativamente o 
custo de vida. Isso, aliado à conscientização promovida pela educação ambiental, tem conquistado 
um grande público, que cada vez mais almeja estratégias que reduzam o ônus do planeta e do 
bolso.
 
Você é arquiteto em uma empresa especializada em sustentabilidade e recebe um cliente que 
deseja realizar o projeto de reforma de sua residência, cuja construção remonta à década de 1980, 
conforme pode ser observado na imagem a seguir.
Conforme a estrutura da residência, indique na imagem quais alterações podem ser propostas ao 
cliente para reduzir o consumo de energia elétrica, garantindo o conforto ambiental e 
transformando a casa em uma edificação sustentável, sem gerar mudanças estruturais drásticas.
Infográfico
A construção civil é um dos setores que mais polui o meio ambiente, por isso a utilização de 
técnicas sustentáveis é tão necessária. Em edificações existentes, premissas de sustentabilidade 
podem ser aplicadas sem gerar grandes alterações na composição volumétrica nem gastos 
significativos. 
Entretanto, a sustentabilidade de forma planejada em todas as etapas de desenvolvimento do 
projeto e da construção em edificações novas permite melhor aproveitamento de espaços e 
materiais.
Veja no Infográfico a seguir as fases de uma construção sustentável, desde a sua idealização até o 
término de sua vida útil.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/2e7cc8a6-8251-4be8-9cd7-262e3b6ede67/d1a7ebf8-fd52-4685-9b97-fe86689afabd.jpg
Conteúdo do livro
A construção civil é um setor altamente poluente e um grande consumidor dos recursos naturais. 
Para minimizar os impactos ocasionados na realização de uma obra, devem ser inseridas estratégias 
sustentáveis em todas as fases da construção. 
Entretanto, a sustentabilidade não deve ser aplicada de maneira isolada nas edificações. Deve-se 
incentivar a elaboração de projetos urbanísticos que também sejam sustentáveis, a fim de criar 
cidades igualitárias e que promovam a integração social.
Para saber mais, acompanhe a leitura do capítulo Projetos sustentáveis, da obra Arquitetura 
sustentável, que serve como base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ARQUITETURA 
SUSTENTÁVEL
Jaqueline Ramos Grabasck
Projetos sustentáveis
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Aplicar estratégias sustentáveis em projetos.
  Reconhecer estratégias sustentáveis em projetos de pequena escala.
  Identificar estratégias sustentáveis em projetos de grande escala.
Introdução
Alto consumo de energia e ambientes com baixos índices de conforto 
ambiental são fatores determinantes na desvalorização das edificações 
contemporâneas. Para amenizar esses fatores, durante a execução de 
uma edificação ou, até mesmo, com uma simples reforma, podem ser 
aplicados mecanismos que os minimizem e, ainda, possibilitem classificar 
a edificação como sustentável.
Neste capítulo, você aprenderá algumas estratégias simples, que 
podem ser aplicadas em edificações para torná-las sustentáveis e, ainda, 
reduzir significativamente o consumo de recursos naturais. Além de 
estratégias com aplicabilidade em projetos de pequena escala, você 
verá, também, estratégias para a elaboração de projetos urbanísticos 
sustentáveis, que incentivam a socialização ambiental. 
Estratégias sustentáveis em projetos
O conceito de sustentabilidade refere-se ao fato de os seres humanos utiliza-
rem os recursos naturais no presente sem vir a comprometer as necessidades 
das gerações futuras. As estratégicas para se alcançar o desenvolvimento 
sustentável devem abranger as três dimensões da sustentabilidade, isto é, a 
ambiental, a sociocultural e a econômica.
Busca-se o equilíbrio entre estas três dimensões (Figura 1), a fim de definir 
as seguintes ações como metas, ambientalmente responsáveis, socialmente 
justas e economicamente viáveis, denominadas triple bottom line (MOTTA; 
AGUILAR, 2009).
Leitores do material impresso, para visualizar as figuras 
deste capítulo em cores, acessem o link ou o código QR 
a seguir.
https://qrgo.page.link/g1kbz
Figura 1. As três dimensões da sustentabilidade.
Fonte: Adaptada de Motta e Aguilar (2009).
A construção civil apresenta grande influência no cenário econômico, pois 
corresponde a uma das principais geradoras de empregos. Entretanto, também 
é responsável por ocasionar diversos impactos ambientais, como a extração de 
recursos naturais, o aquecimento global, a contaminação da água, do solo e do ar.
Projetos sustentáveis2
Roaf (2014) afirma que as edificações são responsáveis pelo consumo 
de mais da metade da energia global e, também, geram mais da metade das 
emissões causadoras das mudanças climáticas devido a elementos extravagantes 
utilizados em edificações contemporâneas.
Para minimizar os impactos ambientais, todas as edificações deveriam 
ter como base três princípios: projetar para um clima, projetar para o meio 
social e físico e projetar para o tempo, seja dia ou noite, uma estação ou a 
vida útil da edificação — e o projeto que poderá ser adaptado ao longo dos 
anos (ROAF, 2006).
É preciso adaptar as edificações para que as mudanças climáticas sejam 
estabilizadas, assim como nos adaptarmos à falta de combustíveis fósseis e 
reduzir a poluição insustentável do meio ambiente, a fim de garantir que o 
hábitat humano seja preservado, pois as edificações estão diretamente ligadas 
aos ambientes locais, regionais e globais, compondo também o nicho ecológico 
(ROAF, 2014).
Motta e Aguilar (2009) indicam as seguintes principais práticas de sus-
tentabilidade na construção apresentadas pelo Conselho Brasileiro de Cons-
trução Sustentável (CBCS) e pela Associação Brasileira dos Escritórios de 
Arquitetura (AsBEA): 
  aproveitar as condições naturais locais; 
  utilizar minimamente terreno e ainda se integrar ao ambiente natural; 
  implantar e analisar entorno; 
  não provocar ou reduzir os impactos ocasionados no entorno; 
  qualidade ambiental interna e externa; 
  fazer a gestão sustentável na implantação da obra; 
  adaptar as necessidades dos usuários ao longo de sua vida; 
  utilizar matérias-primas que priorizem a ecoeficiência; 
  reduzir o consumo energético; 
  reduzir o consumo de água; 
  reduzir, reutilizar, reciclar e dispor os resíduos sólidos conforme le-
gislações específicas; 
  quando houver a possibilidade e for viável, deve-se introduzir inovações 
tecnológicas; 
  conscientizar os envolvidos no processo por meio de educação ambiental.
O aproveitamento das condições naturais locais está ligado tanto ao en-
torno imediato, ao privilegiar a paisagem, as vistas e as vegetações, quanto à 
topografia do terreno, que deve ser utilizada em consonância com o projeto. 
3Projetossustentáveis
O arquiteto deve incorporar a topografia à edificação, utilizando os recursos 
que ela oferece de forma a satisfazer as necessidades dos usuários e gerar o 
mínimo possível de impactos ambientais.
Ao propor o mínimo de intervenções possíveis no terreno, estamos garan-
tindo que o meio ambiente seja afetado o mínimo possível pelas interferências 
ocasionadas pela edificação e preservando a sua configuração natural.
A Casa Bianchi, do arquiteto Mario Botta, pode ser utilizada como refe-
rência na representação de uma edificação que ocasionou o mínimo possível 
de intervenções no terreno, preservando a natureza e, também, aproveitando 
as condições naturais no terreno, ao privilegiar a paisagem, as vistas e a 
orientação solar (Figura 2).
Figura 2. Diagrama indicando a configuração do terreno e as projeções visuais da paisagem.
Fonte: Ching e Juroszek (2012, p. 322).
A qualidade ambiental interna configura-se efetiva apenas quando a edifica-
ção proporciona conforto ambiental aos seus usuários. Planeja-se a edificação 
visando o conforto ambiental, térmico, visual, acústico e salubridade mediante 
o uso de condicionamento passivo para se obter eficiência energética, com 
baixo consumo de energia (MOTTA; AGUILAR, 2009). O conforto ambiental 
em uma edificação está diretamente ligado à escolha adequada dos materiais 
a serem empregados e às técnicas e aos métodos construtivos que serão uti-
lizados na sua execução.
Já a qualidade ambiental externa está relacionada aos impactos que a edi-
ficação pode ocasionar em seu entorno, tanto durante a sua execução quanto 
durante o seu uso. Durante a execução, os impactos podem ser minimizados 
com a implantação de um sistema de gestão eficiente e adequado às legislações 
Projetos sustentáveis4
vigentes. Durante o uso, a edificação não deve gerar desconforto visual aos 
observadores e, também, não deve provocar interferência acústica no entorno 
imediato devido a isolamento inadequado.
Para que uma edificação se mantenha efetiva ao longo de toda a sua vida 
útil, faz-se indispensável a elaboração de um projeto que se adéque aos usuários 
no decorrer do tempo, seja por meio de pequenas intervenções ou por uma 
análise prévia do que cada usuário pode vir a necessitar no decorrer dos anos.
Ao utilizar materiais, técnicas construtivas e realizar a gestão da obra, 
pode-se garantir um ótimo desempenho da edificação, a fim de obter eficiência 
construtiva e durabilidade da edificação, desde a etapa de extração, produção 
e reciclagem e utilizando práticas sustentáveis (MOTTA; AGUILAR, 2009).
A redução do consumo energético pode ser obtida por meio técnicas cons-
trutivas que amenizem as variações climáticas, proporcionando conforto 
ambiental ao utilizar ventilação cruzada, paredes duplas, vidros duplos e 
materiais com densidade apropriada para a finalidade à qual será aplicado. 
A iluminação natural é uma importante aliada na redução do consumo energé-
tico: adequar as aberturas conforme a função do ambiente possibilita trabalhar 
com índices luminosos necessários sem que seja preciso utilizar iluminação 
artificial durante o dia.
Para que haja redução no consumo de água, é possível reaproveitar as 
águas da chuva, implantando sistemas de coleta e filtragem que possibilitem 
a sua utilização para regar os jardins ou para descarga dos vasos sanitários. 
Para entender o processo no qual a água da chuva deve ser submetida para vir a ser 
utilizada em uma edificação, acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/a77pC
A redução no consumo se aplica também na minimização dos resíduos 
gerados, que podem ser reaproveitados na própria obra ou enviados para 
reciclagem (Figura 3). Deve-se atentar sempre para que as legislações sejam 
atendidas para que tanto a reciclagem quanto o descarte sejam realizados da 
maneira adequada, produzindo o menor impacto ambiental possível.
5Projetos sustentáveis
Figura 3. Usina de reciclagem.
Fonte: PRS (2014, documento on-line).
Para que seja implantada a reutilização dos resíduos na própria obra, os 
profissionais que atuam em campo devem estar conscientes dos problemas 
acarretados pela construção civil, mas essa conscientização só ocorre por meio 
da educação ambiental. Ao conscientizar os envolvidos no processo, é possível 
progredir com maior efetividade na implantação de técnicas sustentáveis nas 
edificações.
As técnicas sustentáveis podem ser elementos simples, que auxiliem no 
conforto ambiental, ou elementos inovadores, que surgem diariamente no 
mercado. Entretanto, inovações tecnológicas nem sempre são viáveis em todas 
as obras devido aos altos custos de mercado.
Mediante estudos realizados, Motta e Aguilar (2009) concluíram que a 
sustentabilidade deve estar presente em todas as fases de uma construção, 
sendo elas: idealização, concepção, projeto, construção, uso, manutenção e 
final da vida útil.
Na fase de idealização do projeto, devem ser apresentadas as técnicas e os 
elementos que podem suprir as necessidades dos usuários, sem acarretar impactos 
ambientais. Esses elementos podem ser facilmente aplicados no planejamento 
e na concepção do projeto, sem gerar grandes investimentos financeiros, mas, 
ao final, proporcionando alterações efetivas que acarretam a minimização dos 
impactos ambientais, o conforto ambiental e o bem-estar dos usuários.
Projetos sustentáveis6
Ao término da vida útil da edificação, os resíduos de demolição podem 
ser reaproveitados, a fim de serem preservados para reuso e reciclagem 
(MOTTA; AGUILAR, 2009). A reutilização e a reciclagem dos resíduos de 
construção e demolição (RCD) são fatores fundamentais para minimizar 
o consumo de matérias-primas e, consequentemente, reduzir os impactos 
ambientais ocasionados nos processos de extração e produção dos materiais 
de construção.
Ecoeficiência é definida como a capacidade de gerar bens e serviços melhores, que 
satisfaçam as necessidades humanas, mas que gerem um menor impacto ambiental.
Quatro eventos apresentaram-se marcantes em relação às condições climáticas 
no planeta. O primeiro evento ocorreu em 2003, quando uma forte onda de calor 
atingiu a Europa e matou mais de 35 mil pessoas, principalmente idosos que residiam 
em edificações vernaculares tradicionais, que não eram adaptadas para situações 
climáticas extremas. O segundo evento ocorreu também em 2003, quando um 
apagão atingiu 50 milhões de pessoas na Costa Leste dos Estados Unidos devido 
a uma forte onda de calor, que resultou na evacuação dos prédios que contavam 
apenas com janelas fixas, levando ao esgotamento do ar para respiração em menos 
de uma hora e elevando as temperaturas internas em poucos minutos. O terceiro 
evento ocorreu em 2005, quando o furacão Katrina inundou Nova Orleans e mostrou 
que até mesmo uma das nações mais ricas do mundo apresenta problemas em 
seu sistema de apoio social. O quarto evento é sentido atualmente por diversas 
nações: o aumento inexorável dos preços dos combustíveis, como petróleo e gás 
natural, devido à eminente falta de abastecimento que deverá ocorrer no decorrer 
dos anos (ROAF, 2014).
7Projetos sustentáveis
Estratégias sustentáveis em projetos 
de pequena escala
Antes de iniciar um projeto, o arquiteto deve realizar um estudo do clima 
e do local, que resultará em premissas para a elaboração do programa de 
necessidades. Com essa análise climática e o programa de necessidades, 
é possível elaborar um projeto que atenda as necessidades de conforto do 
usuário e, ainda, proporcione efi ciência energética (LAMBERTS; DUTRA; 
PEREIRA, 2014). 
No programa de necessidades, são estabelecidas as aspirações do proje-
tista, o plano de ação resultante e a programação do projeto. As edificações 
devem ser mais eficazes que antigamente para se adaptarem ao mundo, que 
se encontra em constante mudança (ROAF, 2014).
O ciclo de vida de uma edificação é definido pelas fases de idealização, 
concepção, projeto, construção, uso, manutenção e final de sua vida útil. Motta 
e Aguilar (2009) afirmamque é nas fases de uso e manutenção que ocorrem os 
maiores impactos ambientais, mas, ao inserir estratégias de sustentabilidade 
nas fases de idealização, concepção e projeto, a edificação irá apresentar 
melhor desempenho. Esse requisito é exigido pelas legislações vigentes e 
certificações verdes.
Na fase de idealização, o profissional realiza o levantamento do terreno e a 
entrevista com os clientes, analisa o entorno imediato e os acessos à edificação 
para vir a criar a conceituação do projeto e o seu programa de necessidades.
A fase de concepção abrange as informações levantadas na idealização 
do projeto e a estruturação da proposta inicial, apresentando ao cliente as 
perspectivas, os estudos de volumetria, os estudos de planta baixa e as espe-
cificações para materialização do projeto.
O projeto arquitetônico apresenta todas as informações necessárias para 
a construção da edificação, como dimensões, especificações de materiais e 
localização para implantação no terreno. O projeto é composto por planta de 
localização, planta de situação, implantação, planta de cobertura, planta baixa 
(de todos os pavimentos a serem executados), cortes, fachadas e detalhamentos. 
A Figura 4 traz como exemplificação as plantas baixas, um corte e as fachadas 
da Casa Bianchi, do arquiteto Mario Botta.
Projetos sustentáveis8
Figura 4. Projeto arquitetônico da Casa Bianchi, do arquiteto Mario Botta.
Fonte: Archinect (2016, documento on-line).
A fase de uso compreende a utilização da edificação pelos usuários. Nesta 
fase, são instalados ou substituídos alguns equipamentos, como lâmpadas 
e eletrodomésticos, devendo ser priorizada a escolha de equipamentos que 
apresentem eficiência energética e baixo consumo de energia.
Na fase de manutenção, são realizados os reparados programados e as 
substituições necessárias. É muito importante que, nesta etapa, todos os re-
síduos gerados sejam descartados corretamente por empresas licenciadas e 
conforme as legislações vigentes.
No final da vida útil, a edificação não atende mais aos propósitos para os 
quais foi construída e não pode ser alterada por uma simples reforma, devendo 
ser desconstruída ou demolida. Os resíduos gerados devem ser descartados 
corretamente, podendo ser enviados para centrais de reciclagem de RCD ou, 
caso não possam ser reutilizados, enviados para descarte adequado.
9Projetos sustentáveis
Roaf (2014) afirma que o segredo para se obter uma residência sustentável 
é garantir que ela apresente diversas possibilidades de adaptação nos dois 
extremos do espectro climático. Uma residência sustentável deve ser adaptada 
às condições climáticas do local e ao terreno no qual se encontra. A aplicação 
de defesas térmicas possibilita a redução no uso de combustíveis fósseis e 
a minimização na instalação de sistemas de energia renovável, garantindo, 
assim, que a edificação seja autossuficiente.
A forma da edificação apresenta grande influência nas trocas de calor 
que serão ocasionadas entre o meio interno e o externo. Quanto maior for o 
volume de uma edificação, maior será a superfície existente nessa edificação 
para ganhar ou perder calor. A Figura 5 traz a exemplificação de diferentes 
formas de plantas baixas que apresentam a mesma área, mas com superfícies 
diferentes, e as razões em função do perímetro dessas edificações (ROAF, 
2006; 2014).
Figura 5. Relação entre diferentes volumes 
com a mesma área de planta baixa.
Fonte: Krishan (1995 apud ROAF, 2014, p. 9).
Para que se tenha conforto em uma edificação utilizando ventilação natural, 
sem sistemas mecânicos de aquecimento e refrigeração e com baixo consumo 
de energia, faz-se necessário compreender e projetar utilizando a relação 
tríplice entre clima, pessoas e edificações (Figura 6).
Projetos sustentáveis10
Figura 6. Relação tríplice entre clima, pessoas e edificação.
Fonte: Roaf (2014, p. 5).
Em regiões temperadas ou frias, podem ser utilizadas paredes duplas, com 
uma camada de ar interna, o que garante que a edificação não sofrerá tanto 
com as mudanças bruscas de temperaturas, pois há uma camada interna para 
dissipar boa parte do calor ou do frio que se encontra no exterior. Garante-se, 
assim, que as mudanças bruscas de temperaturas não interfiram instantanea-
mente no interior da edificação. 
Em climas quentes, as edificações devem atuar como dissipadoras de calor, 
devendo apresentar uma razão elevada entre área de superfície e volume. Já as 
paredes que recebem radiação solar direta devem ser protegidas por varandas, 
sacadas e beirais amplos. As varandas e os vestíbulos também proporcionam 
amortecimento térmico entre os espaços internos e externos da edificação, 
e ventilação cruzada e pátios internos também podem ser utilizados para 
dissipar o calor da edificação (ROAF, 2014).
A ventilação cruzada é uma técnica simples e eficiente para ventilar um 
ambiente; mediante a instalação de aberturas em paredes diferentes e a apli-
cação de informações obtidas com a análise climática, pode-se criar ambien-
tes confortáveis e que não necessitam de sistemas mecânicos de ventilação 
(LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014). A Figura 7 apresenta exemplos 
de ventilação cruzada, conforme a disposição das aberturas na edificação.
11Projetos sustentáveis
Figura 7. Exemplos de ventilação cruzada conforme a 
disposição das aberturas.
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (2014, p. 185).
As janelas, além de proporcionarem iluminação natural e, consequente-
mente, reduzirem os gastos com energia elétrica, podem atuar como isolantes 
térmicos ao utilizar vidros duplos ou triplos e com acabamentos com baixa 
emissividade ou que apresentem isolamento térmico (ROAF, 2014).
Em edificações residenciais, deve-se priorizar elementos que utilizem 
o mínimo possível de energia durante o seu funcionamento, o que pode ser 
obtido com técnicas de conservação de energia e princípios de um projeto solar 
passivo, como a utilização de sistemas fotovoltaicos e de aquecimento solar 
de água, que garantem a geração de energia na própria edificação; em alguns 
casos, pode-se utilizar também energia eólica ou hidráulica (ROAF, 2014).
Sistemas fotovoltaicos e sistemas solares de aquecimento de água reduzem 
o impacto ambiental gerado por uma edificação. Em uma residência, essa 
redução pode chegar a 40% com relação à energia incorporada e à energia 
de uso da residência, enquanto as emissões de CO2 podem apresentar uma 
redução de 35% (ROAF, 2014).
A forma de refrigeração e o aquecimento de uma residência devem ser 
definidos antes da sua volumetria, pois é preciso estabelecer como esses 
mecanismos serão abastecidos, se haverá a possibilidade de utilizar energia 
obtida gratuitamente do interior da residência ou do seu entorno. 
A escolha dos materiais também tem grande influência na carga térmica de 
uma edificação. Materiais isolantes com diferentes densidades, por exemplo, 
tendem a apresentar resultados diversos, contribuindo significativamente para 
o conforto térmico da edificação (ROAF, 2014).
Os materiais de construção devem ser obtidos o mais próximo da obra 
possível, ou seja, deve-se privilegiar o uso de materiais locais e que apresentem 
Projetos sustentáveis12
o mínimo de processamento possível, assim como não apresentem em sua 
formulação toxinas devido a tratamentos químicos (ROAF, 2014).
Ao obter os materiais próximos à obra, haverá menores índices de emissões 
de poluentes em função do percurso realizado para transportar o material.
A durabilidade do material deve ser considerada, pois está diretamente 
ligada à vida útil da edificação. Ao criar edificações flexíveis, o profissional 
garante que a vida útil dessa edificação será estendida, ao ser facilmente 
adaptada para outras finalidades aquém da original. Não se pode esquecer, 
também, que a facilidade na reciclagem deve ser considerada no momento de 
sua escolha (ROAF, 2014).
Um estudo de ventilação adequado é essencial para controlar o ar existente 
em uma edificação e substituir por ar fresco. Os quesitos paraventilação podem 
ser supridos pelo uso de janelas de abrir ou com sistemas mais sofisticados, 
como os sistemas passivos, que são representados pelo efeito chaminé, ou os 
sistemas ativos, que abrangem a ventilação mecânica. Os sistemas ativos só 
serão efetivos caso a edificação apresente um sistema de vedação eficiente; 
caso contrário, caracteriza-se como desperdício de investimento (ROAF, 2014).
Roaf (2014) sinaliza a importância do ar fresco em uma edificação, que 
considera essencial para: remover a umidade ocasionada pela respiração, la-
vagem, cozimento e secagem; diluir e remover fumaça, vapores de cozimento, 
odores e poluentes; e fornecer ar para combustão em dispositivos que não 
apresentem uma fonte própria de ar fresco e respirar.
Na arquitetura, a eficiência energética é um atributo inerente à edificação que propor-
ciona conforto térmico, visual e acústico, utilizando um baixo consumo de energia.
Estratégias sustentáveis em projetos 
de grande escala
Sustentabilidade é um parâmetro evolutivo que se transforma conforme o 
surgimento de novas necessidades e demandas, sejam elas, humanas, espaciais 
ou ambientais. Consequentemente, urbanismo sustentável é um conceito que se 
encontra em constante adequação às necessidades humanas, o que resulta de 
13Projetos sustentáveis
pesquisas e levantamentos entre as interações dos fenômenos socioculturais, 
econômicos, ambientais e tecnológicos (SILVA; ROMERO, 2010). 
Romero (2007) define cidade sustentável como um assentamento humano 
composto por uma sociedade que tem consciência do seu papel como agente 
de transformação do local, que apresenta uma relação que se dá pela ação 
sinérgica que abrange a prudência ecológica, a eficiência energética e a equi-
dade socioespacial (Figura 8).
Figura 8. Sociedade atuando como agente transformador em prol 
da sustentabilidade.
Fonte: DMYTRO ZINKEVYCH/Shutterstock.com.
A expansão urbana tende a ocorrer de maneira dispersa, acarretando 
baixa densidade populacional e espalhamento do tecido urbano, que geram 
uma grande estrutura viária com distanciamento entre vias principais e 
edifícios (SILVA; ROMERO, 2010). Esses fatores resultam em cidades com 
fluxo intenso de veículos e trajetos que causam desconforto e insegurança 
aos pedestres. 
Nesse contexto, a rua perde a sua função de espaço de convivência, de 
sociabilidade urbana, e passa a exercer apenas o seu aspecto funcional, criando 
áreas setorizadas e voltando as atividades comerciais para o interior das edifi-
cações (SILVA; ROMERO, 2010). Essas premissas corrompem a ideia de cidade 
sustentável e a tornam cada vez mais dependente dos recursos mecânicos, 
que são grandes poluidores e causadores de diversos impactos ambientais. 
Em contraponto, como agentes definidores do espaço, os arquitetos e 
urbanistas têm por função criar projetos que incentivem a socialização e 
Projetos sustentáveis14
apropriação do espaço público, criando áreas mais seguras para a transição 
dos pedestres e mais convidativas para a permanência diária.
O lugar nasce da integração das forças espaciais, sejam elas naturais ou 
artificiais, com o uso e a apropriação do local pelo ser humano, gerando 
socialização ambiental. A produção da paisagem urbana se dá pela cultura 
ambiental, que inclui a diversidade morfológica edificada com os elementos 
que compõem o espaço público (SILVA; ROMERO, 2010).
Romero (2007) indica quatro elementos essenciais que devem ser compre-
endidos para que sejam definidos parâmetros para a realização de projetos de 
cidades sustentáveis: enlace, inclusão, previsão e qualidade.
O enlace compreende a integração das esferas econômica, social e cultural, 
que indica a abordagem de forma integrada do desenvolvimento econômico 
com a habitação acessível, gerando segurança e mobilidade aos usuários, mas 
sem comprometer o meio ambiente (ROMERO, 2007).
A inclusão visa identificar e alcançar valores e objetivos comuns, con-
siderando todos os interessados, sem gerar restrições e desigualdades (RO-
MERO, 2007).
A previsão busca a otimização de investimentos, a fim de atingir os obje-
tivos a longo prazo, de maneira fundamentada (ROMERO, 2007).
A qualidade, finalmente, tem como objetivo manter a diversidade por 
meio de elementos que assegurem a qualidade dos espaços, acarretando a 
qualidade global da vida urbana, e não focando na quantidade de espaços 
gerados (ROMERO, 2007).
Com esses parâmetros, Romero (2007) propõe a percepção do espaço 
urbano como um todo, mas também com suas particularidades, indicando que 
o espaço deve ser compreendido nas três grandes frentes do urbano, compostas 
pela edificação, pelas redes e pela massa.
A edificação é definida como a superfície de fronteira, que, formada pelos 
planos verticais, delimita o espaço externo e o espaço interno, assim como 
o público e o privado. Já as redes são definidas como os elementos de base, 
que compreendem os fluxos e formam os planos horizontais, ou seja, as áreas 
de circulações e os caminhos a serem percorridos. A massa compreende o 
entorno, representado pelo conjunto urbano, que abrange a vegetação, a água, 
a construção e o solo.
A edificação deve atuar como elemento integrador do espaço e propor-
cionar conforto para os que a circundam. Edifícios com o topo escalonado 
permitem que os raios solares cheguem ao solo durante períodos maiores de 
tempo (Figura 9), enquanto áreas com tratamento paisagístico incentivam a 
socialização nesses locais.
15Projetos sustentáveis
Figura 9. Edifício com topo escalonado amplia incidência 
solar no solo.
Fonte: Hassegawa (2016, documento on-line). 
Para que haja urbanismo sustentável, faz-se necessária a diversidade de 
usos e funções dispostos em um tecido denso e compacto, que se relacione 
com as condicionantes geográficas e ambientais, abrangendo as esferas local, 
regional e nacional (SILVA; ROMERO, 2010).
A descentralização do comércio e o incentivo ao comércio local estimulam 
os usuários a circular a pé ou de bicicleta pelos bairros, gerando socialização 
entre a vizinhança e tornando as áreas residenciais mais seguras.
A cidade sustentável privilegia a equidade e a integração social, garantindo 
que todos os usuários possuam acessibilidade igualitária e imparcial, contando 
com acesso às atividades, otimização do custo-benefício e da manutenção do 
projeto pela própria sociedade, assim como distribuindo os custos e benefícios 
gerados pelo espaço (SILVA; ROMERO, 2010).
A sustentabilidade deve ser aplicada desde a idealização das edificações 
até a configuração do espaço urbano, atendendo as necessidades do usuário 
no ambiente privado e da sociedade no ambiente conjunto.
Apenas com a implementação de técnicas sustentáveis será possível que o 
ser humano minimize as interferências ocasionadas pelos impactos ambientais, 
seguindo na busca pelo ambiente sustentável e possibilitando que as futuras 
gerações possam vivenciar as belezas naturais existentes atualmente.
Projetos sustentáveis16
Acessando o link a seguir, você encontra materiais inovadores que são eficientes 
energeticamente. Não deixe de conferir estas novidades no setor da construção civil.
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ARCHINECT. Bianchi house at Riva San VItale research project. Archinect Discussion 
Forum, 2016. Disponível em: https://archinect.com/forum/thread/149975507/bianchi-
-house-at-riva-san-vitale-research-project. Acesso em: 04 ago. 2019.
CHING, F. D. K.; JUROSZEK, S. P. Desenho para arquitetos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 
2012. 
HASSEGAWA, B. Como projetar BIG: 21 projetos, 21 lições de arquitetura. Como Projetar, 
2016. Disponível em: http://comoprojetar.com.br/como-projetar-big/. Acesso em: 04 
ago. 2019.
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Cuidados no reaproveitamento da água da chuva. Inovação 
tecnológica – Tudo o que acontece na fronteira do conhecimento. 25 fev. 2015. Dispo-
nível em: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=coleta-
-uso-agua-chuva#.XUdQWuhKhPY. Acesso em: 04 ago. 2019.
LAMBERTS, R.;DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. 3. ed. 
Florianópolis: ELETROBRAS/PROCEL, 2014. Disponível em: http://www.labeee.ufsc.
br/sites/default/files/apostilas/eficiencia_energetica_na_arquitetura.pdf. Acesso em: 
04 ago. 2019.
MOTTA, S. R. F.; AGUILAR, M. T. P. Sustentabilidade e processos de projetos de edificações. 
Gestão & Tecnologia de Projetos, v. 4, n. 1, 2009. Disponível em: http://www.periodicos.
usp.br/gestaodeprojetos/article/view/50953/55034. Acesso em: 04 ago. 2019.
PRS. Reciclagem de resíduos sólidos na construção civil. Portal Resíduos Sólidos, 2014. 
Disponível em: https://portalresiduossolidos.com/reciclagem-de-residuos-solidos-da-
-construcao-civil/. Acesso em: 04 ago. 2019.
ROAF, S. Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável. 2. ed. Bookman: Porto Alegre, 
2006.
ROAF, S. Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável. 4. ed. Bookman: Porto Alegre, 
2014.
17Projetos sustentáveis
ROMERO, M. A. B. Frentes do urbano para a construção de indicadores de susten-
tabilidade intra urbana. Paranoá: Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, ano 6, n. 4, 
p. 47–62, 2007. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/paranoa/article/
view/10522/9264. Acesso em: 04 ago. 2019.
SILVA, G.; ROMERO, M. A. B. Novos paradigmas do urbanismo sustentável no Brasil: a 
revisão de conceitos urbanos para o século XXI. In: CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO 
PARA O PLANEJAMENTO URBANO, REGIONAL, INTEGRADO, SUSTENTÁVEL - PLURIS 
2010, 4., Faro, Portugal, 2010. Disponível em: http://pluris2010.civil.uminho.pt/Actas/
PDF/Paper216.pdf. Acesso em: 04 ago. 2019.
Leituras recomendadas
CHING, F. D. K.; ECKLER, J. F. Introdução à arquitetura. Bookman: Porto Alegre, 2014.
LEITE, C.; AWAD, J. C. M. Cidades sustentáveis, cidades inteligentes: desenvolvimento 
sustentável em um planeta urbano. Bookman: Porto Alegre, 2012.
Projetos sustentáveis18
Dica do professor
Estratégias simples como redutores de vazão, coleta de água da chuva e instalação de placas 
fotovoltaicas podem ser aplicadas, até mesmo, em edificações existentes, minimizando os impactos 
ambientais e amenizando o consumo desenfreado, o que gera economia e evita o desperdício.
Veja na Dica do Professor algumas estratégias sustentáveis que podem ser facilmente aplicadas em 
edificações residenciais.
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Exercícios
1) O consumo excessivo e o desgaste ambiental acarretado pelo ser humano salientam a 
importância da busca pela sustentabilidade diariamente, sendo o ser humano o único agente 
transformador capaz de viabilizar as premissas para minimizar os impactos ambientais. 
Nesse contexto, verifique as sentenças abaixo sobre os conceitos que definem os termos 
apresentados e indique a alternativa correta. 
I. Conforme Motta, Agilar, 2009, as triple bottom line se referem ao equilíbrio entre as 
dimensões que tem como meta ações ambientalmente responsáveis, socialmente justas e 
economicamente viáveis. 
II. O desenvolvimento sustentável é obtido quando há equilíbrio entre as três dimensões da 
sustentabilidade, sendo elas a ambiental, a sociocultural e a econômica. 
III. Sustentabilidade é definida pelo fato de os seres humanos utilizarem os recursos naturais 
no presente, sem comprometer as necessidades das gerações futuras. 
A) Somente a afirmativa I e a II estão corretas 
B) Todas as três alternativas estão corretas 
C) Somente a afirmativa I e a III estão corretas 
D) Somente a afirmativa II e a III estão corretas 
E) Somente a afirmativa III está correta 
2) A fim de minimizar os impactos ambientais, o ato de projetar deveria utilizar como 
embasamento alguns princípios, visando a adaptar as edificações para que as mudanças 
climáticas possam ser estabilizadas.
Indique qual alternativa apresenta os princípios básicos para minimizar os impactos 
ambientais.
A) Projetar para o clima, projetar para o ser humano e projetar para a expansão imobiliária.
B) Projetar para os usuários e projetar para o tempo que a edificação deve ser utilizada.
C) Projetar para o clima, projetar para os usuários e projetar para o tempo.
D) Projetar para a expansão imobiliária, projetar para o meio ambiente e projetar para os 
usuários.
E) Projetar para o clima, projetar para os meios social e físico e projetar para o tempo.
3) Dentre as práticas de sustentabilidade aplicadas à construção, indique quais das práticas 
apresentadas a seguir são verdadeiras (V) e quais são falsas (F). Indique a alternativa correta.
( ) O arquiteto deve aproveitar as condições naturais locais, incorporando a topografia ao 
desenvolvimento da edificação.
( ) A qualidade ambiental interna será obtida ao planejar a edificação para atender aos 
requisitos de conforto ambiental, acústico, térmico e visual e salubridade.
( ) Técnicas sustentáveis são elementos complexos, com dificuldade de aplicação em obra. Já 
as inovações tecnológicas são facilmente aplicadas, principalmente pelo seu baixo custo.
( ) A conscientização dos envolvidos mediante o cenário atual pode ser realizada com a 
utilização de educação ambiental.
A) V – V – F – V.
B) V – F – F – V.
C) F – V – F – V.
D) V – V – V – V.
E) V – F – F – F.
Elementos simples, que não necessitam de grandes investimentos financeiros, podem ser 
aplicados na fase de concepção, a fim de implantar técnicas sustentáveis em uma edificação.
Relacione as colunas a seguir e indique a ordem correspondente às respostas corretas.
I. Volumetria
II. Ventilação cruzada
III. Sistemas fotovoltaicos
IV. Varandas
( ) Proporcionar amortecimento térmico na transição do exterior para o interior.
4) 
( ) Ventilar um ambiente por meio de aberturas em paredes diferentes, considerando as 
condições climáticas do local.
( ) Influencia diretamente nas trocas de calor entre os meios interno e externo.
( ) Reduzir os impactos ambientais ao possibilitar a geração de energia na própria edificação.
A) III – I – IV – II.
B) IV – II – III – I.
C) IV – II – I – III.
D) II – IV – I – III.
E) IV – I – II – III.
5) Na cidade sustentável, o ser humano compreende o seu papel de agente transformador do 
espaço e busca constantemente a prudência ecológica, a influência energética e a equidade 
socioespacial, a fim de garantir integração social e acessibilidade igualitária e imparcial.
Nesse contexto, dentre as alternativas a seguir, identifique quais são verdadeiras (V) e quais 
são falsas (F).
( ) O surgimento de novas necessidades e novas demandas transforma os parâmetros de 
sustentabilidade, por se tratar de parâmetros evolutivos.
( ) Urbanismo sustentável é um conceito fixo, que não pode ser alterado, 
independentemente das necessidades humanas e das interações entre fenômenos 
socioculturais, econômicos, ambientais e tecnológicos.
( ) A socialização ambiental surge com o uso e a apropriação do local, e dessa integração de 
forças espaciais nasce o lugar que abrange a diversidade morfológica edificada e a produção 
da paisagem urbana.
A) F – V – V.
B) V – V – V.
C) F – F – F.
D) V – F – V.
E) V – V – F.
Na prática
O desenvolvimento urbano, sempre que possível, deve priorizar as premissas para gerar cidades 
sustentáveis, visando à integração e à equidade social. É nas cidades sustentáveis que os seres 
humanos compreendem o seu papel como agentes transformadores do espaço e incentivam a 
interação em sociedade.
Veja as premissas utilizadas na elaboração da Cidade Floresta, primeira cidade sustentável que está 
sendo implantada na China, com previsão de término para 2020, cujo objetivo é combater a 
poluição e o aquecimento global.
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Saiba +
Para ampliar oseu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
8 (novos) materiais eficientes energeticamente que os 
arquitetos devem conhecer
Nesta matéria, você encontra materiais inovadores que são, também, eficientes energeticamente, 
para integrarem as premissas de sustentabilidade em seus projetos.
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Cidades sustentáveis, cidades inteligentes: desenvolvimento 
sustentável num planeta urbano
Neste livro, você encontra os conceitos que compõem as cidades sustentáveis, visando ao 
desenvolvimento urbano, por meio da apresentação de exemplos significativos.
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Introdução à Arquitetura
Neste livro, você encontra as premissas apontadas por Ching para configurar uma cidade, 
incentivando a socialização.
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https://www.archdaily.com.br/br/887560/8-novos-materiais-eficientes-energeticamente-que-os-arquitetos-devem-conhecer

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