Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANAMNESE EXAME FÍSICO 1) Identificação (ID): nome, idade, sexo, etnia, local de nascimento (naturalidade) e de residência (procedência), profissão, estado civil, número de filhos, religião/crença e escolaridade. – Registrar quem é a fonte das informações – é o próprio paciente ou um acompanhante. 2) Queixa e duração (QD): breve descrição do motivo que levou o paciente ao médico – utilizando as próprias palavras do paciente (dor de cabeça há 8 dias). O paciente comumente apresentará mais de uma queixa, mas nesse tópico precisamos da queixa principal! Não colocar “rótulos diagnósticos”. 3) História Pregressa da Moléstia Atual (HPMA): descrição cronológica da moléstia, com termos técnicos sempre que possível. • Qual é o sintoma guia? • Quando começou? • Possui fatores desencadeantes? (exemplo: ao se movimentar) • Qual a duração? • Características (dor em queimação, aperto, facada); • Qual a intensidade? (de 0 a 10) • Qual a frequência? • Evolução (os sintomas pioraram ou melhoraram desde o início?) • Qual a localização? • Irradiação? • Possui fatores de melhora? (alguma posição ou medicamento?) • Possui fatores de piora? (posição ou alimento) • Nega algum sintoma relevante? • Quais medicamentos já utilizou? • Já fez algum exame complementar? 4) Interrogatório Sobre Os Diversos Aparelhos (ISDA): - Geral: febre, astenia, alterações do peso (quando o paciente referir emagrecimento perguntar o quanto emagreceu e em quanto tempo), sudorese, calafrios, câimbras, fraqueza, alterações na memória e variações no humor. - Pele: alterações na pele, cabelo, unha, coceiras, dor, nódulos, erupções e prurido. - Crânio/face: cefaleia, alteração na acuidade visual, pulsações anormais, catarata, vertigem, presença de zumbido e otalgia. - Aparelho respiratório: dor torácica, dispneia, tosse, expectoração (características), hemoptise, hemoptoicos, chieira ou sibilância; - Mamas: nódulos, dor ou desconforto e presença de secreção mamilar; - Aparelho circulatório: dor precordial, dispnéia, taquipneia, palpitações, tonturas, síncope, edemas, claudicação intermitente, fenômeno de Raynaud, varizes dos membros inferiores; - Aparelho digestivo: apetite, dificuldade para deglutir, halitose, anorexia, bulimia, disfagia, eructação, pirose, plenitude ou empachamento pós-prandial, saciedade precoce, náuseas, vômitos, hematêmese, melena, enterorragia; dor abdominal, constipação e diarreia, incontinência fecal, hemorroidas, dor perineal, uso ou abuso de laxativos e antiácidos; - Aparelho Geniturinário: frequência da diurese, poliúria, queimação ou dor durante a micção (disúria), hematúria, infecções urinárias, dor lombar ou renal; - Genitália Feminina: menarca, regularidade da menstruação, frequência e duração, dismenorreia, DUM, método contraceptivo, menopausa, fogachos, terapia hormonal; - Genitália Masculina: dor no pênis, dor e massas testiculares e hérnias; - Musculoesquelético: fraqueza muscular, dor, inchaço nas articulações, limitação de movimento, instabilidade, hiperemia, artrite e gota; - Neurológico: perda de sensibilidade, choques, tremores, fraqueza, paralisia, desmaio e convulsões; - Hematológico: anemia, sangramentos, petéquias, púrpuras e transfusões; 5) Antecedentes Pessoais (AP): - Apresenta doenças crônicas? – DM, HAS, dislipidemia, asma/bronquite, já teve alguma neoplasia ou evento cardiovascular (infarto, AVE). - Já realizou CIRURGIAS? – tipo, porque, quando. - Possui ALERGIAS? – medicamentosa ou alimentar. - Histórico de vacinação e imunização; - Histórico obstétrico – GESTAÇÕES, partos, intervalo entre as gestações, abortos. 6) Antecedentes Familiares (AF): questionar enxaqueca, DM, HAS, IAM tuberculose, câncer, dislipidemia, hipotireoidismo, asma, rinite, osteoporose 7) Hábitos e Vícios (HV): - Tabagismo; etilismo; drogas; - Hábitos alimentares e atividades físicas. 8) Condições socioeconômicas e culturais: - Habitação: meio ecológico do qual faz parte (zona rural ou urbana), tipo de moradia, nº de cômodos e pessoas que residem no domicilio, condições sanitárias, coleta de lixo e animais domésticos (doenças infectocontagiosas) 8) Hipótese diagnóstica (HD): suspeitas clínicas para a queixa do paciente. 1. Exame Físico Geral - Qualitativo: avaliação subjetiva do paciente. As qualidades são medidas em graus (+/+4). - Avaliação do estado geral: nível de consciência, fácies, fala, confusão mental e mobilidade. → (BEG), (REG) ou (MEG). - Avaliação do grau de palidez: observar mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos. Paciente pode estar corada (mais avermelhado) ou descorado. → Descorado: classificar em cruzes. - Avaliação do grau de hidratação: observar umidificação da mucosa oral, globo ocular e turgor da pele. → Desidratado: classificar em cruzes. - Avaliação da presença de icterícia: observar coloração da palma da mão, esclera e freio da língua. O paciente pode estar ictérico ou anictérico → Ictérico: classificar em cruzes: · Atenção: se apenas a pele estiver amarelada/alaranjada, excluindo a esclera e o freio lingual, pode ser um sinal de excesso de β-caroteno! - Avaliação da presença de cianose: observar uma coloração mais azulada no lábio, leito ungueal e outras extremidades. - Avaliação do padrão respiratório: observar se há dificuldades para respirar ou se há utilização da musculatura acessória para inspirar. O paciente pode estar eupneico ou dispneico (dificuldade para respirar). Observar a frequência respiratória (bradpneico – poucas inspirações, ou taquipneico – muitas inspirações). Exame Físico Geral - Quantitativo: avaliação de aspectos mensuráveis do paciente. - PA → perguntar ao paciente antes de aferir a PA: • fumou ou bebeu café ou outros estimulantes há menos de 30 min? • Está sentindo dor? • Está com a bexiga cheia? • Está em repouso há menos de 3 minutos? – Se todas as respostas forem “não” prosseguir com o procedimento. - FC e Pulso: nem sempre as medidas são equivalentes! Para aferir a FC → pode-se auscultar o ♥ e contar os batimentos em 1 minuto! Para aferir o pulso → palpar a artéria radial com o 2º e 3º dedos, contanto os batimentos em 1 minuto. (Observar se há alterações no ritmo). → Comparar a FC e o pulso. - FR: contar a quantidade de inspirações em 1 minuto, observando a movimentação da caixa torácica ou parede abdominal. → Não falar ao paciente que a FR está sendo verificada, pois inconscientemente o padrão se altera; - T° axilar - SO2 - Glicemia capilar - Altura e Peso: para a aferição da altura o paciente deve estar com os pés descalços, em postura ereta e olhar horizontal. - IMC: peso/altura² (kg/m²) → categoriza-se magreza, eutrofia, sobrepeso e graus de obesidade. - Circunferência abdominal (CA): medida logo acima da crista ilíaca, na altura da cicatriz umbilical. Exame Físico – Cabeça e Pescoço - FACE: observar o tipo de rosto do paciente (fácies). Além das fácies notar se há edema, paralisia muscular, movimentos involuntários, nódulos/tumores e outras lesões e deformidades. Fácies hipocrática: olhos fundos, parados e inexpressivos. Nariz afila-se, lábios adelgados. Batimentos das asas do nariz são comuns. Fácies renal: edema que predomina ao redor dos olhos, principalmente pela manhã. Palidez cutânea. • Observada em doenças difusas dos rins, particularmente na síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda. Fácies Leonina: alterações compostas pelas lesões da Hanseníase. Fácies Cushingóide ou de Lua-cheia: arredondamento do rosto e atenuação dos traços finos. • Observada em pacientes que fazem uso prolongado de corticoides (Cushing iatrogênico). Fácies lúpica: vermelhidão no em forma e borboleta. Fácies parkinsoniana: cabeça inclinada para frente e imóvel, olhar fixo, fronte enrugada – expressão de espanto. Fácies basedowiana: exoftalmia e olhos brilhantes, rosto magro. Aspecto de espanto e ansiedade. Presença de bócio. • Hipertireoidismo Fácies mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca e acentuação dos sulcos. Supercílios escassos e cabelossecos e sem brilho. Expressão de apatia. • Hipotireoidismo. - CABEÇA: couro cabeludo - OLHOS: Inspecionar os globos oculares, córnea, esclerótica. Inspecionar e palpar as pálpebras, verificar tamanhos das pupilas e sua reação. Como uma das mais frequentes queixas é a perda da acuidade visual, quando possível avalia-la a partir do teste de Snellen. Midríase a pupila dilatada e miose a pupila contraída. Anisocoria significa pupilas de tamanho desigual e discoria é a irregularidade do contorno pupilar. (5% dos indivíduos normais o tamanho das pupilas não é exatamente igual) Avaliar: * Pálpebras: Verificar se há edema, retração palpebral, epicanto, xantelasma e outras alterações. * Globos Oculares: Verificar a presença de exoftalmia, enoftalmia, desvios (estrabismos), movimentos involuntários. * Conjuntivas: Normalmente são róseas, vendo-se a rede vascular levemente desenhada. Poder estar pálidas ou hipocoradas (anemia), amareladas (icterícia) e hiperemiada (conjuntivites, traumatismos). * Esclera: Normalmente branca, pode estar amarelada (icterícia: diferenciar da coloração amarelada das pessoas de pele negra, quando ocorre em placas, manchas e/ou ausente em regiões sem exposição à luz) * Cristalino: nas cataratas que tornam o cristalino opaco, observa-se áreas brancas no interior das pupilas (visível a olho nu). * Córnea: Pterígio: espessamento triangular da conjuntiva que cresce atingindo a superfície externa da córnea. * Pupilas - Características: a) forma: normalmente arredondadas ou levemente ovaladas; b) localização: centrais; c) tamanho: variável de acordo com a claridade do ambiente. d) reflexos: solicitar ao paciente para olhar um ponto fixo à frente.Incidir um feixe de luz em uma pupila de cada vez e avaliar: - Fotomotor (contração pupilar à luz) - Consensual (contração pupilar de um lado pela estimulação luminosa no outro olho) - Acomodação (contração das pupilas e convergência dos lobos oculares à medida que se aproxima do nariz um foco luminoso) REGISTRO DO EXAME NORMAL: Pupilas isocóricas e fotorreativas. - GARGANTA (oroscopia): observar lábios, gengivas, dentes línguas. Para examinar a garganta peça para o paciente dizer “Aaaahhh”. Pode ser necessário um abaixador de língua – pressionando o terço médio da língua. Note a presença de alterações de coloração, secreção e placas, que podem indicar processos infecciosos. REGISTRO DO EXAME NORMAL: COONG: normal, orelhas bem implantadas, cavidade oral normal, sem secreções ou gotejamento posterior (ou no nasocavum ou na nasofaringe). - ORELHA: palpar orelha, região retroauricular, mobilizar lobo da orelha - Palpação seios paranasais (frontal, etmoidal, esfenoidal e maxilar) - Palpação de ATM (sinal do ressalvo) e tempora . - CADEIA LINFONODAIS: inspeção e palpação de linfonodos – palpação com as polpas digitais dos dedos médios, indicador e anular, com movimentos circulares. Fletir a cabeça para facilitar a palpação Os linfonodos da cabeça e do pescoço a serem palpados são os seguintes: Lembrar que existem outras cadeias de linfonodos palpáveis que não estão no pescoço: epitroclear, axilar e inguinal. → Durante a palpação analisar as seguintes características: 1) Tamanho e volume – tentar estimar seu diâmetro em centímetros. Normalmente os linfonodos variam de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro, são móveis e indolores; 2) Coalescência – junção de 2 ou + gânglios, formando uma massa de limites imprecisos; 3) Consistência – duro ou mole, com flutuação ou não; 4) Mobilidade – com palpação deslizante ou, fixando –se entre o polegar o indicador; 5) Sensibilidade – doloroso ou não. REGISTRO DO EXAME NORMAL: sem linfonodomegalias ou sem linfonodos palpáveis Existem algumas regras gerais que são de auxílio para o clínico quando está estabelecendo seu raciocínio. São elas: 1- Linfonodos maiores que a falange distal do dedo mínimo do paciente são de importância clínica e devem avaliados com mais minúncia. 2-Linfonodos palpáveis em áreas atípicas (e.g pré-auriculares) devem ser investigados, mesmo se forem de pequeno tamanho. 3-Dor (assim como outros sinais flogísticos, tais quais calor, rubor e tumor) é um indicativo de inflamação. Sempre tomar cuidado com esse fato, pois em alguns pacientes com doença de Hodgkin pode ocorrer infartamento ganglionar, ocasionando um quadro semelhante! 4-A consistência pétrea é sinal de doença metastática. Já linfonodos com consistência semelhante à de borrachas encontradas nas pontas de lápis são frequentes nos linfomas. 5- Linfonodos aderidos são encontrados com muito mais frequência em doenças malignas do que em processos inflamatórios benignos. - TIREOIDE: pode ser examinada de 3 maneiras distintas: Examinador posterior ao paciente, que estará sentado, com a cabeça fletida (inclinada para frente), pedir para o paciente deglutir. 1º. Abordagem posterior - Paciente sentado e o examinador de pé atrás: as mãos e os dedos rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca e as pontas dos indicadores quase se tocam na linha média. O lobo direito da tireoide é palpado com o indicador e médio da mão esquerda, e vice-e-versa; 2º. Abordagem anterior – Paciente em frente. São os polegares que palpam a glândula, enquanto os demais dedos apoiam-se nas regiões supraclaviculares. 3º. Paciente de frente. Palpação com uma das mãos, percorrendo toda área da tireoide. Seja qual for a manobra empregada, solicitar ao paciente que faça deglutições, flexione e rotacione levemente a cabeça, enquanto se palpa a glândula firmemente. → Durante a palpação observar: volume, consistência (normal, firme, endurecida ou pétrea), mobilidade (normal ou imóvel) e superfície (lisa, nodular ou irregular). - CARÓTIDA E VEIA JUGULAR: esse exame pode ser feito juntamente com o Exame Cardíaco. Em suma, deve-se atentar para o fato de ingurgitamento da veia jugular interna (o paciente deve ficar em decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 45º). Observar ao assumir essa posição “surge uma grande veia no pescoço” acima do ângulo de Louis. Exame Físico – Pulmonar (Inspeção (estática e dinâmica), palpação, percussão e ausculta) INSPEÇÃO: - Estática: observar a aparência do tórax. Se o paciente apresenta desvios da coluna (escoliose, cifose e lordose). Observar a estrutura do esterno, costelas e vértebras pois isso pode ser indicativo de certar alterações estruturais como tórax escavado, tórax em barril e elevação do esterno. - Dinâmica: visa definir o padrão respiratório do paciente: eupneico, taquipneico e bradipneico. PALPAÇÃO: dividida em 2 fases - Expansibilidade ou mobilidade: deve ser investigada no ápice, base e entre elas. Para realizar no ápice colocar as mãos na base do pescoço, com os polegares juntos na região da proeminência das vértebras cervicais na pele e os dedos sobre a região acima da escápula de cada lado. Pedir para o paciente inspirar e expirar, devendo ambos os lados estarem simétricos – as duas mãos devem fazer a mesma amplitude de movimento. O processo deve ser repetido mais duas vezes até alcançar a base pulmonar (T12). Sempre procurando assimetrias entre os campos pulmonares. - Frêmito Toracovocal (FTV): Colocar a mão sobre as regiões do tórax, ao mesmo tempo em que o paciente pronunciar “33”. À medida que ele fala deslocar as mãos de modo a percorrer toda a extensão da parede torácica. →Frêmito normal: som abafado. → do frêmito: consolidação de área pulmonar (pneumonia); - som é auscultado nitidamente. → ou desaparecimento do frêmito: anormalidade que impeça a transmissão das ondas sonoras (derrame pleural, espessamento da pleura, atelectasia por oclusão brônquica, pneumotórax e enfisema pulmonar). PERCUSSÃO: - Para percussão das faces anteriores e laterais, o paciente pode estar sentado ou deitado. - Já a percussão da face posterior só é possível com o paciente sentado. - Para a percussão das faces laterais o paciente deve colocar suas mãos na cabeça; → A percussão do tórax deve obedecer aos seguintes critérios: ▪ Iniciar pela face anterior, indo de cima para baixo,ora de um lado, ora de outro, em pontos simétricos; ▪ Passar para as regiões laterais; ▪ Concluir com a percussão da face posterior. Sempre comparar os sons produzidos na porção de um hemitórax com os sons do outro hemitórax. Sons obtidos na percussão do tórax: som claro pulmonar na área de projeção dos pulmões, submacicez e macicez nas áreas de projeção do fígado, do coração e do baço, timpanismo na área de projeção do fundo do estômago (espaço de Traube – som timpânico). Possíveis alterações na percussão: Excetuadas as áreas de projeção do fígado, coração, baço e fundo do estômago, no resto do tórax encontra-se sonoridade pulmonar. - Som timpânico: indica aprisionamento no espaço pleural (pneumotórax) ou numa grande cavidade intrapulmonar (caverna tuberculosa, por exemplo). - Submacicez e macicez: ou desaparecimento da sonoridade pulmonar – redução ou inexistência de ar no interior do alvéolo. → Derrames ou espessamentos pleurais; condesação pulmonar (pneumonias, tuberculose, infarto pulmonar e neoplasias). AUSCULTA: paciente de preferência sentado (quando impossibilitado fazer o exame em decúbito dorsal e lateral) e com o tórax total ou parcialmente descoberto. Solicitar ao paciente que realize inspirações e expirações profundas com a boca entreaberta e cada ponto de ausculta. Sons pleuropulmonares ▪ Sons normais → Som traqueal: na inspiração, ruído soproso e na expiração mais forte e prolongado. → Respiração Brônquica: som parecido com o som traqueal, se difere na expiração por ser menos extenso. → Murmúrio vesicular: presente na maior parte do tórax. Som mais fraco e mais suave, comparado a respiração brônquica. ▪ Sons anormais → Descontínuos: estertores finos (crepitações) e grossos. · Os estertores finos são semelhantes ao friccionar dos cabelos, ocorrem no final da inspiração nas bases pulmonares - pneumonia, edema pulmonar. · Os estertores grossos são menos agudos e duram mais que os finos, audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração, podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax – bronquite crônica. → Contínuos: roncos, sibilos e estridor. · Os roncos são constituídos por sons graves, aparecem na inspiração e expiração. · Os sibilos são sons agudos de alta frequência, aparecem na inspiração e na expiração, disseminados por todo o tórax – asma e bronquite. · O estridor é um ruído inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou traqueia. → De origem pleural: atrito pleural, som de duração maior e frequência baixa, de tonalidade grave. Som similar ao atrito de um pano velho – pleurite seca. Alteração Murmúrio Frêmito Percussão Derrame pleural Maciço Atelectasia Maciço Pneumotórax simples Timpânico Pneumotórax hipertensivo Timpânico Consolidação Maciço Exame Físico – ♥ Cardíaco (inspeção, palpação e ausculta) INSPEÇÃO e PALPAÇÃO: realizadas simultaneamente, investigando os seguintes parâmetros: pesquisa de abaulamentos, análise do ictus córdis, análise de batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis; → Observar se há distensão de veias jugulares ou pulso carotídeo visível, edema de MMIIs; → Avaliar se há estase jugular (turgência da veia jugular interna): posicionar a cabeceira do leito a 45º e avaliar a altura da coluna formada pela veia túrgida em relação ao ângulo de Louis. A medida normal é de 4 cm, valores acima disso é considerado como estase jugular. → Ictus cordis: normalmente se localiza no 5º EI sobre a linha hemiclavicular E. - Costuma ser percebido apenas na palpação, na forma de batidas bruscas. → Com o paciente sentado, colocar as pontas dos dedos na área. sensibilizar o exame, colocar o pct em DLE) - Se for palpado mais para baixo ou para esquerda, pode ser sugestivo de cardiomegalia. AUSCULTA: Ambiente silencioso; Paciente em decúbito dorsal; com o receptor deve ser colocado sobre a pele; Focos de ausculta: • Foco mitral: 4º/5º EIE da linha hemiclavicular – corresponde ao ictus cordis. • Foco pulmonar: 2º EIE junto ao esterno; • Foco aórtico: 2º EID junto ao esterno; • Foco aórtico acessório: 3º EIE, junto ao esterno. • Foco tricúspide: corresponde à base do apêndice xifoide/ Paraesternal E. Os sons que são auscultados em cada foco são bulhas cardíacas: → 1ª Bulha (B1): fechamento das valvas mitral e tricúspide; “TUM” (A-V) - Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo; - Timbre mais grave; - Maior intensidade no foco mitral, onde costuma ser mais forte que a 2ª bulha. → 2ª Bulha (B2): fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar; “TÁ” - Timbre mais agudo, soa de maneira seca e ocorre após um pequeno silêncio; - Normalmente, a B2 é mais intensa nos focos da base (aórtico e pulmonar); → 3ª Bulha (B3): Observada em crianças e adolescentes, raramente em adultos. - Ruído de baixa frequência; audível na área mitral, em decúbito lateral esquerdo; “TU” (som próximo à B2). → 4ª Bulha (B4): Ocorre no final da diástole ou pré- diástole. Pode ser ouvida em crianças e adultos jovens. Em cada região de ausculta se atentar à sequência “TUMTÁ TUM-TÁ—TUM-TÁ”, caso escutar algo como “TUMSHH-TÁ”, por exemplo, ou um “TÁ” a mais, pode ser um indicativo de alteração cardíaca – como sopros e bulhas extras. DLE: Ausculta melhor a mitral (B1) Anti-flexão/sentado para frente: Ausculta melhor B2 Ausculta pulmonar irradia para região de fúrcula SOPROS: Quando as valvas não se fecham/abrem adequadamente, deixam “pequenos orifícios” por onde o sangue irá fluir. Esses orifícios farão com que o sangue fique turbilhado gerando o sopro cardíaco. • Sopros Sistólicos: Sopro sistólico de ejeção: começa após a B1 e termina antes de B2 → estenose da valva aórtica ou pulmonar. Sopro sistólico de regurgitação: aparece junto com B1 e termina antes de B2 → insuficiência mitral/tricúspide • Sopros Diastólicos: sopros com baixa frequência, entre B2 e B1 → estenose atrioventricular e insuficiência das valvas aórtica e pulmonar. Classificação: • Localização: em qual foco se ausculta com maior facilidade e em qual momento do ciclo cardíaco ele acontece; • Irradiação: quanto mais intenso o sopro, maior a área que será audível. Por exemplo, o sopro da estenose aórtica se irradia para a carótida, enquanto o da insuficiência mitral se propaga para a axila. • Intensidade: Utiliza-se o sistema de cruzes: 1+ sopro audível apenas quando se ausculta com atenção e em ambiente silencioso; 2+ sopro moderado – sem irradiação; 3+ sopro intenso – irradia para carótida (aórtico) e axila (mitral); 4+ sopro muito intenso – frêmito à palpação e com irradiação; 5+ sopro que necessita apenas da borda da membrana do estetoscópio para ser ouvido; 6+ sopro audível sem estetoscópio. Exame Físico – ABDOMINAL O abdome pode ser dividido em nove regiões ou em 4 quadrantes, sendo essas divisões importantes para localizar anormalidades e correlacionar com o possível órgão acometido. HD -Fígado; V.B; Flexura hepática (D) do cólon. Epigástrio -Fígado, lóbulo E V.B; Cólon transverso HE - Estômago; Baço; Cólon (ângulo esplênico); FD -Rim; Cólon asc.; Flexura hepática D; Mesogástrio -Cólon transverso; Duodeno; Jejuno; Íleo FE -Cólon desc. -Jejuno; -Íleo FID - Ceco; Apêndice; Tuba uterina D; Ovário D. Hipogástrio - Intestino D., Bexiga; Útero; Ureter; Reto; FIE -Cólon desc.; Cólon sig; Tuba uterina E.; Ovário E. Para o exame pedir para o paciente deitar em decúbito dorsal e se posicionar à direita do paciente – é aceitável que o examinador tenha que mudar de posição para examinar outras estruturas abdominais. INSPEÇÃO: observar o paciente, avaliando na região abdominal → coloração da pele, distribuição de pelos, presença de estrias, lesões de pele, circulação venosa colateral, hematomas (Cullen: região periumbilical / Gray Turner: região dorsal) [...]. O formato e volume do abdome também deve ser observado - variam de acordo com a idade, o sexo e estado de nutrição do paciente. ▪ Globoso: aumentado de maneira uniforme com predomínio ântero-posterior. → Gravidez avançada, ascite, distençãogasosa, obstrução intestinal, grandes tumores policísticos do ovário. ▪ Pendular: flacidez abdominal; ▪ Avental: parede abdominal cai como um avental sobre as coxas do paciente. (Comum em pessoas obesas); ▪ Escavado: parede abdominal retraída. (Próprio de pessoas muito emagrecidas). CIRCULAÇÃO COLATERAL corresponde a um achado em que é possível visualizar a vascularização do abdome, por conta de um obstáculo na circulação venosa. Os tipos mais comuns de circulação colateral, são: circulação colateral tipo portal, circulação colateral tipo veia cava inferior, circulação colateral tipo cava superior e circulação colateral tipo misto. - Circulação colateral do tipo portal corresponde ao tipo mais comum, e acontece pelo obstáculo do fluxo venoso em direção ao fígado. Geralmente é perceptível por meio da característica de “cabeça de medusa”, quando estão dilatadas próximas ao umbigo. - Circulação colateral tipo cava inferior consiste na obstrução da VCI por conta de uma trombose. Observa-se os vasos na região inferior e lateral do abdome, com fluxo ascendente. - Circulação colateral tipo cava superior representada pela dilatação dos vasos na região superior do abdome, com sentido da corrente descendente. - Circulação colateral do tipo misto junção das características da circulação colateral tipo portal e da circulação colateral tipo cava inferior, com fluxo ascendente. AUSCULTA: Realizar em um ambiente tranquilo e silencioso; OBS: É preferível que ausculta se realize antes da percussão e a palpação, pois estas podem estimular o peristaltismo e encobrir uma hipoatividade dos ruídos hidroaéreos. • Iniciar a ausculta do QID em direção ao QIE aplicando uma leve pressão → em torno de 1 minuto em cada quadrante, pesquisando os sons intestinais normais - ruídos hidroaéreos (estalidos e gorgorejos – sons de água). → Nos casos de diarreia e de oclusão intestinal, os ruídos hidroaéreos tornam-se mais intensos em função do aumento do peristaltismo e são denominados borborigmos. → Se houver silêncio abdominal – íleo paralítico. • Ausculta de flanco Pesquisa de sopros: aórtico, renais, ilíacos. Esses sopros são similares aos cardíacos e predominam na sístole. PERCUSSÃO: Realizar do QD para o QE, com no máximo 3 repetições por ponto a ser examinado. • Devido à predominância de alças intestinais, o som predominante é timpânico, exceto na região do HD, onde o som é maciço devivo ao fígado. • O baço, devido à sua localização (protegido pelo gradeado costal) normalmente não é percutível. Quando ele aumenta de tamanho, torna-se percutível e ocupa uma região chamada de espaço de Traube, esse espaço normalmente é livre, ou seja, timpânico. Ao percutir o espaço de Traube: ▪ Timpanismo – espaço livre. ▪ Macicez/submacicez – espaço ocupado pelo baço, ou seja, esplenomegalia. • Menor quantidade de ar ou sobreposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal origina um som submaciço; PALPAÇÃO: - Superficial: palpar com uma mão, todo o abdome, no sentido da FID para a FIE. Avaliar a sensibilidade, resistência da parede, as pulsações e o reflexo cutâneoabdominal. - Profunda: Palpar bimanualmente com as mãos sobrepostas; ▪ Investigar os órgãos contidos na cavidade abdominal e eventuais “massas palpáveis” ou “tumores”; ▪ Em condições normais não se consegue distinguir o estomago, o duodeno, o intestino delgado, as vias biliares e os cólons ascendente e descendente, já o ceco, o transverso e o sigmoide são facilmente palpáveis; ▪ A presença de alterações estruturais é que torna aqueles órgãos reconhecíveis à palpação, seja por aumento de seu volume, seja por alteração de sua consistência; Palpação hepática: MANOBRA DE LEMOS – TORRES: Pretende-se com esta manobra determinar as características da borda hepática, quanto a sua consistência, regularidade de sua parede e forma de sua borda, presença de pontos dolorosos e determinação de massas palpáveis. • A mão esquerda do examinador é utilizada na tração anterior enquanto a direita palpa buscando a borda hepática. MANOBRA DE MATHIEW: Nesta, o examinador posiciona-se para à direita e de frente para os pés do paciente; • Com as mãos em garra, executa-se a palpação junto à borda hepática: pedir para o paciente inspirar profundamente e depois de expirar e durante a expiração, posicionar os dedos abaixo do rebordo costal. Depois do fim da expiração, mantendo os dedos nessa posição, pedir para o paciente repetir o movimento, podendo ser sentida a ponta do fígado contra os dedos. → O fígado normalmente não ultrapassa 2 cm do rebordo costal, se ultrapassar pode haver uma hepatomegalia ou ptose hepática. Técnicas para detecção de ASCITE A ascite corresponde ao acúmulo de líquido intra abdominal que causa o do volume abdominal, geralmente está relacionada a quadros de doenças hepáticas graves juntas com hipertensão portal e redução da síntese de albumina. Para se detectar a ascite, utiliza-se 3 técnicas de percussão, são elas: macicez móvel, semicírculo de Skoda e manobra ou sinal de Piparote. Macicez móvel: é utilizada para um grau mais leve de ascite, em que se pede para o paciente ficar em decúbito lateral direito e esquerdo enquanto se percute a região lateral e central do abdome. Caso haja a presença de ascite, ao realizar a percussão, será perceptível a presença de som timpânico na lateral e som maciço no centro, isso acontece porque ao ficar em decúbito o líquido ascítico vai se deslocar conforme a gravidade. Semicírculo de Skoda: consiste em deixar o paciente em decúbito dorsal, em que ao percutir a região central do abdome obtém-se som timpânico, enquanto na periferia há som maciço pela presença do líquido ascítico. É uma técnica para verificação de uma ascite um pouco mais grave. Manobra de Piparote: corresponde a um teste para verificar a presença de ascite grave, e só pode ser realizada com a presença de dois médicos ou com a ajuda do paciente. É realizada por meio da colocação das mãos do paciente ou do médico auxiliador de forma vertical no sentido da linha médio-esternal, enquanto o médico examinador coloca suas mãos nas regiões laterais do abdome. Dessa forma, o examinador com apenas uma mão percute a lateral do abdome, e caso haja ascite, ele sentirá a vibração do líquido ascítico no outro lado do abdome. ▪ Dá-se um “peteleco” em um dos flancos do paciente e tenta sentir a propagação da força no outro flanco (positivo em ascites volumosas – grau 3). 1º decúbito dorsal, ir percutindo de cima para baixo e depois em decúbito lateral, ir percutindo (LIQUIDO = MACIÇO) MANOBRAS E SINAIS SINAL DE MURPHY – indicativo de colecistite ▪ Posicionar os dedos da mão direita sobre o rebordo costal do HD – sobre o ponto cístico; ▪ Solicitar que o paciente respire fundo e ir palpando à medida que ele inspira → o aumento súbito da dor com interrupção brusca da inspiração, constitui o sinal de Murphy positivo. SINAL DE BLUMBERG – indicativo de apendicite, peritonite ▪ Solicitar que o paciente expire; ▪ Colocar as mãos, fletidas em garra, na cicatriz umbilical, deslizando-as obliquamente em direção à região da FID; ▪ Descomprimir bruscamente → dor à descompressão, sinal positivo. SINAL DE ROVSING: indicativo de apendicite ▪ Comprimir a FIE e descomprimir bruscamente; ▪ Observar se o paciente refere dor na FID; EXAME DO BAÇO: Posição de SCHUSTER - Percussão, palpação (5 a 7 cm) - Esplenomegalia Grau I: sob o RCE Grau II: entre o RCE e cicatriz umbilical Grau III: abaixo da cicatriz umbilical SINAL DE GIORDANO utilizado na pesquisa de pielonefrite ou litíase renal. Para ser detectado, deve ser realizado uma percussão com a mão em forma de punho no dorso do paciente no nível da 11° e 12° costela, com uma mão realizando o amortecimento. Caso o paciente apresente uma infecção renal, ao ser realizado o teste, ele irá rapidamente se deslocar para frente sentindo muita dor. EF – ÓRGÃOS GENITAIS Exame Físico – NEUROLÓGICO Genitália Masculina: - Inspeção: paciente em ou deitado; examinador deve usar luvas. Inspecionar o pênis e a bolsa escrotal,observar se o paciente é circuncisado; tamanho do pênis e escroto; se há lesões. Se houver corrimento peniano, observar suas características. - Palpação: palpar a bolsa escrotal avaliando se há tumorações, herniações e/ou dor. O exame dos genitais internos (próstata e vesículas seminais) é feito pelo toque retal. Genitália Feminina: - Inspeção externa: genitália externa, mucosa vaginal e cérvix. Avaliar simetria, cor, edema, pilificação, verrugas, secreção [...] - Inspeção interna: uso do espéculo. Avaliar presença de secreção ou corrimento, cor, odor, rugosidade. - Palpação: tocar as paredes da vagina, sentir se há frouxidão muscular, nódulos ou prolapso. Tocar o colo uterino. - Mamas: inspeção (simetria, apresentação mamilar, presença de nodulações); palpação na mama e gânglios supra e infraclaviculares. - Inspeção: observar a postura e movimentos anormais. MARCHA: solicitar que o paciente caminhe descalço. Normal: sequencial, organizado - Marcha Ceifante - Ou ao tentar caminhar em linha reta é como se fosse “empurrado” para o lado – lesão vestibular [...]. REGISTRO DO EXAME NORMAL: Marcha adequada, habitual, com coordenação adequada. - EQUILÍBRIO ESTÁTICO: solicitar que o paciente fique na posição vertical com os pés juntos, olhando para frente – deve-se permanecer por alguns segundos. Em seguida pedir para ele fechar os olhos → Prova de Romberg. ROMBERG +: ao fechar os olhos paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à queda. → Positivo em labirintopatias, degeneração subaguda e polineurite periférica. - MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA: solicitar ao paciente para executar movimentos como, abrir e fechar a mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e estender a perna e o pé. De forma simétrica, bilateral e comparativa → Redução ou abolição desses movimentos: lesão dos neurônios motores e/ou de suas vias. Como graduar a força: Escalas de força – (MRC) Medical Research Council 0 - AUSÊNCIA DE CONTRAÇÃO “Não vejo nenhuma contração muscular” 1 - CONTRAÇÃO MUSCULAR SEM MOVIMENTO/ esboço de contração “Vejo contrair o musculo, mas não exerce movimento” 2- MOV. ATIVO SE ELIMINADA A GRAVIDADE “Movimenta a articulação sobre o plano da maca- não vence a gravidade” 3- MOV. ATIVO CONTRA A GRAVIDADE “Vence a gravidade” 4 (pode ser 4+ ou 4 -) - MOV. ATIVO CONTRA RESISTÊNCIA 4 –: vence pequena resistência 4: vence resistência moderada 4+: Vence resistência forte 5- NORMAL Força normal Manobras deficitárias de motricidade Manobra de braços estendidos - 30s a 1 minuto - Membro parético apresenta oscilações e tende a baixa-se lentamente e progressivamente (mas não é possível identificar o musculo específico) Manobra de MINGAZZINI - Decúbito dorsal. Flete as pernas e pés fletidos em ângulo reto (90°) sobre as coxas e estas sobre a bacia - Se déficit: tal posição não se mantém por muito tempo, sofrendo oscilações ou queda · Perna: quadríceps · Coxa: psoas · Ambos: quadríceps e Psoas Manobra de BARRÉ - Decúbito ventral. Pernas fletidas formando um ângulo reto com as coxas Déficits: oscilações e quedas COORDENAÇÃO (taxia) (Incoordenação: Ataxia) SENSIBILIDADE Coordenação ESTÁTICA ROMBERG Prova Índex – nariz: Paciente estende o membro superior e em seguida encosta a ponta do dedo indicador na ponta do nariz - Inicialmente com os olhos abertos e, posteriormente fechados Pode estar alterada em: - Disfunção cerebelar – dismetria (hiper ou hipometria), decomposição do movimento, tremor de intensão (alterações com os olhos abertos e fechados) - Dismetria: erra o alvo - Hipermetria: passa além do alvo - Hipometria: antes do alvo Durante a realização do movimento pode ter: - Decomposição de movimento e/ou - tremor de intensão: quando está chegando perto do alvo, começa a tremer - Disfunção sensibilidade profunda – dismetria – erra o alvo (só com o olho fechado) Prova index – índex -Paciente encosta a ponta do index no index do examinador e depois na ponta do nariz. - É examinado com os olhos abertos porque o examinador vai mudando o local do index Também pode pedir para o pct colocar a tampa da caneta na caneta. Coordenação (Taxia) – Dinâmica Prova Calcanhar- joelho - Paciente em decúbito dorsal, solicita-se para que toque com o calcanhar o joelho do lado oposto - Solicita então que o calcanhar desça pela crista tibial até o calcanhar contralateral - Inicialmente com olhos abertos e em seguida fechados - Disfunção cerebelar – dismetria (hiper ou hipometria), calcanhar ultrapassa o joelho ou oscilações laterais ao longo da crista tibial - Disfunção da sensibilidade profunda – dismetria com olhos fechados Prova dos movimentos alternados – Diadococinesia: Paciente estende os braços e com maior velocidade possível, realiza movimentos sucessivos de pronação e supinação - Bate na coxa, alternando palma e dorso da mão Doenças cerebelares – disdiadocinesia Incoordenação ou até mesmo impossibilitado de realizar Manobra do rechaço – Stewart- Homes Paciente gira a cabeça para o lado oposto e realiza, com toda a força, a conta resistência ao movimento do examinador (paciente contrai o bíceps e o examinador estende o braço) Em determinado momento, solta-se o braço subitamente Normal: ação imediata dos antagonistas (tríceps) – freando o deslocamento da mão - Paciente com comprometimento cerebelar não há contração do antagonista – mão choca-se de encontro ao ombro. Na disfunção cerebelar o pct tem dificuldades em controlar agonistas e antagonistas AVALIAR: Sensibilidade tátil (algodão, pincel): Pct com os olhos fechados testar: - Face, braços, mãos, coxas até pés em face anterior e posterior - Perguntar se sente, se é simétrico Sensibilidade vibratória: Com o diapasão na superficie óssea simétrica e bilateral Sensibilidade Dolorosa: Com uma agulha: em face, MMSS e MMII simétrica e bilateral Sensibilidade Térmica: Frio e quente: em face, MMSS e MMII simétrica e bilateral Modalidades sensitivas gerais: Dor, Tº, Tato, Vibração, Posição segmentar Modalidades sensitivas especiais: Audição, Visão, olfato (avaliada nos pares cranianos) Classificação de Sherrington Sensibilidade exteroceptiva (superficial) · Diz ao organismo o que está ocorrendo no meio ambiente - Dor, Tº e tato superficial Sensibilidade propioceptiva (profunda) · Nos fornece informação a respeito da tensão nos músculos e tendões ou · Posição das articulações ou a respeito da força muscular - Vibração, posição segmentar e tato refinado Princípios gerais - Paciente deitado confortavelmente, com os olhos fechados - Comparar áreas simétricas, porção proximal e distal Tátil - Toque leve – chumaço de algodão, polpa digital, pincel com pelos finos - Sem provocar pressão no tecido subcutâneo Dolorosa (não pode causar dor) - Ponta de palito de madeira Térmica - Tubos de ensaio contendo água quente (40 – 45ºC) ou fria (5-10ºC) - Acima ou abaixo disso = sensibilidade dolorosa Proprioceptiva: Pct com olhos fechados. Testar de distal para proximal, se ausente, testar proximal, se presente na região distal, não precisa testar proximal. Percepção da posição segmentar - Batiestesia - Senso de movimentação articular – depende de impulsos originados no movimento das articulações ou encurtamento muscular - Olhos fechados, dedos relaxados e sustentados lateralmente com a menor pressão possível - Se abolidos nos dedos – avaliamos articulações maiores Percepção da Sensibilidade vibratória – palestesia (diapasão) - Capacidade de perceber estímulo vibratório quando colocamos diapasão de 128 Hz sobre proeminências ósseas - Proeminências ósseas – maléolos, tibias, patelas, cristas ilíacas, processos estiloides do rádio e ulnar, clavículas - Percepção vibratória e quando o instrumento para de vibrar (6 segundos, mas > de 60 anos pode estar alterado) Sensibilidade combinada (testa o córtex sensitivo 1ªrio e 2ªrio) 1ªrio região parietal: identifica a sensibilidade exposta. 2ªrio: faz uma correlação da sensibilidade com uma memóriaGrafoestesia: capacidade de reconhecer letras ou nº estritos sobre a pele. Agrafoestesia (perda de tal sensibilidade) é válida quando todas as outras modalidades estão preservadas · A sua perda implica possibilidade de lesão cortical – Córtex somatossensitivo 2ªrio Esterognosia – capacidade em reconhecer tamanho e forma de objetos - Solicita ao paciente, que com os olhos fechados, reconheça diversos tipos de objetos com tamanho, formas e consistências diferentes pela palpação. - Cuidado com chaves – ruído Astereognosia – provável comprometimento do córtex parietal MOTRICIDADE PASSIVA – TÔNUS REFLEXOS: pesquisar de proximal para distal, superficial e depois profundo. (o pct não realiza movimento, e sim o examinador, que avalia a resistência a esses movimentos) Tônus: Estado de Tensão permanente dos músculos (avalia a tensão dos M do pct, em situações patológicas a tensão dos M. mudam) · É a resistência reflexa que se opõe à distensão dos músculos Paciente tenso – exerce resistência voluntária ao movimento passivo Exame – pct relaxado (Sempre comparar os lados) · Inspeção · Palpação · Mobilização passiva - ↓ da resistência à mov. passiva – hipotonia - ↑ da resistência à mov. passiva – hipertonia Em condições anormais, pode estar aumentado (hipertonia) ou diminuído (hipotonia) HIPERTONIA (↑ da resistência a movimentação passiva) pode ser: Elástica – Espasticidade Divido ao comprometimento do trato piramidal Resistencia inicial com facilitação posterior Sinal de canivete Velocidade dependente Ex. pct com AVC Plástica – Rigidez Comprometimento do trato extra piramidal Resistencia durante toda a amplitude do movimento apresenta, de maneira alternada, resistência e facilitação do movimento Sinal da Roda denteada Ex.:Doença de Parkinson, impregnação por neurolépticos REFLEXOS PROFUNDOS - São avaliados através da percussão tendínea – Martelo de percussão tendínea Estímulo do ponto certo e velocidade adequada - Estiramento súbito dos R musculares aferentes de tração - Avalia – se o arco reflexo Limiar varia individualmente Paciente deve estar o mais relaxado possível. Contração excessiva bloqueia o reflexo Resposta Abolido Diminuído Normal Vivo Exaltado 0 + ++ +++ ++++ Manobra de Jendrassik – facilita a avaliação do reflexo REFLEXOS PROFUNDOS TENDINOSO Biciptal: Resposta adequada – flexão do antebraço - Nervo musculocutâneo; raíz de C5 e C6 Triciptal: - Resposta adequada - extensão do antebraço - Nervo radial: raízes de C6 – C7- C8 Estiloradial: Resposta flexão com supinação de antebraço - Nervo Radial, raízes de C5 e C6 Braquioradial Patelar: Resposta adequada é a extensão da perna - Nervo femoral, raízes de L3 e L4 Aquileu: Ligeira flexão plantar - Nervo tibial, raízes de S1 e S2 Toda assimetria é normal. Nem toda simetria é normal Podem ser avaliados em segmento cranial, MMSSs e MMIIs REFLEXOS SUPERFICIAIS São obtidos em resposta ao estímulo cutâneo ou mucoso (representa mecanismo de defesa) Podem ser avaliados em extremidades superiores e inferiores, já os abdominais desaparecem em condições patológicas - Reflexo palmonetoniano Ao estímulo tátil na região palmar – tênar, ocorre contração do mento e porção do músculo orbicular da boca (do mesmo lado estimulado) (pode ser encontrado em pct com encefalopatia) Pode ser encontrado em indivíduos normais - Quando assimétrico conota lesão em lobo frontal ou comprometimento cortical difuso Ex. Ao realizar na mão esquerda, ele tem o reflexo na mão esquerda, e não na direita não tem provável lesão no lóbulo frontal esquerdo(tumor, trauma, AVC) . Se bilateral comprometimento encefálico difuso (ex. pct com demências em fase avançada) REFLEXO CUTÂNEO PLANTAR: Estimulo com objeto de ponta romba, passando pela borda externa, desde o calcanhar até a porção média dos metatarsos e base do hálux · Flexão: normal · Sem resposta: neuropatias, síndrome cordonais posteriores · Sinal de Babinski presente (abdução dos dedos do pé e extensão do hálux) Lesão do sistema piramidal (liberação piramidal, ex.: AVE) REFLEXO CUTÂNEO ABDOMINAL (T6 – T12): - pesquisa: estimula-se a pele do abdome com um objeto de ponta romba no sentido látero-medial em direção a cicatriz umbilical - Resposta: contração dos M. abdominais ipsolaterais e desvio da linha alba e da cicatriz umbilical para o lado estimulado - Abolido na Sd. Piramidal MARCHAS PATOLÓGICAS Marcha hemiplégica/ ceifante Típica do paciente com comprometimento do sistema piramidal · ↑ do Tônus muscular (espasticidade) · Paresia Postura de Wernicke Mann · Flexão do membro superior afetado · Extensão do membro inferior afetado – flexão plantar do pé - Ao andar braço rígido no lado do corpo (o braço não oscila) arrasta a perna pelo chão, descrevendo um semicírculo = AVE (A. cerebral ½) - Por não conseguir dobrar o joelho pela espasticidade, o paciente realiza o movimento de circundação · Move toda a extremidade em torno de um semicírculo · Toca o solo pela borda lateral e ponta do pé – maior desgaste Marcha Anserina - Encontrada nas miopatias - Paraparesia de predomínio proximal - Lordose exagerada - Por vezes, ombros lançados para trás - Comprometimento da musculatura proximal – cintura pélvica (fraqueza dos glúteo) - Quando apoiamos aos pés no chão, a contração dos glúteos impede que o quadril se incline - Diante de um paciente com miopatia, há inclinação do quadril – movimentos oscilatórios da bacia. - Sinal de Trendelenburg Marcha bipiramidal - Lesão piramidal bilateral - Classicamente observada nos pacientes em paraplegias espásticas - Ex.: paralisia cerebral espástica e paraparesia tropical (2ºria a infecção pelo HTLV) - Espasmos dos M. adutores – marcha em tesoura Marcha escarvante - Marcha do pé caído - Fraqueza do Musculo Tibial Anterior · Causas: Radiculopatia L5, Neuropatia do fibular, ciático - Paciente é incapaz de realizar a flexão dorsal do pé – arrasta o pé e tropeça no chão - Para compensar, flexiona o quadril exageradamente - inicialmente não consegue caminhar sob os calcanhares Marcha vestibular - Encontrada em vestibulopatias (comum na labirintite) - Principal característica é a lateropulsão · Diferente da lateropulsão do comprometimento cerebelar unilateral · Na vestibular: sintomas pioram com os olhos fechados e a lateropulsão “muda” de direção ao andar para trás - Ao andar para frente a lateropulsão é do lado da porção vestibular alterada, e ao andar para trás a lateropulsão é contraria ao vestíbulo alterado. - Pede para o paciente andar 5 passos para frente e para trás · Babinski-Weil test – marcha em estrela Marcha parkinson - Doença extra-piramidal - Hipertonia, bradicinesia Marcha Ebriosa - Doenças cerebelares – Ataxias cerebelares - Dificuldade em posicionar cada passo como o planejado · Ora curto, ora longo (passos irregulares) · Não anda em linha reta (pedir para andar em uma linha) - Tendência a queda para qualquer direção (casos graves) · Se lesão cerebelar unilateral – tendência à queda para o mesmo lado · Diferencial com comprometimento vestibular (pior com os olhos fechados e o sentido da lateropulsão se inverte ao andar para trás) NERVOS CRANIANOS I- OLFATÓRIO Avaliação: pct de olhos fechados, fechar uma narina e colocar um aroma diferente em cada narina. Identificar o cheiro e comparar lados homólogos Receptor do nervo olfatório está na região dorsoventral da cavidade nasal. Pacientes percebem desordens olfativas de modo diferentes: - Anosmia: ausência da habilidade em sentir o olfato - Disomia: percepção alterada do cheiro. Inclui percepção de odores sem estimulo presente - Cacosmia: percepção sempre desagradável de determinado cheiro Existem causas condutivas ou sensitivas de distúrbios do olfato: - Condutivas: rinossinusite crônica, pólipos - Sensitivas: trauma, doenças degenerativas Principal queixa do paciente Paladar altera: redução do olfato resulta na alteração da percepção dos sabores II- ÓPTICO Avaliação da motricidade: III, IV e VI- Solicitarque o paciente à distância de um braço, olhe na ponta da ponta do dedo do examinador, e ir acompanhando, conforme desloque a mão nos sentidos vertical, horizontal e oblíquo, os olhos vão acompanhando, segurar as pálpebras ao abaixar a mão (pq os olhos podem fechar) Avaliar REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO: pedir para o pct olhar em um ponto fixo, incidir a luz nos olhos e observar reflexo uni e contralateral (REFLEXO FOTOMOTOR CONSENSUAL) Resposta: miose bilateral Avaliar presença de ptose: pedir para o pct fechar os olhos, segurar as pálpebras e ver se o pct consegue abrir os olhos Reflexo da convergência: pedir para o pct olhar em um ponto fixo e ir aproximando o objeto (ex. dedo) – Resposta normal: ambos os olhos convergem simultaneamente e a pupila fica miótica. Reflexo central e NÃO TEM relação com o III par III- ÓCULOMOTOR - CONTRAÇÃO/ MIOSE pupilar (parassimpático) - Elevação da pálpebra (Lesão = ptose) - Motricidade ocular: Reto superior, reto inferior, reto medial Obliquo inferior – olha para cima e medialmente Avaliação do diâmetro das pupilas Sinais a serem observados Situação Diagnóstico provável ISOCÓRICAS (NORMAIS): são simétricas e reagem à luz Esta condição é normal, porém deve-se reavaliar constantemente ANISOCÓRICAS (assimétricas): uma dilatada e outra contraída AVE, TCE MIOSE: ambas estão contraídas, sem reação a luz Lesão no SNC ou abuso de drogas/toxinas MIDRÍSE: Pupilas dilatas Ambiente com pouca luz, anóxia ou hipóxia severa, inconsciência, estado de choque, parada cardíaca, hemorragia, TCE OBS.: DILATAÇÃO/ MIDRÍASE pupilar (simpático) IV- TROCLEAR - Oblíquo superior – olha para baixo e medialmente VI- ABDUCENTE - Reto lateral – abduz o olho Avaliação: A uma distância de 6m (Escala optométrica de Snellen) CAMPIMETRIA de confrontação/Campo visual Exame de fundo de olho. Aparelho visual - órgãos receptores visuais da retina - Estruturas de percepção e interpretação do córtex occipital - Fibras que realizam a conexão entre retina e córtex visual – vias ópticas Nervo óptico – exploração Acuidade visual - Avaliada de modo preciso pelo oftalmologista (Escala Optométrica de Snellen) - da acuidade visual – Ambliopia; - Abolição – amaurose Fundo de olhos – oftalmoscopia- Examina a extremidade do nervo óptico - Cor da papila óptica (rosa pálido), bordas do disco capilar – nítidas, vasos (na inflamação do nervo óptico se perde as extremidades) Campos visuais/ CAMPIMETRIA de confrontação - Espaço dentro do qual um objeto pode ser visto enquanto o olho é fixado em um ponto - Técnica de confrontação – examinador ao mesmo nível, a distância de um braço, paciente sentado fixa em um ponto na face do examinador, o qual desloca o objeto e paciente dirá até que ponto percebe as variações do objeto; 1º com um olho, e depois com o outro –ambos fecham um olho (com a mão em concha – para não apertar os olhos e a visão alterar) para realizar o teste por confrontação aproxima-se aos poucos um objeto da periférica e pede que o paciente avise quando notar o objeto no campo visual. - Realizado em 4 quadrantes Técnica de confrontação: avalia campos visuais e metria Hemianopsia: Quando perde metade do campo visual Quadrantopsia: Quando perde um quadrante do campo visual V- TRIGÊMIO Avaliação da sensibilidade facial: Paciente com os olhos fechados, examinador toca com um algodão, em região de frontal/temporal, bochecha e mentoniana. - Perguntar a presença de sensibilidade homolateral, se = ou ≠. Resposta normal é a contração orbicular das pálpebras Avaliação da mastigação/motricidade: palpar masseter, pedir para o paciente morder e ficar, o músculo fica “duro e contraído”, fazer o mesmo procedimento com o temporal. Sensitiva - Sensibilidade da face - V1: Oftálmico - V2: Maxilar - V3: Mandibular Motora: mastigação = masseter, temporal, pterigoide VII- FACIAL Avaliação da mímica: Solicitar que o paciente enrugue a testa, franza os supercílios, cerrar as pálpebras e cerrar os dentes (por favor: repita o que o examinador está fazendo) Responsável pela inervação da musculatura da face – mímica - Paralisia facial pode ser central ou periférica · Central – poupa metade superior da hemiface Lesão supranuclear · Periférica compromete toda a hemiface Lesão nuclear ou no nervo facial - Gustação dos 2/3 anteriores da língua VIII- VESTÍBULOCOCLEAR Avaliação da audição aérea: Paciente de olhos fechados, com o diapasão ao lado do ouvido, solicitar que o paciente avise quando ele parar, fazer em ambos os lados Avaliação da transmissão óssea: Paciente de olhos fechados, com a ponta do diapasão no “ossinho”, solicitar que o paciente avise quando ele parar, fazer em ambos os lados Teste de Rinne: A. 1º diapasão de 512 Hz é colocado no processo mastoide B. quando o som não puder mais ser ouvido, o diapasão é colocado na frente do meato acústico externo. - Normalmente a condução aérea (CA)é melhor que a condução óssea (CO); ou seja CA > CO Avaliação do equilíbrio: ROMBERG: Paciente de olhos abertos, juntar os 2 pés em posição ereta, com os braços abertos, depois pedir para o pct fechar os olhos. - Pedir para o paciente caminhar - Pedir para caminhar com um pé na frente do outro, andar no calcanhar, andar na ponta do pé - Vestibulopatias: desequilíbrio piora com os olhos fechados - Cerebelopatia/ataxia: desequilíbrio com os olhos abertos Sinal de Romberg - Paciente descaço, tornozelos encostados, braços juntos ao corpo ou cruzados em frente ao tórax - Inicialmente de olhos abertos com olhar fixo – 30 segundos - Em seguida fecha os olhos por 10 a 30 segundos - Prova alterada: (se ocorrer alguma incoordenação) - Se o paciente apresentar esses desequilíbrios com os olhos abertos: NÃO é considerado sinal de Romberg · Abrir os olhos · Passada lateral · Afastar os braços do corpo · Oscilar de modo a ameaçar a cair - sensibilizar: com cuidado o paciente empurrar o pct para observar a presença de desequilíbrio Sinal de Romberg presente em: - Vestibulopatias e no comprometimento da sensibilidade profunda (proprioceptiva) · Se positivo e desequilíbrio para um dos lados após breve latência – disfunção ipsilateral – vestibulopatia (cai para o mesmo lado da lesão) · Se positivo quase que imediatamente e para qualquer lado sugere comprometimento da sensibilidade profunda Acústico – coclear: Geralmente avaliado pelo otorrinolaringologista Vestibular – equilíbrio: Testado junto com a coordenação Coordenação do equilíbrio: cerebelo, núcleos da base, XI- GLOSSOFARÍNGEO Avaliar: Inserção de uma espátula na boca para se observar a migração da úvula e a presença do reflexo nauseoso (espátula na base da língua). Geramente acometido em conjunto com nervos Vago e Acessório · Se originam no bulbo e saem do crânio pelo forame jugular Nervo misto - Fibras motoras: musculatura faríngea - Fibras sensoriais: sensibilidade gustativa do terço posterior da língua - Fibras sensitivas: sensibilidade geral do palato, faringe, amigdala, terço posterior da língua Reflexo do vômito (a eferência é pelo nervo X-Vago) -Toca o palato em dois lados separados - Lesão do glossofaríngeo leva a diminuição do reflexo ipsilateral (do mesmo lado da lesão) X- VAGO Misto - Motoras – músculos do palato mole, faringe e laringe - Sensitivas – sensibilidade geral do conduto auditivo externo - Autonômicas – inervação parassimpática- miocárdio, árvore traqueobrônquica, trato digestivo Solicita para o paciente elevar o palato Sinal da cortina Pedir para o pct abrir a boca e falar “Aah” e ver se o palato mole está se movimentando, quando o pct tem uma lesão do X, o palato mole do lado da lesão não se movimenta Sinal da cortina O palato mole do lado esquerdo não se elevou e a úvula se desviou para o lado contralateral a lesão. XI- ACESSÓRIO Avaliar: colocar a mão nos ombros do paciente, solicitar que ele faça a elevação dos ombros, avaliando força e simetria. - Observar os movimentos de rotação da cabeça. - Porção bulbar- inerva musculatura da laringe -Porção medular – inerva o esternocleidomastoideo e porção superior do trapézio - Quando vira o rosto para o lado E está avaliando o ECOM D XII- HIPOGLOSSO Avaliar: Inspeção da língua que deve ser movimentada para todos os lados. - Nervo motor da língua Lateraliza e protrai - Paralisia unilateral: língua se desvia para o lado da lesão Escala de Glasgow Abertura ocular 4-Espontânea 3- à voz 2- à dor 1- Nenhuma Resposta Verbal 5- orientada 4- Confusa 3- Palavras inapropriadas 2- Palavras incompreensíveis 1- Nenhuma Resposta Motora 6- Obedece a comandos 5- Localiza a dor 4- Movimentos de retirada 3- Flexão normal 2- Flexão anormal (extensão) 1- Nenhuma Resposta Pupilar 2 – Nenhuma 1- reação unilateral ao estímulo 0- Reação bilateral ao estimulo Leve Moderado Grave 13-15 9-12 1-8 COGNIÇÃO Negligência: perda do reconhecimento de um hemicorpo Afasia: distúrbio da linguagem (Wernick, BROCA- fala) – enfraquecimento ou perda do poder de captação da expressão. - Perde a lógica e a capacidade de expressar Agnosia: amnésia perceptiva - Por estímulo tátil: incapacidade de reconhecer objetos - Por estímulo visual: - Por estímulo auditivo Apraxia: Incapacidade de realizar tarefas (ação, movimento) coordenadas e sequenciais disartria: dificuldade MOTORA da fala ROTEIRO DO EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO - Motricidade · Voluntária: testar força por grupamento muscular, manobras deficitárias · Passiva – Tônus (resistência à movimentação passiva) · Reflexa: reflexos profundos, reflexos superficiais (cutâneo plantar) · Involuntária: tremor, balismo, coreia, distonia (observados durante o exame físico) - Sensibilidade · Superficial: dor, térmica · Profunda: vibração e cinético postural - Coordenação, equilíbrio e Marcha · Estática: sinal de Romberg · Dinâmica: index nariz, calcanhar joelho · Marcha - Pares cranianos Exame físico VASCULAR Estado da parede arterial (Normal: parede lisa, sem tortuosidades, com fácil depressão). - Achados: ARTERIOSCLEROSE à parede endurecida, irregular e tortuosa Pulsos Periféricos: é recomendável a palpação dos pulsos superiores, o radial e o braquial, e dos inferiores pedioso, poplíteo e tibial posterior. Outros pulsos são palpáveis e aconselháveis para palpação em casos específicos, como o femoral em casos de emergência. - Os pulsos palpáveis são: Carotídeo, Temporal, Subclávia, Axilar, aorta abdominal, artérias ilíaca externa e comum, femoral, Poplíteo, Tibial anterior, Pedioso, Tibial posterior Pulso Radial: palpa-se na lateral do punho Pulso Braquial Pulso Pedioso: espaço entre 2º e 3º dedo do pé na região dorsal Pulso Tibial posterior: atrás do maléolo Pulso Poplíteo: decúbito dorsal, joelho dobrado, palpar no oco poplíteo Pulso Femoral: CARÓTIDA: auscultar em apneia Pulsos venosos: Observa-se o pulso da veia jugular. Normal: ingurgitamento normal apenas em posições de decúbito ou em angulação de 45º. Achados: - TURGÊNCIA JUGULAR: ingurgitamento em todas as posições, inclusive supina, o que indica insuficiência cardíaca direita, pericardite constritiva e compressão da VCS. Sensibilizar o exame: palpar o fígado a jugular “pulsa” Observação: Frêmitos e sopros podem ser originados nas carótidas, nas jugulares, na tireoide ou serem irradiação do precórdio Pulso capilar: Analisado em leve compressão da unha ao se observar a zona pulsátil da região de transição do rosa para o pálido. Frequência (Normal: 60-100 ppm) Achados: - Taquisfigmia - Bradisfigmia: encontrada fisiologicamente em atletas, ou patologicamente em bradicardia sinusal, bloqueio átrio-ventricular, febre tifoide, icterícia. - Déficit de pulso: ao compararmos à FC, esta é maior que a frequência de pulsação, o que indica contrações ineficazes do ventrículo devido, por exemplo, a fibrilação atrial. Ritmo (Normal: regular) Achados: irregular - Arritmia sinusal: pulsações ora mais rápidas, ora mais lentas. - Extrassitolia: pulsações prematuras de pequena amplitude seguidas de pausas compensadoras. - Fibrilação atrial: completa e constante irregularidade somado a déficit de pulso. - Bloqueio cardíaco: pulsos lentos e regulares Tensão/Dureza – Determinada pela compressão dos vasos. (Normal: mole) Achados: duro Amplitude/Magnitude (Normal: mediano) Achados: amplo e pequeno. Tipos de onda (Normal: tipo normal) Achados: - Pulso célere ou em martelo d’água: aparecem e somem com rapidez; melhor palpado pela palma do examinador com o punho do paciente acima da cabeça; indicam hipertireoidismo, insuficiência aórtica e anemias graves. - Pulso pequeno ou parvus: fraco e pequeno; indica hipovolemia e estenose aórtica. - Filiforme: pequena amplitude e mole; indica colapso circulatório periférico. - Alternante: percebido quando o braço do paciente que está sob pressão do manguito exatamente no nível em que se ouve o 1º som de Korotkov; anda ampla seguida de mais fraca; indica insuficiência ventricular esquerda. - Pulso paradoxal: percebido quando o braço do paciente que está sob pressão do manguito exatamente no nível em que se ouve o 1º som de Korotkov; exagero da redução normal da pressão sistólica durante a inspiração; indica pericardite constritiva, derrame pericárdico volumoso. Observação: é importante a comparação com o lado homólogo, sendo indicado na desigualdade oclusões, constrições dos vasos. Exame físico de MEMBROS - Palpar musculatura - Observar presença de lesões de pele - Observar a perfusão dos membros (TEC) - Empastamento de panturrilha Sinais sugestivos de TVP Manobra de Homans: dorsiflexão forçada do pé – dorso-flexão do pé sobre a perna onde o doente vai referir dor na massa muscular na panturrilha - Dor na panturrilha: sugestivo TVP Manobra de Olow – compressão da musculatura da panturrilha contra o plano ósseo - Dor = TVP Sinal da Bandeira onde é identificado edema muscular pela palpação da massa muscular dando menor mobilidade à panturrilha que fica empastada Divisão da Superfície Corporal Regiões da cabeça 1- Frontal 2- Parietal 3- Occipital 4- Temporal 5- Infratemporal Regiões da Face 6- Nasal 7- Bucal 8- Mentual 9- Orbital 10-Infraorbital 11-Da bochecha 12-Zigomática 13-Parotídeomassetérica Regiões cervicais 14- Cervical anterior 15-Esternocleidomastóidea 16-Cervical lateral 17-Cervical posterior Regiões torácicas 18- Infraclavicular 19-Mamária 20-Axilar 21- Esternal Regiões do Abdômen 22- Hipocôndrio 23-Epigástrio 24- Lateral (flanco) 25-Umbilical 26-Inguinal (fossa ilíaca) 27-Púbica ou hipogástrico Regiões dorsais 28- Vertebral 29-Sacral 30-Escapular 31-Infraescapular 32-Lombar 33-Supraescapular 34-Interescapulovertebral Regiões membro superior 37- Deltóidea 38- Branquial anterior 39- Braquial posterior 40- Cubital anterior 41- Cubital posterior 42- Antebraquial anterior 43- Antebraquial posterior 44- Dorso da mão 45- Palma da mão Regiões do membro inferior 46- Glúteos 47- Femoral ant. / ant. de coxa 48- Femoral posterior/ post. De coxa 49- Genicular anterior / post. De joelho 50- Genicular post. / post. De joelho 51-Crural anterior/ ant. de perna 52-Crural posterior/ post. De perna 53-Calcânea 54-Dorso do pé 55-Planta do pé Região perineal 35- Anal 36- Urogenital 20 Letícia M. Dutra ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO Nome:________________________________________________________________________________ idade: _____________ sexo: __________ procedência: ____________________________ residência: _________________________________________ Estado civil: ____________________ escolaridade:_________________________ profissão: ______________________________ _________________________________________________________________________________________________________ QD:_____________________________________________________________________________________________________ HPMA:___________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ ISDA:____________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ AP (cirurgias, alergias, gestação):_______________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ AF:______________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ Hábitos e vícios:______________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ Socioeconômico e cultural:_______________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ EXAME FÍSICO Geral: (estado geral, grau de palidez, hidratação, presença de icterícia e cianose, padrão respiratório): ____________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ PA:______x______ mmHg FC: bpm FR: irpm Altura: cm Peso: Kg IMC: SO2: _______% em: ________________________ T°:_____ Glicemia: ___________ Circunferência abdominal: CABEÇA E PESCOÇO: ___________________________________________________________________________________________________ Inspeção de cabeça:____________________________________________________________________________________________________ Ectoscopia Couro cabeludo: _____________________________________________________________________________________________________ Nariz: ______________________________________________________________________________________________________________ Olhos: _____________________________________________________________________________________________________________ Boca: ______________________________________________________________________________________________________________ Orofaringe: _________________________________________________________________________________________________________ Orelha (palpar orelha, região retro-auricular, mostoide, mobilizar lobo da orelha): _____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ REGISTRO DO EXAME NORMAL - COONG >> Cabeça, Olhos, Ouvido, Nariz e Garganta * Cavidade oral normal, sem secreções ou gotejamento posterior (ou no nasocavum ou na nasofaringe): _________________________________________________________________________________________________________ Palpação seios paranasais (frontal, etmoidal, esfenoidal e maxilar): ______________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ Palpação ATM (sinal do ressalvo) e TEMPORA: _______________________________________________________________________________________ Palpação linfonodos (auriculares ant/post, occipitais, cervicais, submentonianos, submandibulares, submentonianos, supraclaviculares, axilar, inguinais – TAMANHO, CONSISTÊNCIA, MOBILIDADE, SENSIBILIDADE, COALESCÊNCIA): __________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Palpação da TIREOIDE: __________________________________________________________________________________________________ RESPIRATÓRIO: _______________________________________________________________________________________________________ INSPEÇÃO: Estática: __________________________________________________________________________________________________ Dinâmica: _________________________________________________________________________________________________ PALPAÇÃO: Expansibilidade (Amplitude/ Simetria): _______________________________________________________________________________ FTV: _____________________________________________________________________________________________________ PERCUSSÃO (Anterior, lateral e posterior): __________________________________________________________________________________________ AUSCULTA (Posterior, lateral e anterior): ___________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ CARDIOVASCULAR: ____________________________________________________________________________________________________ INSPEÇÃO:___________________________________________________________________________________________________________ PALPAÇÃO: Ictus cordis (4º/5º EI linha hemiclavicular E)_______________________________________________________________________ AUSCULTA: __________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ ABDOME: ____________________________________________________________________________________________________________ INSPEÇÃO (Pele, tumoração, cicatriz umbilical, vascularização, região posterior): ______________________________________________________________________ AUSCULTA (9 quadrantes + pesquisa de sopros em região de flancos): ____________________________________________________________________________ PALPAÇÃO: Superficial: _______________________________________________________________________________________________Profunda: _________________________________________________________________________________________________ Manobras especiais: ___________________________________________________________________________________________________ Palpação de fígado: Sinal de Piparote: DB (sinal de Blumberg): Giordano: Sinal de Murphy: Schuster: VASCULAR: __________________________________________________________________________________________________________ Membros superiores Membros inferiores Pulso radial Pulsos pediosos Pulso braquial Pulsos tibiais Pulsos poplíteos Pulsos femorais MEMBROS: __________________________________________________________________________________________________________ GENITAIS: __________________________________________________________________________________________________________ NEUROLÓGICO: _______________________________________________________________________________________________________ Motricidade:_________________________________________________________________________________________________________ Voluntária: __________________________________________________________________________________________________________ Passiva: ____________________________________________________________________________________________________________ Reflexa: ____________________________________________________________________________________________________________ Involuntária: ________________________________________________________________________________________________________ Sensibilidade: _______________________________________________________________________________________________________ Superficial: _________________________________________________________________________________________________________ Profunda: __________________________________________________________________________________________________________ Coordenação, equilíbrio e Marcha: ____________________________________________________________________________________ Estática: ____________________________________________________________________________________________________________ Dinâmica: __________________________________________________________________________________________________________ Marcha: ____________________________________________________________________________________________________________ Pares cranianos: _____________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Medicamentos em uso: ________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Hipótese diagnóstica: __________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Exames Complementares: _______________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Compartilhar