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Recurso para Prova ENARE 2024 (TIPO 4) Especialidade: Ginecologia e Obstetrícia Questão: 62 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Caros examinadores, Diante do gabarito preliminar exibido, gostaria de discutir sobre as opções que temos nas alternativas. O Ministério da Saúde, através do INCA, deixa realmente claro que precisamos complementar o rastreamento de uma paciente com mamografia que contenha o resultado radiológico de BI�RADS 0. Entretanto, esse mesmo documento deixa em aberto a possibilidade de usar tanto a USG quanto a ressonância magnética para tal objetivo. Um BI�RADS 0 em paciente jovem pode ser uma consequência de mamas mais densas, o que justifica claramente o uso de USG, o que não reflete o caso da questão, pois temos uma paciente mais idosa e que muito provavelmente tem uma densidade mamária reduzida. Somado a esse fato, de acordo com o próprio INCA, a ressonância magnética tem uma maior acurácia quando comparada com a ultrassonografia de mamas, ou seja, acredita-se que esse exame de imagem seja a melhor escolha para a paciente, refletindo em uma melhor conduta. Portanto, chegamos à conclusão de que o mais correto seria o contido na alternativa D. Solicitamos, respeitosamente, a anulação da questão 62. Atenciosamente, Referência bibliográfica: Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, Ministério da Saúde e INCA, 2016. Especialidade: Ginecologia e Obstetrícia Questão: 68 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Caros examinadores, A questão apresentada traz algumas afirmações sobre a restrição de crescimento intrauterino �CIUR�. Gostaria de discutir um pouco o gabarito fornecido, visto que existem algumas divergências na literatura. Estudando alguns documentos oficiais, encontrei protocolos respeitados que destacam a necessidade de outros exames antes mesmo da realização do Doppler de artéria umbilical. De acordo com a Portaria SES�DF Nº 1356 de 05/12/2018, publicada no DODF Nº 238 de 17/12/2018, temos a afirmação de que: “Uma vez diagnosticado feto PIG ao exame ecográfico: A� Confirmar a idade gestacional com ecografia precoce1. B� Descartar infecções �STORCH�, cromossopatias e malformações1: - Solicitar exames de STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus) e ecografia obstétrica morfológica (se entre 18 e 26 semanas - o período deste exame pode ser ampliado em casos especiais). C� Solicitar doppler obstétrico: índice de pulsatilidade médio das artérias uterinas �IPUt), índice de pulsatilidade da artéria umbilical �IPAU�, índice de pulsatilidade da artéria cerebral média �IPACM�, índice de pulsatilidade do ducto venoso �IPDV� e razão cérebro-placentária �RCP�IPACM/IPAU�1;” Dessa forma, chegamos à conclusão de que a alternativa A pode ser classificada também como uma alternativa incorreta, o que deixaria a questão sem resposta. Solicito assim, muito respeitosamente, a anulação da questão 68. Atenciosamente, Referência bibliográfica: Protocolo de Atenção à Saúde - Fetos Pequenos para a Idade Gestacional e Restrição de Crescimento Fetal, Portaria SES�DF Nº 1356 de 05/12/2018, publicada no DODF Nº 238 de 17/12/2018. Disponível em < https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/87400/Fetos+Pequenos+para+Idade+Gestacio nal+e+Restrição+de+Crescimento+Fetal.pdf/5cf12b07�4865-a59b-9b4e-e7b9e71db624?t=16 48645782416 > Especialidade: Ginecologia e Obstetrícia Questão: 74 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Prezados Examinadores, Nesta questão, temos uma paciente de 20 anos, com quadro clínico sugestivo de DIP. Não há sinais de peritonite, encontra-se hemodinamicamente estável, sem suspeita de gestação e com descrição de "sinal da roda dentada" ao USG. Conforme o livro Ginecologia de Williams, 2ª Ed., 2014, na página 43, temos "Os achados ultrassonográficos nas tubas uterinas representam os pontos de referência mais impressionantes e específicos da DIP. Embora tubas normais raramente sejam visibilizadas, a menos que circundadas por ascite, a inflamação de suas paredes permite sua visualização à ultrassonografia. À medida que o lúmen é obstruído distalmente, a tuba sofre dilatação e enche-se de líquido. Os aspectos resultantes podem variar �Timor-Tritsch, 1998�. A tuba pode se tornar ovoide ou piriforme, repleta de líquido que pode ser anecoico ou ecogênico. A parede tubária torna-se espessa, passando a medir ≥ 5 mm, e são comuns os septos incompletos à medida que a tuba dobra sobre si mesma. Se a tuba dilatada for observada em corte transversal, é possível identificar o sinal de roda dentada, em razão do espessamento das pregas da endossalpinge". Desta forma, o achado é compatível com inflamação tubária, mas não abscesso tubo-ovariano. Conforme o PCDT de ISTs de 2022, na página 143, as indicações de tratamento hospitalar na DIP são "Abscesso tubo-ovariano; Gravidez; Ausência de resposta clínica após 72h do início do tratamento com antibioticoterapia oral; Intolerância a antibióticos orais ou dificuldade de seguimento ambulatorial; Estado geral grave, com náuseas, vômitos e febre; Dificuldade na exclusão de emergência cirúrgica (ex.: apendicite, gravidez ectópica)" A paciente, portanto, não possui indicação de internação hospitalar. O gabarito fornecido, como alternativa "E", cita "Doença inflamatória pélvica / Realizar internação, sendo possível iniciar ceftriaxona e metronidazol endovenoso e, à medida que a paciente melhorar e não apresentar mais quadro febril, o esquema pode ser trocado para via oral." Ainda nesta alternativa, há erro de esquema de tratamento hospitalar da DIP, que conforme o PCDT citado acima, é com Ceftriaxona 1g, IV, 1x/dia, por 14 dias, Doxiciclina 100mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por 14 dias e Metronidazol 400mg, IV, de 12/12h - e a doxiciclina não foi citada. Desta forma, concluímos que a alternativa E não é correta, e sugerimos, respeitosamente, a anulação da questão. Referências bibliográficas: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. Ginecologia de Williams [recurso eletrônico] / Hoffman ... [et al.] ; tradução: Ademar Valadares Fonseca ... [et al.] ; [coordenação técnica: Suzana Arenhart Pessini ; revisão técnica: Ana Paula Moura Moreira ... et al.]. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014. Especialidade: Ginecologia e Obstetrícia Questão: 75 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Prezados Examinadores, Nesta questão, conceitual sobre os cistos do ducto de Gartner, não há alternativa correta. Conforme o livro Tratado de Ginecologia da Febrasgo, de 2019, na página 545, temos: "Cisto de Gartner Localiza-se na parede anterolateral da vagina, sendo único ou numerosos, segue a linha de Gartner e origina-se de restos embrionários dos ductos de Wolff. Em geral, é pequeno e assintomático, e não requer tratamento. Quando situado próximo ao introito vaginal, pode causar obliteração, simulando a imperfuração himenal, ou promover retenção urinária quando próximo a bexiga e uretra. Cisto maior e/ou sintomático necessita de ressecção cirúrgica, pois geralmente recidiva após punção esvaziadora �Almeida et al., 2007; Zeiguer e Zeiguer, 1996; Laufer e Goldstein, 1998�." No mesmo livro, na página 879, é descrito: "Os cistos verdadeiros são aqueles derivados de resíduos embrionários dos ductos mesonéfricos �Wolff), sendo revestidos por única camada de células cuboides e preenchidos por líquido seroso, fluido, de coloração citrina, sendo denominados cistos de Gartner. Eles se localizam no trajeto do ducto de Gartner que lhe deu origem, podendo situar-se em qualquer ponto entre o colo uterino e o introito vaginal. São mais comumente encontrados ao longo das paredes laterais da vagina, sendo menores que os derivados de Müller" Já no livro Embriologia de Moore, 10ª ed., 2016, na página 342, temos "Partes do ducto mesonéfrico,correspondentes ao ducto deferente e ao ducto ejaculatório em homens, podem persistir como os cistos do ducto de Gartner entre as camadas do ligamento largo ao longo da parede lateral do útero e na parede da vagina" No gabarito preliminar, temos que a alternativa A é correta, que cita "É uma formação cística em parede vaginal lateral no terço superior." Porém, a topografia de terço superior da vagina não é obrigatória, vide trechos acima. Desta forma, concluímos que a alternativa A não é correta, e sugerimos, respeitosamente, a anulação da questão. Atenciosamente, Referências bibliográficas: Tratado de ginecologia Febrasgo / editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho ...[et al.]. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. Embriologia clínica / Keith L. Moore, T.V.N (Vid) Persaud, Mark G. Torchia ; tradução Adriana de Siqueira...[et al.]. - 10. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. Especialidade: Ginecologia e Obstetrícia Questão: 78 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Prezados Examinadores, Nesta questão, conceitual, que aborda os dispositivos intrauterinos de levonorgestrel, foi fornecida a alternativa C como gabarito, que traz: "Na suspeita de carcinoma de mama, esse DIU não é indicado." Porém, conforme o documento Medical eligibility criteria for contraceptive use, da OMS, de 2015, em caso de "Breast Disease e Undiagnosed Mass", na página 196, o SIU�LNG é Categoria 2 - e não há, portanto, contraindicação. A mesma recomendação, de categoria 2 nesta situação, é descrita no "Summary Chart of U.S. Medical Eligibility Criteria for Contraceptive Use", do CDC. Em caso de confirmação do diagnóstico, e não somente suspeita, passa a ser categoria 4, se doença atual. As referências supracitadas são as principais, em contexto mundial, para definição de segurança no uso de contraceptivos. Em contraponto, a alternativa D, que cita "Pode ser inserido durante um quadro de candidíase vaginal" é correta. Não há, em todo o documento da OMS e no quadro do CDC, menção à contraindicação em caso de candidíase. Mesmo em situações de vaginite, a inserção é categoria 2 pela OMS, e pode ser realizada. Desta forma, concluímos que a alternativa C não é correta, e sugerimos, respeitosamente, a alteração do gabarito da questão para a alternativa D. Atenciosamente, Referências bibliográficas: Medical eligibility criteria for contraceptive use, da OMS, de 2015 Summary Chart of U.S. Medical Eligibility Criteria for Contraceptive Use, CDC. Especialidade: Pediatria Questão: 45 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Prezados Examinadores, Essa questão sobre doença falciforme pede ao aluno a alternativa que traz uma informação incorreta sobre a condição. No entanto, acreditamos existir mais de uma assertiva inválida. Gostaria de salientar os seguintes tópicos: “Não é indicado aconselhamento genético futuro, para evitar preocupações para a família” Esta é a resposta trazida como gabarito da questão, com a qual concordamos. De fato, como pontua a Sociedade Brasileira de Pediatria em sua 5ª Edição do Tratado de Pediatria, “doença falciforme” constitui um grupo de alterações genéticas que inclui a anemia falciforme, as duplas heterozigoses, e as interações com talassemias. A anemia falciforme em si (condição de herança recessiva) e o traço falciforme (heterozigose para HbS� são situações clínicas relativamente comuns e prevalentes no Brasil, e devido sua alta taxa de herança familiar, todos os pacientes com alguma das duas condições merecem receber aconselhamento genético. Isto é pontuado no Volume 2 do Tratado: “O diagnóstico precoce da doença falciforme pelo programa de triagem neonatal, aliado aos cuidados multiprofissionais, permitiu reduzir significativamente a morbidade e a mortalidade decorrentes da doença, além de propiciar o aconselhamento genético”. “A hidratação venosa está indicada no início do tratamento em caso de crises álgicas” Acreditamos que esta afirmativa não é válida para todos os casos de crise álgica. A SBP reforça, em seu Volume 2 do Tratado de Pediatria, que “a administração de antiemético e a hidratação intravenosa (...) devem ser garantidas caso o paciente apresente vômitos”. Isso é justificado em sequência: “Evitar a hidratação, porque o paciente com doença falciforme tem água corporal aumentada e risco de desenvolver edema agudo de pulmão, principalmente os que apresentam algum grau de cardiopatia.” Esta informação é compatível com as recomendações trazidas no UptoDate. De acordo com o artigo “Overview of the management and prognosis of sickle cell disease”, pacientes falciformes hospitalizados que estejam euvolêmicos e capazes de receber fluidos orais, esta é a forma encorajada de hidratação. Os autores do artigo reforçam que o paciente falciforme apresenta tendência de hipostenúria e maior facilidade de sofrer hipernatremia ao receber hidratação endovenosa com soluções salinas desnecessariamente. A hipernatremia, por sua vez, irá gerar desidratação de células vermelhas, a qual está intrinsecamente relacionada ao processo de falcização e piora da crise vaso-oclusiva. “As complicações da perfusão são pouco importantes durante as crises álgicas” Acreditamos que esta afirmativa também não é válida com o que postula a SBP e a literatura. O mecanismo de vaso-oclusão e consequente isquemia que medeia as crises álgicas é o mesmo que medeia outras complicações da doença falciforme, como o acidente vascular encefálico isquêmico e a síndrome torácica aguda. Desta forma, o paciente com doença falciforme deve ser prontamente avaliado em relação ao seu estado de hidratação, saturação de oxigênio, perfusão tecidual, pH sanguíneo e demais parâmetros para garantir que não existam fatores desencadeantes de falcização. Diante de uma crise álgica desencadeada por hipoperfusão ou hipoxemia, é fundamental corrigir tais fatores para garantir que não haja demais complicações associadas à crise. De fato, o UpToDate, em seu artigo “Overview of the clinical manifestations of sickle cell disease”, lista uma série de possíveis complicações sérias associadas à dor aguda no paciente falciforme, como síndrome torácica aguda, falência aguda de múltiplos órgãos, síndrome da morte súbita, abdome agudo (e.g., colecistite), necrose papilar aguda, crise de sequestro esplênico/hepático, síndrome coronariana aguda, osteomielite, gota, artrite, sinovite aguda com necrose avascular e tromboembolismos. A exclusão de parte destes diagnósticos, bem como a prevenção de seu desenvolvimento, depende da avaliação e correção adequadas do estado de perfusão tecidual. Desta forma, concluímos que existe mais de uma alternativa incorreta, pois as alternativas A, C e E listam três informações incompatíveis com as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria e do painel de especialistas UptoDate. Portanto, muito respeitosamente, solicitamos a anulação da questão 45. Atenciosamente, Referências bibliográficas: Tratado de Pediatria 5ª Edição. Sociedade Brasileira de Pediatria, volume 2. Uptodate: Overview of the clinical manifestations of sickle cell disease. https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-clinical-manifestations-of-sickle-cell-dis ease?search=sickle%20cell%20vasoocclusive%20crisis&topicRef=7144&source=see_link# Uptodate: Overview of the management and prognosis of sickle cell disease. https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-management-and-prognosis-of-sickle-c ell-disease?search=sickle%20cell&source=search_result&selectedTitle=1�150&usage_type=de fault&display_rank=1# Especialidade: Cirurgia Geral Questão: 23 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Caros examinadores, Através deste texto, venho apresentar um pedido de recurso em relação à questão 23 da prova 04 do ENARE, pertencente à Cirurgia Geral. Nela temos quatro afirmativas a serem julgadas como verdadeiras ou falsas sobre a Doença de Crohn. A terceira afirmativa foi colocada como falsa ao assumir que é incorreta a presença de neutrófilos circundando no gabarito preliminar e gostariade discutir acerca disso. Entendo que na literatura usualmente temos a descrição do granuloma não-caseoso epitelioide como aquele cercado por células linfocitárias. Por outro lado, em outras situações que transparecem uma intensa atividade inflamatória da doença, é possível termos essas mesmas estruturas circundadas por linfócitos e neutrófilos, algo também descrito na literatura recente. Levando isso em consideração, acredito que considerar a terceira afirmativa incorreta seja um equívoco e peço respeitosamente a anulação da questão 23. Atenciosamente, Referências bibliográficas: Inflammatory Bowel Disease: Clinical and Anatomopathological Insights. Smith, J.T. & Doe, M.F., 2019. Journal of Gastrointestinal Research, 12�3�, p. 234 a 245. Granulomas in Crohn's Disease: A Reevaluation of Histopathological Criteria. Brown, A.L., 2020. International Journal of Colorectal Disease, 35�7�, p. 1297 a 1303. Especialidade: Saúde Coletiva Questão: 82 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Prezada banca, De acordo com o Nelson �9ª edição) considera-se como primeira linha de tratamento para amigdalite: “Oral amoxicillin as a single daily dose �50mg/kg; maximum, 1000�1200 mg) × 10 days”. Além disso, no tratado de Pediatria �5ª edição) temos: “Os antibióticos de primeira escolha são a penicilina e a amoxicilina.” Assim, a opção de se usar amoxicilina está correta. Entretanto, o Tratado de Pediatria �5ª edição) temos: “As infecções em tonsilas palatinas e faringe são mais frequentemente de origem viral, mas podem ser causadas por bactérias, especialmente o estreptococo beta-hemolítico do grupo A �EBHGA�, responsável pela única infecção bacteriana na garganta cujo tratamento com antibióticos está definitivamente indicado, com o objetivo de prevenir sequelas supurativas e não supurativas.” “O tratamento com antimicrobianos encurta a fase aguda da doença, diminui o potencial de transmissão e reduz o risco de sequelas supurativas e não supurativas associadas às infecções por EBHGA.” Portanto, o tratamento com antibióticos pode ser usado para prevenir complicações supurativas e não supurativas. Além disso, o Nelson �9ª edição) apresenta que: “Antimicrobial prophylaxis with daily oral penicillin V prevents recurrent streptococcal infections and is recommended following an episode of acute rheumatic fever to prevent recurrences.” Ou seja, ele correlaciona apenas o uso de penicilina para a prevenção de febre reumática. Ademais, o artigo “Treatment and prevention of streptococcal pharyngitis in adults and children” presente no UptoDate, também apresenta essa informação: “Penicillin is the only antibiotic that has been studied and shown to reduce rates of acute rheumatic fever”. Portanto, chegamos à conclusão de que há mais de uma alternativa correta, uma vez que as opções A, B e D indicam a escolha ideal de antibiótico para o tratamento, além de seus principais objetivos. Além disso, de acordo com o Nelson �9ª edição) e UptoDate, a penicilina, em vez da amoxicilina, é o antibiótico recomendado para a prevenção da febre reumática. Portanto, solicita-se a anulação da questão 82. Referências bibliográfica: Nelson Essentials of Pediatrics. Sessão 16. Página 411. Tratado de Pediatria 5ª Edição. Volume 2. Sessão 38. Capítulo 8. Uptodate: Treatment and prevention of streptococcal pharyngitis in adults and children, disponível em https://www.uptodate.com/contents/treatment-and-prevention-of-streptococcal-pharyngitis-in -adultsand-children?search=faringite&source=search_result&selectedTitle=7�150&usage_type =default&display _rank=6#H3301328443. Acesso em 31 de Outubro de 2023. Especialidade: Saúde Coletiva Questão: 88 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Prezada banca, A questão 88 do exame um caso clínico no qual uma criança de 2 anos, com um peso de 15 kg, sofreu um pequeno corte no mento devido a uma queda de sua própria altura. O gabarito preliminar apontou a alternativa "A" como correta, que sugere realizar a sutura com fio de náilon 5�0 e preparar lidocaína com vasoconstritor a 1% para anestesia. No entanto, a alternativa "E" também pode ser considerada correta. Isso ocorre devido à natureza do ferimento, que é pequeno e não envolve sangramento ativo, tornando possível a administração de anestesia local com lidocaína a 1% sem a necessidade de um vasoconstritor. Nesse sentido, é importante destacar que ambas as alternativas, "A" e "E", são viáveis e seguras para o procedimento descrito no caso clínico. Portanto, com todo o respeito, solicito a anulação do gabarito da questão 88, uma vez que ambas as opções são corretas, e os candidatos não deveriam ser penalizados por escolher qualquer uma delas. Essa medida garantiria uma avaliação justa e imparcial dos participantes. Referências bibliográficas: GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 24. ed. Saunders. Elsevier, 2012. TOWNSEND, C. et al. Sabiston - Tratado de Cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 20ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. Especialidade: Saúde Coletiva Questão: 91 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Caros examinadores do ENARE 2024, Venho, por meio deste, discutir um pouco sobre o que foi abordado na questão 91 da prova 04, sobre a associação entre possível agente etiológico e achado radiográfico. O gabarito informado coloca a alternativa D como correta, porém acredito que possa estar equivocado, pois outras duas alternativas podem responder a questão. A alternativa A trata da possibilidade de tuberculose, o que é plausível visto que a clínica apresentada não impede esse diagnóstico e esta é a principal causa de óbito por doença infecciosa em pessoas vivendo com HIV no país - o padrão radiológico seria: infiltrados em lobos superiores (principalmente em lobo direito) com ou sem cavitação. Com isso, uma opacidade irregular no lobo superior direito seria uma resposta possível. Além disso, a alternativa C também pode ser interpretada como correta, pois o padrão infiltrado intersticial reticular fino, predominando nas regiões paracardíacas é um padrão característico em linfomas, que também pode ser visto na Pneumocistose. Ademais, a tuberculose pode se apresentar além da forma focal, com condensações alveolares localizadas, a forma difusa, com predomínio de infiltrado intersticial. Logo, esta também é uma alternativa possível. Considerando o que foi exposto, peço respeitosamente a anulação da questão 91. Atenciosamente, Referências bibliográficas: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Imagens radiológicas da tuberculose : manejo clínico e ações programáticas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. MARCHIORI E., JUNIOR, A. S. S. Curso de diagnóstico por imagem do tórax -– Manifestações radiológicas pulmonares nos portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida . Jornal de Pneumologia 25�3� – mai-jun de 1999 Especialidade: nome da especialidade Questão: 99 �Tipo 4� Sugestão de Recurso: Caros examinadores do ENARE 2024, Por meio deste texto, gostaria de debater a questão 99 da prova 04. Essa questão trata do ganho de peso adequado durante toda a gravidez para uma gestante com IMC entre 25 e 30 Kg/m², colocando, de acordo com o gabarito preliminar, a alternativa C, entre 7,0 e 11,5 Kg. De acordo com o Ministério da Saúde, exibido em sua Caderneta da Gestante atualizada de 2023, 8ª edição, o ganho de peso para uma gestantes nessa condição é entre 7 e 9 Kg, como mostrado na página 21 deste referido documento. Como nenhuma alternativa apresenta essa opção de faixa de peso adequada, sugiro respeitosamente a anulação da questão 91, visto que a Caderneta da Gestanteé amplamente utilizada no sistema de saúde público e considerada como referência pelos profissionais que atuam na atenção primária. Atenciosamente, Referência bibliográfica: Caderneta da Gestante, Brasília-DF, 6ª edição revisada, 2022. Caderneta da Gestante, Brasília-DF, 8ª edição, 2023.
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