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1 2 SUMÁRIO 3 A glândula tireoide 19 Os alimentos que não podem faltar para a saúde da tireoide 22 Nutrientes que não podem faltar para a saúde da tireoide 43 Simplificando 10 Diagnóstico 51 Tarefa de casa 37 ALERTA: Não use Lugol! 32 Dicas práticas 3 A GL ÂNDUL A TIREOIDE 44 A tireoide é uma glândula no formato de uma borboleta encontrada no pescoço. Ela produz 4 hormônios: T1 (1 iodo), T2 (2 iodos), T3 (3 iodos) e T4 (4 iodos). Dois hormônios T2 se unem para formar o T4 (T2+T2=T4). Já quando um hormônio T1 se une a um T2 forma o T3 (T1+T2= T3). O nosso hipotálamo produz o hormônio liberador de tireotrofina (TRH), que estimula a hipófise a secretar o TSH (hormônio tireoestimulante), e que induz a produção dos hormônios T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) pela tireoide. Glândula tireoide Funcionamento da glândula HIPOTÁL AMO TRH TSH T3,T4 TIREOIDE HIPÓFISE 55 O hipotálamo é o dono da empresa que manda a ordem para o gerente, que é a hipófise, para que ela fale para o funcionário, que é a tireoide, que é hora de trabalhar. No hipotireoidismo, o TSH se eleva, ou seja, a hipófise manda muita ordem para a tireoide, porém ela não escuta e deixa de produzir o T4 e T3 em níveis ótimos. Já no hipertireoidismo, mesmo com pouca ordem, isto é, com o TSH baixo, a tireoide produz altas quantidades de T4 e T3. Em outras palavras, no hipotireoidismo, temos funcionários poucos eficientes, e Exemplo para facilitar o entendimento: Alterações na função tireoidiana 6 Os hormônios tireoidianos são essenciais à síntese dos hormônios relacionados à reprodução, à síntese proteica, formação adequada do feto, crescimento e desenvolvimento físico e mental de crianças, regulação do batimento cardíaco, controle do humor, sono e concentração, capacidade digestiva, motilidade intestinal, produção de energia para manutenção das funções do organismo e reparo de tecidos. Os hormônios tireoidianos são fundamentais para a formação fetal. A deficiência de iodo e falta da produção do T3 (triiodotironina), no hipertireoidismo, funcionários muito eficientes que trabalham sem que o gerente tenha que ficar mandando. Função dos hormônios tireoidianos 7 pode causar o cretinismo (perturbação no desenvolvimento físico e intelectual) nas crianças. Comumente, o hipotireoidismo durante a gestação, associado à falta de iodo, faz com que os bebês nasçam com menor desenvolvimento cognitivo (menor QI). Os hormônios produzidos pela tireoide são importantes para a nossa produção de calor (termogênese) e produção de energia pelas nossas “usinas de energia”, encontradas no interior das nossas células, chamadas mitocôndrias. No hipotireoidismo, temos menos mitocôndrias e menor função dessa organela tão importante que faz 8 com que utilizemos carboidratos, proteínas e gorduras e transforme em energia, evitando o acúmulo de gordura. Já no hipertireoidismo temos maior eficiência e número mitocondrial, o que faz com essas pessoas tenham mais calor e maior dificuldade em ganhar peso. Entretanto, nem todas as pessoas com hipertireoidismo serão magras e nem todos com hipotireoidismo estarão acima do peso, embora doenças tireoidianas possam, sim, interferir na capacidade de “queimar” gordura e favorecer uma predisposição à obesidade (hipotireoidismo) ou magreza e perda de massa muscular (hipertireoidismo). 99 Sinais/Sintomas Ganho de peso, retenção de líquido, obesidade, ansiedade, depressão, fadiga, mãos e pés frios, constipação, não suam o corpo, suor apenas nas mãos após caminhar ou fazer exercícios, fraqueza muscular, queda de cabelo, memória ruim, pele seca e amarelada (se consumir muitos alimentos de cor amarela ou laranja), temperatura basal ao acordar menor que 36,2º C, baixa libido, apneia do sono, síndrome do túnel do carpo, fibromialgia e dor crônica. Perda de peso, diarreia, ansiedade, hipertensão, depressão, irritabilidade, taquicardia, tremores, palpitação, calor excessivo, excesso de suor, olhos saltados, inquietação, coceira, queda de cabelo, vômitos e náuseas, osteoporose. hipotireoidismo x hipertireoidismo Diferenciando 10 DIAGNÓS - TICO 11 Embora o diagnóstico de hipotireoidismo seja dado pelo TSH, é o T3 livre que vai ditar os sintomas. Quando temos frio ou calor excessivo, emagrecimento ou ganho de peso, constipação ou diarreia, dentre outros sintomas, é o T3 livre que determina os sinais e sintomas. Portanto, sempre que for fazer exames, o ideal é que avalie: Para avaliar Hashimoto, que é uma forma de hipotireoidismo autoimune em que o próprio sistema imunológico produz anticorpos contra a tireoide. TSH T4 livre T3 livre Diagnóstico Anticorpos (anti-TPO e anti-tireoglobulina) 12 São anticorpos contra o receptor de TSH, e a sua presença em concentrações no soro indica doença autoimune em atividade (doença de Graves). Outros exames relevantes: Trab Zinco Saturação da trans- ferrina 1,25 hidro- xi vitami- na D3 Cádmio (sangue e urina) Iodo- urina 24h Hemo- grama completo PCR ultra sensível GAMA GT Níquel (sangue e urina) Mercúrio (sangue e urina) Fluoreto urinário Alumínio (sangue e urina) Arsênico (sangue e urina) Chumbo (sangue e urina) Vitamina A Manga- nês (san- gue total) 25 hidro- xi vitami- na D3 Selênio FerritinaTireoglo- bulina 13 Existem os valores de referência para os exames laboratoriais, que trazem uma margem de normalidade com valores mínimos e máximos. No entanto, para garantir estado de saúde, devemos buscar valores ideais dentro desta margem, os quais estão expostos na tabela abaixo. Valores ótimos dos exames 14 ObservaçõesValor ideal 1 a 2 3,1 a 4 <0,25 ou 25 conforme unidade do laboratório TSH T3 Livre T3 Reverso Alto: hipoti- reoidismo Baixo: hiper- tireoidismo Baixo: hipoti- reoidismo Alto: hiper- tireoidismo Alto pode ser falta de zinco e selênio, presença de metais tóxicos, inflamação, jejuns prolongados e hipóxia (comum na anemia). 15 0,9 a 1,2 0,31 / 3,1 conforme unidade do laboratório T4 Livre Relação T3L/T4L Baixo: hipoti- reoidismo Alto: hiper- tireoidismo Baixo: conversão ruim do T4 em T3. Pode ser falta de zinco e selênio, presença de metais tóxicos, inflamação, jejuns prolongados e hipóxia (comum na anemia). Ao fazer os exames, não suplemente biotina uma semana antes. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE 16 Hipoti- reoidismo Hiperti- reoidismo Hiperti- reoidismo subclínico Hipoti- reoidismo subclínico Resumindo a interpretação dos exames - TSH alto - T4 baixo - T3 baixo - TSH baixo - T4 alto - T3 alto - TSH baixo - T4 normal - T3 normal - TSH alto - T4 normal - T3 normal ou baixo 17 Quando não se possui a glândula tireoide, deve-se suplementar o T4, mas como quem funciona no organismo é o T3, deve-se também ter um consumo ótimo de zinco e selênio para converter o T4 em T3. Deve-se evitar a exposição à metais tóxicos que inibem a conversão do T4 em T3. Também é preciso ferro e vitamina A para o T3 ter ação nuclear (no DNA). E as pessoas que removeram a tireoide? 17 18 Por isso, médico e nutricionista devem trabalhar juntos. O médico fornece o T4 e o nutricionista garante boas fontes de zinco, como: sementes de girassol e abóbora, carnes, peixes e leguminosas, além do selênio encontrado na castanha do Pará, para que o T4 seja convertido em T3. Outra opção é o endocrinologista utilizar o hormônio T3, ou seja, que não precisa ser convertido. 18 19 OS ALI- MENTOS QUE NÃO PODEM FALTAR PAR A A SAÚDE DA TIREOIDE 20 Castanha do Pará: essa preciosidade brasileira é a principal fonte de selênio na alimentação. Devemos consumir 2 por dia! As pessoas com alergia ou hipersensibilidade à castanha do Pará precisam consultar um nutricionista para adequar a dosede suplementação de selênio. Algas: são a melhor fonte de iodo por conter 4 tipos de iodetos com maior biodisponibilidade e menor toxicidade. 20 21 Carnes, leguminosas e vegetais verdes escuros: ricos em ferro, fundamentais para a produção do T4 e T3, já que a enzima tireoperoxidase, localizada na tireoide e que faz a organificação e incorporação do iodo na tireoglobulina para formar o T4 e o T3, é dependente de ferro. Ostras, sementes de abóbora e girassol, carnes e castanhas: alimentos ricos em zinco são importantes para a conversão do T4 em T3. 21 22 NUTRI- ENTES QUE NÃO PODEM FALTAR PAR A A SAÚDE DA TIREOIDE 23 Iodo: principal nutriente envolvido na síntese de T4 e T3. Contudo, seu excesso aumenta a produção de radicais livres e também a prevalência de anticorpos contra a glândula. Portanto, o equilíbrio é a chave de uma boa saúde tireoidiana. Tirosina: o aminoácido tirosina forma a tireoglobulina, que, junto ao iodo, formam o T4 e o T3. Se faltar tirosina, não adianta ter iodo, pois somente ao se unirem irão formar os hormônios tireoidianos: T1, T2, T3 e T4. 23 24 Selênio: dentro da tireoide temos 8 proteínas que dependem de selênio e que têm função antioxidante. A glutationa peroxidase é a principal enzima antioxidante que reduz a formação de radicais livres e que danificam a glândula. O selênio ainda é necessário para a ação das desiodases, enzimas que convertem o T4 em T3 livre. Ferro: a tireoperoxidase, que oxida o iodeto e resíduos do aminoácido tirosina para fazer o T4 e 24 25 T3, é uma proteína dependente de ferro. A falta de ferro leva a anemia, levando à hipóxia (falta de oxigênio) e a ativação da enzima desiodase tipo 3, que converte o T4 em T3 reverso. Esse T3 reverso é disfuncional e não tem a ação do T3 livre. O ferro ainda é necessário para a ação nuclear do T3. Zinco: necessário para a ação das desiodases tipo 1 e 2, convertendo T4 em T3 livre. B2 e B3: a oxidase tireoidiana, que produz radicais 25 26 livres para oxidar o iodo e produzir T4 e T3, depende de B2 (riboflavina) e B3 (niacina). Glutationa: formado a partir dos aminoácidos cisteína, glicina e ácido glutâmico, tem ação antioxidante, promove a integridade das mitocôndrias, otimiza a produção dos hormônios e a conversão periférica do T4 em T3. Vitamina A: aumenta a transcrição da Nis (bomba que transporta o iodeto para dentro da 26 27 tireoide). Necessário para a ação do T3 no seu receptor no DNA das células. Inositol: melhora a sensibilidade ao TSH pela tireóidea. CoenzimaQ10: melhora a vascularização da glândula e a produção de ATP (energia) para o funcionamento das desiodases. Magnésio: necessário para a produção de ATP, potencializa a ação das desiodases e do transportador de iodo (Nis). 27 28 Vitamina D: aumenta a tolerância do sistema imunológico, reduzindo a produção de autoanticorpos contra a tireoide. 28 2929 A SUA TIREOIDE NÃO QUER QUE VOCÊ ENGORDE MUITO, NEM EMAGREÇA DEMAIS! 29 30 Com o aumento de gordura corporal, aumentamos a síntese de leptina, que estimula nosso hipotálamo a produzir TRH (hormônio liberador de tireotrofina), induzindo um aumento de TSH (hormônios tireoestimulante) na hipófise, que estimula a produção de T4 e T3 na tireoide, tentando manter o metabolismo mais rápido. Já quando fazemos restrições calóricas longas, dietas de restrição de carboidrato por muito tempo (Low Carb e Cetogênica) ou jejuns longos (acima de 24h), temos a queda da atividade das desiodases, que fazem a conversão do T4 em T3 livre e ainda aumentamos o T3 reverso, com um intuito do organismo de preservar o tecido adiposo (gordura) para não emagrecer, afinal, emagrecer é antifisiológico. 30 31 Imagine uma catástrofe como a falta de alimentos na Era Paleolítica. Esse mecanismo era fundamental para evitar que os homens paleolíticos ficassem desnutridos e morressem no período de escassez. O T3 reverso também é um mecanismo que ocorre em ursos no período de hibernação, em que ficam até 7 meses sem comer, tentando reduzir ao máximo a perda de gordura que é um protetor contra o frio extremo, atuando como um isolante térmico. 31 32 DIC AS PR ÁTIC AS 33 1-Já que as brássicas possuem compostos bioativos, chamados isotiocianatos, que competem com o iodo, basta cozinhá-las bem para evitar a ativação desses compostos. Portanto, cozinhe brócolis, couve-flor, repolho, acelga, rabanete, nabo e couve. Prefira esses alimentos cozidos, e se for consumi-los crus, é só não exagerar. 2-A mesma sugestão referida para as brássicas vale também para: cebola, alho, batata- doce, mandioca, espinafre, milho, broto de bambu, soja, amendoim, ruibarbo e alho. Todos esses alimentos devem ser cozidos, preferencialmente. 34 3- As amêndoas, linhaça, pêssegos e morangos também possuem compostos bociogênicos que impedem a captação de iodo. Esses alimentos são saudáveis e podem ser consumidos, desde que não seja todos os dias. Importante evitar a monotonia alimentar. 4-Evite beber água de torneira. O cloro e flúor competem com o iodo impedindo a produção dos hormônios tireoidianos. Tenha um filtro de qualidade, de preferência aqueles que filtram utilizando o processo de troca iônica. Filtros de barro e ferver a água também ajudam. 35 5-Evite farinha de trigo e todos os produtos feitos a partir de farinha, como pães, bolachas e bolos. É adicionado bromato de potássio na farinha de trigo para realçar a expansão da massa de pães. Se for fazer uma receita, prefira as farinhas de coco, castanhas ou arroz. 6-Troque a sua pasta de dente com flúor. Analise o rótulo e escolha uma que não contenha flúor. 36 Alimentos a evitar Couve-flor, brócolis, espinafre, soja, mandioca, milho, batata-doce, rúcula, repolho, acelga, rabanete, soja, amendoim, nabo, couve, nabo e broto de bambu crus ou “al dente”. Morangos e pêssegos (todos os dias) Linhaça e amêndoas (todos os dias) Algas (nori, kombu, wakame), peixes de mar (sardinha, tainha, pescadinha, merluza, abrótea e pescada), sementes de abóbora e girassol, carnes, ovos castanha do Pará, leguminosas cozidas (grão-de-bico, lentilha, feijão), ostras, folhas verdes que não são da família das brássicas, como: ora- pró-nóbis, alface, azedinha, caruru e chicória. Frutas em geral, evitando pêssegos e morangos em excesso Alimentos recomendados a consumir 37 ALERTA: NÃO USE LUGOL! 38 Em um produto de Lugol a 2%, uma gota equivale à 2,5 mg, que, por sua vez, é 6x mais do que o limite máximo de ingestão de iodo diário. Assim como a falta de iodo, o seu excesso é prejudicial, aumentando a produção de radicais livres que causam danos à tireoide e potencializando o risco de autoimunidade contra a glândula. Ao utilizar altas doses de iodo sem ter selênio, não se conseguirá combater os radicais livres e a probabilidade de causar danos à tireoide é maximizada. Lugol 38 39 Curiosidade 1 Curiosidade 2 O Lugol possui apenas 2 tipos de iodeto. O sal apresenta apenas um. Já as algas, possuem 4 tipos de iodeto. Isso faz com que as algas sejam a melhor forma de “suplementar” iodo, possuindo melhor absorção, biodisponibilidade e, ao mesmo tempo, menor toxicidade à tireoide! Esse é um dos motivos os quais povos orientais possuem baixa incidência de hipotireoidismo. Em pessoas com infecções bacterianas crônicas ou com disbiose, o iodo pode ser “recrutado” para combater patógenos. 4040 Curiosidade 3 Se você faz uso de T4 (levotiroxina sódica) e continua com sintomas de hipotireoidismo, provavelmente não esteja convertendo o T4 em T3. 80% do T3 não é produzido na tireoide, mas, sim, convertido por enzimas chamadas desiodases, localizadas em outros tecidos como fígado, rins, cérebro,células de gordura, entre outras. Essas enzimas convertem o T4 em T3, que é o hormônio que tem a ação metabólica no organismo. Ou seja, é o T3 que funciona, e não o T4. 41 Curiosidade 5 Curiosidade 4 Curiosidade 6 Embora o sal brasileiro seja iodado e reduziu a incidência de bócio, os níveis de hipotireoidismo na população se mantêm alto. Isso se deve à baixa absorção e maior excreção urinária. Spirulina e chlorella não são fontes de iodo. A chlorella é uma alga de água doce e a spirulina não é uma alga, mas, sim, uma cianobactéria. O iodo do sal se perde no cozimento. Dessa forma, a pessoa que cozinha absorve mais iodo por inalar o iodo através da via nasal. Já as pessoas que vão consumir o alimento, vão ingerir pequena quantidade de iodo. 42 Curiosidade 7 Pessoas que moram perto do mar consomem alimentos com maior teor de iodo e acabam inalando o iodo, tendo, então, menor risco de falta desse mineral tão importante. Curiosidade 8 A falta de suor pode ser um indicador de deficiência de iodo. Pessoas que fazem exercícios físicos extenuantes ou se expõem à alta temperatura e mesmo assim não suam, podem ter falta de iodo. 42 43 SIMPLIFICANDO... 1- Consuma algas como wakame, kombu e nori. Seja em sushi, em uma preparação tradicional japonesa ou até mesmo na salada, algas são excelentes fontes de iodo que podem ser consumidas sem causar risco de toxicicidade. 2- Não use Lugol por conta própria. 3- Não exagere no sal. Embora o nosso sal seja iodado, o cloreto de sódio possui cloro em sua composição que compete com o iodo. 44 4- Garantir boas fontes de ferro: a deficiência de ferro demonstrada por ferritina e saturação de transferrina baixas é comum em mulheres com alto fluxo menstrual ou com predominância estrogênica ou falta de progesterona, além de pessoas com hipocloridria, supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO), síndromes de má absorção intestinal ou que possuem baixo consumo de ferro (comum em veganos) e, ainda, gestantes que possuem uma demanda aumentada de ferro. Importante consumir boas fontes de ferro: ora-pró-nóbis, agrião, feijão, grão-de-bico, ervilha, rúcula e chlorella. Importante que o nutricionista ou médico avalie a ferritina e saturação da transferrina. 5- Ingerir alimentos ricos em zinco: ostras, sementes de abóbora e de girassol, grão-de-bico, feijão, quinoa, nozes e castanhas. 45 6- Consumir alimentos ricos em tirosina: spirulina, ovos, frango, peixes e frutos do mar. 7- Couve-flor, brócolis, espinafre, soja, mandioca, milho, batata-doce, rúcula, repolho, acelga, rabanete, soja, amendoim, nabo, couve, nabo e broto de bambu podem e devem ser consumidos preferencialmente cozidos. 8- Evite a monotonia alimentar, especialmente de alimentos bociogênicos: linhaça, pêssego, amêndoas, brássicas, soja, amendoim, entre outros. 9- Consuma 2 castanhas do Pará ao dia. 10- Evite beber água da torneira. Prefira um filtro de troca iônica ou, pelo menos, de barro. Ferver a água também já ajuda a reduzir a quantidade de cloro e flúor. 45 46 11- Troque a pasta dental com flúor. 12- Evite consumir farináceos como pães, bolachas, bolos e qualquer receita que leve farinha de trigo. 13- Não tome banho muito quente. O vapor gerado no banho quente libera cloro, que é absorvido pela via inalatória, competindo com o iodo. 14- Evitar fontes de toxinas e metais tóxicos encontrados nas panelas de alumínio ou teflon, peixes grandes de mar, desodorantes, maquiagens, garrafas plásticas, tintas de cabelo, entre outros. 15- Não faça grandes restrições calóricas, jejuns prolongados ou dietas Low Carb e Cetogênica sem indicação do nutricionista. A redução do consumo calórico 47 e a falta de carboidratos podem comprometer a saúde tireoidiana, reduzindo os níveis de T3 livre. 16- Consuma boas fontes de manganês: açaí, palmito pupunha, abacaxi e aveia. 17- Ingira alimentos contendo vitamina A ou beta-caroteno, como gemas de ovos, manteiga ghee, fígado bovino, cenoura, abóbora, manga, laranja e mamão. 18- Se exponha ao sol de 15 a 30 minutos ao dia para produzir a vitamina D. 19- Consuma fontes de vitamina B2 e B3: carnes, abóbora, ovos, abacate, tomate, peixes, cogumelos. 20- Faça ingestão de alimentos ricos em magnésio: folhas verdes escuras, castanhas, sementes de 47 48 abóbora e girassol, cacau, quinoa, abacate e aveia. 21- Fontes de inositol: melão, vagens, feijões, berinjela, tomate e quiabo. 22- Reduza o estresse: pratique meditação, entre em contato com a natureza, diminua o consumo de café, tome mais chás calmantes como melissa, erva cidreira e folha de maracujá. O estresse aumenta o T3 reverso e diminui o T3 livre. 23- Abacate e levedura nutricional são fontes de glutationa. Entretanto, maior parte da glutationa é sintetizada pelo organismo. Para isso é importante consumir ótimas fontes de proteína, como: peixes, ovos, frango, carnes, leguminosas e, se necessário, suplementar com proteínas veganas e aminoácidos essenciais. A suplementação com 49 N-Acetilcisteína é a melhor forma de otimizar a produção de glutationa. 24- A Coenzima Q10 é encontrada na sardinha, coração de galinha, brócolis e salmão do Alaska. Em alguns casos, a suplementação pode ser necessária. 25- Tenha uma alimentação variada, rica em frutas, verduras e legumes, de preferência orgânicos. 26- Faça exames sanguíneos periodicamente e busque auxílio de um nutricionista e médico para ajustes dietéticos e de suplementação. 27- Se faz uso do hormônio indicado pelo seu endocrinologista, tome sempre em jejum, 30 minutos antes do café da manhã. 50 28- Reduza o consumo de chá verde. As catequinas, compostos bioativos do chá verde, podem reduzir a conversão do T4 em T3 livre. 29- Fique menos tempo no celular. Como a tireoide é altamente sensível à radiação eletromagnética, evite passar muito tempo com o celular próximo à glândula. 30- Se você faz uso de lítio para depressão, importante avaliar o consumo de iodo e dos demais nutrientes para o bom funcionamento tireoidiano, visto que o lítio possui ação bociogênica. 51 TAREFA de CASA 1- Ao deitar, deixe o termômetro do lado da cama. 2- Ao acordar, sem levantar, pegue o termômetro e coloque na região axilar. (OBS = para mulheres, não pode ser medido no período ovulatório, o ideal é medir próximo ao período de menstruação). 3- Se a temperatura der abaixo de 36,2º C, provavelmente tem hipotireoidismo. Abaixo de 36,5º C já é ruim. Faça o teste e tire uma foto do termômetro indicando a sua temperatura corporal ao acordar! Marque a gente nas redes sociais usando as hashtags: #TriboVida #ComunidadeTriboVida #SolDaTribo #TarefaDaTemperatura 51 52 Com esse material, fica evidente a necessidade de que você tenha o acompanhamento de um profissional da saúde, principalmente de um nutricionista funcional, para personalizar a alimentação e suplementação de forma individualizada para manter uma boa saúde tireoidiana. Por isso, sempre que realizar uma consulta com seu nutricionista, compartilhe a imagem conosco utilizando a hashtag #tenhaseunutricionista. Caso você ainda não tenha o seu nutricionista, indicamos profissionais formados pelo Professor Gabriel de Carvalho no site: www.gabrieldecarvalho.com.br/profissionais 53 Este é um conteúdo exclusivo para membros da Comunidade Tribo Vida Este material foi elaborado por Tribo Vida e é licenciado por Creative Commons Atribuição-Não-Comercial-Sem-Derivações. Licença Internacional 4.0. 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