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ATIVIDADE FÍSICA NO ENVELHECIMENTO ATIVIDADE II Algumas patologias são bastante comuns em idosos, e afetam a percepção da qualidade de vida do indivíduo, sendo o gatilho para declínios mais acelerados e graves. Por exemplo, o idoso que sempre foi capaz de executar as tarefas domésticas e, repentinamente, se torna incapaz por artropatias. Isso faz com que ele se sinta incapaz, e, eventualmente, se sinta um peso para a família. Como caracterizamos essas patologias comuns? R: Patologias não-transmissíveis, como diabetes, demência e cardiopatias. Um idoso homem, de 80 anos, recém-viúvo, que mora sozinho, é levado pelo vizinho dele ao espaço de atividades físicas no qual você, educador físico, atua. O vizinho diz que ele precisa “sair de casa”. Ao fazer a avaliação, você não percebe qualquer déficit mais grave, somente que o idoso está reticente em ingressar no programa de atividades físicas. A única coisa que lhe chamou a atenção foi a pontuação na Escala Geriátrica de Depressão (GDS), inferindo que aquele idoso poderia ter algum traço de alteração de humor (talvez algum traço de depressão). Qual seria sua conduta profissional neste caso? R: Incluir o idoso em um programa de treinamento, visando os princípios de inclusão e sentimento de grupo, respeitando o tempo e o desejo dele. Aconselhar que ele procure auxílio psicológico. Um aluno homem, com 72 anos de idade, apresentando lesão articular, com alguns traços de artrose no joelho direito, precisa fortalecer a musculatura de quadríceps e isquiotibiais, a fim de diminuir a progressão dos desgastes articulares. Porém ele sente muita dor com qualquer movimento de joelho, seja flexão, seja extensão, incapacitando-o de executar movimentos tradicionais para estes grupos musculares. Qual técnica pode ser utilizada nesse caso? R: Podemos trabalhar quadríceps e isquiotibiais com flexões e extensões de quadril. A comunicação, que engloba as ações de fala, e os sentidos de audição e visão, é um importante ponto incapacitante para um indivíduo. Se ele não consegue se comunicar com eficácia, seja por não conseguir ouvir o que lhe é dito, não conseguir enxergar informações simples, ou não conseguir articular sua fala, isso faz com que ele se torne dependente de algo ou alguém que lhe transmita as sensações exteriores, e retransmita seus sentimentos de volta. Como nós, educadores físicos, devemos agir frente a um idoso com esse tipo de déficit? R:Não devemos impor atividades que enfrentem a sua deficiência. No caso desse aluno, devo incluir atividades que estimulem a visão e a fala, fazendo com que ele perceba que pode muito bem conviver com somente os outros sentidos preservados. Se o idoso tem problemas de memória, aquelas atividades que fortaleçam vínculos com outras pessoas são as mais aconselhadas. Nesse caso, elas aumentarão seu ciclo de convívio, melhorando a apreensão de novos conhecimentos. Quando o idoso precisa trabalhar com outros indivíduos, ele precisa conhecê-los, entendê-los, e socializar com eles, fortalecendo os vínculos e, por consequência indireta, aumentando sua base de conhecimento (memória). Sobre os modelos de treinamento e atividades para esse tipo de idoso, em quais deles devemos focar? R: Atividades lúdicas ou esportivas que façam com que ele precise aprender, a cada dia, novas regras, em pequenas doses, para conseguir praticar. Na geriatria e gerontologia, lida-se com as patologias não-transmissíveis, mais comuns nos idosos. Elas são divididas em cinco grandes grupos, conhecidos como “5 Is da geriatria”. Em algumas literaturas você poderá encontrar menções a esses grupos como “os grandes da geriatria”. Eles compõem déficits que derivam dos dois maiores temas de estudo do envelhecimento humano: a autonomia e a independência. Avalie os cincos déficits listados a seguir. I. Incapacidade cognitiva. II. Instabilidade postural. III. Incontinência esfincteriana. IV. Incapacidade comunicativa. V. Imobilidade. VI. Incapacidade de leitura. Quais deles correspondem aos grandes da geriatria (5 Is)? R: I, II, III e IV, apenas. Cada um dos campos de entendimento contidos nos “5 Is” possuem raízes que geralmente se entrelaçam. Para a vida do idoso os dois aspectos mais importantes, considerados como a raiz primária que acabará gerando os 5 Is, são: a autonomia e a independência. Esses dois aspectos, segundo diversos autores da área, contribuem em maior ou menor medida, para as síndromes geriátricas. O que significa o termo “autonomia” nesse contexto? R: A autonomia se refere, basicamente, aos aspectos psicológicos do indivíduo, isso é, de que forma sua cognição e seu humor são afetados pelo envelhecimento, e de que forma o indivíduo consegue reagir a isso, com o mínimo de impacto para a sua vida. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diabético pode e deve ser incluído em todo o tipo de treinamento físico desportivo, assim como um idoso saudável. Nesse caso, os modelos de treinamento devem englobar todas as valências físicas, como força, aeróbio, flexibilidade e equilíbrio. Os maiores cuidados, no entanto, devem ser a duração e a intensidade do treino. BRASIL. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes n. 2014/2015. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo: AC Farmacêutica, 2015. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/publico/images/2015/area-restrita/diretrizes-sbd-2015.pdf. Acesso em: 28 jan. 2020. Quais são as recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes para esse tipo de paciente? R: Exercícios moderados em carga máxima semanal de 150 minutos, de preferência diariamente, em percentagens de VO2 Máx de até 60%, e FC limítrofes 70%. As atividades vigorosas devem ser desenvolvidas por no máximo 75 minutos semanais. O amplo entendimento sobre a raiz e as consequências das síndromes geriátricas, permite pensar em práticas corporais que possam ser utilizadas para o enfrentamento de cada especificidade deficitária do indivíduo idoso. Ou seja, dessa forma o educador físico tem embasamento teórico para prescrever suas rotinas de treinamento, tendo em vista a melhora de pontos específicos da saúde do idoso. Com isso em mente, analise os itens a seguir e relacione corretamente. 1. Incapacidade cognitiva. 2. Instabilidade postural. 3. Incontinência esfincteriana. 4. Incapacidade comunicativa. 5. Imobilidade. ( ) Se o problema advêm da agnosia ou apraxia, devemos fazer uma análise mais profunda e especializada, tentando compreender exatamente qual a maior dificuldade do idoso. ( ) Vem acompanhada pela fraqueza da musculatura do assoalho pélvico, grupo muscular composto, basicamente, por musculatura profunda, e músculos de fibras do tipo I. Nesse caso, os exercícios que são utilizados para melhorar o equilíbrio do idoso podem ser implementados. ( ) Os melhores modelos de atividade física são aqueles que englobam exercícios resistidos, que privilegiam a musculatura profunda, como o pilates e a yoga. ( ) Nesse caso, e somente nesse caso, nós não devemos impor atividades que enfrentem a sua deficiência. Isso fará com que ele falhe, na maioria das vezes, e acabe se frustrando com a atividade proposta. ( ) Focar nas atividades lúdicas ou esportivas que farão com que ele precise aprender, a cada dia, novas regras, em pequenas doses, para conseguir praticar. ( ) Utilizar movimentos básicos, para quem está, novamente reaprendendo o gesto cinesiológico. Nesse caso, caminhadas, na esteira ou em pistas, pode ser a melhor opção. Agora, assinale a alternativa com a sequência correta. R: 1, 3, 2, 4, 1, 5. A sarcopenia vem sendo tratada, há alguns anos, como uma das principais síndromes da população idosa, por contemplar a perda de funcionalidade do indivíduo, que está na base, por exemplo, da percepção de qualidade de vida. Os tratamentos da sarcopenia são os mais diversos, uma vez que é um assunto em franco crescimento de pesquisas e publicações. Porém uma coisa já está bem definida na literatura: o modelo de treinamento mais eficaz. Dentre os modelos citados nessa disciplina, qual deles é, segundo a literatura daárea, o mais eficaz para o tratamento da sarcopenia? R: O treino de força (TF).
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