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E-book - Práticas Pedagógicas III - Saúde_023724

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PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - 
SAÚDE 
E-Book 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
2 
 
SUMÁRIO 
UNIDADE I .................................................................................................................... 3 
EDUCAÇÃO E SAÚDE ................................................................................................. 4 
1.1 Práticas Dialogadas entre a Educação e a Saúde ................................................ 4 
1.2 Educação Continuada e Educação Permanente ................................................. 7 
1.3 Educação e suas relações com a Saúde ............................................................ 11 
1.4 Aprendizagem e Desenvolvimento ................................................................... 15 
1.5 Modelo Assistencial e Modelo Educacional ....................................................... 18 
UNIDADE II ................................................................................................................. 22 
A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO NA ÁREA DA SAÚDE .................................................... 23 
2.1 Responsabilidades do Pacto de Gestão para a Área da Educação na Saúde ...... 23 
2.2 Especificações das capacitações e da Educação Permanente ........................ 25 
2.3 Formação docente no SUS ............................................................................. 28 
2.4 A prática reflexiva do professor ....................................................................... 31 
2.5 Práticas Pedagógicas relacionadas à saúde .................................................... 34 
UNIDADE III ................................................................................................................ 37 
METODOLOGIAS EDUCACIONAIS ............................................................................. 38 
3.1 Metodologias Ativas ........................................................................................ 38 
3.2 Recursos Tecnológicos .................................................................................. 42 
3.3 Tecnologias de Interação ............................................................................... 45 
3.4 Trabalhadores da Saúde e da Educação .......................................................... 49 
3.5 Metodologias e os Jogos Pedagógicos ............................................................ 52 
UNIDADE IV ................................................................................................................ 56 
PROJETOS PEDAGÓGICOS E INTERVENÇÕES .......................................................... 57 
4.1 Principais ações educativas com a saúde ........................................................ 57 
4.2 Metodologias ativas no ensino e aprendizagem .............................................. 60 
4.3 Nuances da Era da Informação ....................................................................... 64 
4.4 Políticas de Educação em Saúde .................................................................... 67 
4.5 Organização Pública no ensino e na saúde ....................................................... 71 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 74 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
3 
 
 
 
 
 
 UNIDADE I 
 
 
 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
4 
 
 EDUCAÇÃO E SAÚDE 
A implícita relação entre educação e saúde, na atualidade, sofre distintas 
variantes em sua prática social para uma vida de qualidade, com terminologias voltadas 
para Educação na Saúde e para a Educação em Saúde. A fim de desenvolverem práticas 
voltadas à qualidade de vida das pessoas com maior autonomia nas diferentes variantes 
das práticas de serviços, com algumas enunciações que serão discutidas em nossa 
unidade, como: 
- Educação Sanitária; 
- Educação; 
- Saúde; 
- Educação Popular; 
- Educação Permanente 
 
1.1 Práticas Dialogadas entre a Educação e a Saúde 
Em BRASIL (2009 a), a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde 
(SGTES), do Ministério da Saúde, com a gestão federal do Sistema Único de Saúde (SUS) 
por meio da formulação de políticas orientadoras que abrangeram diferentes áreas da 
saúde com promoção de desenvolvimento profissional em áreas relacionadas ao 
trabalho e a educação na área da saúde. 
A SGTES tem como principais finalidades, dentre outras promover as atividades 
relacionadas ao trabalho e à educação na área da Saúde, com integração dos setores da 
Saúde e da Educação para fortalecer as instituições formadoras de profissionais 
atuantes na área junto ao SUS, no planejamento e na coordenação de ações com vistas 
a promoção da educação em saúde. 
Nesse contexto temos a proeminência do Departamento de Gestão da Educação 
na Saúde (Deges) e o Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde 
(Degerts). 
- Deges - previa a formulação de políticas relativas que interrelacionam a 
educação permanente dos trabalhadores da Saúde com interação com a escola básica 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
5 
 
quanto à saúde e consciência sanitária numa educação permanente na consideração da 
educação popular. 
- Degerts - previa o acompanhamento e elaboração de políticas de gestão, 
planejamento e regulação do trabalho em saúde com contribuição e promoção da 
melhoria e humanização do atendimento ao usuário. 
Por meio dos conceitos dialogados entre a educação e a saúde encontramos 
possibilidades de práticas pedagógicas para crianças bem pequenas, ou seja, desde a 
Educação Infantil. 
De acordo com Oliveira (2002), as crianças bem pequenas constituem um grupo 
etário muito vulnerável aos riscos de doenças, que diante do processo educativo podem 
ser prevenidas e controladas. Constatamos que situações de saúde e doença não 
decorrem de situações meramente biológicas. 
 
Binômio: Educação e Saúde 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/754423375050683973/ 
 
No âmbito educacional um bom planejamento poderia favorecer o autocuidado, 
por meio de práticas com regras sociais para as crianças que englobariam as condições 
de saúde em diferentes dimensões assim sintetizadas. 
https://br.pinterest.com/pin/754423375050683973/
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
6 
 
- Atividades de cuidado pessoal por meio do lúdico para o desenvolvimento da 
autoestima e da autonomia; 
- Cuidados básicos com ações em ambientes adequados quanto à ventilação, 
higiene, insolação e equipamentos; 
- Dimensões para instituição de hábitos na Educação Infantil que promovam 
cuidados com a higiene pessoal, com limpeza e conforto; 
- Organização e elaboração da alimentação das crianças para saciedade com 
alimentos apropriados e a instituição de condutas adequadas nos aspectos motores; 
- Conhecimentos de cuidados básicos com saúde, primeiros socorros e 
observação contínua quanto aos sinais e sintomas para possíveis encaminhamentos 
para os serviços de saúde. 
 
Educação Continuada e Educação Permanente em Saúde 
 
 
SAIBA MAIS 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
7 
 
Educação Sanitária – prática educativa com intuito de induzir a população a 
determinados hábitos preventivos de doenças. 
Educação Popular – nos remeteria aos princípios básicos de Paulo Freire , os saberes 
populares considerados para novas aquisições e construções de saberes. 
 
1.2 Educação Continuada e Educação Permanente 
O fenômeno linguístico da criação de novos neologismos para os trabalhadores da 
saúde será destacado, dentre outros, no contexto da Educação Continuada e da 
Educação Permanente que envolvem a saúde pública. 
Falkenberg et al (2014) destacaram os trabalhadores da área da saúde que 
passariam a utilizar novas expressões ou palavras, com novos sentidos que implicariam 
no contexto educacional, assim salientadas. 
- Saúde Pública e Saúde Coletiva; 
- Atenção Básica ou Atenção Primária; 
- Educação em Saúde e Educação Popular em Saúde; 
- EducaçãoPermanente e Educação Continuada. 
 
Para Paim (2003), a atenção básica e atenção primária podem ser identificadas 
pela média da alta complexidade para uma atenção especializada e hospitalar, num 
paralelo que desconsidera atenção do primeiro nível do sistema em sua complexa e 
tecnológica constituição. 
Falkenberg et al (2014), contextualizariam a educação que a partir do século XX 
tornou-se permanente, com ideais universais a serem constituídas ao longo da vida de 
maneira continuada e permanente, e destacariam, ainda, a importância de 
direcionarmos uma formação em uma educação no trabalho em saúde. 
Sabemos que a educação continuada se relacionaria com atividades de ensino pré 
estabelecidas por metodologias tradicionais, num conjunto de experiências da 
educação inicial com intuito de melhorar suas competências profissionais, descritas por 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
8 
 
habilidades e competências, podendo em seu bojo, contar com atividades de iniciativa 
pessoal para aprimoramentos futuros. 
O primeiro grande marco dessa educação, patrocinada pela Unesco nos anos 
cinquenta, como um agente de transformações num mundo em mutação que lograria 
competências e habilidades diversas. A década de sessenta demarcaria a capacidade de 
aprendizagem do adulto divergente da criança, e a década de setenta acentuaria a 
interação social como maneira de coeducar-se com um sujeito transformador. 
Portanto, a Educação Continuada em suas alternativas educacionais estaria 
centrada no desenvolvimento de grupos, em curso seriados em caráteres específicos. 
 A Educação Permanente seria delineada com uma abrangência maior na 
educação do trabalhador, com formação integral, abrangente e problematizadora diante 
do processo de trabalho em saúde, por meio reorganização da gestão setorial com 
controle social da saúde. 
 Por meio da Educação Permanente haveria a possibilidade do desenvolvimento 
da consciência do profissional, como uma responsabilidade permanente de capacitação 
para a transformação social emergente. Para tanto, esse modelo de educação se 
contrapunha a fragmentação e a normatização do trabalho com práticas educativas. 
 Com relação a educação e saúde encontraríamos a Educação Permanente em 
Saúde (EPS), que partia da emergência de transformações sociais por meio de reflexões 
de serviços relacionados à saúde, por meio de uma integração intersetorial da 
comunidade de maneira dialógica, participativa e educativa em prol do que seria 
prioritário. 
Para Falkenberg et al (2014), as ações de educação popular em saúde, inseridas 
em círculos de educação permanente em saúde e educação continuada, lograriam 
perspectivas de equidade e da integralidade do profissional saúde de maneira a atender 
demandas individuais e coletivas. 
A EPS no SUS relacionaria as práticas pedagógicas e de saúde na organização do 
trabalho em suas várias esferas de gestão com suas instituições formadoras e as 
diretrizes constitucionais. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
9 
 
No aporte dos aspectos em BRASIL (2009 b), os paradigmas da Educação 
Continuada e da Educação Permanente, apresentam enfoques no setor da Saúde. 
 
Educação Continuada 
 
- Representaria uma continuidade do modelo escolar ou acadêmico; 
- Centralizaria na atualização de conhecimentos em ambiente didático e baseado 
em técnicas de transmissão, com fins de atualização; 
- Distanciaria a prática e o saber como a solução dos problemas da prática; 
- Imporia uma estratégia descontínua de capacitação com rupturas no tempo; 
- Centralizaria, individualmente, categoria profissional, com pouca perspectiva 
das equipes e dos diversos grupos de trabalhadores. 
 
Educação Permanente 
 
- Importante mudança na concepção e nas práticas de capacitação dos 
trabalhadores dos serviços. 
- Possibilidade de inverter a lógica do processo do ensino e aprendizagem; 
- Estratégias educativas problematizando o próprio fazer; 
- Reflexivos da prática e construtores do conhecimento e de alternativas de ação; 
- Ampliação dos espaços escolares com interação para evitar a fragmentação 
disciplinar. 
 
 A aproximação da educação da vida cotidiana desencadearia o reconhecimento 
do potencial educativo da situação de trabalho, com situações diárias em aprendizagem, 
analisando os problemas da prática e valorizando o trabalho no seu contexto intrínseco. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
10 
 
A luta incessante no campo da capacitação em Saúde, requereria novas 
concepções para além da transmissão de conhecimento, com propostas alternativas, 
muitas vezes, paralelas ao saber estruturado. Ao longo dos tempos, a educação 
tradicional condicionou a maneira de pensar e agir com um conhecimento, estruturado 
e tênue, de diversificações na prática educativa. 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE EDUCAÇÃO CONTINUADA E EDUCAÇÃO PERMANENTE 
 
 
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1764174/ 
 
SAIBA MAIS 
 
Formação Continuada de professores: análise teórica especializada de concepções, 
modelos e dimensões - 2019 
Judenilson Teixeira Amador / Cely do Socorro Costa Nunes 
 
https://slideplayer.com.br/slide/1764174/
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
11 
 
 
Análise do processo de educação permanente para os profissionais do SUS: a 
experiência de Sobral- CE - 2008 
 
Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Maria Socorro de Araújo Dias, Maristela Inês Osawa 
Chagas, Cibelly Aliny Siqueira Lima Freitas, Mirna Marques Bezerra, Izabelle 
Mont'Alverne Napoleão Albuquerque, Antônia Katiany Nascimento Linhares, Andréa 
Silveira de Assis Viana 
 
 
VOCÊ SABIA QUE 
 
Atenção primária ou básica em saúde – é a principal rede de atenção comunicativa do 
Sistema Único de Saúde, em seu conjunto de ações individuais e coletivas para 
manutenção da saúde. 
Saúde Pública - composta por ações de caráter pessoal aplicados aos conhecimentos 
dos serviços de saúde de um processo social. 
Saúde Coletiva - campos de ações e saberes em prol da recuperação, promoção, 
proteção e manutenção diversas de fatores relacionados à saúde. 
 
1.3 Educação e suas relações com a Saúde 
Segundo Falkenberg et al (2014), a Educação Popular em Saúde sofreu influências, 
desde os anos sessenta, do educador Paulo Freire quanto ao saber popular para um 
processo educativo democrático. As práticas da educação em saúde, influenciadas pelo 
movimento de Educação Popular em Saúde, decorreram por meio da reflexão, da 
produção de conhecimentos e de militâncias diversas. 
A Educação Popular, de acordo com Paulo Freire, denotaria a voz dos oprimidos 
das classes populares, em movimentos políticos e pedagógicos com direcionamentos 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
12 
 
pela tomada de consciência das raízes de seus problemas, para uma educação 
libertadora e democrática em constante construção e reconstrução de conhecimentos. 
Esse modelo de educação seria um contraponto às práticas mercantilizadas de 
serviços da saúde, e destinaria suas ações à parcela da população brasileira mais 
necessitada. Sendo um modelo de enfrentamento dos problemas encontrados, como 
também, para a constituição de uma hegemonia da educação em saúde, embasada na 
prática por pressupostos, sociais e globais, de interesse popular. 
Por conseguinte, a educação em saúde seria uma prática que beneficiaria, 
coletivamente, a diversidade de setores de nossa saúde pública. 
 Na atualidade, a educação popular em saúde permanece como um desafio aos 
gestores e profissionais, devido à complexidade de práticas integrais emergentes, com 
participação popular e social. 
 
 Vale a pena destacar o glossário eletrônico da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), 
em BRASIL (2009 a), quanto as diferentes concepções de educação e suas implicações 
com a saúde. 
 
- Educação em saúde – seria o processo educativo de construção de conhecimentos em 
saúde, numa educação proporcionadora de autonomia em suas necessidades, que 
visaria à apropriaçãotemática pela população e não à profissionalização, ou à carreira 
na saúde. Incentivo na gestão social da saúde. 
- Educação na saúde - relacionaria a produção e sistematização de conhecimentos 
relativos à formação e ao desenvolvimento para a atuação em saúde, envolvendo 
práticas de ensino, diretrizes didáticas e orientação curricular. 
 - Educação permanente em saúde – providas de ações educativas e na problematização 
do processo de trabalho em saúde, com objetivo de transformação das práticas 
profissionais e da própria organização do trabalho, na ampliação dos laços da formação 
com o exercício do controle social em saúde. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
13 
 
- Educação popular em saúde - eficácia no serviço público, eficiência no serviço público 
dos empregadores do SUS, emprego público com enquadramento de equipe 
multiprofissional em saúde. Facilitador de educação permanente em saúde, com ações 
educativas para inclusão social e promoção da autonomia das populações na 
participação em saúde. 
 
Identificamos, nesses diferentes cenários dos profissionais da saúde, ações 
educativas em constantes aperfeiçoamentos, passíveis de aprimoramentos quanto à 
formação, ao cuidado e à segurança com autonomia da população. 
 
 
Fonte: 
https://container.aiyellow.com/pictures/articles/00/52/79.jpg?22204702 
 
 As caracterizações de educação em saúde, educação na saúde, educação 
permanente em saúde e educação popular em saúde constituíram uma estruturação, 
passível de reflexão contextualizada para ações, com especificidades para um trabalho 
assertivo. 
 Na educação em saúde, a gestão social seria direcionada as construções de 
conhecimentos em saúde pelo processo educativo. Já na educação na saúde, as 
https://container.aiyellow.com/pictures/articles/00/52/79.jpg?22204702
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
14 
 
diretrizes didáticas e a orientação curricular corroborariam com a produção e a 
sistematização do conhecimento. 
 A educação permanente em saúde lograria ações educativas problematizadas, 
com intuito de transformações de práticas profissionais, num exercício para o controle 
social em saúde. A educação popular em saúde traria à tona os empregadores do SUS, 
numa equipe multiprofissional em saúde, no âmbito permanente com vistas a inclusão 
social e a participação social com autonomia. 
 
 
Saiba Mais 
 
Fonte: 
https://www.cnte.org.br/images/stories/2021/2021_03_29_leia_manifesto_saude.png 
 
 
 
 
 
 
https://www.cnte.org.br/images/stories/2021/2021_03_29_leia_manifesto_saude.png
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
15 
 
1.4 Aprendizagem e Desenvolvimento 
 
 
Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOhCMKFgY51Pt1Yovqo1TDojgGxcFTNrA1Y
w&usqp=CAU 
 
Em BRASIL (2009 b), foram descritas teorias clássicas de aprendizagem. 
Destacaremos a qualidade de atenção em saúde em aspectos conceituais quanto ao que 
seria inato, constituído por uma carga genética e ao que poderia ser apreendido nas 
constantes interações com o ambiente. 
A aprendizagem possuiria uma relação tênue com desenvolvimento, pois ambos 
seriam processos que decorreriam por toda existência humana, com recorrentes 
construções e reconstruções. Piaget e Vygotsky foram autores relevantes que, 
respectivamente, contribuíram para delineação dos estágios de desenvolvimento da 
criança e, sucessivamente, para o socio interacionismo em situações de aprendizagem. 
O modelo escolar para a aprendizagem em Brasil (2009 b), acentuaria a 
insuficiência das práticas de capacitação das ações dos projetos, com métodos ou 
técnicas de trabalho para mudanças na organização de serviços, que careceria de 
atualizações de novos enfoques, informações ou tecnologias numa nova política a serem 
incorporadas na prática do trabalho. 
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOhCMKFgY51Pt1Yovqo1TDojgGxcFTNrA1Yw&usqp=CAU
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOhCMKFgY51Pt1Yovqo1TDojgGxcFTNrA1Yw&usqp=CAU
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOhCMKFgY51Pt1Yovqo1TDojgGxcFTNrA1Yw&usqp=CAU
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
16 
 
Em contrapartida, paralelamente, a transmissão escolar decorreria com ações de 
educação e saúde direcionadas à comunidade em uma interação, porém com 
dificuldades para o alcance de resultados. Que poderiam ser assim descritos: 
- pelo distanciamento com o que se faz e o que diz na capacitação; 
- pela dificuldade no estabelecimento do tempo necessário para mudança da 
estratégia proposta na capacitação; 
- pela aprendizagem coletiva proposta, sem a consideração das especificidades 
individuais para o aprender; 
- pela necessidade de coerência entre as propostas de capacitação e as políticas 
de transformação dos serviços de saúde. 
 
Nesse interim de produções escolarizadas, Dewey e Maclulan, ampliaram as 
fronteiras da sala de aula no processo de formação, porém com estudos que denotariam 
a fragilidades no ambiente contextual da aprendizagem. Esse interesse da organização 
em relação à aprendizagem, com as práticas nos serviços de saúde sofreriam vários 
tipos de estruturações, como veremos a seguir. 
- Organizações constituídas por vínculos sustentados de rotinas, rituais, normas, 
interações, intercâmbios linguísticos e regulações analisados pelos processos 
educativos; 
- Hospitais, centros de saúde e agências do setor de organizações com tradições 
e trajetórias históricas, hierarquias; 
- Trabalho nos serviços de saúde, delimitado por regulamentos públicos, 
representados num contexto de aprendizagem para manutenção ou para a mudança nas 
regras; 
- Rotinas da organização relacionadas ao ambiente, tenderiam a centrar-se nesse 
período de desenvolvimento; 
- Educação permanente orientada pelos comportamentos que, em muitos casos, 
reproduziriam os padrões de controle. 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
17 
 
As adoções de rotinas, para aprendizagem no trabalho, seriam passíveis de 
reflexões sobre as práticas estruturantes para reformulação de comportamentos para 
tal, contextualizadas e analisadas para a ação. Na área da saúde, delimitadas por 
regulamentos públicos passíveis de construções contextualizadas e alicerçadas por 
empirias dialogadas de trajetórias históricas. 
Miltre et al (2008), descreveram o emprego de metodologias ativas embasadas em 
problematizações, com uma intervenção consistente na realidade por meio de uma 
construção coletiva. Na integração do serviço, de saúde e de ensino, seriam 
considerados pela problemática e pela organização curricular percorrida, em sua 
dimensão política na sociedade. 
 Os autores nos remeteriam, a Bordenave e Pereira, e a utilização do Método do 
Arco por Charles Maguerez, constituído pelos movimentos de: 
- observação da realidade no processo ensino-aprendizagem; 
- pontos-chave por meio da análise reflexiva; 
- teorização do problema ou à investigação e sua relevância para a resolução do 
problema; 
 - formulação de hipóteses de solução e aplicação a realidade. 
 
 Para a concretização dos movimentos descritos, a originalidade e a criatividade 
seriam inerentes ao processo, como uma prática inovadora desencadeadas por 
hipóteses de soluções aplicáveis a cada realidade, aperfeiçoando e exercitando a 
tomada de decisões. 
 
 
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NUANCES E IMPLICAÇÕES NO COTIDIANO 
 
BASSEDAS, Eulàlia. HUGUET, Teresa & SOLÉ, Isabel. Aprender e ensinar na educação 
infantil. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 1999. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
18 
 
 
 
1.5 Modelo Assistencial e Modelo Educacional 
Considerando o modelo assistencial da Educação Infantil e sua evolução histórica 
para a constituição do modelo educacional, foi tangível e preponderante de 
reorientações recorrentes num processo social com características de um modelo 
educacional. 
Políticas Públicas voltadas para uma instituiçãocom caráter educacional no 
Brasil, desde a Educação infantil, perpassaram o assistencialismo das necessidades 
básicas da saúde e o bem estar da criança, como o preceito de creche associado ao 
direito do trabalho das mulheres, mães trabalhadoras terem um lugar seguro para estada 
de seus filhos enquanto trabalhavam. 
Para a delineação do direito da criança, desde o primeiro ano de vida, em uma 
instituição voltada ao desenvolvimento integral da criança, que ganhou grande vulto com 
a Constituição Federal de 1988, e estruturação com a LDB de 1996 e o Estatuto da Criança 
e do Adolescente de 1991. 
 
 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
19 
 
 
Fonte: 
https://slideplayer.com.br/slide/1851192/7/images/5/Reorienta%C3%A7%C3%A3o
+dos+modelos+assistenciais.jpg 
 
 Para Paim (2003), o modelo de atenção descrito pelo SUS, descrito por lógicas 
que orientariam a ação para a saúde da família, combinadas às tecnologias e meios para 
execução com sucesso, reforçariam a função em sua multicausalidade, em seu ambiente 
físico, biológico e sociocultural. Esse modelo implicaria em redefinições das 
responsabilidades médicas, pelas mudanças da educação movidas por qualificações 
neoliberais aceleradas pelo desenvolvimento econômico contemporâneo. 
Na concepção da saúde, os modelos assistenciais dos anos oitenta, para o autor, 
referiam-se às organizações de serviços da saúde, que seriam contraditórias ou 
complementares, assim denominadas de: 
 
- Modelo Médico Hegemônico - voltados ao atendimento de demandas 
espontâneas. 
- Modelo Sanitarista – necessidades nem sempre expressas por demandas. 
 
https://slideplayer.com.br/slide/1851192/7/images/5/Reorienta%C3%A7%C3%A3o+dos+modelos+assistenciais.jpg
https://slideplayer.com.br/slide/1851192/7/images/5/Reorienta%C3%A7%C3%A3o+dos+modelos+assistenciais.jpg
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
20 
 
Pela incompletude desses modelos, na atualidade, o SUS instituiu modelos de 
atenção voltados à qualidade de vida e as necessidades prioritárias da saúde, que desde 
2003, vêm sendo tratados transversalmente, como eixos temáticos pelo Conselho 
Nacional de Saúde (2003). 
Bondioli; Mantovani (1998), delinearam experiências voltadas às crianças da 
educação Infantil objetivadas por propostas voltadas ao Modelo Educacional, com vistas 
ao desenvolvimento integral da criança por meio diversos, tais como: 
- modalidades especificas e sociais; 
- jogos comunicativos e orais com verbalizações; 
- escuta atenta; 
- intervenções de adultos; 
- expressões emocionais e desempenho de papeis dentre outras. 
 
Por meio das experiências relatadas foi possível verificarmos que o modelo 
educacional desencadeou práticas condizentes ao desenvolvimento integral da criança, 
por meio da autonomia com ações independentes e compartilhamento de 
responsabilidades, o exercício de práticas sociais, com brincadeiras espontâneas em 
maior grau que as brincadeiras dirigidas, flexibilidade e propostas alternativas que 
tiveram como base a observação para as construções significativas da criança. 
As autoras relataram algumas características da evolução do serviço oferecido 
como assistencialismo, e o caminho percorrido para a educação, tendo dentre outras, o 
aporte no estudo das creches na cidade de Milão, na Itália, nos anos oitenta. Destacaram 
que o controle das creches era exercido pela Secretaria de Saúde, com base pediátrica, 
em que a presença do pediatra era prevista na creche cotidianamente, como também, a 
presença de uma assistente sanitária. Ou seja, o trabalho era compartilhado dentre a 
assistência social e a assistência educacional. 
Ainda, na década de oitenta, na Itália o trabalho psicopedagógico foi inserido nas 
zonas urbanas descentralizadas e, posteriormente, ocorreu a passagem da tipologia de 
construção para a Secretaria de Educação, com os seguintes pressupostos: 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
21 
 
- reordenação dos profissionais e turnos; 
- programação com quadro funcional 
- fundos de aquisição de material didático; 
- modificar a tipologia. 
 
No Brasil, essa passagem do âmbito assistencial para o âmbito educacional foi 
delineada, principalmente, pela instituição dos documentos de domínio público no 
âmbito federal, demarcada pelos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil (RCNEIs), compostos por três volumes, que preconizaram o tripé da Educação 
Infantil como o brincar, educar e cuidar e a importância de profissionais qualificados 
para essa interação construtiva por meio de eixos estruturantes. 
 
VOCÊ SABIA QUE 
 
A QUALIDADE DE VIDA ESTÁ DESCRITA EM DOCUMENTOS FEDERAIS DESDE A 
EDUCAÇÃO INFANTIL? 
 
Pesquise sobre isso em documentos de domínio público como nos RCNEIs de 1998 e 
na BNCCC de 2019 
 
Endereços: 
 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf 
 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
22 
 
 
 
 
 
 UNIDADE II 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
23 
 
A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO NA ÁREA DA SAÚDE 
 A formação do pedagogo na área da saúde teve como marco a Política Nacional 
de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), com proeminência no tema educação dos 
profissionais de saúde no espaço do Sistema Único de Saúde - SUS, a fim da instituição 
de possíveis avanços nessa jornada política de educação permanente. 
 
2.1 Responsabilidades do Pacto de Gestão para a Área da Educação na 
Saúde 
Os primórdios da criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na 
Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, antecedeu a Política Nacional de Educação 
Permanente em Saúde (PNEPS), com debates com intuito de resgatar conceitos numa 
política voltada às especificidades do SUS de maneira integral. 
De acordo do BRASIL (2018), os debates contaram, principalmente, com a 
implementação dos processos de integração ensino-serviço-comunidade, com o intuito 
de estimular, acompanhar e fortalecer a qualificação profissional dos trabalhadores 
partir de análises das realidades locais. Tivemos a criação do primeiro laboratório de 
inovação para Educação na Saúde da Amarica Latina, com o tema Educação Permanente 
em Saúde (EPS). 
Esse processo inovador de educação na saúde permitiu a inclusão da Educação 
Interprofissional em Saúde (EIS), como uma reorientação da formação dos profissionais 
da saúde. Os aspectos abordados, nesse processo, perpassaram aos aspectos dialéticos 
quanto à integração do ensino e do serviço. oferecidos com novas abordagens. 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
24 
 
 
Fonte: 
https://i.pinimg.com/originals/41/26/d2/4126d280fc0fe1cffe415f114ed80eb6.png 
 
Sendo o Sistema Único de Saúde (SUS), estruturado com as bases da reforma 
sanitária, com competência constitucional ordenando a formação dos profissionais da 
área. As políticas públicas de saúde brasileiras vêm desencadeando mudanças no 
processo de educação dos profissionais da saúde, com iniciativas voltadas à 
reorientação da formação profissional com integração entre as Instituições de Ensino 
Superior (IES), com intuito de propiciar o fortalecimento do SUS. 
Na SGTES promoveu avanços na área da educação na saúde e as estratégias da 
PNEPS, necessárias diante das novas exigências da área da saúde, como a utilização do 
novas tecnologias no ensino para as novas demandas da saúde pública. Essa ampla 
discussão e reformulações nos marcos regulatórios nos territórios do SUS, bem como o 
seu financiamento, foram etapas da EPS para os enfrentamentos cabíveis do sistema 
nacional de saúde. 
Verificaríamos que a educação continuada contemplaria grande parte dos 
pressupostos da metodologia de ensino tradicional, geralmente, seriada emnível e grau. 
O caráter desse tipo educação, sequencial e acumulativa, mais formal requeria 
experiências num campo de atuação, o que não ocorre na EPS. 
O Ministério da Saúde (MS) quanto a EPS configuraria a relevância da 
aprendizagem para o trabalho, em sua complexa organização. O conceito de 
aprendizagem significativa suas potencialidades e seus mecanismos para o trabalho 
com transformações práticas. 
https://i.pinimg.com/originals/41/26/d2/4126d280fc0fe1cffe415f114ed80eb6.png
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
25 
 
A concepção política -ideológica do quadrilátero da formação ensino, serviço, 
gestão e controle social passariam a ser parte de reflexões sucessiva na Educação 
Permanente em Saúde, na busca de soluções para superação de problemas com vistas à 
assertividade de resolubilidade do sistema de saúde dialogicamente. 
Nesse contexto, a EPS ampliaria o conceito da construção da aprendizagem 
colaborativa e significativa, com uma gestão participativa no processo de ensino e 
aprendizagem em consonância com o SUS. 
 
CONHEÇA MAIS SOBRE AS AÇÕES DE SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E AS 
PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_perman
ente_saude_fortalecimento.pdf 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na 
Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. 
2018 
 
 
2.2 Especificações das capacitações e da Educação Permanente 
O vasto campo de debates sobre a necessidade da Educação Permanente em 
Saúde (EPS) lograria uma estratégia político-pedagógica dos problemas e necessidades 
do trabalho em saúde incorporados pelo ensino, com intuito de mudanças contextuais 
emergentes. 
Em BRASIL (2018), encontramos objetivos de qualificação e aperfeiçoamento de 
trabalho em níveis variados, numa Política Nacional de Educação Permanente em Saúde 
(PNEPS) com estratégia de desenvolvimento e formação dos trabalhadores do Sistema 
Único de Saúde - SUS, a fim de serem observadas e sanadas as dificuldades encontradas, 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
26 
 
bem como a promoção de avanços no processo, com perspectivas de oficinas regionais 
para discussões com pertinência assertiva. 
 
Fonte: 
https://i.ytimg.com/vi/HFexKOLjqZk/maxresdefault.jpg 
 
As capacitações realizadas por meio de oficinas sistematizaram as dificuldades 
emergentes, na implementação da PNEPS, em 2007. O resultado das avaliações das 
oficinas em diferentes localidades foram a referência par EPS, por meio da identificação 
área problema estrutural para análise das informações coletadas, orientando, 
identificando e sistematizando propostas de ação pedagógica. 
Vários aspectos estruturais foram previstos nessas ações como os: 
 
- políticos gerenciais; 
- financeiros; 
- processo de gestão; 
- planejamento; 
- conceituais e metodológicos 
- execução e implementação. 
https://i.ytimg.com/vi/HFexKOLjqZk/maxresdefault.jpg
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
27 
 
 
A construção de indicadores para monitoramentos dessas ações, estavam 
previstas pela incapacidade de avaliação reflexiva da EPS, e em contraposição aos 
indicadores de mera qualificação dos cursos e nas atividades realizadas. Buscando, 
dessa maneira, uma política de estado em processo de construção do SUS. 
A EPS em suas estratégias de reorganização no SUS, em seu projeto político em 
consonância com a realidade contribuiu para a transformação social, política e 
econômica do país, com transformações das práticas de saúde e mudança no modelo 
assistencial. 
Verificamos em BRASIL (2018), a condução para estratégias para transformação 
das práticas em saúde, tais como: 
 
- resgatar a relação entre os sujeitos do processo de trabalho; 
- dominar, aplicar e compartilhar saberes profissionais específicos; 
- consideração dos saberes e aspectos culturais sobre os quais constroem a sua 
identidade profissional; 
- valorizar saberes para viver e conviver com qualidade; 
 - compreender a relação de poder histórica e socialmente determinadas; 
- concretizar conceitos teóricos, com relação a equipe; 
- ter como centro de todas as ações pertinentes. 
 
Notamos que durante muito tempo a educação em serviço foi vista como uma 
reciclagem, ou seja, uma capacitação para atender as necessidades de trabalho no 
mundo capitalista. O documento do Ministério da Saúde, em Brasil (2018), nos 
apresentaria uma reconstrução como um conceito de prática na área da saúde. No Brasil 
a EPS desencadeou a formação e o desenvolvimento de abordagens metodológicas 
dialogadas e democráticas, socialmente constituídas. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
28 
 
Os resultados alcançados pressupunham o reconhecimento do trabalho 
colaborativo em equipe, por meio de autoavaliação, investigação, ações articuladas 
dentre os níveis de gestão e as instituições formadoras para transformações do trabalho 
em saúde. 
 A EPS é considerada um lócus para a aprendizagem significativa com resultados 
alcançados no seu saber e fazer. É um processo contínuo, de reflexão coletiva e 
institucional sobre a organização, as ações e os resultados do processo de trabalho, com 
metodologias, estratégicas e organizacionais com resultados da realidade do trabalho 
em saúde como um todo. 
 
COMO SUGESTÃO LEIA UM POUCO MAIS SOBRE EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA O 
ESTABELECIMENTO DAS NUANCES COM A EDUCAÇÃO PERMANENTE 
 
Revista Ambiental de Educação - 2019 
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: ANÁLISE TEÓRICA ESPECIALIZADA DE 
CONCEPÇÕES, MODELOS E DIMENSÕES 
Judenilson Teixeira Amador 
Cely do Socorro Costa Nunes 
 
2.3 Formação docente no SUS 
Na história do desenvolvimento da educação na saúde ganhou grande vulto, 
desde a criação do SUS, a mais de trinta anos, na emergente identificação de práticas de 
saúde em busca de soluções. 
Ludke; Cutolo (2010) traçaram em seus escritos um estudo sobre os processos de 
educação na saúde, que desde da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, 
um número cada vez maior de profissionais assumiu a função docente, sem os requisitos 
básicos no campo pedagógico e sanitário. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
29 
 
Os autores com intuito do desenvolvimento de competências metodológicas para 
os profissionais da saúde, traçaram uma experiência piloto de formação em saúde, em 
que foi possível a constituição de Blocos Temáticos de Análise para construção 
curricular, nos cursos para qualificação dos docentes do Sistema Único de Saúde -SUS. 
Como resultados foram destacadas as principais conclusões encontradas. 
 
- Ação educativa deveria promover a discussão do modo de ver e conceber na prática o 
processo saúde-doença; 
- Ensinar no SUS seria introduzir no Estilo de Pensamento (EP) da Integralidade; 
- Formação de docentes para o SUS deveria promover trocas nos estilos de 
pensamentos: biomédico para o integral no campo sanitário, e do tradicional para o 
progressista no campo pedagógico; 
- Prática docente poderia tanto intencionar ou manter um estilo de pensamento; 
- Formação de docentes para o SUS deveria propiciar um coletivo de pensamento. 
 
Reflexões aprofundadas foram realizadas objetivando potencializar os processos 
de educação na saúde, com formações e interações no ensino e no serviço realizado. Os 
profissionais do serviço público de saúde comprometidos com uma consolidação 
igualitária num sistema universal, com vistas a equidade e com integração educativa. 
 Ou seja, a saúde no serviço público destacada como uma educação permanente 
que desencadearia uma aprendizagem significativa, descentralizada e propiciadora de 
currículos e projetos por meio de processos educacionais dialogados com o SUS. Os 
financiamentosdas ações educativas passariam a indicar metas e atenção básica 
passíveis de transformações da realidade dos serviços. 
Porém, muitos profissionais da saúde compactuariam a gestão e assistência 
previstas nos serviços realizados, sem a competência didático-pedagógica para 
questões emergentes, que apresentavam indícios insuficientes no SUS de uma 
consolidação do sistema. 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
30 
 
 
Fonte: http://docplayer.com.br/docs-images/78/76839126/images/1-0.jpg 
 
Em BRASIL (2018), as bases teóricas de uma práxis educativa foram expostas em 
várias abordagens ou concepções pedagógicas que perpassariam à prática educativa, 
que considerariam a declaração do Ministério da Saúde de 2005, que tanto a saúde 
quanto a educação buscariam caminhos para uma permanente aprendizagem. 
A concepção pedagógica perpassou vários caminhos com o tradicional de 
transmissão de conhecimentos, o tecnicismo educacional dos anos setenta, em 
oposição ao ensino tradicional os pressupostos da escola nova, como também 
construtivismo-interacionista, socio interacionismo, histórico-social. 
Na atualidade, as perspectivas educacionais para o século XIX apresentam 
perspectivas do indivíduo do espaço individual para o social, como descrito dentre 
outros por Gadotti e Freire, em que as questões de cunho político e ideológicas 
compõem um cenário proeminente, em constante transformações empíricas da 
realidade. 
As bases teóricas do Sistema Único de Saúde (SUS), denotaram a emergência de 
integração nos serviços oferecidos, de maneira integrada e transformadora, 
horizontalizada e democrática. A importância da consciência crítica e reflexiva sendo 
destacadas como essências para SUS, com aporte de uma pedagogia crítica e 
transformadora integrando sujeitos ativos na aprendizagem e na construção do 
conhecimento, como pela utilização de Mapa Conceitual. 
http://docplayer.com.br/docs-images/78/76839126/images/1-0.jpg
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
31 
 
 
LEIA MAIS 
Formação profissional no SUS: o papel da Atenção Básica em Saúde na 
perspectiva docente 
2010 
Ricardo Corrêa Ferreira 
Vânia Maria Lopes Fiorini 
Everton Crivelaro 
 
 
2.4 A prática reflexiva do professor 
Na contemporaneidade, a prática reflexiva do professor carece do envolvimento 
crítico da escola, num contexto social de mudanças com habilidades básicas a serem 
preservadas no domínio da complexidade. A razão educacional quanto à analise, à 
prática e à profissionalização, em nosso caso, no serviço em saúde far-se-á como um 
estudo em expansão e passível de reconstrução. 
 Nos aportando a Perrenoud (2002), encontramos a delineação de práticas 
reflexivas para o fazer docente, como pressupostos a serem considerados no trabalho 
pedagógico. 
 
- O significado dos objetivos da escola; 
- A identidade sem incorporar um modelo de excelência; 
- As dimensões irrefletidas das ações e nas rotinas; 
- O professor e suas múltiplas relações; 
- As contradições da profissão e da escola; 
- Práticas e experiências; 
- O desenvolvimento de habilidades que se interrelacionem ao conhecimento; 
- Possibilidades de mudança; 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
32 
 
- Dinâmicas coletivas e instituições que valorizem o individual; 
- Perspectiva sistêmica, articulando abordagens transversais e didáticas; 
- Complexidade e postura reflexiva. 
 
 
Processamento da Prática Reflexiva 
Fonte: 
https://img2.gratispng//.com/20180514/vxe/kisspng-reflective-practice-
education-teacher-thought-5af9f1362e2e74.8531177915263296541892.jpg 
 
 O trabalho na instituição escolar proposto por Perrenoud, com ênfase nas 
desigualdades transpostas ao fracasso escolar, oportunizaria a diferenciação do ensino 
e do currículo no trabalho escolar, por meio das habilidades propostas por práticas 
pedagógicas. Quanto à profissionalização dessas práticas o paradigma seria: 
- inclusivo e aberto; 
- reflexivo; 
- e de treinamento. 
 Por meio dos paradigmas descritos, o trabalho no habitus seria acentuado como 
a conscientização de seus motivadores, numa crescente da consciência para a 
mudança. As reflexões sobre as práticas delineariam, a possível, assertividade para a 
ação. 
https://img2.gratispng/.com/20180514/vxe/kisspng-reflective-practice-education-teacher-thought-5af9f1362e2e74.8531177915263296541892.jpg
https://img2.gratispng/.com/20180514/vxe/kisspng-reflective-practice-education-teacher-thought-5af9f1362e2e74.8531177915263296541892.jpg
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
33 
 
 Perrenoud (2002), relatou a importância do enfrentamento e das análises em 
situações complexas, que envolveriam as práticas de profissionais com ativismo de 
equipe, conscientemente, numa lógica para a ação, por meio de grupos de tarefas com 
cooperação. Os saberes coletivos seriam delineados pela metacognição, mobilizadas 
por competências, assim descritas: 
- pela representação do grupo; 
- nos erros e obstáculos para a aprendizagem; 
- nas possibilidades de ajustamentos das situações-problema; 
- na aprendizagem formativa por meio de situações; 
- no apoio integral às dificuldades de aprendizagem; 
- no suscitar do desejo de aprender e da autoavaliação; 
- no favorecer da definição de projetos pessoais. 
 
 A funcionalidade dessas competências, portanto, da gestão de regras e de 
contratos, com desenvolvimento e cooperação num ensino mútuo, com projetos em 
equipe em ações de solidariedade, sentimento de justiça e responsabilidade social. 
 
SAIBA MAIS 
 
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI EM FREIRE, PERRENOUD E THURLER 
2020 
Alessandra Maria Martins Gaidargi-Garutti 
 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
34 
 
 
2.5 Práticas Pedagógicas relacionadas à saúde 
As práticas pedagógicas interligariam a educação com a apropriação do 
conhecimento e responsabilidade social, desviando de conceitos ultrapassados como a 
transmissão do conhecimento voltada à concepção de uma abordagem pedagógica 
tradicional. Na abordagem tradicional a assimilação dos conhecimentos históricos e 
culturais possuíam uma estreita relevância. 
Vasconcelos; Grillo; Soares (2009), consideraram que a função da educação era ir 
além da transmissão, de aquisições culturais e humanas, com uma apropriação histórica 
e social. Na área de saúde as mudanças decorrentes de atenção em prol da educação 
familiar, foram propiciadas pela convivência humana e permeadas por movimentos 
sociais da sociedade civil. Estaria, dessa maneira, saúde com foco na doença ser 
transformado e voltada à saúde, por meio de mudanças estruturais nos hábitos e 
costumes. 
Para estruturação do papel do educador na atenção básica do profissional da 
saúde, pudemos perseguir e seguir lógicas, em sua distribuição, de acordo com os 
pressupostos dos autores, e descritas a seguir. 
 
 - Práticas educativas em saúde; 
- Contextualizando a prática educativa em saúde; 
- Quem aprende e quem ensina; 
- Aprendendo a aprender; 
- Educação Permanente em Saúde; 
- Bases teóricas de uma práxis educativa; 
 - Tecnologias para a abordagem ao indivíduo, família e comunidade; 
- O trabalho com grupos; 
- Acolhimento; 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
35 
 
- Visita domiciliar; 
- Consulta. 
 
O desenvolvimento das atividades nas sequências propostas, lograria a realização 
de ações capazes de 
 
- compreender relevância do desenvolvimento de práticas educativas; 
- (re)conhecer-se como sujeito de práticas educativas; 
- reconhecer práticas educativas com capacidade transformadora; 
- compreender a Educação Permanente em Saúde e sua relação com a prática; 
- compreender a dinâmica do trabalho com grupos; 
- desenvolver a tecnologia apropriada para reorganização do processo de trabalho; 
- realizar a visita domiciliar como instrumento de interação e intervenção; 
- utilizar a consulta como uma perspectiva de construção do novo modelo de atenção. 
 
Portanto, o trabalho de equipe deatenção básica em saúde contaria com uma 
reordenação da atenção à saúde, no Sistema Único de Saúde (SUS), com pressuposto 
político de uma concepção pedagógica emancipadora, constituída de reflexões para 
identidade cidadã. 
Considerando o delineamento de Vasconcelos; Grillo; Soares (2009), a prática 
educativa no âmbito do projeto político do SUS, deveria incitar reflexões críticas no agir 
e pensar, alicerçadas nos seguintes objetivos 
 
- compreender a prática educativa como práxis do profissional de saúde; 
- identificar concepções pedagógicas nas práticas educativas dos profissionais de 
saúde; 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
36 
 
- concepção pedagógica com potencial para relações dialógicas transformadoras; 
- entender a Educação Permanente em Saúde como estratégia de reflexão de trabalho. 
 
Transformações Pedagógicas em Saúde 
 
Fonte: https://saudefacil.files.wordpress.com/2013/02/sustentabilidade-meio-
ambiente.jpg 
 
https://saudefacil.files.wordpress.com/2013/02/sustentabilidade-meio-ambiente.jpg
https://saudefacil.files.wordpress.com/2013/02/sustentabilidade-meio-ambiente.jpg
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
37 
 
 
 
 
 
 UNIDADE III 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
38 
 
METODOLOGIAS EDUCACIONAIS 
Em nossa realidade o protagonismo do processo educativo foi transposto para as 
mãos dos alunos, concebido ao centro do processo educativo. Metodologias 
educacionais que protagonizavam o professor caíram em desuso, o que tornou 
pertinente a utilização de metodologias ativas nas práticas de ensino. 
 
3.1 Metodologias Ativas 
As metodologias prioritariamente ficaram conhecidas em ambientes 
coorporativos, por sua funcionalidade e interação na execução de tarefas, como uma 
educação coorporativa. Na atualidade, as metodologias ativas vêm sendo empregada 
em diversos segmentos de contextos educacionais e em serviços de saúde, em vária 
situações, situadas e embasadas em problemas de maneira coorporativa 
Dollan; Collins (2018), apresentaram, em seus estudos, uma educação 
coorporativa por meio de soluções práticas, com metodologias de estudos de casos que 
objetivavam a resolução de um problema pelos erros cometidos, dinamicamente, por 
meio de metodologias ativas. As mais conhecidas tiveram sua origem na educação 
coorporativa, a seguir descreveremos algumas delas. 
 
- Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) - a partir de um problema 
específico. 
- Estudos de Caso - casos reais ou não, apresentando sua melhor solução para os 
problemas relatados. 
- Dinâmicas –análise do comportamento de grupos e suas variações. Origem das 
Metodologias Ativas tendo como referência teórica Kurt Lewin – Fundador da Escola da 
Dinâmica de Grupo. 
- Jogos de negócios (Via softwares) –fruto da Gameficação. 
- Jogos de estratégia - tabuleiro ou jogos com princípio lógico-matemáticos. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
39 
 
- Treinamentos experienciais ao ar livre (TEAL) - atividades realizadas ao ar livre 
e algum tipo de desafio ou aventura. Três tipos de TEAL: TEAL em Dinâmicas, TEAL 
Adventure e o Eco TEAL 
- Aula invertida – pesquisado desde os anos 90, foi em 2007 que especificada por 
Jonathan Bergman, Karl Fisch e Aaron Sams. 
- Dramatização – técnica de apresentação teatral diante de uma determinada 
situação. 
- Exposição dialogada - abertura de um canal de comunicação entre alunos e 
professor. 
- Simulação – apresentação de situações não necessariamente vividas, mas que 
poderiam sim ocorrer, na maioria das vezes em grau maior de complexidade ou 
gravidade. 
- Gameficação –prática que consiste em aplicar a mecânica dos jogos para falar 
de diversos temas. 
- Painel de debate – apresentação de um tema ou vários em sequência. 
 
Por meio das metodologias ativas, a criticidade e novas elaborações no pensar 
poderiam desencadear práticas recorrentes no processo educativo, por meio de 
pesquisas, construções e reconstruções requeridas em uma educação coorporativa. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
40 
 
 
 
Fonte: http://www.fisioterapiaichc.com.br/wp-
content/uploads/2018/09/Metodologia-Ativa.jpg 
 
Para Mitre et al (2008), as transformações requeridas da sociedade 
contemporânea implicariam, principalmente, em metodologias no processo de 
formação de professores e profissionais da saúde com utilização de metodologias ativas 
no processo de ensino e aprendizagem para determinado fim. 
Podemos destacar os aspectos abaixo, que implicariam para uma reorientação no 
trabalho em saúde no processo de ensino e de aprendizagem. 
- Contexto em que a produção de conhecimento seria extremamente veloz, relativizando 
o saber científico; 
- A perspectiva vigente que marca o tempo e coloca em xeque os valores até então 
considerados intocáveis; 
http://www.fisioterapiaichc.com.br/wp-content/uploads/2018/09/Metodologia-Ativa.jpg
http://www.fisioterapiaichc.com.br/wp-content/uploads/2018/09/Metodologia-Ativa.jpg
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
41 
 
- A inequívoca influência dos meios de comunicação na construção/formatação do 
homem/ do século XXI; 
- Organização do espaço-tempo social, as sociedades de controle. 
 
Por conseguinte, o grande desafio deste século seria a perspectiva do 
desenvolvimento da autonomia individual em íntima coalizão com o coletivo na dialética 
da ação-reflexão-ação. As transformações metodológicas seriam algo em constante 
dialética para os profissionais da saúde, acostumados ao uso descrito, historicamente 
de metodologias conservadoras tradicionais fragmentadas. 
Na área da saúde temos um povir de questionamentos sobre o perfil do 
profissional de especialização precoce, centrado num ensino com atenção curativa da 
doença, porém dissociado das reais necessidades do sistema de saúde vigente. Em 
contraponto, a graduação na área de saúde duraria alguns anos e a atividade profissional 
na área da saúde poderia permanecer por décadas. 
As transformações velozes da sociedade contemporânea deverão ressignificar 
as competências e os conhecimentos, com metodologias condizentes a uma educação 
libertadora ativa, com qualidade e atenção à saúde numa abordagem pedagógica 
progressista. 
As metodologias ativas na problematização do processo de ensino e 
aprendizagem deveriam com a complexidade da aprendizagem significativa buscar a 
estrutura, num movimento de continuidade/ruptura, por meio de dois processos, 
descritos sequencialmente. 
- De continuidade com possibilidade de relacionar o conteúdo apreendido aos 
conhecimentos prévios; 
- De ruptura a partir do surgimento de novos desafios com análise crítica. 
 
SAIBA MAIS 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
42 
 
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/36910 
Revista Educação e Saúde 
2018 
Metodologias Ativas na formação profissional em saúde: uma revisão 
Karla Taísa Pereira Colares, Wellington de Oliveira 
 
 
3.2 Recursos Tecnológicos 
 Os recursos tecnológicos sofreram modificações significativas ao longo de nosso 
processo histórico e social, tanto e suas nomenclaturas como e sua funcionalidade, pois 
as relações de trabalho foram passíveis de transformações. 
As Tecnologias de Comunicação e Informação, conhecidas com TIC, auxiliariam 
as manifestações distintas de construção do conhecimento em interação social. Essas 
manifestações da tecnologia dialogariam com a informação, o processo de 
desenvolvimento, os produtos e os objetivos a serem alcançados e considerariam as 
pessoas envolvidas. 
 
 
 
 
Algumas relações com a Tecnologia 
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/36910
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
43 
 
 
Fonte: http://www.abrhrs.org.br/blog/wp-
content/uploads/2018/09/1505811252907-e1544026174956.png 
 
Mandaji; Ribeiro (2013), em seus estudos consideraram que a TIC instituiria, no 
processo educativo, uma construção coletiva com participação de sujeitos de diferentesconstituições dialogadas com as descobertas científicas, com inovações técnicas 
desenvolvidas em grande parte, nos últimos cem anos. Essa visão polissêmica da 
sociedade contemporânea, incluiria vários aspectos, como os descritos na sequência. 
 
- O crescimento da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação; 
 - A difusão mercadológica da ideia de colaboração em massa; 
- A necessidade de incorporação das TIC à Educação em contribuição à 
interdisciplinaridade; 
- A dificuldade do rompimento de paradigmas para a utilização das TIC nas práticas 
docentes. 
 
Segundo os autores, as TIC lograriam à educação atualizações no ensinar e 
aprender, desencadeados por diferentes conexões cerebrais, linguagens e a 
constituição de novos roteiros processuais para informação e o conhecimento. 
O acelerado processo tecnológico, identificado por um pensar colaborativo, seria 
decorrente da necessidade de transformação da escola, implicaria na formação de 
http://www.abrhrs.org.br/blog/wp-content/uploads/2018/09/1505811252907-e1544026174956.png
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PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
44 
 
professores possibilidades de incorporação de mídias no âmbito curricular, como um 
meio e não como fim do processo educativo em questão. 
 Em BRASIL (2009 b), as transformações dos enforques educativos passariam a 
requerer uma educação permanente na saúde em situações de trabalhos, desenvolvidas 
por meio de experiências concretas, desde o início dos anos setenta, em contexto de 
aprendizagem em contextos comunitários e laborais. 
 Novas tecnologias passariam a ter centralidade no campo de capacitações nos 
círculos de qualidade, no desenvolvimento organizacional, na reengenharia organizativa 
no âmbito empresarial. Já no campo de saúde, a proeminência centrara-se no 
desenvolvimento dos recursos humanos e tecnológicos nos crescentes modelos de 
educação, designadas como continuada e permanente. 
Para a incidência do recurso tradicional da Educação Continuada no setor de 
Saúde, os aspectos, abaixo, seriam enfatizados. 
 
- Técnicas de transmissão do conhecimento com uma representação de 
continuidade do modelo escolar ou acadêmico; 
- Conceituações técnicas e práticas destinadas ao campo de aplicação de 
conhecimentos especializados; 
- Estratégia descontínua de capacitação com rupturas no tempo; 
- Centrada em categorias profissionais para um desenvolvimento concreto. 
 
Já o novo conceito da Educação Permanente em Saúde, poderia ser classificada 
com uma ferramenta dinamizadora na estruturação para a transformação institucional, 
por meio de acesso e busca de alternativas contextualizadas e coordenadas para 
atenção da população. 
- Com direcionalidade das ações nos serviços de saúde numa construção política 
compartilhada, orientada para transformação dos serviços. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
45 
 
- Capacitação de equipes no enfoque e na metodologia de educação permanente 
e na programação e gestão dos projetos. 
- A integralidade da proposta dos projetos, incluir o desenvolvimento dos 
recursos humanos e tecnologia nos diversos níveis de atenção das equipes, com intuito 
de potencializar transformações. 
 
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ÁREA DA 
SAÚDE LENDO O ARTIGO 
2013 
Recursos tecnológicos na educação em enfermagem 
Tobase, Lucia; Guareschi, Ana Paula Dias França; Frias, Marcos Antonio da 
Eira; Prado, Cláudia; Peres, Heloisa Helena Ciqueto 
 
3.3 Tecnologias de Interação 
 
 
Fonte: https://3.bp.blogspot.com/-
MQYWOAFR5ok/WaQqWYjNjmI/AAAAAAAABbc/XdOvU6hwvCwhX4eDhzJfWwHfCT
O5efBXQCLcBGAs/s1600/img1.jpg 
https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Tobase,%20Lucia%22
https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Guareschi,%20Ana%20Paula%20Dias%20Fran%C3%A7a%22
https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Frias,%20Marcos%20Antonio%20da%20Eira%22
https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Frias,%20Marcos%20Antonio%20da%20Eira%22
https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Prado,%20Cl%C3%A1udia%22
https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Peres,%20Heloisa%20Helena%20Ciqueto%22
https://3.bp.blogspot.com/-MQYWOAFR5ok/WaQqWYjNjmI/AAAAAAAABbc/XdOvU6hwvCwhX4eDhzJfWwHfCTO5efBXQCLcBGAs/s1600/img1.jpg
https://3.bp.blogspot.com/-MQYWOAFR5ok/WaQqWYjNjmI/AAAAAAAABbc/XdOvU6hwvCwhX4eDhzJfWwHfCTO5efBXQCLcBGAs/s1600/img1.jpg
https://3.bp.blogspot.com/-MQYWOAFR5ok/WaQqWYjNjmI/AAAAAAAABbc/XdOvU6hwvCwhX4eDhzJfWwHfCTO5efBXQCLcBGAs/s1600/img1.jpg
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
46 
 
 
 As tecnologias seriam provedoras de interação diante de pressupostos elencados 
na organização da Atenção Básica em Saúde, diante da empírica experienciada pelos 
profissionais da saúde em interação com a comunidade. 
 Para Vasconcelos; Grillo; Soares (2009), a experiência dos profissionais de saúde 
com a comunidade contribuiria para o aumento da demanda nas unidades de saúde, e na 
priorização, prevenção e promoção no planejamento das ações. Nesse contexto, 
podemos destacar as tecnologias reflexivas voltadas ao como fazer, por meio de 
 
- visita domiciliar; 
- trabalho em grupos; 
- consulta; 
- acolhimento. 
 
As tecnologias de interação lograriam reflexões para os profissionais da saúde 
para reconstruções nas condutas dentro das unidades de saúde. 
 
- Discutindo a humanização e aprimoramento das relações humanas para a produção da 
saúde; 
- Compreendendo o processo contínuo do acolhimento com usuários, famílias e 
comunidade; 
- Explicando a proposta de um grupo operativo; 
- Argumentando a tecnologia dos profissionais da saúde em trabalho com grupos; 
- Compreendendo a interdisciplinaridade no trabalho com grupos; 
- Identificando as finalidades das visitas domiciliares; 
- Destacando a sistematização dos registros das visitas domiciliares; 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
47 
 
- Reconhecendo o significado da consulta para transformação do cuidado com a saúde. 
 
 Portanto, recorrendo aos princípios do SUS, poderíamos destacar a importância 
de tecnologias que integrariam a universalidade de acesso ao usuário, com assistência, 
equidade, informação e resolução de serviços. 
O acolhimento nessa perspectiva constituiria o processo de trabalho em prol da 
saúde e atitudes autônomas do usuário. O acolhimento cotidiano estabelecido nas 
relações pedagógicas para produção da saúde propiciaria uma integralidade de 
abordagens coletivas e individuais, numa humanização dos serviços de saúde. 
A concretização do acolhimento inferiria numa escuta qualificada na demanda do 
usuário, para delineamento da resposta do serviço, ou seja, para a qualificação do 
serviço com responsabilização ética e resolutiva. 
Já os trabalhos em grupos nos sistemas de saúde abordariam a saúde psíquica e 
somática do usuário do sistema de saúde, denominados, desde os anos setenta, de 
grupos operativos com potencial sistematização de aplicabilidade no processo de 
trabalho. 
Os chamados grupos operativos em sua funcionalidade poderiam abordar o grupo 
temático ou o grupo de intervenção, descritos por várias nomenclaturas para designar o 
trabalho com a saúde. Esses grupos socioeducativos ou psicoeducativos possuiriam 
pressupostos no processo educativo, por meio da aprendizagem a modificação de 
comportamentos, hábitos e rotinas para o autocuidado. 
A visita domiciliar seria uma tecnologia indicada para o reconhecimento do 
aspecto comunitário, familiar e individual do usuário da unidade de saúde, como uma 
estratégia relevante para a promoção da saúde e transformações no modelo de 
assistência em atenção básica. 
O papel da tecnologia da visita domiciliar possibilitaria o conhecimento da 
realidade do território, aderiria para a promoção de saúde, a promoção de doenças e as 
mudanças na relação profissionalque inseriria a saúde do usuário. A visita consideraria 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
48 
 
para a essência do trabalho a presença do Agente Comunitário de Saúde (ACS), para 
avaliações precisas descritas a seguir. 
 
- Realizar e atualizar o cadastramento das famílias, diante condições sociais e 
sanitárias; 
- Avaliando as demandas da família, o ambiente onde vivem; 
- Identificando equipamentos sociais da comunidade para um trabalho 
intersetorial; 
- Adaptação os conhecimentos e procedimentos à realidade social, econômica, 
cultural e ambiental do usuário-família; 
- Planejamento, observação e orientação na prestação de cuidados com a saúde 
no domicílio; 
- Levantamento de dados que subsidiariam intervenções no processo saúde e 
doença; 
- Realização da busca ativa de faltosos realizadas por um ou mais profissionais da 
ESF. 
 
A consulta como uma tecnologia durante muito tempo foi a único recurso 
utilizado terapeuticamente na saúde, como um instrumento especifico do profissional 
da saúde. Seu emprego na abordagem de atenção básica, qualitativamente, seria um 
instrumento que deveria contribuir para mudança do modelo básico de consulta. 
Segundo Vasconcelos; Grillo; Soares (2009), consulta deveria decorrer a partir de 
duas premissas básicas, descritas na sequência. 
 
 - Todos deveriam ter acesso ao serviço de saúde para explicitar sua consulta; 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
49 
 
- As possibilidades de consulta habitualmente oferecidas pelas Unidades Básicas 
de Saúde, enfatizariam a importância da relação profissional-usuário (RPU) como uma 
estratégia para a superação do desencontro da atenção básica com a sua essência. 
 
APROFUNDE SEUS CONHECIMENTOS SOBRE À ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE 
 
https://www.scielo.br/j/csp/a/RnPV7RmbyK3LybkSPTJsBGM/?lang=pt 
2017 
Incorporação de Tecnologias de Informação e Comunicação e qualidade na 
atenção básica em saúde no Brasil 
Alaneir de Fátima dos Santos / Antonio Thomaz Matta-Machado 
 
3.4 Trabalhadores da Saúde e da Educação 
 No mundo contemporâneo, as metodologias ativas envolvem várias ações 
educativas para a qualificação do profissional para atuação no SUS, com intuito da 
transformação das práticas de trabalho com atenção à saúde. Portanto, a educação na 
saúde favoreceria problematizações para o reconhecimento de qualificações adversas, 
num interim da Educação Permanente para uma aprendizagem significativa. 
 Ludke; Cutolo (2010), em seus escritos delimitariam os desafios no 
enfrentamento de problemas, a partir de requeridas reflexões no processo de trabalho 
empírico embasado em soluções já teorizadas. Esse tipo de problematização 
metodológica aferiria movimentos diferentes, quanto à banalização e à rigidez. 
 Pela banalização seria possível problematizar qualquer situação, e a rigidez 
tornaria os possíveis passos inflexíveis para a ação. Os trabalhadores da educação, em 
muitas situações, tornariam os passos metodológicos engessados na novidade da 
problematização, esquecendo-se tanto da dinâmica processual como da dinâmica 
reflexiva. 
https://www.scielo.br/j/csp/a/RnPV7RmbyK3LybkSPTJsBGM/?lang=pt
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
50 
 
 A fim de evitarmos o engessamento curricular, as bases teóricas e metodológicas 
deveriam fazer parte de vivências experenciadas pelos docentes que, por conseguinte, 
denotariam uma ação educativa, primordialmente, embasada na consideração dos 
objetivos a serem alcançados com a utilização de metodologias plausíveis. 
 Contraditoriamente, a metodologia modulada pelos objetivos, estariam 
perpetuando as desigualdades no processo educativo, sem uma reflexão clarificada dos 
objetivos propostos para aprendizagem. 
 A metodologia inovadora lograria, diante da formação dos professores, 
possibilidades de transformação e participação coletiva democrática, por meio de 
diálogos, novas perspectivas contextualizadas, que instigariam a reconstrução de novos 
caminhos. Esse modelo de educação globalizada visaria a interdependência e 
transdisciplinaridade, por meio de um pensamento sistêmico da complexidade 
contextual. 
 
Contextualização de Trabalhadores 
Fonte: 
https://blog.hotmart.com/blog/2018/11/BLOG_dinamica-de-grupo.png 
 
Para Ludke; Cutolo (2010), a inferência de análise de conteúdo da ação educativa 
para trabalhadores, profissionais do SUS, que tiveram como base categorias 
https://blog.hotmart.com/blog/2018/11/BLOG_dinamica-de-grupo.png
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
51 
 
epistemológicas de estilo de pensamentos, foram possíveis os delineamentos descritos 
a seguir. 
 
- A ação educativa deveria promover discussão do modo de ver, conceber, refletir 
as concepções na prática o processo saúde-doença; 
- Ensinar, dentro do SUS, introduzindo o Estilo de Pensamento da Integralidade e 
contraposição ao Biomédico. A proeminência de ações educativas para a Saúde em 
Família; 
- Formação dialogada dos docentes do SUS, desencadeadas pelo Estilo de 
Pensamento Biomédico, o Estilo Integral no Campo Sanitário, e a passagem do Estilo de 
Pensamento Tradicional para o Estilo Progressista no campo pedagógico; 
- Prática docente reconstrutora e mantenedora de Estilos de Pensamentos no 
contexto da Saúde Pública, em transição de um modelo assistencial biomédico para um 
modelo assistencial de atenção primária. 
- Formação de docentes para o SUS deveria propiciar a criação de um coletivo de 
pensamento. 
 
A atuação dos docentes do SUS decorreu sobre discussões feitas, e as questões 
epistemológicas compartilharam novas maneiras de entender, ver e conceber a prática 
docente. A importância da elaboração curricular com objetivos claros a serem 
alcançados endossam a prática pedagógica, com metodologias precisas, para um 
desenvolvimento qualificado aos docentes que atuariam no SUS. 
Mitre et al (2008), em seus escritos acentuaram que a formação na área da saúde 
instigaria análise da sequência teórica, desenvolvida na empiria prática, passível de 
produção de conhecimento, reflexamente, pela ação-reflexão e ação ao longo do 
exercício profissional. O enfrentamento, desse novo desafio, requereria um currículo 
integrado que integraria a prática-trabalho-cuidado dos aspectos relacionados à saúde, 
criticamente, com construção e transformação. De maneira a 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
52 
 
- orientar conteúdos e objetivos para competências e as necessidades de saúde 
das pessoas; 
- transmissão de informações para a construção do conhecimento e 
desenvolvimento de habilidades e atitudes; 
- contribuir com formação de professores capacitados também para educação 
médica; 
 - ensinar e aprender para o respeito mútuo; 
- para um processo integrado de ação-reflexão-ação, desde o princípio do curso; 
- atenção episódica na doença, com atenção contínua no cuidado das pessoas; 
- abordagem psicológica e sociocultural no processo de ensino-aprendizagem; 
- campos hospitalares com presença do processo de ensino-aprendizagem-
assistência; 
- avaliação preferencialmente formativa, com constantes feedbacks. 
 
3.5 Metodologias e os Jogos Pedagógicos 
 
Práticas Diversas 
 
Fonte: https://fce.edu.br/blog/wp-content/uploads/2018/03/A-
IMPORT%C3%82NCIA-DOS-GAMES-NA-EDUCA%C3%87%C3%83O-INFANTIL.jpg 
https://fce.edu.br/blog/wp-content/uploads/2018/03/A-IMPORT%C3%82NCIA-DOS-GAMES-NA-EDUCA%C3%87%C3%83O-INFANTIL.jpg
https://fce.edu.br/blog/wp-content/uploads/2018/03/A-IMPORT%C3%82NCIA-DOS-GAMES-NA-EDUCA%C3%87%C3%83O-INFANTIL.jpg
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
53 
 
 
 As mudanças metodológicas propostas por modelos educacionais e vivências na 
saúde, partiram de ações desenvolvidas, principalmente, por jogos e dinâmicas 
experenciadas em vivências diversas. 
Ludke Cutolo (2010), consideraram a relevância das ações pedagógicas 
desencadeadas para formação dos docentes do SUS, sugeridas por meio de objetivos 
contidas na matriz curricular para o êxitodas práticas em saúde. 
 
- Introduzindo aos docentes um estilo de pensamento integral e progressista; 
- Sensibilizando e sistematizando o docente para a prática docente; 
- Despertando e aprofundando nos docentes conhecimentos que envolveriam a 
prática pedagógica sanitária; 
 - Refletindo sobre os objetivos prioritários na ação docente no SUS; 
 - Discutindo sobre os modos de ver e conceber na prática o processo saúde-
doença; 
- Estimulando os docentes no campo do SUS, a se organizarem quanto a produção 
de conhecimento num coletivo de pensamento. 
 
A aprendizagem por meio da problematização seria um processo complexo 
envolto numa dinâmica em dialética com a práxis, que de acordo com Freire o aporte a 
um núcleo temático daria uma amplitude de possibilidades significativas para análises, 
evitando desta maneira o emprego no processo de jogos de adivinhação, quebra cabeças 
ou simplificações afins massificantes. 
Para Mitre et al (2008), a dinâmica das ações educativas seria um processo 
complexo, com participação docente num trabalho reflexivo por meio de jogos 
reflexivos, com intuito da superação da educação bancária referenciada por Freire, que 
simplificaria e reduzia a capacidade humana para a produção resolução e transformação 
da realidade por meio de situações-problemas. 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
54 
 
 Esse novo modelo contemporâneo se oporia ao modelo tradicional, para uma 
constituição de um desenvolvimento crítico e contextualizado de conceitos 
experienciados e transformados numa sociedade democrática. A formulação de 
hipótese de solução, diante um problema e sua aplicação à realidade, incitaria a destreza 
para a tomada de decisões diante da realidade. 
 Por meio da constante dialética da ação-reflexão-ação numa constante do Arco 
de Maguerez, espertaria os desdobramentos críticos para a resolução de um problema. 
Na área da saúde podemos referenciar, nos anos sessenta, no Canadá a estrutura 
curricular da aprendizagem baseada em projetos. No Brasil, no final dos anos noventa, 
esse modelo de aprendizagem instituído nas universidades, com intuito de romper com 
a mera transmissão de conhecimentos para receptáculos passivos no modelo educativo 
de aprendizagem médica. 
 Por meio desse modelo médico inovador, o processo educativo, de maneira 
crescente propiciaria uma autonomia crescente no saber, motivadas por práticas 
reflexivas, com estímulos cognitivos para resolução de problemas com escolhas 
adequadas em constantes equilíbrios e desequilíbrios, descritos por Piaget. 
 O modelo da aprendizagem baseada em projetos, preocupou-se com a saúde 
mental, e lograria os preceitos da abordagem construtivista. descrita por Emília Ferreiro 
e Ana Teberosky, nos anos oitenta, em o sujeito a partir das práticas sociais articularia o 
saber com a educação. 
Na saúde, Mitre at al (2008) destacaram como relevantes para o êxito do trabalho 
pedagógico, os itens descritos a seguir. 
 
- Aprendizagem Significativa; 
- Indissociabilidade entre teoria e prática; 
- Respeito à autonomia do estudante; 
- Trabalho em pequeno grupo; 
- Educação Permanente; 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
55 
 
- Avaliação Formativa. 
 
Por conseguinte, a formação para os profissionais da saúde sob a ótica da 
incompletude do ser humano descrita por Paulo Freire, objetivaria o conceito da práxis 
numa educação permanente para a formação do profissional, estruturadas de por um 
processo contínuo e formativo para as diferentes abordagens da aprendizagem humana. 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE METODOLOGIAS E JOGOS COM O ARTIGO 
 
JOGOS E DINÂMICAS NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO NAS 
ORGANIZAÇÕES 
2015 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
56 
 
 
 
 
 
 UNIDADE IV 
 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
57 
 
PROJETOS PEDAGÓGICOS E INTERVENÇÕES 
 Nesta unidade destacaremos a importância das práticas pedagógicas inovadoras 
com aporte de projetos pedagógicos, com intervenções pertinentes na saúde num ato 
solidário, coletivo e comprometido com o ensino. 
 
4.1 Principais ações educativas com a saúde 
 As principais ações educativas com a saúde seria fruto de novas possibilidades 
de uma sociedade em constante transformação, com pressupostos democráticos e 
democratizantes em evolução, para mudanças procedidas de um processo com 
participação coletiva. Portanto, o fazer educativo lograria de maneira crítica, uma 
prática reflexiva e dialogada para o enfrentamento do novo de uma sociedade da era da 
informação. 
Em BRASIL (2009 a), encontramos designações temáticas da gestão do trabalho, 
realização da educação em saúde que foram passíveis de ações educativas. A seguir será 
possível dialogarmos sobre algumas ações educativas em consonância com o 
profissional do Sistema Único de Saúde -SUS, como veremos na sequência. 
 
- AprenderSUS – uma política do SUS voltada para a mudança dos cursos de 
graduação na área de Saúde, de acordo com as necessidades de saúde da população e 
com os princípios e diretrizes do SUS, com uma política permanente diante da educação. 
- Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em 
Saúde -espaço coletivo público, não estatal nem governamental, com mediação 
pedagógica entre as culturas populares e as políticas de saúde com respeito às 
diversidades humanas e culturais. 
- Avaliação de desempenho - atuação do trabalhador no processo de trabalho 
pelo desempenho da equipe e pela análise institucional, de acordo com as condições de 
trabalho oferecidas, entre outras. 
- Comissão Intergestores do ProgeSUS - possui a finalidade de: 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
58 
 
a) apresentar proposições sobre o conteúdo e a metodologia das ações de 
capacitação para as equipes dos setores da saúde e educação; 
b) proposições de melhoria para o funcionamento dos setores de saúde e 
educação; 
c) verificar indicadores que serão usados na avaliação pelo impacto para 
fortalecimento dos setores; 
d) acompanhar e apresentar proposições para execução do ProgeSUS; 
e) avaliar e classificar os projetos; 
f) definir o conjunto de dados. 
- Competência profissional - capacidade de articular e de mobilizar 
conhecimentos, habilidades e atitudes de uma ação em determinado contexto cultural. 
- Desenvolvimento do trabalhador para o SUS - processo em que as atitudes, as 
circunstâncias, as ações e os eventos seriam avaliados para o crescimento profissional 
e laboral com responsabilização cidadã. 
- E-saúde - conhecimento em saúde, com desenvolvimento tecnológico a partir 
de uma intersecção entre a informática médica, a saúde pública e a administração. 
- Facilitador de educação permanente em saúde - profissional que estimula e 
propicia a reflexão crítica sobre as suas práticas e os processos de trabalho em saúde. 
- Fortalecimento da gestão do trabalho e da educação na saúde - processo de 
desenvolvimento de políticas, sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, para 
fortalecer e modernizar as estruturas na gestão de pessoas nos estados e municípios. 
Buscando integração, entre gestão do trabalho e educação na saúde, em suas 
necessidades estatais e municipais. 
- Núcleo de educação em urgência - espaço interinstitucional de formação, de 
educação permanente e de acumulação de saberes na área das urgências. 
- Nas secretarias de saúde; 
- Nos hospitais e os serviços de referência; 
PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 
 
59 
 
- Escolas de bombeiros e de polícias; 
- Nas instituições de ensino superior de formação de Saúde; 
- Nas escolas técnicas de saúde; 
- Outros setores, de caráter público ou privado de educação permanente. 
- Política de apoio às mudanças curriculares nos cursos de graduação na área 
da Saúde - política do SUS voltada para a mudança dos cursos de graduação na área da 
Saúde de acordo com as necessidades de saúde da população. 
- Programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do

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