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PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE E-Book PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 2 SUMÁRIO UNIDADE I .................................................................................................................... 3 EDUCAÇÃO E SAÚDE ................................................................................................. 4 1.1 Práticas Dialogadas entre a Educação e a Saúde ................................................ 4 1.2 Educação Continuada e Educação Permanente ................................................. 7 1.3 Educação e suas relações com a Saúde ............................................................ 11 1.4 Aprendizagem e Desenvolvimento ................................................................... 15 1.5 Modelo Assistencial e Modelo Educacional ....................................................... 18 UNIDADE II ................................................................................................................. 22 A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO NA ÁREA DA SAÚDE .................................................... 23 2.1 Responsabilidades do Pacto de Gestão para a Área da Educação na Saúde ...... 23 2.2 Especificações das capacitações e da Educação Permanente ........................ 25 2.3 Formação docente no SUS ............................................................................. 28 2.4 A prática reflexiva do professor ....................................................................... 31 2.5 Práticas Pedagógicas relacionadas à saúde .................................................... 34 UNIDADE III ................................................................................................................ 37 METODOLOGIAS EDUCACIONAIS ............................................................................. 38 3.1 Metodologias Ativas ........................................................................................ 38 3.2 Recursos Tecnológicos .................................................................................. 42 3.3 Tecnologias de Interação ............................................................................... 45 3.4 Trabalhadores da Saúde e da Educação .......................................................... 49 3.5 Metodologias e os Jogos Pedagógicos ............................................................ 52 UNIDADE IV ................................................................................................................ 56 PROJETOS PEDAGÓGICOS E INTERVENÇÕES .......................................................... 57 4.1 Principais ações educativas com a saúde ........................................................ 57 4.2 Metodologias ativas no ensino e aprendizagem .............................................. 60 4.3 Nuances da Era da Informação ....................................................................... 64 4.4 Políticas de Educação em Saúde .................................................................... 67 4.5 Organização Pública no ensino e na saúde ....................................................... 71 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 74 PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 3 UNIDADE I PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 4 EDUCAÇÃO E SAÚDE A implícita relação entre educação e saúde, na atualidade, sofre distintas variantes em sua prática social para uma vida de qualidade, com terminologias voltadas para Educação na Saúde e para a Educação em Saúde. A fim de desenvolverem práticas voltadas à qualidade de vida das pessoas com maior autonomia nas diferentes variantes das práticas de serviços, com algumas enunciações que serão discutidas em nossa unidade, como: - Educação Sanitária; - Educação; - Saúde; - Educação Popular; - Educação Permanente 1.1 Práticas Dialogadas entre a Educação e a Saúde Em BRASIL (2009 a), a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, com a gestão federal do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da formulação de políticas orientadoras que abrangeram diferentes áreas da saúde com promoção de desenvolvimento profissional em áreas relacionadas ao trabalho e a educação na área da saúde. A SGTES tem como principais finalidades, dentre outras promover as atividades relacionadas ao trabalho e à educação na área da Saúde, com integração dos setores da Saúde e da Educação para fortalecer as instituições formadoras de profissionais atuantes na área junto ao SUS, no planejamento e na coordenação de ações com vistas a promoção da educação em saúde. Nesse contexto temos a proeminência do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges) e o Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (Degerts). - Deges - previa a formulação de políticas relativas que interrelacionam a educação permanente dos trabalhadores da Saúde com interação com a escola básica PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 5 quanto à saúde e consciência sanitária numa educação permanente na consideração da educação popular. - Degerts - previa o acompanhamento e elaboração de políticas de gestão, planejamento e regulação do trabalho em saúde com contribuição e promoção da melhoria e humanização do atendimento ao usuário. Por meio dos conceitos dialogados entre a educação e a saúde encontramos possibilidades de práticas pedagógicas para crianças bem pequenas, ou seja, desde a Educação Infantil. De acordo com Oliveira (2002), as crianças bem pequenas constituem um grupo etário muito vulnerável aos riscos de doenças, que diante do processo educativo podem ser prevenidas e controladas. Constatamos que situações de saúde e doença não decorrem de situações meramente biológicas. Binômio: Educação e Saúde Fonte: https://br.pinterest.com/pin/754423375050683973/ No âmbito educacional um bom planejamento poderia favorecer o autocuidado, por meio de práticas com regras sociais para as crianças que englobariam as condições de saúde em diferentes dimensões assim sintetizadas. https://br.pinterest.com/pin/754423375050683973/ PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 6 - Atividades de cuidado pessoal por meio do lúdico para o desenvolvimento da autoestima e da autonomia; - Cuidados básicos com ações em ambientes adequados quanto à ventilação, higiene, insolação e equipamentos; - Dimensões para instituição de hábitos na Educação Infantil que promovam cuidados com a higiene pessoal, com limpeza e conforto; - Organização e elaboração da alimentação das crianças para saciedade com alimentos apropriados e a instituição de condutas adequadas nos aspectos motores; - Conhecimentos de cuidados básicos com saúde, primeiros socorros e observação contínua quanto aos sinais e sintomas para possíveis encaminhamentos para os serviços de saúde. Educação Continuada e Educação Permanente em Saúde SAIBA MAIS PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 7 Educação Sanitária – prática educativa com intuito de induzir a população a determinados hábitos preventivos de doenças. Educação Popular – nos remeteria aos princípios básicos de Paulo Freire , os saberes populares considerados para novas aquisições e construções de saberes. 1.2 Educação Continuada e Educação Permanente O fenômeno linguístico da criação de novos neologismos para os trabalhadores da saúde será destacado, dentre outros, no contexto da Educação Continuada e da Educação Permanente que envolvem a saúde pública. Falkenberg et al (2014) destacaram os trabalhadores da área da saúde que passariam a utilizar novas expressões ou palavras, com novos sentidos que implicariam no contexto educacional, assim salientadas. - Saúde Pública e Saúde Coletiva; - Atenção Básica ou Atenção Primária; - Educação em Saúde e Educação Popular em Saúde; - EducaçãoPermanente e Educação Continuada. Para Paim (2003), a atenção básica e atenção primária podem ser identificadas pela média da alta complexidade para uma atenção especializada e hospitalar, num paralelo que desconsidera atenção do primeiro nível do sistema em sua complexa e tecnológica constituição. Falkenberg et al (2014), contextualizariam a educação que a partir do século XX tornou-se permanente, com ideais universais a serem constituídas ao longo da vida de maneira continuada e permanente, e destacariam, ainda, a importância de direcionarmos uma formação em uma educação no trabalho em saúde. Sabemos que a educação continuada se relacionaria com atividades de ensino pré estabelecidas por metodologias tradicionais, num conjunto de experiências da educação inicial com intuito de melhorar suas competências profissionais, descritas por PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 8 habilidades e competências, podendo em seu bojo, contar com atividades de iniciativa pessoal para aprimoramentos futuros. O primeiro grande marco dessa educação, patrocinada pela Unesco nos anos cinquenta, como um agente de transformações num mundo em mutação que lograria competências e habilidades diversas. A década de sessenta demarcaria a capacidade de aprendizagem do adulto divergente da criança, e a década de setenta acentuaria a interação social como maneira de coeducar-se com um sujeito transformador. Portanto, a Educação Continuada em suas alternativas educacionais estaria centrada no desenvolvimento de grupos, em curso seriados em caráteres específicos. A Educação Permanente seria delineada com uma abrangência maior na educação do trabalhador, com formação integral, abrangente e problematizadora diante do processo de trabalho em saúde, por meio reorganização da gestão setorial com controle social da saúde. Por meio da Educação Permanente haveria a possibilidade do desenvolvimento da consciência do profissional, como uma responsabilidade permanente de capacitação para a transformação social emergente. Para tanto, esse modelo de educação se contrapunha a fragmentação e a normatização do trabalho com práticas educativas. Com relação a educação e saúde encontraríamos a Educação Permanente em Saúde (EPS), que partia da emergência de transformações sociais por meio de reflexões de serviços relacionados à saúde, por meio de uma integração intersetorial da comunidade de maneira dialógica, participativa e educativa em prol do que seria prioritário. Para Falkenberg et al (2014), as ações de educação popular em saúde, inseridas em círculos de educação permanente em saúde e educação continuada, lograriam perspectivas de equidade e da integralidade do profissional saúde de maneira a atender demandas individuais e coletivas. A EPS no SUS relacionaria as práticas pedagógicas e de saúde na organização do trabalho em suas várias esferas de gestão com suas instituições formadoras e as diretrizes constitucionais. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 9 No aporte dos aspectos em BRASIL (2009 b), os paradigmas da Educação Continuada e da Educação Permanente, apresentam enfoques no setor da Saúde. Educação Continuada - Representaria uma continuidade do modelo escolar ou acadêmico; - Centralizaria na atualização de conhecimentos em ambiente didático e baseado em técnicas de transmissão, com fins de atualização; - Distanciaria a prática e o saber como a solução dos problemas da prática; - Imporia uma estratégia descontínua de capacitação com rupturas no tempo; - Centralizaria, individualmente, categoria profissional, com pouca perspectiva das equipes e dos diversos grupos de trabalhadores. Educação Permanente - Importante mudança na concepção e nas práticas de capacitação dos trabalhadores dos serviços. - Possibilidade de inverter a lógica do processo do ensino e aprendizagem; - Estratégias educativas problematizando o próprio fazer; - Reflexivos da prática e construtores do conhecimento e de alternativas de ação; - Ampliação dos espaços escolares com interação para evitar a fragmentação disciplinar. A aproximação da educação da vida cotidiana desencadearia o reconhecimento do potencial educativo da situação de trabalho, com situações diárias em aprendizagem, analisando os problemas da prática e valorizando o trabalho no seu contexto intrínseco. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 10 A luta incessante no campo da capacitação em Saúde, requereria novas concepções para além da transmissão de conhecimento, com propostas alternativas, muitas vezes, paralelas ao saber estruturado. Ao longo dos tempos, a educação tradicional condicionou a maneira de pensar e agir com um conhecimento, estruturado e tênue, de diversificações na prática educativa. SAIBA MAIS SOBRE EDUCAÇÃO CONTINUADA E EDUCAÇÃO PERMANENTE Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1764174/ SAIBA MAIS Formação Continuada de professores: análise teórica especializada de concepções, modelos e dimensões - 2019 Judenilson Teixeira Amador / Cely do Socorro Costa Nunes https://slideplayer.com.br/slide/1764174/ PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 11 Análise do processo de educação permanente para os profissionais do SUS: a experiência de Sobral- CE - 2008 Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Maria Socorro de Araújo Dias, Maristela Inês Osawa Chagas, Cibelly Aliny Siqueira Lima Freitas, Mirna Marques Bezerra, Izabelle Mont'Alverne Napoleão Albuquerque, Antônia Katiany Nascimento Linhares, Andréa Silveira de Assis Viana VOCÊ SABIA QUE Atenção primária ou básica em saúde – é a principal rede de atenção comunicativa do Sistema Único de Saúde, em seu conjunto de ações individuais e coletivas para manutenção da saúde. Saúde Pública - composta por ações de caráter pessoal aplicados aos conhecimentos dos serviços de saúde de um processo social. Saúde Coletiva - campos de ações e saberes em prol da recuperação, promoção, proteção e manutenção diversas de fatores relacionados à saúde. 1.3 Educação e suas relações com a Saúde Segundo Falkenberg et al (2014), a Educação Popular em Saúde sofreu influências, desde os anos sessenta, do educador Paulo Freire quanto ao saber popular para um processo educativo democrático. As práticas da educação em saúde, influenciadas pelo movimento de Educação Popular em Saúde, decorreram por meio da reflexão, da produção de conhecimentos e de militâncias diversas. A Educação Popular, de acordo com Paulo Freire, denotaria a voz dos oprimidos das classes populares, em movimentos políticos e pedagógicos com direcionamentos PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 12 pela tomada de consciência das raízes de seus problemas, para uma educação libertadora e democrática em constante construção e reconstrução de conhecimentos. Esse modelo de educação seria um contraponto às práticas mercantilizadas de serviços da saúde, e destinaria suas ações à parcela da população brasileira mais necessitada. Sendo um modelo de enfrentamento dos problemas encontrados, como também, para a constituição de uma hegemonia da educação em saúde, embasada na prática por pressupostos, sociais e globais, de interesse popular. Por conseguinte, a educação em saúde seria uma prática que beneficiaria, coletivamente, a diversidade de setores de nossa saúde pública. Na atualidade, a educação popular em saúde permanece como um desafio aos gestores e profissionais, devido à complexidade de práticas integrais emergentes, com participação popular e social. Vale a pena destacar o glossário eletrônico da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), em BRASIL (2009 a), quanto as diferentes concepções de educação e suas implicações com a saúde. - Educação em saúde – seria o processo educativo de construção de conhecimentos em saúde, numa educação proporcionadora de autonomia em suas necessidades, que visaria à apropriaçãotemática pela população e não à profissionalização, ou à carreira na saúde. Incentivo na gestão social da saúde. - Educação na saúde - relacionaria a produção e sistematização de conhecimentos relativos à formação e ao desenvolvimento para a atuação em saúde, envolvendo práticas de ensino, diretrizes didáticas e orientação curricular. - Educação permanente em saúde – providas de ações educativas e na problematização do processo de trabalho em saúde, com objetivo de transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho, na ampliação dos laços da formação com o exercício do controle social em saúde. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 13 - Educação popular em saúde - eficácia no serviço público, eficiência no serviço público dos empregadores do SUS, emprego público com enquadramento de equipe multiprofissional em saúde. Facilitador de educação permanente em saúde, com ações educativas para inclusão social e promoção da autonomia das populações na participação em saúde. Identificamos, nesses diferentes cenários dos profissionais da saúde, ações educativas em constantes aperfeiçoamentos, passíveis de aprimoramentos quanto à formação, ao cuidado e à segurança com autonomia da população. Fonte: https://container.aiyellow.com/pictures/articles/00/52/79.jpg?22204702 As caracterizações de educação em saúde, educação na saúde, educação permanente em saúde e educação popular em saúde constituíram uma estruturação, passível de reflexão contextualizada para ações, com especificidades para um trabalho assertivo. Na educação em saúde, a gestão social seria direcionada as construções de conhecimentos em saúde pelo processo educativo. Já na educação na saúde, as https://container.aiyellow.com/pictures/articles/00/52/79.jpg?22204702 PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 14 diretrizes didáticas e a orientação curricular corroborariam com a produção e a sistematização do conhecimento. A educação permanente em saúde lograria ações educativas problematizadas, com intuito de transformações de práticas profissionais, num exercício para o controle social em saúde. A educação popular em saúde traria à tona os empregadores do SUS, numa equipe multiprofissional em saúde, no âmbito permanente com vistas a inclusão social e a participação social com autonomia. Saiba Mais Fonte: https://www.cnte.org.br/images/stories/2021/2021_03_29_leia_manifesto_saude.png https://www.cnte.org.br/images/stories/2021/2021_03_29_leia_manifesto_saude.png PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 15 1.4 Aprendizagem e Desenvolvimento Fonte: https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOhCMKFgY51Pt1Yovqo1TDojgGxcFTNrA1Y w&usqp=CAU Em BRASIL (2009 b), foram descritas teorias clássicas de aprendizagem. Destacaremos a qualidade de atenção em saúde em aspectos conceituais quanto ao que seria inato, constituído por uma carga genética e ao que poderia ser apreendido nas constantes interações com o ambiente. A aprendizagem possuiria uma relação tênue com desenvolvimento, pois ambos seriam processos que decorreriam por toda existência humana, com recorrentes construções e reconstruções. Piaget e Vygotsky foram autores relevantes que, respectivamente, contribuíram para delineação dos estágios de desenvolvimento da criança e, sucessivamente, para o socio interacionismo em situações de aprendizagem. O modelo escolar para a aprendizagem em Brasil (2009 b), acentuaria a insuficiência das práticas de capacitação das ações dos projetos, com métodos ou técnicas de trabalho para mudanças na organização de serviços, que careceria de atualizações de novos enfoques, informações ou tecnologias numa nova política a serem incorporadas na prática do trabalho. https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOhCMKFgY51Pt1Yovqo1TDojgGxcFTNrA1Yw&usqp=CAU https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOhCMKFgY51Pt1Yovqo1TDojgGxcFTNrA1Yw&usqp=CAU https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSOhCMKFgY51Pt1Yovqo1TDojgGxcFTNrA1Yw&usqp=CAU PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 16 Em contrapartida, paralelamente, a transmissão escolar decorreria com ações de educação e saúde direcionadas à comunidade em uma interação, porém com dificuldades para o alcance de resultados. Que poderiam ser assim descritos: - pelo distanciamento com o que se faz e o que diz na capacitação; - pela dificuldade no estabelecimento do tempo necessário para mudança da estratégia proposta na capacitação; - pela aprendizagem coletiva proposta, sem a consideração das especificidades individuais para o aprender; - pela necessidade de coerência entre as propostas de capacitação e as políticas de transformação dos serviços de saúde. Nesse interim de produções escolarizadas, Dewey e Maclulan, ampliaram as fronteiras da sala de aula no processo de formação, porém com estudos que denotariam a fragilidades no ambiente contextual da aprendizagem. Esse interesse da organização em relação à aprendizagem, com as práticas nos serviços de saúde sofreriam vários tipos de estruturações, como veremos a seguir. - Organizações constituídas por vínculos sustentados de rotinas, rituais, normas, interações, intercâmbios linguísticos e regulações analisados pelos processos educativos; - Hospitais, centros de saúde e agências do setor de organizações com tradições e trajetórias históricas, hierarquias; - Trabalho nos serviços de saúde, delimitado por regulamentos públicos, representados num contexto de aprendizagem para manutenção ou para a mudança nas regras; - Rotinas da organização relacionadas ao ambiente, tenderiam a centrar-se nesse período de desenvolvimento; - Educação permanente orientada pelos comportamentos que, em muitos casos, reproduziriam os padrões de controle. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 17 As adoções de rotinas, para aprendizagem no trabalho, seriam passíveis de reflexões sobre as práticas estruturantes para reformulação de comportamentos para tal, contextualizadas e analisadas para a ação. Na área da saúde, delimitadas por regulamentos públicos passíveis de construções contextualizadas e alicerçadas por empirias dialogadas de trajetórias históricas. Miltre et al (2008), descreveram o emprego de metodologias ativas embasadas em problematizações, com uma intervenção consistente na realidade por meio de uma construção coletiva. Na integração do serviço, de saúde e de ensino, seriam considerados pela problemática e pela organização curricular percorrida, em sua dimensão política na sociedade. Os autores nos remeteriam, a Bordenave e Pereira, e a utilização do Método do Arco por Charles Maguerez, constituído pelos movimentos de: - observação da realidade no processo ensino-aprendizagem; - pontos-chave por meio da análise reflexiva; - teorização do problema ou à investigação e sua relevância para a resolução do problema; - formulação de hipóteses de solução e aplicação a realidade. Para a concretização dos movimentos descritos, a originalidade e a criatividade seriam inerentes ao processo, como uma prática inovadora desencadeadas por hipóteses de soluções aplicáveis a cada realidade, aperfeiçoando e exercitando a tomada de decisões. CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE APRENDIZAGEM EDESENVOLVIMENTO, SUAS NUANCES E IMPLICAÇÕES NO COTIDIANO BASSEDAS, Eulàlia. HUGUET, Teresa & SOLÉ, Isabel. Aprender e ensinar na educação infantil. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 1999. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 18 1.5 Modelo Assistencial e Modelo Educacional Considerando o modelo assistencial da Educação Infantil e sua evolução histórica para a constituição do modelo educacional, foi tangível e preponderante de reorientações recorrentes num processo social com características de um modelo educacional. Políticas Públicas voltadas para uma instituiçãocom caráter educacional no Brasil, desde a Educação infantil, perpassaram o assistencialismo das necessidades básicas da saúde e o bem estar da criança, como o preceito de creche associado ao direito do trabalho das mulheres, mães trabalhadoras terem um lugar seguro para estada de seus filhos enquanto trabalhavam. Para a delineação do direito da criança, desde o primeiro ano de vida, em uma instituição voltada ao desenvolvimento integral da criança, que ganhou grande vulto com a Constituição Federal de 1988, e estruturação com a LDB de 1996 e o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1991. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 19 Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1851192/7/images/5/Reorienta%C3%A7%C3%A3o +dos+modelos+assistenciais.jpg Para Paim (2003), o modelo de atenção descrito pelo SUS, descrito por lógicas que orientariam a ação para a saúde da família, combinadas às tecnologias e meios para execução com sucesso, reforçariam a função em sua multicausalidade, em seu ambiente físico, biológico e sociocultural. Esse modelo implicaria em redefinições das responsabilidades médicas, pelas mudanças da educação movidas por qualificações neoliberais aceleradas pelo desenvolvimento econômico contemporâneo. Na concepção da saúde, os modelos assistenciais dos anos oitenta, para o autor, referiam-se às organizações de serviços da saúde, que seriam contraditórias ou complementares, assim denominadas de: - Modelo Médico Hegemônico - voltados ao atendimento de demandas espontâneas. - Modelo Sanitarista – necessidades nem sempre expressas por demandas. https://slideplayer.com.br/slide/1851192/7/images/5/Reorienta%C3%A7%C3%A3o+dos+modelos+assistenciais.jpg https://slideplayer.com.br/slide/1851192/7/images/5/Reorienta%C3%A7%C3%A3o+dos+modelos+assistenciais.jpg PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 20 Pela incompletude desses modelos, na atualidade, o SUS instituiu modelos de atenção voltados à qualidade de vida e as necessidades prioritárias da saúde, que desde 2003, vêm sendo tratados transversalmente, como eixos temáticos pelo Conselho Nacional de Saúde (2003). Bondioli; Mantovani (1998), delinearam experiências voltadas às crianças da educação Infantil objetivadas por propostas voltadas ao Modelo Educacional, com vistas ao desenvolvimento integral da criança por meio diversos, tais como: - modalidades especificas e sociais; - jogos comunicativos e orais com verbalizações; - escuta atenta; - intervenções de adultos; - expressões emocionais e desempenho de papeis dentre outras. Por meio das experiências relatadas foi possível verificarmos que o modelo educacional desencadeou práticas condizentes ao desenvolvimento integral da criança, por meio da autonomia com ações independentes e compartilhamento de responsabilidades, o exercício de práticas sociais, com brincadeiras espontâneas em maior grau que as brincadeiras dirigidas, flexibilidade e propostas alternativas que tiveram como base a observação para as construções significativas da criança. As autoras relataram algumas características da evolução do serviço oferecido como assistencialismo, e o caminho percorrido para a educação, tendo dentre outras, o aporte no estudo das creches na cidade de Milão, na Itália, nos anos oitenta. Destacaram que o controle das creches era exercido pela Secretaria de Saúde, com base pediátrica, em que a presença do pediatra era prevista na creche cotidianamente, como também, a presença de uma assistente sanitária. Ou seja, o trabalho era compartilhado dentre a assistência social e a assistência educacional. Ainda, na década de oitenta, na Itália o trabalho psicopedagógico foi inserido nas zonas urbanas descentralizadas e, posteriormente, ocorreu a passagem da tipologia de construção para a Secretaria de Educação, com os seguintes pressupostos: PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 21 - reordenação dos profissionais e turnos; - programação com quadro funcional - fundos de aquisição de material didático; - modificar a tipologia. No Brasil, essa passagem do âmbito assistencial para o âmbito educacional foi delineada, principalmente, pela instituição dos documentos de domínio público no âmbito federal, demarcada pelos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEIs), compostos por três volumes, que preconizaram o tripé da Educação Infantil como o brincar, educar e cuidar e a importância de profissionais qualificados para essa interação construtiva por meio de eixos estruturantes. VOCÊ SABIA QUE A QUALIDADE DE VIDA ESTÁ DESCRITA EM DOCUMENTOS FEDERAIS DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL? Pesquise sobre isso em documentos de domínio público como nos RCNEIs de 1998 e na BNCCC de 2019 Endereços: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 22 UNIDADE II PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 23 A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO NA ÁREA DA SAÚDE A formação do pedagogo na área da saúde teve como marco a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), com proeminência no tema educação dos profissionais de saúde no espaço do Sistema Único de Saúde - SUS, a fim da instituição de possíveis avanços nessa jornada política de educação permanente. 2.1 Responsabilidades do Pacto de Gestão para a Área da Educação na Saúde Os primórdios da criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, antecedeu a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), com debates com intuito de resgatar conceitos numa política voltada às especificidades do SUS de maneira integral. De acordo do BRASIL (2018), os debates contaram, principalmente, com a implementação dos processos de integração ensino-serviço-comunidade, com o intuito de estimular, acompanhar e fortalecer a qualificação profissional dos trabalhadores partir de análises das realidades locais. Tivemos a criação do primeiro laboratório de inovação para Educação na Saúde da Amarica Latina, com o tema Educação Permanente em Saúde (EPS). Esse processo inovador de educação na saúde permitiu a inclusão da Educação Interprofissional em Saúde (EIS), como uma reorientação da formação dos profissionais da saúde. Os aspectos abordados, nesse processo, perpassaram aos aspectos dialéticos quanto à integração do ensino e do serviço. oferecidos com novas abordagens. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 24 Fonte: https://i.pinimg.com/originals/41/26/d2/4126d280fc0fe1cffe415f114ed80eb6.png Sendo o Sistema Único de Saúde (SUS), estruturado com as bases da reforma sanitária, com competência constitucional ordenando a formação dos profissionais da área. As políticas públicas de saúde brasileiras vêm desencadeando mudanças no processo de educação dos profissionais da saúde, com iniciativas voltadas à reorientação da formação profissional com integração entre as Instituições de Ensino Superior (IES), com intuito de propiciar o fortalecimento do SUS. Na SGTES promoveu avanços na área da educação na saúde e as estratégias da PNEPS, necessárias diante das novas exigências da área da saúde, como a utilização do novas tecnologias no ensino para as novas demandas da saúde pública. Essa ampla discussão e reformulações nos marcos regulatórios nos territórios do SUS, bem como o seu financiamento, foram etapas da EPS para os enfrentamentos cabíveis do sistema nacional de saúde. Verificaríamos que a educação continuada contemplaria grande parte dos pressupostos da metodologia de ensino tradicional, geralmente, seriada emnível e grau. O caráter desse tipo educação, sequencial e acumulativa, mais formal requeria experiências num campo de atuação, o que não ocorre na EPS. O Ministério da Saúde (MS) quanto a EPS configuraria a relevância da aprendizagem para o trabalho, em sua complexa organização. O conceito de aprendizagem significativa suas potencialidades e seus mecanismos para o trabalho com transformações práticas. https://i.pinimg.com/originals/41/26/d2/4126d280fc0fe1cffe415f114ed80eb6.png PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 25 A concepção política -ideológica do quadrilátero da formação ensino, serviço, gestão e controle social passariam a ser parte de reflexões sucessiva na Educação Permanente em Saúde, na busca de soluções para superação de problemas com vistas à assertividade de resolubilidade do sistema de saúde dialogicamente. Nesse contexto, a EPS ampliaria o conceito da construção da aprendizagem colaborativa e significativa, com uma gestão participativa no processo de ensino e aprendizagem em consonância com o SUS. CONHEÇA MAIS SOBRE AS AÇÕES DE SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_perman ente_saude_fortalecimento.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. 2018 2.2 Especificações das capacitações e da Educação Permanente O vasto campo de debates sobre a necessidade da Educação Permanente em Saúde (EPS) lograria uma estratégia político-pedagógica dos problemas e necessidades do trabalho em saúde incorporados pelo ensino, com intuito de mudanças contextuais emergentes. Em BRASIL (2018), encontramos objetivos de qualificação e aperfeiçoamento de trabalho em níveis variados, numa Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) com estratégia de desenvolvimento e formação dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde - SUS, a fim de serem observadas e sanadas as dificuldades encontradas, https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 26 bem como a promoção de avanços no processo, com perspectivas de oficinas regionais para discussões com pertinência assertiva. Fonte: https://i.ytimg.com/vi/HFexKOLjqZk/maxresdefault.jpg As capacitações realizadas por meio de oficinas sistematizaram as dificuldades emergentes, na implementação da PNEPS, em 2007. O resultado das avaliações das oficinas em diferentes localidades foram a referência par EPS, por meio da identificação área problema estrutural para análise das informações coletadas, orientando, identificando e sistematizando propostas de ação pedagógica. Vários aspectos estruturais foram previstos nessas ações como os: - políticos gerenciais; - financeiros; - processo de gestão; - planejamento; - conceituais e metodológicos - execução e implementação. https://i.ytimg.com/vi/HFexKOLjqZk/maxresdefault.jpg PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 27 A construção de indicadores para monitoramentos dessas ações, estavam previstas pela incapacidade de avaliação reflexiva da EPS, e em contraposição aos indicadores de mera qualificação dos cursos e nas atividades realizadas. Buscando, dessa maneira, uma política de estado em processo de construção do SUS. A EPS em suas estratégias de reorganização no SUS, em seu projeto político em consonância com a realidade contribuiu para a transformação social, política e econômica do país, com transformações das práticas de saúde e mudança no modelo assistencial. Verificamos em BRASIL (2018), a condução para estratégias para transformação das práticas em saúde, tais como: - resgatar a relação entre os sujeitos do processo de trabalho; - dominar, aplicar e compartilhar saberes profissionais específicos; - consideração dos saberes e aspectos culturais sobre os quais constroem a sua identidade profissional; - valorizar saberes para viver e conviver com qualidade; - compreender a relação de poder histórica e socialmente determinadas; - concretizar conceitos teóricos, com relação a equipe; - ter como centro de todas as ações pertinentes. Notamos que durante muito tempo a educação em serviço foi vista como uma reciclagem, ou seja, uma capacitação para atender as necessidades de trabalho no mundo capitalista. O documento do Ministério da Saúde, em Brasil (2018), nos apresentaria uma reconstrução como um conceito de prática na área da saúde. No Brasil a EPS desencadeou a formação e o desenvolvimento de abordagens metodológicas dialogadas e democráticas, socialmente constituídas. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 28 Os resultados alcançados pressupunham o reconhecimento do trabalho colaborativo em equipe, por meio de autoavaliação, investigação, ações articuladas dentre os níveis de gestão e as instituições formadoras para transformações do trabalho em saúde. A EPS é considerada um lócus para a aprendizagem significativa com resultados alcançados no seu saber e fazer. É um processo contínuo, de reflexão coletiva e institucional sobre a organização, as ações e os resultados do processo de trabalho, com metodologias, estratégicas e organizacionais com resultados da realidade do trabalho em saúde como um todo. COMO SUGESTÃO LEIA UM POUCO MAIS SOBRE EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA O ESTABELECIMENTO DAS NUANCES COM A EDUCAÇÃO PERMANENTE Revista Ambiental de Educação - 2019 FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: ANÁLISE TEÓRICA ESPECIALIZADA DE CONCEPÇÕES, MODELOS E DIMENSÕES Judenilson Teixeira Amador Cely do Socorro Costa Nunes 2.3 Formação docente no SUS Na história do desenvolvimento da educação na saúde ganhou grande vulto, desde a criação do SUS, a mais de trinta anos, na emergente identificação de práticas de saúde em busca de soluções. Ludke; Cutolo (2010) traçaram em seus escritos um estudo sobre os processos de educação na saúde, que desde da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, um número cada vez maior de profissionais assumiu a função docente, sem os requisitos básicos no campo pedagógico e sanitário. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 29 Os autores com intuito do desenvolvimento de competências metodológicas para os profissionais da saúde, traçaram uma experiência piloto de formação em saúde, em que foi possível a constituição de Blocos Temáticos de Análise para construção curricular, nos cursos para qualificação dos docentes do Sistema Único de Saúde -SUS. Como resultados foram destacadas as principais conclusões encontradas. - Ação educativa deveria promover a discussão do modo de ver e conceber na prática o processo saúde-doença; - Ensinar no SUS seria introduzir no Estilo de Pensamento (EP) da Integralidade; - Formação de docentes para o SUS deveria promover trocas nos estilos de pensamentos: biomédico para o integral no campo sanitário, e do tradicional para o progressista no campo pedagógico; - Prática docente poderia tanto intencionar ou manter um estilo de pensamento; - Formação de docentes para o SUS deveria propiciar um coletivo de pensamento. Reflexões aprofundadas foram realizadas objetivando potencializar os processos de educação na saúde, com formações e interações no ensino e no serviço realizado. Os profissionais do serviço público de saúde comprometidos com uma consolidação igualitária num sistema universal, com vistas a equidade e com integração educativa. Ou seja, a saúde no serviço público destacada como uma educação permanente que desencadearia uma aprendizagem significativa, descentralizada e propiciadora de currículos e projetos por meio de processos educacionais dialogados com o SUS. Os financiamentosdas ações educativas passariam a indicar metas e atenção básica passíveis de transformações da realidade dos serviços. Porém, muitos profissionais da saúde compactuariam a gestão e assistência previstas nos serviços realizados, sem a competência didático-pedagógica para questões emergentes, que apresentavam indícios insuficientes no SUS de uma consolidação do sistema. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 30 Fonte: http://docplayer.com.br/docs-images/78/76839126/images/1-0.jpg Em BRASIL (2018), as bases teóricas de uma práxis educativa foram expostas em várias abordagens ou concepções pedagógicas que perpassariam à prática educativa, que considerariam a declaração do Ministério da Saúde de 2005, que tanto a saúde quanto a educação buscariam caminhos para uma permanente aprendizagem. A concepção pedagógica perpassou vários caminhos com o tradicional de transmissão de conhecimentos, o tecnicismo educacional dos anos setenta, em oposição ao ensino tradicional os pressupostos da escola nova, como também construtivismo-interacionista, socio interacionismo, histórico-social. Na atualidade, as perspectivas educacionais para o século XIX apresentam perspectivas do indivíduo do espaço individual para o social, como descrito dentre outros por Gadotti e Freire, em que as questões de cunho político e ideológicas compõem um cenário proeminente, em constante transformações empíricas da realidade. As bases teóricas do Sistema Único de Saúde (SUS), denotaram a emergência de integração nos serviços oferecidos, de maneira integrada e transformadora, horizontalizada e democrática. A importância da consciência crítica e reflexiva sendo destacadas como essências para SUS, com aporte de uma pedagogia crítica e transformadora integrando sujeitos ativos na aprendizagem e na construção do conhecimento, como pela utilização de Mapa Conceitual. http://docplayer.com.br/docs-images/78/76839126/images/1-0.jpg PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 31 LEIA MAIS Formação profissional no SUS: o papel da Atenção Básica em Saúde na perspectiva docente 2010 Ricardo Corrêa Ferreira Vânia Maria Lopes Fiorini Everton Crivelaro 2.4 A prática reflexiva do professor Na contemporaneidade, a prática reflexiva do professor carece do envolvimento crítico da escola, num contexto social de mudanças com habilidades básicas a serem preservadas no domínio da complexidade. A razão educacional quanto à analise, à prática e à profissionalização, em nosso caso, no serviço em saúde far-se-á como um estudo em expansão e passível de reconstrução. Nos aportando a Perrenoud (2002), encontramos a delineação de práticas reflexivas para o fazer docente, como pressupostos a serem considerados no trabalho pedagógico. - O significado dos objetivos da escola; - A identidade sem incorporar um modelo de excelência; - As dimensões irrefletidas das ações e nas rotinas; - O professor e suas múltiplas relações; - As contradições da profissão e da escola; - Práticas e experiências; - O desenvolvimento de habilidades que se interrelacionem ao conhecimento; - Possibilidades de mudança; PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 32 - Dinâmicas coletivas e instituições que valorizem o individual; - Perspectiva sistêmica, articulando abordagens transversais e didáticas; - Complexidade e postura reflexiva. Processamento da Prática Reflexiva Fonte: https://img2.gratispng//.com/20180514/vxe/kisspng-reflective-practice- education-teacher-thought-5af9f1362e2e74.8531177915263296541892.jpg O trabalho na instituição escolar proposto por Perrenoud, com ênfase nas desigualdades transpostas ao fracasso escolar, oportunizaria a diferenciação do ensino e do currículo no trabalho escolar, por meio das habilidades propostas por práticas pedagógicas. Quanto à profissionalização dessas práticas o paradigma seria: - inclusivo e aberto; - reflexivo; - e de treinamento. Por meio dos paradigmas descritos, o trabalho no habitus seria acentuado como a conscientização de seus motivadores, numa crescente da consciência para a mudança. As reflexões sobre as práticas delineariam, a possível, assertividade para a ação. https://img2.gratispng/.com/20180514/vxe/kisspng-reflective-practice-education-teacher-thought-5af9f1362e2e74.8531177915263296541892.jpg https://img2.gratispng/.com/20180514/vxe/kisspng-reflective-practice-education-teacher-thought-5af9f1362e2e74.8531177915263296541892.jpg PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 33 Perrenoud (2002), relatou a importância do enfrentamento e das análises em situações complexas, que envolveriam as práticas de profissionais com ativismo de equipe, conscientemente, numa lógica para a ação, por meio de grupos de tarefas com cooperação. Os saberes coletivos seriam delineados pela metacognição, mobilizadas por competências, assim descritas: - pela representação do grupo; - nos erros e obstáculos para a aprendizagem; - nas possibilidades de ajustamentos das situações-problema; - na aprendizagem formativa por meio de situações; - no apoio integral às dificuldades de aprendizagem; - no suscitar do desejo de aprender e da autoavaliação; - no favorecer da definição de projetos pessoais. A funcionalidade dessas competências, portanto, da gestão de regras e de contratos, com desenvolvimento e cooperação num ensino mútuo, com projetos em equipe em ações de solidariedade, sentimento de justiça e responsabilidade social. SAIBA MAIS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI EM FREIRE, PERRENOUD E THURLER 2020 Alessandra Maria Martins Gaidargi-Garutti PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 34 2.5 Práticas Pedagógicas relacionadas à saúde As práticas pedagógicas interligariam a educação com a apropriação do conhecimento e responsabilidade social, desviando de conceitos ultrapassados como a transmissão do conhecimento voltada à concepção de uma abordagem pedagógica tradicional. Na abordagem tradicional a assimilação dos conhecimentos históricos e culturais possuíam uma estreita relevância. Vasconcelos; Grillo; Soares (2009), consideraram que a função da educação era ir além da transmissão, de aquisições culturais e humanas, com uma apropriação histórica e social. Na área de saúde as mudanças decorrentes de atenção em prol da educação familiar, foram propiciadas pela convivência humana e permeadas por movimentos sociais da sociedade civil. Estaria, dessa maneira, saúde com foco na doença ser transformado e voltada à saúde, por meio de mudanças estruturais nos hábitos e costumes. Para estruturação do papel do educador na atenção básica do profissional da saúde, pudemos perseguir e seguir lógicas, em sua distribuição, de acordo com os pressupostos dos autores, e descritas a seguir. - Práticas educativas em saúde; - Contextualizando a prática educativa em saúde; - Quem aprende e quem ensina; - Aprendendo a aprender; - Educação Permanente em Saúde; - Bases teóricas de uma práxis educativa; - Tecnologias para a abordagem ao indivíduo, família e comunidade; - O trabalho com grupos; - Acolhimento; PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 35 - Visita domiciliar; - Consulta. O desenvolvimento das atividades nas sequências propostas, lograria a realização de ações capazes de - compreender relevância do desenvolvimento de práticas educativas; - (re)conhecer-se como sujeito de práticas educativas; - reconhecer práticas educativas com capacidade transformadora; - compreender a Educação Permanente em Saúde e sua relação com a prática; - compreender a dinâmica do trabalho com grupos; - desenvolver a tecnologia apropriada para reorganização do processo de trabalho; - realizar a visita domiciliar como instrumento de interação e intervenção; - utilizar a consulta como uma perspectiva de construção do novo modelo de atenção. Portanto, o trabalho de equipe deatenção básica em saúde contaria com uma reordenação da atenção à saúde, no Sistema Único de Saúde (SUS), com pressuposto político de uma concepção pedagógica emancipadora, constituída de reflexões para identidade cidadã. Considerando o delineamento de Vasconcelos; Grillo; Soares (2009), a prática educativa no âmbito do projeto político do SUS, deveria incitar reflexões críticas no agir e pensar, alicerçadas nos seguintes objetivos - compreender a prática educativa como práxis do profissional de saúde; - identificar concepções pedagógicas nas práticas educativas dos profissionais de saúde; PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 36 - concepção pedagógica com potencial para relações dialógicas transformadoras; - entender a Educação Permanente em Saúde como estratégia de reflexão de trabalho. Transformações Pedagógicas em Saúde Fonte: https://saudefacil.files.wordpress.com/2013/02/sustentabilidade-meio- ambiente.jpg https://saudefacil.files.wordpress.com/2013/02/sustentabilidade-meio-ambiente.jpg https://saudefacil.files.wordpress.com/2013/02/sustentabilidade-meio-ambiente.jpg PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 37 UNIDADE III PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 38 METODOLOGIAS EDUCACIONAIS Em nossa realidade o protagonismo do processo educativo foi transposto para as mãos dos alunos, concebido ao centro do processo educativo. Metodologias educacionais que protagonizavam o professor caíram em desuso, o que tornou pertinente a utilização de metodologias ativas nas práticas de ensino. 3.1 Metodologias Ativas As metodologias prioritariamente ficaram conhecidas em ambientes coorporativos, por sua funcionalidade e interação na execução de tarefas, como uma educação coorporativa. Na atualidade, as metodologias ativas vêm sendo empregada em diversos segmentos de contextos educacionais e em serviços de saúde, em vária situações, situadas e embasadas em problemas de maneira coorporativa Dollan; Collins (2018), apresentaram, em seus estudos, uma educação coorporativa por meio de soluções práticas, com metodologias de estudos de casos que objetivavam a resolução de um problema pelos erros cometidos, dinamicamente, por meio de metodologias ativas. As mais conhecidas tiveram sua origem na educação coorporativa, a seguir descreveremos algumas delas. - Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) - a partir de um problema específico. - Estudos de Caso - casos reais ou não, apresentando sua melhor solução para os problemas relatados. - Dinâmicas –análise do comportamento de grupos e suas variações. Origem das Metodologias Ativas tendo como referência teórica Kurt Lewin – Fundador da Escola da Dinâmica de Grupo. - Jogos de negócios (Via softwares) –fruto da Gameficação. - Jogos de estratégia - tabuleiro ou jogos com princípio lógico-matemáticos. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 39 - Treinamentos experienciais ao ar livre (TEAL) - atividades realizadas ao ar livre e algum tipo de desafio ou aventura. Três tipos de TEAL: TEAL em Dinâmicas, TEAL Adventure e o Eco TEAL - Aula invertida – pesquisado desde os anos 90, foi em 2007 que especificada por Jonathan Bergman, Karl Fisch e Aaron Sams. - Dramatização – técnica de apresentação teatral diante de uma determinada situação. - Exposição dialogada - abertura de um canal de comunicação entre alunos e professor. - Simulação – apresentação de situações não necessariamente vividas, mas que poderiam sim ocorrer, na maioria das vezes em grau maior de complexidade ou gravidade. - Gameficação –prática que consiste em aplicar a mecânica dos jogos para falar de diversos temas. - Painel de debate – apresentação de um tema ou vários em sequência. Por meio das metodologias ativas, a criticidade e novas elaborações no pensar poderiam desencadear práticas recorrentes no processo educativo, por meio de pesquisas, construções e reconstruções requeridas em uma educação coorporativa. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 40 Fonte: http://www.fisioterapiaichc.com.br/wp- content/uploads/2018/09/Metodologia-Ativa.jpg Para Mitre et al (2008), as transformações requeridas da sociedade contemporânea implicariam, principalmente, em metodologias no processo de formação de professores e profissionais da saúde com utilização de metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem para determinado fim. Podemos destacar os aspectos abaixo, que implicariam para uma reorientação no trabalho em saúde no processo de ensino e de aprendizagem. - Contexto em que a produção de conhecimento seria extremamente veloz, relativizando o saber científico; - A perspectiva vigente que marca o tempo e coloca em xeque os valores até então considerados intocáveis; http://www.fisioterapiaichc.com.br/wp-content/uploads/2018/09/Metodologia-Ativa.jpg http://www.fisioterapiaichc.com.br/wp-content/uploads/2018/09/Metodologia-Ativa.jpg PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 41 - A inequívoca influência dos meios de comunicação na construção/formatação do homem/ do século XXI; - Organização do espaço-tempo social, as sociedades de controle. Por conseguinte, o grande desafio deste século seria a perspectiva do desenvolvimento da autonomia individual em íntima coalizão com o coletivo na dialética da ação-reflexão-ação. As transformações metodológicas seriam algo em constante dialética para os profissionais da saúde, acostumados ao uso descrito, historicamente de metodologias conservadoras tradicionais fragmentadas. Na área da saúde temos um povir de questionamentos sobre o perfil do profissional de especialização precoce, centrado num ensino com atenção curativa da doença, porém dissociado das reais necessidades do sistema de saúde vigente. Em contraponto, a graduação na área de saúde duraria alguns anos e a atividade profissional na área da saúde poderia permanecer por décadas. As transformações velozes da sociedade contemporânea deverão ressignificar as competências e os conhecimentos, com metodologias condizentes a uma educação libertadora ativa, com qualidade e atenção à saúde numa abordagem pedagógica progressista. As metodologias ativas na problematização do processo de ensino e aprendizagem deveriam com a complexidade da aprendizagem significativa buscar a estrutura, num movimento de continuidade/ruptura, por meio de dois processos, descritos sequencialmente. - De continuidade com possibilidade de relacionar o conteúdo apreendido aos conhecimentos prévios; - De ruptura a partir do surgimento de novos desafios com análise crítica. SAIBA MAIS PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 42 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/36910 Revista Educação e Saúde 2018 Metodologias Ativas na formação profissional em saúde: uma revisão Karla Taísa Pereira Colares, Wellington de Oliveira 3.2 Recursos Tecnológicos Os recursos tecnológicos sofreram modificações significativas ao longo de nosso processo histórico e social, tanto e suas nomenclaturas como e sua funcionalidade, pois as relações de trabalho foram passíveis de transformações. As Tecnologias de Comunicação e Informação, conhecidas com TIC, auxiliariam as manifestações distintas de construção do conhecimento em interação social. Essas manifestações da tecnologia dialogariam com a informação, o processo de desenvolvimento, os produtos e os objetivos a serem alcançados e considerariam as pessoas envolvidas. Algumas relações com a Tecnologia https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/36910 PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 43 Fonte: http://www.abrhrs.org.br/blog/wp- content/uploads/2018/09/1505811252907-e1544026174956.png Mandaji; Ribeiro (2013), em seus estudos consideraram que a TIC instituiria, no processo educativo, uma construção coletiva com participação de sujeitos de diferentesconstituições dialogadas com as descobertas científicas, com inovações técnicas desenvolvidas em grande parte, nos últimos cem anos. Essa visão polissêmica da sociedade contemporânea, incluiria vários aspectos, como os descritos na sequência. - O crescimento da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação; - A difusão mercadológica da ideia de colaboração em massa; - A necessidade de incorporação das TIC à Educação em contribuição à interdisciplinaridade; - A dificuldade do rompimento de paradigmas para a utilização das TIC nas práticas docentes. Segundo os autores, as TIC lograriam à educação atualizações no ensinar e aprender, desencadeados por diferentes conexões cerebrais, linguagens e a constituição de novos roteiros processuais para informação e o conhecimento. O acelerado processo tecnológico, identificado por um pensar colaborativo, seria decorrente da necessidade de transformação da escola, implicaria na formação de http://www.abrhrs.org.br/blog/wp-content/uploads/2018/09/1505811252907-e1544026174956.png http://www.abrhrs.org.br/blog/wp-content/uploads/2018/09/1505811252907-e1544026174956.png PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 44 professores possibilidades de incorporação de mídias no âmbito curricular, como um meio e não como fim do processo educativo em questão. Em BRASIL (2009 b), as transformações dos enforques educativos passariam a requerer uma educação permanente na saúde em situações de trabalhos, desenvolvidas por meio de experiências concretas, desde o início dos anos setenta, em contexto de aprendizagem em contextos comunitários e laborais. Novas tecnologias passariam a ter centralidade no campo de capacitações nos círculos de qualidade, no desenvolvimento organizacional, na reengenharia organizativa no âmbito empresarial. Já no campo de saúde, a proeminência centrara-se no desenvolvimento dos recursos humanos e tecnológicos nos crescentes modelos de educação, designadas como continuada e permanente. Para a incidência do recurso tradicional da Educação Continuada no setor de Saúde, os aspectos, abaixo, seriam enfatizados. - Técnicas de transmissão do conhecimento com uma representação de continuidade do modelo escolar ou acadêmico; - Conceituações técnicas e práticas destinadas ao campo de aplicação de conhecimentos especializados; - Estratégia descontínua de capacitação com rupturas no tempo; - Centrada em categorias profissionais para um desenvolvimento concreto. Já o novo conceito da Educação Permanente em Saúde, poderia ser classificada com uma ferramenta dinamizadora na estruturação para a transformação institucional, por meio de acesso e busca de alternativas contextualizadas e coordenadas para atenção da população. - Com direcionalidade das ações nos serviços de saúde numa construção política compartilhada, orientada para transformação dos serviços. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 45 - Capacitação de equipes no enfoque e na metodologia de educação permanente e na programação e gestão dos projetos. - A integralidade da proposta dos projetos, incluir o desenvolvimento dos recursos humanos e tecnologia nos diversos níveis de atenção das equipes, com intuito de potencializar transformações. CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ÁREA DA SAÚDE LENDO O ARTIGO 2013 Recursos tecnológicos na educação em enfermagem Tobase, Lucia; Guareschi, Ana Paula Dias França; Frias, Marcos Antonio da Eira; Prado, Cláudia; Peres, Heloisa Helena Ciqueto 3.3 Tecnologias de Interação Fonte: https://3.bp.blogspot.com/- MQYWOAFR5ok/WaQqWYjNjmI/AAAAAAAABbc/XdOvU6hwvCwhX4eDhzJfWwHfCT O5efBXQCLcBGAs/s1600/img1.jpg https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Tobase,%20Lucia%22 https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Guareschi,%20Ana%20Paula%20Dias%20Fran%C3%A7a%22 https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Frias,%20Marcos%20Antonio%20da%20Eira%22 https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Frias,%20Marcos%20Antonio%20da%20Eira%22 https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Prado,%20Cl%C3%A1udia%22 https://pesquisa.bvsalud.org/controlecancer/?lang=pt&q=au:%22Peres,%20Heloisa%20Helena%20Ciqueto%22 https://3.bp.blogspot.com/-MQYWOAFR5ok/WaQqWYjNjmI/AAAAAAAABbc/XdOvU6hwvCwhX4eDhzJfWwHfCTO5efBXQCLcBGAs/s1600/img1.jpg https://3.bp.blogspot.com/-MQYWOAFR5ok/WaQqWYjNjmI/AAAAAAAABbc/XdOvU6hwvCwhX4eDhzJfWwHfCTO5efBXQCLcBGAs/s1600/img1.jpg https://3.bp.blogspot.com/-MQYWOAFR5ok/WaQqWYjNjmI/AAAAAAAABbc/XdOvU6hwvCwhX4eDhzJfWwHfCTO5efBXQCLcBGAs/s1600/img1.jpg PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 46 As tecnologias seriam provedoras de interação diante de pressupostos elencados na organização da Atenção Básica em Saúde, diante da empírica experienciada pelos profissionais da saúde em interação com a comunidade. Para Vasconcelos; Grillo; Soares (2009), a experiência dos profissionais de saúde com a comunidade contribuiria para o aumento da demanda nas unidades de saúde, e na priorização, prevenção e promoção no planejamento das ações. Nesse contexto, podemos destacar as tecnologias reflexivas voltadas ao como fazer, por meio de - visita domiciliar; - trabalho em grupos; - consulta; - acolhimento. As tecnologias de interação lograriam reflexões para os profissionais da saúde para reconstruções nas condutas dentro das unidades de saúde. - Discutindo a humanização e aprimoramento das relações humanas para a produção da saúde; - Compreendendo o processo contínuo do acolhimento com usuários, famílias e comunidade; - Explicando a proposta de um grupo operativo; - Argumentando a tecnologia dos profissionais da saúde em trabalho com grupos; - Compreendendo a interdisciplinaridade no trabalho com grupos; - Identificando as finalidades das visitas domiciliares; - Destacando a sistematização dos registros das visitas domiciliares; PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 47 - Reconhecendo o significado da consulta para transformação do cuidado com a saúde. Portanto, recorrendo aos princípios do SUS, poderíamos destacar a importância de tecnologias que integrariam a universalidade de acesso ao usuário, com assistência, equidade, informação e resolução de serviços. O acolhimento nessa perspectiva constituiria o processo de trabalho em prol da saúde e atitudes autônomas do usuário. O acolhimento cotidiano estabelecido nas relações pedagógicas para produção da saúde propiciaria uma integralidade de abordagens coletivas e individuais, numa humanização dos serviços de saúde. A concretização do acolhimento inferiria numa escuta qualificada na demanda do usuário, para delineamento da resposta do serviço, ou seja, para a qualificação do serviço com responsabilização ética e resolutiva. Já os trabalhos em grupos nos sistemas de saúde abordariam a saúde psíquica e somática do usuário do sistema de saúde, denominados, desde os anos setenta, de grupos operativos com potencial sistematização de aplicabilidade no processo de trabalho. Os chamados grupos operativos em sua funcionalidade poderiam abordar o grupo temático ou o grupo de intervenção, descritos por várias nomenclaturas para designar o trabalho com a saúde. Esses grupos socioeducativos ou psicoeducativos possuiriam pressupostos no processo educativo, por meio da aprendizagem a modificação de comportamentos, hábitos e rotinas para o autocuidado. A visita domiciliar seria uma tecnologia indicada para o reconhecimento do aspecto comunitário, familiar e individual do usuário da unidade de saúde, como uma estratégia relevante para a promoção da saúde e transformações no modelo de assistência em atenção básica. O papel da tecnologia da visita domiciliar possibilitaria o conhecimento da realidade do território, aderiria para a promoção de saúde, a promoção de doenças e as mudanças na relação profissionalque inseriria a saúde do usuário. A visita consideraria PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 48 para a essência do trabalho a presença do Agente Comunitário de Saúde (ACS), para avaliações precisas descritas a seguir. - Realizar e atualizar o cadastramento das famílias, diante condições sociais e sanitárias; - Avaliando as demandas da família, o ambiente onde vivem; - Identificando equipamentos sociais da comunidade para um trabalho intersetorial; - Adaptação os conhecimentos e procedimentos à realidade social, econômica, cultural e ambiental do usuário-família; - Planejamento, observação e orientação na prestação de cuidados com a saúde no domicílio; - Levantamento de dados que subsidiariam intervenções no processo saúde e doença; - Realização da busca ativa de faltosos realizadas por um ou mais profissionais da ESF. A consulta como uma tecnologia durante muito tempo foi a único recurso utilizado terapeuticamente na saúde, como um instrumento especifico do profissional da saúde. Seu emprego na abordagem de atenção básica, qualitativamente, seria um instrumento que deveria contribuir para mudança do modelo básico de consulta. Segundo Vasconcelos; Grillo; Soares (2009), consulta deveria decorrer a partir de duas premissas básicas, descritas na sequência. - Todos deveriam ter acesso ao serviço de saúde para explicitar sua consulta; PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 49 - As possibilidades de consulta habitualmente oferecidas pelas Unidades Básicas de Saúde, enfatizariam a importância da relação profissional-usuário (RPU) como uma estratégia para a superação do desencontro da atenção básica com a sua essência. APROFUNDE SEUS CONHECIMENTOS SOBRE À ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE https://www.scielo.br/j/csp/a/RnPV7RmbyK3LybkSPTJsBGM/?lang=pt 2017 Incorporação de Tecnologias de Informação e Comunicação e qualidade na atenção básica em saúde no Brasil Alaneir de Fátima dos Santos / Antonio Thomaz Matta-Machado 3.4 Trabalhadores da Saúde e da Educação No mundo contemporâneo, as metodologias ativas envolvem várias ações educativas para a qualificação do profissional para atuação no SUS, com intuito da transformação das práticas de trabalho com atenção à saúde. Portanto, a educação na saúde favoreceria problematizações para o reconhecimento de qualificações adversas, num interim da Educação Permanente para uma aprendizagem significativa. Ludke; Cutolo (2010), em seus escritos delimitariam os desafios no enfrentamento de problemas, a partir de requeridas reflexões no processo de trabalho empírico embasado em soluções já teorizadas. Esse tipo de problematização metodológica aferiria movimentos diferentes, quanto à banalização e à rigidez. Pela banalização seria possível problematizar qualquer situação, e a rigidez tornaria os possíveis passos inflexíveis para a ação. Os trabalhadores da educação, em muitas situações, tornariam os passos metodológicos engessados na novidade da problematização, esquecendo-se tanto da dinâmica processual como da dinâmica reflexiva. https://www.scielo.br/j/csp/a/RnPV7RmbyK3LybkSPTJsBGM/?lang=pt PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 50 A fim de evitarmos o engessamento curricular, as bases teóricas e metodológicas deveriam fazer parte de vivências experenciadas pelos docentes que, por conseguinte, denotariam uma ação educativa, primordialmente, embasada na consideração dos objetivos a serem alcançados com a utilização de metodologias plausíveis. Contraditoriamente, a metodologia modulada pelos objetivos, estariam perpetuando as desigualdades no processo educativo, sem uma reflexão clarificada dos objetivos propostos para aprendizagem. A metodologia inovadora lograria, diante da formação dos professores, possibilidades de transformação e participação coletiva democrática, por meio de diálogos, novas perspectivas contextualizadas, que instigariam a reconstrução de novos caminhos. Esse modelo de educação globalizada visaria a interdependência e transdisciplinaridade, por meio de um pensamento sistêmico da complexidade contextual. Contextualização de Trabalhadores Fonte: https://blog.hotmart.com/blog/2018/11/BLOG_dinamica-de-grupo.png Para Ludke; Cutolo (2010), a inferência de análise de conteúdo da ação educativa para trabalhadores, profissionais do SUS, que tiveram como base categorias https://blog.hotmart.com/blog/2018/11/BLOG_dinamica-de-grupo.png PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 51 epistemológicas de estilo de pensamentos, foram possíveis os delineamentos descritos a seguir. - A ação educativa deveria promover discussão do modo de ver, conceber, refletir as concepções na prática o processo saúde-doença; - Ensinar, dentro do SUS, introduzindo o Estilo de Pensamento da Integralidade e contraposição ao Biomédico. A proeminência de ações educativas para a Saúde em Família; - Formação dialogada dos docentes do SUS, desencadeadas pelo Estilo de Pensamento Biomédico, o Estilo Integral no Campo Sanitário, e a passagem do Estilo de Pensamento Tradicional para o Estilo Progressista no campo pedagógico; - Prática docente reconstrutora e mantenedora de Estilos de Pensamentos no contexto da Saúde Pública, em transição de um modelo assistencial biomédico para um modelo assistencial de atenção primária. - Formação de docentes para o SUS deveria propiciar a criação de um coletivo de pensamento. A atuação dos docentes do SUS decorreu sobre discussões feitas, e as questões epistemológicas compartilharam novas maneiras de entender, ver e conceber a prática docente. A importância da elaboração curricular com objetivos claros a serem alcançados endossam a prática pedagógica, com metodologias precisas, para um desenvolvimento qualificado aos docentes que atuariam no SUS. Mitre et al (2008), em seus escritos acentuaram que a formação na área da saúde instigaria análise da sequência teórica, desenvolvida na empiria prática, passível de produção de conhecimento, reflexamente, pela ação-reflexão e ação ao longo do exercício profissional. O enfrentamento, desse novo desafio, requereria um currículo integrado que integraria a prática-trabalho-cuidado dos aspectos relacionados à saúde, criticamente, com construção e transformação. De maneira a PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 52 - orientar conteúdos e objetivos para competências e as necessidades de saúde das pessoas; - transmissão de informações para a construção do conhecimento e desenvolvimento de habilidades e atitudes; - contribuir com formação de professores capacitados também para educação médica; - ensinar e aprender para o respeito mútuo; - para um processo integrado de ação-reflexão-ação, desde o princípio do curso; - atenção episódica na doença, com atenção contínua no cuidado das pessoas; - abordagem psicológica e sociocultural no processo de ensino-aprendizagem; - campos hospitalares com presença do processo de ensino-aprendizagem- assistência; - avaliação preferencialmente formativa, com constantes feedbacks. 3.5 Metodologias e os Jogos Pedagógicos Práticas Diversas Fonte: https://fce.edu.br/blog/wp-content/uploads/2018/03/A- IMPORT%C3%82NCIA-DOS-GAMES-NA-EDUCA%C3%87%C3%83O-INFANTIL.jpg https://fce.edu.br/blog/wp-content/uploads/2018/03/A-IMPORT%C3%82NCIA-DOS-GAMES-NA-EDUCA%C3%87%C3%83O-INFANTIL.jpg https://fce.edu.br/blog/wp-content/uploads/2018/03/A-IMPORT%C3%82NCIA-DOS-GAMES-NA-EDUCA%C3%87%C3%83O-INFANTIL.jpg PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 53 As mudanças metodológicas propostas por modelos educacionais e vivências na saúde, partiram de ações desenvolvidas, principalmente, por jogos e dinâmicas experenciadas em vivências diversas. Ludke Cutolo (2010), consideraram a relevância das ações pedagógicas desencadeadas para formação dos docentes do SUS, sugeridas por meio de objetivos contidas na matriz curricular para o êxitodas práticas em saúde. - Introduzindo aos docentes um estilo de pensamento integral e progressista; - Sensibilizando e sistematizando o docente para a prática docente; - Despertando e aprofundando nos docentes conhecimentos que envolveriam a prática pedagógica sanitária; - Refletindo sobre os objetivos prioritários na ação docente no SUS; - Discutindo sobre os modos de ver e conceber na prática o processo saúde- doença; - Estimulando os docentes no campo do SUS, a se organizarem quanto a produção de conhecimento num coletivo de pensamento. A aprendizagem por meio da problematização seria um processo complexo envolto numa dinâmica em dialética com a práxis, que de acordo com Freire o aporte a um núcleo temático daria uma amplitude de possibilidades significativas para análises, evitando desta maneira o emprego no processo de jogos de adivinhação, quebra cabeças ou simplificações afins massificantes. Para Mitre et al (2008), a dinâmica das ações educativas seria um processo complexo, com participação docente num trabalho reflexivo por meio de jogos reflexivos, com intuito da superação da educação bancária referenciada por Freire, que simplificaria e reduzia a capacidade humana para a produção resolução e transformação da realidade por meio de situações-problemas. PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 54 Esse novo modelo contemporâneo se oporia ao modelo tradicional, para uma constituição de um desenvolvimento crítico e contextualizado de conceitos experienciados e transformados numa sociedade democrática. A formulação de hipótese de solução, diante um problema e sua aplicação à realidade, incitaria a destreza para a tomada de decisões diante da realidade. Por meio da constante dialética da ação-reflexão-ação numa constante do Arco de Maguerez, espertaria os desdobramentos críticos para a resolução de um problema. Na área da saúde podemos referenciar, nos anos sessenta, no Canadá a estrutura curricular da aprendizagem baseada em projetos. No Brasil, no final dos anos noventa, esse modelo de aprendizagem instituído nas universidades, com intuito de romper com a mera transmissão de conhecimentos para receptáculos passivos no modelo educativo de aprendizagem médica. Por meio desse modelo médico inovador, o processo educativo, de maneira crescente propiciaria uma autonomia crescente no saber, motivadas por práticas reflexivas, com estímulos cognitivos para resolução de problemas com escolhas adequadas em constantes equilíbrios e desequilíbrios, descritos por Piaget. O modelo da aprendizagem baseada em projetos, preocupou-se com a saúde mental, e lograria os preceitos da abordagem construtivista. descrita por Emília Ferreiro e Ana Teberosky, nos anos oitenta, em o sujeito a partir das práticas sociais articularia o saber com a educação. Na saúde, Mitre at al (2008) destacaram como relevantes para o êxito do trabalho pedagógico, os itens descritos a seguir. - Aprendizagem Significativa; - Indissociabilidade entre teoria e prática; - Respeito à autonomia do estudante; - Trabalho em pequeno grupo; - Educação Permanente; PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 55 - Avaliação Formativa. Por conseguinte, a formação para os profissionais da saúde sob a ótica da incompletude do ser humano descrita por Paulo Freire, objetivaria o conceito da práxis numa educação permanente para a formação do profissional, estruturadas de por um processo contínuo e formativo para as diferentes abordagens da aprendizagem humana. SAIBA MAIS SOBRE METODOLOGIAS E JOGOS COM O ARTIGO JOGOS E DINÂMICAS NO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES 2015 PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 56 UNIDADE IV PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 57 PROJETOS PEDAGÓGICOS E INTERVENÇÕES Nesta unidade destacaremos a importância das práticas pedagógicas inovadoras com aporte de projetos pedagógicos, com intervenções pertinentes na saúde num ato solidário, coletivo e comprometido com o ensino. 4.1 Principais ações educativas com a saúde As principais ações educativas com a saúde seria fruto de novas possibilidades de uma sociedade em constante transformação, com pressupostos democráticos e democratizantes em evolução, para mudanças procedidas de um processo com participação coletiva. Portanto, o fazer educativo lograria de maneira crítica, uma prática reflexiva e dialogada para o enfrentamento do novo de uma sociedade da era da informação. Em BRASIL (2009 a), encontramos designações temáticas da gestão do trabalho, realização da educação em saúde que foram passíveis de ações educativas. A seguir será possível dialogarmos sobre algumas ações educativas em consonância com o profissional do Sistema Único de Saúde -SUS, como veremos na sequência. - AprenderSUS – uma política do SUS voltada para a mudança dos cursos de graduação na área de Saúde, de acordo com as necessidades de saúde da população e com os princípios e diretrizes do SUS, com uma política permanente diante da educação. - Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde -espaço coletivo público, não estatal nem governamental, com mediação pedagógica entre as culturas populares e as políticas de saúde com respeito às diversidades humanas e culturais. - Avaliação de desempenho - atuação do trabalhador no processo de trabalho pelo desempenho da equipe e pela análise institucional, de acordo com as condições de trabalho oferecidas, entre outras. - Comissão Intergestores do ProgeSUS - possui a finalidade de: PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 58 a) apresentar proposições sobre o conteúdo e a metodologia das ações de capacitação para as equipes dos setores da saúde e educação; b) proposições de melhoria para o funcionamento dos setores de saúde e educação; c) verificar indicadores que serão usados na avaliação pelo impacto para fortalecimento dos setores; d) acompanhar e apresentar proposições para execução do ProgeSUS; e) avaliar e classificar os projetos; f) definir o conjunto de dados. - Competência profissional - capacidade de articular e de mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes de uma ação em determinado contexto cultural. - Desenvolvimento do trabalhador para o SUS - processo em que as atitudes, as circunstâncias, as ações e os eventos seriam avaliados para o crescimento profissional e laboral com responsabilização cidadã. - E-saúde - conhecimento em saúde, com desenvolvimento tecnológico a partir de uma intersecção entre a informática médica, a saúde pública e a administração. - Facilitador de educação permanente em saúde - profissional que estimula e propicia a reflexão crítica sobre as suas práticas e os processos de trabalho em saúde. - Fortalecimento da gestão do trabalho e da educação na saúde - processo de desenvolvimento de políticas, sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, para fortalecer e modernizar as estruturas na gestão de pessoas nos estados e municípios. Buscando integração, entre gestão do trabalho e educação na saúde, em suas necessidades estatais e municipais. - Núcleo de educação em urgência - espaço interinstitucional de formação, de educação permanente e de acumulação de saberes na área das urgências. - Nas secretarias de saúde; - Nos hospitais e os serviços de referência; PRÁTICAS PEDAGÓCIAS III - SAÚDE 59 - Escolas de bombeiros e de polícias; - Nas instituições de ensino superior de formação de Saúde; - Nas escolas técnicas de saúde; - Outros setores, de caráter público ou privado de educação permanente. - Política de apoio às mudanças curriculares nos cursos de graduação na área da Saúde - política do SUS voltada para a mudança dos cursos de graduação na área da Saúde de acordo com as necessidades de saúde da população. - Programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do
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