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Leucemias agudas e linfomas

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02/11/2023, 09:02 Leucemias agudas e linfomas
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03909/index.html# 1/80
Leucemias agudas e linfomas
Prof.ª Ana Sheila Cypriano Pinto Campos
Descrição
Leucemias agudas e linfomas: aspectos clínicos e laboratoriais.
Propósito
Compreender os principais transtornos de origem hematológica, sejam
eles de manifestação aguda ou crônica, é essencial para a rotina
diagnóstica dos laboratórios clínicos e auxilia a conclusão diagnóstica
do paciente.
Preparação
Acesse um dicionário médico on-line para pesquisar as doenças que
aparecem ao longo do conteúdo.
Objetivos
Módulo 1
Leucemias e leucemias linfoides
agudas
Descrever os aspectos clínicos e laboratoriais das leucemias
linfoides agudas.
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Módulo 2
Leucemias mieloides
Reconhecer os aspectos clínicos e laboratoriais das leucemias
mieloides agudas.
Módulo 3
Linfomas
Identificar os aspectos clínicos e laboratoriais dos linfomas.
Introdução
As células sanguíneas são produzidas e renovadas pela medula
óssea durante um processo altamente regulado e controlado
conhecido como hematopoese. Em algumas condições
patológicas, pode haver modificações do funcionamento normal
da medula, cujas alterações na produção das células levam à
proliferação de um tipo celular em detrimento de outro.
Você certamente já ouviu falar em leucemia linfoide aguda (LLA),
uma neoplasia hematológica com o predomínio de linfoblastos

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(células imaturas precursoras das células brancas), algo comum
em crianças.
Normalmente, o aumento do número de blastos circulantes é
acompanhado pela diminuição da quantidade de plaquetas e de
hemácias. Entretanto, isso corresponde a um tipo de transtorno
hematológico entre vários outros tipos e subtipos já descritos,
cada um com diferentes manifestações clínicas, tratamento e,
principalmente, prognósticos, os quais, aliás, podem ser bons,
como na LLA infantil, ou não tão promissores.
Ao longo deste conteúdo, conheceremos as alterações que
ocorrem nas células brancas (nossas células de defesa),
abordando os aspectos clínicos e laboratoriais das leucemias
agudas e dos linfomas.
1 - Leucemias e leucemias linfoides agudas
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Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever os aspectos clínicos e
laboratoriais das leucemias linfoides agudas.
Leucemias
Características gerais da
leucemia
O termo leucemia refere-se a um grupo de doenças complexas e
diferentes que ocorre pela proliferação desordenada de células
hematológicas malignas. Todo esse processo acontece na medula
óssea, mas pode acometer gânglios linfáticos e outros órgãos do corpo,
como baço, testículos, fígado e sistema nervoso central (SNC).
As células encontradas em uma pessoa saudável e em outra com leucemia.
E você lembra o que é a medula óssea? Ela é um tecido esponjoso que
ocupa a cavidade central dos ossos. A partir de um pequeno grupo de
células (denominadas células-tronco hematopoéticas), todo o processo
de formação das células sanguíneas se desencadeia, conforme
demonstramos a seguir:
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Esquema clássico representativo da hematopoese a partir de uma célula multipotente.
A hematopoese normal nós já conhecemos; entretanto, quando há
falhas na regulação da proliferação e da diferenciação, provavelmente
se está diante de um caso de leucemia. Mas como acontecem essas
falhas?
Basicamente, ocorre uma ativação de genes, os quais, por sua vez,
levam à proliferação celular descontrolada com os seguintes processos:
Inibição da apoptose e dos genes relacionados à diferenciação
celular.
Diminuição da produção de células normais pela medula óssea.
Migração de células neoplásicas para outros órgãos.
Imunodeficiência.
De modo geral, essas alterações genéticas estão correlacionadas aos
fatores de risco extrínsecos, como exposição à radiação, aos agentes
químicos, às radioterapias e quimioterapias prévias, assim como
infecções virais e síndromes genéticas. Além disso, elas envolvem
fatores relacionados ao hospedeiro, como predisposição genética,
doenças hematológicas prévias e hereditariedade.
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Manifestações clínicas da leucemia
A leucemia provoca manifestações clínicas inespecíficas, conforme
ilustra a imagem a seguir:
Sintomas comuns da leucemia.
Essas manifestações clínicas, muitas vezes, são similares às de muitas
outras patologias, como a artrite reumatoide juvenil, a febre reumática, o
lúpus eritematoso sistêmico, a púrpura trombocitopênica idiopática, a
aplasia medular e a mononucleose infecciosa. Por isso, o diagnóstico
diferencial é necessário.
Uma das principais ferramentas de diagnóstico é o mielograma, um
exame que avalia a medula óssea do paciente.
Mielograma
O mielograma é realizado por punção óssea (normalmente, a partir
dos ossos do ilíaco, do esterno e da tíbia), seguida de aspiração, o
que requer uma anestesia local.
Para entender isso melhor, imagine um paciente que apresente
predomínio de células imaturas (blastos) durante a análise de uma
distensão sanguínea em um exame de rotina.
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Esse paciente será encaminhado ao médico com a suspeita de uma
leucemia aguda, mas, para o diagnóstico ser confirmado, terá de fazer
um mielograma.
Desse modo, a confirmação diagnóstica da leucemia aguda ocorrerá
somente após a análise das células presentes na medula óssea e a
constatação da presença de mais de 20% de blastos.
Procedimento de punção para obtenção de amostras da medula óssea.
O diagnóstico da leucemia, no entanto, pode ser feito das seguintes
maneiras:
Microscopia óptica com coloração especial (análise citoquímica).
Citometria de fluxo (imunofenotipagem).
Técnicas de biologia molecular.
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Técnicas citogenéticas, ou seja, a partir da cariotipagem.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, a leucemia
representa um dos dez tipos de câncer mais incidentes. Além disso, ela
ocorre mais frequentemente em adultos com mais de 55 anos, embora
também seja o câncer mais comum em crianças menores de 15 anos
(BRASIL, 2019). A seguir, demonstramos a distribuição proporcional dos
dez tipos de câncer de maior incidência (estimados para 2020, com
exceção do câncer de pele não melanoma). Os números apresentados
foram arredondados para múltiplos de 10.
Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes para 2020 estimados no Brasil
no público adulto em homens.
Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes para 2020 estimados no Brasil
no público adulto em mulheres.
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Quanto ao tipo, a leucemia depende da célula sanguínea em que o dano
acontece, podendo ser linfoide ou mieloide. Ainda, a classificação
considera se ela cresce rápida ou lentamente e caracteriza a doença
como aguda ou crônica, respectivamente.
Estudaremos adiante as leucemias agudas de crescimento rápido e
agressivo.
Leucemia linfoide aguda
Características gerais da LLA
A leucemia linfoide aguda (LLA) é uma alteração caracterizada pela
produção exacerbada dos linfoblastos (blastos) e pela diminuição
progressiva da produção de células normais (eritrócitos, outros
leucócitose plaquetas).
Linfoblastos
Fase imatura dos precursores linfoides, ou seja, com pouca ou
nenhuma maturação. Essa célula dá origem aos linfócitos B e T e às
células NK.
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Blastos no sangue periférico.
Entre as leucemias, a LLA tem maior incidência em pacientes de cor
branca com idade entre 2 e 5 anos. Ela é menos frequente na
adolescência e na idade adulta, voltando a se tornar mais presente na
faixa etária de 60 anos.
Saiba mais
O tipo de LLA mais comum é o de células precursoras B. Ele predomina
na infância, com incidência igual em ambos os sexos. Essa leucemia
aguda é mais frequente na América do Norte, na Oceania e no norte da
Europa.
A LLA apresenta como sintomas mais frequentes:
Fraqueza.
Aspecto pálido.
Manchas roxas no corpo.
Taquicardia.
Manifestações hemorrágicas.
Febre (devido à neutropenia), com o favorecimento de infecções
bacterianas e fúngicas.
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Dispneia causada pela massa que eventualmente surge no
mediastino.
Cefaleia causada pelo envolvimento com o SNC.
Adenomegalia.
Hepatomegalia.
Dor nos ossos.
Classi�cação da LLA
A classificação da leucemia se inicia sempre com a morfologia das
células a partir da coloração do esfregaço sanguíneo ou do mielograma
— em geral, pelo corante May-Grunwald-Giemsa.
A partir de estratégias de coloração, a primeira tentativa de classificar a
doença foi proposta, em 1976, por um comitê conhecido como União
French-American-British (FAB).
Esfregaço sanguíneo mostrando blastos de linhagem linfoide.
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Com base na análise dos critérios morfológicos, a FAB classificou a LLA
em três subtipos:
Critérios morfológicos
Critérios como o tamanho celular e a presença ou não de nucléolo,
cromatina e de vacúolos no citoplasma.
Na LLA-L1, há o predomínio de linfoblastos pequenos com alta
relação núcleo/citoplasma, enquanto o citoplasma apresenta
uma fraca basofilia e raras vacuolizações. A cromatina é
homogênea, apresentando núcleo regular, sem a presença do
nucléolo. O nucléolo, entretanto, pode estar presente, mas é
difícil sua detecção, já que ele não é bem delimitado.
Linfoblastos com cromatina homogênea, sem nucléolo, com citoplasma escasso e
pouco basofílico.
Possui grandes variações em:
Tamanho das células.
LLA-L1 
LLA-L2 
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Padrão da cromatina.
Relação núcleo/citoplasma.
Vacuolização.
Basofilia citoplasmática dos blastos.
A LLA-L2 apresenta, no entanto, um núcleo com formato
irregular, podendo estar clivado. Diferentemente da LLA-L1, ela
tem vários nucléolos de fácil visualização.
Linfoblastos com diferentes tamanhos, padrão núcleo/citoplasma e de cromatina.
Os blastos normalmente possuem um tamanho grande, uma
baixa relação núcleo/citoplasma e uma elevada basofilia
citoplasmática com a presença de vários vacúolos.
O núcleo tem formato variado, embora normalmente seja
ovalado. O padrão de cromatina, por sua vez, é variável e
apresenta vários nucléolos.
LLA-L3 
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Linfoblastos grandes apresentando aumento da basofilia citoplasmática com vários
vacúolos.
Saiba mais
Nas crianças, aproximadamente 85% dos casos de LLA é do subtipo
LLA-L1; cerca de 14%, do subtipo LLA-L2; e 1%, do subtipo, LLA-L3.
Atualmente, essa classificação ainda é utilizada, mas está em processo
de desuso por sua dificuldade em classificar de acordo com a análise
morfológica. Além disso, hoje em dia existem outros parâmetros mais
simples e precisos que dão um maior nível de caracterização da
amostra.
Dessa forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs uma
classificação mais completa. Baseada em dados citológicos,
imunofenotípicos, citogenéticos e moleculares, ela permite a
classificação de acordo com a linhagem B ou T.
Podemos conhecer melhor essa classificação a seguir:
Leucemia/linfoma linfoblástico de células B.
Leucemia/linfoma linfoblástico B não caracterizada por
outros critérios.
Precursor linfoide da neoplasia 
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Leucemia/linfoma linfoblástico B com anormalidades
genéticas recorrentes.
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(9;22)(q34.1;q11.2),
BCR-ABL1+.
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(12;21)(p13.2;q22.1),
ETV6-RUNX1.
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(v;11q23.3), rearranjo
KMT2A.
Leucemia/linfoma linfoblástico B com hiperdiploidia.
Leucemia/linfoma linfoblástico B com hipodiploidia.
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(5;14)(q31.1;q32.3),
IL3-IGH.
Leucemia/linfoma linfoblástico B com t(1;19)(q23;p13.3),
TCF3-PBX1.
Leucemia/linfoma linfoblástico de células T.
Essa lista é para demonstrar o quão complexa é a classificação das
leucemias, devendo ser feita a partir de diferentes critérios. Para
aprofundar seu conhecimento a esse respeito, leia os artigos indicados
na seção Explore+!
Diagnóstico da LLA
O diagnóstico da LLA é baseado principalmente nas análises
morfológica, citoquímica, imunofenotípica e molecular das células
neoplásicas. Esses métodos geralmente são complementares, tendo
diferentes especificidades, sensibilidades e facilidades de uso.
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Durante o diagnóstico, é preciso quantificar a população de interesse
(os blastos), caracterizá-la e correlacioná-la com o contexto morfológico
e clínico a fim de classificar o subtipo de leucemia aguda. Isso auxilia na
predição do prognóstico e direciona o tratamento.
Entretanto, tudo começa com o conhecido hemograma.
Hemograma
Na maioria dos casos, observa-se leucocitose (contagem superior a 100
mil células/mm³), havendo a presença de anemia normocrômica e
normocítica, plaquetopenia de grau variável e — como você já sabe —
blastos no esfregaço do sangue periférico.
Esfregaço sanguíneo mostrando blastos.
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Em alguns pacientes, no entanto, o número de leucócitos pode estar
normal ou diminuído (leucócitos abaixo de 4 mil células/mm³), com
blastos raros ou ausentes.
Recomendação
É recomendável que o laudo liberado pelo profissional do laboratório
apenas descreva a presença de células imaturas e suas características
morfológicas: tamanho, relação núcleo-citoplasma, padrão de cromatina
nuclear, núcleo (regular e uniforme ou irregular e clivado), padrão de
coloração citoplasmática (leve, moderada ou intensamente basofílica),
vacuolização (apenas se ela estiver presente) e presença ou não de
grânulos citoplasmáticos.
Mielograma
O mielograma deve ser realizado nos pacientes com suspeita de
leucemia. Lembre-se de que, para a confirmação do diagnóstico de LLA,
é necessário ter uma contagem de blastos superior a 20%.
Mielograma de um paciente com LLA (note a presença de numerosos blastos).
Em quase todos os pacientes com LLA, a medula óssea apresenta uma
hipercelularidade com intensa infiltração de linfoblastos, que se
espalham para os espaços adiposos e os de outros elementos
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medulares normais. Os precursores mieloides e eritroides que
sobrevivem a essa invasão apresentam um aspecto normal, enquanto
os megacariócitos geralmente estão ausentes ou em baixa
concentração.
Citoquímica
É um ensaio de coloração quepermite verificar a presença ou a
ausência de algumas proteínas-chave na confirmação da linhagem
celular e do grau de diferenciação.
Alguns de seus marcadores principais são:
Fosfatase alcalina.
Mieloperoxidase (MPO).
Sudan black.
Esterases inespecíficas, como Alfa-naftil acetato esterase.
Reação do ácido para-aminossalicílico: ácido periódico de Schiff -
PAS.
Fosfatase ácida.
Mieloperoxidase
Enzima presente nos leucócitos das linhagens granulocíticas e
monocíticas que catalisa a formação de diferentes espécies reativas
de oxigênios (ROS).
PAS
Linfloblastos de LLA são positivos para PAS.
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Citogenética
Trata-se da análise de alterações cromossômicas (quebras, inserções,
deleções e translocações) nas células neoplásicas, o que auxilia no
diagnóstico, na classificação, no prognóstico, no acompanhamento
evolutivo, na orientação e na monitoração da terapia e do transplante de
medula óssea.
Algumas anormalidades citogenéticas são encontradas com maior
frequência na LLA, e elas têm sido relacionadas com o prognóstico da
doença.
Exemplo
A hiperploidia, nome dado a um tipo de alteração genética numérica em
que um lote de cromossomos é acrescentado (por exemplo, o cariótipo
normal é 46, XX; o hiperploide, 60, XX) é considerada um marcador de
bom prognóstico.
Além da hiperploidia, existe uma série de marcadores/achados
citogenéticos evidenciada de forma recorrente na leucemia. Tais
marcadores também podem ser detectados pela biologia molecular.
Na imagem, vemos um estudo citogenético de um menino de 8 anos
diagnosticado com LLA, que apresentou a translocação do cromossomo
9 e 22, a ausência do cromossomo Y e a trissomia do cromossomo 5.
Além disso, ao contarmos o número de cromossomos, percebemos
uma hiperploidia, pois temos na imagem mais de 50 cromossomos.
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Análise citogenética dos cromossomos em um paciente com LLA.
Biologia molecular
Técnica que possibilita identificar sequências alteradas, inseridas ou
deletadas dos nucleotídeos na fita de DNA em local específico para
estabelecer o tipo de alteração. A análise da biologia molecular é
realizada pela reação da cadeia da polimerase (PCR).
As técnicas de biologia molecular são importantes para análises das
sequências alteradas no genoma das leucemias, sejam elas agudas ou
crônicas, mieloides ou linfoides.
Imunofenotipagem
Atualmente, a imunofenotipagem é uma ferramenta importante para os
seguintes fins:

A de�nição diagnóstica
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
O acompanhamento da doença ao
longo de todo o tratamento
Esse método identifica os marcadores presentes nessas células a partir
da interação entre antígeno e anticorpo ligado a um cromóforo e da
análise em citometria de fluxo, como a presença de certos receptores
nas membranas plasmáticas.
Processo de citometria de fluxo.
A determinação do fenótipo permite a definição de:
Linhagem.
Grau de maturação (quanto maior o número de antígenos
presentes, maior a maturação).
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Alterações que surgem nas outras linhagens hematopoéticas.
Desse modo, conseguimos reconhecer e diagnosticar as LLAs de
linhagem B e T — e até mesmo aquelas leucemias que apresentam
fenótipo misto, ou seja, que possuem marcadores linfoides e mieloides.
Essa técnica tem ótima sensibilidade e especificidade, conferindo
rapidez ao diagnóstico.
Na imagem a seguir, conseguimos observar um gráfico de citometria de
fluxo mostrando todos os tipos de linfócitos encontrados em um
paciente normal. Qualquer alteração no perfil de células detectadas pelo
equipamento indica uma alteração nas células linfoides, que pode ser
uma leucemia.
Gráficos de citometria de fluxo.
Os blastos da linhagem B expressam marcadores de imaturidade, como
os receptores CD34 (assim, dizemos que ele é positivo ou CD34+), além
dos receptores TdT+, da ausência da imunoglobulina de superfície
(IgM-) e da ausência do CD20 (CD20-). Os da linhagem T também
possuem marcadores de imaturidade, como CD34+ e TdT+, e são
positivos para CD3 no citoplasma e negativos para CD3 na membrana.

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Diagnóstico da LLA
Neste vídeo, propomos a você um quiz com questões sobre o
diagnóstico de LLA.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Vimos que as leucemias são um grupo de doenças complexas e
diferentes que ocorrem pela proliferação desordenada de células
hematológicas malignas ou pela produção insuficiente de células
hematológicas. Elas podem ser: aguda, crônica, mieloide ou
linfoide.
Sobre a LLA, analise as afirmativas a seguir:
I. A característica clínica dominante é a insuficiência da medula
óssea causada pela diminuição do número de blastos.
II. Tem uma maior incidência nas mulheres em idade fértil.
III. A LLA tipo L1 mostra blastos pequenos e com citoplasma
escasso.
É correto o que se afirma em
02/11/2023, 09:02 Leucemias agudas e linfomas
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03909/index.html# 25/80
Parabéns! A alternativa C está correta.
A LLA apresenta uma maior incidência em crianças ou em homens
maiores de 60 anos. Essa leucemia caracteriza-se pelo aumento do
número de blastos na medula óssea. Para o diagnóstico, é
necessária a presença de pelo menos 20% de linfoblastos na
medula óssea. A LLA, segundo a FAB, é dividida em três subgrupos,
sendo a LLA-L1 o subtipo que apresenta blastos pequenos e com o
citoplasma escasso.
Questão 2
O diagnóstico da LLA é baseado principalmente nas análises
morfológica, citoquímica, imunofenotípica e molecular das células
neoplásicas. Sobre o diagnóstico da LLA, analise as afirmativas a
seguir e aponte a alternativa correta.
A I e II.
B I e III.
C III.
D II e III.
E II.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03909/index.html# 26/80
Parabéns! A alternativa D está correta.
A avaliação citoquímica é o ensaio de coloração que permite
examinar a presença de algumas proteínas-chave na confirmação
da linhagem celular e do grau de diferenciação. Os linfoblastos de
LLA são geralmente positivos para PAS, enquanto a hiperploidia é
um sinal de bom prognóstico. No hemograma, a leucocitose deve
ser confirmada pelo mielograma para o diagnóstico. A
recomendação na liberação do laudo de hemograma é apenas
descrever as características morfológicas e a presença de células
imaturas.
A A presença de leucocitose no hemograma é um
achado que confirma o diagnóstico da LLA.
B
No laudo do hemograma, a presença de blastos
deve ser reportada no resultado.
C
Os linfoblastos de LLA são geralmente negativos
para PAS.
D
Durante a avaliação citoquímica, é verificada a
presença ou a ausência de algumas proteínas-chave
na confirmação da linhagem celular, como PAS.
E
Anormalidades citogenéticas têm sido relacionadas
com o prognóstico da doença, como a hiperploidia,
que é um mau prognóstico da LLA.
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2 - Leucemias mieloides
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os aspectos clínicos e
laboratoriais das leucemias mieloides agudas.
Leucemia mieloide aguda
Características gerais da LMA
A leucemia mieloide aguda (LMA) é a forma mais comum de leucemia
aguda em adultos do sexo masculino, mas acomete todasas faixas
etárias, sexos e etnias. Fatores externos, como exposição prévia à
quimioterapia, à radiação e/ou aos agentes químicos, parecem estar
relacionados ao aumento do risco do desenvolvimento dessa doença.
Na LMA, há a transformação maligna e a proliferação clonal de
precursores de linhagem mieloide (mieloblastos). Assim como na LLA,
ocorre uma produção insuficiente de células sanguíneas, causando,
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assim, plaquetopenia, anemia, neutropenia e trombocitopenia.
Na LMA, ocorre uma hiperproliferação dos mieloblastos, que são
precursores dos granulócitos e dos monócitos. Normalmente, o
indivíduo com LMA apresenta as seguintes manifestações clínicas:
Palidez.
Hepatomegalia.
Esplenomegalia.
Linfadenopatia.
Febre com infecções recorrentes.
Manchas roxas pelo corpo (petéquias).
Faringite.
Dor óssea.
Hipertrofia gengival.
Pequenas hemorragias.
Infiltrações cutâneas.
Classi�cação da LMA
As LMAs são classificadas de acordo com o tipo celular envolvido e o
estado de maturidade das células leucêmicas. Assim como a LLA teve
seus critérios classificatórios estabelecidos pela FAB, a LMA foi descrita
morfologicamente e subclassificada em oito tipos. Vamos conhecer
melhor cada um deles.
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LMA-MO (LMA indiferenciada)
Representa apenas 5% de todos os casos de LMA. A LMA indiferenciada
tem blastos pequenos. Com cromatina frouxa, eles são pouco
diferenciados e não têm granulações.
Blastos indiferenciados e sem grânulos.
Normalmente, esse subtipo de LMA pode ser confundido com a LLA-L2,
pois ambas apresentam o teste de MPO negativo. Tal enzima está
presente em grânulos de precursores de mieloblastos, sendo utilizada
como um marcador de LMA, só que não desse subtipo, pois são células
muito indiferenciadas.
Comentário
Veremos depois outras formas de se obter o diagnóstico da LMA-MO.
LMA-M1 (LMA mieloblástica)
Representando 10% de todos os casos de LMA, a LMA-M1 apresenta
uma alta concentração de blastos na medula (90%), mas com baixa
maturação (10%).
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Os blastos podem ter características da linhagem mieloide, com a
presença de granulações, bastonetes de Auer e alta positividade para
MPO. Em alguns casos, no entanto, os blastos se assemelham aos
linfoblastos, sem granulações e com poucos blastos positivos para
MPO.
A imagem adiante representa blastos hipergranulados no sangue
periférico e uma medula óssea com predomínio de mieloblastos:
Bastonetes de Auer
Também conhecidos como bastão, são inclusões citoplasmáticas
cristalinas que representam grupamento de materiais lisossomais.
Blastos hipergranulados no sangue periférico (esquerda) e medula óssea com predomínio de
mieloblastos (direita).
LMA-M2 (mieloblástica com
maturação)
Normalmente, a LMA-M2 está presente em crianças e jovens,
representando de 5 a 10% de todos os casos de LMA. Na medula óssea,
o número de blastos deve estar entre 20 e 90% das células nucleadas,
embora a porcentagem de células monocíticas não possa ser superior a
20%. Seu grau de maturação é maior que 10%.
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Suas células apresentam uma morfologia bem característica:

Presença de um a dois nucléolos
(cromatina porosa)

Pequena relação núcleo/citoplasma

Citoplasma com grânulos azuró�los

Presença ou não dos bastonetes de
Auer
Na imagem a seguir, observamos um esfregaço sanguíneo de um
paciente LMA-M2 com um blasto com granulações citoplasmática
(seta).
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Esfregaço contendo blasto com granulação citoplasmática (seta) e quatro blastos.
LMA-M3 (promielocítica
hipergranular)
Representa de 6 a 7% de todas as LMAs e é mais incidente entre 30 e 35
anos. As células da LMA-M3 apresentam um citoplasma com muitas
granulações e bastonetes de Auer, sendo o núcleo excêntrico.
Às vezes, a quantidade de bastonetes é tão grande que fica difícil
distinguir o núcleo do citoplasma; nesse caso, eles são chamados de
células de Fogott.
Promielócito com numerosos grânulos e um nucléolo (seta).
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Células de Fogott (seta).
Entretanto, a presença de grânulos e de bastonetes de Auer é rara em
alguns pacientes com LMA-M3. Esse tipo é chamado de LMA-M3v
(variante hipogranular). Nesses casos, o promielócito é bilobulado,
reniforme ou monocitoide, como podemos ver na imagem.
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LMA-M4 (mielomonocítica)
Blasto mieloide com bastonete de Aurer (seta).
Ocorre normalmente em adultos com mais de 50 anos, representando
28% de todas as LMAs.
A LMA-M4 é caracterizada pela presença de duas linhagens de células
leucêmicas (granulocíticas e monocíticas) na medula, havendo uma
predominância das células monocíticas (de 20 a 80%).
Dica
Lembre-se de que essas células são originadas a partir do mesmo
percursor. No sangue periférico, no entanto, não são encontrados
monoblastos.
Em 5% dos pacientes (normalmente jovens) com LMA, há uma variação
da LMA-M4 chamada de mielomonocítica com eosinofilia (LMA-M4eo).
Esse subtipo caracteriza-se por:
Hipercelularidade.
Presença de blastos mieloides.
Um componente monocítico.
Aproximadamente 5% de eosinófilos.
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Os eosinófilos apresentam vários estágios de maturação, misturando os
grânulos eosinofílicos (normais) com os basofílicos (anormais).
Blasto mieloide com um precursor eosinofílico (granulocítico) com grânulos eosinofílicos e
basofílicos.
LMA-M5
Apresenta duas variações: LMA-M5a (monoblástica sem maturação) e
LMA-M5b (monocítica com maturação). Vamos conhecê-las a seguir.
LMA-M5a (monoblástica sem
maturação)
A LMA-M5a representa 12% de todas as LMAs e é mais prevalente em
pacientes jovens. Nesse subtipo, há um predomínio (≥80%) de
monoblastos, promonócitos e monócitos na medula óssea, com uma
elevada contagem de leucócitos no sangue periférico.
Os blastos são grandes, apresentando um núcleo com uma cromatina
frouxa, nucléolos, citoplasma abundante e basofílico com pseudópodes
(indicado na imagem pela seta). Não há a presença de grânulos nem de
bastonetes de Aurer.
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Monoblastos apresentando citoplasma abundante e pseudópodes (seta), sem grânulos e
bastonetes de Auer.
LMA-M5b (monocítica com
maturação)
A LMA-M5b possui menos de 80% de monoblastos na medula, tendo
mais de 20% das células com maturação. Elas apresentam grânulos no
citoplasma e núcleo com contornos irregulares. Assim como na LMA-
M5a, há uma hipercelularidade no sangue periférico, embora
normalmente ela tenha valores menores que a do outro subtipo. A
imagem apresenta blastos, monócitos e promonócitos.
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LMA-M5b: blasto (1); monócito (2); e promonócito (3).
LMA-M6 (eritroleucemia)
Representa apenas 3% de todas as LMAs e acomete pessoas com 50
anos, sendo mais frequente em homens que em mulheres. Nesse tipo
de leucemia, existe a presença de 50% de eritroblastos (precursores dos
eritrócitos) e 30% de células não eritroides. Os eritroblastos apresentam
alterações morfológicas como células grandes multinucleadascom
núcleos atípicos, pseudópodes e vacúolos.
LMA-M6: blasto mieloide (1); proeritroblasto (2); e eritroblasto policromático (3).
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Várias formas da linhagem eritroide e blastos mieloides.
LMA-M7 (megacarioblástica)
A LMA-M7 representa apenas 3% de todas as leucemias e normalmente
acomete pessoas com síndrome de Down. Nesse tipo de leucemia, são
vistos blastos da linhagem megacariocítica e mieloide.
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Linhagem
megacariocítica
Estes blastos são
indiferenciados, mas
podem apresentar um
tamanho maior, com
projeções
citoplasmáticas em
formato de cordão ou
com bolhas
citoplasmáticas.
Linhagem mieloide
São blastos
indiferenciados com a
ausência de granulação
citoplasmática e
bastonetes de Auer.
De acordo com a OMS, as LMAs também são classificadas em vários
subtipos, como podemos observar a seguir:
LMA com t(8;21)(q22;q22); RUNX1-RUNX1T1.
LMA com inv(16)(p13.1;q22); CBFbeta-MYH11.
LMA com t(9;11)(p22;q23); MLLT3-MLL.
LMA com t(6;9)(p23;q34); DEK-NUP214.
LMA com inv(3)(q21;q26.2) ou t(3;3) (q21;q26.2); RPN1-
EVI1.
LMA (megacarioblástica) com t(1;22) (p13;q13); RBM15-
MKL1.

LMA com anormalidades genéticas recorrentes 
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LMA com mutação de NPM1.
LMA com mutação de CEBPA.
LMA com diferenciação mínima.
LMA sem maturação.
LMA com maturação.
Leucemia mielomonocítica aguda (LMMA).
Leucemia monoblástica (LMoB) e leucemia monocítica
(LMoC).
Leucemia eritroide aguda (LEA).
Leucemia megacarioblástica aguda (LMegA).
Leucemia basofílica aguda (LBA).
Panmielose aguda com mielofibrose (PMA-MF).
Leucemia mieloide associada à síndrome de Down (D-LMA).
Mielopoese anormal transitória (D-MAT).
Leucemia mieloide aguda sem outra especificação (LMA
SOE) 
Proliferações mieloides relacionadas com síndrome de
Down 
Outras classificações 
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LMA com alterações relacionadas com mielodisplasia
(LMA/MD).
Neoplasias mieloides relacionadas com terapia (NM-T).
Sarcoma mieloide (SM).
Neoplasia da célula dendrítica plasmocitoide blástica
(NCDPB).
Lembre-se de que, nesse momento, essas classificações servem apenas
para que você tenha uma noção da complexidade e da diversidade dos
subtipos de LMA.
Diagnóstico da LMA
Hemograma
Caracteriza-se por uma anemia normocrômica e normocítica com os
seguintes fatores:

Contagem total de leucócitos
variáveis (de 1.000 células/mm³ a
200.000 células/mm³)

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Neutropenia

Trompocitopenia

Presença de blastos da linhagem
mieloide no sangue periférico
A imagem adiante representa um exemplo clássico de um esfregaço de
sangue periférico com as células com características morfológicas de
blastos da linhagem mieloide.
Blastos da linhagem mieloide em esfregaço de sangue periférico e compatível com LMA.
Mielograma
Após a punção lombar, o diagnóstico é confirmado, segundo a OMS,
com uma quantidade igual ou superior a 20% de blastos mieloides
circulantes no sangue ou na medula óssea. De acordo com a FAB, esse
diagnóstico ocorre com uma contagem superior a 30%. De forma
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semelhante à da LLA, a medula apresenta hipercelularidade com intensa
infiltração de blastos (BORTOLHEIRO, 2006).
Saiba mais
Atualmente, segundo a Portaria nº 705, de 12 de agosto de 2014, do
Ministério da Saúde, a quantidade de blastos exigida para o diagnóstico
da LMA é 20%.
Citoquímica
A partir dessa análise, identificamos os subtipos de LMA e
diferenciamos a LMA da LLA.
O quadro a seguir contém a correlação entre o subtipo de LMA e o
padrão encontrado perante algumas colorações citoquímicas:
Coloração
citoquímica
LMA MO LMA (M1, M2, M
Mieloperoxidase - +
Cloroacetato - +
Alfa-naftil acetato - -
Sudan black - +
PAS - -
Subtipo de LMA (classificação da FAB) e coloração citoquímica. BRUTUS; CARMO; SOARES,
2019, p. 12.
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Citogenética
Esta tabela indica algumas alterações encontradas nas LMAs durante a
análise citogenética e de acordo com o subtipo:
Anormalidades Fusão Subtipo
t(8;21)(q22;q22) AMLI-ETO M2/M1
inv(16)(p13q22) CBFβ-MYHII M4eo
t(15;17)(q22;q21) PML-RARα M3/M3v
t(9;11)(p22;q23) MLL-AF9 M5a
t(3;21)(q26;q22) AMLI-EAP/EVII -
t(6;9)(p23;q34) DEK-CAN M1/M2
inv(3)(q21;q26) EVII -
t(1;22)(p13q13) OTT-MAL M7
Trissomia do 8 - -
Trissomia do 11 - M1/M2
Complexo - -
Correlação das anormalidades citogenéticas e moleculares com os subtipos de LMA (t:
translocação; inv: inversão; p: braço curto do cromossomo; q: braço longo do cromossomo).
SILVA et al., 2006, p. 81.
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Imunofenotipagem
Da mesma maneira que a LLA, a LMA possui importantes marcadores
imunofenotípicos que ajudam a definir o subtipo de LMA.
Correlacionamos alguns desses marcadores no quadro adiante:
Marcadores LMA-M0/M1/M2 LMA-M3
CD13/CD33 ++ ++
CD65 ±/+/++ +
MPO -/+/++ ++
CD11c - ou ± -
CD14 - -
CD15 ±/±/++ ±
CD36 - -
H-antígeno - -
CD235a
(glicoforina A)
- -
CD41/CD61 - -
CD42 - -
CD34 ++/++/+ ±
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Marcadores LMA-M0/M1/M2 LMA-M3
CD117 ++ +
HLA-DR ++/++/+ -
TdT + ±
Classificação da leucemia mieloide aguda segundo marcadores imunofenotípicos. SILVA et al.,
2006, p. 81.
Existem ainda as leucemias crônicas, que se caracterizam pela
proliferação das células da linhagem mieloide ou linfoide, embora elas
sejam, diferentemente da LLA, células diferenciadas (maduras).
Acometendo indivíduos com mais de 40 anos, as leucemias crônicas
apresentam como sinais clínicos mais comuns:
Esplenomegalia (LMC).
Adenomegalia (LLC).
Anemia.
Infecções causadas por microrganismos oportunistas.
Alterações moleculares nas
leucemias agudas
Entenda a correlação entre os achados moleculares, a classificação e o
prognóstico das leucemias agudas tanto linfoides quanto mieloides.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um paciente com síndrome de Down e suspeita de LMA apresenta
em seu hemograma plaquetopenia, anemia e contagem de
leucócitos de 1.000 células/mm³. Já no mielograma, observa-se a
presença tanto de blastos da linhagem megacariocítica e mieloide
quanto de bolhas citoplasmáticas. Qual é esse subtipo de LMA?
Parabéns! A alternativa D está correta.
A LMA-M0
B LMA-M6
C LMA-M5a
D LMA-M7
E LMA-M5b
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Segundo o enunciado, o paciente tem síndrome de Down.
Normalmente, esses pacientes apresentam a LMA-M7, que é
caracterizada pela presença de blastos da linhagem mieloide e
megacariocítica, os quais, por sua vez, apresentam bolhas
citoplasmáticas e um tamanho maior que o normal.
Questão 2
Um paciente de 35 anos apresenta palidez, hepatomegalia,
esplenomegalia, linfadenopatia, febre com infecções recorrentes e
manchas roxas pelo corpo (petéquias). Seu hemogramarevela
leucocitose com plaquetopenia e anemia. São feitos então o
mielograma e algumas colorações específicas, como ilustra a figura
a seguir:
Coloração citoquímica Paciente
Mieloperoxidase +
Cloroacetato +
Alfa-naftil acetato -
Sudan black +
PAS -
Quadro: Resultado das colorações específicas. Helena Nasser.
Segundo os resultados obtidos, qual é o provável diagnóstico do
paciente?
A LLA
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Conforme os resultados citoquímicos, o paciente tem LMA-M3
(apresentando reação positiva para mieloperoxidase, cloroacetato e
sudan black e negativa para alfa-naftil acetato e PAS). Como ele não
apresentou reação de PAS negativa, não é possível pensar em LLA.
Na LMA-M0 e na LMA-M7, todas as reações possuem resultados
negativos, porém, na LMA-M7, a reação alfa-naftil acetato pode ser
positiva. Na LMA-M6, todas as provas são negativas, mas a reação
de PAS é positiva.
B LMA-M0
C LMA-M7
D LMA-M6
E LMA-M3
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3 - Linfomas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os aspectos clínicos e
laboratoriais dos linfomas.
Introdução aos linfomas
Características gerais dos
linfomas
Os linfomas são neoplasias da linhagem linfo-hematopoética, isto é, das
células progenitoras das células sanguíneas.
Diferentemente do que ocorre na leucemia aguda, em que há uma
proliferação das células imaturas ou indiferenciadas — e, por isso, há um
maior risco de infecção —, no linfoma se registra um aumento da
produção dos linfócitos maduros. Mas, afinal, o que é o linfoma?
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O linfoma representa um conjunto de neoplasias linfoproliferativas com
grande heterogeneidade clínica e biológica. Ele é o resultado do
acúmulo de linfócitos malignos nos gânglios e nos órgãos linfoides,
podendo infiltrar-se em outros órgãos e no sangue.
Linhagem linfo-hematopoética
O tecido linfo-hematopoético é um dos tecidos que apresenta a
maior taxa de proliferação celular do corpo, produzindo bilhões de
novas células por dia.
Gânglios linfáticos cervicais com a presença de células neoplásicas.
Antes de entendermos os linfomas, porém, precisamos frisar que,
histologicamente, os linfonodos são divididos no centro germinativo e
no tecido linforreticular. Além disso, eles são compostos por três tipos
principais de células:

Linfoblasto

Linfócito
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
Células reticulares
As neoplasias malignas ocorrem a partir de qualquer uma dessas
linhagens e em qualquer grau de maturação. Atualmente, há mais de 60
tipos diferentes de linfomas caracterizados a partir das análises
morfológica, imunofenotípica e genética.
No entanto, os linfomas não são as neoplasias mais frequentes na
comparação com outros tipos de câncer. Dentro da realidade dos
cânceres de origem hematológica, eles, ainda assim, representam um
papel expressivo, conforme apontam os dois gráficos adiante que
demonstram a distribuição dos casos de câncer na população adulta:
Distribuição dos casos de câncer na população adulta masculina.
Adaptada de: Silva et al., 2016, p. 278.
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Distribuição dos casos de câncer na população adulta feminina.
Adaptada de: Silva et al., 2016, p. 278.
Classi�cação dos linfomas
Os dois principais grupos de linfomas são classificados
morfologicamente como linfoma de Hodgkin e não Hodgkin. No entanto,
como você já sabe, os linfomas apresentam vários subtipos.
Ao longo dos anos, as diferentes manifestações clínicas associadas à
grande diversidade de atipia celular encontrada transformaram a
classificação dos tipos de linfoma em um grande desafio. Como uma
forma de padronizar as nomenclaturas, a OMS e a REAL, no ano de
1997, passaram a estabelecer um consenso internacional para a
classificação dessas hematologias.
Em 2016, a OMS publicou a última classificação das neoplasias
linfoides, descrevendo nela mais de 60 subtipos de linfomas
(SWERDLOW et al., 2016, p. 2376). Conheceremos agora essa
classificação para as neoplasias de células linfoides maduras:
REAL
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Sigla de revised european – american classification of lymphoid
neoplasms (classificação revisada europeu-americana de neoplasias
linfoides), a REAL é baseada no princípio de que cada tipo de linfoma
é uma doença distinta definida pela morfologia, características
imunofenotípicas e genéticas, apresentação clínica e prognóstico.
Leucemia linfocítica crônica/linfoma linfocítico de células
pequenas.
Leucemia prolinfocítica de células B.
Linfoma esplênico da zona marginal.
Leucemia de hairy cells (células cabeludas).
Linfoma linfoplasmocítico.
- Macroglobulinemia de Waldenström.
Gamopatia monoclonal de significado indeterminado
(MGUS).
- Doença da cadeia pesada μ (mu).
- Doença da cadeia pesada γ (gamma).
- Doença da cadeia pesada α (alfa).
Mieloma múltiplo.
Plasmocitoma solitário do osso.
Plasmocitoma extraósseo.
Linfoma extranodal da zona marginal do tecido linfoide
associado à mucosa (linfoma MALT).
Linfoma da zona marginal ganglionar ou variante pediátrica.
Linfoma folicular ou variante pediátrica.
Neoplasias de células B maduras 
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Linfoma de grandes células B com rearranjo IRF4.
Linfoma cutâneo primário do centro folicular.
Linfoma de células do manto.
Linfoma difuso de grandes células B sem outras
especificações.
Linfoma de grandes células B rico em células T.
Linfoma difuso de grandes células B primário do SNC.
Linfoma difuso de grandes células B cutâneo primário (leg
type).
Linfoma difuso de grandes células B Epstein-Barr positivo do
idoso.
Linfoma difuso de grandes células B associado à inflamação
crônica.
Granulomatose linfomatoide.
Linfoma de grandes células B primário do mediastino
(tímico).
Linfoma de grandes células B intravascular.
Linfoma de grandes células B ALK (anaplastic lymphoma
kinase)
positivo.
Linfoma plasmablástico.
Linfoma de grandes células B secundário à doença de
Castleman multicêntrica associada ao herpesvírus humano.
Linfoma primário dos derrames.
Linfoma de Burkitt.
Linfoma de células B, inclassificável, com caraterísticas
intermédias entre o linfoma difuso de grandes células B e o
de Burkitt.
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Linfoma de células B, inclassificável, com caraterísticas
intermédias entre o linfoma difuso de grandes células B e o
de Hodgkin clássico.
Linfoma de Hodgkin de predomínio linfocítico nodular.
Linfoma de Hodgkin clássico:
- Linfoma de Hodgkin clássico com esclerose nodular.
- Linfoma de Hodgkin clássico com celularidade mista.
- Linfoma de Hodgkin clássico rico em linfócitos.
- Linfoma de Hodgkin clássico com depleção
linfocitária.
Leucemia pró-linfocítica de células T.
Leucemia linfocítica de células T grandes granulares.
Distúrbio crônico linfoproliferativo de células natural killer.
Leucemia de células natural killer agressiva.
Doença linfoproliferativa de células T sistêmica, vírus de
Epstein-Barr positivo da infância.
Desordem linfoproliferativa, hidroa vaciniforme-símile.
Leucemia/linfoma de células T do adulto.
Linfoma extraganglionar de células T/natural killer do tipo
nasal.
Linfoma de Hodgkin 
Neoplasias de células T e células natural killer maduras 02/11/2023, 09:02 Leucemias agudas e linfomas
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Linfoma de células T associado à enteropatia.
Linfoma de células T hepatoesplênico.
Linfoma de células T subcutâneo tipo paniculite.
Micose fungoide.
Síndrome de Sézary.
Distúrbios linfoproliferativos de células T CD30 positivas
cutâneos primários:
Linfomas cutâneos primários de células T gama/delta.
Linfomas cutâneos primários agressivos de células T
citotóxicas CD8 positivas.
Linfomas cutâneos primários de células T pequenas/médias
CD4 positivas.
Linfoma de células T periférico, sem outras especificações.
Linfoma de células T angioimunoblástico.
Linfoma anaplásico de grandes células, ALK positivo.
Linfoma anaplásico de grandes células, ALK negativo.
A classificação dos linfomas não Hodgkin (LNH) baseia-se no tipo de
célula e no fenótipo da célula B ou T. Atualmente, são conhecidos mais
de 30 tipos de LNH.
Outras neoplasias de células linfoides maduras 
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Subtipo de LNH segundo o consenso diagnóstico
Linfoma difuso de grandes
células B.
Linfoma de células B alto
grau.
Linfoma folicular (grau 1,
grau 2, grau 3).
Linfoma de células B de
zona marginal.
Linfoma de células B de zona
marginal associado à
mucosa.
Linfoma e leucemia
linfoblástica de células T
precursoras.
Linfomas de células T
periférico.
Linfoma linfoplasmocítico.
Linfoma linfocítico/leucemia
linfocítica crônica.
Linfoma de células V de
zona marginal esplênico.
Linfoma de células do manto. Micose fungoide.
Linfoma mediastinal de
grandes células B.
Linfoma de Burkitt.
Linfoma sistêmico primário
de grandes células
anaplásicas.
Existem ainda outros tipos,
que correspondem a 6,1%
dos casos.
Subtipo de LNH segundo o consenso diagnóstico. NHL CLASSIFICATION PROJECT, 1997, p.
3910.
Agora que já conhecemos os diferentes subtipos de linfomas,
estudaremos mais seus grupos principais.
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Linfoma de Hodgkin
Características gerais dos
linfomas de Hodgkin
O linfoma de Hodgkin ocorre normalmente nos linfonodos localizados
acima do diafragma, principalmente os cervicais altos e
supraclaviculares. Acomete pacientes em qualquer idade, mas sua
maior incidência é em adultos jovens (entre 25 e 30 anos) do sexo
masculino. Trata-se de uma neoplasia que responde bem ao tratamento,
tendo altas taxas de cura (quase 80%).
Linfoma de Hodgkin na região cervical.
O sintoma inicial desse tipo de linfoma é o aumento indolor e perceptível
dos linfonodos em:
Pescoço.
Axilas.
Virilha.
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Porção superior e interna do peito (mediastino).
Abdômen.
O envolvimento de linfonodos em outros locais ocorre com menor
frequência e nos estágios mais avançados. Seus demais sintomas
incluem febre, suores noturnos (que geralmente obrigam o doente a
trocar a roupa de cama), perda de peso e coceira na pele.
Quando o linfoma de Hodgkin afeta os gânglios linfáticos do peito, o
inchaço de tais gânglios pode comprimir a traqueia e causar tosse, falta
de ar e dor torácica. Além disso, o baço pode aumentar, gerando a
esplenomegalia.
Estadiamento dos linfomas — estágios I e II: linfomas localizados; estágios III e IV: doença
disseminada pelo corpo.
Tipos de linfomas de
Hodgkin
Existem dois grupos de linfomas de Hodgkin: o que se apresenta na
forma clássica e o que se apresenta na forma nodular de predomínio
linfocitário. Conheceremos melhor cada um desses tipos a seguir.
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Forma clássica
Apresenta células chamadas de Reed-Sternberg (olhos de corujas).
Essas células são as únicas verdadeiramente neoplásicas no linfoma de
Hodgkin: geralmente observadas em número reduzido em meio a uma
mistura de células inflamatórias e estromais no tecido tumoral, elas não
são encontradas no sangue periférico.
Derivadas dos linfócitos B, as células de Reed-Sternberg têm uma
morfologia bem característica: muito grandes, elas contam com dois ou
mais núcleos que se assemelham a dois olhos de coruja. Além disso,
possuem nucléolos proeminentes e apresentam figuras de mitose e
apoptose.
Microscopia de um nódulo linfático obtido por biópsia mostrando duas células de Reed-Sternberg
(setas).
Tais células estão presentes na forma clássica da doença, que é a mais
comum (95% dos casos) e se subdivide em quatro tipos:
Subtipo esclerose nodular
Tipo mais comum (60-80% dos casos), acomete geralmente adultos
jovens e adolescentes. Os linfonodos afetados apresentam não só áreas
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com fibrose e células de Reed-Sternberg, mas também outras com
células normais.
Subtipo de celularidade mista
Afeta normalmente adultos com uma faixa etária maior, representando
de 25 a 30% dos casos. Os linfonodos afetados apresentam uma grande
quantidade de células de Reed-Sternberg, além de outros tipos celulares.
Subtipo rico em linfócitos
Trata-se de um tipo raro, geralmente afetando a parte superior do corpo.
Ele costuma ser encontrado em poucos gânglios linfáticos.
Subtipo de depleção linfocitária
Trata-se de subtipo ainda mais raro. Agressivo, ele é geralmente
diagnosticado em estágios avançados. Costuma atingir gânglios
linfáticos de abdômen, baço, fígado e medula. Acomete idosos e
portadores do HIV.
Forma nodular de predomínio
linfocitário
Caracteriza-se pela presença de variações das células de Reed-
Sternberg que apresentam tamanho grande e aspecto que lembra o
formato de pipoca. Essa forma é responsável por apenas 5% dos casos,
aparecendo em gânglios linfáticos do pescoço e da axila.
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Microscopia do linfonodo mostrando células “pipoca” (seta).
Linfoma de não Hodgkin
Características gerais dos
LNH
Os LNHs também são neoplasias linfoides originadas de populações de
células B, T ou natural killer. Esse tipo de neoplasia é comum em
pacientes pós-transplantados que utilizam fármacos
imunossupressores e possuem uma forte ligação com casos de
infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV).
Agentes ambientais, contato com pesticidas e anormalidades genéticas
herdadas também estão relacionadas ao desenvolvimento dessa
patologia. O comportamento clínico e a história natural da doença
dependem do subtipo do linfoma e variam de acordo com a
classificação.
Curiosidade
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A prevalência dos LNHs muda conforme a região geográfica, porém, no
Brasil, as informações sobre a epidemiologia e o comportamento
desses linfomas não são muito estudadas.
Além da classificação da OMS, os LNH também são classificados de
acordo com a evolução clínica da seguinte forma:
Indolentes
Normalmente
acometem indivíduos
idosos, apresentando
uma evolução lenta e
sendo de difícil
tratamento.
Agressivos e muito
agressivos
Apresentam evolução
rápida, mas com maior
chance de cura.
Podemos citar como exemplos de LNH indolentes o linfoma folicular, a
leucemia linfocítica crônica de células B/linfoma linfocítico de células
pequenas, o linfoma da zona marginal e o linfoma linfoplasmocítico. Já
o tipo mais comum de linfoma agressivo é o linfoma difuso de grandes
células B.
Diferentemente do linfoma de Hodgkin, o de não Hodgkin não possui um
tipo celular característico, já que ele apresenta uma expressiva
heterogeneidade morfológica, imunofenotípica e genética. Outra
diferença é quehá uma menor quantidade de células inflamatórias e
estromais no tecido tumoral: a maioria de suas células é clonal e deriva
de um precursor linfoide comum que sofreu uma transformação
neoplásica.
Linfoma folicular
É o subtipo com características mais indolentes das células B no
centro germinativo e é o segundo mais comum.

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Subtipos de linfoma de não
Hodgkin
Os LNH são divididos em três subtipos: linfoma de Burkitt, linfoma
difuso de grandes células B (LDGCB) e linfoma folicular. Vamos ver um
pouco mais sobre esses subtipos a seguir.
Linfoma de Burkitt
LNH de células B altamente agressivo e com crescimento rápido, o
linfoma de Burkitt corresponde a 35% dos linfomas em crianças.
Normalmente, encontra-se uma massa na região ileocecal, mas outras
regiões do corpo também podem ser acometidas, como ovários, rins e
mamas. A imagem demonstra a morfologia das células encontradas em
um linfoma de Burkitt do tipo clássico.
Linfoma de Burkitt: células basofílicas com vacúolos citoplasmáticos e núcleos com cromatina
frouxa (ou padrão variável).
De forma endêmica, o linfoma de Burkitt pode ser classificado em:
Linfoma de Burkitt africano
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Associado à imunodeficiência resultante da infecção por EBV e malária.
As crianças são mais acometidas e aparecem com uma massa celular
na mandíbula.
Linfoma de Burkitt esporádico (não
africano)
Não está associado à infecção por EBV, ocorrendo em qualquer lugar do
mundo. Esse linfoma também tem sido associado às infecções pelo
HIV.
Quanto à forma, os linfomas de Burkitt podem se apresentar de três
maneiras diferentes:
 Linfoma de Burkitt clássico
Possui, morfologicamente, células com um
tamanho médio, núcleos redondos com nucléolos
pequenos e citoplasma basofílico, podendo
apresentar vacúolos no citoplasma.
 Linfoma de Burkitt atípico
Possui achados morfológicos semelhantes aos da
forma clássica; entretanto, essa variante exibe uma
maior variação no tamanho e na forma nuclear,
apresentando nucléolo proeminente e em menor
número.
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Do ponto de vista molecular, a doença é classicamente caracterizada
por translocações dos cromossomos t(8;14), o que resulta na expressão
da proteína c-myc, um fator de transcrição que estimula a proliferação
celular.
Translocações
Tipo de alteração cromossômica estrutural em que ocorre a
incorporação de uma porção cromossômica de um cromossomo a
outro não homólogo.
Translocação clássica do linfoma de Burkitt.
As células do Burkitt expressam IgM de membrana e antígenos na
superfície celular comuns dos linfócitos B (CD19, CD20, CD22), além de
 Linfoma de Burkitt com
diferenciação plasmocitoide
Também exibe um pleomorfismo nuclear e o
citoplasma amplo e basofílico, com núcleo
excêntrico. Essa variante morfológica é a mais
frequentemente associada à imunodeficiência.
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CD10 e BCL-6, com negatividade para CD3, BCL-2, CD5, CD23 e TdT.
Avaliado pela detecção do antígeno Ki-67, o índice de proliferação
celular é alto e próximo de 100%.
Estudos têm demonstrado uma expressão variável de CD10 e BCL-6,
assim como uma expressão aberrante (não esperada) de BCL-2 (uma
proteína com função antiapoptótica).
Atenção!
Os exames de imagem desempenham um papel fundamental na
condução do tratamento a partir do diagnóstico, do estadiamento e da
avaliação da resposta ao tratamento para verificar complicações
relacionadas à terapia.
Linfoma difuso de grandes células B
(LDGCB)
É o tipo de LNH mais comum no mundo. Embora seja muito agressivo,
ele responde bem à quimioterapia, apresentando uma ótima remissão. O
LDGCB acomete todas as faixas etárias, mas é mais frequente em
pacientes com menos de 60 anos.
Quanto à morfologia, as células blásticas são grandes, tendo citoplasma
basofílico, núcleo com cromatina frouxa e nucléolo proeminente. No
sangue periférico, é possível observar a linfocitose e as células linfoides
grandes com a cromatina difusa.
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LDGCB – células linfoides grandes com a cromatina difusa no sangue periférico.
A maioria dos casos de LDGCB tem um rearranjo dos genes da cadeia
pesada e da cadeia leve da imunoglobulina, apresentando mutações
somáticas na região variável. Além disso, em 20 a 30% dos casos,
ocorre a translocação entre os cromossomos 14 e 18 — t(14;18) —, o
que sinaliza um prognóstico ruim. No entanto, estudos também
mostram as translocações entre os cromossomos 11 e 18.
Comentário
É interessante notar que tanto a t(11;18) quanto a t(14;18) são
características do linfoma folicular que estudaremos a seguir, sendo,
portanto, consideradas eventos iniciais da linfomagênese (nome dado
para indicar o momento de surgimento da célula tumoral).
O LDGB expressa os antígenos de superfície comuns da linhagem de
linfócitos B (CD19, CD20 e CD79b), IgM e IgG, com uma restrição da
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cadeia leve da imunoglobulina e o marcador universal de linfócitos
CD45. No entanto, ele é negativo para CD5, CD10 e CD23.
Linfoma folicular
O linfoma folicular é um LNH indolente que atinge as células B
presentes no centro folicular. No Brasil, é o linfoma mais frequente; no
mundo, o segundo mais comum (22% dos novos casos). Ele acomete
adultos com idade superior a 50 e 60 anos, fazendo com que os
pacientes apresentem linfonodopatias indolores quase sempre
generalizadas.
Como essa alteração do tamanho do linfonodo não causa dor, a doença,
no momento do diagnóstico, encontra-se bem avançada (nos estágios
III e IV). O linfoma folicular responde bem ao tratamento, mas não é fácil
de ser curado, apresentando uma baixa taxa de sobrevida e muitas
remissões da doença em curto período.
Nesse tipo de linfoma, as células tumorais têm a aparência de
centroblastos e centrócitos que se proliferam em folículos
característicos no meio de uma rede de células normais — em geral,
células T e dendríticas foliculares.
Centroblastos
Células com núcleos maiores, cromatina frouxa e nucléolos
evidentes.
Centrócitos
Células com núcleos escuros e levemente irregulares.
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Linfonodos com formação de folículos.
No sangue periférico, é comum haver o aparecimento de células
linfoides com o núcleo clivado:
Célula linfoide com núcleo clivado.
Os linfócitos tumorais expressam antígenos de superfície comuns na
linhagem B (CD19, CD20 e CD79a), além de IgM ou IgD. Também se
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observa a expressão de CD10 e BCL-2 na maioria dos pacientes. Em
90% dos casos, os achados genéticos incluem a t(14;18), o que resulta
na expressão da oncoproteína BCL2.
Diagnóstico do linfoma não
Hodgkin
Conheça um caso clínico de linfoma não Hodgkin e os exames que
podem contribuir para a elucidação de casos como esse.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Vimos que o linfoma de Hodgkin acomete pacientes em qualquer
idade, embora sua maior incidência se dê em adultos jovens do
sexo masculino (frequentemente, entre 25 e 30 anos). Sobre esse
tipo de linfoma, analise as afirmativasa seguir:
I. É um linfoma que apresenta um mau prognóstico.
II. A forma clássica dos linfomas de Hodgkin tem células chamadas
de Reed-Sternberg (olhos de coruja).
III. As células Reed-Sternberg são encontradas no sangue periférico.
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IV. O subtipo mais comum é a esclerose nodular.
É correto o que se afirma em
Parabéns! A alternativa D está correta.
O linfoma de Hodgkin é uma neoplasia que responde bem ao
tratamento e tem altas taxas de cura (quase 80%). A forma clássica
dos linfomas de Hodgkin possui células chamadas de Reed-
Sternberg, as quais são observadas em número reduzido em meio a
uma mistura de células inflamatórias e estromais no tecido tumoral,
não sendo encontradas no sangue periférico. De todos os subtipos
desse linfoma, o mais comum é o subtipo esclerose nodular.
Questão 2
A translocação é um tipo de alteração cromossômica estrutural em
que ocorre a incorporação de uma porção cromossômica de um
cromossomo a outro não homólogo. Essa alteração genética tem
sido muito encontrada durante a análise citogenética de linfomas,
A I e II.
B I e III.
C III e IV.
D II e IV.
E II e III.
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garantindo, dessa maneira, a classificação do tipo de linfoma. No
linfoma de Burkitt, qual é a translocação frequentemente
associada?
Parabéns! A alternativa B está correta.
O linfoma de Burkitt é caracterizado pela translocação dos
cromossomos 8 e 14 — t(8:14). Tal translocação resulta na
regulação positiva da proteína c-myc, um fator de transcrição que
estimula a proliferação celular.
Considerações �nais
A t(9;22)
B t(8;14)
C t(15;17)
D t(8;21)
E t(2;5)
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Ao longo deste conteúdo, apresentamos algumas alterações que
acontecem nas células da série branca, que são as nossas células de
defesa. Estudamos ainda as principais leucemias agudas, um transtorno
neoplásico que resulta na proliferação das células imaturas da linhagem
mieloide (LMA) ou linfoide (LLA) e na infiltração das células neoplásicas
na medula óssea, impedindo, assim, o crescimento das células de
outras linhagens.
Além disso, falamos sobre os linfomas, uma neoplasia causada não
mais pelas células imaturas, e sim pelos linfócitos presentes no tecido
linfático.
Estamos certos de que essa jornada foi produtiva para você. Lembre-se
de que seu papel no laboratório é essencial para a geração de laudos
rápidos e assertivos. Quanto mais cedo essas patologias forem
descobertas, mais rapidamente o paciente poderá iniciar o tratamento, o
que ocasiona um melhor prognóstico.
Podcast
Antes de finalizarmos, ouça uma entrevista com o professor Rony
Schaffel sobre o linfoma de Hodgkin.

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Explore +
Confira as indicações que separamos para você aprofundar seus
conhecimentos sobre o conteúdo abordado:
Leia o artigo Leucemias agudas e a classificação da OMS: da
clínica e morfologia aos oncogenes, de Raimundo Antonio Gomes
Oliveira (2018), disponível no site Academia de Medicina Guanabara
Koogan, para entender mais a classificação das leucemias agudas
pela OMS.
Leia o artigo Leucemia mieloide aguda: atualidade brasileira de
diagnóstico e tratamento, de Ricardo Helman e colaboradores
(2011), no portal SciELO, para compreender mais a LMA.
Leia o artigo Leucemia linfoide aguda: uma revisão de literatura, de
Martinho de Palma e Mello Júnior, publicado na revista Ciência
news para saber mais sobre LLA.
Leia os artigos Tipos de diagnóstico em linfomas de Hodgkin e não
Hodgkin, de Anaclaire Miari (Ciência news, s/d), disponível no site
da Academia de Ciências e Tecnologia e Linfoma de Hodgkin –
conceitos actuais, de Mariana Machado e colaboradores (revista
Medicina interna, v. 11, n. 4, 2004), no site da Sociedade Portuguesa
de Medicina Interna (SPMI) para saber mais sobre os linfomas.
Referências
02/11/2023, 09:02 Leucemias agudas e linfomas
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03909/index.html# 79/80
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classification of myeloid neoplasms and acute leukemia. Blood, v. 127,
n. 20, p. 2391-2405, 2016.
BORTOLHEIRO, T. C. Classificações morfológicas das síndromes
mielodisplásicas: da classificação franco-americana-britânica (FAB) à
classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Revista
brasileira de hematologia e hemoterapia, v. 28, n. 3, p. 194-197, 2006.
BRASIL. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.
Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Inca,
2019.
BRUTUS, J. N.; CARMO, E. J.; SOARES, G. M. Diagnósticos da leucemia
linfoide aguda: uma revisão de literatura. Boletim informativo
Unimotrisaúde em sociogerontologia, v. 14, n. 8, 2019.
MELO, M.; SILVEIRA, C. M. Laboratório de hematologia: teorias, técnicas
e atlas. Rio de Janeiro: Rubio, 2014.
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RÍOS-HERNÁNDEZ, K. S. et al. Leucemia linfoide aguda B biclonal en un
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02/11/2023, 09:02 Leucemias agudas e linfomas
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03909/index.html# 80/80
SWERDLOW, S. H. et al. The 2016 revision of the World Health
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SWERDLOW, S. H. et al. (ed.). World Health Organization classification
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