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Autoria: Dra. Alessandra da Silva Felix Revisão técnica: Dra. Rita de Cássia Eleutério de Moraes SEMÂNTICA DA LÍNGUA INGLESA APROFUNDANDO-SE NA SEMÂNTICA Introdução Olá, estudante! Esta unidade tem por objetivo trazer a você conhecimentos mais profundos sobre a Semântica, uma área de estudos da Linguística, além de ajudá-lo a entender um pouco mais o seu papel nas investigações dos idiomas e como ela é importante para a compreensão das �guras de linguagens, estruturas linguísticas e palavras. Conheceremos os termos homófonos, homógrafos e homônimos, seus conceitos e exemplos e, além disso, abordaremos sobre a ambiguidade nos textos. Organizados em tópicos, a unidade apresentará uma outra camada de estudos dentro da Semântica. Esses tópicos são um recorte das investigações acadêmicas sobre os estudos linguísticos e foram selecionados como instrumentos de uso dentro das interações sociais. Assim, o assunto que abordaremos lhe auxiliará nas interpretações de textos falados e escritos, dando-lhe também ferramentas para a produção textual em língua estrangeira, assim como para a sua compreensão. Para isso, procuraremos responder a três perguntas que nortearão esta unidade: Como é o estudo da língua? Quais são os fatos linguísticos? Quais são os contextos das palavras? Durante o desenvolvimento de nossos estudos sobre Semântica, as respostas a essas perguntas serão dadas de maneira a facilitar a compreensão do tema. Fique atento ao assunto desta unidade e se envolva no estudo da Semântica aplicada à língua inglesa. Bons estudos! Tempo estimado de leitura: 48 minutos. É normal não reconhecermos o signi�cado de algumas palavras quando estamos lendo ou ouvindo algum texto. Não somos conhecedores dos signi�cados de todas as palavras do dicionário da nossa língua materna e nem 2.1 Semântica – George Yule precisamos ser. O dicionário existe para nos auxiliar quando temos dúvidas ou desconhecemos alguma palavra. Isso não é diferente quando lemos vocábulos de uma língua estrangeira, na verdade, é mais comum termos dúvidas e desconhecimentos sobre palavras estrangeiras do que sobre as de nossa língua materna. Tendo isso em vista, estudaremos uma área da Linguística chamada Semântica, que nos auxiliará no entendimento do signi�cado das palavras, em especial, as da língua inglesa. Antes de qualquer coisa, precisamos entender que a comunicação é algo que acontece com qualquer ser vivo. No mundo animal, há comunicação entre animais, especialmente, os da mesma espécie. Existem estudos sobre a comunicação entre as abelhas, entre os gol�nhos, entre as baleias e entre outros animais. A comunicação é algo inerente ao ser vivo. Nesse sentido, com a humanidade não é diferente. Precisamos nos comunicar, pois é a comunicação que colabora com a interação interpessoal, familiar, social, pro�ssional etc. O desenvolvimento de uma sociedade necessita da comunicação para se realizar e podemos classi�car a comunicação, grosso modo, em três grupos: oral (produção oral, fala, língua falada), escrita (produção escrita, alfabeto, caracteres, códigos) e gestual (língua gestual, expressão gestual). 2.1.1 Estudo da língua Quem foi o primeiro a criar um dicionário no mundo? Foi um monge italiano chamado Ambrogio Calepino e publicado em 1502. Para saber mais sobre ele e sobre a história dos dicionários como conhecemos hoje, leia o artigo da revista Superinteressante. Acesse (https://super.abril.com.br/cultura/qual-foi-o-primeiro-dicionario/) VOCÊ O CONHECE? https://super.abril.com.br/cultura/qual-foi-o-primeiro-dicionario/ Figura 1 - Abelhas Fonte: darnkadel, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer Desenho de duas abelhas com três favos de mel desenhados em volta delas e uma linha tracejada ligando as duas abelhas. George Yule em sua obra Estudo da Língua a�rma que: “Humans are clearly able to re�ect on language and its uses” (YULE, 2017, p. 64), em português: “os humanos são claramente capazes de re�etir sobre a língua e seus usos”. Parafraseando Yule (2017), ser re�exivo, para ele, é considerar que somos capazes de pensar e falar sobre a língua, sendo isso uma das características que distingue a língua humana, por isso, sem essa capacidade não conseguiríamos identi�car qualquer outra característica na língua dos seres humanos (YULE, 2017, p. 64). George Yule (2017) apresenta cinco propriedades distintivas da linguagem humana, a saber: deslocamento, arbitrariedade, produtividade, transmissão cultural e dualidade. Veremos o que cada uma signi�ca. Veja a seguir, as propriedades distintivas da linguagem humana. Deslocamento. 1. Deslocamento (displacement): capacidade de se deslocar no tempo, ou seja, a capacidade de fazer referências ao passado e futuro, e a capacidade de se referir a coisas e lugares, assim diz Yule: “It allows language users to talk about things not present in the immediate environment. Displacement allows us to talk about things and places (e.g. angels, fairies, Santa Claus, Superman, heaven, hell) whose existence we cannot even be sure of.” (Isso permite que os usuários da língua conversem sobre coisas que não estão no presente dentro de um ambiente imediato. O deslocamento nos permite falar sobre coisas e lugares (anjos, fadas, Papai Noel, Super-homem, céu, inferno) cuja existência não temos certeza (YULE, 2017, p. 65, tradução nossa). Essa característica ou propriedade é complexa dentro da linguagem humana, pois podemos nos referir a coisas, lugares, pessoas, tempos que não estão acontecendo ou presentes no momento da fala. Veja um exemplo para melhor ilustrar o que esta propriedade signi�ca: a. Vi João na semana passada, visitando uma galeria de arte no centro da cidade. b. I saw John last week visiting an Art Gallery downtown. No exemplo acima (tanto em português como em inglês) podemos entender que João foi visto num período do tempo que não é o presente e em um lugar que não é onde estamos. Só conseguimos expressar isso porque a linguagem humana permite a construção de sentenças complexas com signi�cados que Arbitrariedade. Produtividade. Transmissão cultural. Dualidade. não são rasos. Então, o deslocamento é uma propriedade que nos permite transitar pelo tempo, espaço e situações que não é possível acontecer numa comunicação entre os animais, por exemplo; porque o animal possui uma comunicação que podemos chamar de pontual, tanto no tempo como no espaço. 2. Arbitrariedade (arbitrariness): a relação não natural entre a palavra e o signi�cado da coisa, ou seja, é arbitrário porque não existe uma razão lógica das coisas, lugares, entre outros, terem o nome que tem. Isso ocorre tanto na língua materna como na estrangeira. Para Yule (2017, p. 66, tradução nossa): “It is possible to make words “�t” the concept they indicate, (…), but this type of game only emphasizes the arbitrariness of the connection that normally exists between a word and its meaning.” (É possível fazer as palavras se encaixarem no conceito que elas indicam, (…), mas este tipo de jogo somente enfatiza a arbitrariedade da conexão que normalmente existe entre a palavra e o seu signi�cado.) A arbitrariedade é uma realidade dentro da linguagem humana, pois as palavras e os signi�cados de tudo que existe não possuem uma relação lógica e coerente. Algumas vezes, podemos reconhecer palavras que reproduzem o som que objetos, animais ou atividades têm e, por isso, parece existir uma lógica na palavra para aquela determinada coisa em função da reprodução do som nas formas escritas e faladas, mas, segundo Yule (2017), as palavras onomatopaicas são raras. Para esclarecer melhor esta propriedade da linguagem humana, vamos dar um exemplo: a. Relógio b. Watch / Clock Quando pensamos no porquê chamamos de relógio o relógio, em português, não conseguimos ver lógica para isso, talvez fosse mais adequado chamá-lo de produtor de horas ou indicador de horas ou leitor de horas, mas mesmo que escolhamos um deles para representar de forma lógica o objeto em questão, seria um nome muito grande e a tendência da comunicação humana é a lei no menor esforço,ou seja, quanto mais simples e rápido, melhor. No caso da língua inglesa, o objeto em questão possui dois nomes que o identi�ca: quando de pulso usamos watch e quando de parede (ou para uso doméstico) usamos clock. Dois nomes para o mesmo objeto e qual seria a lógica para isso? Se colocássemos um nome que explicasse o objeto? Se fosse grande, provavelmente, não funcionaria porque a linguagem humana tende a ser econômica, explicar muito em poucas palavras. Bom, de�nitivamente, percebemos que não existe lógica para os nomes ligados às coisas que existem. Elas são nomeadas arbitrariamente. 3. Produtividade (productivity): a capacidade do ser humano de criar novas expressões pela manipulação das fontes linguísticas para descrever objetos e situações é in�nita. A criatividade humana no uso da linguagem é muito produtiva e é por isso que essa propriedade é uma característica importante dentro da linguagem humana. Yule (YULE, 2017, p. 68, tradução nossa) explica que: “The human, given similar circumstances, is quite capable of creating a “new” signal, after initial surprise perhaps, by saying something never said before, as in Hey! Watch out for that �ying snake!”. (O humano, em circunstâncias similares, é muito capaz de criar um novo sinal, depois de uma surpresa inicial talvez, por algo que nunca aconteceu antes, como por exemplo, Ei! Olha uma cobra voadora!). Algumas sentenças antes da selecionada acima, Yule (2017) explica que os animais, de maneira geral, podem ter sinais que ajudam na sua comunicação, como ocorrem com as abelhas, mas eles não são capazes de produzirem novos sinais para expressar algo novo que esteja acontecendo. Vejamos um exemplo que esclareça isso melhor. Yule (2017) apresentou a situação das abelhas através dos estudos sobre a sua comunicação que ocorre por meio de danças que indicam a localização dos lugares onde há �ores para abastecer a colmeia. Essa comunicação é limitada, porque elas não podem indicar um lugar diferente que já visitaram no passado ou criar um sinal novo para expressar uma situação nova que possa estar acontecendo. Em outras palavras, a propriedade da produtividade é algo único do ser humano, pois ele é o único capaz de criar alguma expressão nova para alguma situação nova ou algo novo que surja. Assim, a capacidade de criar expressões e palavras novas não tem limites dentro da linguagem humana. (ATIVIDADE NÃO PONTUADA) TESTE SEUS CONHECIMENTOS Leia o excerto abaixo: “The problem seems to be that bee communication has a �xed set of signals for communicating location and they all relate to horizontal distance. The bee cannot manipulate its communication system to create a “new” message for vertical distance”. “O problema parece ser que a comunicação da abelha tem um conjunto �xo de sinais para comunicar a localização e eles todos estão relacionados à distância horizontal. A abelha não pode manipular seu sistema de comunicação para criar uma ‘nova’ mensagem para a distância vertical.” (YULE, 2017, p. 68, tradução nossa) YULE, G. The study of language. University of Cambridge: Cambridge UK, 2017. O trecho acima indica qual propriedade que as abelhas não têm em sua comunicação. Assinale a alternativa correta. a. Produtividade. b. Transmissão cultural. c. Arbitrariedade. d. Dualidade. e. Deslocamento. VERIFICAR 4. Transmissão Cultural (cultural transmission): está ligada ao meio, à sociedade, à família em que se encontra o indivíduo. A in�uência linguística não é genética, muito menos �siológica, mas social. Não é a nossa estrutura �siológica que nos faz falar, ela apenas é o meio pelo qual falamos. A laringe, a faringe, a língua, os dentes, o palato, o nariz, os pulmões são componentes �siológicos que nos dão condições para que falemos, mas só falamos realmente quando ouvimos o outro e por constância ou imitação, repetimos o que ouvimos. Não existe um órgão especí�co para a fala, como temos para a respiração (pulmões), �ltragem do sangue (rins), bombeamento/circulação do sangue (coração), etc. A fala é uma ação que acontece com o auxílio de várias partes do corpo. Se uma delas tem algum tipo de problema, isso pode prejudicá-la. A transmissão cultural se inicia através da língua falada, da comunicação em família, célula-mater da sociedade. Se uma família estrangeira vem para o Brasil, por exemplo, com um bebê de colo, com certeza a língua que ele falará é a língua que a família fala, mas se desde cedo tiver contato com a língua nativa do povo onde está vivendo, a língua estrangeira também se tornará uma língua principal, pois será o idioma que usará para se comunicar com o mundo fora de sua casa. O mesmo ocorre com crianças estrangeiras que são adotadas. Elas terão as características biológicas de seus pais, mas falarão a língua da sua família adotiva. Yule (2017, p. 67, tradução nossa) a�rma que: “It is clear that humans are born with some kind of predisposition to acquire language in a general sense. However, we are not born with the ability to produce utterances in a speci�c language such as English. We acquire our �rst language as children in a culture.” (É claro que humanos nascem com algum tipo de pré-disposição para adquirir a linguagem no sentido geral. No entanto, nós não nascemos com a habilidade de produzir enunciados numa língua especí�ca tal como o Inglês. Nós adquirimos a nossa primeira língua como crianças inseridas na cultura.) Diferentemente da comunicação dos animais, a sua produção sonora está mais ligada ao seu instinto do que a uma in�uência social. Yule (2017) a�rma também que as criaturas nascem com um conjunto de sinais especí�cos e que são produzidos instintivamente, mesmo se tiverem isolados de seu grupo, não é o caso dos humanos, que se por alguma razão �carem isolados, não conseguem produzir enunciados ou palavras instintivamente. Essa propriedade da linguagem humana é importante para o nosso desenvolvimento linguístico, como também para o nosso desenvolvimento intelectual, social, pessoal, moral, ético, relacional, pro�ssional, emocional, sentimental, espiritual, na verdade, em todas as áreas que fazem parte do ser humano e da sua vida em comunidade, em sociedade. 5. Dualidade (duality): também conhecida como dupla articulação, é a combinação de determinados sons produzindo muitas palavras, ou seja, as letras e seus sons podem ser combinadas de diferentes maneiras que produzirão novas palavras com signi�cados diferentes, por exemplo, L + A + T + A forma a palavra LATA, em português (objeto de metal que pode conter algo líquido ou não), mas se trocarmos as consoantes (T + A + L + A) teremos, em português, a palavra TALA, que é um tipo de atadura com apoio de madeira. Duas palavras e dois signi�cados distintos. O mesmo ocorre com a língua inglesa, como vemos nos exemplos abaixo: a. D + O + G = dog (cão/cachorro) b. G + O + D = God (Deus) As palavras acima são distintas com signi�cados diferentes. Isso somente é possível porque os sons das letras, por exemplo, podem ser combinados e usados para formar palavras, sejam elas já existentes ou novas (neologismo), sejam elas de origem da língua nativa ou estrangeira. Segundo Yule: “This duality of levels is one of the most economical features of human language because, with a limited set of sounds, we are capable of producing a very large number of sound combinations (e.g. words) that are distinct in meaning.” (Esta dualidade de níveis é uma das características mais econômicas da linguagem humana porque, com um limitado conjunto de sons, nós somos capazes de produzir um grande número de combinações de sons, isto é, palavras, que são distintas em seu signi�cado.” (YULE, 2017, p. 70, tradução nossa). A dualidade é uma propriedade da linguagem humana muito necessária para enriquecimento linguístico, porque é ela que permite a pluralidade de palavras e a in�nidade de formações de signi�cados. Um �lme de 1994 chamado Nell, dirigido por Michael Apted, conta a história de uma jovem que é encontrada em uma casa isolada por um médico e todo o processo que ele passa para entenderqual é o problema que ela tem. Esse �lme lhe ajudará a entender a como a vida isolada pode gerar problemas de diversos tipos no desenvolvimento da linguagem. VOCÊ QUER VER? O estudo da língua de George Yule (2017) nos traz elucidações sobre a linguagem humana e isso nos ajuda a compreender um pouco a complexidade da comunicação do ser humano em comparação aos outros seres vivos que se comunicam instintivamente. Podemos entender, através das propriedades da linguagem humana, o quanto as línguas no mundo são ricas e vivas, permitindo que as diversas gerações de cada país vivam a língua de forma criativa, diacrônica e sincrônica. Leia o excerto abaixo: “While we inherit physical features such as brown eyes and dark hair from our parents, we do not inherit their language. We acquire a language in a culture with other speakers and not from parental genes. An infant born to Korean parents in Korea, but adopted and brought up from birth by English speakers in the United States, will have physical characteristics inherited from his or her natural parents, but will inevitably speak English.” “Enquanto nós herdamos características físicas como olhos marrons e cabelo escuro de nossos pais, nós não herdamos a sua linguagem. Adquirimos uma língua na cultura com outros falantes e não dos genes paternos. Uma criança que nasce de pais coreanos na Coreia, mas é adotada e cresce desde o nascimento com falantes do inglês nos Estados Unidos, terá as características físicas herdadas por seus pais naturais, mas inevitavelmente falará inglês.” (YULE, 2017, p. 67, tradução nossa) (ATIVIDADE NÃO PONTUADA) TESTE SEUS CONHECIMENTOS YULE, G. The study of language. University of Cambridge: Cambridge UK, 2017 Qual é a propriedade da linguagem humana que representa o comentário do trecho acima? Assinale a alternativa correta. a. Transmissão cultural. b. Dualidade. c. Arbitrariedade. d. Produtividade. e. Deslocamento. VERIFICAR Antes de entrarmos no assunto deste tópico é importante entender o que signi�ca a palavra “semântica” e qual é o seu papel. Segundo o dicionário online da língua portuguesa, "semântica" é: 2.2 Homophones, homonyms, homographs Para Cançado (2012, p. 15), “semântica é o estudo do signi�cado das línguas”. Tendo isso em mente, podemos compreender que o papel da Semântica é estudar e entender o que as palavras querem signi�car, transmitir, informar, comunicar, assim como os enunciados que o ser humano produz, tanto na fala quanto na escrita. parte da linguística que se dedica ao estudo do significado das palavras e da interpretação das frases ou dos enunciados”; também pode ser entendida como “[Linguística] Análise da significação nas línguas naturais, sendo ela sincrônica, tendo em conta a evolução da língua, ou diacrônica, num tempo passado”; e por fim, ela é “[Filologia] Ciência que analisa a evolução do sentido das palavras e de outros símbolos utilizados na comunicação humana (SEMÂNTICA, 2021). Figura 2 - Homônimo Fonte: BNP Design Studio, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer Desenho da palavra homônimo escrita em inglês (homonyms) com o desenho de algumas crianças apresentando palavras que são homônimas (escrita igual e sentido diferente) e entre elas estão palm (palmeira e palma), bat (morcego e taco), seal (foca e selo) e iron (ferro de passar e ferro). Ainda é necessário conhecer o que a palavra “metalinguagem” signi�ca, já que ela também nos auxiliará no nosso estudo. Segundo o dicionário online da língua portuguesa, metalinguagem é “tipo de linguagem cujo propósito é descrever ou falar da própria ou de qualquer outra linguagem; metalíngua: o dicionário é um exemplo de metalinguagem” (METALINGUAGEM, 2021). Em outras palavras, ela é a explicação da palavra, da língua de modo geral. Um bom exemplo disso são os dicionários. Isso tudo é essencial para o assunto deste tópico: palavras homófonas, homônimas e homográ�cas. A semântica nos auxilia a entender o signi�cado denotativo de palavras e expressões, assim como o seu signi�cado conotativo. Vejamos alguns exemplos. 1. Coração/Heart: tanto em português como em inglês, os dois vocábulos representam o órgão que bombeia e faz circular o sangue no nosso corpo, mas podemos usar metáforas com o coração que trazem novos signi�cados a essa palavra, como podemos ver em coração partido / broken heart, em ambas se pensarmos na literalidade da expressão, imaginaremos o órgão partido em dois ou mais pedaços. No entanto, por mais que a imagem seja muito vívida em nossa mente, o signi�cado dessa expressão é outro: alguém que está sofrendo por um relacionamento que não deu certo. Outra metáfora para coração / heart é a expressão coração de pedra / heart of stone. Aqui podemos usar a imaginação e pensar num coração feito de pedra, mas se pensarmos no ser humano, um coração de pedra, literalmente, não é possível, porque o nosso coração é um músculo e isso não muda. Porém, o que essa expressão quer nos informar, transmitir? Por mais interessante que seja imaginar a literalidade dessa expressão, a verdade é que ela nos comunica que uma pessoa que tem essa característica é dura em seu coração, ou seja, não possui empatia pelo outro, os seus sentimentos não geram nela afeição, mas atitudes egoístas, ríspidas, cruéis, insensíveis, más etc. Figura 3 - Dicionário Fonte: aga7ta, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer Figura do recorte de um dicionário em inglês na qual aparece a palavra semantic (em português, “semântica”), em negrito, e uma parte de sua pronúncia e significado. A Semântica nos permite entender esse jogo de signi�cados e de palavras dentro de um enunciado, uma conversa ou um texto escrito. Isso nos ajuda a entender palavras que têm escritas iguais, sons iguais e signi�cados diferentes e conseguir diferenciá-las ou explicá-las de maneira mais clara. Palavras que possuem alguma igualdade ou semelhança não são raras, apesar de não serem abundantes. Podemos dizer isso tanto em português como em inglês. Dentro da semântica podemos estudar algumas propriedades que classi�cam as palavras de uma língua, entre elas, temos a homonímia, homogra�a, homofonia. 2. Homonímia/Homonym: de acordo com o dicionário online da língua portuguesa, signi�ca “qualidade do que é homônimo; semelhança ou igualdade de palavras com diferentes signi�cados.” (HOMONÍMIA, 2021). O dicionário online da língua inglesa apresenta a seguinte de�nição: “a word that sounds the same or is spelled the same as another word but has a different meaning” (HOMONYM, 2021). As duas descrições indicam a mesma coisa: som/escrita igual ou semelhante, mas sentido diferente. Vejamos um exemplo em cada idioma: a. Concerto e Conserto: som idêntico, mas a primeira signi�ca composição sinfônica ou musical e a segunda signi�ca reparo de algo que esteja quebrado ou com defeito. b. No e Know: som idêntico, mas a primeira é uma palavra negativa e a segunda signi�ca saber (verbo). 3. Homogra�a/Homograph: de acordo com o dicionário online da língua portuguesa, signi�ca “qualidade do que é homógrafo; diz-se das, ou palavras que têm gra�a idêntica e sentidos diferentes” (HOMOGRAFIA, 2021); o dicionário online da língua inglesa apresenta a seguinte de�nição: “a word that is spelled the same as another word but has a different meaning” (HOMOGRAPH, 2021). As duas descrições indicam a mesma coisa: escrita igual, mas sentido diferente. Vejamos um exemplo em cada idioma. a. Sede e Sede: som semelhante e gra�a idêntica, a primeira signi�ca centro do poder ou administração de algum lugar ou algo e a segunda signi�ca vontade de beber, especialmente água. b. Date e Date: som idêntico e escrita idêntica, a primeira signi�ca data (dia, mês, ano) e a segunda signi�ca namoro ou encontro, especialmente, amoroso, que exista ou que possa a vir existir. 4. Homofonia/Homophone: de acordo com o dicionário online da língua portuguesa, signi�ca “o oposto de polifonia. Homofonia vem das palavras gregas homos (mesmo) e fonia (som); que tem o mesmo som, com gra�a e sentidos diferentes” (HOMOFONIA, 2021); o dicionário onlineda língua inglesa apresenta “a word that is pronounced the same as another word but has a different meaning or spelling, or both” (HOMOPHONE, 2021). As duas descrições indicam a mesma coisa: som igual, mas sentido diferente. Vejamos um exemplo em cada idioma: a. Paço e Passo: som idêntico, primeira signi�ca palácio e a segunda signi�ca andar. b. Sail e Sale: som idêntico, primeira signi�ca velejar e a segunda signi�ca vender. Percebemos através dos conceitos e exemplos acima que as palavras homônimas podem ter o som e/ou a gra�a iguais, mas os sentidos diferentes. Dentro da homonímia, encontramos as palavras homógrafas e homófonas, uma com gra�a idêntica e outra com som idêntico. Percebemos também que isso é um fenômeno natural na linguagem humana e que, diante dessas semelhanças, as diferenças serão, em alguns casos, mais reconhecidas dentro de um contexto. Para melhor entender o fenômeno acima descrito, vamos conhecer alguns fatos linguísticos que nos auxiliam a entender a estrutura da língua e as construções de enunciados. Os fatos linguísticos ou da linguagem são os fenômenos estudados pela Linguística, dessa forma, apresentaremos alguns desses fatos que são alvo de pesquisa dos linguistas, entendendo que alguns deles também são ramos de pesquisa dentro da Linguística, a saber: Fonética, Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Semântica, Estilística. Focaremos em todas, exceto na Semântica, porque essa já foi apresentada anteriormente. Veja a seguir, os ramos da Linguística. 2.2.1 Fatos Linguísticos Easy Way – False Friends (2006), de José Roberto A. Igreja, é um pequeno livro com verbetes de falsos cognatos entre a língua portuguesa e a língua inglesa. As explicações são fáceis de compreender e têm exemplos que ilustram os seus usos. Este livro pode ser muito importante para seus estudos. VOCÊ QUER LER? 1. Fonética: de acordo com o dicionário online da língua portuguesa “é estudo dos sons de uma língua do ponto de vista de sua articulação ou de sua recepção auditiva” (FONÉTICA, 2021); segundo Yule, é “the general study of the characteristics of speech sounds” (“estudo geral das características dos sons da fala”) (YULE, 2017, p. 98, tradução nossa). Conforme Yule (2017), a Fonética é dividida em três partes: fonética articulatória, fonética acústica e fonética perceptiva. A primeira se preocupa com as articulações dos sons, como eles são feitos. O segundo tipo de Fonética lida com as propriedades físicas da fala como as ondas do som pelo ar. O terceiro ramo estuda a percepção da fala dos sons por meio do ouvido (YULE, 2017, p. 98). Fonética. Fonologia. Morfologia. Sintaxe. Semântica. Estilística. 2. Fonologia: segundo o dicionário online da língua portuguesa, é a “ciência que trata dos fonemas do ponto de vista de sua função em uma língua” (FONOLOGIA, 2021). Para Silva (SILVA, 2017, p. 17), “a fonologia estabelece os princípios que regulam a estrutura sonora das línguas, caracterizando as sequências de sons permitidas e excluídas na língua em questão”. 3. Morfologia: segundo o dicionário online da língua portuguesa é o “estudo da classi�cação, da origem, da �exão das palavras e dos processos de formação pelos quais passam” (MORFOLOGIA, 2021); para Faustino e Feitosa (2016, p. 2), “a morfologia se preocupa em estudar a forma das palavras, como elas são estruturadas e a sua classi�cação em classes gramaticais que são divididas em: substantivos, artigos, verbos, pronomes, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições, advérbios e numerais.” 4. Sintaxe: segundo o dicionário online da língua portuguesa é “parte da gramática que trata das funções das palavras na frase e das relações estabelecidas entre elas; análise da estrutura gramatical das palavras que compõem uma frase, oração; o que determina suas funções e relações formais” (SINTAXE, 2021). Para Faustino e Feitosa (2016, p. 2), “a sintaxe ocupa-se das relações estabelecidas entre as palavras nas frases (ou orações), ou seja, identi�ca o sujeito, o predicado, o adjunto adverbial, o objeto direto e o indireto, os complementos nominais e assim por diante.” Othero e Kenedy (2015, p. 10) também conceituam a Sintaxe como “parte da estrutura das línguas e, assim, compreende um conjunto de formas e arranjos, mas é claro que essas formas querem dizer alguma coisa sobre o mundo e, dessa maneira, cumprem alguma função comunicativa”. O estudo da Sintaxe dentro da Linguística tem vários ramos e linhas de pesquisa e análise, a saber, Sintaxe gerativa, Sintaxe minimalista, Sintaxe experimental, Sintaxe em Teoria da Otimidade, Sintaxe tipológica, Sintaxe lexical, Sintaxe computacional, Sintaxe funcional, Sintaxe construtivista, Sintaxe descritiva, Sintaxe normativa tradicional. Não abordaremos o que cada uma signi�ca, porque esse não é o objetivo desta unidade, mas é interessante saber que existe um estudo extenso nessa área. 5. Estilística: segundo o dicionário online da língua portuguesa é o “estudo cientí�co dos processos de estilo; método de análise e crítica literária ou artística que se detém no estilo; Arte de bem escrever” (ESTILÍSTICA, 2021). Para Martins (2008, p. 17) é “uma das disciplinas voltadas para os fenômenos da linguagem, tendo por objetivo o estilo. (...) Designava em latim – stills – instrumento pontiagudo usado pelos antigos para escrever sobre tabuinhas enceradas e daí passou a designar a própria escrita e o modo de escrever”. Figura 4 - Nuvem de Palavras Fonte: Boris15, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer Infográfico que apresenta várias palavras escritas na horizontal e na vertical sobre a Linguística e seus ramos de estudo e pesquisa. Todos os vocabulários estão escritos na língua inglesa. Os fatos linguísticos nos ajudam a compreender as línguas e as suas estruturas e organizações, entre esses fatos temos a Semântica, que nos auxilia a entender os signi�cados das palavras, das expressões e das enunciações. Veja a seguir, as de�nições dos ramos da Linguística. “É o estudo dos sons de uma língua do ponto de vista de sua articulação ou de sua recepção auditiva” (FONÉTICA, 2021). “Ciência que trata dos fonemas do ponto de vista de sua função em uma língua” (FONOLOGIA, 2021). Fonéti ca Fonolo gia Continue acompanhando os estudos! Veja a seguir, sobre a ambiguidade. Sabemos que a comunicação é essencial para o ser humano, uma vez que sem ela não nos desenvolvemos como pessoa nem como sociedade, pois a comunicação permite que tenhamos interação. No entanto, nossa comunicação pode sofrer ruídos e, por isso, causar mal- entendidos, incompreensão, equívocos e confusões durante o processo de interação verbal, seja oral ou escrito. Um dos elementos que pode colaborar para 2.3 Ambiguidade "Estudo da classi�cação, da origem, da �exão das palavras e dos processos de formação pelos quais passam” (MORFOLOGIA, 2021). “Parte da gramática que trata das funções das palavras na frase e das relações estabelecidas entre elas; análise da estrutura gramatical das palavras que compõem uma frase, oração; o que determina suas funções e relações formais” (SINTAXE, 2021). “Parte da linguística que se dedica ao estudo do signi�cado das palavras e da interpretação das frases ou dos enunciados” (SEMÂNTICA, 2021). “Estudo cientí�co dos processos de estilo; método de análise e crítica literária ou artística que se detém no estilo; Arte de bem escrever” (ESTILÍSTICA, 2021). Morfol ogia Sintax e Semân tica Estilísti ca esse ruído na comunicação é a ambiguidade. Mas o que seria ambiguidade? O conceito dado pelo dicionário online da língua portuguesa é: qualidade daquilo que possui ou pode possuir diferentes sentidos, do que é incerto ou indefinido; natureza do que é ambíguo; [Linguística] duplicidade de sentidos; característica de alguns termos, expressões, sentenças que expressam mais de uma acepção ou entendimento possível; [Gramática] a ambiguidade é muito utilizada na linguagem poética ou literária, mas deve ser evitada em alguns tipos textuais; [Filosofia] dualidade profunda de um termo, de uma proposição ou de uma situação(AMBIGUIDADE, 2021). Para Hainzenreder (2018, p. 126), ambiguidade é “uma palavra ou expressão pode conter mais de um signi�cado”. Figura 5 - Ambiguidade Fonte: Anton Shaparenko, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer Figura de uma placa com três setas, uma apontando para esquerda e duas para a direita e abaixo dela a palavra ambiguidade escrita em inglês, ambiguity. Segundo a classi�cação de Hainzenreder (2018, p. 126), a ambiguidade pode ser lexical ou estrutural. A ambiguidade lexical é “quando um item lexical apresenta dois ou mais signi�cados”. Vejamos um exemplo disso: a. Manga: pode ser a fruta ou pode ser uma parte determinada da camisa; b. Can: pode ser um cilindro de metal que pode conter líquido, por exemplo, ou pode ser o verbo modal da língua inglesa. A ambiguidade estrutural “ocorre com uma ou mais estruturas sintáticas” (HAINZENREDER, 2018, p. 126). Vejamos um exemplo disso: a. Vim visitar a gata da Fernanda. (É o animal da Fernanda ou é um elogio para a Fernanda? Não sabemos, uma vez que só o contexto mostrará o real signi�cado da frase). b. The police killed the criminal with a gun. (É o policial que está com uma arma ou é o homem estava com a arma? Não sabemos, só o contexto mostrará o real signi�cado da frase). A ambiguidade é naturalmente usada, até mesmo com liberdade, em textos poéticos e em piadas, mas não é bem-vista nos demais textos porque pode causar confusão entre os interlocutores, leitores etc. Desenvolveremos mais sobre a ambiguidade estrutural que, geralmente, é o que causa maior mal-entendido na comunicação. A ambiguidade lexical causa menos confusão quando aparece em sentenças. Claro que alguém pode intencionalmente usar palavras que trazem sentidos duplos ou com duplo signi�cado para criar sentenças ambíguas. 2.3.1 O contexto das palavras Existem dicionários em inglês de um grupo especí�cos de verbetes que chamamos de phrasal verbs. Esses dicionários trazem verbos que mudam de signi�cado de acordo com a preposição que lhes acompanha. Isso é algo muito bom para quem estuda inglês e não consegue entender de imediato os phrasal verbs. Eles podem ser encontrados em qualquer livraria. VOCÊ SABIA? Figura 6 - Nuvem de palavras Fonte: ibreakstock, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer Infográfico com palavras ligadas à ambiguidade em que todos os vocabulários estão escritos na língua inglesa. À direita do infográfico há uma mão com um pincel atômico como se estivesse escrevendo as palavras que lemos. As estruturas frasais, quando mal construídas ou, até mesmo, construídas dentro da regra geral com palavras ambíguas, podem causar ruídos no entendimento da informação. Muitas das vezes, serão os contextos em que essas frases estão inseridas que farão com que a ambiguidade seja desfeita, outras vezes, o interlocutor terá que explicar a sua sentença para desfazer o mal- entendido. Por exemplo, uma amiga foi veri�car a gatinha de outra amiga que tinha saído para um retiro espiritual. A que foi olhar como estava a gatinha sozinha no apartamento precisou comunicar ao porteiro para onde iria e o que faria no apartamento que estava vazio naquele �nal de semana. Então, ela disse ao porteiro: “Vim ver a gata da Fátima”. Quando ela percebeu que a sua frase poderia causar um mal-entendido, rapidamente essa amiga explicou que subiria para ver se gata estava bem enquanto a sua dona estava fora. Esse tipo de mal-entendido pode acontecer a qualquer momento durante uma conversa e até mesmo na leitura de alguma mensagem. Se não observarmos bem o que falamos ou escrevemos, o outro que nos ouve ou lê a nossa escrita poderá entender uma mensagem ou informação diferente daquela que gostaríamos de passar. Há casos em que o contexto desfaz qualquer ambiguidade que possa vir a existir. Imaginemos uma ação policial contra bandidos e, nessa ação, o bandido morre porque ele estava pondo em risco a vida de civis e policiais. Quem estava observando tudo o que acontecia entendeu que o policial matou um bandido armado. No entanto, quando aparece no jornal a frase “Policial mata bandido com arma” (“The police killed the criminal with a gun”), o texto �ca ambíguo para quem não foi testemunha ocular do ocorrido. Então, o leitor terá que ler o artigo daquela manchete para saber o que aconteceu de fato. Existem situações em que a sentença é propositalmente construída para ter ambiguidade, usando palavras ambíguas ou frases construídas ambiguamente, principalmente, em piadas. Esse tipo de atitude linguística sempre tem um propósito que, muitas vezes, é atingido, especialmente, se quem a ouve ou lê consegue reconhecer o jogo de duplo sentido que está na frase. Há espaço para isso também em poesias e músicas que brincam com os sentidos a �m de revelar indiretamente a sua intenção por trás das letras. Nesta unidade, vimos a Semântica apresentada por George Yule (2017) e as suas propriedades. Também aprendemos sobre as palavras homônimas, homófonas e homógrafas e suas características e como a Semântica nos auxilia CONCLUSÃO Faça uma resenha de 15 a 20 linhas do �lme Nell, apresentando a sinopse do �lme, também as características mais marcantes que foram encontradas ali, além de fazer uma relação com o que foi apresentado nesta unidade. Escreva o seu ponto de vista sobre o tema central do �lme e o que mais lhe chamou atenção, baseando-se no que estudamos aqui. VOCÊ O CONHECE? a entendê-las. Conhecemos também os fatos linguísticos e alguns dos ramos de estudo da Linguística, seus conceitos e suas características. Aprendemos também um pouco sobre ambiguidade e como ocorre e como pode ser desfeita. O estudo que �zemos nesta unidade nos ajudará e entender melhor uma camada mais profunda sobre a Semântica de maneira geral, mas também sobre a Semântica da língua inglesa. Conhecer características que facilitam ou di�cultam a compreensão dos enunciados nos preparam para uma leitura menos super�cial ou ingênua sobre os textos que recebemos. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: aprender sobre semântica de George Yule e suas propriedades ; entender o que são Homonyms, Homophones e Homographs; conhecer os fatos linguísticos; compreender que é ambiguidade e seus tipos; reconhecer como entender e desfazer da ambiguidade. Clique para baixar conteúdo deste tema. AMBIGUIDADE. In: DICIO. Dicionário Online de Português, 2021. Disponível em: https://www.dicio.com.br/ambiguidade/ (https://www.dicio.com.br/ambiguidade/). Referências https://www.dicio.com.br/ambiguidade/ CANÇADO, M. Manual da semântica: noções básicas e exercícios. São Paulo: Contexto, 2012. Disponível na Biblioteca Virtual Universitária. COLELLO, S. M. G. (org.). Textos em contextos: re�exões sobre o ensino da língua escrita. 29. ed. São Paulo: Summus, 2011. 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