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CLASSE REPTILIA •Os répteis surgiram no Carbonífero, há cerca de 300 milhões de anos. •A linhagem evolutiva dos Antracossauros provavelmente originou os primeiros amniotas. 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO •Os répteis são um grupo parafilético de vertebrados tetrápodos •Melhor definição dos répteis: “amniotas que não são aves nem mamíferos” 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO Amniota: Definição filogenética: todos os descendentes do mais recente ancestral comum dos organismos atuais que possuem ovo amniótico 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO •Três linhagens evolutivas levaram ao desenvolvimento das formas viventes de tetrápoda: Anapsida: crânio caracterizado por não apresentar fossas temporais atrás das órbitas (tartarugas); Diapsida: crânio caracterizado por apresentar dois pares de fossas temporais, um localizado nas têmporas e outro pouco acima (todos os répteis atuais, exceto tartarugas e aves); Sinapsida: crânio caracterizado por apresentar um único par de fossas temporais localizadas (linhagem de répteis que originaram os mamíferos). 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO •Árvore evolutiva dos répteis 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO •Cladograma para os amniotas atuais 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO •Diapsida: representantes atuais 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO •A irradiação adaptativa dos répteis no final da Era Paleozóica deveu-se principalmente a grande irradiação dos insetos. •Duas forças moldaram a irradiação adaptativa: evolução de mecanismo mandibular eficiente adaptado para a alimentação de insetos 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO •Duas forças moldaram a irradiação adaptativa: evolução de estrutura corpórea mais eficaz para a locomoção em terra. 1. ORIGEM E EVOLUÇÃO Subclasse Anapsida Ordem Testudines ou Chelonia Subclasse Diapsida Superordem Lepidosauria Ordem Sphenodonta ou Rhinchocephalia Ordem Squamata Subordem Lacertilia ou Sauria Subordem Serpentes ou Ophidia Subordem Amphisbaenia Superordem Archosauria Ordem Crocodylia 2. TAXONOMIA 2. TAXONOMIA Sphenodon http://1.bp.blogspot.com/_advKJXlsYsw/SrD7PytbsjI/AAAAAAAAAGo/S0LQzH7CIKI/s1600-h/ajolote.jpg •A principal característica comum é a presença da epiderme fortemente cornificada, formando escamas ou placas córneas. •Atualmente há cerca de 7mil espécies viventes, ocupando grande variedade de hábitats aquáticos e terrestres. •Corpo com grande variedade de formas, compacto em alguns e alongado em outros, coberto por pele seca e cornificada, as vezes com escamas epidérmicas. •Tegumento com poucas glândulas. 3. CARACTERÍSTICAS GERAIS •Tetrápodes, com extremidades pentadáctilas. •Esqueleto completamente ossificado; presença de costelas e esterno; crânio com 1 côndilo occipital. •Respiração pulmonar alveolar, com arcos branquiais apenas no embrião. •Coração incompletamente dividido em 4 câmaras. •12 pares de nervos cranianos; lobos óptivcos nos lados dorsais do cérebro. 3. CARACTERÍSTICAS GERAIS •Rins metanéfricos, excretando ácido úrico. •Regulação de temperatura segundo o padrão ectotérmico; regulação comportamental em algumas espécies. •Sexos separados, fecundação interna. •Produção de ovos revestidos com casca calcárea ou córnea, com saco vitelino e mais 3 membranas extra- embrionárias: âmnio, alantóide e córion. Desenvolvimento direto. 3. CARACTERÍSTICAS GERAIS 4. HÁBITOS Regiões quentes do mundo Ectotermos radiação solar radiação do substrato manutenção ºT: mudança de postura mecanismo resfriamento - evaporação 5. TEGUMENTO Pele coriácea resistente e esculturada não glandular epiderme estratificada cam germinativa cam interna: mole, regs articul cam externa: dura, com projeções, dispersa luz, reduz radiação Derme céls pigmentares e nervos fibras paralelas à sup corporal (âng reto) - elasticidade fibras através derme e epiderme – resistência mecânic forame parietal (tuatara e alguns lacertílios) 5. TEGUMENTO Escamas EPIDÉRMICAS superficiais trocadas periodicamente MUDA ou ECDISE DÉRMICAS altamente desenvolvidas em quelônios crocodilianos – placas ósseas: OSTEODESMOS alguns lacertílios inexistem em serpentes 3. TEGUMENTO Coloração função: harmonizar animal-ambiente e escondê-lo reconhecimento específico ou sexual termorregulação proteção órgãos vitais contra radiação mudança de cor resposta à luz, ºT, excitação... controle por hormônios – epinefrina: empalidecimento – intermedina: escurecimento 4. SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO Região cefálica: Crânio ossificação maior que anfíbios teto arqueado forame parietal (tuatara e alguns lacertílios) aumento osso dentário nova articulação crânio- mandíbula aberturas região temporal crânio (fossas cranianas) – fixação e movimento músculos mandibulares Anapsida – Sinapsida – Diapsida Desenvolvimento maxilas fortes ex: depressor mandíbula crocodilos (abre) – curto pouca vantagem mecânica adutor maxilas (fecha) – poderoso esmaga casco tartaruga Sphenodon Formação palato secundário : fusão ossos vomerianos migração narinas internas Obs: alimento inteiro – narinas internas anteriores cortam pedaços – narinas internas posteriores Côndilo occipital único Quadrado solidamente fundido ao crânio (autostilia) – quelônios, crocodilianos e tuatara móvel (hiostilia) – squamata Dentes Substituídos quando perdidos Ausentes quelônios – maxilas envolvidas bainha córnea Presentes pré-maxilar , maxilar superior e dental (gral) e ainda palatinos, vômeres e pterigóides no demais répteis Classificação: Homodonte: uniforme – crocodilianos e lacertílios Heterodonte: especializados – alguns lacertílios e os serpentes De acordo com inserção: Tecodonte: em alvéolos; chance perda; crocodilianos Acrodonte: superfície maxilas; sem raízes; unidos tecidos duros; lacertílios Pleurodonte: face lateral interna maxilas; união por fibras colágenas; serpentes Peçonha – glândulas salivares altamente modificadas Lagartos não são peçonhentos, exceto Monstro Gila Dragão de Komodo – saliva altamente infecciosa Dragão de Komodo Monstro Gila Coluna vertebral Centros vertebrais procélicos – anterior côncavo e posterior convexo Regiões - cervical (crocodilianos - costelas curtas e livres; criptodiros: gínglimos permitem curvatura em S, e pleurodira: juntas cilíndricas para dobramento lateral) - torácica (esterno ventral, exceto quelônios e ápodos) - lombares (crocodilianos - 7 pares gastrálios forma V entre externo e ossos púbicos) - sacrais - caudais (nº variável) Quelônios: vértbs torácicas e sacrais fundidas à carapaça e costelas torácicas ao plastrão Ápodos – ausência esterno alimentação Serpentes – 200-400 vértbs Musculatura tronco é mais complexa: presença camada intercostal (une costelas) subdividindo camadas oblíquo externo e oblíquo interno, além do transverso e reto abdominal, Músculos dérmicos (da pele) proeminentes nas serpentes auxiliam locomoção (levanta/abaixa escudos, / fricção chão) Esqueleto apendicular Esqueleto apendicular Variável diferentes tipos locomoção: inexistente, adaptados à natação ou vida terrestre (arborícolas, epigéicos, corredores) Geralmente pentadáctilos (perda dígitos por especialização); cada dedo com 1 garra; fórmula falangeana 2-3-4-5-3 (mão) e 2-3-4-5-4 (pé) Crocodilianos – apêndices laterais ao corpo mas podem ser deslocados quase verticalmente (galope) Lacertílios – múscs membros + desenvolvidos – corredores bipedalismo – trepadores garras afiadas e/ou cristas dedos Serpentes – algumas sp apresentam vestígios cintura pélvica e pernas posteriores (jibóias e pítons) 5. SISTEMA DIGESTÓRIO Terrestres glândulas orais desenvolvidas: palatinas, labiais, linguais e sublinguais (monstro gila) Língua – Botões gustativos – Quelônios e crocodilianos não extensível; margemposterior com dobra transversal – Squamata muito desenvolvida; bifurcada (captação e transferência odores); camaleões – extensível, ponta espessa e pegajosa Teto bucal com órgão quimiorreceptor – órgão de Jacobson Faringe curta Esôfago alongado Estômago com grande região esférica e uma menor, pilórica Intestino delgado mais enovelado que anfíbios Fígado bilobular frente ao estômago Pâncreas entre 1ª alça intestinal Intestino grosso linear, termina Reto que esvazia-se Cloaca (digestório, excretor e reprodutor) que abre-se Ânus Alimentação: °T Digestão mais rápida alimentação °T Digestão mais lenta alimentação 6. SISTEMA CIRCULATÓRIO Mais eficiente – eliminação brânquias + desenvolvimento rins Coração – Anteroventral ao tórax – Átrios completamente divididos (AD e AE) – Ventrículos parcialmente divididos por septo (exceto crocodilianos) – Cone arterioso embrionário origina 3 arcos: AA Pulmonar (para pulmões) AA Direito ou Sistêmico (corpo ant e post) AA Esquerdo (corpo post) Obs: Crocodilianos Aas comunicam-se Forâme de Panizza – Internamente separação sangüínea Circulação Circuito sistêmico: sangue oxig (AE) coração cabeça, tronco e apêndices Circuito pulmonar: sangue desox (AD) coração pulmões coração pulmões corpo coração Quelônios e Squamata – coração troca sangue circuitos sistêmico e pulmonar crista muscular divide ventrículo direito em cavidade pulmonar (CP, ventral) e cavidade venosa (CV, dorsal) Contração atrial Contração ventricular Obs: Sistema impede efetivamente mistura sangue oxigenado e desoxigenado no coração Períodos Apnéia em Quelônios e Squamata desvio intracardíaco – reduz fluxo sangüíneo ao pulmões (utiliza melhor oxig armazenado) Circulação nos Crocodilianos Fluxo depende – resistência circuito sistêmico X pulmonar – atividade do indivíduo Repouso: pressão VD=VE; AAE conduz íons H para secreção ác clorídrico durante digestão Ativo: pressão VD VE VE e AAD sangue flui para AAE (ambos AA recebem sangue oxig) Apnéia: constrição circuito pulmonar pressão VD VE VD sangue flui para AAE método também usado para aumentar taxa aquecimento 7. SISTEMA RESPIRATÓRIO Somente pulmões – câmaras internas com alvéolos (+ eficientes) Lacertílios: pulmão maior que outro Serpentes: pulmão reduzido ou ausente Crocodilianos: pulmões mamíferos Narinas internas e externas separadas palato secundário Laringe cartilaginosa (3 peças) contém cordas vocais Traquéia cartilaginosa tubular (anéis) ramificada em 2 brônquios curtos que desembocam pulmão Respiração Deglutem ar Utilizam músculos costais e abdominais para aspirar ar para dentro dos pulmões Crocodilianos: dobra transversal língua + dobra transv palato isolam cavidade bucal Quelônios: - respiração requer atividade muscular - respiração acessória (faríngea e cloacal) 8. SISTEMA EXCRETOR Rins metanefros mais desenvolvidos, n° unidades renais Excretam ácido úrico insolúvel; economia hídrica; eliminado estado semi-sólido Corpúsculos renais pequenos e pouco vascularizados pouco filtrado Ducto arquinéfrico degenerado fêmeas e função reprodutiva machos Perda funcionalidade sistema porta-renal sangue parte posterior corpo passa direto pelos rins; desenvolvimento artérias renais (trazem sangue diretamente aorta dorsal para rins dos quais retornam veias renais – pós-cava – coração) Bexiga: evaginação parede ventral cloaca; ausente crocodilianos, ofídios e alguns lacertílios (urina semi-sólida) Glândulas secretoras de sal eliminação rápida Glândulas oculares (tartarugas marinhas): sal pelas lágrimas Glândulas nasais (marinhos e deserto): excreção alta concentração sal (50% água mar) e mínimo água (urina menos concentrada – cloaca absorve mais água); elimina resfolegando Obs: Iguana marinho resfolego audível Serpentes marinhas glândula sublingual posterior (bainha língua) produz fluido concentração cloreto de sódio; expelido quando língua é estendida 9. SISTEMA NERVOSO Mudança centro nervoso para cérebro aumento acentuado tamanho hemisférios 12 pares nervos cranianos 1ª vez nos vertebrados 2 lobos olfativos grandes ligados aos hemisférios cerebrais 2 lobos ópticos atrás cérebro Cerebelo em forma pêra, mediano, maior que anfíbios capacidade locomotora relativamente limitada Bulbo estendendo-se por baixo cerebelo, estreitando-se, formando a medula espinhal 10. ÓRGÃOS DOS SENTIDOS Gustação – corpúsculos gustativos restritos à região faríngea Visão – Cristalino muda forma acomodação visual (achatado – longe; arredondado – perto) – Pálpebras móveis ofídios e lagartos escavadores com cobertura transparente derivada das pálpebras (substituída peirodicamente) – Membrana nictante (3ª pálpebra, deslocamento ântero-posterior); alguns répteis – Glândulas lacrimais umidificação córnea globo ocular – Olho pineal (tuatara e alguns lagartos) regulação quantidade exposição à luz solar e/ou controle ritmo circadiano Olfato Órgão de Jacobson (vomeronasal) – teto bucal; muito desenvolvido em serpentes Audição (estrutura variável) Lacertílios: ouvido médio bem desenvolvido – meato auditivo externo curto, com tímpano (1ª evidência ouvido externo nos vertebrados. Vocalização Squamata silvam (luta/corte) Jabutis grunhidos, gemidos e urros (corte) Crocodilianos e lagartixas rugidos (territorial/corte) Filhotes no ovo estímulo à eclosão sincronizada Filhotes (grito de angústia) estimulam defesa dos adultos Termorreceptores Fosseta loreal cascavéis e membros da família das víboras Cavidades sensoriais ântero-ventrais de cada lado da cabeça Localizar a atacar presas cuja °T é maior que a do meio circundante 11. SISTEMA REPRODUTOR Fêmeas Ovários sólidos (muito estroma); direito maior que esquerdo Oviduto par (1 para cada ovário) Ovos formados nos ovários (ovário funil oviduto) Ovos envoltos por albumina – parte superior oviduto Cobertura protetora: casca coriácea ou calcárea – oviduto próximo à cloaca Fecundação no oviduto Machos Ductos arquinéfricos função reprodutoras – extremidade superior enovelada e compacta epidídimo Órgãos copuladores - Squamata: hemipênis – estrutura par alongada em sacos alongados que se abrem na cloaca; durante cópula e evertido - Crocodilia e Chelonia: pênis – órgão sulcado dentro assoalho cloaca; quando estimulado, esfíncteres fluxo sangüíneo causando entumescimento, então sulco se fecha e pênis se protrai Reprodução Maioria ovíparos Ovos grandes, ricos em vitelo Ovos com casca e anexos embrionários amniótico Algumas espécies lacertílios e uma espécies ofídia são partenogenéticas Cuidado parental raro exceção crocodilianos (até 2 anos) Desenvolvimento embrionário dependente da °T Razão sexual dependente da °T Ex: Jacaré °T fêmeas tartarugas °T fêmeas °T machos °T machos Cnidophorus Agamidae Xantusiidae PARTENOGENÉTICOS