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relações internacionais-Marcos Metodológicos

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INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado (a) acadêmico (a) nesta nesta unidade irei apresentar alguns destaques 
em relação às relações internacionais. É importante sempre lembrar que no final desta 
unidade você terá também algumas curiosidades e dicas de filmes e livros para 
complementar seus estudos. Não deixe de apreciar os conteúdos oferecidos aqui. Para 
iniciar nossos estudos, iremos apresentar os principais marcos metodológicos, marcos 
estes que foram importantes nos estudos das relações internacionais e você poderá 
entender melhor a importância deles para os estudos propostos. 
Após apresentados os principais marcos, irei também apresentar a você e trazer 
algumas análises sobre as principais teorias das Relações Internacionais. E para 
aprimorar este estudo, convido você a estudar os principais autores e suas correntes 
clássicas. Entre estes autores, destacam-se alguns como: Sun Tzu, Tucídides, Tito Lívio 
e Maquiavel, Hobbes e Richelieu, respectivamente. 
E para finalizar esta unidade irei apresentar algumas estudar as principais 
correntes e relações brasileiras em relação aos momentos políticos marcantes da época. 
Portanto, é importante destacar que o pensamento das Relações Internacionais 
buscou na referências clássicas que explique melhor os fatos. Sendo assim, destacaram-
se vários autores em que o poder é o elemento central de suas teorias. 
 Como já estudado na Unidade I, para o realismo do século XX que estava se 
construindo, diversos conceitos como sobrevivência, poder, estado de natureza, auto 
interesse era o enfoque dado na leitura desses clássicos. Nas teorias realistas das 
relações internacionais, que reivindicam um caráter objetivo, empírico e pragmático, o 
Estado é colocado no centro das discussões, pois se considera que o Estado é o ator 
principal das relações internacionais. 
 
Obrigado por continuar comigo e desejo bons estudos! 
 
 
1 PRINCIPAIS MARCOS METODOLÓGICOS 
 
 
Fonte: www.shutterstock.com/ 476588971 
 
Prezado (a) acadêmico (a) neste tópico você irá estudar sobre os principais 
marcos metodológicos que marcam as relações internacionais. Sabe-se que todo 
método opera uma forma de caminho conhecido para a produção da ciência. Os 
primeiros registros do conhecimento sobre a natureza e a ciência partem das 
observações humanas ao longo dos tempos, conforme Castro (2012, p. 271): 
 
O método corresponde, nas pesquisas científicas em Relações Internacionais, à 
determinação de rota factível (dentre as várias trilhas disponíveis ao sujeito e 
seus interlocutores) para o processo de investigação. Tem duplos sentidos: 
atender ao próprio pesquisador na análise dos conceitos, na construção formal 
da pesquisa e no processamento das variáveis no bojo da mecânica da produção 
acadêmica e revelar, ao público interessado (leitores em geral), os meios 
utilizados no desenho dos resultados encontrados. Método e conhecimento são 
aportes de construção para o processo científico. Método e ciência trazem 
complementaridades e necessitam de mútua correlação sob a égide de 
constante verificação ou testes. (CASTRO, 2012, p. 271). 
 
Por isso, não há como os dois serem separados. Não existe processo nem 
tampouco cientificidade sem o devido método. A ciência normal, como assim entende 
Kuhn, são construções metódicas formadas (e reformadas) 
http://www.shutterstock.com/
 
Conforme Castro (2012, p. 271) as seguintes reflexões iniciais são de provocação 
importantes para o estudos das metodologias em relações internacionais: 
 
Será mesmo um caminho conhecido ou meramente um caminho apenas 
(re)conhecido pela comunidade acadêmica? O reconhecimento do caminho já 
amplamente trilhado anteriormente pelos sistemas de teorias (Popper) é uma 
forma de inovação nas Relações Internacionais? ao longo do tempo, 
acarretando, assim, os paradigmas aceitos perante uma comunidade científica. 
Assim, o método e sua sistematização formal, denominada de metodologia, 
vislumbram maneiras que possibilitam o avanço da produção científica e a 
elevação dos padrões de pensamento crítico e reflexivo. (CASTRO, 2012, p. 
271). 
 
Observa-se que todo método segue uma lógica formal posta e aceita como ponto 
estruturado de partida e de chegada. Não há dúvidas quanto ao imperativo do ponto de 
partida; o questionamento reside no caráter e no tipo de lógica formal posta e aceita para 
tal. Conforme Castro (2012, p. 272) há alguns questionamentos relevantes: 
 
Haveria, objetivamente, lógicas formais que melhor atenderiam os ditames 
complexos das Relações Internacionais? Existem dados confiáveis para refutar 
os saberes científicos da área internacional? Como se poderiam construir 
parâmetros lógico-sistêmicos de validação da pesquisa em RI? Muitas dessas 
perguntas são aqui deixadas pairando no ar, De toda maneira, há uma 
estruturação racional (cartesiana) crítica inerente ao processo metódico para as 
ciências e humanas, como também para as ciências chamadas duras ou para as 
ciências da natureza. Tal construção racional é produto de longo processo 
histórico no campo da filosofia da ciência, do cognitivismo e da 
epistemologia.(CASTRO, 2012, p. 272). 
 
1. 1 Do Método Dedutivo Cartesiano 
 
Segundo Castro (2012) O processo de organização e elaboração do método 
passa, necessariamente, pela construção e reconstrução do discurso, tendo sido 
Descartes1 seu principal articulador. O racionalismo cartesiano é, em grande medida, 
divisor de águas na filosofia renascentista não somente em razão do cogito (“penso logo 
existo”), mas, principalmente, pela sistemática estabelecida, por ele, sobre a constante 
refutação e sobre a dinâmica do questionamento como base da experiência da razão. O 
 
1 DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo, Nova Cultural, 1999. p. 49 - 51. 
 
 
célebre fundador do racionalismo no século XVII recebeu educação formal jesuíta e 
exerceu expressiva influência em Spinoza e em Leibniz. 
Segundo o filósofo francês, há quatro etapas na construção racional-
epistemológica da lógica formal dedutiva com sua cientificidade, assim expressa em sua 
obra Discurso do Método: 
 
O primeiro era o de nunca aceitar algo como verdadeiro que eu não conhecesse 
claramente como tal. [...] O segundo, o de repartir cada uma das dificuldades que 
eu analisasse em tantas parcelas quantas fossem possíveis e necessárias a fim 
de melhor solucioná-las. O terceiro, o de conduzir por ordem meus pensamentos, 
iniciando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para elevar-me, 
pouco a pouco, como galgando degraus, até o conhecimento dos meus 
compostos, e presumindo até mesmo uma ordem entre os que se procedem 
naturalmente uns aos outros. E o último, o de efetuar em toda parte relações 
metódicas tão completas e revisões tão gerais nas quais tivesse certeza de nada 
omitir. (DESCARTES, 1999, p. 49 - 51). 
 
Para Descartes (1999) a lógica formal do método dedutivo se estrutura na busca 
por evidência, na análise, na síntese e, por fim, na enumeração, como apresentado 
acima. O método dedutivo apresenta-se como inferência do geral para o particular de 
maneira convergente. O método indutivo, por seu turno, defende que os dados 
particulares, quando evidenciados, geram generalizações mais amplas e válidas. 
Segundo ele, o método dedutivo, portanto, assevera que, se todas as premissas são 
verdadeiras, então, por conseguinte, a conclusão deve ser também verdadeira. As 
informações que fazem parte da conclusão já devem estar presentes nas premissas. No 
dedutivismo, para que uma determinada conclusão seja falsa, pelo menos uma de suas 
premissas teriam de ser falsas. Exemplo:Todos os países que são continentais possuem 
grande estatura de poder internacional. Ora, o Brasil é um país continental, logo, o Brasil 
tem capital de força-poder-interesse (PI) de expressão internacional” : (LAKATOS, 2000, 
p. 63) 
Uma lógica diferente e inversa ao método dedutivo deverá ser posta em prática 
pelo método indutivo, comoveremos a seguir. 
 
 
1. 2 Do Método Indutivo no Experimentalismo de Bacon 
 
 
Conforme Castro (2012), um dos contemporâneos de Descartes, Francis Bacon, 
foi considerado como inventor do “método experimental”, tendo substanciais 
contribuições para o método teórico da indução científica tal qual Galileu Galilei. 
Enquanto que Descartes propunha a dedução como método para alcançar a 
cientificidade por meio das refutações e questionamentos constantes, Galileu e Bacon 
consideram que o meio para atingi-lo era pelo indutivismo (método científico que obtém 
conclusões gerais a partir de premissas individuais. Isto é, uma forma de levar de forma 
real o método indutivo é sugerir, com base na observação ocorridas com de 
acontecimentos da mesma natureza, uma conclusão para todos os objectos ou eventos 
dessa natureza). 
Para BACON (1999) a tese de que o método científico experimental deveria ter 
cinco elementos cardeais conforme lê-se: 
 
(...) a experimentação, a formulação de hipóteses, a repetição, o teste das 
hipóteses e, finalmente, a formulação de generalizações e leis aplicáveis ao 
mundo real O método dedutivo e indutivo são formas de estruturar as trilhas 
percorridas pela produção científica na busca de respostas e nas explicações 
das muitas questões das ciências e, em particular, das Relações Internacionais. 
Sendo assim, se o processo de reflexão formal e construção metodológica for 
realizado de maneira imprecisa e imperfeita, os resultados obtidos trarão vieses, 
gerando, assim, falácias e ambiguidades. A metodologia deve conter, 
rigorosamente, e aplicar o princípio da coesão e coerência, cotejando com 
objetividade e subjetividade interpretativa, pois assim será possível articular 
melhor os saberes internacionais com suas construções multidisciplinares. 
Sendo assim, o método e o sistema perfazem a essência do saber científico, no 
qual o sistema representa o aspecto de conteúdo e o método, o aspecto formal.” 
Desse modo, método, metódica, metodologia e ciência são construções formais 
e partes integrantes de processo intrínseco, ao saber investigativo, que merecem 
observações e detalhamentos bem específicos para diferenciar suas esferas de 
abrangência e fronteiras.(BACON, 1999, p. 37) 
 
 
Segundo Castro (2012), como ciência autônoma e sistematizada, às Relações 
Internacionais possuem recorte metodológico próprio, mesmo que este seja baseado em 
fontes diversas do conhecimento humano. Além disso, tem-se advogado o 
reconhecimento do locus específico das Relações Internacionais, como uma ciência de 
vertente política. A inter e a transdisciplinaridade são enfatizadas e defendidas como 
canais válidos de argumentação e investigação das Relações Internacionais. Seu 
nascedouro acadêmico-disciplinar como ciência humana, social e política – na escala 
 
ampliada dedutiva – revela que, de forma crescente, tem havido uma necessidade de 
reconhecimento de sua autonomia por meio de um arcabouço metodológico próprio. 
 
Conforme Castro (2012), Bacon assevera a importância hierárquica do 
experimentalismo como base da intuição e da cientificidade dos objetos sociais. 
Observemos suas palavras abaixo: 
 
A melhor demonstração é, de longe, a experiência, desde que se atenha 
rigorosamente ao experimento. Se procurarmos aplicá-la a outros fatos tidos por 
semelhantes, a não ser que se proceda de forma correta e metódica, é falaciosa. 
[...] Dessa forma, ocorre que os homens realizam os experimentos levianamente, 
como em um jogo, variando pouco os experimentos já conhecidos e, se não 
alcançam os resultados, aborrecem-se e põem de lado os seus 
desígnios.(BACON, 1999, p. 37 - 97). 
 
Bacon (1999) é referência para o indutivismo no processo de experimentalismo 
científico. Aplicar o indutivismo para as Relações Internacionais é referendar uma 
determinada estratégia para verificação das variáveis aplicadas ao método. Bacon 
(1999) reforça a essencialidade da confirmação das premissas para validação das 
conclusões dos objetos analíticos das Relações Internacionais. Portanto, no indutivismo, 
se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é, provavelmente, verdadeira, 
porém, podendo ser ou não totalmente verdadeiras suas premissas estruturantes. A 
conclusão apresenta uma informação final por meio da inferência que nem sempre está 
presente nas premissas. Por exemplo, os países em desenvolvimento que foram 
estudados recentemente possuíam políticas cambiais de desvalorização de sua moeda 
nacional. Logo, todos os dez países que pertencem ao ASEAN têm práticas de 
desvalorização cambial. Ora, tais assertivas carecem de profundidade, rigor e maior 
formalismo de observação e de metodologia no que tange ao processo de verificação e 
testes da conclusão. 
 
1. 3 O Método Hipotético-dedutivo de Popper 
 
Conforme Castro (2012), Karl Popper é crítico veemente do método indutivo por 
entender que uma construção teórica leva em consideração todo o arcabouço de 
construção anterior com seus erros e acertos além de entender que a ciência deve 
 
sempre ser submetida a testes dedutivos. O experimentalismo dedutivo deve ser 
orientado pela formulação de um problema que, de maneira objetiva, gerará conjecturas 
e refutações, acarretando, assim, rejeição ou corroboração (aceitação), por via de testes 
e verificação. O falseamento também deverá assumir papel importante como erro a ser 
evitado na elaboração e formulação de novas teorias. 
O método hipotético-dedutivo oferece meios de construir, metodologicamente, a 
pesquisa em RI de maneira a traçar o levantamento das variáveis (dependente e 
independente) por meio da formulação inicial de um problema. A problematização deve 
ser resultado de eventuais contradições, lacunas e conflitos de expectativas existentes 
na corrente teórica predominante. Ou seja, quando as principais correntes teóricas não 
conseguem, devidamente, responder às questões atuais do foco da pesquisa. Uma 
conjectura é então formatada para responder, tentativamente, ao problema inicialmente 
posto. A criação de hipóteses, neste ponto, é fundamental para responder à 
problematização gerada pelo pesquisador. A hipótese deve ser verificada por meio de 
ferramentas estatísticas a depender dos objetivos delineados no desenho da pesquisa 
ou também a depender da amostragem.Com isso, testes diversos devem ser realizados 
pela observação, pela experimentação e pelas análises com vistas à aprovação ou 
rejeição da pesquisa. Se positiva, então uma nova teoria é formada.

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