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Anatomia Patológica II

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MEDICINA VETERINÁRIA 
ANATOMIA PATOLÓGICA II 
 
 
 
 
 
Seneciose, Intoxicação por Lírio e Parvovirose canina 
 
 
 
 
 
Caxias do Sul - RS 
2023
SENECIOSE 
 
Etiologia e Epidemiologia 
 	 
 Senecio spp. é uma das principais plantas que causam intoxicação no Rio Grande do Sul, principalmente o senecio brasiliensis. Tem como princípio tóxico os alcalóides pirrolizidínicos que causam uma lesão irreversível e progressiva no fígado. 
Pode afetar as mais diversas espécies como bovinos, equinos, ovinos, bubalinos e suínos, sendo os bovinos os mais acometidos. Os ovinos apresentam grande resistência a ação dos alcalóides pirrolizidínicos, assim podendo consumir a planta sem que ocorra a intoxicação, essa resistência se dá devido a flora ruminal dessa espécie e ao sistema enzimático do fígado, gerando uma capacidade de detoxificação desses alcalóides. (Ilha M. R.S., Loretti A.P., Barros S.S. & Barros C.S.L. 
2001). 
 
Sinais clínicos 
 
 Os sinais clínicos visualizados são tenesmo e diarréia, emagrecimento progressivo, agressividade, icterícia, encefalopatia hepática, andar compulsivo ou em círculos e alguns animais ficam em decúbito abdominal ou lateral por horas. As lesões ficam localizadas nos focinhos, orelhas, dorso e úlcera dorsalmente na região da língua. Nos achados macroscópicos e microscópicos apresentam fotossensibilização nos animais com período clínico mais prolongado, esse sinal se dá devido ao grau de comprometimento hepático. 
 Os ovinos infectados apresentavam sinais consistentes com o de insuficiência hepática, complicada por crises hemolíticas causadas pelo acúmulo de cobre no fígado podendo gerar até a perda de lã. (Ilha M. R.S., Loretti A.P., Barros S.S. & Barros C.S.L. 2001). 
 	 
 
 
 
 
Lesões macroscópicas e microscópicas 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico diferencial 
 
 	O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos, na necropsia, exames 
histopatológicos e resultados laboratoriais, sendo indispensável a avaliação do córtex renal para conclusão de diagnóstico. Os diferentes habitats e a ocorrência sazonal dessas plantas permitem que, na maioria dos casos, sejam diferenciadas as diferentes plantas e tipos de Senecio. (Ilha M. R.S., Loretti A.P., Barros S.S. & Barros C.S.L. 
2001). 
 
PARVOVIROSE CANINA 
 
Etiologia e Epidemiologia 
 
O agente etiológico da parvovirose canina é um vírus DNA, não-envelopado, pertencente à família Parvoviridae, gênero Parvovirus denominado parvovírus canino (CPV). Atualmente existe apenas dois parvovírus de cães: o CPV tipo 1, também denominado parvovírus diminuto dos cães (CnMV), sem importância clínica definida nas gastrenterites, e o CPV-2, que apresenta três subtipos: CPV2a, CPV2b e CPV2c. O CPV2b é o mais prevalente na população canina e, consequentemente, utilizado em vacinas. 
A gravidade da parvovirose canina é atribuída à falta de imunização natural da população canina. Os filhotes com idade entre seis semanas e seis meses, quando não vacinados, são altamente susceptíveis ao desenvolvimento da doença. Os anticorpos maternos são protetores contra a infecção nas primeiras semanas de vida, no entanto, em um determinado momento, os níveis de anticorpos são insuficientes para proteger da doença, em contrapartida, bloqueiam o desenvolvimento de uma resposta imune efetiva pelas vacinas. Esse período é conhecido como “janela de susceptibilidade” e pode explicar o porquê alguns animais, mesmo adequadamente vacinados, desenvolvem a infecção e a doença. 
 
Sinais Clínicos 
 
A doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo. Inicialmente provoca elevação térmica onde pode atingir altos índices cerca de 41°C. Nessa fase chama a atenção o fato do animal se tornar sonolento e sem apetite, também ocorrendo vômitos incoercíveis. Os sinais clínicos mais comuns da parvovirose é febre, leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos do sangue), além de sintomas cardíacos nos filhotes, anorexia, depressão, vômitos, pirexia, rápida desidratação, diarreia fétida e rápido emagrecimento. A morte de animais severamente afetados é uma consequência da destruição extensa do epitélio intestinal, com consequente desidratação, além da possibilidade de choque endotóxico. 
Além do estômago, inflama-se também o intestino, principalmente as porções delgadas (duodeno, jejuno e íleo), e com eles também anexos do fígado, adquirindo então as fezes aspecto esbranquiçada ou cinzenta, o que denota deficiência de bile na luz intestinal, consequente há dificuldade de escoamento dela, que continua não obstante a ser elaborada no fígado. Porém por se encontrarem inflamados tanto o intestino, quanto a porção de desembocadura do canal excretor do fígado, a bile fica retida na vesícula biliar. Com a evolução da doença o intestino fortemente inflamado, principalmente sua camada mais interna, denominada mucosa, com manchas hemorrágicas (em forma de petéquias - pontos), em quase toda sua extensão. 
 
Lesões macroscópicas e microscópicas 
 
 
Figura 1. Lesões macroscópicas observadas no intestino delgado de cães infectados pelo parvovírus canino. (A) Hiperemia segmentar do jejuno. (B) Lesões difusas cobrindo todos os segmentos do intestino delgado. (C) Conteúdo intestinal amarelado e translúcido, divergindo da enterite hemorrágica clássica. (D) Placas fibrinosas na luz intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico diferencial 
O diagnóstico presuntivo na rotina clínica geralmente é feito pelo histórico, sinais clínicos e hemograma. Porém, o diagnóstico definitivo de parvovirose exige a identificação do vírus por testes específicos. Testes de ELISA, para detecção de antígenos virais nas fezes, estão disponíveis no mercado brasileiro. 
 
	3. 	INTOXICAÇÃO POR LÍRIO EM CÃES E GATOS 
 
Etiologia e epidemiologia 
 
O gênero Lilium spp engloba o popularmente conhecido “lírio” ou “açucena”, são muito utilizadas e cultuadas por sua beleza. Essa notável presença no dia a dia e em celebrações aumenta a exposição e consequentemente o risco de intoxicação em animais domésticos, principalmente os gatos. Esses são particularmente sensíveis aos compostos nefrotóxicos presentes em todas as partes da planta. Ou seja, a principal agressão será aos rins, causando a morte de células dos túbulos renais, estruturas envolvidas na filtração do sangue e produção da urina. 
 
Sinais Clínicos 
 
Poucas horas depois da ingestão da planta, o animal pode apresentar salivação marcante, vômito, ficar abatido, recusar se alimentar, poliúria (grande volume de urina) e a consequente desidratação. Caso não seja levado ao atendimento médico veterinário esses sinais tendem a piorar. Afinal, com o rim gravemente lesionado, toxinas não serão filtradas e se acumularão piorando o estado geral e colocando a vida do animal em risco. 
 
 
Diagnóstico diferencial 
 
Diagnósticos diferenciais devem incluir intoxicações por anti-inflamatórios não esteroidais e etilenoglicol e também insuficiência renal crônica. Nos casos em que a ingestão ocorreu em até duas horas, indução de emese, lavagem gástrica e uso de carvão ativado são efetivos, associados a intensa fluidoterapia, pois a desidratação pode levar a danos renais permanentes. Quando a descoberta da ingestão do lírio ocorre em até seis horas, deve ser realizada fluidoterapia com o dobro do volume de manutenção a fim de evitar a insuficiência renal aguda, sendo recomendada a solução de Ringer lactato por 48 horas. Os exames laboratoriais devem ser realizados para monitoramento da função renal e o prognóstico é bom para os animais que recebem tratamento adequado e em tempo hábil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Pavan Rohde Tatiana- Parvovirose Canina: Revisão de Literatura- Porto Alegre, 2009 
Cartilha Grupo de Estudos em Toxicologia Veterinária da Escola de Veterinária e 
Zootecnia da Universidade Federal de Goiás; Universidade Federal de Goiânia; Goiânia, 2022 
Stumpf ARL, Gaspari R, Bertoletti B, Amaral AS, Krause A. Intoxicação por Lírio em um gato. Vet. e Zootec. 2014 dez. 
SILVA, J. et al. EXTRATOS DE Lilium sp., Agapanthus sp. E Hydrangea sp.: COMPORTAMENTOCOMO INDICADORES NATURAIS EM DIFERENTES FAIXAS DE PH. Química Nova, 2020. 
KARAM, F. S. C. et al. Aspectos epidemiológicos da seneciose na região sul do Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 24, n. 4, p. 191–198, dez. 2004. 
ILHA, M. R. S. et al. Intoxicação espontânea por Senecio brasiliensis (Asteraceae) em ovinos no Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 21, n. 3, p. 
123–138, set. 2001.

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