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Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA 01. Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil 02. A importância da prevenção ao suicídio no Brasil 03. A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro 04. Como combater os crimes de pedofilia no Brasil? 05. A importância da leitura na infância 06. Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros 07. Os desafios do ensino a distância no Brasil 08. A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros 09. Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil 10. O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro 11. A importância das campanhas de vacinação no Brasil 12. O problema da alienação parental no Brasil 13. O poder de transformação social do esporte no Brasil 14. Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros 15. HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade 16. Os desafios do acesso igualitário ao saneamento básico 17. Desafios da adoção no Brasil 18. Os obstáculos para a doação de sangue no Brasil 19. O papel da família na educação de crianças e de adolescentes no Brasil 20. A importância do trabalho voluntário em momentos de crise 21. O problema da ansiedade entre os jovens 22. Alternativas para combater a pirataria entre os brasileiros 23. O advento das informações falsas no Brasil contemporâneo 24. Os desafios da gestão do lixo no Brasil 25. Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer 26. O problema da cultura de transgressão às leis no Brasil 27. O problema do esgotamento profissional em questão no Brasil 28. As dificuldades da inclusão do idoso no mercado de trabalho em questão no Brasil 29. Os desafios para os profissionais das futuras gerações em questão no Brasil 30. Caminhos para garantir a alfabetização na primeira infância 31. O problema da cultura do cancelamento e da hostilidade nas redes sociais 32. O desafio da inclusão às pessoas com deficiência no Brasil contemporâneo 33. Por que o preconceito linguístico é um paradoxo no Brasil? 34. O problema do "bullying" nas escolas brasileiras 35. Os desafios do deslocamento nas cidades em questão no Brasil 36. A importância do combate aos maus-tratos aos animais Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 37. O problema do desperdício de comida entre os brasileiros 38. Crianças em situação de rua como combater esse problema no Brasil 39. Efeitos sociais da gravidez na adolescência em questão no Brasil 40. O brasileiro valoriza a construção da saúde coletiva 41. O desaparecimento de crianças no Brasil 42. O problema da superexposição nas redes sociais 43. O problema da violência contra os idosos 44. Doação de órgãos: a importância dessa prática solidária 45. O problema da violência urbana em questão no Brasil. 46. O papel da tecnologia na formação educacional do brasileiro 47. A importância da prática de atividades físicas para a saúde dos brasileiros 48. O que o Brasil precisa aprender para lidar com o novo Coronavírus 49. O problema da automedicação entre os brasileiros 50. A importância da cultura do autocuidado entre os brasileiros 51. A autotutela na segurança e o porte de armas em questão no mundo contemporâneo 52. A construção da responsabilidade socioambiental no brasileiro em discussão na sociedade 53. A crise do sistema carcerário em questão no Brasil contemporâneo 54. A distribuição agrária em questão no Brasil do século XXI 55. A importância da implementação do civismo e da ética na sociedade 56. A importância da valorização do patriotismo pelos jovens brasileiros 57. A importância do respeito à diversidade de gênero no Brasil 58. A representatividade da mulher no esporte em discussão no Brasil 59. As causas e as consequências da poluição no Brasil 60. Cibercondria o problema do vício em tecnologia em questão no Brasil 61. Como alcançar o desenvolvimento de que o Brasil precisa 62. Desemprego um problema histórico com reflexos na contemporaneidade 63. O desafio da aceitação à diversidade familiar no Brasil 64. O papel social do ensino médio no Brasil contemporâneo 65. O problema da exclusão digital da terceira idade em discussão na sociedade brasileira 66. O problema da violência urbana no Brasil 67. Os desafios da ciência brasileira no século XXI 68. Os desafios do envelhecimento populacional para a sociedade brasileira 69. Os desafios para a inclusão digital do idoso em questão no Brasil 70. Os limites do uso da tecnologia pelas crianças 71. Violência nos estádios brasileiros como superar essa triste realidade 72. Doação de órgãos a importância dessa prática solidária 73. Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 Tema - Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil Em 1988, representantes do povo, reunidos em Assembleia Constituinte, estabeleceram dois direitos: a saúde e a proteção à infância. Ocorre que a epidemia de obesidade infantil impede que meninos e meninas usufruam de ambos os direitos constitucionais. Nesse sentido, o combate à doença no Brasil passa pela reeducação alimentar e pela desconstrução do culto midiático aos alimentos ultraprocessados. Sob uma primeira análise, os hábitos alimentares das crianças inviabilizam a luta contra a obesidade. Nesse viés, a indústria alimentícia baseia seus produtos a partir da gordura hidrogenada — capaz de aumentar o sabor, a durabilidade e reduzir o custo da produção. Todavia, a saúde infantil fica prejudicada ao consumir alimentos industrializados, já que ocorre aumento do colesterol ruim, conhecido como LDL. Dessa forma, não é razoável que meninos e meninas brasileiros estejam vulneráveis à insegurança alimentar. De outra parte, a influência midiática dá lugar à tendência de sobrepeso entre as crianças. Sobre isso, o filósofo alemão Theodor Adorno desenvolveu o conceito de Indústria Cultural, segundo o qual a publicidade utiliza a persuasão constante, a fim de moldar um comportamento de compra. O problema é que as crianças estão muito mais suscetíveis às cores, às músicas e às demais estratégias denunciadas por Adorno e não possuem discernimento das consequências de uma alimentação irresponsável, baseada em “fast-foods”. Assim, enquanto o culto à comida superprocessada se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com uma das mais graves doenças do século: a obesidade infantil. Para combater o problema, portanto, as escolas — no exercício do seu papel social — devem contribuir com a reeducação alimentar das crianças, por meio de projetos pedagógicos como oficinas e aulas lúdicas, capazes de mostrar as consequências negativas dos “fast-foods”. Essa iniciativa poderia se chamar “Crescendo com saúde” e teria a finalidade de construir hábitos alimentares sadios, de sorte que, em breve, o Brasil experimente uma sociedade justa, solidária e livre da obesidade infantil. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – A importância da prevenção ao suicídio no Brasil Em 1994, Mike Emme — rapaz norte-americano de apenas 17 anos — tirou a própria vida e motivou o início de uma das campanhas mais relevantes para a sociedade: o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. Todavia, o combate ao problema não se mostra efetivo no Brasil, o que faz surgir, a cada dia, outros “mikes”, seja pela inabilidade social em discutir acerca do suicídio, seja pela pouca importância dada aos transtornos mentais daqueles que buscam a morte voluntária. De início, Johann Goethe — fundador do Ultrarromantismo europeu — relacionou a ideação suicida aos sentimentos do eu-lírico, em sua obra “Sofrimentos do Jovem Werther”. Para o escritor, tirar a própria vida seria o símbolo da fuga existencial: conceito reproduzido por outros autores. Ocorre que a romantização do suicídio proposta por Goethe se converteu em indiferença no imaginárioda sociedade brasileira, de modo que a morte voluntária não recebe a devida importância, o que se mostra grave problema social. Nesse viés, não é razoável que os brasileiros menosprezem a ideação suicida e sejam omissos aos comportamentos que a revelem. Sob outra análise, a omissão às doenças psiquiátricas dá lugar à busca pela morte voluntária. Sobre isso, no século XVIII, o suicídio passou a ser tratado como uma atitude derivada de distúrbios mentais, a exemplo da depressão. Nesse sentido, o médico francês Philippe Pinel foi pioneiro em propor o tratamento medicalizado daqueles que tentam subtrair a própria vida. Entretanto, substancial parcela dos brasileiros é indiferente aos avanços da psiquiatria, promovidos no século XVIII. Essa atitude omissa representa obstáculo para que a campanha do Setembro Amarelo cumpra seus objetivos, e, enquanto o silêncio da sociedade se mantiver, o mundo será obrigado a conviver com o mal do século: o suicídio. O problema que ceifou a vida de Mike Emme precisa, pois, receber a devida importância no Brasil. Para que isso ocorra, as escolas — no exercício do seu papel social — devem desconstruir a visão reducionista do suicídio e dar mais visibilidade aos distúrbios mentais, a exemplo da depressão. Essa iniciativa aconteceria por meio de um projeto pedagógico, que poderia se chamar “Cada vida conta”, no qual os indivíduos seriam estimulados a compartilhar suas angústias, a fim de receber o devido tratamento e, dessa forma, fortalecer a saúde mental e retomar, portanto, a vontade pela vida. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar o direito ao equilíbrio ambiental e a sustentabilidade como valores supremos de uma sociedade fraterna. Entretanto, a pouca importância dada à necessidade de redução do consumo de plástico torna a aplicação desses direitos constitucionais uma utopia, seja pela manutenção da cultura de excessos, seja pela omissão do Estado. Sob uma primeira análise, o consumismo inviabiliza a utilização consciente de plástico. A esse respeito, no século XIX, surgiu o conceito de Sociedade de Consumo, que critica o fato de praticamente todas as relações sociais serem baseadas em compra. Nesse sentido, o comportamento de parcela da população brasileira se relaciona à realidade consumista denunciada há mais de 100 anos, de sorte que homens e mulheres estão submissos ao gasto inconsciente, que demanda embalagens e insumos produzidos com material plástico. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, ainda se perpetue a falta de conscientização socioambiental. De outra parte, em 1992, a Organização das Nações Unidas promoveu um evento conhecido como “Cúpula da Terra” e elaborou a Política da Sustentabilidade — reduzir, reutilizar, reciclar — com objetivo de desestimular o comportamento poluente. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser um país desenvolvido, as iniciativas do Estado têm sido incapazes de estimular a prática sustentável, e, com isso, substancial parcela da população ainda é indiferente à redução proposta pela ONU. Além disso, essa indiferença demonstra pouca — ou nenhuma — responsabilidade com o meio ambiente. No entanto, se as autoridades se mantiverem inertes, o uso excessivo desse material não biodegradável continuará sendo a regra. Impende, pois, que a redução do consumo de plástico seja tratada com importância no Brasil. Dessa maneira, o Ministério do Meio Ambiente, cuja função é adotar o uso sustentável dos recursos naturais, deve combater, de forma eficaz, a cultura de excessos presente na contemporaneidade, por intermédio de palestras comunitárias, realizadas uma vez por semana, que poderiam chamar “Na medida certa”. Essa iniciativa teria a finalidade de ensinar a necessidade de redução dos compostos não biodegradáveis, além de mitigar a omissão do Estado. Assim, o real objetivo da “Cúpula da Terra” será, de fato, colocado em prática no século XXI. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Como combater os crimes de pedofilia no Brasil? O romance "Lolita" — obra russa produzida em 1955 — narra a terrível relação sexualizada entre uma criança e um homem, que coloca na menina o apelido que dá nome ao livro. Todavia, narrativas repugnantes como a de "Lolita" são comuns fora da ficção e representam na prática um dos mais graves problemas da sociedade: a pedofilia. Assim, para mitigar essa mazela, há de se combater o silêncio da família e do Estado. Sob uma primeira análise, não há como mitigar a exploração sexual infantil velada se os responsáveis se mantiverem omissos. Nesse viés, desde a Era Vargas, as crianças são consideradas hipossuficientes — grupos vulneráveis dependentes de cuidados integrais — e tiveram a proteção consolidada no artigo 6° da atual Constituição. Ocorre que substancial parcela das famílias brasileiras é incapaz de oferecer o cuidado historicamente consolidado por Vargas e pela Carta Magna vigente. Inclusive, os agressores costumam ser justamente aqueles que deveriam cuidar da integridade da criança. Com efeito, os abusos a meninos e a meninas se mostram atitudes cruéis e, se não forem combatidos a tempo, terão consequências irreparáveis à formação infantil. De outra parte, a OMS classificou a pedofilia como um transtorno mental, a fim de evidenciar que a exploração sexual às crianças não deve ser vista apenas como um crime, mas também como um desvio psiquiátrico do agressor. Todavia, a ineficiência do combate à pedofilia pelo Estado brasileiro é incompatível com a relevância proposta pela Organização Mundial da Saúde, de modo que campanhas nas mídias sociais — a exemplo do Maio Laranja — são insuficientes para garantir a proteção da infância e da dignidade humana. Desse modo, é incoerente que, mesmo sendo Estado Democrático de Direito, o Brasil ainda permita que as crianças protagonizem lolitas em suas próprias realidades. A pedofilia, portanto, precisa ser repudiada pelas famílias e pelo Poder Público. Nesse sentido, o Ministério Público, com o auxílio das autoridades escolares, deve ensinar a população a combater esse crime, por meio de projetos pedagógicos, como oficinas e palestras, capazes de orientar pais e responsáveis a identificar os casos de pedofilia dentro dos seus próprios lares. Essa iniciativa teria a finalidade de problematizar a omissão familiar e reafirmar a presença do Estado na repressão a esse crime, de sorte que meninos e meninas vivam, de fato, em uma sociedade livre, justa e responsável. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – A importância da leitura na infância A literacia familiar — ato de ler para os filhos — tem origem na Europa renascentista, a partir da invenção da imprensa, por Gutenberg. Essa prática melhora a qualidade da alfabetização e permite o contato prematuro entre obras as literárias e as crianças. Todavia, aquilo que é realidade entre os europeus, no Brasil, mostra-se uma utopia, já que a extrema desigualdade social e a alienação parental impedem que leitura receba a devida importância, sobretudo na infância. De início, não há como promover o contato com os livros em uma sociedade marcada pela fome. A esse respeito, no século XVI, durante o período da Colônia de Exploração, apenas a aristocracia — organização composta pelos nobres — tinha acesso à leitura e à alfabetização de qualidade. Ocorre que, no Brasil contemporâneo, a população pobre ainda é excluída da possibilidade de ler, o que reproduz a marginalização iniciada no século XVI. Assim, a escassez de recursos e a extrema desigualdade social tornam a literacia familiar uma realidade distante. Sob outra análise,o escritor realista Eça de Queirós, em sua obra “O Primo Basílio”, critica a instituição familiar moderna e revela as suas crises e a perda da sua função social. Com efeito, os lares brasileiros exemplificam a falência denunciada por Eça, de modo que é inviável ser leitor em um ambiente marcado pela agressão à mulher, pela falta de afeto e pela ausência parental. Desse modo, enquanto os lares brasileiros forem desestruturados, as crianças serão incapazes de perceber a importância de uma das práticas mais relevantes para a humanidade: a leitura. Para solucionar o problema, portanto, as prefeituras, em parceria com as escolas de nível fundamental, devem buscar romper a marginalização histórica acerca da leitura, por meio da realização de projetos pedagógicos, como “workshops” e gincanas criativas que receberiam o nome de “Aprendi no livro”. Essa iniciativa dos municípios teria a finalidade de mostrar aos pais e às mães a importância de manter um ambiente saudável, que possibilite o contato com os contos fantásticos e com as histórias. Assim, a literacia familiar deixará de ser uma realidade restrita à Europa, e meninos e meninas poderão conhecer, enfim, o poder de transformação da leitura. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros Em 1955, a indústria tabagista lançava a sua principal campanha com o objetivo de incentivar o consumo de cigarro: o “cowboy” da Marlboro. Com efeito, o hábito de fumar fomentado desde o século passado representa grave problema de saúde pública. Desse modo, é urgente não só que os fumantes brasileiros compreendam as consequências negativas do fumo, mas também que o interesse das grandes empresas do setor dê lugar ao bem-estar da coletividade. De início, é incoerente que, mesmo com todas as consequências nocivas, ainda haja cultura de fumantes no Brasil. Nesse viés, a combustão do tabaco gera aproximadamente 2000 compostos químicos, como hidrocarbonetos, substâncias poluentes e cancerígenas. Ocorre que a população fumante desconhece — ou ignora — os efeitos dessas substâncias tóxicas para o organismo humano. Dessa forma, não é razoável que o prazer momentâneo de um cigarro dê lugar ao câncer de pulmão, ao enfisema pulmonar e a diversas doenças letais. Sob outra análise, a Lei Antifumo, publicada em 2011, prevê estratégias para desestimular o consumo de cigarros e garante a integridade, inclusive, dos fumantes passivos. Nesse viés, a influência da indústria tabagista brasileira ainda é um obstáculo para que a legislação brasileira alcance plenamente seus objetivos. A esse respeito, os cigarros sem fumaça e a facilitação do contrabando dos maços são estratégias cruéis que desqualificam as campanhas antitabagismo no Brasil. Assim, enquanto os interesses das grandes empresas tabagistas se mantiverem vivos, ainda haverá “cowboys” da Marlboro na sociedade brasileira. O consumo de cigarros precisa, portanto, ser combatido no Brasil. Para isso, o Ministério da Saúde deve apresentar à sociedade os malefícios do fumo, por meio de infográficos e de documentários, como depoimentos de indivíduos que desenvolveram doenças pulmonares, a fim de eliminar a prática do tabagismo. Inclusive, o próprio MS precisa fiscalizar as empresas que comercializam maços de forma irregular, por intermédio do envio de fiscais aos centros de distribuição desses produtos, de sorte que a nação brasileira construa, de fato, uma sociedade saudável e livre dos malefícios do tabaco. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Os desafios do ensino a distância no Brasil Em 1975, era fundada a pioneira em educação remota no Brasil: a TVE. Seguindo o caminho aberto pelo jornalista Roquette-Pinto, a emissora deu início à história da EAD no país e levou conhecimento aos quatro cantos da nação verde-amarela. Todavia, a implementação sistemática do ensino a distância, iniciada por Roquette-Pinto, apresenta desafios que passam não só pela dificuldade da cultura de autoaprendizagem, mas também pela falta de recursos básicos da população. A princípio, o sistema educacional vigente no Brasil é inspirado no modelo iluminista e impõe a submissão intelectual do estudante à figura do professor, que seria o detentor do conhecimento. Nesse sentido, o aluno, desde o iluminismo, acostumou-se a ser passivo no processo de aquisição do conhecimento, realidade que inviabiliza a autoaprendizagem característica do ensino a distância. Assim, enquanto houver mentalidade passiva por parte dos estudantes, a educação remota não alcançará seus objetivos. De outra parte, outro grave obstáculo que impede a implementação do EAD é a carência de recursos básicos da população. Acerca disso, a proposta de sistematização do ensino a distância esbarra na falta de urbanização e na miséria extrema de alguns locais negligenciados, como o município de Melgaço, no Pará — menor IDH do Brasil. Nesse viés, não há como aprender, presencial ou remotamente, convivendo com a fome e com ausência de serviços básicos, assim como ocorre na cidade paraense. Assim, antes de usufruir dos benefícios das videoaulas e dos conteúdos on- line, o saneamento e a alimentação precisam ser oferecidos a todos. Urge, portanto, que o Ministério da Educação modifique a mentalidade dos estudantes, por meio de projetos de iniciação científica, que estimulem os alunos a desenvolver a autoaprendizagem, a fim de desconstruir a passividade histórica do ensino. Por sua vez, o Ministério Público Federal precisa fiscalizar a oferta de serviços básicos, como saneamento e alimentação, por intermédio de visitas a locais carentes. A iniciativa do MPF teria a finalidade de garantir que o ensino a distância encontre condições favoráveis para sua implementação, de modo que o papel social da TVE seja realidade em todos os locais do país. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros Em 1770, nascia um dos músicos mais reconhecidos da história: Ludwig van Beethoven — alemão que, desde a infância, mostrava grande interesse pelo piano, que lhe ajudara a vencer os obstáculos que se impunham. De forma análoga, o contato com a música é capaz de ampliar os horizontes dos estudantes brasileiros, tal como houve com o artista, o que pode contribuir, inclusive, com a formação educacional dos estudantes. Todavia, a carência de incentivo do Estado e da família inviabiliza o surgimento de novos beethovens entre os alunos. Sob uma primeira análise, a música potencializa a atividade cognitiva cerebral. À vista disso, o fenômeno das sinapses neurais consiste na ligação entre os neurônios — células responsáveis pelo funcionamento do cérebro. Esse processo ocorre na infância, de sorte que práticas artísticas, como cantar ou tocar um instrumento, são capazes de estimular essas conexões neuronais. Todavia, o Estado, materializado na figura das escolas, mostra-se incapaz de perceber o potencial de transformação que a música pode oferecer aos estudantes, que perdem a oportunidade de desenvolver ainda mais sinapses neurais. Assim, a formação educacional poderia ser mais interessante e mais produtiva, caso os instrumentos e as melodias fizessem parte da rotina escolar. De outro modo, os pais de Beethoven estimulavam a música desde a infância: realidade que não se reproduz no cotidiano contemporâneo. Nesse viés, a educação será de fato libertadora quando a família assumir o seu papel na formação dos filhos, ideia que foi defendida por Paulo Freire na obra “Pedagogia do Oprimido”. Ocorre que os responsáveis não compreendem — ou sequer conhecem — a relevância da música sobre a educação de meninos e de meninas, e muitas famílias consideram essa manifestação artística como antagonista da aprendizagem escolar. Assim, é incoerenteque os pais desejem a melhor formação aos filhos, mas não estimulem o contato com a arte sonora desde a infância. Há de se valorizar, portanto, a música no processo educacional desde os primeiros anos da vida. Nesse sentido, as escolas, com apoio dos pais e das mães dos estudantes, devem realizar projetos pedagógicos, como oficinas musicais que estimulem a atividade cerebral dos alunos e ajudem- nos a melhorar a concentração e a memória. Essa iniciativa poderia se chamar “Aumentando a nota” e teria a finalidade de mostrar às famílias a importância da arte sonora no ensino, para que, assim como propôs Paulo Freire, a educação passe a ser, de fato, transformadora. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil A série "The Good Doctor" narra os conflitos e os preconceitos vividos pelo Dr. Shaun Murphy no contexto de um grande hospital norte-americano. Com efeito, as dificuldades sofridas pelo protagonista são a realidade de muitos autistas fora da ficção, o que representa grave obstáculo à verdadeira inclusão social desse grupo e exige medidas para desconstruir as posturas discriminatórias e para promover a verdadeira inclusão. A princípio, é urgente que o indivíduo contemporâneo repudie a intolerância àqueles que apresentam Transtornos do Espectro Autista. Sob essa análise, o sociólogo Gilberto Freyre defende, na obra “Casa-grande e Senzala”, que, durante a formação colonial, as diferenças eram vistas com repulsa. Assim, aqueles que divergiam do padrão eram — e ainda são — marginalizados. Ora, sempre que alguém relaciona a palavra autista a uma piada ou a um preconceito, fica nítido que a intolerância e a discriminação denunciadas por Freyre ainda permanecem como cruel realidade. Portanto, não é razoável que a sociedade do século XXI manifeste posturas arcaicas em relação à população com TEA. De outra parte, Aristóteles desenvolveu o conceito de isonomia, segundo o qual as pessoas deveriam se ajustar às condições das outras. Entretanto, apesar de o brasileiro ser mundialmente conhecido por ser um povo receptivo, substancial parcela ainda nutre uma grave mazela social: a dificuldade de praticar a isonomia aristotélica. Nesse sentido, é justamente por essa característica social negativa que a população autista ainda está distante de experimentar a isonomia proposta pelo filósofo grego. Desse modo, enquanto o autismo for visto como doença — e não como uma característica — a verdadeira inclusão ainda permanecerá distante. Medidas devem, pois, ser tomadas para que os indivíduos com autismo sejam tratados com dignidade. Para isso, as escolas precisam, com urgência, desconstruir o histórico preconceito enraizado desde o Brasil Colônia, por meio de eventos pedagógicos, como aulas e palestras, realizados com a participação de pessoas com TEA. Essa iniciativa teria a finalidade de promover a efetiva inclusão, de forma isonômica, de modo que os conflitos experimentados por Shaun Murphy sejam, em breve, apenas ficção. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro Desde a Antiguidade Clássica, a Índia ficou conhecida por produzir a cana, matéria prima de onde era extraído um dos mais cobiçados produtos do mundo na época: o açúcar. Entretanto, o consumo excessivo desse ingrediente representa grave problema de saúde pública e, ao contrário do que ocorria na Antiguidade, não deve ser supervalorizado pela população. Antes, há de se repensar os hábitos alimentares, bem como a cultura de utilização desse ingrediente comum nas refeições. De início, quando o organismo humano consome grande quantidade de açúcar, o fígado transforma o excedente em gordura, e o pâncreas libera maior quantidade de insulina. Ocorre que esses processos metabólicos se mostram nocivos a longo prazo: a gordura produzida forma tecido adiposo, cujo excesso causa o problema da obesidade. Inclusive, a imprudência no consumo desmesurado dessa substância pode promover resistência à insulina e desenvolver diabetes — doença que pode ser irreversível e levar à morte. Assim, a presença da sacarose no cotidiano brasileiro oferece mais riscos do que benefícios. Sob outra análise, a cultura de consumo de açúcar prejudica a saúde da população. Nesse viés, desde o século XVII, a economia do Brasil baseou-se na produção agroindustrial da cana, e, naquele momento, houve forte incentivo do “ouro branco” — como ficou conhecido após o processo de refino — adquirido por todas as classes sociais. Todavia, esse costume enraizado desde o Período Colonial traz consequências negativas, e o consumo desmesurado é considerado problema de saúde pública pela OMS. Assim, não é razoável que, nas mesas brasileiras, ainda seja comum este perigoso ingrediente: o açúcar. Para que a sociedade modifique seus hábitos cotidianos, portanto, as escolas devem combater o consumo de doces desde os primeiros anos da infância, por meio de projetos pedagógicos, como oficinas capazes de mostrar os impactos do açúcar ao organismo, a exemplo da obesidade e da diabetes. Essa iniciativa das autoridades escolares, em conjunto com o Ministério da Educação, teria a finalidade de desconstruir o culto ao açúcar iniciado na Antiguidade Clássica e perpetuado no Brasil Colônia, de sorte que, em breve, os indivíduos possam usufruir de uma alimentação menos calórica e, consequentemente, mais saudável. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – A importância das campanhas de vacinação no Brasil Em 1952, o médico virologista Jonas Salk desenvolveu a vacina contra a poliomielite e contribuiu para a erradicação da doença em 1980. Entretanto, a negligência às campanhas de vacinação fragiliza a conquista de Salk e prejudica toda a sociedade. Com efeito, a efetiva cobertura vacinal pressupõe que se combata não só a rejeição às campanhas, mas também a falsa impressão de que as doenças deixaram de existir. À vista disso, a resistência popular às vacinas inviabiliza o controle de enfermidades. A esse respeito, o sanitarista Oswaldo Cruz implantou em 1904 políticas de imunização, que foram repudiadas pela população da época, o que motivou a Revolta da Vacina. Ocorre que a rejeição enfrentada pelo médico ainda é a realidade e evidencia grave retrocesso capaz de prejudicar a saúde pública brasileira de forma irreparável. Nesse sentido, não é razoável que, mesmo sendo nação pós-moderna, ainda se mantenha o repúdio à vacinação comum há mais de 100 anos. De outra parte, a baixa adesão às campanhas se deve à ilusão de que as doenças deixaram de existir. Nesse viés, o médico Maurice Hilleman desenvolveu a vacina tríplice viral em 1963, fundamental para que o sarampo fosse eliminado do Brasil em 2016. Todavia, a doença combatida por Hilleman voltou a ser um problema para os brasileiros, já que substancial parcela da população nutre a atitude imprudente e inconsequente de rejeitar a prevenção. Assim, enquanto a falsa impressão de inexistência dos vírus se mantiver, a sociedade contemporânea será obrigada a conviver com um dos mais graves obstáculos para a saúde pública: a reemergência de doenças. As campanhas de vacinação, portanto, precisam receber a devida importância. Para isso, o Ministério da Educação deve desconstruir as notícias falsas, como as que invalidam a eficácia das vacinas, por meio de aulas de biologia realizadas com frequência, para que a rejeição às campanhas deixe de ser realidade no país. Por sua vez, os indivíduos — no exercício do seu senso crítico — podem evidenciar que os vírus e demais agentes etiológicos não deixaram de existir. Essa iniciativa social seria feita por intermédio de discussões na internet, a fim de que o combate iniciado por Jonas Salk, enfim, deixe de ser apenas teoria. Professor Vinícius Oliveira Gu st av oRo sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – O problema da alienação parental nos lares brasileiros Na década de 80, Richard Gardner — psiquiatra norte-americano — conceituou como Síndrome da Alienação Parental o distúrbio infantil provocado pela persuasão negativa de algum genitor exercida sobre a criança contra outro parente. Com efeito, esse problema descrito por Gardner representa grave mazela social, na medida em que afeta o desenvolvimento de substancial parcela da população infanto-juvenil. Dessa forma, como solução do entrave, há de se desconstruir o individualismo, a fim de mitigar os prejuízos psicológicos. Sob uma primeira análise, o egoísmo dos pais prejudica o relacionamento saudável dos filhos. Nesse viés, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão — baseada nos ideais iluministas — entende que a família deve assegurar o bem-estar de meninos e de meninas: critério fundamental para a garantia de condições dignas de humanidade. Ocorre que, em muitos lares brasileiros, as famílias são incapazes de compreender o papel que exercem na promoção da dignidade humana desses pequenos indivíduos e são indiferentes. Esse fenômeno cruel vai de encontro à legislação internacional iluminista, haja vista a irresponsabilidade de se utilizar da criança como forma de punir o cônjuge ou parente. Dessa forma, é incoerente que os genitores, embora responsáveis pelo bem-estar dos filhos, sejam justamente aqueles que lhe prejudicam. De outra parte, a manipulação emocional sobre a criança dá lugar a prejuízos psicológicos. A esse respeito, o médico Peter Sifneos nomeou como “Alexitimia” o conceito clínico conhecido popularmente como “cegueira emocional”, segundo o qual o relacionamento tóxico com os genitores pode provocar na criança a perda da capacidade de demonstrar afeto. Nesse sentido, muitas famílias são imprudentes com o comportamento antes os filhos e, assim, são responsáveis por ocasionar consequências irreparáveis como a síndrome definida por Sifneos. Desse modo, enquanto a dominação negativa sobre os jovens se mantiver, a sociedade terá de conviver com um dos piores obstáculos para o desenvolvimento: a perpetuação da alienação parental. Impende, pois, que a síndrome abordada por Richard Gardner deixe de ser realidade no Brasil. Para isso, as escolas devem contribuir para combater o individualismo presente entre as famílias, por meio de um projeto pedagógico composto por palestras e oficinas que chamem os pais à ação. Essa iniciativa se chamaria “Lar saudável de verdade” e teria a finalidade de orientar os responsáveis a garantir a saúde afetiva das crianças e, com sorte, construir uma sociedade justa, solidária e livre da alienação. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – O poder de transformação social do esporte no Brasil No século VIII antes de Cristo, a Antiguidade grega criou o conceito de Paz Olímpica, cuja função era apaziguar a guerra, proteger a população e garantir a civilidade durante os jogos. Com efeito, o esporte mudou a história da Grécia e ainda, na contemporaneidade, é capaz de transformar a trajetória dos brasileiros, seja por dar visibilidade social a grupos marginalizados, seja por promover a igualdade. De início, a filósofa Simone de Beauvoir desenvolveu o conceito de Invisibilidade Social, segundo o qual alguns grupos são intencionalmente excluídos e ficam vulneráveis à criminalidade. Nesse sentido, o esporte representa uma estratégia para reverter a indiferença denunciada por Beauvoir, de sorte que oferece novas perspectivas de vida e valores para homens e mulheres marginalizados. Dessa forma, em uma nação marcada pela desigualdade e pela escassez de recursos, o desporto é mais do que uma atividade: é uma esperança. Sob outra análise, Nelson Mandela — ex-presidente da África do Sul — decidiu sediar, em 1995, a Copa do Mundo de Rúgbi e promoveu a união social dentro dos estádios, onde brancos e negros ficaram de um mesmo lado com objetivos iguais. Nesse viés, ainda que depois de décadas, substancial parcela dos cidadãos é incapaz de reproduzir o ideal proposto por Nelson Mandela e subverte a ideologia do esporte: em vez de usar os jogos para desconstruir o racismo, fomentam a injúria racial e o preconceito. Desse modo, se a falta de empatia se mantiver, as arenas serão ambientes hostis e sem uma das mais importantes funções do desporto: a transformação social. Impende, pois, que o esporte tenha, de fato, poder de mudança no Brasil. Dessa maneira, o Ministério da Educação, no exercício do seu papel social, deve zelar pela prática inclusiva e igualitária de atividades esportivas, por intermédio da implementação de um projeto extracurricular nas escolas, realizado uma vez por semana, que poderia chamar “Virando o jogo”. Essa iniciativa teria a finalidade de combater a cultura de hostilidade e de ensinar que o preconceito não deve estar presente na sociedade. Assim, o ideal de inclusão proposto por Nelson Mandela deixará, enfim, de ser uma utopia no Brasil. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros Em 1792, o médico francês Philippe Pinel desenvolveu estudos acerca do Transtorno Depressivo e contribuiu para que essa doença fosse tratada com prioridade. Todavia, a negligência em torno da depressão mostra que a sociedade brasileira ainda está distante de experimentar a conquista iniciada por Pinel. Com efeito, desconstruir a visão reducionista sobre o transtorno e a valorizar a saúde mental são caminhos possíveis para combater o problema. Sob uma primeira análise, as características da depressão foram relacionadas a sentimentos durante o século XIX, sobretudo pelos escritores da Geração Ultrarromântica, cujo expoente era Álvares de Azevedo. Esse autor romântico construía seus textos vinculando a ideação suicida ao amor, o que contribuiu para que a tristeza depressiva fosse romantizada. Ocorre que o imaginário contemporâneo brasileiro ainda nutre a visão equivocada e reducionista de que esse transtorno mental grave é uma sensação passageira, tal como descreviam os poetas românticos, o que inviabiliza o reconhecimento da doença pelo paciente. Assim, não é razoável que a depressão seja negligenciada pela sociedade contemporânea. De outra parte, é urgente que o brasileiro valorize a sua saúde mental, cuja deficiência dá ensejo à depressão. Nesse viés, na obra “O Mal-estar da Civilização”, Sigmund Freud desenvolveu o conceito de Cultura de Sucesso, segundo o qual o indivíduo moderno deve ter êxito em todas as tarefas que se propõe a fazer, e essa imposição seria capaz de subjugá-lo ao mal-estar da modernidade. Essa busca frustrada pelo sucesso constante, tal como Freud descreveu, se mostra frequente no Brasil, e a sua principal consequência é a depressão. Nesse sentido, é necessário que a Cultura de Sucesso — denunciada pelo Pai da Psicanálise — dê lugar ao bem-estar da mente, sob pena de uma das mais graves doenças mentais segundo a OMS: a depressão. Para combater o transtorno, portanto, o Ministério da Saúde, em parceria com as escolas, deve desconstruir a visão romantizada que associa depressão a um sentimento, por meio de eventos pedagógicos, como aulas e palestras que mostrem as consequências hormonais da doença psiquiátrica. Essa iniciativa teria finalidade de trazer à tona a importância do autocuidado e do bem-estar da mente pela sociedade brasileira, de sorte que o mal-estar descrito por Freud, em breve, dê lugar à saúde mental valorizada por Philippe Pinel. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade Em 1969, o mundo conheceu o evento que entraria para a história como símbolo de liberdade social: o Festival de Woodstock, que reuniu mais de 400 mil hippies em busca da sexualidade livre.Todavia, a liberalidade sexual pregada naquela época deu lugar ao HIV — vírus que ainda se mostra um desafio para sociedade e para a saúde pública. Com efeito, para combatê-lo, há de se desconstruir o preconceito e a desinformação. De início, os estereótipos acerca da AIDS dificultam o efetivo controle da doença. A esse respeito, a minissérie brasileira “Hebe” retrata o período dos anos 80, em que a sociedade associava a síndrome aos gays e às prostitutas. Ocorre que essa associação denunciada na produção ficcional ainda permeia o imaginário coletivo e representa grave problema, de modo que os pacientes soropositivos são marginalizados. Assim, não é razoável que as pessoas com HIV sejam obrigadas a conviver não só com o vírus, mas também com o preconceito. Sob outra análise, o Brasil adotou, em 1996, a distribuição gratuita medicamento antirretrovirais — remédios que, embora não eliminem o vírus, impedem a transmissão para outros indivíduos. Todavia, o tratamento iniciado em 96 é incapaz de atingir a eficácia social, já que, segundo o Ministério da Saúde, em 2019, aproximadamente 70 por cento dos contaminados desconhecem que o seu status sorológico e, consequentemente, não buscam tratamento e propagam o vírus. Dessa forma, enquanto a desinformação se mantiver, os brasileiros serão obrigados a conviver com um dos mais graves problemas de saúde pública: a AIDS. O combate ao HIV, portanto, precisa deixar de ser um desafio. Nesse viés, as escolas — entidades responsáveis pela atualização da mentalidade social — devem contribuir para que os indivíduos não façam juízo de valor negativo das pessoas com AIDS, por meio de “workshops” e palestras liderados por indivíduos com o vírus. Essa iniciativa teria a finalidade de combater a desinformação e motivar que homens e mulheres usem preservativos, façam o teste e identifiquem a doença. Desse modo, a epidemia de HIV dará lugar à responsabilidade, e o Brasil será conhecido como nação justa, solidária e, de fato, livre do preconceito. Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Os desafios do acesso igualitário ao saneamento básico “Parasita” — produção ficcional sul-coreana — retrata os desafios enfrentados pela família Kim, que, excluída de qualquer política de tratamento básico, vive em situação deplorável. Entretanto, esse drama não se resume à ficção, na medida em que a falta de acesso igualitário ao saneamento ainda é realidade entre os brasileiros, o que representa cruel mazela social. Com efeito, a solução do problema passa pela valorização da dignidade humana e da resolução da ineficiência história. Sob uma primeira análise, a crise sanitária inviabiliza o efetivo tratamento digno de humanidade. A esse respeito, a OMS estabeleceu em 2019, por meio da Agenda 2030, que tratar o esgoto é condição fundamental para a dignidade. Ocorre que 50% dos brasileiros, em contexto de desigualdade social, não dispõem de acesso ao saneamento mínimo necessário garantido pela OMS — de acordo com dados do Ministério da Saúde. Essa carência fere a integridade desses indivíduos, que são expostos diariamente ao risco de contaminação de graves doenças. Dessa maneira, não é razoável que a escassez de recursos sanitários permaneça em um país que almeja o desenvolvimento nacional. De outra parte, o médico Oswaldo Cruz — responsável pelas políticas sanitárias — implementou medidas como a coleta de lixo e o tratamento de esgoto: caminhos imprescindíveis para o equilíbrio ambiental. Todavia, a revolução iniciada no século passado é incapaz de favorecer toda a população na contemporaneidade, haja vista a omissão e a ineficiência de um Poder Público que assegura, na teoria, a igualdade no acesso aos procedimentos essenciais, e, no entanto, os projetos não são postos em prática. Além disso, essa atitude do Estado evidencia cruel retrocesso para uma sociedade que antes fora beneficiada pela conquista de Oswaldo Cruz. Dessa forma, enquanto a negligência do Governo se mantiver, substancial parcela dos cidadãos brasileiros terá de conviver com um dos piores obstáculos sociais: a ausência de direitos básicos. Impende, pois, que a igualdade do saneamento deixe de ser um desafio no Brasil. Para isso, o Ministério das Cidades deve, com urgência, promover a dignidade humana dos indivíduos, por intermédio de políticas sanitárias eficazes, como a limpeza urbana e o tratamento de resíduos sólidos, de esgoto e de água, com foco nas regiões mais carentes, capazes de equalizar o acesso ao essencial. Essa iniciativa poderia se chamar “Saneamento Presente” e teria a finalidade de romper com a inércia das autoridades e com as dificuldades históricas, e assim, os cidadãos poderão deixar de viver, tal como no filme sul-coreano, como parasitas. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Os desafios da adoção no Brasil A produção ficcional “Anne com “e” narra o drama de uma menina que perdeu os pais e desde estão anseia por uma família que a acolha. Com efeito, histórias como a de Anne não se resumem à ficção: todos os dias milhares de crianças e de adolescentes vivem a cruel realidade de não ter um lar. Nesse sentido, para que a adoção deixe de ser um desafio no Brasil, há de ser combater a burocracia nos processos, bem como a idealização enraizada entre os adotantes. A princípio, o Código Civil de 1916 estabeleceu critérios rígidos, a exemplo do mínimo de 50 anos de idade para adotar, e, em 1957, outra lei passou a obrigar a mediação pelo Poder Judiciário, tornando obrigatória a contratação de advogados. Ocorre que a rigidez inadequada do procedimento de adoção, prevista em 1916 e 1957, ainda se perpetua no Brasil e se mostra entrave para que crianças e adolescentes passem a ter uma família. Assim, não é razoável que se mantenha a burocracia, mesmo após a revogação do Código Civil de 1916. De outra parte, além do excesso de procedimentos, outro conflito inviabiliza a efetivação do processo adotivo: a idealização. A esse respeito, substancial parcela das famílias busca adotar crianças de até quatro anos de idade, branca e sem irmãos, o que manifesta na prática o cruel padrão cultural enraizado. Nesse sentido, Gilberto Freyre já dissertava, na obra “Casa-grande e Senzala”, que o brasileiro nutre alguns estereótipos, quase sempre inalcançáveis. O problema é quando a padronização denunciada por Freyre impede que crianças e adolescentes sejam acolhidos. Assim, enquanto a visão idealizada da adoção for a regra, a concretização dos processos será a exceção. Portanto, para que os órfãos deixem a situação de acolhimento e passem a ter uma família, o Conselho Nacional de Justiça deve desburocratizar e agilizar o andamento dos processos, por meio da total informatização dos procedimentos, como a possiblidade de o adotante iniciar a adoção on-line. Essa iniciativa do CNJ teria a finalidade inclusive de aumentar a visibilidade dos órfãos, que entregariam fotos e cartas aos adotantes, os quais poderiam iniciar o processo como padrinhos. Assim, a idealização enraizada daria lugar à solidariedade e ao direito à família, de sorte que histórias como a de Anne sejam, em breve, apenas ficção. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA - Os obstáculos para a doação de sangue no Brasil A produção ficcional “Grey´s Anatomy” narra, em um dos episódios, a história de pacientes que dependem de transfusão sanguínea, mas não podem recebê-la em função da escassez dos estoques do hospital. Entretanto, os obstáculos da doação de sangue fazem com que os brasileiros protagonizem, fora da ficção, o drama narrado na série, o que se mostra grave problema. Com efeito, há de se desconstruir a indiferença dos indivíduos, bem como a ineficiência do Estado. Sob uma primeira análise, é preciso combater o individualismo, cujo excesso prejudica as ações solidárias. A esse respeito, Adam Smith —considerado pai do liberalismo — entendia que apenas a busca pelos interesses pessoais levaria a sociedade ao progresso, de sorte que a benevolência humana representaria fraqueza. Ocorre que, no Brasil, o egocentrismo idealizado por Smith ainda se perpetua na contemporaneidade, na medida em que substancial parcela da população é indiferente à necessidade de adesão aos projetos de doação de sangue. Além disso, esse grave problema afeta diretamente os pacientes que esperam a transfusão sanguínea para preservação da vida. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, a cultura individualista continue sendo a regra, visto que a solidariedade será exceção. De outra parte, em 1948, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu que as autoridades são — ou deveriam ser — responsáveis pela manutenção do bem- estar público. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser Estado desenvolvido, as ações governamentais de estímulo ao ato de doar sangue são incapazes de sensibilizar os cidadãos, o que vai de encontro ao que foi proposto pela OMS. Ademais, essa falta de assistência estatal provoca a escassez dos bancos de sangue, e, muitas vezes, tem por consequência um prejuízo irreparável: a morte. Assim, a omissão do Estado dá lugar às campanhas de doações frágeis, e, enquanto o descaso das autoridades se mantiver, o país será obrigado a conviver com um número de doadores bem menor do que a real demanda exige. Há de se mitigar, portanto, os obstáculos para a doação de sangue. Nesse sentido, o Ministério da Saúde, cuja função é garantir direitos aos cidadãos, deve desconstruir, com urgência, o individualismo acerca dessa atitude solidária, por meio de políticas públicas que estimulem os indivíduos a doar, como a criação de um cadastro para a coleta sanguínea gratuita em domicílio, bem como postos itinerantes. Essa iniciativa teria a finalidade de aumentar a oferta de sangue nos hospitais, de aprimorar a eficiência do Estado e de contribuir para que o drama narrado em “Grey´s Anatomy” seja, em breve, apenas ficção. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – O papel da família na educação de crianças e de adolescentes em questão no Brasil Professor Vinícius Oliveira VERSÃO A Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar o direito à educação como valor supremo de uma sociedade fraterna. Entretanto, a falta de comprometimento da família revela que nem todas as crianças e os adolescentes brasileiros experimentam esse direito na prática. Com efeito, a falta do papel familiar coloca em risco não só a formação escolar dos jovens, mas também o seu convívio social. Sob uma primeira análise, a omissão dos pais afeta a situação educativa do público infanto-juvenil. A esse respeito, no século XX, Paulo Freire defendeu, em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, que a família mostra-se opressora ao depositar aa responsabilidade da educação dos filhos sobre as escolas e os profissionais de ensino. Ocorre que, mesmo depois de décadas, a ideia defendida pelo pedagogo ainda é a realidade, na medida em que há crianças e adolescentes como se estivessem órfãos em suas próprias casas, o que representa um grave problema social e é capaz de causar o esgotamento físico e psicológico dos professores, cada vez mais sobrecarregados pela carência de compromisso dos pais. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, a educação até agora não consiga ser libertadora, tal como Freire resguarda. De outra parte, a ausência da educação na família dá lugar à má formação social dos jovens. Nesse sentido, Zygmunt Bauman desenvolveu, em seu livro “Modernidade Líquida”, o conceito de Instituições Zumbis, segundo o qual visa descrever, metaforicamente, a falência das grandes instituições da modernidade, já que mantiveram a sua forma, mas perderam a sua essência — a exemplo das organizações familiares. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser Estado desenvolvido, substancial parcela dos responsáveis é incapaz de educar a juventude, o que corrobora com a concepção de Bauman e constitui cruel desdobramento na sociedade civil, visto que a inexistência da prática de disciplina é fatos preponderantes na formação moral e da ética. No entanto, enquanto o descuido com os valores for a regra, o país será obrigado a conviver com uma triste realidade: indivíduos antiéticos e imorais. Impende, pois, que o acesso pleno à educação seja, de fato, assegurado. Dessa maneira, o Ministério da Educação, no exercícios do seu papel civil, deve modificar a mentalidade dos familiares acerca da formação educacional, por meio de projetos de políticas públicas nas grandes mídias, capazes de delimitar aos responsáveis qual é a sua própria função dentro dos desenvolvimentos dos jovens, a fim de minimizar a sobrecarga dos professores, bem como estimular o ensino de princípios morais para o convívio social harmônicos. Assim, serão garantidos os direitos de um Estado Democrático, e o Brasil será justo, livre e solidário. VERSÃO B Em “Matilda” — produção ficcional norte- americana —, a protagonista é uma criança que cresceu em um ambiente desestruturado e em meio a pais indiferentes ao seu desenvolvimento. Com efeito, fora da ficção, esse problema ainda é realidade, haja vista que substancial parcela das famílias brasileiras não cumpre o seu papel na educação dos filhos. Nesse sentido, hão de ser analisados os prejuízos não só para a construção educativa, mas também para o convívio social dos jovens. Sob uma primeira análise, a omissão familiar prejudica a formação educacional das crianças e dos adolescentes. A esse respeito, Paulo Freire — renomado educador brasileiro —, em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, abordou que a família mostra-se opressora ao depositar a responsabilidade da educação dos filhos sobre as instituições escolares. Ocorre que essa indiferença dos pais ao processo educativo dos jovens, como retratado por Freire, evidencia cruel mazela para esses indivíduos no Brasil. Tal descaso afeta a relação família-escola, em que se mostra necessário que os responsáveis participem efetivamente na construção e no desenvolvimento educacional dos filhos. Desse modo, é incoerente que os pais sejam omissos em um país que requer ajuda da família na educação. De outra parte, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman desenvolveu o conceito de Instituições Zumbis, segundo o qual a família perdeu sua função social, mas manteve — a qualquer custo — a sua forma. Nesse viés, os lares brasileiros se enquadram na teoria denunciada por Bauman, na medida em que perderam a capacidade de educar e de agregar valores sociais aos seus filhos. Além disso, essa falha pode gerar graves consequências para a formação social das crianças e dos adolescentes, como o aumento da criminalidade, da gravidez na adolescência e do consumo de álcool. Dessa maneira, enquanto a ausência familiar se mantiver, os jovens serão obrigados a conviver com um dos piores obstáculos para a modernidade: a má formação social. Impende, pois, que as famílias cumpram o seu papel na educação de crianças e de adolescentes. Para isso, as instituições de ensino, em parceria com as famílias, devem proporcionar o efetivo vínculo família- escola, por meio de projetos nas próprias escolas capazes de impulsionar a participação ativa da família no processo educativo. Essa iniciativa terá a finalidade de desconstruir a omissão dos pais e reduzir os prejuízos causados na formação educacional e social dos jovens. Assim, as dificuldades enfrentadas por Matilda, mesmo fora da ficção, deixarão de ser realidade. Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – A importância do trabalho voluntário em momentos de crise A Organização das Nações Unidas estabeleceu a Agenda Global do Desenvolvimento: 17 objetivos para estimularações humanitárias globais até 2030. Entretanto, a indiferença ao trabalho voluntário representa um obstáculo à meta proposta pela ONU, o que pode potencializar a desigualdade principalmente em momentos de crise. Com efeito, individualismo e omissão do Estado são problemas relacionados à falta de incentivo a ações benevolentes. Em primeiro plano, a falta de empatia — comum nas sociedades modernas — representa obstáculo ao voluntariado. A esse respeito, no século XVIII, Adam Smith entendia que a benevolência impediria o progresso, e as nações apenas se desenvolveriam a partir da busca das suas ambições individuais. Todavia, mesmo depois de séculos, a ideologia meritocrática do pai do liberalismo permanece no imaginário dos indivíduos, que rejeitam ações humanitárias e o voluntariado justamente por causa da visão individualista. Assim, enquanto for imposta a meritocracia, a benevolência será a exceção, sobretudo em contextos de crise. Sob outra análise, há de se incentivar o trabalho voluntário, fundamental em sociedades onde as ambições capitalistas são a regra. Nesse viés, a partir de 1970, as nações passaram a adotar o neoliberalismo, segundo o qual o Estado deve se omitir intencionalmente para que as empresas privadas vendam serviços básicos, como saúde e educação. Ocorre que a população carente é incapaz de pagar por benefícios, tal como impõe a lógica neoliberal, o que mostra a relevância das ações humanitárias e da benevolência para sanar a ausência estatal e garantir que a população pobre tenha acesso a serviços que deveriam ser seus direitos. Dessa forma, a ausência do voluntariado colabora para aprofundar a miséria e a desigualdade social. É urgente, portanto, que as ações humanitárias deixem de ser a exceção e passem a ser a regra nas sociedades. Para isso, os próprios indivíduos devem se envolver em atividades filantrópicas, por meio da distribuição de alimentos e de serviços comunitários de saúde. Essa iniciativa social teria a finalidade de desconstruir o individualismo e de problematizar a omissão do Estado na oferta de serviços públicos, que se tornaram fontes de lucro. Assim, a partir da ação cidadão, os objetivos traçados pela ONU deixarão de ser, em breve, uma realidade distante. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – O problema da ansiedade entre os jovens brasileiros Na década de 1950, Manuel Bandeira — expoente autor modernista — produziu o poema “Momento num Café” e declarou que “a vida é uma agitação feroz e sem finalidade”. Com efeito, a declaração de Bandeira assume contornos específicos, já que essa velocidade denunciada pelo poeta acarreta um dos mais graves problemas contemporâneos: a ansiedade. Nesse viés, há de se descontruir o acúmulo de tarefas, bem como o uso excessivo do celular. De início, no século XX, a Terceira Revolução Industrial permitiu que os jovens acumulassem atividades e otimizassem o tempo para os estudos e para o trabalho. Ocorre que, no Brasil, o ideal imposto pela Revolução Informacional promoveu — e ainda promove — o esgotamento físico e psicológico, o que inviabiliza uma saúde mental adequada. Além disso, essa rotina intensa na juventude faz com que parte dos cidadãos tenha a necessidade de se medicar com remédios ansiolíticos, sob pena de sofrer com efeitos colaterais. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação pós- moderna, a sociedade viva uma cultura de excessos, o que torna os jovens cada vez mais ansiosos. Sob outra análise, a Nomofobia — distúrbio de comportamento — consiste na angústia pela falta de contato com dispositivos digitais, o que evidencia o vício pela informação constante e provoca ainda mais a ansiedade. Com efeito, substancial parcela dos jovens brasileiros é afetada por esse problema clínico, de modo que a persistência da nomofobia pode acarretar o Transtorno da Ansiedade Generalizada. Dessa forma, o TAG representa não só uma grave crise individual, mas também um desafio para a saúde pública. Assim, enquanto o uso imprudente dos aparelhos eletrônicos se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com uma das mais sérias síndromes do século XXI: a ansiedade. É urgente, portanto, que a juventude experimente a saúde mental. Para isso, as escolas devem colaborar para desconstruir o excesso de tarefas diárias, bem como o uso desmesurado dos celulares, por meio de um projeto pedagógico que poderia se chamar “Juventude sem ansiolíticos” e que orientaria rapazes e moças a planejar melhor o dia e a reduzir o tempo de tela nos “smartphones”. Essa iniciativa teria a finalidade de valorizar a saúde mental, combater a nomofobia e construir uma sociedade, de fato, livre da ansiedade. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA - Alternativas para combater a pirataria entre os brasileiros Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar os direitos autorais como valor supremo de uma sociedade fraterna. Entretanto, a pirataria vai de encontro à determinação constitucional e representa uma estratégia ilegal entre os brasileiros. Com efeito, as alternativas para combater o problema passam pela valorização do senso de coletividade e pela garantia do acesso à renda. Sob uma primeira análise, persiste entre os cidadãos o desejo constante de se beneficiar a qualquer custo. A esse respeito, Sérgio Buarque de Holanda desenvolveu, em sua obra “Raízes do Brasil”, o conceito de Cordialidade, que consiste na cultura enraizada de buscar situações que favoreçam os interesses individuais, independentemente das consequências. Nesse viés, a pirataria é uma das faces do jeitinho brasileiro, denunciado pelo sociólogo, na medida em que muitos indivíduos se acostumaram a consumir produtos do comércio ilegal. Logo, é incoerente que a infração às leis faça parte do comportamento cultural do brasileiro. Nesse sentido, desde o Período Colonial, parte considerável da população é excluída do acesso a condições financeiras dignas, o que obrigou — e ainda obriga — o indivíduo pobre a encontrar formas alternativas de acessar cultura e entretenimento. Nesse sentido, os crimes de pirataria, embora sejam injustificáveis sob o ponto de vista legal, representam opções para que homens e mulheres carentes consigam assistir a um filme ou ouvir uma produção musical. Inclusive, os altos impostos que incidem sobre bens e serviços colaboram para que a arte e o lazer sejam consumidos apenas pela minoria, assim como ocorria no Brasil Colônia. Assim, enquanto a concentração de renda for a regra, o brasileiro será obrigado a conviver com este grave problema: a pirataria. Há de se pensar, portanto, em alternativas para mitigar o consumo de produtos e de serviços não originais. Dessa maneira, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, cuja função é realizar a defesa das minorias e formular políticas de inclusão, deve estimular o senso de coletividade dos indivíduos, com o apoio de assistentes sociais, por intermédio de debates realizados nas comunidades, a fim de desconstruir a cultura de Cordialidade. Essa iniciativa poderia se chamar “Ética é legal” e teria a finalidade de discutir a desigualdade social, de sorte que a sociedade não contribua com as ações antiéticas. Assim, o problema denunciado por Sérgio Buarque de Holanda deixará de ser um costume no Brasil. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – O advento das informações falsas no Brasil contemporâneo No século XV, Johannes Gutenberg deu início à imprensa e democratizou o acesso à informação por meio de seu invento. Entretanto, na contemporaneidade, a invenção de Gutenberg cedeu lugar à de Zuckerberg: o “Facebook”, que, junto às outras mídias sociais, propaga notícias parciais. Com efeito, o advento das informações falsas se mostra grave problema à sociedadedemocrática seja pela sua influência imperceptível, seja pelos prejuízos ao interesse público. A princípio, informações inverídicas funcionam como discurso de controle simbólico. A esse respeito, o sociólogo francês Michel Foucault defendia que as estruturas linguísticas são capazes de impor verdades aos interlocutores. Assim, as fontes que veiculam informações infundadas reafirmam pontos de vista e motivam as ações dos indivíduos, mesmo sem provas concretas. Nesse contexto, as notícias falsas que circulam na mídia e internet brasileiras exercem poder sobre os indivíduos, justamente porque toda linguagem é dotada de ideologia, segundo Foucault. Ocorre que significativa parcela da sociedade brasileira ainda não compreende o poder de controle do discurso. De outra parte, a disseminação de notícias falsas pode prejudicar os interesses nacionais. Nesse sentido, em 1995, chegaram a Nelson Mandela boatos segundo os quais haveria atentados durante a Copa de Rúgbi. Essas informações não se concretizaram, e a África do Sul sediou os jogos, cuja função foi unir brancos e negros após a vigência do Apartheid. Porém, em oposição ao exemplo de Mandela, muitos cidadãos brasileiros permanecem superestimando conteúdos políticos e sociais infundados, de modo que, enquanto a cultura de indiferença à veracidade de informações se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver diariamente com um dos mais graves problemas para a pós- modernidade: as notícias falsas. Impende, pois, que a cultura da desinformação seja combatida na contemporaneidade brasileira. Sob esse aspecto, as escolas e a Agência Lupa – pioneira em “fact-checking” no Brasil – devem ensinar os cidadãos a questionar a veracidade de todos os conteúdos veiculados, por meio de oficinas práticas de aferição de verossimilhança, a exemplo do tipo de fonte e linguagem utilizada no conteúdo a ser checado. Essa iniciativa poderia se chamar “Fato ou Fake” e teria a finalidade de estimular o senso crítico dos indivíduos. Com isso, seriam preservados os interesses nacionais, e o Brasil deixará de ter, na prática, a verdade fragilizada. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Os desafios da gestão do lixo no Brasil Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar um meio ambiente ecologicamente equilibrado como valor supremo de uma sociedade fraterna. Entretanto, a gestão ineficiente do lixo revela que nem todos experimentam esse direito constitucional na prática. Com efeito, como solução do entrave, há de analisar a importância da administração dos resíduos, bem como a necessidade de desconstruir a omissão do Governo. Sob uma primeira análise, a decomposição dos rejeitos ocorre por um fenômeno químico chamado anaerobiose, que gera gases extremamente poluentes como o CO2 e uma substância altamente tóxica: o chorume. Nesse sentido, esse processo traz efeitos negativos para a sociedade brasileira, na medida em que esses gases afetam a qualidade de vida dos indivíduos e podem provocar doenças, desde a asma até mais graves como o câncer de pulmão. Além disso, o chorume acarreta a contaminação da água, do solo e dos lençóis freáticos, e evidencia que não só a coletividade é prejudicada, como também todo o ecossistema entra em desequilíbrio, o qual vai de encontro à garantia da Constituição. Desse modo, não é razoável que, embora o país almeje tornar-se nação desenvolvida, ainda persista a má gestão do lixo. De outra parte, há de se combater a omissão dos governantes: um dos principais desafios para a administração apropriada dos detritos. A esse respeito, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estabeleceu, em 2012, o índice de resíduos produzidos no mundo e verificou que na sociedade brasileira, mais de 90% dessa produção provém da mineração e da agropecuária. Todavia, o Poder Público se mostra indiferente ao dado exposto pela ONU, de modo que se mantém silente diante de atividades e de grandes empresas produtoras de resíduos sólidos em maior quantidade em razão de interesse econômico. Dessa forma, é incoerente que as autoridades insistam em responsabilizar a população enquanto os setores mais poluentes continuam sem fiscalização. Impende, pois, que a gestão do lixo deixe de ser um desafio no Brasil. Para isso, o Ministério do Meio Ambiente precisa, com urgência, fomentar novas medidas eficazes, por meio de legislação que garanta a punição e a ação dos responsáveis pelos resíduos gerados e descartados em locais irregulares. Essa iniciativa poderia se chamar “Sociedade consciente” e seria capaz de combater os danos causados pela decomposição dos detritos ao ecossistema e à saúde da população, cuja finalidade seria desconstruir a inércia do Governo motivada pelo interesse econômico. Assim, os cidadãos brasileiros poderão viver em uma sociedade livre, justa e solidária. Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 Tema – Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer No ano 2000, a atriz Carolina Dieckmann protagonizou uma das cenas mais icônicas da teledramaturgia nacional: o momento em que a personagem Camila perde seus cabelos para o câncer. Nesse viés, substancial parcela dos brasileiros se sensibiliza com a ficção, mas é incapaz de reconhecer o drama de indivíduos reais que lutam diariamente contra a doença. Com efeito, a solução do problema pressupõe que se combata a ineficiência do Estado, bem como a rejeição da sociedade. Em primeiro plano, as falhas do SUS tornam a situação das pessoas com câncer ainda mais complicada. A esse respeito, ainda que o Artigo 6° da Constituição Federal assegure o direito à saúde, a oncologia de qualidade se restringe a quem pode pagar por ela. Tal omissão se manifesta na falta de acesso a médicos e a procedimentos importantes para o tratamento de carcinomas — quimioterapia, radioterapia, hemodiálise. Desse modo, não é razoável que a saúde prevista da Carta Magna deixe de ser um direito de todos e se torne um privilégio de poucos. Assim, enquanto a ineficácia do Sistema Único de Saúde se mantiver, o combate ao câncer continuará sendo uma luta cruel. Outro desafio na luta contra o câncer tem origens culturais: o preconceito. Sobre isso, na Idade Média, os indivíduos associavam os tumores a questões espirituais, e a sociedade da época evitava, inclusive, pronunciar palavras do campo semântico da doença. Essa repulsa social à discussão, embora simbolize uma mentalidade medieval, ainda persiste entre o povo brasileiro, o que evidencia o imaginário retrógrado e preconceituoso em relação ao câncer. Assim, enquanto a repulsa ao diálogo se mantiver, não haverá como estabelecer a cultura de autocuidado e de combate ao problema de forma precoce. Para que o drama protagonizado por Carolina Dieckmann, portanto, seja discutido no Brasil, as escolas devem ensinar os alunos e os familiares a buscar a medicina preventiva, por meio um projeto pedagógico, com oficinas e minicursos que sejam capaz de ensinar a população a identificar os cânceres de forma precoce. Essa iniciativa poderia se chamar “Autocuidado presente” e teria a finalidade de ampliar a discussão sobre o assunto, de modo que o indivíduo seja estimulado a cuidar de si mesmo e a exigir ações efetivas do Estado, como aumento da oferta de médicos oncologistas na rede SUS. Assim, o preconceito medieval dará lugar, de fato, à valorização da vida. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – O problema da cultura de transgressão às leis no Brasil Em 1748, o filósofo Montesquieu desenvolveu a obra “O Espírito das Leis”, segundo a qual as sociedades devem obedecer às normas instituídas, sob pena de haver desequilíbrio social. Entretanto, parcela dos indivíduos contemporâneos é incapaz de aplicar a ideia de Montesquieu, na medida em que a cultura de transgressão às leisse mostra um problema cada vez mais comum, seja pelo costume histórico de transgressão, seja pela indiferença ao Estado de Direito. Diante desse cenário, a desobediência às normas fragiliza a democracia. Sobre isso, Hans Kelsen — filósofo do século XX — desenvolveu a ideia de que há hierarquia entre as leis, e a vontade do povo deve ser submissa às normas de um Estado Democrático de Direito. Ocorre que a sociedade contemporânea subverte a proposta de Kelsen: os cidadãos colocam suas vontades acima das normas legais instituídas pelo Estado, o que fortalece a cultura de transgressão e motiva a existência de um falso Estado de Direito. Nesse viés, não é razoável que a hierarquia estabelecida Hans Kelsen seja tratada com indiferença em uma nação que almeja tornar-se desenvolvida. Nesse sentido, a “Cordialidade” — fenômeno popularmente conhecido como “jeitinho brasileiro” — é um conceito criado por Sérgio Buarque de Holanda e caracteriza o cidadão que busca burlar as normas para benefício próprio. Nesse viés, substancial parcela dos indivíduos pratica a “Cordialidade” definida pelo sociólogo, que nada tem a ver com educação, e, pelo contrário, diz respeito a atitudes antiéticas. Com efeito, essa característica nociva do brasileiro representa um grave comportamento histórico, e, enquanto se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais sérios problemas para a cidadania: o desrespeito às leis. A ideologia de Montesquieu, portanto, precisa ser colocada em prática no Brasil. Nesse sentido, as autoridades municipais devem ensinar o respeito ao Estado de Direito e à cidadania, por meio de uma campanha com palestras e oficinas comunitárias de valorização às normas. Essa iniciativa ocorreria em locais públicos, poderia se chamar “Respeito é legal” e teria a finalidade de desconstruir o histórico comportamento do “jeitinho brasileiro”, de sorte a estimular que o Brasil experimente, de fato, o espírito das leis. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – O problema do esgotamento profissional em questão no Brasil Em 1974, o psicanalista Herbert Freudenberger desenvolveu o conceito de Burnout, que ficou conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional, cuja principal característica é o estresse e o desânimo crônicos. Todavia, o problema descrito pelo médico não recebe a devida importância na contemporaneidade e exige cuidadosa análise acerca do excesso de tarefas e da instabilidade do mercado de trabalho. Nesse sentido, a Terceira Revolução Industrial, marcada pelo uso de tecnologias da robótica e da informática, possibilitou que os indivíduos acumulassem tarefas e otimizassem ao máximo o tempo de produção no trabalho. Ocorre que o excesso de atribuições diárias, imposto pela Revolução Informacional, pode ser nocivo, prejudicar o trabalhador e contribuir para o esgotamento do indivíduo, já que o lazer e o bem-estar são negligenciados por muitos empregadores e empregados. Assim, enquanto a saúde mental não for valorizada, o trabalhador contemporâneo será obrigado a conviver com um dos principais problemas ocupacionais: o esgotamento profissional. Ademais, as crises econômicas favorecem a prevalência da Síndrome de Burnout. A esse respeito, a Grande Depressão — maior crise da história — trouxe instabilidade ao mercado de trabalho a partir de 1929 e deixou claro que o medo do desemprego pode ser a causa para problemas psiquiátricos. Nesse sentido, o esgotamento profissional é um desses cruéis desdobramentos da recessão econômica, tal como ocorreu na Crise de 29, na medida em que o indivíduo vivencia constante instabilidade e competitividade no mercado laboral, o que se mostra grave obstáculo à saúde mental do trabalhador. Para que a síndrome de Burnout, portanto, seja combatida, o Ministério Público do Trabalho deve combater, com urgência, os serviços com jornada exaustiva, como os que ultrapassam as 8 horas permitidas pela lei, por meio de visitas regulares a empresas cujos profissionais manifestem esgotamento. Essa iniciativa do MPT teria a finalidade de promover a valorização da saúde física e mental dos indivíduos, que passariam a lidar melhor com as crises, bem como com a situação de instabilidade e de competitividade do mercado laboral. Dessa forma, o fenômeno descrito por Freudenberger deixará de ser um problema no Brasil. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – As dificuldades da inclusão do idoso no mercado de trabalho em questão no Brasil No longa-metragem “Um Senhor Estagiário”, o personagem Ben é um idoso aposentado que se torna estagiário sênior de um site de modas, por meio de um programa comunitário, a fim de se sentir novamente parte da sociedade. Entretanto, a narrativa otimista da ficção representa uma utopia no Brasil – país marcado pela exclusão da população senil. Nesse sentido, hão de ser combatidas a indiferença social e a precária inserção tecnológica dos idosos. Nesse sentido, Simone de Beauvoir — filósofa do século XX —, em sua obra “A Velhice”, desenvolveu o conceito de Invisibilidade Social, segundo o qual existe um processo de apagamento da figura do idoso. Ocorre que a cruel ideia denunciada pela autora ainda é reforçada na sociedade brasileira, tendo em vista que os idosos são marginalizados e não são admitidos nas empresas por serem tidos como incapazes de desenvolver tarefas. Tal fato é observado igualmente na ficção, ao passo que Ben é tratado inicialmente com indiferença por sua chefe. Desse modo, é incoerente que essa exclusão seja regra em uma sociedade em constante processo de envelhecimento. Ademais, não só a indiferença social, mas a escassa inserção tecnológica também afasta o idoso da oportunidade de emprego. Nesse viés, a partir do século XX, a Terceira Revolução Tecnológica — período de crescimento da informática — exigiu constante aperfeiçoamento frente à tecnologia. Todavia, substancial parcela da terceira idade no Brasil não acompanhou a evolução científica advinda da Revolução Técnico- Informacional, o que reflete diretamente o nocivo ideal de indivíduo obsoleto para o ambiente laboral e fragiliza a inclusão dos idosos. Com efeito, enquanto a falta de incentivo e de apoio ao aprimoramento tecnológico dessa parte da população se mantiver, a sociedade brasileira continuará a conviver com uma das mais incoerentes mazelas para os indivíduos: a precária inserção laboral. As empresas devem, portanto, promover a reintegração desses indivíduos no mercado laboral, por meio de oportunidades de emprego associadas a cursos que capacitem a terceira idade a exercer as funções dos trabalhos aos quais for destinada. Essa iniciativa teria a finalidade de desconstruir a invisibilidade dos idosos. O Ministério da Ciência e da Tecnologia, por sua vez, pode fomentar projetos sociais, por meio de atividades comunitárias, como aulas e oficinas capazes de ensinar o uso de aparelhos eletrônicos, para o aprimoramento tecnológico e, assim, valorizar a inclusão no trabalho da população senil — antes marginalizada. Professor Vinícius Oliveira Gu st av o Ro sin 11 67 39 56 97 1 TEMA – Os desafios para os profissionais das futuras gerações em questão no Brasil A produção cinematográfica “Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg, narra uma realidade distópica em que humanos convivem com robôs e com tecnologias nunca vistas pela sociedade. Fora da ficção, o futuro anunciado por Spielberg se aproxima da sociedade contemporânea e será capaz de reconfigurar uma das áreas mais importantes para a sociedade: o trabalho. Com efeito, as habilidades fundamentais para o profissional das futuras gerações passam pelo desenvolvimento da inteligência emocional e pela constante capacidade de aprender. A Revolução 4.0 — conceito alemão criado no século XXI — consiste no conjunto de
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