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TEMA 
01. Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil 
02. A importância da prevenção ao suicídio no Brasil 
03. A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro 
04. Como combater os crimes de pedofilia no Brasil? 
05. A importância da leitura na infância 
06. Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros 
07. Os desafios do ensino a distância no Brasil 
08. A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros 
09. Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil 
10. O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro 
11. A importância das campanhas de vacinação no Brasil 
12. O problema da alienação parental no Brasil 
13. O poder de transformação social do esporte no Brasil 
14. Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros 
15. HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade 
16. Os desafios do acesso igualitário ao saneamento básico 
17. Desafios da adoção no Brasil 
18. Os obstáculos para a doação de sangue no Brasil 
19. O papel da família na educação de crianças e de adolescentes no Brasil 
20. A importância do trabalho voluntário em momentos de crise 
21. O problema da ansiedade entre os jovens 
22. Alternativas para combater a pirataria entre os brasileiros 
23. O advento das informações falsas no Brasil contemporâneo 
24. Os desafios da gestão do lixo no Brasil 
25. Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer 
26. O problema da cultura de transgressão às leis no Brasil 
27. O problema do esgotamento profissional em questão no Brasil 
28. As dificuldades da inclusão do idoso no mercado de trabalho em questão no Brasil 
29. Os desafios para os profissionais das futuras gerações em questão no Brasil 
30. Caminhos para garantir a alfabetização na primeira infância 
31. O problema da cultura do cancelamento e da hostilidade nas redes sociais 
32. O desafio da inclusão às pessoas com deficiência no Brasil contemporâneo 
33. Por que o preconceito linguístico é um paradoxo no Brasil? 
34. O problema do "bullying" nas escolas brasileiras 
35. Os desafios do deslocamento nas cidades em questão no Brasil 
36. A importância do combate aos maus-tratos aos animais 
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37. O problema do desperdício de comida entre os brasileiros 
38. Crianças em situação de rua como combater esse problema no Brasil 
39. Efeitos sociais da gravidez na adolescência em questão no Brasil 
40. O brasileiro valoriza a construção da saúde coletiva 
41. O desaparecimento de crianças no Brasil 
42. O problema da superexposição nas redes sociais 
43. O problema da violência contra os idosos 
44. Doação de órgãos: a importância dessa prática solidária 
45. O problema da violência urbana em questão no Brasil. 
46. O papel da tecnologia na formação educacional do brasileiro 
47. A importância da prática de atividades físicas para a saúde dos brasileiros 
48. O que o Brasil precisa aprender para lidar com o novo Coronavírus 
49. O problema da automedicação entre os brasileiros 
50. A importância da cultura do autocuidado entre os brasileiros 
51. A autotutela na segurança e o porte de armas em questão no mundo contemporâneo 
52. A construção da responsabilidade socioambiental no brasileiro em discussão na sociedade 
53. A crise do sistema carcerário em questão no Brasil contemporâneo 
54. A distribuição agrária em questão no Brasil do século XXI 
55. A importância da implementação do civismo e da ética na sociedade 
56. A importância da valorização do patriotismo pelos jovens brasileiros 
57. A importância do respeito à diversidade de gênero no Brasil 
58. A representatividade da mulher no esporte em discussão no Brasil 
59. As causas e as consequências da poluição no Brasil 
60. Cibercondria o problema do vício em tecnologia em questão no Brasil 
61. Como alcançar o desenvolvimento de que o Brasil precisa 
62. Desemprego um problema histórico com reflexos na contemporaneidade 
63. O desafio da aceitação à diversidade familiar no Brasil 
64. O papel social do ensino médio no Brasil contemporâneo 
65. O problema da exclusão digital da terceira idade em discussão na sociedade brasileira 
66. O problema da violência urbana no Brasil 
67. Os desafios da ciência brasileira no século XXI 
68. Os desafios do envelhecimento populacional para a sociedade brasileira 
69. Os desafios para a inclusão digital do idoso em questão no Brasil 
70. Os limites do uso da tecnologia pelas crianças 
71. Violência nos estádios brasileiros como superar essa triste realidade 
72. Doação de órgãos a importância dessa prática solidária 
73. Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil 
 
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Tema - Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil 
 
 
 Em 1988, representantes do povo, reunidos em Assembleia 
Constituinte, estabeleceram dois direitos: a saúde e a proteção à infância. 
Ocorre que a epidemia de obesidade infantil impede que meninos e meninas 
usufruam de ambos os direitos constitucionais. Nesse sentido, o combate à 
doença no Brasil passa pela reeducação alimentar e pela desconstrução do 
culto midiático aos alimentos ultraprocessados. 
 Sob uma primeira análise, os hábitos alimentares das crianças 
inviabilizam a luta contra a obesidade. Nesse viés, a indústria alimentícia baseia 
seus produtos a partir da gordura hidrogenada — capaz de aumentar o sabor, 
a durabilidade e reduzir o custo da produção. Todavia, a saúde infantil fica 
prejudicada ao consumir alimentos industrializados, já que ocorre aumento do 
colesterol ruim, conhecido como LDL. Dessa forma, não é razoável que 
meninos e meninas brasileiros estejam vulneráveis à insegurança alimentar. 
 De outra parte, a influência midiática dá lugar à tendência de 
sobrepeso entre as crianças. Sobre isso, o filósofo alemão Theodor Adorno 
desenvolveu o conceito de Indústria Cultural, segundo o qual a publicidade 
utiliza a persuasão constante, a fim de moldar um comportamento de compra. 
O problema é que as crianças estão muito mais suscetíveis às cores, às músicas 
e às demais estratégias denunciadas por Adorno e não possuem 
discernimento das consequências de uma alimentação irresponsável, baseada 
em “fast-foods”. Assim, enquanto o culto à comida superprocessada se 
mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com uma das mais graves doenças 
do século: a obesidade infantil. 
Para combater o problema, portanto, as escolas — no exercício do seu 
papel social — devem contribuir com a reeducação alimentar das crianças, por 
meio de projetos pedagógicos como oficinas e aulas lúdicas, capazes de 
mostrar as consequências negativas dos “fast-foods”. Essa iniciativa poderia se 
chamar “Crescendo com saúde” e teria a finalidade de construir hábitos 
alimentares sadios, de sorte que, em breve, o Brasil experimente uma 
sociedade justa, solidária e livre da obesidade infantil. 
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TEMA – A importância da prevenção ao suicídio no Brasil 
 
Em 1994, Mike Emme — rapaz norte-americano de apenas 17 anos — 
tirou a própria vida e motivou o início de uma das campanhas mais relevantes 
para a sociedade: o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. Todavia, o combate 
ao problema não se mostra efetivo no Brasil, o que faz surgir, a cada dia, outros 
“mikes”, seja pela inabilidade social em discutir acerca do suicídio, seja pela 
pouca importância dada aos transtornos mentais daqueles que buscam a morte 
voluntária. 
De início, Johann Goethe — fundador do Ultrarromantismo europeu — 
relacionou a ideação suicida aos sentimentos do eu-lírico, em sua obra 
“Sofrimentos do Jovem Werther”. Para o escritor, tirar a própria vida seria o 
símbolo da fuga existencial: conceito reproduzido por outros autores. Ocorre 
que a romantização do suicídio proposta por Goethe se converteu em 
indiferença no imaginárioda sociedade brasileira, de modo que a morte 
voluntária não recebe a devida importância, o que se mostra grave problema 
social. Nesse viés, não é razoável que os brasileiros menosprezem a ideação 
suicida e sejam omissos aos comportamentos que a revelem. 
Sob outra análise, a omissão às doenças psiquiátricas dá lugar à busca 
pela morte voluntária. Sobre isso, no século XVIII, o suicídio passou a ser tratado 
como uma atitude derivada de distúrbios mentais, a exemplo da depressão. 
Nesse sentido, o médico francês Philippe Pinel foi pioneiro em propor o 
tratamento medicalizado daqueles que tentam subtrair a própria vida. 
Entretanto, substancial parcela dos brasileiros é indiferente aos avanços da 
psiquiatria, promovidos no século XVIII. Essa atitude omissa representa 
obstáculo para que a campanha do Setembro Amarelo cumpra seus objetivos, 
e, enquanto o silêncio da sociedade se mantiver, o mundo será obrigado a 
conviver com o mal do século: o suicídio. 
 O problema que ceifou a vida de Mike Emme precisa, pois, receber a 
devida importância no Brasil. Para que isso ocorra, as escolas — no exercício do 
seu papel social — devem desconstruir a visão reducionista do suicídio e dar 
mais visibilidade aos distúrbios mentais, a exemplo da depressão. Essa iniciativa 
aconteceria por meio de um projeto pedagógico, que poderia se chamar “Cada 
vida conta”, no qual os indivíduos seriam estimulados a compartilhar suas 
angústias, a fim de receber o devido tratamento e, dessa forma, fortalecer a 
saúde mental e retomar, portanto, a vontade pela vida. 
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TEMA – A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro 
 
Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia 
Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar o direito 
ao equilíbrio ambiental e a sustentabilidade como valores supremos de uma 
sociedade fraterna. Entretanto, a pouca importância dada à necessidade de 
redução do consumo de plástico torna a aplicação desses direitos constitucionais 
uma utopia, seja pela manutenção da cultura de excessos, seja pela omissão do 
Estado. 
Sob uma primeira análise, o consumismo inviabiliza a utilização consciente 
de plástico. A esse respeito, no século XIX, surgiu o conceito de Sociedade de 
Consumo, que critica o fato de praticamente todas as relações sociais serem 
baseadas em compra. Nesse sentido, o comportamento de parcela da população 
brasileira se relaciona à realidade consumista denunciada há mais de 100 anos, 
de sorte que homens e mulheres estão submissos ao gasto inconsciente, que 
demanda embalagens e insumos produzidos com material plástico. Logo, é 
incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, ainda se perpetue a falta de 
conscientização socioambiental. 
De outra parte, em 1992, a Organização das Nações Unidas promoveu um 
evento conhecido como “Cúpula da Terra” e elaborou a Política da 
Sustentabilidade — reduzir, reutilizar, reciclar — com objetivo de desestimular o 
comportamento poluente. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser um país 
desenvolvido, as iniciativas do Estado têm sido incapazes de estimular a prática 
sustentável, e, com isso, substancial parcela da população ainda é indiferente à 
redução proposta pela ONU. Além disso, essa indiferença demonstra pouca — 
ou nenhuma — responsabilidade com o meio ambiente. No entanto, se as 
autoridades se mantiverem inertes, o uso excessivo desse material não 
biodegradável continuará sendo a regra. 
Impende, pois, que a redução do consumo de plástico seja tratada com 
importância no Brasil. Dessa maneira, o Ministério do Meio Ambiente, cuja função 
é adotar o uso sustentável dos recursos naturais, deve combater, de forma eficaz, 
a cultura de excessos presente na contemporaneidade, por intermédio de 
palestras comunitárias, realizadas uma vez por semana, que poderiam chamar 
“Na medida certa”. Essa iniciativa teria a finalidade de ensinar a necessidade de 
redução dos compostos não biodegradáveis, além de mitigar a omissão do 
Estado. Assim, o real objetivo da “Cúpula da Terra” será, de fato, colocado em 
prática no século XXI. 
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TEMA – Como combater os crimes de pedofilia no Brasil? 
 
 O romance "Lolita" — obra russa produzida em 1955 — narra a terrível 
relação sexualizada entre uma criança e um homem, que coloca na menina o 
apelido que dá nome ao livro. Todavia, narrativas repugnantes como a de 
"Lolita" são comuns fora da ficção e representam na prática um dos mais graves 
problemas da sociedade: a pedofilia. Assim, para mitigar essa mazela, há de se 
combater o silêncio da família e do Estado. 
 Sob uma primeira análise, não há como mitigar a exploração sexual 
infantil velada se os responsáveis se mantiverem omissos. Nesse viés, desde a 
Era Vargas, as crianças são consideradas hipossuficientes — grupos vulneráveis 
dependentes de cuidados integrais — e tiveram a proteção consolidada no 
artigo 6° da atual Constituição. Ocorre que substancial parcela das famílias 
brasileiras é incapaz de oferecer o cuidado historicamente consolidado por 
Vargas e pela Carta Magna vigente. Inclusive, os agressores costumam ser 
justamente aqueles que deveriam cuidar da integridade da criança. Com efeito, 
os abusos a meninos e a meninas se mostram atitudes cruéis e, se não forem 
combatidos a tempo, terão consequências irreparáveis à formação infantil. 
 De outra parte, a OMS classificou a pedofilia como um transtorno 
mental, a fim de evidenciar que a exploração sexual às crianças não deve ser 
vista apenas como um crime, mas também como um desvio psiquiátrico do 
agressor. Todavia, a ineficiência do combate à pedofilia pelo Estado brasileiro 
é incompatível com a relevância proposta pela Organização Mundial da Saúde, 
de modo que campanhas nas mídias sociais — a exemplo do Maio Laranja — são 
insuficientes para garantir a proteção da infância e da dignidade humana. 
Desse modo, é incoerente que, mesmo sendo Estado Democrático de Direito, 
o Brasil ainda permita que as crianças protagonizem lolitas em suas próprias 
realidades. 
 A pedofilia, portanto, precisa ser repudiada pelas famílias e pelo 
Poder Público. Nesse sentido, o Ministério Público, com o auxílio das 
autoridades escolares, deve ensinar a população a combater esse crime, por 
meio de projetos pedagógicos, como oficinas e palestras, capazes de orientar 
pais e responsáveis a identificar os casos de pedofilia dentro dos seus próprios 
lares. Essa iniciativa teria a finalidade de problematizar a omissão familiar e 
reafirmar a presença do Estado na repressão a esse crime, de sorte que meninos 
e meninas vivam, de fato, em uma sociedade livre, justa e responsável. 
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TEMA – A importância da leitura na infância 
 
A literacia familiar — ato de ler para os filhos — tem origem na Europa 
renascentista, a partir da invenção da imprensa, por Gutenberg. Essa prática 
melhora a qualidade da alfabetização e permite o contato prematuro entre 
obras as literárias e as crianças. Todavia, aquilo que é realidade entre os 
europeus, no Brasil, mostra-se uma utopia, já que a extrema desigualdade social 
e a alienação parental impedem que leitura receba a devida importância, 
sobretudo na infância. 
De início, não há como promover o contato com os livros em uma 
sociedade marcada pela fome. A esse respeito, no século XVI, durante o 
período da Colônia de Exploração, apenas a aristocracia — organização 
composta pelos nobres — tinha acesso à leitura e à alfabetização de qualidade. 
Ocorre que, no Brasil contemporâneo, a população pobre ainda é excluída da 
possibilidade de ler, o que reproduz a marginalização iniciada no século XVI. 
Assim, a escassez de recursos e a extrema desigualdade social tornam a literacia 
familiar uma realidade distante. 
Sob outra análise,o escritor realista Eça de Queirós, em sua obra “O 
Primo Basílio”, critica a instituição familiar moderna e revela as suas crises e a 
perda da sua função social. Com efeito, os lares brasileiros exemplificam a 
falência denunciada por Eça, de modo que é inviável ser leitor em um ambiente 
marcado pela agressão à mulher, pela falta de afeto e pela ausência parental. 
Desse modo, enquanto os lares brasileiros forem desestruturados, as crianças 
serão incapazes de perceber a importância de uma das práticas mais relevantes 
para a humanidade: a leitura. 
Para solucionar o problema, portanto, as prefeituras, em parceria com as 
escolas de nível fundamental, devem buscar romper a marginalização histórica 
acerca da leitura, por meio da realização de projetos pedagógicos, como 
“workshops” e gincanas criativas que receberiam o nome de “Aprendi no livro”. 
Essa iniciativa dos municípios teria a finalidade de mostrar aos pais e às mães a 
importância de manter um ambiente saudável, que possibilite o contato com os 
contos fantásticos e com as histórias. Assim, a literacia familiar deixará de ser 
uma realidade restrita à Europa, e meninos e meninas poderão conhecer, enfim, 
o poder de transformação da leitura. 
 
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TEMA – Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros 
 
Em 1955, a indústria tabagista lançava a sua principal campanha com o 
objetivo de incentivar o consumo de cigarro: o “cowboy” da Marlboro. Com efeito, 
o hábito de fumar fomentado desde o século passado representa grave problema 
de saúde pública. Desse modo, é urgente não só que os fumantes brasileiros 
compreendam as consequências negativas do fumo, mas também que o interesse 
das grandes empresas do setor dê lugar ao bem-estar da coletividade. 
De início, é incoerente que, mesmo com todas as consequências nocivas, 
ainda haja cultura de fumantes no Brasil. Nesse viés, a combustão do tabaco gera 
aproximadamente 2000 compostos químicos, como hidrocarbonetos, substâncias 
poluentes e cancerígenas. Ocorre que a população fumante desconhece — ou 
ignora — os efeitos dessas substâncias tóxicas para o organismo humano. Dessa 
forma, não é razoável que o prazer momentâneo de um cigarro dê lugar ao câncer 
de pulmão, ao enfisema pulmonar e a diversas doenças letais. 
Sob outra análise, a Lei Antifumo, publicada em 2011, prevê estratégias 
para desestimular o consumo de cigarros e garante a integridade, inclusive, dos 
fumantes passivos. Nesse viés, a influência da indústria tabagista brasileira ainda é 
um obstáculo para que a legislação brasileira alcance plenamente seus objetivos. A 
esse respeito, os cigarros sem fumaça e a facilitação do contrabando dos maços são 
estratégias cruéis que desqualificam as campanhas antitabagismo no Brasil. Assim, 
enquanto os interesses das grandes empresas tabagistas se mantiverem vivos, ainda 
haverá “cowboys” da Marlboro na sociedade brasileira. 
O consumo de cigarros precisa, portanto, ser combatido no Brasil. Para 
isso, o Ministério da Saúde deve apresentar à sociedade os malefícios do fumo, por 
meio de infográficos e de documentários, como depoimentos de indivíduos que 
desenvolveram doenças pulmonares, a fim de eliminar a prática do tabagismo. 
Inclusive, o próprio MS precisa fiscalizar as empresas que comercializam maços de 
forma irregular, por intermédio do envio de fiscais aos centros de distribuição 
desses produtos, de sorte que a nação brasileira construa, de fato, uma sociedade 
saudável e livre dos malefícios do tabaco. 
 
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TEMA – Os desafios do ensino a distância no Brasil 
 
Em 1975, era fundada a pioneira em educação remota no Brasil: a 
TVE. Seguindo o caminho aberto pelo jornalista Roquette-Pinto, a emissora 
deu início à história da EAD no país e levou conhecimento aos quatro 
cantos da nação verde-amarela. Todavia, a implementação sistemática do 
ensino a distância, iniciada por Roquette-Pinto, apresenta desafios que 
passam não só pela dificuldade da cultura de autoaprendizagem, mas 
também pela falta de recursos básicos da população. 
A princípio, o sistema educacional vigente no Brasil é inspirado no 
modelo iluminista e impõe a submissão intelectual do estudante à figura 
do professor, que seria o detentor do conhecimento. Nesse sentido, o 
aluno, desde o iluminismo, acostumou-se a ser passivo no processo de 
aquisição do conhecimento, realidade que inviabiliza a autoaprendizagem 
característica do ensino a distância. Assim, enquanto houver mentalidade 
passiva por parte dos estudantes, a educação remota não alcançará seus 
objetivos. 
De outra parte, outro grave obstáculo que impede a implementação 
do EAD é a carência de recursos básicos da população. Acerca disso, a 
proposta de sistematização do ensino a distância esbarra na falta de 
urbanização e na miséria extrema de alguns locais negligenciados, como o 
município de Melgaço, no Pará — menor IDH do Brasil. Nesse viés, não há 
como aprender, presencial ou remotamente, convivendo com a fome e 
com ausência de serviços básicos, assim como ocorre na cidade paraense. 
Assim, antes de usufruir dos benefícios das videoaulas e dos conteúdos on-
line, o saneamento e a alimentação precisam ser oferecidos a todos. 
Urge, portanto, que o Ministério da Educação modifique a 
mentalidade dos estudantes, por meio de projetos de iniciação científica, 
que estimulem os alunos a desenvolver a autoaprendizagem, a fim de 
desconstruir a passividade histórica do ensino. Por sua vez, o Ministério 
Público Federal precisa fiscalizar a oferta de serviços básicos, como 
saneamento e alimentação, por intermédio de visitas a locais carentes. A 
iniciativa do MPF teria a finalidade de garantir que o ensino a distância 
encontre condições favoráveis para sua implementação, de modo que o 
papel social da TVE seja realidade em todos os locais do país. 
 
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TEMA – A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros 
 
Em 1770, nascia um dos músicos mais reconhecidos da história: 
Ludwig van Beethoven — alemão que, desde a infância, mostrava grande 
interesse pelo piano, que lhe ajudara a vencer os obstáculos que se 
impunham. De forma análoga, o contato com a música é capaz de ampliar os 
horizontes dos estudantes brasileiros, tal como houve com o artista, o que 
pode contribuir, inclusive, com a formação educacional dos estudantes. 
Todavia, a carência de incentivo do Estado e da família inviabiliza o 
surgimento de novos beethovens entre os alunos. 
Sob uma primeira análise, a música potencializa a atividade cognitiva 
cerebral. À vista disso, o fenômeno das sinapses neurais consiste na ligação 
entre os neurônios — células responsáveis pelo funcionamento do cérebro. 
Esse processo ocorre na infância, de sorte que práticas artísticas, como cantar 
ou tocar um instrumento, são capazes de estimular essas conexões 
neuronais. Todavia, o Estado, materializado na figura das escolas, mostra-se 
incapaz de perceber o potencial de transformação que a música pode 
oferecer aos estudantes, que perdem a oportunidade de desenvolver ainda 
mais sinapses neurais. Assim, a formação educacional poderia ser mais 
interessante e mais produtiva, caso os instrumentos e as melodias fizessem 
parte da rotina escolar. 
De outro modo, os pais de Beethoven estimulavam a música desde a 
infância: realidade que não se reproduz no cotidiano contemporâneo. Nesse 
viés, a educação será de fato libertadora quando a família assumir o seu 
papel na formação dos filhos, ideia que foi defendida por Paulo Freire na 
obra “Pedagogia do Oprimido”. Ocorre que os responsáveis não 
compreendem — ou sequer conhecem — a relevância da música sobre a 
educação de meninos e de meninas, e muitas famílias consideram essa 
manifestação artística como antagonista da aprendizagem escolar. Assim, é 
incoerenteque os pais desejem a melhor formação aos filhos, mas não 
estimulem o contato com a arte sonora desde a infância. 
Há de se valorizar, portanto, a música no processo educacional desde 
os primeiros anos da vida. Nesse sentido, as escolas, com apoio dos pais e 
das mães dos estudantes, devem realizar projetos pedagógicos, como 
oficinas musicais que estimulem a atividade cerebral dos alunos e ajudem-
nos a melhorar a concentração e a memória. Essa iniciativa poderia se chamar 
“Aumentando a nota” e teria a finalidade de mostrar às famílias a importância 
da arte sonora no ensino, para que, assim como propôs Paulo Freire, a 
educação passe a ser, de fato, transformadora. 
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TEMA – Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil 
 
A série "The Good Doctor" narra os conflitos e os preconceitos vividos pelo 
Dr. Shaun Murphy no contexto de um grande hospital norte-americano. Com efeito, 
as dificuldades sofridas pelo protagonista são a realidade de muitos autistas fora da 
ficção, o que representa grave obstáculo à verdadeira inclusão social desse grupo e 
exige medidas para desconstruir as posturas discriminatórias e para promover a 
verdadeira inclusão. 
A princípio, é urgente que o indivíduo contemporâneo repudie a intolerância 
àqueles que apresentam Transtornos do Espectro Autista. Sob essa análise, o 
sociólogo Gilberto Freyre defende, na obra “Casa-grande e Senzala”, que, durante a 
formação colonial, as diferenças eram vistas com repulsa. Assim, aqueles que 
divergiam do padrão eram — e ainda são — marginalizados. Ora, sempre que alguém 
relaciona a palavra autista a uma piada ou a um preconceito, fica nítido que a 
intolerância e a discriminação denunciadas por Freyre ainda permanecem como cruel 
realidade. Portanto, não é razoável que a sociedade do século XXI manifeste posturas 
arcaicas em relação à população com TEA. 
De outra parte, Aristóteles desenvolveu o conceito de isonomia, segundo o 
qual as pessoas deveriam se ajustar às condições das outras. Entretanto, apesar de o 
brasileiro ser mundialmente conhecido por ser um povo receptivo, substancial 
parcela ainda nutre uma grave mazela social: a dificuldade de praticar a isonomia 
aristotélica. Nesse sentido, é justamente por essa característica social negativa que a 
população autista ainda está distante de experimentar a isonomia proposta pelo 
filósofo grego. Desse modo, enquanto o autismo for visto como doença — e não 
como uma característica — a verdadeira inclusão ainda permanecerá distante. 
Medidas devem, pois, ser tomadas para que os indivíduos com autismo sejam 
tratados com dignidade. Para isso, as escolas precisam, com urgência, desconstruir o 
histórico preconceito enraizado desde o Brasil Colônia, por meio de eventos 
pedagógicos, como aulas e palestras, realizados com a participação de pessoas com 
TEA. Essa iniciativa teria a finalidade de promover a efetiva inclusão, de forma 
isonômica, de modo que os conflitos experimentados por Shaun Murphy sejam, em 
breve, apenas ficção. 
 
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TEMA – O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro 
 
Desde a Antiguidade Clássica, a Índia ficou conhecida por produzir a 
cana, matéria prima de onde era extraído um dos mais cobiçados produtos do 
mundo na época: o açúcar. Entretanto, o consumo excessivo desse ingrediente 
representa grave problema de saúde pública e, ao contrário do que ocorria na 
Antiguidade, não deve ser supervalorizado pela população. Antes, há de se 
repensar os hábitos alimentares, bem como a cultura de utilização desse 
ingrediente comum nas refeições. 
 
De início, quando o organismo humano consome grande quantidade de 
açúcar, o fígado transforma o excedente em gordura, e o pâncreas libera maior 
quantidade de insulina. Ocorre que esses processos metabólicos se mostram 
nocivos a longo prazo: a gordura produzida forma tecido adiposo, cujo excesso 
causa o problema da obesidade. Inclusive, a imprudência no consumo 
desmesurado dessa substância pode promover resistência à insulina e 
desenvolver diabetes — doença que pode ser irreversível e levar à morte. 
Assim, a presença da sacarose no cotidiano brasileiro oferece mais riscos do 
que benefícios. 
Sob outra análise, a cultura de consumo de açúcar prejudica a saúde da 
população. Nesse viés, desde o século XVII, a economia do Brasil baseou-se na 
produção agroindustrial da cana, e, naquele momento, houve forte incentivo do 
“ouro branco” — como ficou conhecido após o processo de refino — adquirido 
por todas as classes sociais. Todavia, esse costume enraizado desde o Período 
Colonial traz consequências negativas, e o consumo desmesurado é 
considerado problema de saúde pública pela OMS. Assim, não é razoável que, 
nas mesas brasileiras, ainda seja comum este perigoso ingrediente: o açúcar. 
Para que a sociedade modifique seus hábitos cotidianos, portanto, as 
escolas devem combater o consumo de doces desde os primeiros anos da 
infância, por meio de projetos pedagógicos, como oficinas capazes de mostrar 
os impactos do açúcar ao organismo, a exemplo da obesidade e da diabetes. 
Essa iniciativa das autoridades escolares, em conjunto com o Ministério da 
Educação, teria a finalidade de desconstruir o culto ao açúcar iniciado na 
Antiguidade Clássica e perpetuado no Brasil Colônia, de sorte que, em breve, 
os indivíduos possam usufruir de uma alimentação menos calórica e, 
consequentemente, mais saudável. 
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TEMA – A importância das campanhas de vacinação no Brasil 
 
Em 1952, o médico virologista Jonas Salk desenvolveu a vacina contra a 
poliomielite e contribuiu para a erradicação da doença em 1980. Entretanto, a 
negligência às campanhas de vacinação fragiliza a conquista de Salk e prejudica 
toda a sociedade. Com efeito, a efetiva cobertura vacinal pressupõe que se 
combata não só a rejeição às campanhas, mas também a falsa impressão de que 
as doenças deixaram de existir. 
À vista disso, a resistência popular às vacinas inviabiliza o controle de 
enfermidades. A esse respeito, o sanitarista Oswaldo Cruz implantou em 1904 
políticas de imunização, que foram repudiadas pela população da época, o que 
motivou a Revolta da Vacina. Ocorre que a rejeição enfrentada pelo médico ainda 
é a realidade e evidencia grave retrocesso capaz de prejudicar a saúde pública 
brasileira de forma irreparável. Nesse sentido, não é razoável que, mesmo sendo 
nação pós-moderna, ainda se mantenha o repúdio à vacinação comum há mais de 
100 anos. 
De outra parte, a baixa adesão às campanhas se deve à ilusão de que as 
doenças deixaram de existir. Nesse viés, o médico Maurice Hilleman desenvolveu 
a vacina tríplice viral em 1963, fundamental para que o sarampo fosse eliminado 
do Brasil em 2016. Todavia, a doença combatida por Hilleman voltou a ser um 
problema para os brasileiros, já que substancial parcela da população nutre a 
atitude imprudente e inconsequente de rejeitar a prevenção. Assim, enquanto a 
falsa impressão de inexistência dos vírus se mantiver, a sociedade contemporânea 
será obrigada a conviver com um dos mais graves obstáculos para a saúde pública: 
a reemergência de doenças. 
As campanhas de vacinação, portanto, precisam receber a devida 
importância. Para isso, o Ministério da Educação deve desconstruir as notícias 
falsas, como as que invalidam a eficácia das vacinas, por meio de aulas de biologia 
realizadas com frequência, para que a rejeição às campanhas deixe de ser 
realidade no país. Por sua vez, os indivíduos — no exercício do seu senso crítico — 
podem evidenciar que os vírus e demais agentes etiológicos não deixaram de 
existir. Essa iniciativa social seria feita por intermédio de discussões na internet, a 
fim de que o combate iniciado por Jonas Salk, enfim, deixe de ser apenas teoria. 
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TEMA – O problema da alienação parental nos lares brasileiros 
 
Na década de 80, Richard Gardner — psiquiatra norte-americano — 
conceituou como Síndrome da Alienação Parental o distúrbio infantil provocado 
pela persuasão negativa de algum genitor exercida sobre a criança contra outro 
parente. Com efeito, esse problema descrito por Gardner representa grave 
mazela social, na medida em que afeta o desenvolvimento de substancial parcela 
da população infanto-juvenil. Dessa forma, como solução do entrave, há de se 
desconstruir o individualismo, a fim de mitigar os prejuízos psicológicos. 
Sob uma primeira análise, o egoísmo dos pais prejudica o relacionamento 
saudável dos filhos. Nesse viés, a Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão — baseada nos ideais iluministas — entende que a família deve 
assegurar o bem-estar de meninos e de meninas: critério fundamental para a 
garantia de condições dignas de humanidade. Ocorre que, em muitos lares 
brasileiros, as famílias são incapazes de compreender o papel que exercem na 
promoção da dignidade humana desses pequenos indivíduos e são indiferentes. 
Esse fenômeno cruel vai de encontro à legislação internacional iluminista, haja 
vista a irresponsabilidade de se utilizar da criança como forma de punir o cônjuge 
ou parente. Dessa forma, é incoerente que os genitores, embora responsáveis 
pelo bem-estar dos filhos, sejam justamente aqueles que lhe prejudicam. 
De outra parte, a manipulação emocional sobre a criança dá lugar a 
prejuízos psicológicos. A esse respeito, o médico Peter Sifneos nomeou como 
“Alexitimia” o conceito clínico conhecido popularmente como “cegueira 
emocional”, segundo o qual o relacionamento tóxico com os genitores pode 
provocar na criança a perda da capacidade de demonstrar afeto. Nesse sentido, 
muitas famílias são imprudentes com o comportamento antes os filhos e, assim, 
são responsáveis por ocasionar consequências irreparáveis como a síndrome 
definida por Sifneos. Desse modo, enquanto a dominação negativa sobre os 
jovens se mantiver, a sociedade terá de conviver com um dos piores obstáculos 
para o desenvolvimento: a perpetuação da alienação parental. 
Impende, pois, que a síndrome abordada por Richard Gardner deixe de 
ser realidade no Brasil. Para isso, as escolas devem contribuir para combater o 
individualismo presente entre as famílias, por meio de um projeto pedagógico 
composto por palestras e oficinas que chamem os pais à ação. Essa iniciativa se 
chamaria “Lar saudável de verdade” e teria a finalidade de orientar os 
responsáveis a garantir a saúde afetiva das crianças e, com sorte, construir uma 
sociedade justa, solidária e livre da alienação. 
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TEMA – O poder de transformação social do esporte no Brasil 
 
No século VIII antes de Cristo, a Antiguidade grega criou o conceito de 
Paz Olímpica, cuja função era apaziguar a guerra, proteger a população e garantir 
a civilidade durante os jogos. Com efeito, o esporte mudou a história da Grécia 
e ainda, na contemporaneidade, é capaz de transformar a trajetória dos 
brasileiros, seja por dar visibilidade social a grupos marginalizados, seja por 
promover a igualdade. 
De início, a filósofa Simone de Beauvoir desenvolveu o conceito de 
Invisibilidade Social, segundo o qual alguns grupos são intencionalmente 
excluídos e ficam vulneráveis à criminalidade. Nesse sentido, o esporte 
representa uma estratégia para reverter a indiferença denunciada por Beauvoir, 
de sorte que oferece novas perspectivas de vida e valores para homens e 
mulheres marginalizados. Dessa forma, em uma nação marcada pela 
desigualdade e pela escassez de recursos, o desporto é mais do que uma 
atividade: é uma esperança. 
Sob outra análise, Nelson Mandela — ex-presidente da África do Sul — 
decidiu sediar, em 1995, a Copa do Mundo de Rúgbi e promoveu a união social 
dentro dos estádios, onde brancos e negros ficaram de um mesmo lado com 
objetivos iguais. Nesse viés, ainda que depois de décadas, substancial parcela 
dos cidadãos é incapaz de reproduzir o ideal proposto por Nelson Mandela e 
subverte a ideologia do esporte: em vez de usar os jogos para desconstruir o 
racismo, fomentam a injúria racial e o preconceito. Desse modo, se a falta de 
empatia se mantiver, as arenas serão ambientes hostis e sem uma das mais 
importantes funções do desporto: a transformação social. 
Impende, pois, que o esporte tenha, de fato, poder de mudança no Brasil. 
Dessa maneira, o Ministério da Educação, no exercício do seu papel social, deve 
zelar pela prática inclusiva e igualitária de atividades esportivas, por intermédio 
da implementação de um projeto extracurricular nas escolas, realizado uma vez 
por semana, que poderia chamar “Virando o jogo”. Essa iniciativa teria a 
finalidade de combater a cultura de hostilidade e de ensinar que o preconceito 
não deve estar presente na sociedade. Assim, o ideal de inclusão proposto por 
Nelson Mandela deixará, enfim, de ser uma utopia no Brasil. 
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TEMA – Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros 
 Em 1792, o médico francês Philippe Pinel desenvolveu estudos acerca do 
Transtorno Depressivo e contribuiu para que essa doença fosse tratada com 
prioridade. Todavia, a negligência em torno da depressão mostra que a sociedade 
brasileira ainda está distante de experimentar a conquista iniciada por Pinel. Com 
efeito, desconstruir a visão reducionista sobre o transtorno e a valorizar a saúde mental 
são caminhos possíveis para combater o problema. 
Sob uma primeira análise, as características da depressão foram relacionadas a 
sentimentos durante o século XIX, sobretudo pelos escritores da Geração 
Ultrarromântica, cujo expoente era Álvares de Azevedo. Esse autor romântico construía 
seus textos vinculando a ideação suicida ao amor, o que contribuiu para que a tristeza 
depressiva fosse romantizada. Ocorre que o imaginário contemporâneo brasileiro 
ainda nutre a visão equivocada e reducionista de que esse transtorno mental grave é 
uma sensação passageira, tal como descreviam os poetas românticos, o que inviabiliza 
o reconhecimento da doença pelo paciente. Assim, não é razoável que a depressão 
seja negligenciada pela sociedade contemporânea. 
De outra parte, é urgente que o brasileiro valorize a sua saúde mental, cuja 
deficiência dá ensejo à depressão. Nesse viés, na obra “O Mal-estar da Civilização”, 
Sigmund Freud desenvolveu o conceito de Cultura de Sucesso, segundo o qual o 
indivíduo moderno deve ter êxito em todas as tarefas que se propõe a fazer, e essa 
imposição seria capaz de subjugá-lo ao mal-estar da modernidade. Essa busca 
frustrada pelo sucesso constante, tal como Freud descreveu, se mostra frequente no 
Brasil, e a sua principal consequência é a depressão. Nesse sentido, é necessário que 
a Cultura de Sucesso — denunciada pelo Pai da Psicanálise — dê lugar ao bem-estar 
da mente, sob pena de uma das mais graves doenças mentais segundo a OMS: a 
depressão. 
Para combater o transtorno, portanto, o Ministério da Saúde, em parceria com 
as escolas, deve desconstruir a visão romantizada que associa depressão a um 
sentimento, por meio de eventos pedagógicos, como aulas e palestras que mostrem 
as consequências hormonais da doença psiquiátrica. Essa iniciativa teria finalidade de 
trazer à tona a importância do autocuidado e do bem-estar da mente pela sociedade 
brasileira, de sorte que o mal-estar descrito por Freud, em breve, dê lugar à saúde 
mental valorizada por Philippe Pinel. 
 
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TEMA – HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade 
 
Em 1969, o mundo conheceu o evento que entraria para a história 
como símbolo de liberdade social: o Festival de Woodstock, que reuniu mais 
de 400 mil hippies em busca da sexualidade livre.Todavia, a liberalidade 
sexual pregada naquela época deu lugar ao HIV — vírus que ainda se mostra 
um desafio para sociedade e para a saúde pública. Com efeito, para 
combatê-lo, há de se desconstruir o preconceito e a desinformação. 
De início, os estereótipos acerca da AIDS dificultam o efetivo controle 
da doença. A esse respeito, a minissérie brasileira “Hebe” retrata o período 
dos anos 80, em que a sociedade associava a síndrome aos gays e às 
prostitutas. Ocorre que essa associação denunciada na produção ficcional 
ainda permeia o imaginário coletivo e representa grave problema, de modo 
que os pacientes soropositivos são marginalizados. Assim, não é razoável 
que as pessoas com HIV sejam obrigadas a conviver não só com o vírus, mas 
também com o preconceito. 
Sob outra análise, o Brasil adotou, em 1996, a distribuição gratuita 
medicamento antirretrovirais — remédios que, embora não eliminem o vírus, 
impedem a transmissão para outros indivíduos. Todavia, o tratamento 
iniciado em 96 é incapaz de atingir a eficácia social, já que, segundo o 
Ministério da Saúde, em 2019, aproximadamente 70 por cento dos 
contaminados desconhecem que o seu status sorológico e, 
consequentemente, não buscam tratamento e propagam o vírus. Dessa 
forma, enquanto a desinformação se mantiver, os brasileiros serão obrigados 
a conviver com um dos mais graves problemas de saúde pública: a AIDS. 
 O combate ao HIV, portanto, precisa deixar de ser um desafio. Nesse 
viés, as escolas — entidades responsáveis pela atualização da mentalidade 
social — devem contribuir para que os indivíduos não façam juízo de valor 
negativo das pessoas com AIDS, por meio de “workshops” e palestras 
liderados por indivíduos com o vírus. Essa iniciativa teria a finalidade de 
combater a desinformação e motivar que homens e mulheres usem 
preservativos, façam o teste e identifiquem a doença. Desse modo, a 
epidemia de HIV dará lugar à responsabilidade, e o Brasil será conhecido 
como nação justa, solidária e, de fato, livre do preconceito. 
 
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TEMA – Os desafios do acesso igualitário ao saneamento básico 
 
“Parasita” — produção ficcional sul-coreana — retrata os desafios 
enfrentados pela família Kim, que, excluída de qualquer política de tratamento 
básico, vive em situação deplorável. Entretanto, esse drama não se resume à 
ficção, na medida em que a falta de acesso igualitário ao saneamento ainda é 
realidade entre os brasileiros, o que representa cruel mazela social. Com efeito, 
a solução do problema passa pela valorização da dignidade humana e da 
resolução da ineficiência história. 
Sob uma primeira análise, a crise sanitária inviabiliza o efetivo tratamento 
digno de humanidade. A esse respeito, a OMS estabeleceu em 2019, por meio 
da Agenda 2030, que tratar o esgoto é condição fundamental para a dignidade. 
Ocorre que 50% dos brasileiros, em contexto de desigualdade social, não 
dispõem de acesso ao saneamento mínimo necessário garantido pela OMS — de 
acordo com dados do Ministério da Saúde. Essa carência fere a integridade 
desses indivíduos, que são expostos diariamente ao risco de contaminação de 
graves doenças. Dessa maneira, não é razoável que a escassez de recursos 
sanitários permaneça em um país que almeja o desenvolvimento nacional. 
De outra parte, o médico Oswaldo Cruz — responsável pelas políticas 
sanitárias — implementou medidas como a coleta de lixo e o tratamento de 
esgoto: caminhos imprescindíveis para o equilíbrio ambiental. Todavia, a 
revolução iniciada no século passado é incapaz de favorecer toda a população 
na contemporaneidade, haja vista a omissão e a ineficiência de um Poder Público 
que assegura, na teoria, a igualdade no acesso aos procedimentos essenciais, e, 
no entanto, os projetos não são postos em prática. Além disso, essa atitude do 
Estado evidencia cruel retrocesso para uma sociedade que antes fora 
beneficiada pela conquista de Oswaldo Cruz. Dessa forma, enquanto a 
negligência do Governo se mantiver, substancial parcela dos cidadãos brasileiros 
terá de conviver com um dos piores obstáculos sociais: a ausência de direitos 
básicos. 
Impende, pois, que a igualdade do saneamento deixe de ser um desafio 
no Brasil. Para isso, o Ministério das Cidades deve, com urgência, promover a 
dignidade humana dos indivíduos, por intermédio de políticas sanitárias eficazes, 
como a limpeza urbana e o tratamento de resíduos sólidos, de esgoto e de água, 
com foco nas regiões mais carentes, capazes de equalizar o acesso ao essencial. 
Essa iniciativa poderia se chamar “Saneamento Presente” e teria a finalidade de 
romper com a inércia das autoridades e com as dificuldades históricas, e assim, 
os cidadãos poderão deixar de viver, tal como no filme sul-coreano, como 
parasitas. 
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TEMA – Os desafios da adoção no Brasil 
 
A produção ficcional “Anne com “e” narra o drama de uma menina 
que perdeu os pais e desde estão anseia por uma família que a acolha. Com 
efeito, histórias como a de Anne não se resumem à ficção: todos os dias 
milhares de crianças e de adolescentes vivem a cruel realidade de não ter um 
lar. Nesse sentido, para que a adoção deixe de ser um desafio no Brasil, há de 
ser combater a burocracia nos processos, bem como a idealização enraizada 
entre os adotantes. 
A princípio, o Código Civil de 1916 estabeleceu critérios rígidos, a 
exemplo do mínimo de 50 anos de idade para adotar, e, em 1957, outra lei 
passou a obrigar a mediação pelo Poder Judiciário, tornando obrigatória a 
contratação de advogados. Ocorre que a rigidez inadequada do 
procedimento de adoção, prevista em 1916 e 1957, ainda se perpetua no 
Brasil e se mostra entrave para que crianças e adolescentes passem a ter uma 
família. Assim, não é razoável que se mantenha a burocracia, mesmo após a 
revogação do Código Civil de 1916. 
De outra parte, além do excesso de procedimentos, outro conflito 
inviabiliza a efetivação do processo adotivo: a idealização. A esse respeito, 
substancial parcela das famílias busca adotar crianças de até quatro anos de 
idade, branca e sem irmãos, o que manifesta na prática o cruel padrão cultural 
enraizado. Nesse sentido, Gilberto Freyre já dissertava, na obra “Casa-grande 
e Senzala”, que o brasileiro nutre alguns estereótipos, quase sempre 
inalcançáveis. O problema é quando a padronização denunciada por Freyre 
impede que crianças e adolescentes sejam acolhidos. Assim, enquanto a visão 
idealizada da adoção for a regra, a concretização dos processos será a 
exceção. 
Portanto, para que os órfãos deixem a situação de acolhimento e 
passem a ter uma família, o Conselho Nacional de Justiça deve desburocratizar 
e agilizar o andamento dos processos, por meio da total informatização dos 
procedimentos, como a possiblidade de o adotante iniciar a adoção on-line. 
Essa iniciativa do CNJ teria a finalidade inclusive de aumentar a visibilidade 
dos órfãos, que entregariam fotos e cartas aos adotantes, os quais poderiam 
iniciar o processo como padrinhos. Assim, a idealização enraizada daria lugar 
à solidariedade e ao direito à família, de sorte que histórias como a de Anne 
sejam, em breve, apenas ficção. 
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TEMA - Os obstáculos para a doação de sangue no Brasil 
 
A produção ficcional “Grey´s Anatomy” narra, em um dos episódios, a 
história de pacientes que dependem de transfusão sanguínea, mas não podem 
recebê-la em função da escassez dos estoques do hospital. Entretanto, os 
obstáculos da doação de sangue fazem com que os brasileiros protagonizem, fora 
da ficção, o drama narrado na série, o que se mostra grave problema. Com efeito, 
há de se desconstruir a indiferença dos indivíduos, bem como a ineficiência do 
Estado. 
Sob uma primeira análise, é preciso combater o individualismo, cujo 
excesso prejudica as ações solidárias. A esse respeito, Adam Smith —considerado 
pai do liberalismo — entendia que apenas a busca pelos interesses pessoais 
levaria a sociedade ao progresso, de sorte que a benevolência humana 
representaria fraqueza. Ocorre que, no Brasil, o egocentrismo idealizado por 
Smith ainda se perpetua na contemporaneidade, na medida em que substancial 
parcela da população é indiferente à necessidade de adesão aos projetos de 
doação de sangue. Além disso, esse grave problema afeta diretamente os 
pacientes que esperam a transfusão sanguínea para preservação da vida. Logo, é 
incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, a cultura individualista 
continue sendo a regra, visto que a solidariedade será exceção. 
De outra parte, em 1948, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu que 
as autoridades são — ou deveriam ser — responsáveis pela manutenção do bem-
estar público. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser Estado desenvolvido, as 
ações governamentais de estímulo ao ato de doar sangue são incapazes de 
sensibilizar os cidadãos, o que vai de encontro ao que foi proposto pela OMS. 
Ademais, essa falta de assistência estatal provoca a escassez dos bancos de 
sangue, e, muitas vezes, tem por consequência um prejuízo irreparável: a morte. 
Assim, a omissão do Estado dá lugar às campanhas de doações frágeis, e, 
enquanto o descaso das autoridades se mantiver, o país será obrigado a conviver 
com um número de doadores bem menor do que a real demanda exige. 
Há de se mitigar, portanto, os obstáculos para a doação de sangue. Nesse 
sentido, o Ministério da Saúde, cuja função é garantir direitos aos cidadãos, deve 
desconstruir, com urgência, o individualismo acerca dessa atitude solidária, por 
meio de políticas públicas que estimulem os indivíduos a doar, como a criação de 
um cadastro para a coleta sanguínea gratuita em domicílio, bem como postos 
itinerantes. Essa iniciativa teria a finalidade de aumentar a oferta de sangue nos 
hospitais, de aprimorar a eficiência do Estado e de contribuir para que o drama 
narrado em “Grey´s Anatomy” seja, em breve, apenas ficção. 
 
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TEMA – O papel da família na educação de crianças e de adolescentes em questão no Brasil 
Professor Vinícius Oliveira 
VERSÃO A 
 
Em 1988, representantes do povo — 
reunidos em Assembleia Constituinte — instituíram 
um Estado Democrático, a fim de assegurar o direito à 
educação como valor supremo de uma sociedade 
fraterna. Entretanto, a falta de comprometimento da 
família revela que nem todas as crianças e os 
adolescentes brasileiros experimentam esse direito na 
prática. Com efeito, a falta do papel familiar coloca em 
risco não só a formação escolar dos jovens, mas 
também o seu convívio social. 
 
Sob uma primeira análise, a omissão dos pais 
afeta a situação educativa do público infanto-juvenil. 
A esse respeito, no século XX, Paulo Freire defendeu, 
em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, que a família 
mostra-se opressora ao depositar aa 
responsabilidade da educação dos filhos sobre as 
escolas e os profissionais de ensino. Ocorre que, 
mesmo depois de décadas, a ideia defendida pelo 
pedagogo ainda é a realidade, na medida em que há 
crianças e adolescentes como se estivessem órfãos 
em suas próprias casas, o que representa um grave 
problema social e é capaz de causar o esgotamento 
físico e psicológico dos professores, cada vez mais 
sobrecarregados pela carência de compromisso dos 
pais. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação 
pós-moderna, a educação até agora não consiga ser 
libertadora, tal como Freire resguarda. 
 
De outra parte, a ausência da educação na 
família dá lugar à má formação social dos jovens. Nesse 
sentido, Zygmunt Bauman desenvolveu, em seu livro 
“Modernidade Líquida”, o conceito de Instituições 
Zumbis, segundo o qual visa descrever, 
metaforicamente, a falência das grandes instituições 
da modernidade, já que mantiveram a sua forma, mas 
perderam a sua essência — a exemplo das 
organizações familiares. Nesse contexto, embora o 
Brasil busque ser Estado desenvolvido, substancial 
parcela dos responsáveis é incapaz de educar a 
juventude, o que corrobora com a concepção de 
Bauman e constitui cruel desdobramento na sociedade 
civil, visto que a inexistência da prática de disciplina é 
fatos preponderantes na formação moral e da ética. No 
entanto, enquanto o descuido com os valores for a 
regra, o país será obrigado a conviver com uma triste 
realidade: indivíduos antiéticos e imorais. 
 
Impende, pois, que o acesso pleno à 
educação seja, de fato, assegurado. Dessa maneira, o 
Ministério da Educação, no exercícios do seu papel 
civil, deve modificar a mentalidade dos familiares 
acerca da formação educacional, por meio de projetos 
de políticas públicas nas grandes mídias, capazes de 
delimitar aos responsáveis qual é a sua própria função 
dentro dos desenvolvimentos dos jovens, a fim de 
minimizar a sobrecarga dos professores, bem como 
estimular o ensino de princípios morais para o convívio 
social harmônicos. Assim, serão garantidos os direitos 
de um Estado Democrático, e o Brasil será justo, livre e 
solidário. 
 
VERSÃO B 
 
Em “Matilda” — produção ficcional norte-
americana —, a protagonista é uma criança que cresceu 
em um ambiente desestruturado e em meio a pais 
indiferentes ao seu desenvolvimento. Com efeito, fora 
da ficção, esse problema ainda é realidade, haja vista 
que substancial parcela das famílias brasileiras não 
cumpre o seu papel na educação dos filhos. Nesse 
sentido, hão de ser analisados os prejuízos não só para 
a construção educativa, mas também para o convívio 
social dos jovens. 
 
Sob uma primeira análise, a omissão familiar 
prejudica a formação educacional das crianças e dos 
adolescentes. A esse respeito, Paulo Freire — 
renomado educador brasileiro —, em sua obra 
“Pedagogia do Oprimido”, abordou que a família 
mostra-se opressora ao depositar a responsabilidade da 
educação dos filhos sobre as instituições escolares. 
Ocorre que essa indiferença dos pais ao processo 
educativo dos jovens, como retratado por Freire, 
evidencia cruel mazela para esses indivíduos no Brasil. 
Tal descaso afeta a relação família-escola, em que se 
mostra necessário que os responsáveis participem 
efetivamente na construção e no desenvolvimento 
educacional dos filhos. Desse modo, é incoerente que 
os pais sejam omissos em um país que requer ajuda da 
família na educação. 
 
De outra parte, o sociólogo polonês Zygmunt 
Bauman desenvolveu o conceito de Instituições Zumbis, 
segundo o qual a família perdeu sua função social, mas 
manteve — a qualquer custo — a sua forma. Nesse 
viés, os lares brasileiros se enquadram na teoria 
denunciada por Bauman, na medida em que perderam 
a capacidade de educar e de agregar valores sociais aos 
seus filhos. Além disso, essa falha pode gerar graves 
consequências para a formação social das crianças e 
dos adolescentes, como o aumento da criminalidade, 
da gravidez na adolescência e do consumo de álcool. 
Dessa maneira, enquanto a ausência familiar se 
mantiver, os jovens serão obrigados a conviver com um 
dos piores obstáculos para a modernidade: a má 
formação social. 
 
Impende, pois, que as famílias cumpram o seu 
papel na educação de crianças e de adolescentes. Para 
isso, as instituições de ensino, em parceria com as 
famílias, devem proporcionar o efetivo vínculo família-
escola, por meio de projetos nas próprias escolas 
capazes de impulsionar a participação ativa da família 
no processo educativo. Essa iniciativa terá a finalidade 
de desconstruir a omissão dos pais e reduzir os 
prejuízos causados na formação educacional e social 
dos jovens. Assim, as dificuldades enfrentadas por 
Matilda, mesmo fora da ficção, deixarão de ser 
realidade. 
 
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TEMA – A importância do trabalho voluntário em momentos de crise 
 
A Organização das Nações Unidas estabeleceu a Agenda Global do 
Desenvolvimento: 17 objetivos para estimularações humanitárias globais até 
2030. Entretanto, a indiferença ao trabalho voluntário representa um obstáculo 
à meta proposta pela ONU, o que pode potencializar a desigualdade 
principalmente em momentos de crise. Com efeito, individualismo e omissão 
do Estado são problemas relacionados à falta de incentivo a ações 
benevolentes. 
Em primeiro plano, a falta de empatia — comum nas sociedades 
modernas — representa obstáculo ao voluntariado. A esse respeito, no século 
XVIII, Adam Smith entendia que a benevolência impediria o progresso, e as 
nações apenas se desenvolveriam a partir da busca das suas ambições 
individuais. Todavia, mesmo depois de séculos, a ideologia meritocrática do 
pai do liberalismo permanece no imaginário dos indivíduos, que rejeitam 
ações humanitárias e o voluntariado justamente por causa da visão 
individualista. Assim, enquanto for imposta a meritocracia, a benevolência será 
a exceção, sobretudo em contextos de crise. 
Sob outra análise, há de se incentivar o trabalho voluntário, 
fundamental em sociedades onde as ambições capitalistas são a regra. Nesse 
viés, a partir de 1970, as nações passaram a adotar o neoliberalismo, segundo 
o qual o Estado deve se omitir intencionalmente para que as empresas 
privadas vendam serviços básicos, como saúde e educação. Ocorre que a 
população carente é incapaz de pagar por benefícios, tal como impõe a lógica 
neoliberal, o que mostra a relevância das ações humanitárias e da 
benevolência para sanar a ausência estatal e garantir que a população pobre 
tenha acesso a serviços que deveriam ser seus direitos. Dessa forma, a 
ausência do voluntariado colabora para aprofundar a miséria e a desigualdade 
social. 
É urgente, portanto, que as ações humanitárias deixem de ser a 
exceção e passem a ser a regra nas sociedades. Para isso, os próprios 
indivíduos devem se envolver em atividades filantrópicas, por meio da 
distribuição de alimentos e de serviços comunitários de saúde. Essa iniciativa 
social teria a finalidade de desconstruir o individualismo e de problematizar a 
omissão do Estado na oferta de serviços públicos, que se tornaram fontes de 
lucro. Assim, a partir da ação cidadão, os objetivos traçados pela ONU 
deixarão de ser, em breve, uma realidade distante. 
 
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TEMA – O problema da ansiedade entre os jovens brasileiros 
 
 Na década de 1950, Manuel Bandeira — expoente autor 
modernista — produziu o poema “Momento num Café” e declarou que “a 
vida é uma agitação feroz e sem finalidade”. Com efeito, a declaração de 
Bandeira assume contornos específicos, já que essa velocidade 
denunciada pelo poeta acarreta um dos mais graves problemas 
contemporâneos: a ansiedade. Nesse viés, há de se descontruir o acúmulo 
de tarefas, bem como o uso excessivo do celular. 
De início, no século XX, a Terceira Revolução Industrial permitiu que 
os jovens acumulassem atividades e otimizassem o tempo para os estudos 
e para o trabalho. Ocorre que, no Brasil, o ideal imposto pela Revolução 
Informacional promoveu — e ainda promove — o esgotamento físico e 
psicológico, o que inviabiliza uma saúde mental adequada. Além disso, 
essa rotina intensa na juventude faz com que parte dos cidadãos tenha a 
necessidade de se medicar com remédios ansiolíticos, sob pena de sofrer 
com efeitos colaterais. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação pós-
moderna, a sociedade viva uma cultura de excessos, o que torna os jovens 
cada vez mais ansiosos. 
 Sob outra análise, a Nomofobia — distúrbio de comportamento — 
consiste na angústia pela falta de contato com dispositivos digitais, o que 
evidencia o vício pela informação constante e provoca ainda mais a 
ansiedade. Com efeito, substancial parcela dos jovens brasileiros é afetada 
por esse problema clínico, de modo que a persistência da nomofobia 
pode acarretar o Transtorno da Ansiedade Generalizada. Dessa forma, o 
TAG representa não só uma grave crise individual, mas também um 
desafio para a saúde pública. Assim, enquanto o uso imprudente dos 
aparelhos eletrônicos se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com 
uma das mais sérias síndromes do século XXI: a ansiedade. 
É urgente, portanto, que a juventude experimente a saúde mental. 
Para isso, as escolas devem colaborar para desconstruir o excesso de 
tarefas diárias, bem como o uso desmesurado dos celulares, por meio de 
um projeto pedagógico que poderia se chamar “Juventude sem 
ansiolíticos” e que orientaria rapazes e moças a planejar melhor o dia e a 
reduzir o tempo de tela nos “smartphones”. Essa iniciativa teria a finalidade 
de valorizar a saúde mental, combater a nomofobia e construir uma 
sociedade, de fato, livre da ansiedade. 
 
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TEMA - Alternativas para combater a pirataria entre os brasileiros 
 
Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia 
Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar os direitos 
autorais como valor supremo de uma sociedade fraterna. Entretanto, a pirataria 
vai de encontro à determinação constitucional e representa uma estratégia ilegal 
entre os brasileiros. Com efeito, as alternativas para combater o problema 
passam pela valorização do senso de coletividade e pela garantia do acesso à 
renda. 
Sob uma primeira análise, persiste entre os cidadãos o desejo constante 
de se beneficiar a qualquer custo. A esse respeito, Sérgio Buarque de Holanda 
desenvolveu, em sua obra “Raízes do Brasil”, o conceito de Cordialidade, que 
consiste na cultura enraizada de buscar situações que favoreçam os interesses 
individuais, independentemente das consequências. Nesse viés, a pirataria é uma 
das faces do jeitinho brasileiro, denunciado pelo sociólogo, na medida em que 
muitos indivíduos se acostumaram a consumir produtos do comércio ilegal. 
Logo, é incoerente que a infração às leis faça parte do comportamento cultural 
do brasileiro. 
Nesse sentido, desde o Período Colonial, parte considerável da 
população é excluída do acesso a condições financeiras dignas, o que obrigou 
— e ainda obriga — o indivíduo pobre a encontrar formas alternativas de acessar 
cultura e entretenimento. Nesse sentido, os crimes de pirataria, embora sejam 
injustificáveis sob o ponto de vista legal, representam opções para que homens 
e mulheres carentes consigam assistir a um filme ou ouvir uma produção musical. 
Inclusive, os altos impostos que incidem sobre bens e serviços colaboram para 
que a arte e o lazer sejam consumidos apenas pela minoria, assim como ocorria 
no Brasil Colônia. Assim, enquanto a concentração de renda for a regra, o 
brasileiro será obrigado a conviver com este grave problema: a pirataria. 
Há de se pensar, portanto, em alternativas para mitigar o consumo de 
produtos e de serviços não originais. Dessa maneira, o Ministério da Mulher, 
Família e Direitos Humanos, cuja função é realizar a defesa das minorias e 
formular políticas de inclusão, deve estimular o senso de coletividade dos 
indivíduos, com o apoio de assistentes sociais, por intermédio de debates 
realizados nas comunidades, a fim de desconstruir a cultura de Cordialidade. Essa 
iniciativa poderia se chamar “Ética é legal” e teria a finalidade de discutir a 
desigualdade social, de sorte que a sociedade não contribua com as ações 
antiéticas. Assim, o problema denunciado por Sérgio Buarque de Holanda 
deixará de ser um costume no Brasil. 
 
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TEMA – O advento das informações falsas no Brasil contemporâneo 
 
 No século XV, Johannes Gutenberg deu início à imprensa e democratizou o acesso 
à informação por meio de seu invento. Entretanto, na contemporaneidade, a invenção de 
Gutenberg cedeu lugar à de Zuckerberg: o “Facebook”, que, junto às outras mídias sociais, 
propaga notícias parciais. Com efeito, o advento das informações falsas se mostra grave 
problema à sociedadedemocrática seja pela sua influência imperceptível, seja pelos 
prejuízos ao interesse público. 
 A princípio, informações inverídicas funcionam como discurso de controle 
simbólico. A esse respeito, o sociólogo francês Michel Foucault defendia que as estruturas 
linguísticas são capazes de impor verdades aos interlocutores. Assim, as fontes que 
veiculam informações infundadas reafirmam pontos de vista e motivam as ações dos 
indivíduos, mesmo sem provas concretas. Nesse contexto, as notícias falsas que circulam 
na mídia e internet brasileiras exercem poder sobre os indivíduos, justamente porque toda 
linguagem é dotada de ideologia, segundo Foucault. Ocorre que significativa parcela da 
sociedade brasileira ainda não compreende o poder de controle do discurso. 
 De outra parte, a disseminação de notícias falsas pode prejudicar os interesses 
nacionais. Nesse sentido, em 1995, chegaram a Nelson Mandela boatos segundo os quais 
haveria atentados durante a Copa de Rúgbi. Essas informações não se concretizaram, e a 
África do Sul sediou os jogos, cuja função foi unir brancos e negros após a vigência do 
Apartheid. Porém, em oposição ao exemplo de Mandela, muitos cidadãos brasileiros 
permanecem superestimando conteúdos políticos e sociais infundados, de modo que, 
enquanto a cultura de indiferença à veracidade de informações se mantiver, o Brasil será 
obrigado a conviver diariamente com um dos mais graves problemas para a pós-
modernidade: as notícias falsas. 
 Impende, pois, que a cultura da desinformação seja combatida na 
contemporaneidade brasileira. Sob esse aspecto, as escolas e a Agência Lupa – pioneira em 
“fact-checking” no Brasil – devem ensinar os cidadãos a questionar a veracidade de todos 
os conteúdos veiculados, por meio de oficinas práticas de aferição de verossimilhança, a 
exemplo do tipo de fonte e linguagem utilizada no conteúdo a ser checado. Essa iniciativa 
poderia se chamar “Fato ou Fake” e teria a finalidade de estimular o senso crítico dos 
indivíduos. Com isso, seriam preservados os interesses nacionais, e o Brasil deixará de ter, 
na prática, a verdade fragilizada. 
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TEMA – Os desafios da gestão do lixo no Brasil 
 
Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia 
Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar um meio 
ambiente ecologicamente equilibrado como valor supremo de uma sociedade 
fraterna. Entretanto, a gestão ineficiente do lixo revela que nem todos 
experimentam esse direito constitucional na prática. Com efeito, como solução 
do entrave, há de analisar a importância da administração dos resíduos, bem 
como a necessidade de desconstruir a omissão do Governo. 
Sob uma primeira análise, a decomposição dos rejeitos ocorre por um 
fenômeno químico chamado anaerobiose, que gera gases extremamente 
poluentes como o CO2 e uma substância altamente tóxica: o chorume. Nesse 
sentido, esse processo traz efeitos negativos para a sociedade brasileira, na 
medida em que esses gases afetam a qualidade de vida dos indivíduos e podem 
provocar doenças, desde a asma até mais graves como o câncer de pulmão. Além 
disso, o chorume acarreta a contaminação da água, do solo e dos lençóis 
freáticos, e evidencia que não só a coletividade é prejudicada, como também 
todo o ecossistema entra em desequilíbrio, o qual vai de encontro à garantia da 
Constituição. Desse modo, não é razoável que, embora o país almeje tornar-se 
nação desenvolvida, ainda persista a má gestão do lixo. 
De outra parte, há de se combater a omissão dos governantes: um dos 
principais desafios para a administração apropriada dos detritos. A esse respeito, 
o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estabeleceu, em 
2012, o índice de resíduos produzidos no mundo e verificou que na sociedade 
brasileira, mais de 90% dessa produção provém da mineração e da agropecuária. 
Todavia, o Poder Público se mostra indiferente ao dado exposto pela ONU, de 
modo que se mantém silente diante de atividades e de grandes empresas 
produtoras de resíduos sólidos em maior quantidade em razão de interesse 
econômico. Dessa forma, é incoerente que as autoridades insistam em 
responsabilizar a população enquanto os setores mais poluentes continuam sem 
fiscalização. 
Impende, pois, que a gestão do lixo deixe de ser um desafio no Brasil. Para 
isso, o Ministério do Meio Ambiente precisa, com urgência, fomentar novas 
medidas eficazes, por meio de legislação que garanta a punição e a ação dos 
responsáveis pelos resíduos gerados e descartados em locais irregulares. Essa 
iniciativa poderia se chamar “Sociedade consciente” e seria capaz de combater 
os danos causados pela decomposição dos detritos ao ecossistema e à saúde da 
população, cuja finalidade seria desconstruir a inércia do Governo motivada pelo 
interesse econômico. Assim, os cidadãos brasileiros poderão viver em uma 
sociedade livre, justa e solidária. 
 
 
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Tema – Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer 
 
No ano 2000, a atriz Carolina Dieckmann protagonizou uma das cenas mais 
icônicas da teledramaturgia nacional: o momento em que a personagem Camila 
perde seus cabelos para o câncer. Nesse viés, substancial parcela dos brasileiros 
se sensibiliza com a ficção, mas é incapaz de reconhecer o drama de indivíduos 
reais que lutam diariamente contra a doença. Com efeito, a solução do problema 
pressupõe que se combata a ineficiência do Estado, bem como a rejeição da 
sociedade. 
Em primeiro plano, as falhas do SUS tornam a situação das pessoas com 
câncer ainda mais complicada. A esse respeito, ainda que o Artigo 6° da 
Constituição Federal assegure o direito à saúde, a oncologia de qualidade se 
restringe a quem pode pagar por ela. Tal omissão se manifesta na falta de acesso 
a médicos e a procedimentos importantes para o tratamento de carcinomas 
— quimioterapia, radioterapia, hemodiálise. Desse modo, não é razoável que a 
saúde prevista da Carta Magna deixe de ser um direito de todos e se torne um 
privilégio de poucos. Assim, enquanto a ineficácia do Sistema Único de Saúde se 
mantiver, o combate ao câncer continuará sendo uma luta cruel. 
Outro desafio na luta contra o câncer tem origens culturais: o preconceito. 
Sobre isso, na Idade Média, os indivíduos associavam os tumores a questões 
espirituais, e a sociedade da época evitava, inclusive, pronunciar palavras do 
campo semântico da doença. Essa repulsa social à discussão, embora simbolize 
uma mentalidade medieval, ainda persiste entre o povo brasileiro, o que evidencia 
o imaginário retrógrado e preconceituoso em relação ao câncer. Assim, enquanto 
a repulsa ao diálogo se mantiver, não haverá como estabelecer a cultura de 
autocuidado e de combate ao problema de forma precoce. 
Para que o drama protagonizado por Carolina Dieckmann, portanto, seja 
discutido no Brasil, as escolas devem ensinar os alunos e os familiares a buscar a 
medicina preventiva, por meio um projeto pedagógico, com oficinas e minicursos 
que sejam capaz de ensinar a população a identificar os cânceres de forma 
precoce. Essa iniciativa poderia se chamar “Autocuidado presente” e teria a 
finalidade de ampliar a discussão sobre o assunto, de modo que o indivíduo seja 
estimulado a cuidar de si mesmo e a exigir ações efetivas do Estado, como 
aumento da oferta de médicos oncologistas na rede SUS. Assim, o preconceito 
medieval dará lugar, de fato, à valorização da vida. 
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TEMA – O problema da cultura de transgressão às leis no Brasil 
 
Em 1748, o filósofo Montesquieu desenvolveu a obra “O Espírito das 
Leis”, segundo a qual as sociedades devem obedecer às normas instituídas, 
sob pena de haver desequilíbrio social. Entretanto, parcela dos indivíduos 
contemporâneos é incapaz de aplicar a ideia de Montesquieu, na medida em 
que a cultura de transgressão às leisse mostra um problema cada vez mais 
comum, seja pelo costume histórico de transgressão, seja pela indiferença ao 
Estado de Direito. 
Diante desse cenário, a desobediência às normas fragiliza a 
democracia. Sobre isso, Hans Kelsen — filósofo do século XX — desenvolveu 
a ideia de que há hierarquia entre as leis, e a vontade do povo deve ser 
submissa às normas de um Estado Democrático de Direito. Ocorre que a 
sociedade contemporânea subverte a proposta de Kelsen: os cidadãos 
colocam suas vontades acima das normas legais instituídas pelo Estado, o que 
fortalece a cultura de transgressão e motiva a existência de um falso Estado de 
Direito. Nesse viés, não é razoável que a hierarquia estabelecida Hans Kelsen 
seja tratada com indiferença em uma nação que almeja tornar-se 
desenvolvida. 
Nesse sentido, a “Cordialidade” — fenômeno popularmente conhecido 
como “jeitinho brasileiro” — é um conceito criado por Sérgio Buarque de 
Holanda e caracteriza o cidadão que busca burlar as normas para benefício 
próprio. Nesse viés, substancial parcela dos indivíduos pratica a 
“Cordialidade” definida pelo sociólogo, que nada tem a ver com educação, e, 
pelo contrário, diz respeito a atitudes antiéticas. Com efeito, essa característica 
nociva do brasileiro representa um grave comportamento histórico, e, 
enquanto se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais 
sérios problemas para a cidadania: o desrespeito às leis. 
A ideologia de Montesquieu, portanto, precisa ser colocada em prática 
no Brasil. Nesse sentido, as autoridades municipais devem ensinar o respeito 
ao Estado de Direito e à cidadania, por meio de uma campanha com palestras 
e oficinas comunitárias de valorização às normas. Essa iniciativa ocorreria em 
locais públicos, poderia se chamar “Respeito é legal” e teria a finalidade de 
desconstruir o histórico comportamento do “jeitinho brasileiro”, de sorte a 
estimular que o Brasil experimente, de fato, o espírito das leis. 
 
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TEMA – O problema do esgotamento profissional em questão no Brasil 
 
Em 1974, o psicanalista Herbert Freudenberger desenvolveu o 
conceito de Burnout, que ficou conhecido como Síndrome do Esgotamento 
Profissional, cuja principal característica é o estresse e o desânimo crônicos. 
Todavia, o problema descrito pelo médico não recebe a devida importância na 
contemporaneidade e exige cuidadosa análise acerca do excesso de tarefas e da 
instabilidade do mercado de trabalho. 
Nesse sentido, a Terceira Revolução Industrial, marcada pelo uso de 
tecnologias da robótica e da informática, possibilitou que os indivíduos 
acumulassem tarefas e otimizassem ao máximo o tempo de produção no trabalho. 
Ocorre que o excesso de atribuições diárias, imposto pela Revolução Informacional, 
pode ser nocivo, prejudicar o trabalhador e contribuir para o esgotamento do 
indivíduo, já que o lazer e o bem-estar são negligenciados por muitos 
empregadores e empregados. Assim, enquanto a saúde mental não for valorizada, 
o trabalhador contemporâneo será obrigado a conviver com um dos principais 
problemas ocupacionais: o esgotamento profissional. 
Ademais, as crises econômicas favorecem a prevalência da Síndrome 
de Burnout. A esse respeito, a Grande Depressão — maior crise da história — trouxe 
instabilidade ao mercado de trabalho a partir de 1929 e deixou claro que o medo 
do desemprego pode ser a causa para problemas psiquiátricos. Nesse sentido, o 
esgotamento profissional é um desses cruéis desdobramentos da recessão 
econômica, tal como ocorreu na Crise de 29, na medida em que o indivíduo vivencia 
constante instabilidade e competitividade no mercado laboral, o que se mostra 
grave obstáculo à saúde mental do trabalhador. 
Para que a síndrome de Burnout, portanto, seja combatida, o Ministério 
Público do Trabalho deve combater, com urgência, os serviços com jornada 
exaustiva, como os que ultrapassam as 8 horas permitidas pela lei, por meio de 
visitas regulares a empresas cujos profissionais manifestem esgotamento. Essa 
iniciativa do MPT teria a finalidade de promover a valorização da saúde física e 
mental dos indivíduos, que passariam a lidar melhor com as crises, bem como com 
a situação de instabilidade e de competitividade do mercado laboral. Dessa forma, 
o fenômeno descrito por Freudenberger deixará de ser um problema no Brasil. 
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TEMA – As dificuldades da inclusão do idoso no mercado de trabalho em questão no Brasil 
 
No longa-metragem “Um Senhor Estagiário”, o personagem Ben é um idoso 
aposentado que se torna estagiário sênior de um site de modas, por meio de um 
programa comunitário, a fim de se sentir novamente parte da sociedade. Entretanto, a 
narrativa otimista da ficção representa uma utopia no Brasil – país marcado pela 
exclusão da população senil. Nesse sentido, hão de ser combatidas a indiferença social 
e a precária inserção tecnológica dos idosos. 
Nesse sentido, Simone de Beauvoir — filósofa do século XX —, em sua obra “A 
Velhice”, desenvolveu o conceito de Invisibilidade Social, segundo o qual existe um 
processo de apagamento da figura do idoso. Ocorre que a cruel ideia denunciada pela 
autora ainda é reforçada na sociedade brasileira, tendo em vista que os idosos são 
marginalizados e não são admitidos nas empresas por serem tidos como incapazes de 
desenvolver tarefas. Tal fato é observado igualmente na ficção, ao passo que Ben é 
tratado inicialmente com indiferença por sua chefe. Desse modo, é incoerente que essa 
exclusão seja regra em uma sociedade em constante processo de envelhecimento. 
Ademais, não só a indiferença social, mas a escassa inserção tecnológica 
também afasta o idoso da oportunidade de emprego. Nesse viés, a partir do século XX, 
a Terceira Revolução Tecnológica — período de crescimento da informática — exigiu 
constante aperfeiçoamento frente à tecnologia. Todavia, substancial parcela da terceira 
idade no Brasil não acompanhou a evolução científica advinda da Revolução Técnico-
Informacional, o que reflete diretamente o nocivo ideal de indivíduo obsoleto para o 
ambiente laboral e fragiliza a inclusão dos idosos. Com efeito, enquanto a falta de 
incentivo e de apoio ao aprimoramento tecnológico dessa parte da população se 
mantiver, a sociedade brasileira continuará a conviver com uma das mais incoerentes 
mazelas para os indivíduos: a precária inserção laboral. 
As empresas devem, portanto, promover a reintegração desses indivíduos no 
mercado laboral, por meio de oportunidades de emprego associadas a cursos que 
capacitem a terceira idade a exercer as funções dos trabalhos aos quais for destinada. 
Essa iniciativa teria a finalidade de desconstruir a invisibilidade dos idosos. O Ministério 
da Ciência e da Tecnologia, por sua vez, pode fomentar projetos sociais, por meio de 
atividades comunitárias, como aulas e oficinas capazes de ensinar o uso de aparelhos 
eletrônicos, para o aprimoramento tecnológico e, assim, valorizar a inclusão no trabalho 
da população senil — antes marginalizada. 
 
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TEMA – Os desafios para os profissionais das futuras gerações em questão no Brasil 
 A produção cinematográfica “Inteligência 
Artificial”, de Steven Spielberg, narra uma 
realidade distópica em que humanos convivem 
com robôs e com tecnologias nunca vistas pela 
sociedade. Fora da ficção, o futuro anunciado por 
Spielberg se aproxima da sociedade 
contemporânea e será capaz de reconfigurar uma 
das áreas mais importantes para a sociedade: o 
trabalho. Com efeito, as habilidades fundamentais 
para o profissional das futuras gerações passam 
pelo desenvolvimento da inteligência emocional e 
pela constante capacidade de aprender. 
 
A Revolução 4.0 — conceito alemão 
criado no século XXI — consiste no conjunto de

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