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Ginecologia e Obstetrícia Veterinária INTRODUÇÃO: A Genital Feminino é formada pela: vulva, vagina, cérvix, útero, ovidutos e ovários e glândula mamárias. SEMIOLOGIA: É importante realizar de forma indispensável, através da anamnese, exame físico geral, inspeção, palpação e olfação. O exame através desses métodos é capaz de diagnosticar e até mesmo tratar. ORGÃOS E SUAS ESPECIFICIDADES: • VULVA: terminação posterior do trato genital; -Apresenta diferentes formas de acordo espécies; -Aumento de volume pode indicar cio e/ou gestação. -Algumas patologias que podem ocorrer são: vulvite (processo inflamatório), alteração de conformação vulvar, aumento de volume e secreção, hiperplasia vaginal, lacerações perineais. • VAGINA: é uma estrutura membranosa situada na cavidade pélvica, acima da bexiga; -Sua função é de órgão copulatório e é por ela que passa o feto no momento do parto. -Algumas patologias que podem ocorrer são: ruptura vaginal, prolapso de vagina. • CÉRVIX: é o esfíncter entre a vagina e o útero, a chamada porta do útero. -Algumas patologias que podem ocorrer: processo inflamatório (cervite), laceração cervical. • ÚTERO: órgão que abriga e mantém o feto durante todo o tempo de gestação; -Apresenta diferentes formas anatômicas, peculiar para cada espécie animal; -Algumas patologias que podem ocorrer: processo inflamatório (metrite), piometra (acúmulo de pús), mucometra ou hidrometra (acúmulo de muco na cavidade uterina), distocia, prolapso uterino, prolapso vesical. • OVIDUTO: é onde ocorre a fecundação, mais especificamente na ampola. -Presença da trompa de Fallopio; -O processo inflamatório é salpingite; • OVÁRIO: responsável pela formação do oócito. -É nele que haverá formação do corpo lúteo no local do corpo hemorrágico pós ovulação e consequentemente produção de progesterona. EXAME DO INSTINTO SEXUAL DA FÊMEA: Exaltação: ninfomania Cio permanente: cistos ovarianos, tumores, doenças neurológicas. Frigidez: anafrodsia (diminuição da libido sexual, falta de cio) Infecundidade e Esterelidade Fertilização, implantação e reconhecimento materno da gestação GAMETAS: oócito e espermatozóide + cópula = ejaculação = fertilização. A fertilização ocorre na ampola do oviduto, assim o caminho do oócito é: ovário -> oviduto – onde encontra com os SPTZS e promove a fecundação e a fertilização. Para que ela ocorra, o espermatozoide precisa ser da mesma espécie de que o oócito, possuir membrana intacta e já estar capacitado. Dessa forma, a fertilização irá ocorrer em etapas: 1) Perfuração da coroa radiata pelo movimento flagelar; 2) Contato e reconhecimento espécie específico entre SPTZ e oócito, por meio da ligação do SPTZ a zona pelúcida; 3) Reação acrossomal, penetração da zona pelúcida por ação de enzimas (principalmente acrosina – que causam a lise da zona pelúcida; 4) O SPTZ atravessa o espaço perivitelino (preenchido por líquido); 5) Ocorre fusão das membranas plasmáticas do SPTZ e oócito; 6) Término da meiose (que começou ainda na barriga da mãe); 7) Formação e fusão dos pronúcleos feminino e masculino; 8) Ativação do metabolismo e formação do zigoto; Formação dos gametas femininos: • Pré-antrais (90%): Fol. Primordiais quiescentes com oócito primário (parado na meiose I) e uma única camada de células pré-granulosa. Fol. Primários com oócito em crescimento e camada de células da granulosa. Fol. Secundários com zona pelúcida (formação de glicoproteínas) e pelo menos duas camadas de células da granulosa. • Antrais (10%): Fol. Terciários e pré-ovulatóros, com oócito secundário composto de zona pelúcida, corona radiata (camadas + próximas ao oócito), células de adjascentes, antro, membrana basal e células da teca. Formação dos gametas masculinos: Espermatogônias células germinativas primordiais; Espermatócito primário (I) Espermatócito secundário (II) Espermátide Espermatozoide A maturação dos SPTZ ocorre durante o transporte, de 10 a 15 dias através do epidídimo, após essa maturação é possível a fertilização. FERTILIZAÇÃO: A atração dos espermatozoides pelos oócitos ocorre através da secreção de substâncias que atrai esses SPTZ, ou seja, pela quimiotaxia. Para que ocorra, é necessário dois fenômenos: Capacitação: período de condicionamento do espermatozoide, dentro do trato reprodutivo da fêmea, com a liberação da região acrossômica. Reação Acrossomal: após a ligação a zona pelúcida, há liberação de enzimas necessárias (hialuronidase e acrosina) para a penetração dos espermatozóides a zona pelúcida. Há união da membrana interna e externa do acrossomo, formando vesículas que permitem a entrada de Ca++. Isso é desencadeado pela progesterona e pelas proteínas da ZP. LIGAÇÃO À ZONA PELÚCIDA – ZP : A ZP é formada por glicoproteínas (3), ela é a parte mais esterna do oócito e protege o embrião até determinado momento. Para que haja ligação do SPTZ à ZP, é necessário que os SPTZs sejam da mesma espécie do oócito, uma vez que as moléculas presentes na ZP só fazem o reconhecimento a partir disso. Além disso, as três glicoproteínas que formam a ZP são: ZP1, ZP2, ZP3 -> esse se liga ao SPTZ e induz a reação acrossomal (momento em que o SPTZ perde o acrossomo). -Após a RA, o espermatozoide permanece ligado a zona pelúcida aderido a ZP2. -ZP2-> conteúdo acrossomal-acrosina. O movimento de hiperativação (movemntação + rápida) leva a penetração do SPTZ a ZP FUNÇÕES DA ZP: 1) Espécie-especificidade durante o reconhecimento SPTZ-Oócito; 2) Induz a reação acrossomal; 3) Bloqueio a poliespermia (entrada de + de 1 SPTZ); TIPOS DE BLOQUEIO A POLIESPERMIA: • Bloqueio lento: ocorre modificação dos receptores espermáticos da ZP, que arramcam os resíduos terminais de açúcar, levando a um endurecimento da ZP • Bloqueio rápido: maneira que a membrana do oócito impede a entrada de + de um SPTZ com a mudança de carga/despolarização elétrica da membrana do oócito para uma que o SPTZ é sensível, ou seja, o receptor espermático só interage com a membrana do oócito quando seu potencial é negativo, fazendo com que o SPTZ se atrai por ela.Quando ocorre a ligação de um SPTZ a ZP, sua membrana muda para carga positiva, repelindo o SPTZ através de uma proteína no qual ele é sensível. 4) Proteção do embrião em desenvolvimento até a eclosão. Ligação e fusão com o oolema Ocorre cerca de 12 hrs em mamíferos. É caracterizada pelo momento em que o envelope do núcleo do SPTZ vacuoliza, expõe a cromatina e descondensa. O núcleo do oócito completa então, a segunda meiose Ativação do metabolismo do oócito: Ocorre mudanças no citoplasma do oócito. Essas mudanças são induzidas pela interação enttre membrana plasmática (MP) do oócito e do SPTZ, além da introdução de um fator espermático no citoplasma do oócito. CLIVAGEM: É o processo de múltiplas mitoses que ocorrem em direçaõ ao útero após a fertilização. As células que estão sendo formadas são blastômeros. As céulas vão aumentando em tamanho e diminuindo em quantidade, formando a mórula. BLATOCISTO = embrião Conforme a mórula vai se deslocando para a cavidade uterina, um fluido começa a penetrar os espaços intercelulares da massa celular interna, através da zona pelúcida. A partir disso, forma-se uma cavidade chamada blastocele que é preenchida de líquido. O blastocisto possui duas camadas de céulas: -Células da massa interna, que é o embrioblasto/embrião; & -Células da massa externa, que é o trofoblasto (que se achatam e formam a parede epitelial do blastocisto – que futuramente se tornará anexos embrionários);A ZP desaparece/se rompe, pois há muito líquido. A partir disso, ocorre o início da implantação do embrião no endométro do útero = a chamada placentação. IMPLANTAÇÃO É o contato físico entre troflobasto e endométrio após a dissolução da zona pelúcida. Essa ZP no oviduto possui função de impedir a adesão do embrião na parede do oviduto e consquentemente a gestação ectópica, ou seja, fora do local adequado. Quando ocorre a lise da ZP, ocorre aumento ds pressão e das proteases (tripsina) localizadas na membrana das células do troflobasto. O tempo de implantação do embrião ao endométrio, pode variar de acordo com cada espécie: RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO: É a série de eventos críticos pelo qual o concepto inicialmente sinaliza a sua presença ao organismo materno e permite que a gestação se mantenha. O CL periódico transforma em CL gravídico, devido ao concepto presente. Esse CL se mantém no ovário produzindo progesterona para a gestação. Cada espécie promove o reconhecimento materno da gestação através de mecanismos específicos. Ruminantes: há pradução de fatores antituolítios, como INF-t (produzido pelo concepto/embrião); -O Interferon-tau impede a secreção de PGF pelo o útero através da mudança da quantidade de recpetores de E2 e ocitocina, além de estimular os recptores de P4. Essa substância é liberada em grandes quantidades quando o blastocisto começa a se alongar. Se não há PGF para fazer quebra de corpo lúteo, ele se mantem e a P4 coninua alta, mantendo ahá gestação. Equinos: o embrão ao sair da zona pelúcida forma uma capsula esférica – importante para prevenir a implantação, fazendo com que ela seja tardia, em torno de 25 dias. Isso é importante pois esse embrião faz movimentação entre os cornos uterinos da égua de forma a sinalizar para o útero sua presença paara que ele não produza PGF. Além disso, o próprio embrião produz prostaglandina E e estrógeno. Esses fatores associados impedem a produção de PGF pelo útero, assim CL não é quebrado, P4 se mantém alta e a fêmea continua gestante. Suínos: precisam de no mínimo 4 embriões produzindo estrógeno, que naquele momento muda a maneira que PGF é secretada no útero. Assim, ao invés della ser secretada pela parte de fora do útero (no miométrio – onde estaá os vasos sanguíneos), ela é secretada pela parte de dentro e cai no lúmen, sendo então degradada e não consguindo chegar ao CL para realizar lutólise, assim CL se mantém, P4 continua alta e a gestação é mantida. Cadelas: o reconhecimento pelo corpo lúteo não é valido, pois mesmo que ela não esteja gestantem o CL fica mantindo produzindo P4. Assim, como o oócito é liberado imaturo e precisa ficar de 2 a 5 dias no oviduto para maturar. Após esse tempo, aa ovulação vai ocorrer 48hs após o pico de LH e a fertilização ocorrerá de 2 a 5 dias após a ovulação, no 10º dia ocorre a entrada do blastocisto no útero, onde ele migra por 6 dias e no 18º se implanta. Reconhecimento imunológico da gestação: O feto é elemento heterólogo da mãe, “corpo estranho”, que cresce e vive tirando oxigênio e nutrientes daquele organismo, portanto teria alto potencial para ser alvo do sistema imune da mãe. Isso não ocorre pois o sistema imune da mãe é modulado durante a gestação, essa modulação acontece através da P4 (hormônio da gestação) e outros envolvidos, fazendo com que principalmente a ação do sistema imune celular diminua no trato reprodutivo. No útero por ex., as células de defesa acabam menor atuação. LUTEÓLISE É o evento que ocorre caso não haja a fecundação do oócito, seja, fecundação e gestação. Assim, o CL é regredido e se inicia uma nova fase folicular. O estrógeno do crescimento folicular se liga e induz a produção de PGF2alfa no epitélio uterino, essa PGF2alfa provoca luteólise, desencadeando a queda de P4. A PGF2alfa possui como funções: -queda do flúxo sanguíneo para o CL; -queda nos recpetores para LH; -efeit citotóxico Placentação e Pelvimetria PLACENTA: é o órgão que necessita de dois indivíduos e seus componentes – mãe: endométrio, feto: córion, alantóide, âmnio, saco vitelino vestigial (importante no início da gestação para o transporte de proteínas que são necessárias para o desenvolvimento do embrião), além das artérias e veia umbilical 1) Córion: membrana mais externa em contato com o endométrio materno. -Possui como funções a envoltura do embrião e outras membranas; Está intimamente associado ao útero para formação da placenta; É extremamente irrigado, já que permite trocas entre mãe e feto. 2) Alantóide: camada contínua que encarcera uma bolsa, a cavidade amniótica. Camada externa do alantoide + córion = corioalantóide. Ao parto primeira bolsa exposta é alantoideana -No espaço alantoideano há produtos da excreção fetal (urina). -Possui como função manter a pressão osmótica do plasma fetal. 3) Âmnion: membrana mais interna; mais próxima ao feto cavidade repleta de líquido que contém o feto âmnio + camada interna da alantoide (fusão) Possui como funções a envoltura de todo o embrião e confere proteção a ele contra choque e desidratação; Permite o desenvolvimento e a movimentação fetal; Se dilata e permite lubrificação no momento do parto; Inibe o crescimento bacteriano através da limpeza. 4) Artérias umbilicais (e suas ramificações): transportam sangue não oxigenado do feto para a placenta. 5) Veia umbilical: transporta sangue oxigenado da placenta para o feto Funções da placenta: -Fornece nutrientes e oxigênio para o metabolismo embrionário; -É um órgão endócrino que é capaz de secretar progesterona, estrógeno, relaxina (placenta em gata, cadela e égua, relaxamento para parto); -Órgão respiratório e de alimentação do feto; -Órgão de filtração; -Órgão de secreção intensa através da síntese hormonal; -Permite passagem de imunidade da mãe para o feta nos carnívoros, primatas e roedores. PLACENTAÇÃO Ocorre após a implantação, através da justaposição das vilosidades do cório fetal com as criptas da mucosa uterina. Pode ser classificada de acordo com três parâmetros: 1) Perda de tecido no parto: adeciduada e deciduada; 1.2) Adeciduada (semi-placenta): Aderência sem lesão na parede uterina. Ocorre em espécies como égua, jumenta, porca, ruminante. 1.3) Deciduada (verdadeira): Aderência e lesão na parede uterina. Nela uma porção do endométrio materno é desprendido no parto. Ocorre em espécies como carnívoros, primatas e roedores. 2) Características macroscópicas baseada na distribuição dos locais de troca; 2.2) Difusa: presente na porca e na égua. As vilosidades coriônicas do feto se projetam por todo o endométrio. 2.3) Cotiledonária: presentes em ruminantes. A troca entre feto e mãe ocorre através dos placentomas: cotilédones fetal (invaginações do tecido coriônico fetal) e carúnculas materna (projeções da superfície do endométrio. 2.4) Zonária: presente nos carnívoros, sendo fixada como uma cinta. 3) Características microscópicas baseada na relação entre os tecidos da mãe e do feto; 3.2) Epiteliocorial: o epitélio do feto e da mãe são intactos. Possui 6 camadas para passar substâncias dos vasos maternos para os fetais. Presente na porca e na égua. 3.3) Endoteliocorial: o epitélio não é intacto e forma um sincício. Presente na cadela e na gata. 3.4) Sinepiteliocorial (antiga sindesmocorial): presentes nos ruminantes, que possuem migração de células trofoblásticas para o epitélio uterino (que parece estar relacionadas a retenção placentária). 3.5)Hemocorial: presente na mulher, primatas e roedores. -> passagem total de anticorpos da mãe para o feto. IMPORTANTE: As características das placentas da égua (epiteliocorial) e dos ruminates (sinepiteliocorial)explicam porquê eessas duas espécies não conseguem passar anticorpos da mãe o feto através da placenta. Já que há tecido conjuntivo, epitélio e endotélio uterino separando o sangue materno e fetal Diferentemente das características da placenta da cadela e da gata (endoteliocorial), que permite a passagem de cerca de +/-7% de anticorpos da mãe para o feto. Já que tecido conjuntivo e epitélio uterino estão ausentes e só o endotélio separa sangue materno e fetal. PELVIMETRIA: É a mensuração direta (interna) ou indireta (externa) dos diâmetros da pelve – formada íleo, ísquio, púbis, sacro e as 3 primeiras vértebras coccígeas. As partes mole da pelve são: 1) Componentes ligamentosos 2) Diafragma pélvico: músculos e fáscias relacionadas; 3) Diafragma urogenital: músculos Importância: -Identificação e avaliação prévia das conformações das pelves das fêmeas - em particular classificação de novilhas; -Avaliação das proporções relativas entre canal do parto e feto - desproporção feto-materna e de conformações pélvicas anormais; -Fatores que contribuem para a dificuldade do parto como a inclinação e circunferência da pélvis anormais; -Decisão sobre condutas obstétricas (indução abortamento e assistência à parto); -Redução do índice de distocias; -Seleção de touros para melhoramento genético e de novilhas para reposição (maturidade óssea); Portanto, ela deve ser realizada antes da estação de monta, no diagnóstico da gestação e no pré- parto. Aplicabilidade: 1) Avaliação cllínica de padrões: pré- acasalamento 140cm2, gestação 180cm2, pré-parto 220cm2 sob ação hormonal. 2) Condutas: descarte das estreitas, selção, condutas terapêuticas com aplicação hormonal, acompanhamento obstétrico. Problemas: -Acidentes durante a medição; -Inexperiência técnica de profissionais; -Dificuldade no controle dos animais durante o exame; -Fatores de riscos relacionados a palpação retal, como acidentes; -Dificuldade de estabelecer ponto de referências; -Instrumento; -Pouca correlação na externa. Vantagens: -Seleção e descarte; -Redução perdas econômicas; -Acompanhamento obstétrico mais acurado; -Avaliação de modificações estruturais da pelve com a proximidade do parto (ações da relaxina). Fisiologia da Gestação GESTAÇÃO: Caracterizada como intervalo entre fecundação do oócito até a completa expulsão do(s) feto(s) e suas membrana. Nesse período há adaptação progressiva do organismo materno. Dividida em etapas: Fecundação Desenvolvimento embrionário Reconhecimento materno da gestação Implantação Placentação Manutenção da gestação Parto Expulsão das membranas fetais Conceitos: OVO - início da clivagem e formação do blastocisto. Livre no útero subsistindo com vitelo e leite uterino; EMBRIÃO – eclosão do blastocisto, Morfogênese, período mais crítico (45 dias); FETO – maior parte do crescimento, período mais longo; CONCEPTO – embrião ou feto com membranas extraembrionárias; Hormônios da gestação: Estrógeno: proliferação do epitélio do endométrio, crescimento dos ductos das glândulas endometriais, preparação para ação da progesterona. Progesterona: Ramificação das glândulas endometriais, indução para secreção do leite uterino, manutenção da fixação da placenta, ação imunossupressora, leva a utilização mais eficiente dos nutrientes, efeitos psíquicos. Prolactina: Efeito luteotrófico, aumenta colesterol livre na célula e receptores de LH e reduz a degradação da progesterona. Conduta materna Relaxina: Atua no final gestação com relaxamento da cérvix, sínfise púbica, ecidos e ligamentos pélvicos. CONTROLE HORMONAL E PARTICULARIDADES DE CADA ESPÉCIE: Vaca: A P4 é proveniente principalmente do CL mas também pode vir da placenta. Ovulou -> CL produzindo P4 -> P4 se mantém alta até dois dias antes do parto – que vai ocorrer quebra de CL) -> P4 cai -> Estrógeno dá uma aumentada -> Prolactina aumenta -> Parto acontece. P4: inibe reprodução e contração uterina = vai estar alta, não vai haver contração uterina e nem crescimento folicular. Para o parto acontecer, o útero precisa contrair, então P4 precisa cair, e na vaca o estrógeno aumenta. Cabra: perfil hormonal parecido com o da vaca, sendo dependente de corpo lúteo principal. Ovelha: progesterona é proveniente de CL e Placenta. A partir de 75 a 90 dias, a placenta produz tanta progesterona, que ela não depende mais daquele CL principal, mas ainda sim precisa da P4 para a gestação se manter. P4 cai antes do parto, aumenta a prolactina e estrógeno = parto acontece. Égua: grande diferencial em relação ao perfil hormonal na gestação. 1ª fase, simular as outras espécies: forma CL -> P4 aumenta. Entretanto, esse corpo lúteo só vai conseguir produzir P4 nos primeiros 30-40 dias de gestação, que é pouco, precisando de mais. Assim, a égua adotou uma estratégia, que quando o embrião/trofoblasto invade o endométrio materno provoca a formação de cálices endometriais (estrutura que só a égua tem), que produzem o hormônio que só a égua tem: ECG. PORTANTO: a partir de 35 dias invade -> forma cálices endometriais -> começa a produção de ECG -> ECG vai no ovário e forma corpos lúteos acessórios que irão produzir e aumentar a P4 novamente -> P4 fica alto por mais alguns dias -> De 130-150 dias vai cair novamente e não haverá mais ECG -> Nesse momento, o estrógeno aumenta -> Esse estrógeno vem do feto, que tem hiperplasia de gônada (-> diferencial, pois testículo ou ovário aumenta bastante na US), produzindo muito estrógeno, por isso há pico alto dele na gestação. Assim a gestação se mantém, com a placenta produzindo substâncias similares a progesterona. Depois, o estrógeno cai, pois ele era de gônada fetal e acontece o parto. Cadela: similar aos ruminantes, mas com alguns diferenciais, como a magnitude dos hormônios e das respostas. O pico de prolactina alto é bem característico ao gráfico da cadela e acontece quando começa cair P4. A queda de P4 para acontecer o parto é aos 60 dias, e a prolactina aumenta 1 a 2 dias antes do parto. Na cadela, a P4 é proveniente exclusivamente de CL já que não tem produção dela pela placenta. IMPORTANTE: nas cadelas, o reconhecimento da gestação pelo nível de P4 não é valido, já que ela possui a fase luteínica prolongada, ou seja, o CL se mantém por mais tempo mesmo a cadela não estando gestante (60-70 dias), portanto dosagem de P4 não é um bom parâmetro. Gata: só ovula 24 a 30 horas após o coito, a P4 aumenta até a quarta semana. No perfil hormonal dela, a P4 começa a cair a partiit de 30 dias de gestação e cerca de 48hrs antes do parto ela cai de forma abrupta – sendo um evento necessário para o desencadeamento do parto. O papel do CL e da placenta nos felinos ainda é um pouco desconhecido. ESTRÓGENOS É pré-requisito para ação da P4 no endométrio, P4 e Prolactina na Gl. Mamária, Relaxina na sínfise púbica e Ocitocina no endométrio. PROGESTERONA Fonte: CL (inicial) e placenta (metade e final da gestação) Ação glândula mamária (hiperplasia) Desenvolvimento das glândulas endometriais (nutrição do embrião) Relaxamento e quiescência miometrial Alteração imunológica local RELAXINA Fonte: CL, placenta e endométrio Flexibilidade uterina – acomodação Maleabilidade do ligamento fibro-cartilaginoso da sínfise púbica Flexibilização e distensão de cérvix (parto) NÚMERO DE FETOS - NORMAL GESTAÇÃO PATOLÓGICA Medidas para correção de gestação gemelar: Em equinos, caso haja evolução da gestação: É importante auxiliar no parto; Potros que sobrevivem: fracos, pequenos, susceptíveis a infecções, baixo desenvolvimentopós- natal; O mais fraco morre em 3 a 4 dias • retenção de placenta (3 horas, ocitocina, PG, AINE, ATB, fluido e lavagem uterina); A mãe demora em retornar ao cio e ficam vazias na estação seguinte. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GESTAÇÃO É necessário estabelecer mecanismos de transferência de substâncias, nutrientes e oxigênio da mãe para o feto e remoção de lixo metabólico do feto. Bons estudos! Eduarda Alícia 8ºP - INT
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