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DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO
Recursos Trabalhistas - Parte II
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230727169565
GUSTAVO DEITOS
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do 
Tribunal Superior do Trabalho (Gabinete de Ministro). 
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do 
TRF da 3ª Região. Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARILIA ALVES CASTRO TRIGUEIRO - 05621974352, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIReITo PRocessual Do TRabalho
Recursos Trabalhistas - Parte II
Gustavo Deitos
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Recursos Trabalhistas – Parte II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Natureza Ordinária e Extraordinária dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Recurso Ordinário (RO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1. Cabimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2. Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3. RO no Procedimento Sumaríssimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4. Súmulas e OJs do TST sobre o Recurso Ordinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3. Agravo de Petição (AP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1. Cabimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2. Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3. Súmulas e OJs do TST sobre o Agravo de Petição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4. Agravo de Instrumento (AI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.1. Cabimento e Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.2. Depósito recursal do Agravo de Instrumento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.3. Súmulas e OJs do TST sobre o Agravo de Instrumento . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5. Recurso de Revista (RR) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.1. Pressupostos de Admissibilidade Específicos do Recurso de Revista (RR) . 34
5.2. Cabimento do RR no Procedimento Ordinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.3. Cabimento do RR no Procedimento Sumaríssimo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
5.4. Cabimento do RR na Fase de Execução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.5. Procedimento do RR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
5.6. Outras Súmulas e OJs do TST sobre o RR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
6. Embargos de Declaração (ED) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
6.1. Cabimento e Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
6.2. Súmulas e OJs do TST sobre os ED . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
 
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Recursos Trabalhistas - Parte II
Gustavo Deitos
Questões de concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Gabarito comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
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Recursos Trabalhistas - Parte II
Gustavo Deitos
aPReseNTaÇÃoaPReseNTaÇÃo
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran! Espero encontrá-lo muito bem! Neste curso, apresento-
lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do trabalho, com o objetivo de lhe 
disponibilizar, de forma prática e completa, o substrato de conteúdo necessário para ter 
o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você possa 
tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de estudo completo 
e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, individualmente, 
avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios de estudo ideais. 
Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF e vídeos, ou somente com 
um ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio de 
contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta aula. De 
qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como fonte de estudos 
de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran. Tudo depende, unicamente, da preferência 
de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Processual do 
Trabalho, particularmente inerentes ao Sistema Recursal:
• Recurso ordinário (RO);
• Agravo de petição (AP);
• Agravo de instrumento (AI);
• Embargos de declaração (ED);
• Recurso de revista (RR).
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abranger todos 
os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda mais solidificado. 
O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâmetros: complexidade 
do conteúdo e número de questões de concursos existentes. Por resultado, o número de 
exercícios disponibilizados é determinado de modo que seu conhecimento sobre os temas 
seja efetivamente testado e fixado, mas sem que haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consideroo resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção e 
edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade 
do material.
 
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Recursos Trabalhistas - Parte II
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Peço-lhe que fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu grau de 
satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Caso 
você tenha ficado com dúvidas sobre pontos deste material, ou tenha constatado algum 
problema, por favor, entre em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas antes de realizar 
sua avaliação. Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir 
quaisquer problemas nas aulas.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua 
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, 
que, para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por 
meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será 
um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande 
respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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Recursos Trabalhistas - Parte II
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RECURSOS TRABALHISTAS – PARTE IIRECURSOS TRABALHISTAS – PARTE II
1 . NaTuReZa oRDINÁRIa e eXTRaoRDINÁRIa Dos 1 . NaTuReZa oRDINÁRIa e eXTRaoRDINÁRIa Dos 
RecuRsosRecuRsos
Dentre os recursos em espécie que estudaremos nesta aula, há recursos que possuem 
natureza ordinária e outro(s) com natureza extraordinária. Afinal, qual é a diferença entre 
esses dois tipos de natureza?
RECURSOS DE NATUREZA ORDINÁRIA: São os recursos que podem ser interpostos com 
a finalidade de discutir, sobretudo, três tópicos:
1) Fatos narrados no processo;
2) Acerto ou desacerto do julgador ao interpretar os fatos e o direito;
3) Correção do direito invocado pelo julgador ao apreciar a causa.
RECURSOS DE NATUREZA EXTRAORDINÁRIA: São os recursos interpostos a fim de 
discutir, estritamente, dois tópicos:
1) Acerto ou desacerto do julgador ao interpretar o direito;
2) Correção do direito invocado pelo julgador ao apreciar a causa.
Em tese, os recursos têm duas grandes razões de existência: proporcionar melhor 
prestação jurisdicional à parte e aprimorar a aplicação do direito no Brasil.
 Obs.: Por “direito”, entenda a Constituição, todas as leis, atos normativos, princípios e 
demais disposições de caráter cogente.
Perceba: os recursos de natureza ordinária existem muito mais para favorecer as partes 
do que para favorecer o direito brasileiro.
Por outro lado, os recursos de natureza extraordinária têm serventia espacialmente 
destinada ao aprimoramento da aplicação do direito brasileiro, proporcionando-se correções 
de equívocos na jurisprudência, evolução da interpretação das normas, mudanças de 
perspectivas, e quaisquer outros elementos favoráveis ao engrandecimento da prestação 
jurisdicional como um todo (sem foco direto nas partes recorrentes).
Em síntese: os julgadores, nos recursos de natureza ordinária, preocupam-se com 
os interesses das partes e com a aplicação do direito; já nos recursos de natureza 
extraordinária, eles se preocupam tão somente com a aplicação do direito.
Ao longo da aula, você terá indicação de quais são os recursos de natureza ordinária e 
extraordinária.
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2. RECURSO ORDINÁRIO (RO)2. RECURSO ORDINÁRIO (RO)
2 .1 . cabIMeNTo2 .1 . cabIMeNTo
O recurso ordinário (RO) é um recurso de fundamentação livre. A argumentação que 
incorpora a peça recursal pode versar sobre qualquer tema do processo, seja relacionado 
a fatos ou provas, seja relacionado a apenas questões jurídicas. Tudo pode ser alegado no 
RO, desde que observados, é claro, os limites da própria lide em si considerada (partes, 
causas de pedir e pedidos).
O cabimento do RO está disciplinado no art. 895 da CLT:
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência 
originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
A principal finalidade de utilização do RO é para impugnar a sentença proferida pelo 
juiz do trabalho de primeiro grau (art. 895, inciso I), no prazo de 8 dias, contados da 
publicação da sentença.
O RO interposto contra a sentença do juiz da Vara do Trabalho é processado e julgado 
pelo Tribunal Regional do Trabalho da respectiva região (TRT).
Segundo o inciso I do art. 895, a sentença recorrível mediante RO pode ser Terminativa 
ou Definitiva.
SENTENÇA TERMINATIVA: Tecnicamente, é a sentença de extinção do processo sem 
resolução do mérito. A grosso modo, é aquela que termina o feito sem definir nada 
sobre a relação jurídica posta ao julgamento do juiz. Alguns casos de sentença terminativa 
encontram-se no art. 485 do CPC, que valem como exemplos.
SENTENÇA DEFINITIVA: É a sentença que resolve o mérito da reclamação, definindo-se 
disposições imperativas sobre a relação jurídica posta a julgamento. A clássica sentença 
definitiva é a que julga PROCEDENTES ou IMPROCEDENTES os pedidos formulados na 
reclamação. Outros exemplos de sentença definitiva encontram-se no art. 487 do CPC.
Por mais redundante que possa parecer, devo alertar que o RO só é cabível contra SENTENÇAS. 
Já estudamos em outras aulas o Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões 
Interlocutórias, que proíbe a interposição de recursos contra tal espécie de decisão judicial, 
que só pode ser impugnada nas razões do recurso interposto contra a decisão definitiva (decisão 
interlocutória deve ser impugnada, em regra, juntamente com os fundamentos da sentença final).
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Recursos Trabalhistas - Parte II
Gustavo Deitos
Apenas em algumas hipóteses especialíssimas poderá ser interposto recurso de imediato 
contra decisões interlocutórias. O TST fixou na Súmula 214 exceções à regra de que as 
decisões interlocutórias seja irrecorríveis. Veja:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 214 do TST, alínea a
“Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias 
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial 
do Tribunal Superior do Trabalho;Se a decisão interlocutória do TRT for contrária a Súmula ou OJ do TST, caberá recurso imediato. 
O recurso será aquele cabível na hipótese, tendo em vista o regimento interno do tribunal.
JURISPRUDÊNCIA
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
Se os regimentos internos dos tribunais previrem recursos dentro do próprio tribunal 
para matérias decididas por decisões interlocutórias, elas serão recorríveis, nos termos do 
regimento. Na grande maioria dos casos, trata-se de agravo interno.
JURISPRUDÊNCIA
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para 
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante 
o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.”
EXEMPLO
Moisés ajuizou reclamação trabalhista em Curitiba (PR). A empresa ré, no entanto, opôs 
exceção de incompetência territorial, porque Moisés teria prestado serviços em Natal (RN), 
razão pela qual a reclamação deveria ser remetida a uma das Varas do Trabalho de Natal. O 
juiz acolhe a exceção e remete os autos a uma das Varas de Natal.
Nesse caso, a decisão do juiz é interlocutória terminativa do feito na Vara do Trabalho de Curitiba, 
razão pela qual cabe Recurso Ordinário contra essa decisão interlocutória ao TRT da 9ª Região (Paraná).
Exatamente o mesmo raciocínio valeria para o caso de remessa do processo a tribunal distinto que 
seja de outro ramo do Poder Judiciário (como Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal).
Esta última hipótese é abordada também em caráter legal, especificamente no art. 
799, § 2º, da CLT:
Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas 
do feito [contra a qual caberá recurso – acréscimo do professor], não caberá recurso, podendo, 
no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final.
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Recursos Trabalhistas - Parte II
Gustavo Deitos
DICA
Conclusão:
REGRA GERAL: não cabe recurso imediato contra decisão 
interlocutória .
EXCEÇÕES:
Decisão interlocutória do TRT contrária a Súmula ou OJ 
do TST
Decisão interlocutória recorrível dentro do mesmo tribunal
Decisão terminativa que remeta o processo para Tribunal 
diferente (TRT/TJ/TRF/TRe) daquele em que o processo se 
encontra (se for decisão do juiz do trabalho, cabe RECURSO 
ORDINÁRIO) .
Em síntese, a primeira hipótese de cabimento do RO pode ser demonstrada da 
seguinte forma:
A hipótese do inciso II do art. 895 é menos comum, mas deve ser estudada com 
muita atenção.
Em alguns casos específicos, o TRT detém a competência originária para processar e 
julgar a ação. Para relembrá-lo, caso não recorde, conceituo abaixo os tipos de competência 
jurisdicional quanto ao momento de apreciação da causa (ou quanto à função):
• COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA: o órgão originariamente competente detém a incumbência 
de processar e julgar aquela matéria logo de início, desde que a respectiva ação é 
ajuizada.
EXEMPLO
O julgamento de ações rescisórias destinadas a desconstituir sentença de juiz do trabalho 
ou acórdão de TRT compete originariamente ao TRT. Logo, o juiz do trabalho da Vara jamais 
exercerá jurisdição em ação rescisória, sob pena de nulidade absoluta por incompetência 
funcional.
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Recursos Trabalhistas - Parte II
Gustavo Deitos
• COMPETÊNCIA DERIVADA: o órgão é competente para processar e julgar uma ação 
em decorrência da interposição de algum recurso.
EXEMPLO
A Vara do Trabalho é originariamente competente para processar e julgar reclamações 
trabalhistas comuns em que se discutem verbas rescisórias. O TRT detém a competência 
derivada para apreciar tais reclamações, pois o exercício de sua jurisdição deriva (decorre, 
depende) da interposição do RO.
Grandes exemplos de competência originária do TRT para processar e julgar são, 
dentre outros:
• Ação Rescisória ajuizada para desconstituir sentença de juiz do trabalho ou acórdão 
do próprio TRT – Dissídio Individual.
• Mandado de Segurança contra ato de juiz do trabalho ou do próprio TRT – Dissídio Individual.
• Reclamação para preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas 
decisões (art. 988 do CPC). – Dissídio Individual.
• DISSÍDIOS COLETIVOS, envolvendo interesses que não ultrapassem o território de 
jurisdição do respectivo TRT.
Nos processos em que o TRT detenha competência originária – isto é, tenha competência 
para apreciar a causa pela primeira vez –, caberá RO ao Tribunal Superior do Trabalho 
(TST), também no prazo de 8 DIAS a contar da publicação do acórdão do TRT.
Perceba que não é só o TRT quem pode apreciar Recursos Ordinários!
O TST também pode!
Sinteticamente, esta segunda hipótese de RO pode ser demonstrada da seguinte forma:
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Recursos Trabalhistas - Parte II
Gustavo Deitos
2 .2 . PRoceDIMeNTo2 .2 . PRoceDIMeNTo
Na primeira hipótese de cabimento do RO (contra sentença de juiz), a interposição deverá 
ocorrer dentro do prazo de 8 dias da publicação da sentença, prazo este que, conforme 
nosso estudo da aula sobre os Prazos, terá sua contagem iniciada a partir da ciência efetiva 
do teor da sentença, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
A interposição do RO deve ocorrer mediante Simples Petição (art. 899 da CLT).
Ademais, o RO deve ser interposto com endereçamento AO JUIZ DO TRABALHO RECORRIDO.
O RO é composto por duas peças:
1) PEÇA DE INTERPOSIÇÃO, que é dirigida ao juiz recorrido, solicitando admissão do 
recurso e remessa ao TRT.
2) PEÇA DE RAZÕES RECURSAIS, esta sim endereçada ao TRT, com menção ao “Egrégio 
Tribunal” e aos “Nobres Desembargadores do Trabalho”, ou outras alcunhas de preferência 
do advogado e razoabilidade.
Assim que o juiz do trabalho recorrido tomar conhecimento da interposição do recurso, ele 
dará à parte recorrida o mesmo prazo do RO (8 DIAS) para que apresente CONTRARRAZÕES 
AO RO. A previsão legal das contrarrazões está no art. 900 da CLT:
“Art. 900 – Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões, 
em prazo igual ao que tiver tido o recorrente.”
DICA
o prazo das contrarrazões será sempre o mesmo prazo 
que o recorrente tiver tido para interpor o recurso . esta 
regra parece decorrer do Princípio da Igualdade Processual 
(paridade de armas) .
Após o término do prazo para que a parte recorrida apresente suas Contrarrazões ao 
RO, o juiz exercerá o PRIMEIRO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE, analisando se estão presentes os 
Pressupostos de Admissibilidade Intrínsecos e Extrínsecos (estudados detalhadamente 
na Primeira Aula sobre o Sistema Recursal Trabalhista).
Se o juiz entender que tais pressupostos de admissibilidade estão presentes, ele remeterá 
os autos do processo ao TRT, para processamento do recurso.
Por outro lado, se o juiz entender que falta o preenchimento de algum pressuposto de 
admissibilidade, deverá inadmitir o recurso. Essainadmissão também pode ser identificada 
como denegação de seguimento.
Verificando a parte recorrente que o RO foi inadmitido/denegado pelo juiz no primeiro 
juízo de admissibilidade, poderá interpor o recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO ao TRT, 
requerendo o destrancamento do recurso para que ele seja analisado. Estudaremos este 
recurso em título específico da aula.
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Recursos Trabalhistas - Parte II
Gustavo Deitos
Abaixo, apresento mapa mental do procedimento (processamento) do RO em sua 
primeira hipótese de cabimento (contra sentença do juiz):
Em se tratando da segunda hipótese de cabimento do RO (contra acórdão do TRT proferido 
em ação de sua competência originária), a lógica é exatamente a mesma quanto ao prazo 
para contrarrazões à parte recorrida e quanto ao Primeiro Juízo de Admissibilidade – o 
qual nesse caso será exercido pelo TRT.
Basicamente, o papel que o Juiz do Trabalho da Vara exerce no caso de RO contra sua 
sentença será exercido pelo TRT, nesta hipótese. Outrossim, o papel que seria exercido pelo 
TRT na outra hipótese de RO (destinatário) será exercido pelo TST (que receberá o RO).
Há um só ponto que merece detalhamento a respeito da remessa do processo ao 
TST: o órgão interno do TST que deverá apreciar o mérito do RO. O Regimento Interno do 
TST determina o órgão interno competente de acordo com a natureza do dissídio: se 
individual ou coletivo.
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Em se tratando de Dissídio Individual (ação rescisória de sentença ou acórdão de dissídio 
individual, mandado de segurança, reclamação etc.), a competência funcional para processar 
e julgar o RO, dentro do TST, será da Subseção de Dissídios Individuais n. II (SbDI-II) – que 
alguns nomeiam resumidamente como SDI-II.
Já quanto aos Dissídios Coletivos, a competência funcional para processar e julgar o 
RO, dentro do TST, será da Seção de Dissídios Coletivos (SDC).
De maneira sintética e propositalmente comparada com o mapa acima, apresento 
abaixo o mapa mental válido para a segunda hipótese de cabimento do RO (contra acórdão 
do TRT em ações de sua competência originária):
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2 .3 . Ro No PRoceDIMeNTo suMaRÍssIMo2 .3 . Ro No PRoceDIMeNTo suMaRÍssIMo
Tanto no procedimento ordinário como no sumaríssimo, a ordem de elementos do 
processamento do RO ( juízo de admissibilidade, prazo para contrarrazões etc.) é igual.
Algumas diferenças constam na CLT, e consistem em detalhes de funcionamento do 
trâmite do RO no âmbito do TRT. Abaixo, farei comentários individualizados aos §§ 1º e 2º 
do art. 895 da CLT:
§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário:
I – (VETADO).
II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo 
no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em 
pauta para julgamento, sem revisor;
No procedimento ordinário, não há um prazo para que o relator libere o RO para julgamento. 
No sumaríssimo, o relator deve fazer tal liberação no PRAZO MÁXIMO de 10 DIAS, a contar 
da distribuição do RO ao relator, que deverá ocorrer de imediato (distribuição imediata, 
designando-se um relator logo que o RO chega ao TRT).
III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, 
se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
No procedimento ordinário, o parecer do MPT, quando necessário, pode ser oferecido 
por petição nos autos. No procedimento sumaríssimo, o MPT deverá expor seu parecer de 
forma ORAL na Sessão de Julgamento, havendo registro desse parecer na Certidão de 
Julgamento.
IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente 
do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for 
confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, 
servirá de acórdão.
A Certidão de Julgamento é um documento lavrado pelo Secretário do órgão julgador 
(Turma, Câmara, Pleno etc.). Neste certidão, o Secretário certifica que o órgão proferiu 
determinada decisão, fazendo citação direta à decisão (negou provimento, deu provimento, 
converteu o feito em diligência etc.).
1) Se a sentença de primeiro grau for reformada em algum ponto, os termos da 
Certidão de Julgamento devem ser acompanhados da indicação suficiente dos pontos 
do processo discutidos, da formulação parte dispositiva que ordena a alteração daquele 
ponto da decisão e das razões de decidir que prevaleceram para a modificação da decisão 
de primeiro grau.
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2) Se a sentença de primeiro grau for mantida por seus próprios fundamentos 
(nenhuma alteração), o acórdão consistirá nos termos da própria Certidão de Julgamento.
 Obs.: Por não haver prejuízo, não existirá nenhuma nulidade se, mesmo no procedimento 
sumaríssimo, o acórdão tiver todos seus elementos completos, como se a causa 
tramitasse sob o rito ordinário. A previsão do inciso IV do § 1º é uma ferramenta 
de economia processual e celeridade, apenas.
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos 
recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento 
sumaríssimo.
Pode o TRT, assim querendo, determinar que uma Turma específica fique incumbida 
de processar e julgar unicamente recursos ordinários interpostos contra sentenças em 
reclamações de procedimento sumaríssimo.
2 .4 . sÚMulas e oJs Do TsT sobRe o RecuRso oRDINÁRIo2 .4 . sÚMulas e oJs Do TsT sobRe o RecuRso oRDINÁRIo
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 201 do TST
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso 
ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação 
para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade.
Estudamos que já ações de competência originária dos TRTs, nas quais eventual RO 
deverá ser interposto para o TST. O mandado de segurança contra ato de juiz do trabalho 
ou do TRT foi justamente um dos exemplos apontados acerca dessa hipótese especial.
Logo, a Súmula 201 esclarece, tendo em vista a organização judiciária, que o mandado 
de segurança julgado pelo TRT sujeita-se a RO para o TST.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 393 do TST
I – O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extraido § 1º 
do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a 
apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, 
ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado.
II – Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá 
decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015, 
inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.
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Segundo o item I, o RO tem efeito devolutivo em profundidade. A profundidade do 
efeito devolutivo é interpretada do seguinte modo: o juízo ad quem recebe em devolução 
toda a matéria envolvida pelo recorrente no recurso, inclusive com todos os fundamentos 
trazidos na petição inicial e na contestação, mesmo que a sentença não tenha adotado tais 
fundamentos e ainda que as contrarrazões do recurso não mencionem tais fundamentos.
O item II, por sua vez, trata do Efeito Expansivo do RO. Este efeito teve origem na Teoria 
da Causa Madura. Tal teoria dizia que o órgão competente para julgar o recurso poderia, 
desde logo, apreciar o mérito das questões do processo quando o juízo a quo nem mesmo 
entrou nesse mérito. Essa atitude só poderia ser tomada pelo órgão recursal (ad quem) se 
a matéria a ser decidida de imediato fosse unicamente de direito ou, se fosse de fato, já 
houvesse ampla e suficiente dilação probatória sobre o fato.
Em palavras técnicas, o juízo ad quem só poderia fazer isso se o processo já estivesse 
em condições de imediato julgamento.
EXEMPLO
Tiago ajuíza reclamação trabalhista contra Rocha Construções, postulando verbas rescisórias. 
Após o término da instrução processual com ampla produção de provas, a reclamação de 
Tiago é extinta sem resolução do mérito, porque o juiz entendeu haver coisa julgada, uma 
vez que já tinha tramitado processo anterior com as mesmas partes, que deram quitação 
integral ao contrato de trabalho. Todavia, esse processo anterior tinha como reclamante 
uma pessoa homônima de Tiago, isto é, com iguais prenome e sobrenome, fato que levou o 
juiz a confundir-se.
Tiago interpõe Recurso Ordinário. Neste caso, o TRT, verificando que realmente não existe coisa 
julgada, pode julgar imediatamente o mérito do processo (procedência ou improcedência 
verbas rescisórias postuladas por Tiago), pois há plenas condições de imediato julgamento 
da causa, uma vez que toda a instrução probatória se esgotou e as partes declararam não 
ter outras provas a produzir.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 158 do TST
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso 
ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária 
trabalhista.
Esta é outra súmula editada para esclarecer a organização judiciária da Justiça do 
Trabalho. Como a ação rescisória desconstitutiva de sentença do juiz ou acórdão do TRT é 
um dissídio individual de competência do TRT, eventual recurso contra o acórdão final do 
TRT será o RO para o TST.
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JURISPRUDÊNCIA
OJ n. 100 da SDI-II do TST
Não cabe recurso ordinário para o TST de decisão proferida pelo Tribunal Regional 
do Trabalho em agravo regimental interposto contra despacho que concede ou não 
liminar em ação cautelar ou em mandado de segurança, uma vez que o processo ainda 
pende de decisão definitiva do Tribunal “a quo”.
A partir do Novo CPC, não devemos mais falar em “ação cautelar”, mas sim em Tutela Provisória. 
Portanto, esta OJ permanece válida somente para o caso de Mandado de Segurança.
No TRT, é possível que a parte impetre Mandado de Segurança contra ato de juiz do trabalho 
ou do próprio TRT e peça concessão de Tutela Provisória, demonstrando seus requisitos especiais 
(probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo).
O relator, no TRT, pode indeferir o pedido de tutela provisória formulado liminarmente no 
Mandado de Segurança. Muitos regimentos internos de TRTs permitem que seja interposto 
Agravo Regimental contra a decisão que denega a concessão de tutela provisória (liminar).
A parte que pediu a tutela provisória pode interpor o Agravo Regimental, e este Agravo 
pode não ser provido.
Não sendo provido o Agravo, a parte que ajuizou o Mandado de Segurança NÃO PODE 
interpor RO ao TST, porque a matéria ainda não foi decidida de forma definitiva no 
âmbito do TRT.
Só poderá ser interposto RO ao TST neste processo de Mandado e Segurança quando 
o MS for definitivamente julgado pelo TRT, com mérito e tudo, não havendo mais o que 
se discutir nesta instância.
JURISPRUDÊNCIA
OJ n. 69 da SDI-II do TST
Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial 
de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade 
recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do 
recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo 
regimental.
De acordo com o entendimento fixado nesta OJ (que, alerto, não é seguido de forma 
unânime na jurisprudência), podemos tomar como exemplo de aplicação do Princípio da 
Fungibilidade o seguinte contexto:
Ajuíza-se uma ação rescisória ou impetra-se mandado de segurança perante o TRT, 
originariamente. O relator, no TRT, indefere a petição inicial da ação rescisória ou do mandado 
de segurança por algum motivo legal.
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Nesse caso, se a parte autora interpuser RO ao TST, este RO poderá ser recebido como 
se fosse Agravo Regimental (recurso correto), por não se tratar de erro grosseiro (seria um 
erro acompanhado de dúvida razoável). Este é, essencialmente, o Princípio da Fungibilidade: 
receber um recurso interposto erroneamente como se fosse o recurso correto, em razão 
de o erro cometido pela parte não ser grosseiro (ser justificável).
3. AGRAVO DE PETIÇÃO (AP)3. AGRAVO DE PETIÇÃO (AP)
O Agravo de Petição é um recurso exclusivo da Fase de Execução no processo do trabalho.
Não existe nenhuma hipótese de cabimento do AP na fase de conhecimento.
3 .1 . cabIMeNTo3 .1 . cabIMeNTo
A disciplina do cabimento do AP está em alguns dispositivos do art. 897 da CLT, que 
aborda, conjuntamente, o Agravo de Petição e o Agravo de Instrumento. No que toca ao 
AP, o art. 897 dispõe o seguinte:
“Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;”
O AP é o recurso cabível para pedir a reforma da sentença proferida pelo Juiz do Trabalho 
em sede de execução trabalhista.
 Obs.: A impugnação de sentença proferida por Juiz do Trabalho na fase de execução é o 
caso mais corriqueiro e comum de cabimento do AP, mas não é o único caso.Na 
CLT, há possibilidade de que o AP seja interposto contra outra decisão específica. 
Trabalharemos sobre este ponto específico no comentário ao § 3º do art. 897, logo 
abaixo.
Na fase de execução, o juiz proferirá sentença sempre que o executado opuser Embargos 
à Execução e/ou quando o exequente apresentar Impugnação. Havendo Embargos ou 
Impugnação, o juiz deverá proferir sentença para resolver as questões invocadas nas 
respectivas peças.
Em nossa primeira aula sobre a Execução Trabalhista, estudamos que o juiz resolve 
os Embargos e a Impugnação NA MESMA SENTENÇA, na fase de execução. É contra esta 
sentença – que julga os Embargos e a Impugnação ao mesmo tempo – que o AP aparece 
como o recurso cabível.
O AP deve ser interposto no prazo de 8 DIAS, a contar da ciência da decisão em execução 
impugnada.
(...)
§ 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as 
matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até 
o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.
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Neste parágrafo, está presente um Pressuposto de Admissibilidade ESPECÍFICO do 
Agravo de Petição.
O AP só pode ser recebido (admitido) se o agravante apresentar delimitação objetiva de 
quais são as matérias discutidas no agravo e os valores que o agravante entende incorretos. 
Portanto, o AP não é um recurso de fundamentação livre, pois deve observar algumas 
limitações para que sua argumentação possa incorporar o recurso.
EXEMPLO
Imagine que Renata foi vencedora de reclamação trabalhista ajuizada contra a empresa Love 
Love S/A, que foi condenada a pagar determinadas verbas rescisórias, além de uma verba 
fixada em Convenção Coletiva, chamada de “14º salário”.
Após o trânsito em julgado, iniciada a fase de execução, o STF, em sede de repercussão geral, 
declarou inconstitucional toda e qualquer norma coletiva que assegurasse o 14º salário aos 
trabalhadores.
Sabendo disso, a empresa Love Love, que já havia oposto Embargos à Execução e foi derrotada, 
resolve interpor AGRAVO DE PETIÇÃO para convencer o Tribunal a excluir do título executivo 
judicial a verba “14º salário”, tendo em vista que o STF a declarou inconstitucional e, logo, a 
parte da sentença que assegura tal verba deve ser considerada inexigível, por força do art. 
884, § 5º, da CLT.
Ao mencionar o 14º salário, a agravante está delimitando a matéria impugnada.
Ademais, já na fase de execução, o juiz determinou a correção do valor da execução pelo 
índice INPC, enquanto o art. 879, § 7º, da CLT impõe que a TR seja o índice utilizado. Logo, a 
empresa impugna o valor integral da execução.
Ao agravar com base na incorreção do índice utilizado para atualização do valor da execução, 
a empresa está delimitando, também, o valor impugnado (que neste exemplo seria o valor 
integral da execução).
Portanto, ao apreciar o AP, o TRT verificará que a empresa pretende excluir da execução a 
matéria “14º salário” e alterar o restante do valor devido.
O AP não é um recurso admissível para que a parte demonstre inconformismo com o 
estado do processo. Portanto, se no exemplo acima a empresa não houvesse delimitado a 
matéria e os valores impugnados, o AP nem mesmo seria recebido.
Outro exemplo, muito recorrente na prática, é o da penhora de bem público. Às vezes, 
mesmo ao julgar Embargos à Execução opostos pela Fazenda Pública, os juízes mantêm 
a penhora sobre determinado bem, entendendo que aquele bem específico poderia ser 
penhorado (bens dominicais, por exemplo). Nesse caso, a entidade fazendária costuma 
interpor o AP ao TRT (delimitação da matéria: impenhorabilidade de bem público).
Portanto, é de se concluir que o AP possui efeito devolutivo limitado às matérias e aos 
valores impugnados.
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o que isso quer dizer, professor?o que isso quer dizer, professor?
Quer dizer que, enquanto o AP é processado no TRT, as matérias e os valores não 
impugnados poderão ser normalmente executados em primeira instância. Somente as 
matérias e os valores impugnados poderão ser reanalisados pelo TRT (devolvidos ao TRT).
A parte não impugnada pelo AP pode ser objeto de Execução Definitiva perante o juiz 
do trabalho.
Professor, por que a execução da parte não impugnada é Professor, por que a execução da parte não impugnada é definitiva? Não deveria ser ? Não deveria ser 
““provisória”?”?
Veja: na fase de execução, o processo já transitou em julgado, certo? Portanto, a execução 
sempre será definitiva, embora seja parcial. Somente seria provisória a execução se a fase 
de conhecimento ainda não tivesse acabado. Para maiores aprofundamentos sobre Execução 
Provisória x Execução Definitiva, remeto à primeira aula sobre a Execução Trabalhista.
Abaixo, apresento ilustração para te ajudar a memorizar esses pressupostos de 
admissibilidade específicos do AP, tomando como modelo a hipótese de cabimento mais 
corriqueira do AP: contra sentença do juiz de primeiro grau (embora não seja a única).
(...)
§ 3º Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido 
pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou 
de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a 
que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este 
remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou 
nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença.
Agora, você pode ver que o Agravo de Petição tem cabimento contra DUAS DECISÕES:
1) SENTENÇA do juiz do trabalho que julga os Embargos à Execução e a Impugnação, na 
execução (hipótese mais comum)
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2) ACÓRDÃO do TRT que apreciou Embargos e Impugnação, quando a execução for de 
sua competência originária.
 Obs.: Vimos na primeira aula sobre a Execução Trabalhista que a competência para 
execução é a do órgão jurisdicional que apreciou a matéria originariamente. Na grande 
maioria dos casos, tal órgão é o Juiz do Trabalho. Todavia, há algumas exceções 
especialíssimas em que o Tribunal aprecia a matéria de forma originária. Logo, 
nesses casos especiais, será do Tribunal – que apreciou a matéria originariamente 
– a competência para a execução.
O trâmite do AP nos tribunais é delimitado nos Regimentos Internos de cada tribunal. 
Carlos Henrique Bezerra Leite leciona que, quando a autoridade agravada no Tribunal 
for o seu Presidente, a competência para julgamento do AP será do Tribunal Pleno ou do 
Órgão Especial.
O órgão competente para julgar o AP interposto contra sentença de juiz do trabalho é 
uma das TURMAS do TRT.
(...)
§ 8º Quando oagravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução 
determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, 
conforme dispõe o § 3º, parte final, e remetidas à instância superior para apreciação, após 
contraminuta.
De acordo com o § 1º (acima comentado), as matérias e os valores que não forem 
impugnados poderão ser executados definitivamente, mesmo durante a tramitação do 
AP no TRT.
Logo, quando o AP referir-se somente a Contribuições Sociais devidas à União (que 
nem aumentam e nem diminuem o crédito do exequente), o juiz providenciará cópias das 
peças importantes do processo para que a execução dos valores devidos ao exequente 
seja normalmente processada, enquanto as contribuições sociais são discutidas no TRT.
3 .2 . PRoceDIMeNTo3 .2 . PRoceDIMeNTo
O Agravo de Petição deve ser interposto no prazo de 8 DIAS a contar da ciência da 
decisão em fase de execução, com endereçamento ao órgão jurisdicional recorrido (Juiz 
do Trabalho, se for contra sua sentença, que é o caso mais comum).
Como em qualquer outro recurso, o juiz recorrido fará o Primeiro Juízo de Admissibilidade 
do AP, verificando se estão presentes os pressupostos de admissibilidade genéricos 
extrínsecos e intrínsecos (regularidade de representação, legitimidade etc.) e, também, o 
pressuposto de admissibilidade específico do AP (delimitação de matérias e valores).
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Interposto o AP, o juiz dará à parte agravada o mesmo prazo do AP (8 DIAS) para que apresente 
CONTRAMINUTA AO AGRAVO DE PETIÇÃO, peça que equivale às “Contrarrazões” do RO.
 Obs.: Na prática, alguns dão à Contraminuta o nome de “Contrarrazões”, que é o nome 
da resposta recursal da fase de conhecimento. Os TRTs geralmente recebem 
as “contrarrazões” ao AP como Contraminutas (nome técnico), sem maiores 
problemas, mas você deve ser que o nome correto da resposta do agravado ao AP 
é CONTRAMINUTA.
Apresentada a Contraminuta ou passado o seu prazo sem apresentação, o juiz, 
entendendo presentes os pressupostos de admissibilidade do AP (genéricos e específicos), 
remeterá o processo ao TRT.
Se o juiz entender que falta algum pressuposto de admissibilidade ao AP, ele não receberá 
(inadmitirá) o AP. Neste caso, a parte agravante terá o prazo de 8 DIAS para interpor AGRAVO 
DE INSTRUMENTO, para destrancar o AP inadmitido (denegado).
Neste caso, a execução definitiva da sentença NÃO será suspensa em razão da interposição 
do Agravo de Instrumento. Neste sentido dispõe o art. 897, § 2º, da CLT:
“O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de 
petição não suspende a execução da sentença.”
Diferentemente dos recursos cabíveis na fase de conhecimento, o Agravo de Petição NÃO 
se sujeita a preparo (custas ou depósito recursal).
Veja o que enuncia a Súmula 128, item II, do TST:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 128, item II, do TST
Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer 
decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do 
valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo.
Se o executado havia conseguido opor Embargos, com certeza ele garantiu a execução, 
depositando o valor devido, nomeado bem à penhora ou apresentando seguro-garantia judicial.
DICA
Conclusão: NÃo eXIsTe depósito recursal no agravo de 
Petição .
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Eventual cobrança de depósito recursal para interpor AP configuraria violação aos 
Princípios do Contraditório (art. 5º, LV, CF) e da Legalidade (art. 5º, II, CF).
Entretanto, se no julgamento dos Embargos e da Impugnação o juiz elevar o valor 
devido em execução, o Agravo de Petição só será recebido se o executado complementar 
a garantia do juízo (garantia da execução), depositando o valor da diferença entre o valor 
já depositado e o valor que, doravante, é devido em razão da elevação do valor pelo juiz.
EXEMPLO
Diana venceu reclamação trabalhista contra a empresa Sono Bom S/A. Liquidadas as parcelas 
da condenação, resultou que a empresa deveria pagar a Diana o valor total de R$ 12.500,00. 
Os cálculos foram homologados e Diana promoveu a execução.
A empresa Sono Bom S/A opôs Embargos à Execução, alegando que já havia pago o valor 
executado pessoalmente a Diana, em sua residência. Diana, em sua resposta, comprova que, 
no dia apontado pela empresa como dia do pagamento pessoal, estava fazendo turismo na 
Arábia Saudita.
Convencido de que o ato da empresa em alegar falsamente o cumprimento da decisão 
configura litigância de má-fé, o juiz arbitra multa por tal ato, no valor de 5% sobre o valor 
da condenação.
Logo, o valor do débito elevou-se para R$ 13.125,00, sendo posteriormente atualizado pela TR.
Para interpor AP, a empresa executada, agora, deve depositar os R$ 625,00 acrescidos ao 
débito em razão da multa aplicada.
Perceba: esse valor a mais NÃO É depósito recursal, mas sim GARANTIA DO JUÍZO.
Ademais, não há necessidade de recolhimento de custas processuais para interpor 
o AP. Conforme o art. 789-A da CLT, as custas na fase de execução são pagas sempre AO 
FINAL. Portanto, a exigência de custas processuais como pressuposto para o AP seria, 
também ilegal.
DICA
Síntese:
NÃO é devido depósito recursal no aP
NÃO são devidas custas processuais no aP
DEVE SER DEPOSITADO o valor decorrente da ELEVAÇÃO 
do valor devido, por força da sentença do juiz na execução .
 Obs.: Se não houver elevação do valor devido na execução após a citação para pagamento, 
não será devida nenhuma complementação.
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Abaixo, apresento mapa mental do trâmite do Agravo de Petição, até chegar ao TRT.
3 .3 . sÚMulas e oJs Do TsT sobRe o aGRaVo De PeTIÇÃo3 .3 . sÚMulas e oJs Do TsT sobRe o aGRaVo De PeTIÇÃo
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 416 do TST
Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto 
de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto 
aos tópicos e valores não especificados no agravo.
Vimos que as matérias e valores não envolvidos no AP pode constituir objeto de Execução 
Definitiva de imediato, correto? Esta é a disposição do art. 897, § 1º, da CLT: executa-se 
definitivamente a parte não discutida no Agravo de Petição.
Portanto, como a lei permite essa execução definitiva, o executado NÃO pode impetrar 
mandado de segurança contra a decisão judicial que ordena a Execução Definitiva (se 
requerida pelo exequente, ou de ofício se o exequente não tiver advogado).
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4. AGRAVO DE INSTRUMENTO (AI)4. AGRAVO DE INSTRUMENTO (AI)
O recurso de Agravo de Instrumento (AI) no processo do trabalho basicamente tem a 
função de DESTRANCAR RECURSOS INADMITIDOS (não recebidos) por ausência de algum(ns) 
pressuposto(s) de admissibilidade do respectivo recurso.
 Obs.: Este recurso (Agravo de Instrumento) é o mais estranhado pelos alunos que começam 
a estudar processo do trabalho, porque, no processo civil, o Agravo de Instrumento 
tem a finalidade de impugnar determinadas decisões interlocutórias, previstas no rol 
do art. 1.015 do CPC. Aqui, no processo do trabalho, a função do AI é totalmente 
diferente: resume-se a destrancar recursos cujo prosseguimento for denegado, 
por ausência de pressuposto de admissibilidade.
O AI não tem uma instância específica, e não tem uma natureza bem determinada 
(ordinária ou extraordinária). A função do AI repete-se em todas as instâncias. Isso ocorre 
porque o AI pode ser manejado para destrancar Agravo de Petição, Recurso Ordinário, 
Recurso de Revista e até Recurso Extraordinário.
4 .1 . cabIMeNTo e PRoceDIMeNTo4 .1 . cabIMeNTo e PRoceDIMeNTo
Na CLT, o cabimento do AI está disciplinado em alguns parágrafos do art. 897, abaixo 
citados e comentados:
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:
(...)
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.
Aqui, é oportuno ressaltar que o recurso de Agravo de Instrumento (AI) no processo do 
trabalho basicamente tem a função de DESTRANCAR RECURSOS INADMITIDOS (não recebidos) 
por ausência de um ou mais pressupostos de admissibilidade recursais, tanto os pressupostos 
genéricos (intrínsecos e extrínsecos, estudados na primeira aula sobre os Recursos) como 
os específicos, previstos para um determinado recurso (como a transcendência no recurso 
de revista, ou a delimitação de matéria e valores, no Agravo de Petição).
O texto da alínea b fala em “despachos” que denegarem a interposição dos recursos. 
Todavia, a maioria da doutrina (especialmente Carlos Henrique Bezerra Leite) posiciona-se no 
sentido de que a decisão judicial que denega a interposição de um recurso é, tecnicamente, 
uma autêntica DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, pois consiste num pronunciamento judicial que 
possui conteúdo decisório (art. 203, § 2º, CPC). Logo, a interpretação desta alínea deve ser 
sistemática, e não gramatical.
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Para afirmar sua posição, Bezerra Leite apresenta os seguintes fundamentos:
Ora, se há algum ato judicial que, incidentalmente, impede a interposição de recurso, 
obstaculizando esse fluxo normal do processo, parece-nos que esse ato é juridicamente uma 
decisão interlocutória. Daí por que contra tal ato cabe, (...) no processo do trabalho, agravo de 
instrumento (grifo do professor).
§ 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição 
não suspende a execução da sentença.
Se o juiz entender que falta algum pressuposto de admissibilidade ao Agravo de Petição, 
ele não receberá (inadmitirá) o Agravo de Petição. Neste caso, a parte agravante poderá 
interpor o AI para destrancar o Agravo de Petição inadmitido (denegado).
Neste caso, a execução definitiva da sentença NÃO será suspensa em razão da 
interposição do AI.
§ 4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente 
para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada.
Entenda:
1) Se o TRT seria o órgão competente para julgar o RO, seria o TRT quem deveria julgar 
o AI interposto para destrancar o RO denegado.
2) Se o TST seria o órgão competente para julgar Recurso de Revista, seria o TST quem 
deveria julgar o AI interposto para destrancar o RR denegado.
Para aplicar na prática a regra do § 4º, de modo que você a visualize, apresento o 
seguinte exemplo:
EXEMPLO
José ajuizou reclamação trabalhista contra Maria Souza EPP, postulando verbas rescisórias. 
Na sentença, o juiz julgou totalmente improcedentes os pedidos de José, condenando-o a 
pagar honorários advocatícios de sucumbência ao advogado da reclamada. Inconformado, 
José interpôs RO ao TRT, pedindo a substituição dos termos da sentença, excluindo-se, por 
consequência, a condenação ao pagamento de honorários sucumbenciais.
O juiz do trabalho recorrido, entendendo que o RO interposto por José não contém todos os 
pressupostos de admissibilidade, denega seguimento ao RO (inadmite-o).
Nesse contexto, José poderá interpor AI em 8 DIAS.
O AI será imediatamente remetido ao TRT, que o julgará. Se o TRT der razão a José, dando 
provimento ao AI, deverá julgar, em seguida, o RO cujo prosseguimento havia sido denegado 
pelo juiz a quo.
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O juiz a quo (ou tribunal a quo, a depender do caso) NÃO FAZ juízo de admissibilidade sobre 
o Agravo de Instrumento!
O órgão judiciário recorrido deve, obrigatoriamente, remeter o AI ao órgão superior que 
seria competente para julgar o recurso denegado, caso ele fosse normalmente remetido.
Ademais, o AI tem apenas Efeito Devolutivo. O tribunal somente pode analisar a (in)
validade da decisão judicial que denegou seguimento ao recurso principal.
Eventuais análises do mérito do recurso principal só poderão acontecer no julgamento do 
recurso principal, se o AI for provido, destrancando, por consequência, o recurso denegado.
§ 5º Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo 
de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo 
a petição de interposição:
I – obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, 
das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da 
contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende 
destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere 
o § 7º do art. 899 desta Consolidação;
II – facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria 
de mérito controvertida.
Primeiramente, este parágrafo é a fonte da regra que estudamos acima: o recurso 
“trancado”, após ser destrancado pelo AI, será imediatamente julgado pelo tribunal.
As demais disposições deste parágrafo tratam de documentos que devem ser traslados 
(copiados e impressos) juntamente com a peça de interposição do AI.
Essa regra que elenca documentos cujas cópias deveriam acompanhar a petição do AI tem 
fundamento na realidade dos processos físicos. Tais cópias formariam os chamados “autos 
suplementares”. Para que o tribunal só tivesse acesso aos documentos indispensáveis ao 
julgamento do AI, remeter-se-iam somente os autos suplementares ao tribunal, e não os 
autos principais, com todos seus volumes.
Sabe-se que, atualmente, os processos judiciais eletrônicos estão dominando a rotina 
judiciária. Portanto, diante da realidade do processo eletrônico, a exigência das referidas 
cópias que deveriam obrigatoriamenteacompanhar a peça de interposição do AI perdeu 
sua razão.
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Em razão disso, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) dispôs na Resolução 
n. 185/2017 a seguinte regra:
Art. 26. Fica dispensada a formação de autos suplementares em casos de exceção de impedimento 
ou suspeição, agravos de instrumento, agravos regimentais e agravo previsto no art. 1.021 do 
CPC, exceto quanto:
I – ao agravo de instrumento em mandado de segurança, na forma do art. 7º, § 1º, da Lei n. 
12.016/09; e
II – ao pedido de revisão do valor da causa, na forma do art. 2º, § 2º, da Lei n. 5.584/70.
Portanto, no que toca ao Agravo de Instrumento, os autos suplementares só deverão 
ser formados no caso de Agravo de Instrumento interposto em processo de MANDADO 
DE SEGURANÇA, quando o AI for interposto contra a decisão do juiz de primeiro grau que 
conceder ou denegar a liminar.
 Obs.: O inciso I do art. 26 da Res. 185/2017 é de duvidosa correção jurídica, porque no 
processo do trabalho o Agravo de Instrumento NÃO TEM a função de impugnar 
decisões interlocutórias, como acontece no Processo Civil.
Portanto, preciso registrar que não entendo correto que o CSJT textualmente 
admita a interposição de AI contra a decisão judicial que conceda ou negue liminar 
em Mandado de Segurança.
Para sua prova, leve a regra de que o Agravo de Instrumento serve somente para DESTRANCAR 
RECURSOS.
O AI NÃO É cabível para impugnar decisões interlocutórias, nem mesmo as que disponham 
sobre tutelas provisórias (liminares).
O inciso I do art. 26 da Res. 185/2017 carece de técnica jurídica, e não deve ser tomado 
como fonte para entendimento do funcionamento do Agravo de Instrumento.
§ 6º O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a 
com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.
O agravado deve, no mesmo prazo, apresentar:
• CONTRAMINUTA ao Agravo de Instrumento;
• CONTRARRAZÕES ao recurso denegado (RO, RR, AP etc.).
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 Obs.: Se o agravado já tiver oferecido Contrarrazões ao recurso principal antes da sua 
inadmissão, ele só precisará apresentar a CONTRAMINUTA ao AI, em razão de incidência 
analógica do Princípio da Unirrecorribilidade (se o recorrente só pode interpor 
um recurso, o recorrido também só pode apresentar contrarrazões ao recurso uma 
única vez).
§ 7º Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-
se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso.
Conforme o § 5º, comentado acima, o provimento do AI acarretará o imediato julgamento 
do recurso que havia sido trancado e que, agora, seria destrancado.
Logo, será observado o procedimento normal do recurso principal, como se ele tivesse 
sido normalmente remetido ao tribunal (como se nada tivesse acontecido com ele).
Abaixo, apresento mapa mental do procedimento do AI. Para tornar o mapa mais prático 
para você, partirei do pressuposto de que o recurso “trancado” é um Recurso Ordinário. 
Mas você sabe de que o AI pode ser interposto para destrancar qualquer recurso.
4 .2 . DePÓsITo RecuRsal Do aGRaVo De INsTRuMeNTo4 .2 . DePÓsITo RecuRsal Do aGRaVo De INsTRuMeNTo
Chegamos a trabalhar a regra do depósito recursal no AI na nossa primeira aula, mas, 
para tornar seu estudo mais dinâmico e poupar-lhe de voltar à aula anterior, apresentarei o 
conteúdo que nela foi apresentado a respeito deste tópico. Para maiores aprofundamentos 
sobre o instituto do Depósito Recursal, remeto-lhe à primeira aula sobre o Sistema Recursal 
Trabalhista (Parte I).
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O depósito recursal do Agravo de Instrumento é regido pelos §§ 7º e 8º do art. 899 da CLT:
§ 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 
50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
EXEMPLO
Imobiliária Casas Novas, reclamada, é condenada a pagar R$ 40.000,00 a um ex-empregado 
pelo juiz do trabalho. Inconformada, a empresa interpõe recurso ordinário, em agosto de 
2022, efetuando o depósito de R$ R$ 12.296,38, limite máximo fixado pelo TST na época. O 
juiz do trabalho, ao realizar o primeiro juízo de admissibilidade, denega seguimento ao recurso 
ordinário, apontando ausência de alguns pressupostos recursais. Não concordando com a 
denegação do juiz, a empresa interpõe Agravo de Instrumento para destrancar o Recurso 
Ordinário. Nesse caso, o valor do depósito recursal do Agravo de Instrumento será a metade 
do valor do depósito devido para interpor Recurso Ordinário, ou seja, R$ 6.148,19.
O valor de R$ 6.148,19 é a metade do valor do depósito do recurso que a empresa quer 
destrancar, que é o recurso ordinário.
Lembre-se sempre de que o limite máximo global é o valor da condenação ainda não depositado. 
Neste exemplo, o valor da condenação está longe de ser atingido (R$ 40.000,00).
§ 8º Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que 
se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do 
Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá 
obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo.
Este privilégio é previsto especificamente para o recurso AIRR (Agravo de Instrumento 
em Recurso de Revista). Às vezes, o recurso de revista é denegado pelo Presidente do TRT, 
que entende não terem sido preenchidos pressupostos de admissibilidade.
Nesse caso, a parte pode interpor Agravo de Instrumento, para destrancar o Recurso de 
Revista e levá-lo ao TST. Para não precisar efetuar o depósito recursal, basta que a parte, 
nas razões recursais, aponte violação a alguma Súmula ou OJ do TST.
Este privilégio existe em prol de um bem maior, na visão do legislador: pacificação da 
jurisprudência da Corte Superior (TST). Logo, é necessário dar à parte a oportunidade 
de acusar a inobservância da jurisprudência pacificada, a fim de prevenir conflitos 
jurisprudenciais graves.
Repito: esse privilégio (isenção do depósito recursal em AIRR) só existirá se a decisão 
contrariar, especificamente, teor de Súmula ou OJ. Fundamentações em acórdãos esparsos 
não possibilitam ao recorrente invocar esse privilégio.
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4 .3 . sÚMulas e oJs Do TsT sobRe o aGRaVo De INsTRuMeNTo4.3 . sÚMulas e oJs Do TsT sobRe o aGRaVo De INsTRuMeNTo
JURISPRUDÊNCIA
OJ 283 da SDI-I do TST
É válido o traslado de peças essenciais efetuado pelo agravado, pois a regular formação 
do agravo incumbe às partes e não somente ao agravante.
JURISPRUDÊNCIA
OJ 282 da SDI-I do TST
No julgamento de Agravo de Instrumento, ao afastar o óbice apontado pelo TRT para 
o processamento do recurso de revista, pode o juízo “ad quem” prosseguir no exame 
dos demais pressupostos extrínsecos e intrínsecos do recurso de revista, mesmo que 
não apreciados pelo TRT.
EXEMPLO
Ao exercer juízo de admissibilidade sobre um recurso de revista, o TRT inadmite-o, por 
considerá-lo deserto, por não terem sido pagas as custas no prazo recursal. O recorrente 
interpõe agravo de instrumento em recurso de revista, para que o TST efetue o juízo de 
admissibilidade.
O TST verifica que as custas haviam sido corretamente pagas no prazo recursal, afastando 
a inadmissibilidade por deserção. A partir daí, o TST pôde analisar os demais pressupostos 
de admissibilidade.
Ao analisar os demais pressupostos, o TST verifica que o recurso de revista, na verdade, não 
era adequado, porque a decisão recorrida foi proferida em processo de competência originária 
do TRT, caso em que o recurso cabível seria o recurso ordinário, e não o recurso de revista.
O TRT, ao analisar o recurso de revista, deixou passar que da decisão recorrida caberia recurso 
ordinário, fato que tornaria inadequado o recurso de revista e, por conseguinte, ausente 
outro pressuposto de admissibilidade: adequação do recurso. É perfeitamente possível que 
o TST analise os demais pressupostos que não tenham sido analisados pelo TRT, inadmitindo 
o recurso interposto por falta de outros pressupostos, diferentes daqueles que tenham 
embasado a decisão de inadmissibilidade do TRT.
JURISPRUDÊNCIA
OJ 217 da SDI-I do TST
Para a formação do agravo de instrumento, não é necessária a juntada de comprovantes 
de recolhimento de custas e de depósito recursal relativamente ao recurso ordinário, 
desde que não seja objeto de controvérsia no recurso de revista a validade daqueles 
recolhimentos.
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No exemplo apresentado acima, existia controvérsia acerca da correção do pagamento 
das custas processuais. Naquele exemplo, seria necessário comprovar que as custas haviam 
sido corretamente pagas. Todavia, se a controvérsia da admissibilidade do recurso trancado 
não tivesse nenhuma relação com o preparo (custas e depósito recursal), seria desnecessário 
juntar, no agravo de instrumento, comprovante de pagamento de custas e depósito recursal.
5. RECURSO DE REVISTA (RR)5. RECURSO DE REVISTA (RR)
O Recurso de Revista (RR) é um recurso trabalhista de natureza extraordinária. Isso 
porque as hipóteses de cabimento do RR não se condicionam ao atendimento dos interesses 
das partes, mas sim ao atendimento do interesse social pertinente à segurança jurídica. 
Esse interesse é atendido, em tese, por meio da pacificação da jurisprudência.
O julgamento do recurso de revista, pelo TST, é feito sempre no sentido de realizar o 
enquadramento jurídico de determinados fatos já consignados no acórdão proferido pelo TRT.
Por ter natureza extraordinária, o RR NÃO é cabível para discussão de quaisquer fatos 
e/ou provas envolvidas no processo. É a regra da importantíssima Súmula 126 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 126 do TST
Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, “b”, da CLT) para 
reexame de fatos e provas.
Veja, portanto, que o RR é um recurso de fundamentação vinculada. Afinal, o cabimento 
do RR somente existirá quando a argumentação que o incorpora consistir em demonstração 
de violação ou contrariedade a determinados parâmetros (súmulas, leis, dispositivos da 
Constituição, dentre outros). Portanto, nem tudo pode ser alegado no RR, mesmo que as 
razões do recorrente sejam brilhantemente sustentadas.
No TST, as partes não podem narrar ou pretender comprovar a ocorrência de fatos não 
examinados na instância ordinária (até o TRT). Logo, eventuais fatos que não tenham sido 
consignados pelo TRT no acórdão, em segunda instância, consideram-se não existentes 
para fins de enquadramento jurídico, no TST.
 Obs.: Se determinado fato relevante para o processo não for consignado pelo TRT no 
acórdão, é assegurado à parte interessada, para viabilizar eventual recurso de revista, 
opor embargos de declaração com a finalidade de obter o prequestionamento da 
matéria. Neste caso, eventual persistência da omissão do TRT sobre tal fato seria 
suprida, nos termos da Súmula 297, III, do TST, logo adiante comentada.
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O RR, como veremos, é julgado pelo TST, sendo cabível contra acórdãos proferidos pelos 
TRTs no julgamento de Recursos Ordinários em dissídios individuais de trabalho.
 Obs.: NÃO EXISTE recurso de revista em dissídio coletivo, porque esta espécie de lide 
é julgada, originariamente, pelo TRT, quando o dissídio repercutir em território 
não excedente da jurisdição do TRT, ou pelo TST, quando o dissídio repercutir em 
território que excede à jurisdição de um TRT específico.
Portanto, quando o dissídio coletivo for de competência do TRT, caberá recurso 
ordinário do acórdão do TRT para o TST. Veja que a interposição de RR em dissídio 
coletivo é absolutamente impossível, dada a natureza do seu processamento, que 
só tem lugar em dissídios individuais.
5 .1 . PRessuPosTos De aDMIssIbIlIDaDe esPecÍFIcos Do RecuRso De 5 .1 . PRessuPosTos De aDMIssIbIlIDaDe esPecÍFIcos Do RecuRso De 
REVISTA (RR)REVISTA (RR)
Na primeira aula sobre o Sistema Recursal Trabalhista, você estudou os pressupostos 
de admissibilidade genéricos, que todos os recursos devem preencher. O RR possui alguns 
pressupostos de admissibilidade específicos, os quais você verá agora.
Devo alertar que os doutrinadores de maior renome no processo do trabalho, como Bezerra 
Leite e Mauro Schiavi, não são uníssonos ao elencar os pressupostos de admissibilidade 
específicos do RR. Portanto, as provas costumam cobrar aqueles mais repetidos entre os 
doutrinadores, sem guardar fidelidade a uma classificação específica.
Em razão disso, buscarei apresentar a você os pressupostos específicos do RR mais 
consagrados em provas.
5 .1 .1 . PReQuesTIoNaMeNTo
A matéria invocada nas razões do RR, para convencer o TST a modificar o acórdão do 
TRT, deve ter sido DEBATIDA nos autos, isto é, TRATADA no processo.
Não é possível levar às razões do RR matéria que nem mesmo foi discutida no processo 
até aquele momento. Esse é o pressuposto do Prequestionamento, abordado em alguns 
verbetes jurisprudenciais, em especial os apresentados abaixo (um deles apresenta uma 
exceção à exigência de prequestionamento):
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 297 do TST
I – Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja 
sido adotada, explicitamente, tese a respeito.
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