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7- SUMÁRIO - IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS DESTRUTIVOS

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LABORATÓRIO DE MINERALOGIA 
IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS DESTRUTIVOS 
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO 
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS 
DESTRUTIVOS 
 
 
 
Todo mineral tem um conjunto específico de propriedades físicas, elétricas, 
magnéticas e químicas. A determinação das propriedades físicas de um mineral 
geralmente pode identificá-lo. Embora a análise de algumas dessas propriedades 
implique o uso de técnicas e equipamentos especializados, as mais comuns (clivagem, 
fratura, cor, dureza e brilho) podem ser distinguidas por observação direta ou testes 
simples para determinar características. As propriedades físicas dos minerais exprimem 
sua composição interna e estrutura. Também podem traduzir as condições em que o 
mineral foi formado. 
Por meio dessas propriedades, muitas vezes, podemos definir e classificar 
diferentes minerais ou mesmo um grupo. Podemos distinguir os seguintes conjuntos de 
propriedades, quando classificamos os minerais (KLEIN, 2008): 
• Propriedades baseadas na interação da luz: mostram como o mineral se 
relaciona com a luz, isto é, como pode refleti-la, refratá-la, espalhá-la, 
transmiti-la ou absorvê-la. Exemplos: brilho, cor, traço. 
• Propriedades mecânicas: refletem a intensidade das forças internas que 
unem os átomos. Exemplos: clivagem, fratura e partição. Quando o mineral 
é sujeito a uma força, fica em estado de tensão, submetendo sua estrutura a 
uma deformação. Caso essa deformação ultrapasse a capacidade de 
resistência do mineral, ocorre a ruptura. Como os minerais têm pontos de 
ruptura e estruturas variadas, apresentam propriedades mecânicas 
diferentes. 
 
 
LABORATÓRIO DE MINERALOGIA 
IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS DESTRUTIVOS 
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• Propriedades relacionadas à massa: refletem as características dos minerais, 
de acordo com a densidade que têm. A densidade de um mineral é a relação 
entre seu peso e o peso de um volume igual de água a 4oC. Essas 
propriedades são muito utilizadas para fazer a separação de minérios e ganga 
com densidades diferentes. 
• Propriedades elétricas: podem ser divididas em duas classes: 
piezoeletricidade, que é a capacidade que o mineral tem de adquirir carga 
elétrica quando sofre uma pressão dirigida; e piroeletricidade, que é a 
capacidade que o mineral tem de adquirir carga elétrica quando é aquecido. 
O mineral também pode emitir luz, propriedade chamada genericamente de 
luminescência. Particularmente, sob diferentes condições, chama-se: 
o fluorescência: quando o mineral emite luz no espectro visível, depois 
de ser exposto a luz ultravioleta (UV), cessando a emissão quando 
termina a excitação pela luz UV; 
o fosforescência: quando o mineral continua a emitir luz após cessar a 
incidência da luz UV sobre ele; 
o triboluminescência: quando o mineral emite luz ao ser esmagado 
(caso da fluorita e da lepidolita); 
o termoluminescência: quando os minerais emitem luz visível ao serem 
aquecidos abaixo do vermelho (caso da fluorita, em sua variedade 
clorofana). 
 
• Os elétrons externos dos átomos desses minerais, quando excitados pela luz 
UV, sobem para níveis de energia superiores, mas caem imediatamente para 
níveis inferiores, emitindo fótons que compõem a luz visível. 
• Outras propriedades para diagnosticar os minerais, diferentes das 
anteriormente citadas: magnetismo, radioatividade, solubilidade em ácidos, 
fusibilidade. 
 
 
 
 
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HÁBITO 
 
É a forma externa que o mineral apresenta, resultado da arrumação de suas 
partículas. O hábito pode ocorrer em formas geométricas regulares, referidas como 
cristalinas, de que são exemplos as granadas, que cristalizam na forma de dodecaedro 
(Figura 1a). Normalmente, está presente em uma grande variedade de agregados de 
forma não perfeita, como o gesso e a aragonita. 
Os minerais podem crescer sem nenhum obstáculo ou interferência de outros 
minerais, delimitados por faces cristalinas perfeitas, sendo chamados de euédricos. Se, 
nesse crescimento, houver interferência de outros minerais ou alterações das condições 
ambientais, os minerais podem não formar cristais perfeitos, sendo chamados de 
subédricos. Se o mineral não tiver faces cristalinas, é chamado de anédrico. Ainda 
podemos apresentar a seguinte classificação: 
• Os minerais euédricos podem ser divididos em: 
o cúbicos: quando têm a forma de um cubo, como a halita; 
o octaédricos: quando têm a forma de um octaedro, como o diamante; 
o piramidais: quando apresentam a ponta de uma pirâmide, como o 
zircão; 
o romboédricos: quando apresentam a forma de um cubo torto, como 
a calcita; 
o prismáticos: quando têm a forma de um prisma, como o quartzo; 
o tabulares: quando têm a forma de tábuas ou colunas, como a cianita. 
 
• Os minerais anédricos podem ser divididos em: 
o maciços granulares: quando têm a forma de um corpo com grãos 
embutidos; 
o maciços compactos: quando têm a forma de um corpo sem forma e 
sem grãos; 
 
 
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o capilares ou filiformes: quando têm a forma de fios de cabelo, como 
o asbesto; 
o aciculares: quando têm a forma de agulhas, como o rutilo; 
o laminares: quando têm a forma de lâminas, como as micas. 
 
Também podemos classificar os sistemas cristalinos, com base nos ângulos 
formados por seus eixos, em: 
• Triclínicos: 
 
Figura 1 – Triclínicos. Fonte: Klein et al. (2008). 
 
• Monoclínicos: 
 
Figura 2 – Monoclínicos. Fonte: Klein et al. (2008). 
 
 
 
 
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• Ortorrômbicos: 
 
Figura 3 – Ortorrômbicos. Fonte: Klein et al. (2008). 
 
• Tetragonais: 
 
Figura 4 – Tetragonais. Fonte: Klein et al. (2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Hexagonais (subdivisões: hexagonais e romboédricos): 
 
 
Figura 5 — Hexagonais. Fonte: Klein et al. (2008). 
 
• Isométricos: 
 
 
Figura 6 – Isométricos Fonte: Klein et al. (2008). 
 
Os cristais ou agregados de cristais podem ser chamados, de acordo com sua 
aparência ou morfologia (KLEIN, 2008), de: 
• maciços: quando não têm faces cristalinas (goethita); 
• granulares: quando apresentam grãos de 2-10mm, aproximadamente iguais; 
• compactos: quando os grãos são tão finos que não se veem a olho nu 
(caulinita); 
• lamelares: quando o mineral é formado por folhas (grafita, molibdenita); 
 
 
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• micáceos: quando o mineral se separa em placas finas (cianita); 
• laminares: quando o mineral tem cristais achatados e alongados (cianita); 
• fibrosos: quando o mineral é formado por fibras ou grãos muito finos 
(crisotilo); 
• aciculares: quando o mineral tem a forma de agulhas (silimanita); 
• radiados: quando o mineral tem cristais aciculares irradiando a partir de um 
ponto (wavellita, goethita); 
• dendríticos: quando o mineral exibe um padrãoramificado (óxidos de 
manganês); 
• bandeados: quando o agregado de minerais mostra bandeamentos finos e 
grosseiramente paralelos (malaquita bandeada); 
• concêntricos: quando o mineral tem bandas ou faixas arranjadas em torno 
de um centro (ágata); 
• brotoides: quando o mineral se apresenta como um cacho de uvas 
(calcedônia); 
• globulares: quando o mineral apresenta pequenas esferas ou globos em sua 
superfície (smithsonita); 
• estalactíticos: formados por pequenas estalactites, que podem ter formas 
cônicas ou cilíndricas (calcita cavernícola); 
• geodos: uma cavidade de rocha forrada de matéria mineral; 
• oolíticos: quando o mineral é formado por pequenos corpos arredondados, 
parecendo ovas de peixe (hematita); 
• pisolíticos: quando o mineral é formado por grãos do tamanho de ervilhas 
(bauxita). 
 
BRILHO 
 
O termo "brilho" é usado para descrever a aparência geral da superfície do 
mineral à luz refletida. Em outras palavras, é a quantidade de luz refletida. É uma 
 
 
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propriedade baseada na interação com a luz. Geralmente, podemos dividir os minerais 
em grupos: 
• Brilho metálico. 
• Brilho submetálico: definido como sendo o brilho intermediário. 
• Brilho não metálico: em minerais com brilho não metálico (ou transparentes), o 
brilho pode ser descrito como: 
o vítreo: quando o mineral tem reflexo semelhante ao de vidro, como o 
quartzo: 
 
 
Figura 7 – Quartzo. Fonte: Shutterstock. 
 
o resinoso: quando o mineral tem o aspecto da resina, como a blenda: 
 
 
Figura 8 – Blenda. Fonte: Wikipédia. 
 
 
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o nacarado: quando o mineral apresenta o aspecto de nácar ou pérolas, 
como o talco: 
 
 
Figura 9 – Talco. Fonte: Shutterstock. 
 
o oleoso: quando o mineral tem o aspecto que parece o de estar coberto 
por uma fina camada de óleo, como a malaquita: 
 
 
Figura 10 – Malaquita. Fonte: Shutterstock. 
 
 
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o adamantino: quando o mineral apresenta um reflexo forte e brilhante. 
Esse brilho depende do índice de refração, a razão entre a velocidade de 
propagação da luz no vazio e a velocidade da luz no mineral. É o caso do 
diamante: 
 
 
Figura 11 – Diamante. Fonte: Shutterstock. 
 
o sedoso: quando o mineral tem o aspecto da seda, como a serpentina: 
 
 
 
 
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Figura 12 – Serpentina. Fonte: Shutterstock. 
 
o mate: quando o mineral tem um brilho muito fraco, como a pirolusita: 
 
 
Figura 13 – Pirolusita. Fonte: Shutterstock. 
 
BIRREFRINGÊNCIA 
 
É uma propriedade óptica do mineral que consiste em apresentar vários índices 
de refração em diferentes direções de propagação da luz. Quando um raio polarizado 
atravessa um mineral anisotrópico, sofre dupla refração, com o aparecimento de dois 
raios, com velocidades inversamente proporcionais ao índice de refração. A 
birrefringência é a diferença dos valores máximo (VL) e mínimo (VR) dos índices de 
refração. A espessura do meio (e) influencia a birrefringência, cujo valor é dado pela 
expressão: 
 
B = e (VL- VR) 
 
 
 
 
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A birrefringência acontece em minerais com forte anisotropia direcional. A 
calcita, em sua variedade espato, da Islândia, é um exemplo. Alguns cristais com 
estruturas cristalinas não cúbicas têm tendência a ser birrefringentes. Em meios 
isotrópicos, B = 0, porque há um único índice de refração. 
 
COR 
 
A cor é um atributo que depende do espectro recebido e refletido pela estrutura 
mineral, sendo fácil de avaliar. Depende muito da composição química. Para alguns 
minerais, pode ser uma característica diagnóstica, isto é, para distinguir de outros 
minerais com a mesma cor, também chamados de idiocromáticos, como é o caso dos 
não metálicos, como o enxofre (amarelo), a malaquita (verde) e a azurita (azul), entre 
outros, e dos com brilho metálico, em que a cor varia pouco e, desde que a superfície 
de observação seja recente, é diagnóstica. Contudo, isso nem sempre acontece, pois a 
cor pode variar de acordo com: 
• a superfície (intemperismo) exposta; 
• as mudanças na composição do mesmo mineral (principalmente os descritos 
como solução sólida); 
• a presença de impurezas em sua estrutura. 
 
Existem minerais que não apresentam sempre a mesma cor, sendo chamados de 
alocromáticos. É o caso do quartzo e do feldspato, que podem ter várias cores, de acordo 
com sua mineralização. Para esses, a cor não é uma propriedade de diagnóstico. 
 
 
 
 
 
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TRAÇO 
 
É a cor do pó fino que um mineral deixa quando risca uma superfície de 
porcelana. Essa propriedade ajuda na identificação de minerais que apresentam cor 
igual ou semelhante, mas traço diferente. A pirita é um exemplo, pois tem cor amarelo-
dourada, mas traço preto, em comparação com o ouro, que tem cor e traço amarelo-
dourados. É uma propriedade muito utilizada para identificar minerais metálicos, como 
a magnetita (traço preto) ou a hematita (traço avermelhado, semelhante a ferrugem). 
Normalmente, o traço é muito útil para identificar minerais metálicos, porque 
costumam tê-lo com uma cor característica. Essa propriedade tem como limitante a 
dureza da placa de porcelana, não podendo ser avaliada em materiais mais duros 
(dureza até 6,5). 
 
 
Figura 14 – Exemplo de Minerais com Traços de Cores Distintas. Fonte: USP [s. d.]. 
 
DUREZA 
 
É a resistência oposta por um mineral ao ser riscado em superfícies polidas, isto 
é, a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco ou abrasão. A dureza 
 
 
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depende das forças de união entre os átomos na estrutura interna do mineral. Seu 
comportamento depende do tipo de ligação (metálica, iônica ou covalente) e da direção 
ou face em que o mineral é riscado (a dureza é uma propriedade vetorial, direcionada) 
(SCHUMANN, 1985). 
Para determinar a dureza, usa-se a escala relativa de dureza, criada pelo 
mineralogista F. Mohs em 1824, conhecida como escala de dureza de Mohs. Ela agrupa 
dez minerais comuns como padrão de dureza, ordenados da seguinte forma: 
1. Talco 
2. Gesso laminar 
3. Calcita 
4. Fluorita 
5. Apatita 
6. Ortoclase 
7. Quartzo 
8. Topázio 
9. Corindo 
10. Diamante 
 
A dureza de um mineral é determinada comparando-se a maior ou menor 
dificuldade em ser riscado por outros minerais, pela unha, por um alfinete, canivete ou 
lima. Escolha uma ponta aguda do mineral que quer examinar e, percorrendo a escala 
de Mohs por ordem descendente, procure o mineral que seja riscado por ela. Por 
exemplo, um mineral que não risca o topázio, mas risca o quartzo, tem durezaentre 8 e 
7. A unha risca o talco e tem dificuldade em riscar o gesso; o alfinete risca a calcita, mas 
não a fluorita; o canivete risca dificilmente a apatita, e não risca a ortoclase; o vidro risca 
a apatita e é riscado pela ortoclase, ou seja, tem dureza próxima do grau 5,5. Já a lima 
risca a ortoclase, mas dificilmente riscará o quartzo. 
Genericamente, pode-se dizer que (KLEIN, 2008): 
 
 
 
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• muitos dos minerais hidratados são moles, como a grafita (D < 5); 
• halogenetos, carbonatos, sulfatos e fosfatos são relativamente moles (D < 
5,5); 
• muitos dos sulfetos são relativamente moles (D < 5), sendo a pirita uma 
exceção (D < 6-6,5); 
• muitos dos óxidos anidros e silicatos são duros (D > 5,5). 
 
DIAFANEIDADE 
 
É a capacidade, maior ou menor, que um mineral tem em transmitir luz. Os 
minerais, quando iluminados, absorvem uma parte da luz e refletem o restante. A 
diafaneidade depende da quantidade de inclusões fluidas e sólidas, fraturação, fissuras, 
saturação de cor ou efeitos ópticos, podendo variar dentro da mesma espécie de 
minerais. Podemos classificar os minerais, quanto a sua diafaneidade, em: 
• transparentes: minerais que absorvem o mínimo de luz; o contorno de um 
objeto visto através deles é perfeitamente distinto. Exemplos: quartzo 
hialino, diamante, topázio; 
• translúcidos: minerais que absorvem parte da luz, transmitida difusamente; 
a luz chega a atravessar o mineral, mas não é possível visualizar os objetos 
através dele. Exemplos: ágata, barita; 
• opacos: minerais que têm alta absorção de luz; esta, portanto, não os 
atravessa, mesmo em suas bordas mais delgadas. Exemplos: hematita, pirita, 
galena. 
 
CLIVAGEM 
 
É a tendência que um mineral tem de se romper ao longo de alguns planos 
paralelos, isto é, quando se aplica uma força adequada ao mineral, este se rompe em 
 
 
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planos definidos. Isso acontece porque as ligações atômicas da estrutura não são iguais 
em todas as direções e, desse modo, o mineral irá se romper preferencialmente segundo 
os planos com ligações mais fracas. Um exemplo é a estrutura laminar das micas ou da 
grafita. Para descrevermos a clivagem, devemos identificar as direções de clivagem (de 
1 a 6). A clivagem é sempre concordante com a simetria de uma forma cristalina. Essa 
nomenclatura usa os índices de Miller. A clivagem pode ser catalogada, de acordo com 
o número de direções e a orientação de seus planos, como: 
• perfeita: quando um mineral se fratura facilmente, de acordo com os planos 
de clivagem, e a superfície é plana e reflete a luz, como acontece nas micas; 
• boa: quando um mineral se fratura e as superfícies de clivagem têm algumas 
irregularidades; 
• regular: quando se encontra entre a boa e a má; 
• má: quando dificilmente acontece ou acontece com muitas irregularidades 
na superfície; 
• não presente. 
 
 
Figura 15 – Clivagem em relação a suas formas: (a) cúbica – 3 direções de clivagem paralelas às faces do cubo; (b) 
octaédrica – 4 direções; (c) romboedecaédrica – 6 direções; (d) romboédrica – 3 direções; (e) prismática – 2 
direções; (f) pinacoidal – 1 direção. Fonte: Klein et al. (2008). 
 
 
 
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PARTIÇÃO 
 
É semelhante à clivagem, e ocorre da mesma forma e pelos mesmos motivos, 
isto é, em planos de menor resistência estrutural, quando os minerais sujeitos a tensão 
ou pressão se rompem. Mas, geralmente, não tem superfícies suaves, porque resultam 
de defeitos, segregações, geminações ou exsoluções ocorridas durante e/ou após a 
formação do mineral. Os geminados (especialmente na geminação polissintética) 
podem se separar facilmente ao longo dos planos de composição. A partição diferencia-
se da clivagem porque não está presente em todos os cristais de uma mesma espécie, 
enquanto, se um mineral tem clivagem, cada espécime sua a exibirá (SCHUMANN, 
1985). 
 
MAGNETISMO 
 
Não existem muitos minerais magnéticos e, por isso, essa propriedade, para 
alguns, é considerada como diagnóstica. Podemos dividir os minerais, quanto a essa 
propriedade, em: 
• diamagnéticos: minerais que não têm atração pelo campo magnético; 
• paramagnéticos: minerais atraídos pelo campo magnético, enquanto estiver 
presente; 
• ferromagnéticos: minerais mais ativos, do ponto de vista magnético. 
 
Esses minerais são usados em geologia para determinar a evolução do campo 
magnético terrestre ao longo da evolução da Terra, porque se orientam em função deste 
quando de sua formação. Essa propriedade também é usada na indústria mineira, para 
separar minerais durante os processos de refinamento. A magnetita é um exemplo de 
mineral fortemente magnético, enquanto a pirrotita é fracamente magnética. Outros, 
 
 
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como manganês, níquel e titânio, são minerais de alto teor, que podem ser 
magnetizados após o aquecimento. 
A explicação do magnetismo dos minerais encontra-se no spin dos elétrons de 
seus átomos. 
 
SOLUBILIDADE EM ÁCIDOS 
 
Existem minerais que reagem com o ácido hidroclorídrico em solução. Essa 
reação confirma a presença de minerais carbonatados. No caso da calcita, a reação é: 
 
CaCO3 + 2H+ Ca+2 + CO2 (gás) + H2O 
 
A dissolução da calcita provoca efervescência e libera dióxido de carbono. Além 
da calcita, existem outros minerais que têm a mesma reação, como a aragonita, a 
witherita e os carbonatos de Cu. Outros carbonatos, como a dolomita ou a magnesita, 
mostram efervescência com o HCl quente. 
 
FRATURA 
 
A fratura pode ser entendida como a forma como um mineral se rompe, quando 
isso não se produz ao longo de planos de fraqueza estrutural (clivagem e partição). Os 
termos mais comuns para designar o tipo de fratura são: 
• conchoidal ou concoide: quando se assemelha ao formato de uma concha; 
• fibrosa ou estilhaçada: resulta em peças que parecem fibras ou estilhaços; 
• serrilhada: produz uma aresta recortada e afiada; 
• desigual ou irregular: produz superfícies rugosas e irregulares. 
 
 
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TENACIDADE 
 
É a resistência proporcionada pelo mineral quando ele se deforma (rompido, 
esmagado, curvado ou rasgado), sua coesão. Vários termos são usados para descrever 
as diferentes espécies de tenacidades dos minerais (LEINZ, 1978): 
• Quebradiço: quando pulveriza ou se rompe facilmente, como a calcita. 
• Maleabilidade: quando o mineral pode ser transformado em lâminas 
delgadas por percussão, como o ouro ou o cobre. 
• Sectilidade: quando o mineral pode ser cortado em aparas delgadas com um 
canivete, como o ouro e a prata. 
• Flexibilidade: quando o mineral pode ser curvado e não retoma sua forma 
anterior, como a clorita e o talco. 
• Elasticidade: quando o mineral pode ser curvado e retoma sua forma 
anterior, como a muscovita. 
• Ductilidade: quando o mineral pode ser estirado em fios, como o ouro. 
• Tenacidade: quando o mineral pode apresentar resistência para ser 
fragmentado, como o quartzo. 
• Fragilidade: quando sepode quebrar facilmente o mineral com o martelo e 
os pedaços saltam para os lados, como o enxofre. 
• Friabilidade: quando se pode quebrar facilmente o mineral com o martelo e 
os pedaços ficam no lugar, como a bauxita. 
 
OUTRAS PROPRIEDADES 
 
Existem outras propriedades que podem ser usadas para identificar minerais, 
como: radioatividade (monazita); fusibilidade usando a escala de Von Kobell; 
flexibilidade (cobre, prata); elasticidade (mica); sabor (halita, calcita); odor (enxofre); 
tato; etc. Portanto, podemos inferir que os minerais também podem ser classificados de 
 
 
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acordo com suas propriedades físicas ou físico-químicas. Normalmente, essas 
propriedades refletem sua estrutura cristalina. Por meio delas, muitas vezes, podemos 
definir e classificar diferentes minerais ou grupos de minerais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
DANA, H. Manual de mineralogia. São Paulo: Livro Técnico e Científico, 1983. 
 
KLEIN, C. et al. Manual de ciência dos minerais. 23. ed. [S. I.]: John Wiley & Sons, 2008. 
 
LEINZ, V. Guia para determinação de minerais. São Paulo: Nacional, 1978. 
 
LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia geral. 9. ed. São Paulo: Nacional, 1985. 
 
SCHUMANN, W. Rochas e minerais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985. 
 
USP. Propriedade e identificação de minerais. Instituto de Geociências USP, [s. d.]. 
Disponível em: https://didatico.igc.usp.br/minerais/identificacao-de-minerais/. Acesso 
em: 3 maio 2021. 
 
YAKUSHOVA, A. F. Geology with the elements of geomorphology. Moscow, URSS: MIR, 
1986.

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