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Aula 01 - Roteiros e Pacotes - Planejando Um Roteiro

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Prévia do material em texto

Planejando um roteiro 
Alessandro Almeida*
Andréa Kogan**
Rinaldo Zaina Junior***
Um agente de viagens passa grande parte do seu tempo pensando em produtos turísticos já 
criados por operadoras – um cruzeiro ou um pacote turístico, por exemplo.
Mas algumas vezes o interesse do cliente é diferente do que os pacotes prontos oferecem. Um 
fato possível é que o cliente já conheça o local proposto pelo agente. Ou não gosta de roteiros já esta-
belecidos. Como agir em situações assim?
Temos que entender que tais clientes desejam uma viagem planejada especialmente para eles. 
Como descobrir qual é a viagem ideal para cada passageiro ou cliente?
Pensando dessa maneira, podemos perceber que profissionais de turismo são acionados todos os 
dias para planejar roteiros criativos, estimulantes e sob medida para os seus clientes.
Para isso, é necessário conhecer uma série de procedimentos, produtos e documentações que 
serão muito importantes na hora de proporcionar ao passageiro a tal sonhada viagem. Precisamos 
conhecer palavras e expressões que fazem parte do dia a dia do turismo no mundo inteiro. Por exemplo, 
você sabe o que é um itinerário turístico? É uma sequência lógica de todos os elementos de uma viagem, 
todas as partes que juntas farão uma viagem completa – do momento que o passageiro sai da sua 
casa, ao momento que ele retorna, seja algumas horas depois, ou meses depois: meios de transporte, 
acomodações, passeios, visitas a atrações turísticas, locais para alimentação, entre outros detalhes.
* Bacharel em Turismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor nos cursos de Turismo/hotelaria e consultor em viagens de lazer/
corporativas/incentivo.
** Mestre em Turismo pelo Centro Universitário Ibero-Americano. Graduada em Língua e Literatura Inglesa pela Pontifícia Universidade Cató-
lica de São Paulo (PUC-SP). Professora e coordenadora dos cursos de Turismo, Eventos e Letras da Universidade Cidade de São Paulo.
*** Mestre em Hospitalidade pela Universidade Anhembi-Morumbi. Especialista em Planejamento e Marketing Turístico pela Faculdade Senac 
de Turismo e Hotelaria. Bacharel em Administração. Professor nos cursos de Turismo, Eventos e Comunicação Social da Universidade Cidade 
de São Paulo (UNICID) e Professor da Pós-Graduação em Gestão em Serviços de Hospitalidade da Universidade Anhembi-Morumbi. Consultor 
de Projetos em Eventos e Hospitalidade. Experiência profissional em empresas do setor de turismo e eventos, parques temáticos e empreen-
dimentos hoteleiros internacionais de timeshare.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
10 Planejando um roteiro
Planejar itinerários exige muito do profissional. O agente de viagens ou consultor deve saber:
as necessidades, interesses e gostos dos clientes;::::
pesquisar sobre o destino que o passageiro escolheu entre os vários propostos pelo agente;::::
planejar os itinerários turísticos com o maior cuidado e seriedade possível.::::
Planejar itinerários pode ser extremamente simples, como pesquisar itinerários (roteiros/pacotes) 
já bem estruturados no mercado – uma semana em Porto Seguro no estado da Bahia. Mas também 
pode ser mais desafiador como planejar um safári por um país da África.
Além disso, é necessário levar em conta o número de passageiros para quem está se planejando 
uma viagem. Você pode planejar itinerários para viajantes sozinhos, para casais, para famílias inteiras ou 
para grupos de pessoas que tenham interesses em comum.
Você pode planejar itinerários que levem o seu cliente para outras cidades dentro do seu próprio 
país de origem ou a remotos e exóticos destinos que o passageiro jamais chegou a pensar. Organizar 
essas viagens com segurança, competência e criatividade pode tornar um simples itinerário turístico 
uma surpresa muito mais agradável do que ele poderia sonhar.
A presente aula oferece uma visão detalhada sobre planejamento e organização de roteiros 
nacionais e internacionais. Alguns dos tópicos que abordaremos serão:
Como começar a organização desses roteiros?::::
Que fontes utilizar?::::
Quais orientações devem-se seguir?::::
Qual é o papel do agente de viagens ou consultor?::::
Quando clientes procuram por roteiros diferentes dos pacotes turísticos à venda nas agências 
de viagens, você terá que criar algo novo, inusitado e personalizado, e assim tornar a experiência de 
uma viagem algo particularmente inesquecível, e, se possível, só de boas recordações. Usando de uma 
metáfora, podemos ver a diferença entre comprar um terno pronto em uma loja de departamentos 
(seria o comprar o pacote pronto) ou mandar fazê-lo sob medida no alfaiate para que ele fique perfeito 
para você (seria montar um roteiro personalizado). Os itinerários citados, criados especialmente para o 
cliente, são chamados de Forfait.
Como já dito, para sermos capazes de customizar com sucesso os roteiros de viagens precisamos 
conhecer quais as necessidades, objetivos, interesses e hobbies de nossos clientes. Uma ferramenta 
que emprestamos do marketing para melhor conhecer nossos clientes a fim de proporcionarmos a 
eles a melhor viagem possível é a segmentação de mercado. Com a segmentação, podemos separar as 
pessoas em grupos com características homogêneas. Alguns exemplos: famílias, terceira idade, casais 
em lua de mel, viajantes jovens, viajantes maduros, viajantes solteiros, viajantes estudantes, membros 
de associações (religiosas, por exemplo), amantes de arte e arquitetura, professores e advogados, 
colecionadores de arte, conhecedores de vinhos e comidas, estudante de idiomas. A segmentação do 
grupo de pessoas com perfil de interesses e afinidades semelhantes nos ajuda a planejar as atividades, 
atrativos, meios de hospedagem e transporte nos lugares e destinos que têm mais probabilidade de 
satisfazer esses clientes especificamente.
Outra maneira de segmentar o mercado de viagens é classificá-lo em tipos específicos de turismo 
como: ecoturismo, turismo cultural, turismo de negócios, entre outros.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
Planejando um roteiro 11
Alguns outros itinerários também são organizados de acordo com a época do ano ou em ocasiões 
especiais como Natal e festas religiosas, eventos esportivos (Fórmula 1/Pan-Americano), Ano Novo 
(Reveillon), férias escolares, congressos e convenções.
Outras formas possíveis de divisão são: esportes leves como passeios de bicicletas, caminhadas, 
acampamentos, safáris e esportes radicais como alpinismo, escaladas, mergulho.
É necessário colocar que as técnicas de segmentação de mercado são estratégias de marketing e, 
como tal, estão mais detalhadas nas aulas das disciplinas da área.
O passageiro também pode optar pelo tipo de acomodação que preferir, desde castelos até 
fazendas, e também pelo meio de transporte mais desejado, como trens, carros e até iates. No Forfait, 
todas as considerações quanto à elaboração do itinerário obedecem a um critério essencial: o sonho 
ou desejo do passageiro. O agente de viagem deve ter isso em mente ao desenhar o itinerário que seu 
cliente encomendou/solicitou.
Vale ressaltar que todos os exemplos citados podem se inter-relacionar. Como por exemplo: um 
casal em lua de mel, viajando na época do Natal de trem para fazer alpinismo e se acomodando em um 
castelo!
As possibilidades de conjugar temas, destinos, transportes, hospedagens numa viagem são 
inúmeras, sempre variando de acordo com os interesses particulares dos nossos clientes. O importante 
é lembrarmos que cada pessoa é única! Temos que respeitar sempre as características e interesses de 
cada indivíduo!
Componentes do itinerário 
Uma vez identificadas todas as necessidades dos clientes que solicitam um roteiro sob medida, o 
próximo passo é organizar o itinerário.
O itinerário deve incluir elementos básicos, que são:
transporte;::::
acomodação;::::
atividades.::::
Um itinerário é constituído de vários elementos ou componentes.Aqueles elementos que serão 
incluídos no roteiro do seu passageiro dependem sempre do interesse desse cliente e também das 
possibilidades dentro do destino a ser visitado.
Quais são esses componentes que devem ser analisados e selecionados para cada passageiro ou 
grupo?
Transporte:::::
aéreo;::::
terrestre (carro/ônibus); ::::
trem; ::::
navio; ::::
motorhome.:::: 
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12 Planejando um roteiro
Acomodações:::::
hotéis;::::
resorts:::: ;
cruzeiros marítimos;::::
pousadas;::::
acomodações especiais (hotéis de selva, acampamento no deserto).::::
Atividades:::::
parques naturais;::::
monumentos históricos;::::
rodovias cênicas;::::
museus;::::
atrações educacionais e culturais;::::
parques temáticos e de diversões;::::
city tours:::: .
Desenvolvendo a pesquisa do destino
Depois de prospectar e colher o maior número de informações, com riqueza de detalhes, sobre os 
anseios e expectativas de nossos passageiros quanto à viagem, há que se começar as pesquisas sobre 
os destinos selecionados. Mas como se desenvolve uma pesquisa sobre os destinos?
O profissional de turismo necessita reunir informações de diferentes fontes para poder deter-
minar quais destinos e pontos de interesse são os melhores para os seus clientes e que deverão ser 
incluídos no itinerário. Durante essa fase do seu trabalho, recomenda-se que se pesquise a respeito de 
algumas questões básicas e essenciais para um bom resultado posterior:
O destino é realmente interessante o suficiente e, mais importante: satisfaz o que o cliente ::::
busca no momento da viagem?
Que tipo de estrutura existe na região (há acomodação, restaurantes ou centros de compras, por ::::
exemplo)? A qualidade e preços desses serviços estão à altura da expectativa do seu cliente?
Esse destino é muito procurado por clientes com o mesmo perfil do seu? Qual avaliação você ::::
recebeu de outros clientes e colegas que foram a esse destino?
Existem atrações próximas ou pontos de interesse que poderiam ser combinados com a ::::
viagem para esse local?
O destino tem infraestrutura necessária (estradas bem conservadas, aeroportos, portos – que ::::
vão de encontro com as necessidades dos clientes)?
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Planejando um roteiro 13
Para pensar
É possível vermos na televisão, ouvirmos por meio de amigos ou conhecermos nós mesmos 
fatos que fazem com que uma viagem possa ficar na memória por algo negativo. Você poderia 
lembrar de algo assim?
Fontes de pesquisa sobre os destinos 
Ter visitado um destino é a melhor fonte de pesquisa, mas nem sempre é possível. É muito 
improvável que os agentes de viagem tenham viajado para todos os destinos e lugares que vendem, 
portanto, é preciso ter inúmeras fontes de pesquisa; fontes confiáveis que nos permitam vender tal 
roteiro. Além das fontes tradicionais da área de turismo (guia de hotéis, tabela de voos, guias de turismo) 
existem muitas outras ferramentas que sempre ajudam, tais como:
seu próprio cliente:::: – pesquise quais os lugares que seus clientes já visitaram e anote os 
comentários sobre as acomodações, os passeios, restaurantes, locais para compras e outras 
informações interessantes;
guias de viagem:::: – temos disponíveis em livrarias e bibliotecas (além de versão na internet) 
guias de viagem sobre os destinos (tanto nacionais quanto internacionais). Algumas das mais 
utilizadas e mais confiáveis são os guias Lonely Planet, Fodors e Frommer´s;
internet :::: – é utilizada enormemente como fonte de pesquisa relacionada à viagem e geografia. 
Há inúmeros sites contendo informações específicas para viagens, oferecendo mapas e fotos de 
todos os países do mundo;
departamentos de turismo:::: – cada vez mais os países colocam seus órgãos governamentais 
para oferecer informações gerais sobre ele mesmo (país) ou uma região em particular. Você 
pode descobrir fatos da história, geografia e cultura de um destino, além de informações a 
respeito de transportes públicos, acomodações, centros de compra, eventos culturais, museus, 
feiras, congressos etc. Não esqueça que tais departamentos de turismo podem providenciar 
material de excelente qualidade tais como: pôsteres, brochuras, folhetos em geral, vídeos e 
outros materiais promocionais para uma apresentação de vendas;
revistas e cadernos de turismo dos jornais:::: – há no Brasil várias revistas específicas sobre 
viagens e turismo de excelente qualidade, além dos Cadernos de Turismo de diversos jornais 
locais;
operadoras:::: – operadores especialistas em determinados destinos, oferecem material especí-
fico e informações atualizadas, por meio de seus manuais e tarifários.
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14 Planejando um roteiro
Para pensar
A melhor das fontes de pesquisa é seu próprio conhecimento e a sua constante atualização. 
Aproveite viagens proporcionadas por operadoras aos agentes de viagens, oficinas para conhecer 
novos roteiros, acomodações, restaurante etc. além de feiras e congressos da área. A sua formação, 
seu interesse pessoal pelas pesquisas e pelos destinos é fundamental para o sucesso do seu trabalho.
Informações básicas de um roteiro
Como começar depois que conversamos com o cliente e determinamos o destino e pontos de 
interesse que serão incluídos no itinerário? O que se deve fazer primeiro? Quais as prioridades na orga-
nização do roteiro? Como elaborar a programação diária do cliente ou efetuar as reservas dos meios de 
transporte? Esses tópicos são detalhados a seguir.
Antes dos cuidados e preparativos com a programação diária da viagem, certifique-se que os 
meios de transportes estão disponíveis e podem ser confirmados sem transtornos.
Como por exemplo, imagine planejar todo um itinerário para um determinado local e descobrir 
que não há voos para aquela data nem passagens de trem?
RIDRE – Planejando o itinerário
Depois de ter pesquisado junto ao seu cliente o que ele deseja, pesquisado sobre o destino a ser 
visitado, reservado e confirmado os principais meios de transporte é hora de planejar a viagem como 
um todo. Nesse momento você propõe uma rota, determina horas e distâncias da viagem e decide quais 
atividades vai recomendar. Ao planejar itinerários para qualquer lugar do mundo, existem algumas 
regras básicas a serem seguidas. A fim de facilitar o seu trabalho sugerimos que você memorize a sigla 
RIDRE, que nos indica as seguintes palavras ou regras básicas:
Ritmo:::: – a velocidade que tudo deve acontecer dentro de um itinerário. Certifique-se de 
providenciar um ritmo confortável para viagem, sem permitir que o passageiro tenha percalços 
dentro da viagem. Por exemplo: não programe que os seus clientes dirijam mais do que 250 
a 300 quilômetros por dia, considere as condições da estrada, se todo trajeto tem autopistas, 
programe paradas nos pontos turísticos ao longo da rota. Outro exemplo é o tempo entre as 
conexões em aeroportos. Não deixe que seu cliente fique horas esperando, nem que tenha 
que correr para não perder o próximo voo (vale lembrar que atrasos de companhias aéreas 
não são responsabilidades dos agentes de viagem).
Interesse:::: – é sempre necessário combinar os interesses do seu cliente com o destino a ser 
visitado, com as sugestões de passeios, com as atrações e atividades planejadas. É importante 
providenciar um equilíbrio introduzindo variedade no itinerário, uma mistura de possibilidades, 
como visita a um museu, almoço em algum restaurante charmoso ou pitoresco e compras.
Detalhes:::: – atenção aos detalhes. Tenha certeza de que as atividades planejadas estejam 
disponíveis (abertas e em funcionamento perfeito) nas datas que o seu cliente estiver naquele 
destino. Sempre verifique horários de funcionamento de todas as atividades, tais como: 
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Planejando um roteiro 15
museus, galerias, lojas e restaurantes. Por exemplo: não programe uma visita ao Museu do 
Louvre (na cidade de Paris, na França) em uma terça-feira, uma vez que nesse dia ele estará 
fechado, nem um passeio ao Museu da Língua Portuguesa na cidade de São Paulo às segundas-
-feiras (dia que está fechado para visitação).
Rota:::: – a rota deve ser interessante, lógica e panorâmica, mas também prática. É necessário 
cuidado com idas e vindas desnecessárias. Tenha sempre um mapa em mãos quando estiver 
traçando um roteiro, ou consulte páginas na internet que forneçam mais dados sobre tempo 
de viagem de um local a outro. Cabe cuidar para indicar o número, os custos e as formas de 
pagamento de pedágios e balsas previstos para rotas rodoviárias. Por exemplo: há autoestradas 
cujos pedágios aceitam cartões de crédito enquanto em outras, apenas dinheiro. 
Energia:::: – o nível de energia de seu cliente deve combinar com o ritmo do itinerário proposto 
e isso não depende necessariamente de idade. Por exemplo, uma família viajando com crian-
ças pequenas ou um passageiro com limitações físicas podem querer um roteiro mais tranqui-
lo, sem muitas caminhadas, escadas ou altitudes elevadas.
Tipos de roteiros
Existem basicamente três tipos de roteiros. O tipo ou a combinação de tipos que você vai 
escolher dependerá de diversos fatores: o local a ser visitado, como o cliente viajará (carro/avião/trem) e 
infraestrutura do país a ser visitado:
Itinerário com uma cidade base :::: – esse tipo de roteiro permite que o passageiro eleja uma 
cidade como base por um período de tempo, enquanto faz pequenos passeios a locais 
próximos. Tal roteiro é recomendado se a área a ser visitada for rica em atrações, passeios e 
outras atividades, todas muito próximas umas das outras. Um exemplo é quando o roteiro 
ocorre na Europa Central, como nas cidades de Amsterdã (Holanda) e Bruxelas (Bélgica), não 
só essas cidades são próximas umas das outras como na região existe uma riqueza de lugares 
a serem visitados. A questão positiva é a comodidade em organizar tudo numa só base, em 
uma só acomodação.
E as desvantagens podem ser:::::
o passageiro não terá chance de conhecer todo o país, pois ele viaja apenas por pequenas ::::
distâncias;
ele está baseado e já comprou todos os serviços naquele lugar, logo esse não é um roteiro ::::
flexível;
esse tipo de itinerário pode ser repetitivo, uma vez que a mesma rota para ir e vir será utili-::::
zada mais de uma vez.
Viagem circular:::: – nesse tipo de viagem o ponto de início e fim da viagem são os mesmos. 
Viagens circulares incluem pernoites em diferentes cidades. O cliente poderá ficar um, dois ou 
mais dias em cada local, dependendo dos passeios e atividades planejadas. Uma das vantagens 
desse tipo de roteiro é que podem ser vistos mais lugares de um mesmo país, pois o cliente 
viaja de forma contínua e circular e pouco tempo é perdido entre o ir e vir. A desvantagem é 
que quando planejamos uma viagem circular é necessário programar tempo suficiente em cada 
cidade para que o seu passageiro possa passear e ter tempo de descansar também.
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16 Planejando um roteiro
Chegada e partida por cidades diferentes:::: – a grande vantagem desse tipo de roteiro é 
que o cliente não volta a uma cidade que ele acabou de visitar. Maiores distâncias podem ser 
cobertas uma vez que o passageiro não vai retornar ao ponto de origem da viagem. Tal roteiro 
também permite ao passageiro percorrer grandes distâncias, coisa que não é permitida em 
uma viagem circular. Um bom exemplo desse tipo de roteiro é uma viagem que envolva as 
cidades de Londres na Inglaterra, Paris na França e Roma na Itália: é possível começar a viagem 
por Londres e finalizar por Roma. As três cidades citadas podem ser incluídas em um itinerário 
de duas semanas em um ritmo bem confortável ao passageiro.
Texto complementar
Turismo X submissão: 
as falas neutras de interesse do capital
(FILHO, 2007)
Nas sociedades capitalistas liberal-conservadoras do ocidente, o discurso ideológico domina 
a tal ponto a determinação de todos que muito frequentemente não temos a mais leve suspeita 
de sermos levados a aceitar, absolutamente sem questionamento, um determinado conjunto de 
valores a que se poderia opor uma perspectiva alternativa muito bem fundamentada, juntamente 
com as consequências práticas que nele se encontram mais ou menos implícitas (MÉSZÁROS, István. 
O Poder da Ideologia, p. 13 e 14).
O que acontece quando usamos da visão de senso comum para fazer a leitura da realida-
de que nos cerca? Compreendemos a vida segundo o prisma do interesse do capital, estreitando a 
compreensão histórica e crítica do mundo e entendendo a relação humana como uma simples re-
lação mercadológica. A ditadura e a referência apologista dos números são efetivos e implacáveis 
nesse pensamento, porque produzem pesquisas duvidosas, metodologias que não são explicitadas, 
cálculos incorretos e falsas hipóteses são aceitas como verdadeiras, um ufanismo aos dados empíri-
cos cujo objetivo é demonstrar a todo custo o crescimento no campo do turismo.
Esse culto a um pragmatismo vulgar enxerga o fenômeno do turismo como simples 
mercadoria, cuja intenção é contabilizar a entrada de divisas e desenvolver atividades que venham a 
aumentar a permanência do turista no território nacional. Não há nenhum interesse em saber qual 
foi o impacto que esse turista trouxe à comunidade e à população local, o que se busca é contabilizar 
a quantificação dos números pela entrada de capital.
O entendimento do fenômeno turístico no Brasil resvalou para o caminho da via do conceito 
salvatério, pois o turismo seria o instrumento de salvação para a crise econômica do Estado. O po-
der que o sistema econômico capitalista e socialista dá a essa atividade, no que se refere a investi-
mentos e preparação da mão de obra demonstra bem que o mesmo é encarado como um processo 
emulador para os outros setores do desenvolvimento econômico.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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Planejando um roteiro 17
Iniciando com Getúlio Vargas com seu Estado novo a Divisão de Imprensa e Propaganda – 
DIP – se encarrega de fazer a divulgação das belezas do Brasil para o mundo, idolatrando a imagem 
de um ditador preocupado com a classe trabalhadora. O referido órgão possuía uma estrutura 
que contemplava os setores de divulgação, radiodifusão, teatro, cinema, turismo e imprensa. Seu 
objetivo era coordenar, orientar e centralizar a propaganda interna e externa desenvolvendo uma 
rígida censura no que se refere à imagem permitida para divulgar o Brasil no exterior.
Com JK, o panorama do turismo como atividade visualizou-se na lógica do desenvolvimento, 
foi usada para a divulgação da mais nova capital criada no mundo, criando uma estrutura responsável 
para o desenvolvimento do turismo no interior do governo federal com apoio da revista Manchete de 
Adolfo Bloch. 
Com a ditadura militar o Estado cria a Embratur em 1966, com o objetivo de organizar o 
turismo no Brasil e combater a propaganda negativa que havia no exterior sobre o governo militar*. 
Sendo que seu primeiro presidente, Joaquim Xavier da Silveira, não media esforços e discursos para 
exaltar os nobres interesses do golpe militar para com o turismo:
Ficou, assim, assentada a ideia de que ao turismo deveria ser dado um tratamento preferencial, 
um status de indústria de interesse nacional. A primeira tarefa seria a criação de instrumento capaz 
de iniciar uma política em âmbito nacional. [...]
Sem dúvida, um ato de governo da maior importância, pois trazia em seu contexto definições 
e proposições ainda inéditas com criação da primeira empresa pública no país. O turismo passava a 
ser considerado indústria básica constituindo atividade de interesse nacional.Nesse período, o turismo receptivo foi elemento principal da política nacional de turismo 
e permitiu o nascimento de um nacionalismo xenofóbico ao pensamento crítico de esquerda 
embalado pela guerra fria. A exaltação ao turismo se faz por meio da vergonhosa campanha 
que foi por três décadas carro-chefe da Embratur expondo eroticamente a imagem da mulher 
brasileira, como propaganda para atrair dólares e carimbar na mídia internacional o Brasil como 
rota do turismo sexual.
Hoje, parece incrível, no governo Lula a prática de entender o turismo pelo viés economicista 
é hegemônico, está refletido em seu Plano Nacional de Turismo de 2003 a 2007, principalmente pela 
ação que cabe à Embratur. Na verdade há uma ênfase total no turismo receptivo para estrangeiros e 
uma quase negação para a formatação de políticas públicas voltadas ao turismo interno.
O pior é que temos que ouvir pronunciamentos duvidosos, em que se defende a não neces-
sidade do visto aos turistas estrangeiros, pois isso aumentaria em um bilhão de dólares o ingresso 
de divisas para o Estado brasileiro, como foi defendido pelas autoridades que foram ao congresso 
nacional, segundo imprensa. Pergunta-se onde estão essas pesquisas? Quem as elaborou? Qual é 
sua metodologia? Onde estão publicadas?
Os presidentes da Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureau, João Luiz dos Santos 
Moreira, e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, ABIH, Eraldo Alves da Cruz, se reuniram 
ontem com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Aldo Rebelo para pedir seu apoio na 
tramitação do Projeto de Lei 2430/03, do deputado Carlos Eduardo Cadoca (PMDB-PE), que acaba 
com a exigência de visto para cidadãos norte-americanos que visitam o Brasil. A proposta está 
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18 Planejando um roteiro
parada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e sua aprovação, um pleito de toda a 
indústria turística nacional, que eles representaram, se aprovada, significa a entrada de mais de 1 
milhão de novos turistas no Brasil.
Em primeiro lugar, a questão da não necessidade do visto de entrada em um Estado, no caso 
o Brasil, não pode ser analisada à luz do interesse puramente econômico, como se essa medida 
não fosse ligada a um conjunto de questões de política internacional e de segurança nacional e da 
própria geopolítica internacional. Portanto, esse assunto deve ser estudado pelo conjunto do Estado. 
E não por interesses meramente empresariais de entender a hospitalidade como sinônimo de 100% 
de ocupação hoteleira e nem acreditar na mentira que a inexistência do passaporte aumentaria o 
fluxo de turistas para o Brasil. Mas pensar que essa discussão não pode se esgotar em argumentos 
do pensamento irracionalista da mercadoria e do capital. 
Fazer campanha contra a não necessidade de passaporte para os estrangeiros que nos 
visitam e planificar um discurso contra a reciprocidade é desconhecer as questões que envolvem 
a base da hospitalidade do fenômeno turístico. Colocando as questões de segurança nacional e de 
relações diplomáticas internacionais do Estado brasileiro como coisas secundárias e subordinadas 
ao interesses mercadológicos da globalização na lógica do enfraquecimento dos Estados nacionais 
latino-americanos.
Desculpem-nos os guardiões do capital despatriado e defensores dos interesses transnacionais, 
a lógica da liberação do passaporte defendida por vocês não é para aumentar a entrada do 
número de turistas, mas sim, facilitar a circulação da mercadoria o $ turista $. O que parece ser mais 
grave é querer descarregar no estrangeiro uma sociabilidade de uma hospitalidade interessada 
somente nos seus dólares e praticar a eutanásia para um Plano Nacional de Turismo que se encontra 
atualmente na UTI.
Podemos garantir a vocês que essa discussão não é ideológica, apesar de entender que toda 
relação humana é teologicamente produzida dentro de uma ideologia, assim, não nos acusem de 
comunistas, esquerdistas e xiitas ou por pertencer a esse ou aquele partido político. Esse discurso 
está velho, enfraquecido e pertenceu à fala da ditadura militar e, portanto, é desprovido de bases 
racionais. 
Acreditamos que milhares de brasileiros que se aventuraram a enfrentar a batalha para 
conseguir o visto diplomático nas chancelarias dos Estados Unidos da América sofreram algum tipo 
de constrangimento. O pior é que o controle dos vistos por parte dos norte-americanos não está 
restrito somente ao seu país, mas a todos os outros países que os americanos mantêm domínio 
político, econômico e cultural ou àqueles que os ianques têm como inimigo.
Em 1988, a Universidade Estadual de Maringá organizou uma visita à Universidade de Havana, 
para a assinatura de um amplo convênio de cooperação técnica e científica. Com a presença do 
reitor e 24 professores de todos os campos do conhecimento trabalhado pela UEM, estivemos em 
Cuba durante quinze dias em visita oficial.
Partimos da cidade de Maringá para o aeroporto de Cumbica em São Paulo com destino 
a Cuba com escala no Panamá e passamos duas semanas visitando centros de educação e de 
medicina cubanos e formatando junto às autoridades da Universidade de Havana um convênio de 
cooperação.
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Planejando um roteiro 19
No retorno de Cuba com escala no Panamá fomos alvo de imenso constrangimento por parte 
dos fiscais e policiais daquele aeroporto, que nos separaram dos outros passageiros, tomando 
nossos passaportes para xerocopiá-los, nos colocando em uma sala (cárcere privado) durante duas 
horas e fotografando todos os professores.
Depois de protestarmos e ameaçar contatar a chancelaria brasileira no Panamá e discutirmos 
por longo tempo que isso era obra da CIA americana, na qual os policiais reafirmaram nossas 
suspeitas. Nos sentimos impotentes, humilhados e percebemos nossa fragilidade diante dos nossos 
próprios destinos e a dominação do Estados Unidos da América no mundo.
Por isso, leitor, não podemos deixar que essa proposta de eliminação dos vistos para os 
estrangeiros ganhe corpo e seja aprovada, pois assim estaríamos enfraquecendo o Estado brasileiro, 
abrindo a retaguarda de nossa soberania e internacionalizando nossa cidadania. 
Atividades
1. Por que às vezes um itinerário para um cliente pode ser simples de ser montado?
2. Para sermos bons agentes de viagens/consultores, não basta somente uma pesquisa superficial 
sobre determinado itinerário. Como é possível estudar para melhor conhecermos determinados 
locais que iremos vender?
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
20 Planejando um roteiro
3. Por que o seu próprio cliente pode ser uma fonte de pesquisa?
Gabarito
1. Às vezes já existem pacotes prontos e o consultor de viagens não precisa pesquisar tanto sobre o 
destino. Um exemplo é o roteiro na cidade Porto Seguro, na Bahia. Tal lugar é vendido por várias 
agências e operadoras há alguns anos e é bastante comum.
2. Ler materiais de turismo: guias de viagem (versão impressa e versão na internet); pesquisar em 
órgãos governamentais; ler os cadernos de turismo dos jornais locais.
3. É interessante sempre anotar as dicas da pessoa (cliente) que esteve no local, como restaurantes, 
locais interessantes para comprar e boas acomodações, porque ele pode nos passar informações 
úteis e poderemos transmitir a outros futuros passageiros que irão para a mesma localidade. 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
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